Categoria: Porto

O Porto é a segunda maior cidade de Portugal. Aqui você encontra dicas do que fazer, principais pontos turísticos, hotéis, comidas típicas e atrações, como a Livraria Lello, um clássico da capital da região Norte do país.

É um destino para ser desbravado a pé (com subidas e descidas para fortalecer qualquer panturrilha) ou em passeios de barco pelo Rio Douro. As visitas às caves do famoso vinho do Porto em Vila Nova de Gaia, na margem oposta, também são imperdíveis.

Aos entusiastas da boa mesa, a Cidade Invicta reserva sabores únicos, contidos na simplicidade e robustez das tripas à moda do Porto, na popular francesinha e na delicadeza autoral de chefs como José Avillez e Rui Paula.

  • Onde ficar no Porto: hotéis no Centro e em Vila Nova de Gaia

    Onde ficar no Porto: hotéis no Centro e em Vila Nova de Gaia

    Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem procura onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam de carro à cidade, por vezes vindos diretamente de Lisboa ou depois de percorrer outras cidades de Portugal para o turismo pelo caminho. Entre os hotéis do Porto sem vagas para estacionar estão os das áreas com restrição à circulação de veículos, como o Cais da Ribeira e a Rua das Flores.

    Opção a quem está de carro é onde o Douro desagua. Eu fiquei no Vila Foz, hotel no Porto de frente para o mar, a 20 minutos do centro e com estacionamento.

    Nathalia e eu já nos ficamos na Praça da Batalha, área com atrações e passeios da lista do que fazer no Porto, como a Estação São Bento (ricamente decorada por azulejo) e a Rua de Santa Catarina, a principal artéria comercial da capital no Norte de Portugal.

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    Rua de Santa Catarina é opção de onde ficar no Porto – Foto: Daniel Rodrigues Porto CVB

    Interessados na vida noturna, especialmente na Rua Galeria de Paris, devem considerar ficar em hotéis no Porto localizados na Avenida dos Aliados. Não muito distante dela estão cartões-postais da cidade, casos da Torre dos Clérigos e da Livraria Lello, famosa entre fãs de Harry Potter. Em breve, a cidade ganhará uma estação de metrô nessa avenida.

    Dormir feito o vinho que repousa nas tradicionais caves de Vila Nova de Gaia também é possível de uns anos para cá. Na margem oposta do Douro, a cidade vizinha ganhou hotéis requintados, como The Lodge e Hilton. Quase uma extensão do complexo vínico World of Wine, o luxuoso The Yeatman ostenta restaurante Michelin e visual deslumbrante do Porto.

    Ricardo Costa, o estrelado chef do Yeatman, hotel em Vila Nova de Gaia

    Confira nossa lista abaixo e olhe também hotéis no Porto na Booking, parceiro que indicamos quando o assunto é hospedagem.

    Mercure Porto Santa Catarina

    Uma curta caminhada separa o Mercure Porto Santa Catarina de cartões-postais da cidade, como a Torre dos Clérigos e o Cais da Ribeira. Há quartos com cama adicional para viajantes em família. As janelas antirruído garantem tranquilidade mesmo no agitado centro histórico.

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    Legendary Porto Hotel

    O antigo Quality Inn que funcionava ali (e onde nos hospedamos) deu lugar ao Legendary Porto Hotel. Fica na Praça da Batalha, a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas. Neste hotel no Porto os quartos têm decoração minimalista, sem excessos.

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    Ibis Porto Mercado do Bolhão

    Para quem ainda não sabe onde ficar no Porto, mas deseja uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica em um renovado prédio de esquina. A 5 minutos a pé da famosa Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços. É um hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios.

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    O remoçado Mercado do Bolhão é passeio obrigatório – Foto: Nathalia Molina

    Yotel

    Entusiastas da tecnologia e da modernidade vão se sentir em casa no Yotel, que tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs. A decoração segue a linha do menos é mais. E ainda fica coladinho à estação Trindade do metrô, algo a se considerar ao decidir onde ficar no Porto.

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    Tryp Porto Centro

    Da rede Wyndham, o Tryp Porto Centro dispõe de 62 quartos, alguns deles com cama de casal e beliches para crianças. Além do wifi, do bar e do restaurante, o hotel tem como diferencial um serviço de personal trainer virtual. Indicado para quem achar que o sobe e desce pelas ruas do Porto já não é exercício o suficiente.

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    Hotel Miradouro

    Fazendo jus ao nome, o Hotel Miradouro tem um restaurante panorâmico com vista para a cidade. A decoração dos quartos do 10º e do 12º andares remete aos anos 1960, com azulejos e papéis de parede originais. Localizado a cerca de 500 metros da Rua de Santa Catarina.

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    Decanting Porto House

    Em um edifício restaurado da Rua da Alegria, o Decanting Porto House é para quem quer entrar no espírito do vinho. Os quartos e os ambientes comuns reúnem elementos que celebram a bebida-ícone da cidade. Há desde acomodações individuais a unidades com três camas. Perto do Lift, que serve brunch em um charmoso terraço do shopping Via Catarina.

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    Intercontinental Porto Palácio das Cardosas

    Exemplo de onde ficar no Porto com estilo. Antigo convento do século 19, o Palácio das Cardosas é hoje ocupado pelo sofisticadíssimo Intercontinental. Mais um hotel no Porto de frente para a Avenida dos Aliados. Atenta ao bem-estar dos hóspedes, a unidade informa que as obras do metrô podem causar transtornos e barulhos durante os dias de hospedagem.

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    Hotel no Porto, o Intercontinental ocupa o antigo Palácio das Cardosas – Foto Porto CVB

    HF Tuela Porto

    Hotelão business, o HF Tuela fica no bairro da Boavista. Pode servir como base para explorar a cidade turisticamente, já que a estação Casa da Música do metrô está a 10 minutos de caminhada. Pequenos, os quartos da ala sul são mais econômicos.

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    Hotel Universal

    Inaugurado em 1944, o Hotel Universal foi ganhando ares mais modernos sem jamais perder sua principal virtude: a privilegiada localização em plena Avenida dos Aliados, reduto de alguns dos melhores hotéis do Porto. A partir dele é possível visitar atrações como a Torre dos Clérigos, ou a Estação de São Bento. E ainda desfrutar do comércio e serviço do entorno.

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    Avenida dos Aliados concentra muitos hotéis no Porto – Foto: Fernando Victorino

    The Zero Box Lodge

    Pense em curtir uma estada fora da caixa…dentro de uma caixa. É em uma delas que você vai dormir no The Zero Box Lodge. Não há janelas nas unidades, mas tem banheiro privativo. A modernidade inclui um quarto-instalação onde é possível dormir de graça, já que ele fica na entrada do hotel e tem laterais de vidro, que deixam o hóspede em permanente estado de BBB.

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    Torel Avantgarde

    Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um dos exemplos de hotéis do Porto com quartos de frente para o Douro. Acomodação ao estilo boutique, ele tem também suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo.

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    NH Collection Porto Batalha

    Não é raro escolher onde ficar no Porto e o hotel funcionar em um edifício restaurado. Caso do NH Collection Porto, antiga residência de uma família produtora de vinhos e, posteriormente, agência dos correios. Com 107 quartos, tem estacionamento fora do hotel, localizado na Praça da Batalha.

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    Hotel no Porto próximo à Praça da Batalha, NH Collection – Foto: Porto CVB

    Eurostars Aliados

    O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista da Avenida dos Aliados, próximo ao metrô. Tem facilidades como restaurante próprio (aberto de quinta a segunda), spa (acesso por 45 minutos, mediante reserva) e academia de ginástica (aberta 24 horas).

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    Porto Bay Flores

    Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores – via de uso exclusivo de pedestres, ela pode ser acessada excepcionalmente por táxis e carros de transfer. O pátio do jardim é um local de calmaria em meio ao vaivém do centro da cidade. 

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    Casa dos Lóios

    Na mesma Rua das Flores, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a mesma: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária). Há unidades com sacada voltada para a rua.

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    Andar a pé é prioridade na Rua das Flores, no Porto – Foto: Porto CVB

    Pestana Porto

    Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá da Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem 89 quartos em andares batizados com nomes de especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. O hotel funciona em cima da centenária Cafeteria A Brasileira e oferece ainda um pátio francês com jardim vertical.

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    Pestana Vintage

    Mais um dos hotéis do Porto pertencente à tradicional rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. No coração do Cais da Ribeira, ele faz parte do conjunto de 18 edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto. Localização perfeita para quem pensa fazer um passeio de barco pelo Douro.

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    Pestana (em amarelo), hotel no Porto às margens do Douro – Foto: Porto CVB

    Vila Galé Porto Ribeira

    No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à pintura. Dos 67 quartos, apenas 14 têm vista para o Douro. A caminhada até o centro histórico leva uns 30 minutos, mas pode ser feita à beira d’água em parte do trajeto.

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    Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton

    O Sé Catedral Hotel tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. E há unidades conjugadas, para grupos maiores.

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    The White Box Boutique House

    Quem disse que entre os hotéis do Porto só há edifícios seculares? Gente chegada em uma novidade talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.

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    Vila Foz Hotel & Spa

    Alternativa a se pensar na hora de decidir onde ficar no Porto. Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis. Fica em uma região mais tranquila, a 20 minutos do Centro. Leia sobre nossa hospedagem no Vila Foz, hotel no Porto de frente para o mar.

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    Café da manhã do Vila Foz, hotel no Porto – Foto: Fernando Victorino

    The Yeatman

    O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. Membro da associação Relais & Châteaux, seu restaurante é dono de 2 estrelas Michelin. Quartos e suítes remetem ao universo do vinho. E a localização do hotel coloca a seus pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine.

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    Hilton Porto Gaia

    Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão sem graça, impressão que se desfaz logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante. Tem piscina coberta e quartos com terraço para o Douro. 

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    The Lodge Hotel

    The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Nos ambientes comuns e nas acomodações prevalecem os tons pastéis mesclados ao azul, com uso de mármore para tornar tudo ainda mais opulento.

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    The Lodge, em Vila Nova de Gaia: elegância já no lobby – Foto: Fernando Victorino

    Ibis Porto Gaia

    Opção de hotel barato em Vila Nova Gaia. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia é indicado a quem quer gastar menos e confia no padrão da rede Accor. De carro, as caves de vinho do Porto estão a cerca de 15 minutos.

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    Ibis Budget Gaia

    Outra sugestão de hotel em Vila Nova de Gaia, também à beira da estrada, o Ibis Budget Gaia atende àqueles que estão viajando com orçamento mais baixo. Tem um quarto com vista para o encontro do Rio Douro com o mar. Café da manhã opcional.

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    Novotel Porto Gaia

    Completando o trio de hotéis econômicos em Vila Nova de Gaia ao redor da autoestrada, o Novotel Porto Gaia tem quartos com carpete e piso semelhante a madeira. Há um pequeno jardim com piscina e parquinho infantil.

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    Mercure Porto Gaia

    Do outro lado da estrada em relação aos Ibis, o Mercure Porto Gaia está localizado a quase 20 minutos de carro das principais atrações do centro histórico. Seus quartos são um pouco maiores (26m²) e podem acomodar até 3 pessoas em alguns casos. Vizinho ao shopping Arrábida, com opções de compras, cinemas e alimentação.

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    Pestana Palácio do Freixo

    Classificado como Monumento Nacional em 1910, o Palácio do Freixo foi escolhido pela rede portuguesa Pestana para abrigar este hotel, membro da associação de luxo Leading Hotels of the World. Afastado cerca de 15 minutos de carro do centro, tem estacionamento entre as suas comodidades.

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    Palácio do Freixo, casa do hotel Pestana – Foto Porto CVB
  • Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Quais são as principais cidades de Portugal para turismo? De bate pronto, a maioria talvez responda Lisboa, esprema a memória para lembrar do Porto e então já engasgue bastante para nomear um terceiro destino. Natural, afinal de contas a nossa lembrança é muito povoada pela capital do país e pelo vinho do Porto, que virou uma espécie de embaixador da cidade às margens do Rio Douro.

    Porto, no norte, entre as principais cidades de Portugal
    No Porto, casario e o vinho mais famoso do país – Foto: Divulgação

    Para um terceiro posto, arrisco dizer que alguém seja capaz de lembrar de onde veio a própria família. Eu tenho raízes em Seixo Amarelo, próximo à cidade da Guarda, no Centro de Portugal, abraçada à da Serra da Estrela. Assim como o vilarejo em que nasceu o meu avô, Portugal é cheio de vilas diminutas e cidades pequenas.

    Graciosas, todas compõem um mosaico cultural de um país de passado romano, muçulmano e cristão. Estão conectadas por uma rede de caminhos a serem percorridos sem pressa. De Lisboa ao Porto, por exemplo, a viagem pode ser feita explorando destinos menores como a cidade murada de Óbidos ou parando em cidades maiores como Coimbra.

    Pinhão: o Douro sem pressa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    As principais cidades do país, listadas abaixo, servem como ponto de partida para essa exploração turística, que deve se seguir à mesa, com as comidas típicas de Portugal e os doces portugueses, feitos de ovos, açúcar e amêndoas. Perder-se é parte da aventura de desbravar o território português. É um modo de acrescentar repertório para responder à pergunta inicial.

    Lisboa: a capital à beira do Tejo

    Cidade formada sobre 7 colinas naturais, a capital de Portugal pode começar a ser explorada a partir de um passeio no elétrico 28. O inconfundível bondinho de Lisboa amarelo é atração turística por si só, juntamente com clássicos como o circuito histórico do Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém e Padrão dos Descobrimentos) e a Alfama, onde a herança moura ainda se faz presente em paredes e costumes. O Museu Nacional do Azulejo ajuda a traduzir essa alma lusitana tanto quanto o fado embala uma eterna melancolia. Veja nossa lista de sugestões de onde ficar em Lisboa.

    A grande metrópole portuguesa oferece ainda um lado cosmopolita, efervescente e criativo, visível em lojas de design do Chiado e do Bairro Alto, este último o berço da diversão noturna de outros tempos. Porque hoje em dia a animação está espalhada por Lisboa inteira, em um movimento semelhante ao que ocorreu com suas opções de hospedagem, muito embora a luxuosa Avenida da Liberdade figure ainda como a principal zona hoteleira da cidade, sobretudo com hotéis e lojas de luxo. 

    Hospitaleira, a capital de Portugal é também território da boa mesa, das tascas mais simples a restaurantes estrelados, assim como muitas confeitarias para provar o pastel de Belém e receitas concorrentes à original, inventada no bairro de mesmo nome. Praças, parques, museus, tudo cabe na cidade que guarda um rico Oceanário e ainda tem o Rio Tejo como um doce abraço a envolvê-la. Difícil não se encantar.

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    Sintra: beleza de alto a baixo

    Ao avistar duas chaminés em formato cônico no horizonte, acredite, você chegou a Sintra. O par que se sobressai na paisagem integra o Palácio da Vila, antiga residência de verão dos reis de Portugal. A presença de nobres nesta cidade a 20 km de Lisboa (40 minutos de trem) fez surgir outras edificações de destaque, entre elas, o Palácio e Quinta da Regaleira e o Palácio da Pena, este último erguido coloridamente no alto da serra. Depois de apreciar a vista lá de cima, desça para perambular as diminutas ruas do centro de Sintra. E não vá embora sem entrar na secular Casa Piriquita, para comer queijadas e travesseiros, doces típicos portugueses.

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    Óbidos: charme cercado por muralhas

    A partir de Lisboa, em menos de 1 hora chega-se de carro a Óbidos. O charme de conhecer esta vila histórica é penetrar no passado medieval guardado por grossas muralhas. Se possível, durma uma noite dentro da fortaleza, para poder não só ver o castelo e as igrejas ali presentes como também perder-se por suas labirínticas e surpreendentes vielas de paralelepípedos. Feita a partir da fermentação da ginja (espécie de cereja), a ginjinha de Óbidos é uma bebida que não se recusa. Março é mês do tradicional Festival do Chocolate.

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    Évora: passado multicultural

    Pense em visitar um templo romano, uma catedral de traços góticos e, de quebra, pátios mouriscos. Évora é sinônimo de multiculturalidade. No centro da região do Alentejo, a cidade tem no Museu de Évora e na Capela dos Ossos outros dois pontos de parada obrigatórios. E tudo pode começar ou terminar nos cafés e restaurantes da Praça do Giraldo, antes ou depois de uma passada pelas lojas de artesanato da Rua Cinco de Outubro.

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    A partir de Lisboa, é possível visitar Évora
    Templo romano, um clássico nas fotos em Évora – Foto: Turismo de Portugal

    Porto: o vinho que conquistou o mundo

    A segunda maior cidade de Portugal é a capital da região norte do país. O Rio Douro que nasce em Trás-os-Montes atravessa todo o Porto. É possível percorrer suas águas em passeios de barco rabelo ou apenas admirar seu vagar em cafés e restaurantes da Ribeira, região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.

    Considerada uma das mais bonitas do mundo, a Livraria Lello é famosa entre os fãs de Harry Potter. Um ímã de turistas como também são as caves de vinho do Porto, programa essencial entre o que fazer no Porto. Na vizinha Vila Nova de Gaia, na margem oposta, adormece não só essa bebida fortificada como outros rótulos produzidos nas escarpas ao longo do Douro. É também nessa cidade da região metropolitana do Porto que está o World of Wine (WOW), complexo enoturístico com museus, restaurantes e lojas.

    O Porto e seus arredores são indicados a quem ama arquitetura e àqueles que sonham se fartar de bons pescados e frutos do mar. Uma escapada a Matosinhos revela aquela que é considerada a sala de jantar do Porto, dona do ‘melhor peixe do mundo’. Não é marketing ou cabotinismo, mas constatação.

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    Pinhão: entre as vinícolas do Douro

    A pequena vila ligada à cidade de Alijó é o centro da região demarcada do Douro, rodeada pelas principais quintas produtoras do famoso vinho do Porto e outros rótulos de destaque. Há cruzeiros que saem de Pinhão para explorar o famoso rio. A visitação às propriedades também faz parte do roteiro de enoturismo, que pode incluir a experiência da colheita (vindima) nos meses de setembro e outubro. A partir de Pinhão chega-se a cidades como Peso da Régua – onde estão o Museu do Vinho do Porto e o Solar do Vinho do Porto –, Lamego e ainda Vila Real. Destaque para a bela estação de trem de Pinhão, decorada por 25 painéis de azulejos que retratam a paisagem da região e a produção vinícola.

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    Coimbra: tradição de espírito jovem

    Uma das mais antigas universidades do mundo está em Coimbra desde 1537. Banhada pelo Mondego, esta cidade de vocação acadêmica guarda ligações com a época do domínio romano (ruínas encontram-se preservadas onde hoje se localiza o Museu Nacional Machado de Castro). 

    Berço de D. Afonso Henriques, primeiro rei português, Coimbra se confunde com a própria formação do território nacional. Em seu preservado Centro Histórico estão edificações como a Sé Velha e as igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, todas obras do tempo em que a cidade tornou-se a primeira capital do reino de Portugal. Em Coimbra, o fado soa jovial tal qual o espírito estudantil da cidade. E até mesmo a tradicional azulejaria portuguesa tingiu-se de novas cores e significados em peças vendidas em ateliês.

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    Aveiro: uma joia entre canais

    Para descobrir Aveiro, é indispensável fazer o passeio de moliceiro, o barco colorido característico desta cidade litorânea cortada por canais. Já neste trajeto a bordo é possível admirar o conjunto de edifícios em Arte Nova, estilo arquitetônico com roteiro e museu próprios. Em terra firme, monte em uma Buga, sigla para bicicleta de utilização gratuita de Aveiro, maneira democrática de explorar esta cidade totalmente plana. Visite o Museu de Aveiro e reponha as energias com os tradicionais ovos moles, mais um clássico da doçaria portuguesa do centro do país.

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    Viseu: história e áreas verdes

    Cidade-jardim. As áreas verdes e os canteiros floridos bem cuidados contrastam com o acinzentado das construções de pedra em Viseu, cidade na rota dos vinhos do Dão e já considerada a melhor em qualidade de vida pelos próprios portugueses. Localizada no Centro de Portugal, é uma terra orgulhosa de sua história, materializada na figura em bronze de Viriato. Núcleo da cidade, a Praça da República é um bom ponto de partida para explorar os principais cartões-postais, casos do Museu Grão Vasco (em alusão ao mestre da pintura portuguesa do século 16) e do Museu de História da Cidade, verdadeira viagem no tempo por 2.500 anos de formação de Viseu. Aproveite para percorrer a Rua Direita, principal artéria comercial da cidade. Viseu fica no caminho da Estrada Nacional 2, a mais extensa de Portugal, com quase 740 km e que conecta o sul ao norte do país.

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    Braga: a fé portuguesa

    A história de Braga começou muito antes de Portugal ser Portugal. Foi ainda no tempo do Império Romano, quando Bracara Augusta foi eleita a sede da igreja mais importante daquela região (hoje em dia, o norte português; naquela época, parte da Galícia). Para os interessados nos vestígios da presença romana, vale visitar o Museu Diogo de Sousa. Aos mais religiosos, Braga celebra com fervor a Semana Santa e o São João. Acrescente à lista a visitação de igrejas, especialmente a Sé de Braga (a mais antiga do país) e o Santuário de Bom Jesus do Monte, cujo acesso pode ser via funicular ou subindo sua monumental escadaria com quase 600 degraus. Se você não dispensa uma gostosura, prove o pudim do Abade de Priscos, doce com raízes locais.

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    Santuário de Bom Jesus e os quase 600 degraus – Foto: Turismo de Portugal

    Guimarães: o berço de Portugal

    D. Afonso Henriques nasceu em Guimarães. E foi a partir daqui que ele liderou a formação de Portugal, tornando-se seu primeiro rei. O conjunto patrimonial da cidade ajuda a construir esta narrativa dos tempos medievais, com destaque para o Castelo de Guimarães, localizado no Monte Alto, onde também se encontram a estátua do Rei Conquistador, a Igreja de São Miguel e o Palácio dos Duques de Bragança. O teleférico é outro programa obrigatório na cidade, unindo o Centro à Montanha da Penha. Localizada a 40 minutos do Porto, Guimarães tem uma extensa lista de sabores a serem experimentados, entre eles, o polvo à lagareiro, o caldo verde e as tortas de Guimarães.

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    Faro: passado mouro no litoral

    O aeroporto Gago Coutinho, em Faro, é uma das portas de entrada para o Algarve. É neste pedaço mais ao sul do território português que fica a cidade de casas caiadas, belas praias e clima de férias de verão. Essa estação do ano traz não só o aumento de temperatura como a elevação maciça no número de turistas, entre portugueses e estrangeiros. Alugar um carro e explorar a região é o recomendável, já que o litoral é recortado em cerca de 150 praias. Na capital do Algarve, sinta a presença da herança muçulmana percorrendo ruas e travessas, suba à torre da Catedral da Sé para melhor observar a cidade ou embarque no Cais da Porta Nova em um passeio de barco para as praias das ilhas de Faro, do Farol, Culatra e Deserta. 

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    Albufeira: sinônimo de verão e festa

    Distante cerca de 40 minutos a partir de Faro, a cidade de Albufeira é uma festa. Quase permanente no verão, quando muitos turistas teimam em ficar até mais tarde nas ruas. Oura ou The Strip é a mais animada delas, com seus clubes noturnos que só fecham ao amanhecer. De dia, não é preciso andar muito para encontrar praias de areia dourada, como a dos Pescadores e a do Túnel. As opções se avolumam, ora mais a leste ou a oeste pelo litoral do Algarve. Ao entardecer, meta-se por entre as pequenas ruas e explore a herança árabe ainda viva por todo este vilarejo. E então siga para a Baixa, de cafés, restaurantes e lojas que se enchem de vida com as primeiras luzes noturnas. E então a festa vai recomeçar em Albufeira.

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    Vilamoura: entres barcos, campos de golfe e hotéis

    É um pedaço do Algarve que nasceu para o turismo, com hotéis, campos de golfe, cassino e marina. Passeios de barco também saem daqui para outras áreas da região no sul de Portugal. Vilamoura é uma pedida para pegar uma praia e almoçar nos restaurantes pé-na-areia. O grupo Dom Pedro, com 4 hotéis no Algarve, mantém o Victoria, o Millennium e o Old Course para os golfistas. À noite a rua no entorno da marina fica movimentada, com bares, restaurantes, sorveterias e lojas.

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  • O que fazer no Porto (Portugal): pontos turísticos e vinho

    O que fazer no Porto (Portugal): pontos turísticos e vinho

    A lista do que fazer no Porto, em Portugal, inclui subir a Torre dos Clérigos, descobrir cores e sabores do renovado Mercado do Bolhão, caminhar pelo Cais da Ribeira, fazer um cruzeiro sob as pontes do Rio Douro e visitar a Livraria Lello. É a terra do mais conhecido vinho de Portugal e a capital do norte do país. Existem pontos turísticos no Porto obrigatórios na visão dos próprios portuenses, como a visita às caves em Vila Nova de Gaia, cidade do outro lado do Rio Douro. Ali, o World of Wine (WOW) é uma atração que ainda cheira a vinho jovem.

    Na principal cidade do Portugal, o circuito básico pode ser feito em 3 dias, tempo suficiente para viver momentos incríveis na cidade que batizou o país e é sinônimo de sua bebida mais famosa internacionalmente.

    Pontos turísticos do Porto

    Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade. Como ficam relativamente próximos os pontos turísticos do Porto mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias de transporte público ou de carros de aplicativo. Confira:

    Mercado do Bolhão

    O centenário mercado reabriu em setembro de 2021, após quatro anos de restauração. Bancas e lojas – algumas antiquíssimas, como a Teresa das Azeitonas – ganharão em breve a companhia de restaurantes. Ou seja, dificilmente alguém sairá de barriga vazia após uma visita ao Mercado do Bolhão, que não funciona aos domingos. Dá só uma olhada nessa nossa publicação no Instagram @ComoViaja.

    Livraria Lello

    A fila na Rua das Carmelitas dá a dimensão do que virou a Livraria Lello, linda e famosa entre fãs de Harry Potter. A mística sobre ter servido de inspiração para a criadora da saga do aprendiz de bruxo transformou o dia a dia dessa loja centenária. Detalhes da decoração, como a escada vermelha, viraram cartão-postal. Para incentivar a leitura e evitar a superlotação, o valor do ingresso da visita é descontado na compra de livros.

    Entre os pontos turísticos do Porto, a Livraria Lello
    Lello – Foto: Fernando Victorino @Como Viaja

    Torre dos Clérigos

    Obra do século 18, o edifício de autoria do italiano Nicolau Nasoni tem 75 metros de altura. Para alcançar a vista panorâmica da cidade do Porto e do Rio Douro é preciso subir 240 degraus. Além do observatório, o conjunto dos Clérigos inclui igreja e museu. É possível visitá-los e ver não só objetos sacros como também saber de que forma se deu o meticuloso trabalho de restauração pelo qual a construção passou a partir de 2014.

    Palácio da Bolsa

    Uma atração merece mais tempo no Porto: a visita guiada ao Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Patrimônio Mundial da Unesco, é utilizado na maioria das solenidades oficiais do governo, dada a suntuosidade da construção, a mais visitada da região Norte do país. Nela, o restaurante O Comercial tem menu executivo que inclui couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.

    Estação de São Bento

    Dela partem hoje trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento do trem.

    Rua de Santa Catarina

    A via comercial mais movimentada do Porto concentra lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres. Tem ainda hotéis alternativos como The White Box Boutique House (reserva na The White Box Boutique House na Booking) cafés e restaurantes novos, caso do novato Gruta, de portas abertas desde 2021.

    Casa da Música

    O arrojado projeto do arquiteto holandês Rem Koolhaas é uma sala de concertos onde cabem todos os gêneros musicais, do clássico ao eletrônico. A programação de apresentações é farta de quinta a domingo, mas vale conhecer o prédio, que abre diariamente e oferece visitas guiadas em português pela manhã e à tarde. Tem ainda bares, café e restaurante (temporariamente fechado).

    O que fazer no Porto, em Portugal: Casa da Música
    Casa da Música, ponto turístico do Porto (Portugal) – Foto: Visit Porto

    Parque e Fundação de Serralves

    Os jardins geometrizados à francesa são, por si só, uma atração a ser desfrutada. Some-se aos bosques, ao lago e ao roseiral o Museu de Serralves – obra do arquiteto Siza Vieira e dedicado à arte contemporânea –, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira e a Casa de Serralves, em estilo art déco. O passadiço, conjunto de passarelas erguido a 15 metros do chão, em meio às árvores, também vale ser conhecido.

    Cais da Ribeira

    Sabe aquela sequência de casario à beira do Douro? Ali é o Cais da Ribeira, na cidade do Porto. Você pode caminhar ao longo do calçada ou admirar os prédios antigos colados a partir do rio, navegando num barco, ou do alto do Teleférico de Gaia.

    World of Wine (WOW)

    Inaugurado em 2020, o World of Wine foi fincado entre velhos armazéns de vinho do Porto. É um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto. Não cobra ingresso para entrar, apenas para vivenciar as experiências nas áreas de exposição. Tem uma praça que presenteia os visitantes com a linda visão da margem oposta do rio, do Cais da Ribeira.

    WOW, mundo do vinho em em Gaia: um dos pontos turísticos do Porto
    World of Wine (WOW) – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Cruzeiro no Douro

    O cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro é feito a bordo de um barco Rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. A travessia passa não só sobre as ligações entre as 2 cidades, como por edifícios históricos, entre eles, o Palácio da Bolsa e a Alfândega.

    Ponte Luiz I

    Uma das ligações entre o Porto e a vizinha Vila Nova de Gaia, a ponte Luiz I está presente em quase toda foto tirada a partir de alguma dessas cidades. Inaugurada em 1886, tem 395 metros de extensão e está dividida em dois segmentos. No tabuleiro inferior circulam veículos; metrô e pedestres cruzam o segmento mais alto, de onde se tem visão privilegiada.

    O que fazer no Porto em 3 dias

    Todos os pontos turísticos acima podem estar no roteiro do que fazer no Porto em 3 dias. Alguns podem ser substituídos ou combinados com os lugares listados abaixo, ao gosto do freguês, para ficar num estilo bem português. Inevitavelmente você irá passar por alguns deles e pode escolher se quer parar e se ater mais detalhadamente em cada um.

    Rua das Flores

    Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000. Hotéis-boutique e lojas tradicionais ficam nesta rua, entre elas, a Chaminé da Mota, especializada em livros raros, e a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão até hoje.

    Sé Catedral

    A rosácea da fachada, a azulejaria, as pinturas murais e o altar de prata se destacam neste edifício romano-gótico dos séculos 12 e 13. Fica no coração do centro histórico do Porto e testemunhou o casamento entre os reis D. João I e D. Filipa de Lencastre, em 1387.

    Funicular dos Guindais

    O meio de transporte é uma atração turística que conecta um desnível de 61 metros entre a região da Batalha e a Ribeira. A viagem dura cerca de 3 minutos, sendo mais uma oportunidade de observar o Porto a partir de uma nova perspectiva.

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    Teleférico de Gaia

    Faça da subida de teleférico um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar. O percurso de 600 metros é feito em cerca de 5 minutos. Você pode só ir e descer numa das extremidades da Ponte Luiz I, ou voltar e retornar à base em Vila Nova de Gaia.

    O que fazer no Porto em 5 dias

    Quem fica mais tempo no destino consegue explorar outras instituições culturais, igrejas e até o estádio do time de futebol local. Outra opção do que fazer no Porto em 5 dias é visitar sem pressa até a cidade vizinha de Matosinhos, de onde saem muitas das sardinhas em lata vendidas como souvenir no norte de Portugal.

    Estádio do Dragão

    A casa do Futebol Clube do Porto oferece tour guiado pelo estádio e pelo museu (inaugurado em 2013, seu acervo é composto por documentos, fotos e, claro, troféus, entre eles, as taças da Uefa Champions League e do Mundial Interclubes). Exposições temporárias e objetos especiais ficam em destaque ao longo do ano.

    Igreja dos Carmelitas

    Declarada Patrimônio Nacional, a igreja do século 17 se destaca pela parte atrás do altar, considerada inovadora para a época. O antigo convento dos frades carmelitas que fazia parte do conjunto arquitetônico original virou quartel com a extinção das ordens religiosas.

    Igrejas, entre os pontos turísticos do Porto (Portugal)
    Igrejas dos Carmelitas e do Carmo na lista do que ver

    Igreja do Carmo

    Aos devotos do Instagram, a fachada lateral de azulejos da construção tem desenhos que representam o culto à Nossa Senhora do Carmo. Vale o registro fotográfico, bem como da frente da igreja, exemplo do estilo barroco-rococó do Porto. É separada da Igreja dos Carmelitas pela pitoresca Casa Escondida.

    Casa Escondida

    Não faz muitos anos e gente desavisada não percebia a existência de uma casa entre as igrejas do Carmo e dos Carmelitos. Foi erguida no século 18 e sua função era abrigar membros da irmandade religiosa. Acolheu reuniões secretas durante a Revolução Liberal, levante militar ocorrido em 1820 e ligado à transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.

    Mosteiro da Serra do Pilar

    Erguido a partir de 1538, e concluído mais de um século depois, o conjunto abriga uma igreja em formato circular, que chama a atenção na paisagem. Patrimônio da Humanidade, o mirante do mosteiro atrai turistas nos fins de tarde ensolarados, já que permite linda vista do Douro. O teleférico de Gaia tem uma estação aos pés da Serra do Pilar.

    Um dos pontos turísticos do Porto (Portugal): Mosteiro da Serra do Pilar
    Visão do Mosteiro da Serra do Pilar a partir da Ponte Luiz I

    Museu Soares dos Reis

    O primeiro museu público de arte de Portugal tem uma importante coleção de pinturas dos séculos 19 e 20, com destaque para artistas da escola do Porto. O acervo reúne ainda porcelanas, cerâmicas, joias e esculturas como O Desterrado, obra-prima de António Soares dos Reis, que dá nome ao museu.

    Cidade de Matosinhos

    Colada ao Porto, Matosinhos tem praias para quem busca se refrescar; a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C. Também é a terra do arquiteto Siza Vieira, que deixou por lá diversas obras, caso da Casa de Chá da Boa Nova. Lá funciona o restaurante de mesmo nome, comandado pelo chef Rui Paula, com 2 estrelas no Guia Michelin.

  • Porto, Portugal

    Porto, Portugal

    Portugal nasceu no norte e foi batizado por causa do Porto, mas não foi na cidade banhada pelo Douro que sua realeza fincou raízes nem de onde homens bravios partiram em caravelas para achar o Novo Mundo. Ainda assim, ela conquistou reconhecimento internacional pela bebida que ostenta seu nome, o vinho do Porto. O destino, no entanto, oferece mais do que a visita às caves da renomada bebida portuguesa.

    Há muito para ver, sobretudo, contemplar a cidade do alto de seus miradouros. Para se planejar com antecedência, veja as nossas sugestões de onde ficar no Porto e o que fazer no Porto. A segunda maior cidade do país é dona de construções dotada do indefectível traço português (na Torre dos Clérigos, na Sé Catedral) e de edifícios influenciados por sua escola de arquitetura moderna (caso da Fundação Serralves, projeto do Prêmio Pritzker Siza Vieira).

    Arquitetura moderna da Casa da Música
    Arquitetura moderna da Casa da Música – Foto: Porto CVB

    A melhor época para visitar o Porto, em geral, é durante os períodos de clima mais ameno. No verão, hotéis e restaurantes se enchem de pessoas; as ruas, de sol e de vida. Nessa época, sentar à mesa para beber ou comer na beira do rio é básico de qualquer roteiro. 

    Não menos obrigatório do que visitar a centenária Livraria Lello, famosa entre os fãs de Harry Potter, responsáveis por transformar sua escada vermelha em um dos pontos mais instagramáveis da cidade. Andar a pé é uma forma de conhecer outros cartões-postais dignos de registro fotográfico, mas vale lembrar que a cidade tem ladeiras.

    Quando a curiosidade do olhar quiser enfim descobrir o que há do outro lado do Douro, hora de cruzar a Ponte Luiz I, ir ao encontro do icônico vinho, a repousar em Vila Nova de Gaia (faça um tour pelas caves). Cidade-extensão do Porto, lar do tawny e do vintage, ela abriga desde 2020 o World of Wine (WOW), complexo que se espraia por um conjunto de armazéns restaurados. Ali, come-se, bebe-se, aprende-se. Experimenta-se o Porto por uma nova perspectiva. 

    World of Wine (WOW) no Porto: produção de vinho
    World of Wine: produção de vinho – Foto: @ComoViaja

    Confira abaixo o guia gratuito do Porto (Portugal), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, clima, passagem aérea, compras, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossos guias gratuitos de viagem trazem informações práticas e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    Clima

    A melhor época para visitar a cidade do Porto é entre maio e setembro, quando o sol brilha mais e o calor pinta com intensidade (mínimas de 12°C, máximas de 25°C). Cheia de turistas, a cidade no mês de julho pode registrar dias de altas temperaturas – há casos em que os termômetros já chegam a encostar nos 40°C.

    Nessas situações, uma solução é se refrescar nas praias de Matosinhos, onde a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C, e beber um portonic (drink à base de Vinho do Porto branco, água tônica e limão).

    Historicamente, dezembro e janeiro são os meses mais chuvosos e frios no Porto e região, mas com pouco ou quase raros registros de temperaturas negativas ou de geadas.

    Preparativos

    Passagem aérea

    TAP mantém voos diretos do Porto para o Brasil, para os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) – veja passagem aérea para o Porto no Skyscanner. Localizado na área metropolitana, o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro fica a 15 quilômetros do centro da cidade. Em média, o táxi custa 20 euros para fazer esse percurso. Caso pretenda deixar o aeroporto de metrô, tome a linha E, violeta (Aeroporto – Estádio do Dragão), com saídas a cada 20 minutos (2 euros). Máquinas automáticas do aeroporto vendem bilhetes.

    Visto

    Não é exigido de turistas brasileiros.

    Carro

    Muitos viajantes chegam ao Porto de carro alugado, vindos de outras regiões do país. A ligação com a capital é feita pela estrada A1, em uma viagem de cerca de 3 horas. Consulte seu hotel para saber se o carro pode chegar o mais perto possível dele, já que há ruas da cidade com restrição à circulação de veículos. É ideal verificar também se existe vaga para parar no seu local de hospedagem ou estacionamento público ou particular nas redondezas.

    Trem

    A estação São Bento é a mais próxima do centro histórico. O tempo de viagem aproximado é de 3 horas, entre Lisboa e Porto a bordo de um trem da companhia Comboios de Portugal (preços entre 23,93 e 46,05 euros). Também há quem combine o destino com outras cidades da Europa usando os bilhetes de trem pela Rail Europe.

    Estação de São Bento: trem no Porto
    Estação de São Bento – Foto: @ComoViaja

    Transporte

    O metrô do Porto tem mais cinco linhas e adota tickets que variam conforme o número de zonas a serem percorridas (Z2 a Z12) e passes de um dia (7 euros) e três dias (15 euros), com direito a viagens ilimitadas, inclusive de ônibu (chamado de autocarro). Ao custo de 2 euros, a frota da cidade está conectada ao aeroporto pelas linhas 601, 602 e 3M (da meia-noite às 5h30 da manhã).

    O Porto Card com transporte de 1, 2, 3 ou 4 dias dá direito a metrô, ônibus e trens municipais e a entrada gratuita em 6 museus, entre outros benefícios.

    Moeda

    Compre euro antes da viagem ou saque nos caixas da rede Multibanco (MB), que funcionam 24 horas. Muitos ficam na rua, não dentro de agências. Tome os mesmos cuidados que você teria retirando dinheiro vivo no Brasil.

    Os principais cartões de crédito são aceitos em quase todos os negócios da cidade. A conta nos bares e restaurantes já vem acrescida da taxa de serviço, mas é de bom tom deixar de gorjeta entre 5 e 10% do valor total da despesa. Nos táxis, arredonde o preço da corrida para cima.

    Teleférico de Vila Nova de Gaia: vista do Porto
    Teleférico de Vila Nova de Gaia: linda visto do Porto

    Se for usar transporte público sem comprar o Porto Card, pague com moedas e na quantia exata quando possível. No Porto também existem os charmosos bondes (elétricos), com três linhas em funcionamento e passagem a ser paga ao condutor (3 euros). E o funicular conecta as regiões da Batalha e da Ribeira (2,50 euros).

    Ao visitar Vila Nova de Gaia, faça da subida de teleférico (6 euros) um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar, cujo terraço está de frente para o pôr do sol.

    Passeio de barco no Douro: pontes do Porto
    Passeio tradicional: de barco pelo Douro – Foto: @ComoViaja

    É possível fazer no Porto o cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro, travessia a bordo de um barco rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. Disponível em três turnos, o tour completo de tuk tuk pelo Porto virou um modo novo de visitá-la.

    Hotéis

    Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem está à procura de onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam à cidade de carro, em geral vindos diretamente de Lisboa ou percorrendo outras cidades portuguesas pelo caminho. Portanto, é bom saber que muitos hotéis no Porto não têm estacionamento, especialmente os que estão em áreas com restrição à circulação de veículos, casos do Cais da Ribeira e da Rua das Flores. Essas são duas regiões bem turísticas da cidade, conectadas a outras atrações que você certamente visitará durante sua permanência no Porto.

    Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um hotel boutique com quartos que dão de frente para o Douro e suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo. O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista na Avenida dos Aliados, próximo ao metrô.

    Rua das Flores: edifícios repaginados – Foto: @ComoViaja

    Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores. Na mesma via, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a igual: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária).

    Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem andares em alusão às especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. No coração da Ribeira, e pertencente à mesma rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. Faz parte do conjunto de edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto.

    No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à arte da pintura.

    Duas opções na Praça da Batalha são o Mercure Porto Santa Catarina e o Legendary Porto Hotel. O primeiro apresenta quartos com cama adicional para quem viaja em família. O segundo era um Quality Inn e foi recentemente reformado. Ambos estão a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas.

    Para uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica num renovado prédio de esquina. É o hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios. O minimalista Yotel tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs.

    O Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. Quem é aberto a novidades talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.

    Hotel Vila Foz, no Porto
    Piscina do spa com visão para o jardim do Vila Foz – Foto: @ComoViaja

    Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis.

    Quem opta por hospedar-se em Vila Nova de Gaia encontra todo tipo de oferta na margem oposta do Douro. O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. E ainda tem aos pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine. Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão feioso, impressão que se desfaz assim logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante.

    O The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia e o Mercure Porto Gaia são opções para quem quer gastar menos e confia no padrão das duas bandeiras da rede Accor.

    Passeios

    Um tour completo pelo Porto inclui a visita à região da Batalha, Mercado do Bolhão, Catedral da Sé e Estação de São Bento, o cruzeiro sob as pontes num barco rabelo e a ida a uma cave em Vila Nova de Gaia com degustação de vinho.

    Um bom ponto de partida para conhecer os principais pontos turísticos do Porto é a Livraria Lello, que tem fila de turistas na porta para visitá-la. Ao sair, suba em direção à praça onde estão a Fonte dos Leões, a Universidade do Porto, a Igreja dos Carmelitas e a vizinha Igreja do Carmo, cuja lateral é toda revestida de azulejos. Aproxime-se e descubra entre elas a casa mais estreita do Porto, habitada até os anos 1980, hoje aberta à visitação.

    Livraria Lello e sua escadaria: chamariz de fãs de Harry Potter
    Escadaria famosa da Livraria Lello – Foto: Porto CVB

    Alternativa ao deixar a livraria é descer a Rua das Carmelitas rumo à Torre dos Clérigos, miradouro de onde se enxerga a cidade em 360°. Siga posteriormente na direção da Praça da Liberdade, que guarda a estátua de D. Pedro IV (Pedro I, para os brasileiros). Admire os edifícios das primeiras décadas do século 20 localizados na Avenida dos Aliados antes de alcançar a Estação de São Bento.

    Dali partem trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento da locomotiva a vapor.

    Quem se interessa pela tradição do azulejo português pode participar do free tour dos azulejos do Porto, que passa pela Capela das Almas, Grande Bazar e Café A Brasileira, entre outros locais.
    Para uma viagem ao passado, meta-se pela Rua das Flores. Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000.

    Palácio da Bolsa, no Porto
    A riqueza do Palácio da Bolsa – Foto: Visit Porto

    Uma atração merece mais tempo é o Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Um deles é o escultor António Soares dos Reis, cujo sobrenome batiza um museu com coleções de cerâmica, joalheria, pinturas, entre outros trabalhos.

    A arte contemporânea está no centro da missão da Fundação Serralves, instituição localizada em um parque homônimo, com passarela entre as copas das árvores, a Casa de Cinema Manoel de Oliveira e um lindo edifício em art déco, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, ganhador do Prêmio Pritzker. Não muito distante dali fica a Casa da Música, arrojada obra do holandês Rem Koolhaas, voltada à difusão de todas as vertentes sonoras, do clássico à vanguarda, com visitas guiadas todos os dias.

    Após quatro anos de restauração, o centenário Mercado do Bolhão reabriu em setembro de 2022, com 81 bancas. Ali, moradores e turistas continuam encontrando produtos frescos diariamente. Sob a inspiração de aromas e sabores, você pode seguir em direção aos bares e restaurantes do Cais da Ribeira, não sem antes encontrar pelo caminho (que inclui parte da Rua de Santa Catarina e Praça da Batalha) mais dois ícones do Porto, a Igreja de Santo Ildefonso e a Sé Catedral.

    Em espanhol, o free tour noturno pelo Porto caminha por cenários como a Avenida dos Aliados (com seus edifícios lindamente iluminados) e o Jardim da Cordoaria.

    Restaurantes

    A região Norte do país ostenta cinco casas no prestigiado Guia Michelin, das quais três delas estão no Porto, com uma estrela: Antiqvvm, Pedro Lemos e Vila Foz (caçula, o restaurante do hotel homônimo entrou para a lista em 2022).

    Dono de duas estrelas com a sua Casa de Chá da Boa Nova, na vizinha Matosinhos, o chef Rui Paula serve o melhor da cozinha portuense no DOP: do bacalhau ao cabrito, de mariscos a enchidos.

    Conhecido entre os brasileiros como um dos primeiros jurados do reality Mestre do Sabor, José Avillez se faz presente com o descontraído Cantinho do Avillez. Já o In Diferente é um Bib Gourmand que une boa comida a preço bom.

    Para provar a cozinha portuguesa de raiz em salões sem maneirismos, o Zé da Braga é reconhecido pelo bacalhau à Braga, enquanto o Casa Nanda tem nas tripas à moda do Porto um dos destaques. E o pernil assado do Antunes é apontado por muitos como imbatível.

    A antológica francesinha (sanduíche de carne e embutidos coberto por queijo derretido) do Santiago colocou este café entre os 50 melhores sanduíches do mundo, segundo o site Big 7 Travel.

    Portuenses apreciam carnes, estrelas em lugares como Sala Meat.ing Point, Muu e Cúmplice. Já a Biferia é auto explicativa. O Honest Greens preza a cozinha sustentável ao passo que o Brick Clérigos trabalha produtos frescos e saudáveis em pratos comidos em mesa comunitária.

    Dos restaurantes em pontos turísticos, O Comercial, dentro do Palácio da Bolsa, tem menu executivo com couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.

    Na Ribeira, Fish Fixe e Chez Lapin combinam receitas típicas com a privilegiada visão do Douro, da Ponte Luiz I e do vaivém de turistas pelo cais. E o novato Gruta está de portas abertas na Rua de Santa Catarina desde 2021.

    A diária do hotel não inclui o pequeno almoço? Por que não um brunch? No Nola Kitchen ele é servido das 9 da manhã às 18 horas, de quinta a terça.

    Cafés são instituições na cidade e vão dos endereços históricos (Café Guarany, Café Majestic e Café Piolho – pertinho da Universidade do Porto) a espaços modernosos, entre eles, o Moustache Coffee House, o Berry, o Bop e o C’Alma.

    Eventos

    O Porto vibra com festivais de música por dias e dias, mas é um santo quem bota grande parte da cidade em uma alegre vigília sem descanso por 24 horas, naquela que pode ser apontada como o evento local. São João Baptista é comemorado em 24 de junho.

    Antes de tudo, é uma festa religiosa celebrada solenemente no interior das igrejas. Nas ruas ela é ruidosa. Na véspera do feriado, a animação vem regada a vinho, comidas típicas e música. Barracas espalham-se em pontos populares da cidade. E tudo converge para o Cais da Ribeira, de onde assiste-se ao espetáculo da queima de fogos, pontualmente à meia-noite.

    Festa de São João na Cidade do Porto
    Festa de São João em junho – Foto: Porto CVB

    Junho é também mês do Primavera Sound, com apresentações ao vivo de grandes nomes nacionais e internacionais no Parque da Cidade do Porto (em 2023, entre os dias 7 e 10). O próximo ano também terá o retorno do Essência do Vinho (23 a 26 de fevereiro). O Palácio da Bolsa recebe 19ª edição, que terá como novidade a Wine & Travel Week, feira internacional de enoturismo.

    Entre fim de setembro e o início de outubro, o calendário costuma ser reservado para o Festival de Francesinhas, época de saber quem prepara a mais célebre iguaria típica do Porto. No décimo mês do ano é realizado o Festival Internacional de Marionetas do Porto, que tem grande parte de suas apresentações no palco do Teatro Municipal.

    Compras

    A Rua de Santa de Santa Catarina é a via comercial mais movimentada do Porto, com lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres.

    A Livraria Lello é linda e famosa entre fãs de Harry Potter, principalmente por causa da mítica escada vermelha. Mas essa loja centenária vende clássicos da literatura mundial em edições super caprichadas (o ingresso cobrado na entrada pode ser deduzido do valor da compra).

    A especialidade da Chaminé da Mota são os livros raros. Fica na Rua das Flores, artéria aberta em 1521 com o nome de Santa Catarina das Flores. Os edifícios barrocos que abrigaram a burguesia emergente hoje são ocupados por hotéis-boutique, cafés, joalherias e lojas como a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão.

    Em matéria de tradição, o Bazar Paris (brinquedos tradicionais, desde 1903), a Casa Lima (malas, bolsas e artigos em couro vendidos há 144 anos) e a Pérola do Bolhão (mercearia aberta em 1917) são exemplos de comércio popular de rua, frequentados por gerações de portuenses.

    Mercado do Bolhão reformado: Porto
    Mercado do Bolhão reformado – Foto: @ComoViaja

    O lado contemporâneo da cidade está nas fachadas da Rua de Miguel Bombarda. O centro comercial que funciona no número 285 é sinônimo de inovação e experimentação made in Portugal.

    Há opções também no entorno e na transversal Rua do Rosário, onde lojas como a CRU (roupas e acessórios) e o Colectivo Besta (craft art) esbanjam criatividade.

    Com 106 lojas, o Shopping Cidade do Porto atende consumidores mais ortodoxos, adeptos de marcas internacionais, entre elas, Mango e Zara.

    Inaugurado em 2020, o World of Wine (WOW) é um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto – compre ingresso para um museu do WOW Porto.

    Garrafas da bebida fortificante podem ser adquiridas também em caves como Ramos Pinto, Sandman, Taylor’s, Ferreira e Calém, abertas à visitação seguida de degustação.

    Esticada

    Para adeptos de roteiros enogastronômicos, o tour pela região do Douro visita vinícolas e vai até Pinhão, de onde sai um cruzeiro por um trecho do rio. Já em Leça da Palmeira, a Piscina das Marés fica aberta ao público na alta temporada (junho a setembro). É mais uma das obras by Siza Vieira.

    Uma das novidades turísticas de Portugal está a cerca de 70 km do Porto. Declarado Patrimônio da Unesco, o Arouca Geopark é o lugar onde fica a maior ponte de pedestres suspensa do mundo, situada 175 metros acima do Rio Paiva.

    Para conhecer as origens de Portugal, uma alternativa é fazer a excursão a Guimarães e Braga. Uma é a terra do primeiro rei português. Já a outra cidade guarda a catedral mais antiga do país. Se houver disposição, suba a escadaria de 573 degraus do Santuário de Bom Jesus de Braga ou vá ao alto no icônico elevador.

    Vale conhecer também o vinho verde da região, os bordados de Viana do Castelo e Guimarães, as peças de barro figurado de Barcelos e artigos de cortiça.

    Vila do Conde é uma volta ao tempo na figura da Nau Quinhentista (visitas de terça a domingo) e no Museu das Rendas de Bilro, arte secular.

    Desde a época da ocupação romana, Chaves é reconhecida como estância termal, onde a água brota a cerca de 70°C, a mais quente da Europa. Junho a outubro é o período mais procurada para tratamentos e experiências nas termas locais.

  • Livraria Lello (Porto): linda e famosa entre fãs de Harry Potter

    Livraria Lello (Porto): linda e famosa entre fãs de Harry Potter

    A livraria Lello, no Porto, é uma das mais lindas do mundo. Embora ocupe o mesmo endereço desde 1906, de uns anos para cá ela virou atração turística pop e famosa entre fãs de Harry Potter. Menos em função da venda de livros do jovem bruxo, mais pelo mito de que a autora J.K. Rowling teria se inspirado na escadaria do centenário edifício para criar o ambiente da escola de magia de Hogwarts. A escritora britânica viveu na cidade do Porto no início dos anos 1990, mas já declarou no Twitter nunca ter botado os pés na livraria.

    A Lello fica na Rua das Carmelitas, porém não é preciso dizer o número porque a fila de turistas em frente a ela vai apontar que você está no caminho certo. É tanta gente junta que, desde 2019, a circulação de carros pela via foi restringida pela autoridade municipal de trânsito. Outra medida adotada há poucos anos foi a cobrança de ingresso pela livraria, o que permitiu controlar o fluxo de pessoas durante seu horário de funcionamento – criado em 2015, o voucher tem seu valor deduzido na compra de livros.

    Como é a livraria Lello, no Porto

    Fato ou fake sobre a livraria Lello ter inspirado a saga de Harry Potter, pouco importa. Diariamente, pessoas do mundo todo se espremem entre estantes e balcões para conseguir o melhor ângulo da escadaria encurvada, que exige perícia na hora de subir e descer, já que muitos visitantes se plantam nos degraus para selfies e outras poses.

     

    A escada vermelha é o local mais procurado

    Originalmente, a cor da escada era castanha, tendo sido pintada involuntariamente de vermelho durante sua primeira restauração, em 1993. O mestre de obras responsável pela reforma aprovou aquele erro, tornando assim o acesso ao segundo andar tão charmoso quanto icônico.

    A Lello é uma das atrações visitadas por uma excursão guiada a pé, juntamente com outros cartões-postais do Porto, como a Torre dos Clérigos, o Mercado do Bolhão e a Estação Ferroviária de São Bento. Apesar do esforço de J.K. Rowling para negar que a cidade tenha influenciado seus livros, um tour no Porto explora inspirações de Harry Potter. Nele estão incluídos a visita à livraria e a uma loja de uniformes de Hogwarts, além de outras paradas pelo caminho.

    Escada vista do fundo da loja e a fila do caixa

    Nathalia e eu estivemos na Lello em 2008, no tempo da entrada gratuita, quando só os livros atraíam os visitantes. A loja havia praticamente acabado de celebrar seu centenário, exibindo uma fachada um pouco desbotada à época. Dez anos depois de nossa visita, as cores originais foram devolvidas à parte exterior graças a uma meticulosa restauração.   

    O estilo neogótico do edifício chama a atenção de quem é apaixonado por arquitetura. Além da escada, o vitral do teto também aparece com frequência nas fotos dos visitantes. Composto por 55 partes, ele apresenta a inscrição “Decus in Labore” (Dignidade no Trabalho, em latim). 

    Composto por 55 painéis, o vitral foi restaurado em 2018

    O piso de madeira do primeiro andar conserva o trilho por onde, no passado, um carrinho trazia livros de um depósito até a frente da loja. Nas paredes há imagens de grandes nomes da literatura em língua portuguesa, entre eles, Eça de Queirós. E uma sala inteira leva o nome de José Saramago, com objetos pessoais e obras do único escritor português (autor de livros como Ensaio Sobre a Cegueira e O Evangelho Segundo Jesus Cristo) ganhador do Prêmio Nobel de Literatura (1998).

    Por todas essas características, a livraria Lello foi apontada por jornais, revistas e guias de viagem como uma das mais bonitas do mundo. Sua beleza também foi mencionada no Como Viaja | podcast de Viagem, no episódio sobre Viagens e Livros.

    O que fazer na Livraria Lello

    Entre, suba e desça a escada, tire sua foto e, por favor, dedique uns minutos para ver os livros. Aproveite o voucher da entrada para comprar um exemplar. Em 2015, ano em que foi adotada a cobrança do ingresso, a livraria vendeu 60 mil exemplares em média. Quatro anos mais tarde, esse número saltou para 700 mil.

    Além disso, a Lello retomou sua atividade como editora e relançou clássicos da literatura portuguesa em diferentes idiomas, como Os Lusíadas (poema épico de Luís de Camões), Mensagem (Fernando Pessoa), entre outros autores. A série The Collection inclui ainda obras universais traduzidas para o português. Romeu e Julieta (William Shakespeare) e Anna Karenina (Leon Tolstói) fazem parte da coleção, com capas lindamente ilustradas e preço médio de €15,90.

    Tela x livros: retrato do nosso tempo

    No fundo da loja, à esquerda, está toda a coleção de Harry Potter, identificada por uma placa de metal na estante e um chapéu de bruxo em uma das prateleiras. Perguntei a um dos funcionários se era uma espécie de retaliação pelo fato de J.K. Rowling jurar de pés juntos não conhecer a Lello. “Se deixássemos à entrada, os turistas não passariam da porta”, responde, seguido de uma piscadela marota. Se é fato ou fake a justificativa, pouco importa.

    Harry Potter? Dirija-se ao fundo da livraria

    VALE SABER

    Endereço: Rua das Carmelitas, 144 – centro histórico da cidade do Porto

    Transporte: use a linha D do metrô e desça na estação São Bento. Pegue a saída para a Praça Almeida Garrett, vire à direita nela e depois à esquerda, na Praça da Liberdade; siga na direção da Rua dos Clérigos e, em seguida, Rua das Carmelitas. Diversas linhas de ônibus (autocarro, em Portugal) passam pela parada Cordoaria, a mais próxima da Livraria Lello. No site da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto é possível calcular o itinerário

    Horário de funcionamento: diariamente, das 9h30 às 19 horas (horário de almoço e fim de tarde costumam ser menos cheios, segundo o site da livraria). Fechada nos dias 1º de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de maio, 24 de junho e 25 de dezembro

    Preço: €5 (valor do voucher pode ser abatido na compra de um livro; visita precisa ser agendada e não dá direito à entrada sem fila)  – crianças até 3 anos, grátis; a partir de € 15,90 (voucher dá direito à entrada prioritária, mediante agendamento e sem fila de espera, e inclui um livro da série The Collection)

    Site: livrarialello.pt

  • Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    As comidas típicas de Portugal são a perdição de qualquer viajante pelo país. É preciso ser muito enjoado para não se deliciar com receitas que esbanjam sabor e tradição. O bacalhau, o caldo verde, as alheiras, tudo isso está no imaginário do brasileiro quando se pensa no que o povo português nos deixou de legado culinário. Os pratos de Portugal vão da delicadeza do pescado (abundante em um país abraçado pelo oceano) ao vigor das carnes (grelhadas, assadas, ensopadas, deliciosas todas).

    Certa vez, escrevi que dificilmente abandona-se a mesa em Portugal sem carregar nas papilas marcas de uma cozinha farta em paladar e quilos a mais na cintura por obra da gula. Como netos de portugueses, Nathalia e eu decidimos fazer esta lista de comidas típicas de Portugal sabedores de que você vai terminar de ler o texto com água na boca. A relação está destacada por região do país, indo rumo ao sul no mapa e incluindo a Ilha da Madeira e os Açores.

    Comidas típicas do Porto e Norte

    Portugal nasceu aqui, região que tem no Porto sua cidade mais conhecida. A região do Minho, de cidades como Braga e Viana, foi a que mais contribuiu para o fluxo migratório rumo ao Brasil. Porém, as comidas típicas do noroeste de Portugal nem de perto são conhecidas como as incontáveis versões de bacalhau que a mesma região nos brindou. Aliás, o bacalhau pode ser encontrado de todas as maneiras: fresco, salgado e ainda em conserva. Então, comecemos com as receitas que levam o ‘fiel amigo’, apelido do pescado mais famoso do país.

    Bacalhau, prato típico de Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Bacalhau à Gomes de Sá

    Tradicional receita do Porto feita com lascas de bacalhau marinadas em leite durante cerca de 2 horas antes de irem à panela. Os pedaços são preparados em azeite, com cebola e alho. Eles chegam à mesa com os acréscimos de azeitonas pretas e ovos cozidos. O nome foi dado em homenagem ao criador da receita, o comerciante José Luis Gomes de Sá

    Bacalhau à Minhota

    As postas de bacalhau são douradas dos dois lados em azeite quente. Sobre elas são colocadas cebolas e alho picado puxados no mesmo óleo. Batatas em rodelas, também fritas no azeite, acompanham o prato, que ainda leva tiras de pimentão vermelho.

    Bacalhau ao Zé do Pipo

    José Valentim, o Zé do Pipo, criou este prato para um concurso culinário no Porto. É a versão que mais aprecio à base de bacalhau. Aqui, o fiel amigo serve de recheio a uma massa que leva purê de batatas e maionese levada para gratinar. No meio dessa mistura vão temperos e ingredientes que tornam o prato ainda mais saboroso.

    Tripas à moda do Porto

    A história ensina que este prato passa pela tomada de Ceuta (1415) pelos portugueses, quando o exército precisou levar a bordo todo o estoque de carne da região do Porto, restando à população as tripas animais (daí os cidadãos portuenses serem apelidados de tripeiros). Trata-se de um grande cozido à base de vísceras, de enchidos (salsichas ou linguiças) e feijão branco. Qualquer semelhança com a nossa dobradinha não é mera coincidência. Prato de sabor intenso.

    Tripas à moda do Porto
    Tripas à moda do Porto, comida típica – Foto Porto Convention & Visitors Bureau

    Rojões à moda do Minho

    Prato forte à base de pedaços carne de porco sem osso aos quais se juntam posteriormente fígado suíno e tripas enfarinhadas (enchido típico do Norte de Portugal), ambos fritos. Depois, essa mistura é cozida lentamente. Acompanha batatas e castanhas na hora de servir.

    Papas de sarrabulho

    Por ser uma receita típica do Minho, ela é muitas vezes servida com os rojões. Leva sangue de porco, miúdos suínos, carnes de vaca e de galinha, cominho, farinha de milho, entre outros ingredientes. Prato para ser apreciado no inverno, sobretudo.

    Arroz de lampreia

    O protagonismo desse arroz está na lampreia, animal aquático de forma alongada e cilíndrica, como uma enguia. A cidade de Penacova, próxima a Coimbra, é considerada a capital portuguesa da lampreia, que tem um festival gastronômico dedicado a ela em fevereiro há cerca de 30 anos. 

    Posta mirandesa

    Comida portuguesa da região de Trás-os-Montes feita à base de carne de vaca, temperada com sal grosso e levada à grelha. O acompanhamento fica a cargo das famosas batatas ao murro (cozidas e posteriormente esmagadas de forma grosseira) e grelos salteados (talos de hortaliças levados à frigideira sem gordura). 

    Alheira

    Os judeus que queriam escapar da Inquisição driblaram o fato de não comerem carne de porco fazendo um enchido à base de aves e usando pão para dar consistência à massa. As tripas recheadas eram igualmente postas para defumar em varais, como os cristãos faziam com os enchidos de carne suína, não gerando assim suspeitas de sua origem religiosa.

    Alheira, comida típica de Portugal
    Alheira de Mirandela – Foto: Turismo de Portugal/Divulgação

    Francesinha

    Sanduíche parrudo, típico da cidade do Porto. Dentro do pão vão salsicha, linguiça, presunto, bife de vaca, tudo coberto por queijo derretido e molho que mistura cerveja, caldo de carne e vinho do Porto. E, em alguns casos, cabe ainda um ovo frito por cima. É servido com batatas fritas. A bomba calórica ganhou esse nome por guardar alguma semelhança com o sanduba francês croque-monsieur.

    Caldo verde

    As sopas engrossam a lista de comidas portuguesas típicas. Mas é o caldo verde que parece simbolizar nossa relação com o país europeu. É pura tradição do Minho. Leva batatas, couves e chouriço (no Brasil, a linguiça Toscana cumpre este papel). É um prato de inverno, de comer suando.

    Comidas típicas do Centro de Portugal

    Fátima, Coimbra e Castelo Branco fazem parte do Centro de Portugal, onde se localiza a Serra da Estrela, o ponto continental mais alto do país e também a região em que se produz um dos queijos portugueses mais famosos.

    Caldeiradas de peixe

    O nome revela ser receita de uma panela. E é. No caso, uma invenção culinária de pescadores, que colocaram peixe, batatas, cebolas e tantos outros ingredientes em camadas dentro de um tacho.

    Leitão da Bairrada

    Crocante por fora, macio e suculento por dentro, essa receita de leitão típica da Bairrada, no Centro de Portugal, é muito consumida em dias de festa. Vai sempre muito bem com batatinha cozida sem pele e laranja em rodelas.

    Cabrito estonado a Oleiros

    O consumo do cabrito não se limita à Páscoa na Beira Baixa de Portugal. Nesta receita, típica da cidade pertencente ao distrito de Castelo Branco, a pele do animal é mantida na hora de assar em forno a lenha, a fim de garantir suculência e sabor.

    Chanfana

    A rigidez da carne de cabra velha é vencida pela marinada em vinho tinto e temperos. Uma dose de aguardente é acrescentada quando tudo vai à panela de barro, selada para ser esquecida no fogo por quase 5 horas de cozimento. o Resultado é um prato típico português da região da Bairrada, já eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, em 2011.

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    Comidas típicas de Lisboa e arredores

    Única capital da Europa em que o sol se põe no mar, Lisboa oferece de restaurantes refinados a tascas mais simples. Em todos eles há pratos típicos de Portugal, ora em releituras, ora em verão ortodoxa, sem nunca dever em termos de qualidade e sabor. 

    Bacalhau à Brás

    Diz a crença popular de que as raízes do prato estão no Bairro Alto, em Lisboa. A receita leva bacalhau desfiado e batata palha, ambos fritos com cebola em azeite. Ovos batidos com garfo são derramados sobre os ingredientes, dando uma textura cremosa ao prato. Azeitonas pretas picadas são o toque final.

    Sardinhas assadas

    Considerada a rainha do mar, a sardinha em sua versão assada vai à grelha apenas com sal grosso. Prato comum nas festas dos santos populares (Antônio e São João, no período junino), ele é servido com batatas cozidas e pão.

    Bife à Marrare

    Napolitano radicado em Lisboa, Antônio Marrare criou este prato, muito popular sobretudo nos cafés lisboetas do século 19. Trata-se de um bife coberto por molho à base de manteiga e natas (algo semelhante ao creme de leite). Feita na própria frigideira, a mistura cremosa adquire a coloração meio marrom do suco da carne. O restaurante Brilhante, no Cais do Sodré, é um dos poucos da cidade que revive este clássico.

    Choco frito

    Esse molusco é o principal ingrediente dessa receita comum à região de Setúbal (área metropolitana de Lisboa). Marinados em alho, limão e sal, os tentáculos do choco são ainda empanados em farinha de milho. Frito, o petisco é servido com limão para espremer por cima. 

    Peixinhos da horta

    Na primeira metade do século 16, muito antes de as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) serem consumidas, surgiu este prato feito com vagem de feijão encapada por massa de farinha, frita em óleo. Sim, se você pensou em tempurá, acertou. Os portugueses apresentaram a novidade aos japoneses, durante o período das Grandes Navegações.

    Castanhas assadas

    A simplicidade está materializada nesta receita, que exige castanhas, forno a 200°C e cerca de 30 minutos de espera. Polvilhar sal grosso sobre o fruto seco é opcional. Sazonal, seu consumo se dá mais a partir do outono, quando é comum ver pessoas comendo castanhas na rua, preparadas em fogareiro a carvão.

    Comidas típicas do Alentejo

    O passado de carências fez surgir no Alentejo uma cozinha em que o pão e a água se converteram em base para uma série de receitas. A eles foram adicionadas ervas aromáticas, que enriqueceram de sabor as poucas quantidades de carnes ou pescados. Estão no mapa da região cidades como Évora, Santarém, Sines, Portalegre e Beja.

    Sopa de tomate

    A base deste caldo leva tomate, cebola, alho, temperos variados (louro, orégano, sal e pimenta) e água fervente. O que confere ponto mais viscoso à mistura é a batata. No Alentejo, os ovos são acrescentados para serem escalfados (fervidos no próprio líquido) antes de a sopa ser servida.

    Açorda

    Não há carne nem legumes nesta receita típica do Alentejo. Leva pão rústico picado, alho picado e coentro. Acrescenta-se água fervente aos poucos, criando uma papa. Por fim, adiciona-se uma gema de ovo, para ser cozida no calor dos ingredientes. 

    Migas

    A primeira parte deste prato consiste em fritar carnes de porco e reservar. Então pega-se pedaços de pão rústicos para passar na mesma frigideira. O acréscimo de água faz surgir uma papa e, posteriormente, umas pelotinhas. É uma comida típica de Portugal no inverno, para ganhar quilos à mesa.

    Ensopado de borrego

    Pedaços de cordeiro novo estão na base deste prato, mais consumido na Páscoa. Suculenta, a receita ganha batatas cozidas no próprio molho da carne e um toque de hortelã fresca ao cozido. O pão alentejano tostado é um complemento indispensável na hora de saborear.

    Carne de porco à Alentejana

    Terra e mar em um prato criado por um cozinheiro do Algarve, mas que usa o porco típico do Alentejo. Marinados de um dia para o outro, os pedaços de carne suína são fritos e ganham a companhia das amêijoas. O calor da mistura faz cozinhar e abrir a concha deste molusco semelhante ao marisco. Nacos de batatas fritas fazem parte do resultado final.

    Comidas típicas do Algarve

    Sinônimo de sol e praia, o Algarve é destino de férias no sul de Portugal. Com o mar a seus pés, natural que as receitas típicas tivessem ingredientes vindos das profundezas do oceano. Da capital, Faro, às cidades de Tavira e Albufeira os pratos primam por frescor e traços da cultura árabe.   

    Amêijoas de Cataplana

    O molusco mais famoso do Algarve é cozido na tradicional panela, originária dos anos de domínio árabe na região. Não faltam cebola, alho, tomate, louro e salsa na composição dessa iguaria, acrescida ainda de pequenas partes de chouriço e bacon. Come-se com pão, especialmente para molhar no caldo.

    Carapaus alimados

    Versão escabeche deste peixe. Limpo e cozido rapidamente em água fervente, ele é regado por azeite e suco de limão. Salsa e rodelas de cebola crua completam a receita, criada para ser consumida até mesmo dias depois do preparo.

    Estupeta de Atum

    As partes menos nobres do atum são chamadas de estupetas. Nesta salada típica do Algarve, a carne é dessalgada antes de ser misturada com cubos de cebola, tomate e pimentões verde e vermelho. 

    Polvo

    O complemento deste título poderia ser grelhado, ensopado, à vinagrete, em forma de salada, assado… Come-se este molusco de todas as maneiras no país. O prato típico de Portugal é muito consumido, especialmente no Algarve, onde se destaca o polvo à lagareiro, temperado a sal e alho e fartamente regado por azeite. Para comer junto? Batatinhas, ora pois.

    Comidas típicas da Ilha da Madeira e dos Açores

    As ilhas situadas no meio do Oceano Atlântico guardam um certo ar tropical em seu clima. Há receitas semelhantes entre si e outras que remetem às comidas típicas de Portugal continental.

    Cozido de Furnas

    Comida de uma panela só. Nela vão carnes de porco, de vaca e de galinha, morcela, chouriço, inhame, repolho, couve, batata, cenoura e nabo. Os ingredientes são postos sem água nem gordura na panela, que é enterrada em buracos no solo vulcânico. Tudo é cozido no vapor a 110°C por cerca de 5 horas. Prato típico de Furnas, localidade na ilha açoriana de São Miguel.

    Bolo lêvedo

    Assim como ocorre com o bolo do caco da Ilha da Madeira, esta receita dos Açores está mais para pão, por causa do formato. E as semelhanças param por aí, já que o de lêvedo, à base de farinha e batata, tem sabor adocicado.

    Bolo do caco

    Entre as comidas típicas de Portugal está esse pão originário da Ilha de Porto Santo, com raízes árabes. Um dos segredos está na quantidade de dobras (3) da massa, que leva nada além de farinha de trigo, água, sal e fermento. O pão é assado sobre uma pedra (o caco) aquecida em brasa.

    Bolo do caco, quase um pão pitta
    Bolo do caco, quase um pão pitta – Foto Holger Leue/Divulgação

    Bifes de atum

    Peixe abundante na região da Ilha da Madeira, o atum é temperado com vinagre, louro, alho e sal. Frito em azeite, ganha acompanhamentos de milho frito e molho vilão – à base de vinho branco, vinagre, cebola e segurelha (erva aromática).

    Lapas

    Este pequeno marisco da ilha é grelhado em manteiga derretida e alho por apenas 5 minutos (se passar disso, fica borrachudo). Serve-se com suco de limão. Prato sazonal, já que a lapa só pode ser apanhada no mar de outubro a abril.

    Prato típico da Ilha da Madeira: Lapa
    Lapa, molusco da Ilha da Madeira – Foto Francisco Correia/Divulgação

    Espetadas de carne

    Pedaços de carne são temperados com sal grosso apenas e fincadas em espetos de loureiro, árvore comum na Madeira. Come-se com cubos de farinha de milho e couve.

    Carne de vinha d’alhos

    O segredo está na vinha d’alhos, marinada que combina vinho, vinagre, alho, louro, cravo-da-índia, pimenta do reino e sal. Pedaços de carne de porco ficam imersos nesta mistura por cerca de 6 horas (há receitas que falam em 2 ou 3 dias!). Depois de dourada em gordura, a carne é servida com pão frito em azeite ou batatas coradas.

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