Um lugar que une o melhor de dois mundos: mergulhos no Atlântico alternados com banhos de água doce. Entre a lagoa e o mar, o Praia Bonita, resort perto de Natal, fica na Praia de Camurupim. Indicado às famílias, este hotel no Rio Grande do Norte oferece diárias com café da manhã. Contudo, é possível também optar pelas tarifas com direito a café e jantar (meia-pensão) ou todas as refeições (all inclusive com bebidas nacionais e importadas). Em busca de outras opções de resort all inclusive no Nordeste, leia também sobre o Hotel Transamérica, na Ilha de Comandatuba, no sul da Bahia.
O hotel Praia Bonita está localizado em Nísia Floresta, entre a Praia de Camurupim e a Lagoa de Arituba, em um trecho do litoral potiguar conhecido primordialmente por águas cristalinas e mornas e areia branquinha.
Como é o resort na Praia de Camurupim
Ao todo, o resort tem 150 apartamentos, todos com vista para a piscina. O acesso aos andares superiores é feito apenas por escadas. Entretanto, há 4 unidades no térreo configuradas para receber hóspedes com mobilidade reduzida ou idosos.
A suíte master pode acomodar até 6 pessoas, sendo 2 delas crianças menores de 11 anos. Situados no 3º andar, alguns quartos dessa categoria têm ainda jacuzzi na varanda. E a família pode viajar completa, pois o Praia Bonita também é pet friendly.
Vista aérea do hotel em Nísia Floresta – Foto: Divulgação
O Praia Bonita, resort perto de Natal, oferece dois restaurantes, igual número de bares (um deles molhado) e ainda um par de espaços para petiscar durante o dia. Pois a infraestrutura se completa com campo de futebol de areia, quadra de vôlei de praia, playground, salão de jogos, spa, hidro e mini golfe.
O que fazer no hotel Praia Bonita
Assim como ocorre na maioria dos resorts no Brasil, a equipe de monitores do hotel se incumbe de animar adultos e crianças a partir dos 6 anos. Porém, há passeios para quem deseja explorar as famosas praias e lagoas da região. A Pedra Oca é uma gruta próxima ao resort, entretanto possível de ser visitada apenas na maré baixa.
Vizinha ao resort Praia Bonita, a Lagoa de Arituba tem estrutura de quiosques para comer e beber e fazer atividades como stand up paddle e caiaque, afinal a água é tranquila para essas atividades. A criançada brinca no raso na Lagoa de Alcaçuz, com algumas áreas de sombra para se proteger. Os pedalinhos são a atração da Lagoa do Bonfim, outra que impressiona por ser cristalina e tranquila.
Lagoa de Arituba fica pertinho do resort – Foto: Denapoly Rodrigues
A Praia de Camurupim é a principal de Nísia Floresta, boa para tomar banho, ver peixinhos e corais nas piscinas naturais que se formam ali. Entretanto, pode ser interessante passar o dia na Praia da Tabatinga, para curtir os bares e restaurantes diante do mar. As falésias chamam a atenção na Praia de Búzios, enquanto o maior cajueiro do mundo é atração na Praia de Pirangi do Sul.
Barracas na Lagoa de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte – Foto: Denapoly Rodrigues
Quem foi Nísia Floresta
O pseudônimo da escritora Dionísia Gonçalves Pinto batiza a cidade a 40 km de Natal. Autora de Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens, Nísia Floresta é considerada uma das pioneiras do feminismo no Brasil.
Entre as descobertas de quem se hospeda no resort Praia Bonita e visita a região estão comer caju fresco ou na forma de doces. Cestas de coco e as rendas de labirintos também são produtos tradicionais da feirinha de Nísia Floresta.
O Maior São João do mundo. Há anos a festa junina no Nordeste alimenta essa disputa entre Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco. O amor à tradição é proporcional ao tamanho do marketing sugerido pela frase. São Luís, capital do Maranhão, não ficou atrás e se declarou detentora do título, contando para isso com seus atributos únicos: o bumba-meu-boi, o tambor-de-criola e a dança portuguesa. Já Maceió se vende como o Maior São João do litoral do Brasil.
Abaixo damos uma palhinha de como é o São João no Nordeste e também explicamos qual é a origem das festas juninas no Brasil. Em comum, os grandes arraiás nordestinos no geral têm apresentações de quadrilhas, muitos trios de forró pé de serra e shows de artistas de projeção regional e nacional, como Elba Ramalho e Ivete Sangalo.
Ivete Sangalo em festejo de Caruaru – Foto: Jorge Farias
Como é a festa junina no Nordeste
Saber qual é o melhor São João do Nordeste não é importante. O que vale é aproveitar o que a região oferece em diversas cidades, além de Campina Grande, Caruaru e São Luís. Em geral, como é a festa junina no Nordeste? O mês é animado, com comida típica, quadrilhas e muito forró, também em lugares como Mossoró (RN) e Aracaju (SE). Na Bahia, Salvador celebra a época, mas os festejos são mais fortes no interior.
São Luís com bumba-meu-boi – Foto: Charlles Eduardo/Secma
Além de São João (cujo dia é comemorado em 24 de junho), outros 2 santos desempenham um papel importante nas festas juninas do Brasil: Santo Antônio (conhecido como casamenteiro, celebrado no dia 13) e São Pedro (dia 29). Tradicionalmente muitas simpatias eram feitas para o segundo, enquanto o terceiro é responsável pelo ápice dos festejos em São Luís. No fim da noite de 28 de junho, integrantes de diferentes grupos de bumba-meu-boi se encontram no Largo da Capela de São Pedro, localizado no bairro da Madre Deus, para amanhecer sob as bênçãos do santo.
Qual é a origem das festas juninas
Aliás, a origem das festas juninas no Brasil vem de uma herança portuguesa. Em uma explicação básica, a celebração surgiu de um mix de razões mítico-religiosas. Na Idade Média, durante a época do solstício de verão (dia de maior incidência solar no hemisfério norte) o culto ao deus Adônis representava a renovação do ciclo da natureza e o início do tempo de fartura agrícola.
Com o fortalecimento do catolicismo, João Batista, apóstolo que anunciou a chegada de Cristo, passou a ser essa figura que traz a boa-nova, a mudança. A simbologia da fogueira também tem cunho bíblico. Em um dia 24 de junho, ela foi utilizada por Isabel, mãe de João Batista, para sinalizar o nascimento do menino a Maria, sua prima, já grávida de Jesus.
Restaurantes e ações de marcas em Campina Grande – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Por aqui, o caráter religioso diminuiu de forma considerável em relação à grandiosidade dos arraiás, atualmente com shows às centenas e público na casa dos milhões ao fim de 30 dias de celebração (no mínimo). Marcas também aproveitam a ocasião para fazer ações nos eventos no Nordeste. Mas a presença dos 3 santos católicos segue na origem das festas juninas e na devoção do povo.
Quais são as principais festas juninas do Nordeste?
São João de Campina Grande (PB)
O São João de Campina Grande completa 40 anos em 2023, com a promessa de sacudir como nunca o Parque do Povo durante 32 noites. Ao todo, 340 atrações vão animar a cidade a 130 quilômetros da capital, João Pessoa. Nomes como Chico César, Elba Ramalho, Dorgival Dantas e Wesley Safadão se revezam no palco diante de 6 mil pessoas. Os camarotes são pagos ou abertos somente para convidados.
Cenário no Parque do Povo – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Quase 90 trios de forró se apresentam durante o mês, nos espaços dedicados à dança, espalhados pelo Parque do Povo, onde famílias e amigos vão curtir bares e restaurantes. Na Pirâmide, quadrilhas e grupos folclóricos se apresentam sob as bençãos das imagens dos 3 santos juninos: Santo Antônio, São João e São Pedro, relacionados com a origem das festas juninas no Brasil.
Santos na Pirâmide – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
O complexo todo e a quantidade de atrações disponíveis nele fazem Campina Grande usar todo ano o slogan de Maior São João do Mundo. As maiores quadrilhas, que disputam campeonato, se apresentam no Quadrilhódromo. Mais: instagram.com/saojoaodecampinagrande.
São João de Caruaru (PE)
O título é contestado sempre pelo São João de Caruaru. No agreste pernambucano, a festa de 2023 terá shows da Banda de Pífanos de Caruaru e da estreante Ivete Sangalo na noite de abertura oficial (a brincadeira toda começou em 28 de abril). Até 1º de julho, Elba e Dorgival também dão o ar da graça por lá juntamente com Flávio José, Xand Avião e bandas como Limão com Mel e Calcinha Preta.
Elba Ramalho no festejo de Caruaru – Foto: M. Junot/Divulgação
Entre um show e outro no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, um dos patrocinadores promete botar todo mundo para dançar ao som de artistas regionais de forró. Músicos da cidade (a 135 km de Recife) se apresentam na Casa Rosa, espaço gastronômico e cultural no meio da Feira de Caruaru.
Banda de Pífanos de Caruaru – Foto: Jorge Farias
Com público total estimado em 3 milhões de pessoas, a festa se espalha por outros pólos, entre eles, o das Quadrilhas, o da Estação Ferroviária, dos Mamulengos e do Alto do Moura, centro de arte figurativa. Mais: instagram.com/saojoaocaruaru.oficial.
São João de São Luís (MA)
O São João de São Luís também se declara o maior do mundo. Na capital do Maranhão, a animação chega perto de 65 dias (termina em 30 de julho). O arraial do Ipem é um dos 12 distribuídos pela cidade. O público encontra comidas típicas, barracas com jogos e brincadeiras, artesanato e, sim, música.
Festa junina em São Luís – Foto: Secretaria da Cultura do Maranhão
No entanto, aqui o estilo é bem diferente, não se encaixa nas respostas comuns à indigação de como é a festa junina no Nordeste. Além do característico bumba-meu-boi, o tambor-de-crioula e forró estão entre os ritmos. A festa tem apresentação de quadrilhas, mas também de dança portuguesa (com pequenos saltos e batidas de palmas) e dos grupos de bumba-meu-boi. Sobre estes, seus desfiles são diferentes, cada um tem um “sotaque” (de acordo com instrumentos e vestimentas que usam).
As coreografias seguem o som dos “batalhões”, como são chamados os grupos (Boi de Axixá e Boi Encanto da Ilha estão entre os representantes dessa tradição). Além de São Luís, outros quatro circuitos regionais e cidades maranhenses celebram o São João no estado. Mais: instagram.com/saojoaomaranhao.
São João de Mossoró (RN)
Mossoró Cidade Junina é o nome oficial do evento que termina bem no Dia de São João (24). No período, a cidade a 280 quilômetros de Natal é dividida em polos. A Arena Deodete Dias recebe quadrilhas do Nordeste inteiro. O espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró é encenado a céu aberto em frente à Igreja de São Vicente, símbolo da resistência da cidade ao bando de Lampião. Simone Mendes e Tarcísio do Acordeon são alguns dos artistas com a missão de tocar e cantar na Estação das Artes, o maior palco do festival junino. Mais: instagram.com/saojoaodemossoro.
São João de Aracaju (SE)
É com orgulho que a gente sergipana afirma que o estado é o “país do forró”. Trios pé de serra dominam o circuito de São João em Aracaju durante junho inteiro. Até 1º de julho, o Arraiá do Povo rola na Orla de Atalaia. O Complexo Cultural Gonzagão tem concurso de quadrilhas. Lá, a primeira edição da Gonzagada (dias 20 e 30) abrirá espaço para músicos e artesãos sergipanos.
Em Aracaju, concurso de quadrilhas – Foto: Divulgação
Todo início de semana, no bairro Industrial, tem Segundona do Turista na Rua São João, evento genuinamente local, com quadrilhas e bandas. De 23 (véspera de São João) a 29 (Dia de São Pedro) tem mais uma edição do Forró Caju, com shows de Jorge de Altinho, Alceu Valença e Mari Fernandes na Praça Hilton Gomes, entre os mercados centrais da cidade. Mais: instagram.com/prefaracaju.
São João de Maceió (AL)
Coco de roda, bumba-meu-boi, festival de quadrilha e forró. Essa é a receita do São João de Maceió, que dobrou de duração. Agora serão 30 dias para apresentar 1.500 artistas em 7 polos distribuídos pela capital alagoana. A novidade é a Vila de Massayó, espaço temático com fogueira 3D, barracas com comidas e artesanatos regionais. Para não perder a mania de grandeza, a prefeitura se refere à festa como o maior São João do litoral brasileiro. Mais: instagram.com/saojoaodemaceio.
São João de Salvador (BA)
O Alceu, o Vaqueiro, o Safadão… essa turma também está entre as atrações do São João em Salvador. A capital é um dos quase 300 municípios em que o governo da Bahia investiu para os festejos juninos este ano. Com quadrilha, cordel e comidas típicas nordestinas, o evento tem como objetivo… se tornar um dos maiores do Brasil. Mais: instagram.com/seturbahia.
Encontrar um restaurante bom e barato é um desafio enfrentado por muitos viajantes. Questão colocada à prova também quando se está à procura de onde comer em Jericoacoara. A vila cresceu muito nas últimas décadas, o mesmo ocorrendo com as opções para almoçar e jantar – os preços, então, acompanharam igualmente a expansão do destino turístico no litoral do Ceará.
Comida barata em Jeri até existe, mas a qualidade fica a desejar muitas vezes. Portanto, economizar na refeição para gastar com o sal de frutas, definitivamente, não parece ser a decisão mais inteligente. Mas há boas alternativas e variedade à mesa.
Salão do Bistrô Caiçara, em Jericoacoara
Na vila e nos arredores, tropeça-se em alternativas, da lagosta à macaxeira, sem esquecer do crepe e da pasta. Nossa lista de restaurantes em Jeri é enxuta, como convém aos cardápios que não obrigam o freguês a dar voltas e voltas antes de decidir o que pedir. Desfrute de nossa hospitalidade e bom apetite!
Dona Amélia
A fama do Dona Amélia vem do camarão no abacaxi (segundo o restaurante, a receita original) e das noites de forró (uma das dicas para quem busca o que fazer em Jericoacoara à noite). Abre diariamente a partir das 11h30 e tem mesas no salão ou na calçada do Beco do Forró. Em julho do ano passado, uma segunda unidade do Dona Amélia foi aberta no caminho de quem vai para a Lagoa do Paraíso, tornando-se opção de restaurante na hora de almoço, principalmente.
Sal da Praia
Aberto em 2020 na Rua do Forró, o Sal da Praia é uma alternativa descomplicada para almoçar depois de um passeio matinal ou antes da viagem de volta. Do filé trinchado com fritas como tira gosto à lagosta do chef (escoltada por baião cremoso e farofa especial), o restaurante serve ainda pratos executivos, entre eles, a fraldinha na cerveja com macaxeira puxada na manteiga da terra. A geladeira de picolés ganha mais pontos em relação ao menu de sobremesas, que tem de cartola a brigadeiro de colher.
Bistrô Caiçara
Nascido no interior do Ceará, o chef Apolinário traz na bagagem os anos de trabalho em restaurantes e hotéis de São Paulo. A experiência acumulada se soma ao talento para criar pratos, como o polvo bêbado e o camarão caiçara, duas das opções encontradas em seu bistrô na vilinha de Jeri. O filé de robalo com banana e castanha de caju (R$ 79) vem acompanhado por legumes e arroz branco (dispensável, na minha visão). Para quem não abre mão de comer carne, o filé ao molho de café (R$ 82) é um rocambole de mignon recheado de presunto e queijo, servido com batata gratinada.
Escolha iluminada: filé de robalo com banana e castanha
Tamarindo
Queridinho de muitos turistas em Jeri, o Tamarindo só abre para o jantar (a partir das 18h), tornando-se ainda mais concorrido (evite fila, chegue cedo). Lagosta, camarão e o que mais vier do mar figuram na lista de preferência dos clientes. O pudim de pistache tem fama reconhecida. Já a cocada assada com calda de goiabada e sorvete de creme justifica sua ida nem que seja para comer uma sobremesa.
Cocada do Tamarindo: vá nem que seja por ela
Éllo Restaurante
Servido antes da refeição, o pão de fermentação natural funciona como um convite de boas-vindas ao Éllo. Capitaneada pelo chef belga Hervé Witmeur, a casa foca no uso de ingredientes frescos vindos de produtores locais. É possível saborear pratos à la carte ou o menu degustação de 12 etapas. O conceito de cozinha natural está impresso em receitas como a lagosta com hibisco e na sobremesa figos, mel e pólen. Aberto de segunda a sábado, a partir das 19 horas.
Hurricane
Vizinho de fundos do Café Jeri, o restaurante Hurricane Jeri está voltado para a Praia da Malhada, que pode ser avistada a partir das mesas do salão. No menu estão opções da cozinha nordestina contemporânea, entre elas, o tartar de atum com chips de tapioca e o peixe na crosta com purê de ervilhas e legumes. Hotel integrante da Mandi Collection, o Hurricane também está na nossa lista de sugestões de hotéis em Jericoacoara.
Peixe na crosta com purê de ervilhas e legumes, do Hurricane
Leonardo da Vinci
Primeiro negócio do italiano Roberto Brotini, o Leonardo da Vinci é opção de onde comer em Jericoacoara desde 1999. Filé de robalo ao molho de lagosta e tagliatelle com tinta de lula e camarões estão no cardápio, que tem também risoto e pasta. Em cima do restaurante fica a Pousada Mona Lisa, outra alternativa para quem busca onde ficar em Jericoacoara. A expansão rendeu ainda a sorveteria Da Vinci, voltada para a rua principal da vila, e o sofisticado Caravaggio, de pratos como a vieira assada na manteiga de cacau com vellutata de homus e creme de amêndoas.
Vila K
Pratos do mangue, da roça e do mar profundo. A proposta de cozinha nativa do restaurante Vila K é seguida à risca em opções como a coxinha de carne de caranguejo (R$ 39), o mignon curado ao molho de vinho, arroz de nata e abóbora assada no mel de caju (R$ 74) e ainda no atum selado no gergelim acompanhado por manga e legumes braseados (R$ 82). O restaurante fica dentro da Pousada Vila Kalango, veterana opção de hospedagem em Jeri. Em noite de lua cheia, experimente jantar à luz de velas no jardim.
Mesa ao ar livre (e sob o luar) do Vila K, em Jeri
Casa Uca
Hotel e restaurante, a Casa Uca fica em Camocim, cidade vizinha a Jeri e no caminho de passeios turísticos. A agência online Civitatis vende o tour pelo oeste e transfers em Jericoacoara. No menu do restaurante, não faltam clássicos como dadinhos de tapioca (a porção, R$ 38, acompanha ketchup de goiabada) nem receitas que valorizam os pescados da região, caso do Ucamar (polvo e camarões no arroz sofrito com raspas de limão). Saboroso, serve facilmente duas pessoas (R$ 175). Não recuse o chá de hibisco, refrescante cortesia da casa ao chegar.
Polvo e camarões com arroz sofrito, da Casa Uca
Alchymist
Beach club diante da Lagoa do Paraíso (taxa de entrada a R$ 35, por pessoa), o Alchymist faz parte da nossa lista sobre o que fazer em Jericoacoara. Além do acesso direto à água doce, o espaço tem bar e restaurante, que fecham às 17 horas. No cardápio, opções individuais (robalo à la belle meuniere, R$ 69,90) e especialidades para compartilhar entre 4 pessoas (robalo à moda Alchymist, R$ 349,90). A Civitatis vende passeios e traslados no destino, como o transfer para o The Alchymist Beach Club, a partir de R$ 37,50.
Se está indo pela primeira vez, talvez o melhor lugar onde ficar em Jericoacoara seja mesmo um hotel ou pousada do miolinho da vila de Jeri, onde está todo o burburinho do centro. Pois essa é uma dica que a gente acha legal você levar em conta na hora de escolher sua base durante os dias de visita a um dos principais destinos do litoral do Ceará. Ainda mais que tem acomodação de todo tipo: hotel boutique, para adultos baladeiros ou com pegada mais familiar.
Dessa forma, a lista a seguir reúne algumas sugestões de onde se hospedar em Jericoacoara, sobretudo em hotéis e pousadas com boa avaliação de viajantes em sites como Tripadvisor e Booking. Você vai perceber que não há menção de que propriedade tem ou não internet. Fique tranquilo, pois todas as dicas de hospedagem relacionadas aqui oferecem wifi. Afinal, parte do sucesso de Jeri se deve (e muito) às inumeráveis postagens em redes sociais.
Café Jeri
É hotel, é loja, é bar, é balada. Portanto, é tudo junto e misturado. Voltado exclusivamente ao público adulto, o Café Jeri abriu como um hotel de entretenimento em fevereiro de 2022. Integrante da coleção de hotéis cearenses Mandi, tem 33 suítes charmosas, algumas com acesso direto para a piscina. Além disso, o hotel fica na Rua do Forró, a uma curtíssima distância das lojas, dos restaurantes, da vida que pulsa em Jeri. A Duna do Pôr do Sol está a 500 metros do hotel, que funciona como balada entre quarta e domingo, das 16h às 22 horas – hóspedes têm acesso direto e direito a camarote.
Piscina do Café Jeri, hotel no litoral do Ceará – Foto: Fernando Victorino
The Chili Beach
Pequeno notável na Praia da Malhada, The Chili Beach não recebe mais do que 20 pessoas ao mesmo tempo, com o intuito de manter o atendimento mais intimista. O restaurante Rico une o Brasil ao Mediterrâneo em receitas saboreadas diante do mar. Suítes e vilas (com mínimo de 100m²) oferecem vista para a praia ou para o jardim tropical. Sessões de massagem podem ser feitas no spa bem como nos quartos, com direito a champanhe de cortesia ao fim do tratamento.
Instalada entre coqueiros centenários, pertinho da Duna do Pôr do Sol, a Vila Kalango é uma veterana que se amplia e se renova desde que abriu, em 1999. Ao todo, são 24 acomodações, entre apartamentos, palafitas e bangalôs, que inauguraram o conceito de hospedagem com charme na região. Recebe não apenas casais como famílias também. A pousada tem um centro de esportes náuticos, com aulas e aluguel de equipamentos para a prática de wing foil, kite surf, SUP, entre outras modalidades. Com pratos que privilegiam sabores do mangue, da roça e do mar profundo, o restaurante Vila K serve ao público externo da mesma forma que aos seus hóspedes.
Jardim da Vila Kalango, pousada em Jericoacoara – Foto: Fernando Victorino
Pousada Jeribá
Em primeiro lugar, vale dizer que todos os 14 apartamentos da Pousada Jeribá têm cama king size, amenities Natura e varanda com rede. Unidades como a Luxo Jeribá estão equipadas com hidro e ofurô. Já a Luxo Jardim acomoda até 3 adultos ou casal e 2 filhos. Piscina, spa e restaurante próprio completam a infraestrutura. A fim de saber um detalhe precioso? A pousada fica diante da praia principal de Jericoacoara.
A Pousada O Refúgio é feita de meia dúzia de casinhas que remetem à Jeri tradicional na aparência. Por outro lado, a infraestrutura do quarto surpreende, pois inclui cama king, lençol 400 fios, ar split, além de hidro nas suítes com 70m². A suíte premium soma 90m² porque possui piscina privativa. Os hóspedes recebem as chaves do quarto e da entrada principal. Como a recepção não funciona à noite, a sensação é de estar em uma residência de temporada, só que com mimos de hotelaria.
O corredor de entrada do hotel ladeia as acomodações e conduz o hóspede até o mar, que oscila entre turquesa e verde ao longo do dia. Pé na areia, o Hurricane Jeri tem 22 acomodações (ou são suítes ou são bangalôs), todas construídas com madeira de reflorestamento – algumas unidades acomodam até 3 viajantes (crianças são aceitas no hotel). Também aberto ao público, o restaurante da pousada foca nos ingredientes do mar. Só para ilustrar, o peixe na crosta com legumes grelhados e purê de ervilhas cai bem num jantar.
Bangalô do Hotel Hurricane – Foto: Thiago Faquinelli / Divulgação
Essenza Hotel Jericoacoara
Antes de mais nada, sim, o moderninho Essenza é aquele hotel em Jeri com piscina na sacada de alguns quartos. Além disso, todas as suítes são voltadas para o mar. As da categoria Lounge dão acesso direto à piscina de borda infinita, de uso comum, enquanto as acomodações da classe Cult têm uma privativa. Porém, o bistrô é de uso exclusivo dos hóspedes do hotel. Aceita crianças, desde que maiores de 12 anos.
Com apartamentos de 1 e de 2 quartos, o conceito de casa não se limita ao nome, uma vez que a Casa Fufi oferece cozinha dentro dessas unidades (valor pago à parte). Já o bangalô tem 2 camas de casal no mezanino. Diária inclui café da manhã, servido na varanda de cada acomodação. O mar está a 50 metros da pousada, condição perfeita para uma caminhada assim que o dia amanhece.
A Villa Mag tem a quase totalidade de suas 9 acomodações voltadas a 2 pessoas. Porém, há a suíte familiar equipada com cama king, sofá-cama e ainda beliche. Todos os quartos possuem ar refrigerado e amenities L’Occitane en Provence. Aberta em 2018, fica a 10 minutos do centro de Jeri. Apesar de não possuir restaurante, as diárias incluem café da manhã.
Café da manhã do Villa Mag, em Jeri – Foto: Divulgação
Mona Lisa Pousada
Em cima do restaurante Leonardo da Vinci, a Mona Lisa Pousada é igualmente diminuta como a obra-prima do Renascimento. São 10 suítes elegantemente decoradas. Além de cama queen, a premium Leonardo da Vinci oferece sofá bicama, o que permite acomodar até 4 pessoas. No terraço, com visão para a praia, o restaurante Caravaggio traz pescados e frutos do mar da região sob o toque do chef Roberto Brotini, que trocou a Itália pelo Ceará em 1999.
A sustentabilidade está inegavelmente no cerne da Sable Jeri, pousada boutique abraçada pela vegetação natural. Não há TV nem frigobar nos quartos. As bebidas podem ser consumidas à vontade no sistema Honesty Bar (você se serve em uma geladeira comum). Há piscina, spa e rooftop de onde se testemunha o pôr do sol. O café da manhã promete um suco diferente a cada dia. Pães, bolos, geleias e outras delícias são produzidos na propriedade, que só recebe adultos.
Integrante da Mandi Collection, a CasaLô Hotel é uma vila com casas de um, dois e três dormitórios, todas com cozinha completamente equipada e sala de estar. A roupa de cama tem lençóis de 600 fios e travesseiros macios. A proposta rústico chique se verifica da mesma forma na Vila Sapoti, a menor das acomodações, para 2 pessoas no máximo.
Cozinha da Casa Coqueiro, da CasaLô – Foto: Divulgação
Pousada Carcará
A Pousada Carcará tem suítes espartanas em relação à infraestrutura, isto é, cama de casal queen, frigobar, ar split, mesinha de trabalho e arara para pendurar roupas. O lazer inclui piscina, hidro e espaço para massagens. No café da manhã não falta a clássica tapioca. Não fica distante do burburinho de Jeri, mas é resguardada o bastante para não pegar a muvuca.
Um conjunto de 10 apartamentos forma o Residence Bons Ventos, na Rua do Forró. Os quartos podem acomodar não só 2 bem como até 6 pessoas – há unidades com cozinha. Piscina com hidro e até churrasqueira para confraternizar, se estiver viajando com amigos, compõem a área social. O café da manhã é servido no Mamma Mia, restaurante anexo à pousada.
Aberta em outubro de 2022, a Villa Nautica foca no público de alto padrão, que valoriza arquitetura, design e, sobretudo, serviço de primeira. O resultado é um hotel boutique com 6 categorias de suítes, que variam entre 27m² e 43m². Entre as comodidades estão a piscina salinizada e hidromassagem. A pousada tem também restaurante e serve chá da tarde aos hóspedes. A Villa Nautica fica na Rua Principal, a menos de 500 metros da praia de Jericoacoara.
Jeri virou o que virou no imaginário do viajante devido à sua beleza natural. O que fazer em Jericoacoara, aliás, passa por se jogar nessa paisagem cearense. Seja numa curta viagem de 3 dias ou numa temporada mais longa, o roteiro inclui aproveitar a vida de maneira descompromissada: de dia, em passeios pelo leste e pelo oeste do litoral; à noite, nas ruas de areia da vila no Nordeste. O destino atrai muita gente atrás de aventura, baladas e da boa estrutura turística – confira onde ficar em Jericoacoara.
O povoado de pescadores de 20, 25 anos atrás ainda resiste em 2 criações da natureza, as brutas e belas Pedra Furada e Duna do Pôr do Sol. Os dois pontos turísticos de Jeri se localizam pertinho da vila e são acessíveis a pé. No entanto, o vaivém de jardineiras (picapes com assentos na caçamba) e buggys dá a dimensão de Jeri atualmente.
À noite Jeri tem baladas, a partir do pôr do sol
Passeios no litoral do Ceará
Os passeios são um sucesso entre os turistas. Contratar tours é a maneira indicada para fazer isso, já que esses veículos trafegam com facilidade pelos caminhos de areia que dão acesso a praias e às lagoas de água doce formadas em meio às dunas.
O objetivo da lista abaixo é fornecer uma ideia geral das atrações. Para te ajudar a decidir o que fazer em 3 dias, priorizamos os lugares essenciais: o básico do destino. Já para uma viagem de 5 dias, acrescentamos outras opções; também pode ser útil caso você queira trocar alguma sugestão no roteiro mais curto. No fim, o que importa é você visitar o que quiser, conforme seu perfil de viajante.
O que fazer em Jericoacoara em 3 dias
Em geral, o indicado em uma viagem a Jeri em 3 dias é dedicar 2 deles inteiros aos passeios, um chamado de Oeste (com as praias e o Parque Nacional de Jericoacoara), outro de Leste (com as lagoas de Jijoca de Jericoacoara e a Praia do Preá). Por isso, a agência online Civitatis, nossa parceira no Como Viaja, faz o tour pelo leste de Jericoacoara (7h, R$ 65 por pessoa) e o tour pelo oeste de Jericoacoara (6h30, R$ 75 por passageiro), ambos com grupos em jardineiras.
Litoral cearense, indicado para kitesurfe em praias como a do Preá
Mas, se prefere um veículo só para quem viaja com você, para qualquer direção, o passeio de buggy em Jericoacoara custa R$ 550 para até 4 passageiros ou R$ 500 para 2 no máximo. Viajantes em busca de um pouco mais de conforto podem reservar o tour privado num carro 4×4, por R$ 600 para até 4 pessoas. Para aventureiros, há o tour de quadriciclo (R$ 500 para 2).
A jardineira é mais barata e serve para quem gosta de visitar o maior número possível de cartões postais, porém sacode mais e tem roteiro fechado, sem margem de mudança. Nos passeios privados em buggy ou 4×4, você pode ficar por mais tempo numa atração, pois o motorista à sua disposição por um período do dia. Além disso, não existe a obrigatoriedade de ir a todos os pontos sugeridos no tour e você pode parar para almoçar onde quiser.
Vila de Jericoacoara: os clássicos que resistem
Você pode passar um dos dias de viagem pela vila, curtindo as ruas de areia, a praia em frente e a vizinha Praia da Malhada. Também pode visitar a Pedra Furada e a Duna do Pôr do Sol, espetáculos de contemplação, ainda livres da intervenção humana. Mesmo assim, você pode não escapar de um acúmulo de pessoas; algumas tentando fazer a foto perfeita para o Insta.
Duna do Pôr do Sol
À esquerda da Vila de Jeri, turistas e locais repetem diariamente o ritual de caminhar rumo à Duna do Pôr do Sol, quase sempre a partir das 16h30. Alguns hotéis costumam avisar aos hóspedes a que horas exatamente o sol cairá no mar. Vá de óculos escuros, menos por conta dos raios solares e mais por causa do vento, que promove esfoliação de pele gratuita com o tanto de areia jogada contra o corpo. As rodas de capoeira aos pés da duna são o bônus depois do entardecer.
Praia de Jeri
Bares e restaurantes de frente para o mar oferecem espreguiçadeiras e guarda-sóis. A praia da vila é bem rasa, especialmente na maré baixa. Isso rende aquelas fotos lindas com o brilho na água mansa, os barcos e a duna à esquerda. O banho de mar é mais fácil na praia vizinha, apesar de também ter sargaço, como a principal. Em alguns momentos do dia, o cheiro forte dessa alga pode incomodar.
Espreguiçadeiras e guarda sóis na Praia de Jericoacoara
Praia da Malhada
Fica à direita da principal praia de Jeri, no caminho de quem quer chegar à Pedra Furada aproveitando a maré baixa. Nessa ocasião, algumas piscinas naturais se formam na região da Praia da Malhada, que tem muita pedra (cuidado pra não dar uma topada enquanto estiver tomando banho). A praia é deserta, sem nenhuma estrutura (leve água e algum lanchinho, se for querer esticar a permanência). O mar ali é imã de surfistas em Jericoacoara.
Pedra Furada
Arrume companhia para tornar menos solitária a caminhada que exige disposição e algum preparo físico. Há quem opte por ir ou voltar pela praia, sempre na maré baixa. Se a escolha for ir pelo alto do morro, charretes puxadas por simpáticos jumentos (o juber, assim chamado carinhosamente pelos locais) agilizam parte do deslocamento, mas não excluem andar a pé um tantinho que seja. Vá cedo, tipo 7 da manhã, se quiser evitar o sol forte porque não tem sombra.
Farol do Serrote
A trilha feita pelo alto do morro rumo à Pedra Furada passa perto desse farol, a quase 100 metros do nível do mar. Quem encarou a subida que leva até o topo do terreno garante que a vista é deslumbrante. Os relatos são de que a ausência de turistas ajuda a escutar melhor os sons das ondas e do vento.
Passeio no leste: parque nacional e beach club nas lagoas
Nesse roteiro estão pontos turísticos como Lagoa do Paraíso, Lagoa Azul, Praia do Preá e Árvore da Preguiça. Para chegar às principais atrações é preciso rodar por trechos de areia e de asfalto. Aliás, a criação de uma estrada fez surgir até um ponto turístico meio sem querer.
Outra novidade recente são os beach clubs à beira das lagoas. Ainda que longe do mar, os clubes de praia foram criados para oferecer mordomias e serviços, com entrada cobrada. As tradicionais barracas, onde só se paga pelo que se consome, seguem como focos de resistência à modernidade, porém sem tanto conforto.
Lagoa do Paraíso
Programa essencial de quem visita a região, a Lagoa do Paraíso fica a 30 minutos da Vila de Jeri, no município de Jijoca. As redes dentro da água são um convite ao descanso. Barracas como as do Bar e Restaurante Nova Esperança têm salão coberto, quiosques e mesas fincadas na lagoa. Nesses bares e restaurantes paga-se apenas pelo consumo. Pergunte ao motorista do buggy quais cobram pelo acesso.
The Alchymist Beach Club
Com entrada a R$ 35 por pessoa (crianças até 7 anos, grátis), o clube de praia oferece serviços com acréscimo de preço progressivo. Pelo menor valor, é possível tomar banho na Lagoa do Paraíso, acessar os brinquedos infláveis na água, as redes e as mesas e cadeiras cobertas por ombrelones na areia.
Há cobrança à parte para desfrutar de outros ambientes, como as espreguiçadeiras estofadas e com guarda-sóis (R$ 150, por pessoa), os bangalôs na areia ou sobre jangadas (R$ 200, por pessoa) e a área VIP (R$ 200, por pessoa, com direito a guarda-volumes e atendimento personalizado).
O deck flutuante em formato de coração (R$ 200, por pessoa) reúne espreguiçadeiras ao redor de uma piscina de água doce e um DJ. A casinha (R$ 250, por pessoa) é o espaço mais privativo, com cama, mesa para refeições e acesso direto à lagoa por uma escadinha. Porém, nenhum desses valores dá direito à consumação. Água sem gás (R$ 10,90), batata frita (R$ 35) e peixe ao molho de camarão (R$ 74,90) são opções do cardápio.
Lagoa Azul
A Lagoa de Jijoca se divide em duas: a badalada Lagoa do Paraíso e a Azul, acessível por jangada. A Pousada e Restaurante Lagoa Azul, por exemplo, oferece day use por R$ 30 por pessoa, valor que inclui banho na água clara e morna da lagoa e no conjunto de piscinas do pequeno parque aquático da hospedagem – reserve a Pousada e Restaurante Lagoa Azul na Booking. A barraca fecha às 17 horas, quando a última embarcação faz a travessia de volta.
Buraco Azul Caiçara
O buraco em Caiçara (distrito de Cruz) de onde se retirou areia e barro para a construção de uma estrada virou atração turística depois de uma forte chuva no Ceará, em 2019. Desde então, o Buraco Azul fez sucesso no Instagram e atraiu muita gente para lá (entrada a R$ 20, por pessoa – crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos, grátis).
O tom da água é resultado da concentração de calcário no fundo da enorme cratera, que muda de cor com a incidência do sol. As placas com alertas para o risco de afogamento são grandes e chamativas o bastante. O mergulho só é permitido em alguns pontos, já que o buraco pode chegar a 7 metros de profundidade. Há piscina infantil, redes, espreguiçadeiras e bangalôs (R$ 100 para 2 pessoas, valor revertido em consumação) . O restaurante serve pescados, carnes e petiscos.
Cor azul e cautela no Buraco, em Caiçara
Lagun Beach Club
Se a ideia for impressionar amigos nas redes sociais, vá em frente. Também em Caiçara, há uma lagoa artificial central, em tom turquesa. E ainda cascata, balanços e outros cenários para emoldurar suas fotos. Tem prainha, piscina infantil, tirolesa (R$ 15) e também é pet friendly. O ingresso por pessoa no Lagun Beach Club custa R$ 20, com direito aos espaços com mesas e cadeiras protegidas do sol.
Lagoa do Amâncio
Formada pelas águas das chuvas, a Lagoa do Amâncio é cercada pelas dunas do Parque Nacional de Jericoacoara. Por ser uma atração sazonal, não há estrutura de apoio, como barracas para venda de alimentos e bebidas. Ainda assim muita gente desce para tirar fotos e tomar banho na parte rasa, trecho ideal para crianças pequenas e para os que não sabem nadar.
Árvore da Preguiça
A força do vento no litoral do Ceará está materializada nesta espécie tombada por ele. Suas raízes formaram um pitoresco enquadramento aproveitado nas fotos dos turistas. Se estiver com sorte, dá para registrar o nascer da lua no mar, como ocorreu comigo em um fim de tarde de novembro. Pena que a câmera do smartphone não capte a essência desse momento. Mas, acredite, a lembrança é sempre a melhor parte de uma viagem.
Passeio no oeste: Tatajuba, off-road, tirolesa e esquibunda
Nesse roteiro estão Lagoa de Tatajuba, Lagoa Grande e Mangue Seco, além de atividades radicais, entre elas, esquibunda e tirolesa sobre a água, pagas separadamente. O ritmo calmo da travessia de balsa sobre o Rio Guriú é o momento mais tranquilinho de quem sai em direção ao litoral oeste de Jericoacoara.
O caminho rumo à vizinha Camocim é um exercício off-road. Há quem goste de encarar o sobe e desce sobre as dunas (o papo do ‘com emoção’). Mas dá para chegar aos mesmos lugares sem botar suas preces em dia. Do lado oeste ficam atrações mais rústicas, livres por enquanto do raio ibizador.
Mangue Seco
As raízes altas e retorcidas que emanam do terreno lamacento ganharam a companhia de balanços de madeira e molduras em formato de coração feitas com galhos trançados. É nesse cenário que mulheres, principalmente, posam para fotos. Tímidas bancas vendem bebidas ou artesanato feito com materiais naturais.
Passeio do cavalo-marinho
Na mesma região de manguezal, são realizados os controversos passeios do cavalo-marinho, pagos à parte. Espécie ameaçada de extinção, o animal é capturado em um pote e trazido para os turistas só observarem ou tirarem fotos dentro do pequeno barco em que é feita a atividade.
Lagoa Grande
Não faltam as redes nem as mesas na água. Os cardápios das barracas ao redor da Lagoa Grande focam em peixes e crustáceos – a prática de exibir os pecados numa bandeja em vez de oferecer cardápio físico é motivo de reclamação de muitos frequentadores na linha expectativa/realidade. Já o menu da diversão gira em torno de rolês de stand up paddle e de caiaque, ambos com pagamento à parte.
Barracas de Lagoa Grande
Lagoa de Tatajuba
O cenário se repete nesta que é a lagoa mais famosa do passeio pelo lado oeste. Há barracas com o pescado do dia, mesas e redes para se largar na água morna. É lá também que fica a tirolesa (R$ 25, duas descidas). No caminho pelas Dunas de Tatajuba, você vai encontrar atividades semelhantes, como o tobogã em que se escorrega de barriga. Custa R$ 25 e dá direito a três tentativas – se o participante alcançar uma certa marca, tem direito a mais uma descida.
Duna do Funil
O esquibunda é o esporte número 1 praticado nessa duna alta, que termina na lagoa formada pela água das chuvas. Ou seja, no meio do ano o nível sobe mais. Como exige toda modalidade, ter preparo físico é fundamental, principalmente para encarar a subida de volta.
O que fazer em Jericoacoara em 5 dias
Você pode aproveitar para tirar um dia inteiro para curtir um day use num hotel bacana, por exemplo. Ou ir dedicar mais tempo à Praia do Preá e fazer aula de kitesurfe por lá.
Praia do Preá
Fica no município de Cruz e se mantém mais rústica em relação à vizinha Vila de Jericoacoara. Casa dos praticantes de kitesurfe, tem mar agitado e pouco convidativo ao banho. Porém, caso queira apenas parar para fotos, o Preá está presente em quase todos os passeios de buggy para o litoral leste de Jeri.
Casa Uca
Neste hotel, localizado no município de Camocim, o day use custa entre R$ 200 e R$ 400 (para acomodar de 4 a 12 pessoas). Os valores incluem o uso da piscina. Além disso, podem ser usados no consumo durante o período de permanência. Se preferir, você também pode se hospedar lá – reserve no Casa Uca na Booking.
Club Ventos
Diante da Praia da Malhada, playground dos praticantes de esportes aquáticos, o Club Ventos tem infraestrutura para os que querem se exercitar e também para os que gostam de sombra e água fresca. Quem escolhe ficar no lounge paga entre R$ 130 e R$ 700, mas grande parte desses valores é convertida em crédito para consumação. O pôr do sol é animado por DJs, que comandam a animação até as 19 horas, diariamente.
O que fazer em Jericoacoara à noite
Se você já definiu onde comer em Jericoacoara, resta saber o que fazer em Jeri à noite. Caminhar de modo descompromissado pelas ruas de areia da vila é motivo suficiente para curtir a brisa leve que sopra. O comércio fica aberto até perto das 22 horas, então dá para comprar aquela lembrancinha que faltou, tomar um sorvete ou dançar ao som de música eletrônica ou de forró – na beira da praia ou no beco batizado com o nome do autêntico ritmo nordestino.
Trio de forró na Praia de Jeri
Café Jeri
Um dos hotéis da nossa lista de lugares para se hospedar, o Café Jeri tem terraço com vista para o mar. De quarta a domingo, ali rola balada a partir das 16 horas (a entrada é gratuita até as 18 horas; depois, custa R$ 50). Sob o comando de DJs, hits de música eletrônica embalam o pôr do sol e a festa que segue até as 22 horas. Hóspedes não pagam para entrar e têm acesso privativo.
Forró da Dona Amélia
A fama da comida se estende às noites de música neste restaurante. Afinal, o que fazer em Jericoacoara à noite inclui um bom pé de serra, que come solto às quartas e aos sábados na Rua do Forró.
Padaria Santo Antônio
É um clássico das madrugadas em Jeri porque, historicamente, a Padaria Santo Antônio acolhe os que se acabaram de tanto dançar nos forrós e em outras baladas pela vila.
É festa para ver o dia terminar, é hotel moderninho, é loja com mais de 100 produtos exclusivos. Pois é tudo junto e misturado. O Café Jeri, hotel com balada ao pôr do sol, no litoral cearense, é um point da vilinha de Jericoacoara, pertinho da Praia da Malhada e da Duna do Pôr do Sol.
A princípio, ele nasceu como lugar para ouvir música, dançar e ver a imensa bola de fogo se deitar no mar. Só posteriormente virou meio de hospedagem, em fevereiro de 2022 – confira outras opções de onde ficar em Jericoacoara. Mais novo integrante da coleção de hotéis cearenses Mandi, o Café Jeri é exclusivamente destinado aos adultos.
Tem festa todo dia?
A festa na cobertura rola de quinta a domingo e é aberta ao público em geral, que não paga nada para curtir o entardecer lá do alto até às 18 horas (depois desse horário, R$ 50). Há limite de pessoas para o acesso ao terraço, então é preciso chegar cedo ou esperar na fila pela saída de alguém.
Por outro lado, os hóspedes do Café Jeri acessam a cobertura subindo uma escada exclusiva. Eles têm direito a camarote para curtir a balada no telhado, que vai das 17 às 22 horas.
Café Jeri: balada e hotel lado a lado – Foto: Thiago Faquineli /Divulgação
Uma vez que o hotel fica num miolinho da vila onde rola tudo e tudo tem, dá pra pegar o pôr do sol, sair a pé pra jantar em algum dos restaurantes de Jericoacoara e ainda curtir o finalzinho da balada antes de voltar ao quarto.
Como é o hotel Café Jeri
Logo que cheguei na porta do hotel, ainda na rua, a escadaria de madeira me assustou. Encarar duas sequências razoáveis de degraus parece fácil pro pessoal de corpos torneados e trabalhados no crossfit (a maioria dos hóspedes, no caso). Porém, eu sobrevivi à subida. Logo após o check-in, o passo seguinte foi deixar o calçado fechado no armário aberto.
O Café Jeri tem 33 suítes de 3 categorias diferentes, todas decoradas em tons claros e com elementos em madeira. Os quartos jardim e high (unidades acima do primeiro) acomodam até 3 pessoas, pois têm cama super king e sofá com bom colchão.
Suíte High tem cama king e sofá cama – Foto: Divulgação
Destinada a no máximo 2 pessoas, a Suíte Piscina praticamente despeja o hóspede dentro d’água. De frente para o principal ponto de encontro do hotel, é um quarto para ver e ser visto.
O ponteiro do banheirômetro beirou a casa dos 10 pontos, muito por causa do espaço interno, das amenities L’Occitane au Brésil e, principalmente, da pressão do chuveiro (não curto caçar pingo quando estou ensaboado).
Banheiro é amplo e com ótimo chuveiro (dois, no caso)
Dormi as 3 noites com ar split (ruído um pouco alto pro meu gosto, mas o calor pedia) e praticamente não vi a TV Smart de 32 polegadas, tamanho o meu cansaço depois dos passeios.
O que fazer no Café Jeri
Comece o dia com o bom café da manhã incluído na diária. O buffet do Café Jeri funciona no balcão do bar da piscina. E você pode pedir à parte itens como omelete e tapioca (o recheio de queijo com coco chegou envolvido por um delicadíssimo véu de massa, peça sem erro).
Buffet de café da manhã é enxuto, mas muito bom
Há muito o que fazer em Jericoacoara, como visitar as lagoas e outros pontos turísticos, entre eles, a Pedra Furada. Mas não deixe de ficar um tempinho largado dentro da piscina, seja sob o sol ardente do Ceará ou à sombra da frondosa árvore que fazia parte do terreno originalmente. À noite, pequenas luzes de LED incrustadas no fundo da piscina criam um chão de estrelas.
Nas noites de segunda e terça, por exemplo, vi gente estirada nas espreguiçadeiras ou dentro d’água até perto das oito da noite. De quarta em diante, o fim de tarde na cobertura do Café Jeri atrai o povo todo pra festa, que tem DJ e performances.
Piscina em frente aos quartos, para ficar largado no sol
Caso tenha esquecido algum item ou só queira dar um up no outfit de praia, o Café Jeri mantém uma loja pé na areia na entrada do hotel. Tem de chinelo a camisetas, passando por biquínis, cangas e pareôs.
Balada pontual
Em relação ao barulho da balada, posso garantir que ela acabou às 10 da noite em ponto. Eu precisei gravar uma locução depois desse horário e fiz isso de boa depois desse horário. Olha aí a foto no meu pop up studio, montado sobre a mesa de trabalho do quarto.
Estúdio improvisado: sem barulho depois das 22h
A festa termina, mas não acaba. Existe a opção de passar pelo lounge do Café Jeri, pra tomar uma última caipirinha de morango com cajá, por exemplo, enquanto se saboreia uma friturinha ou uma pizza. O serviço encerra às 23 horas. Confira outros restaurantes para decidir onde comer em Jericoacoara.
Se sua bateria pessoal não der sinal de descarregada, saiba que Jeri segue animada madrugada adentro. Pegue seus chinelos nas mãos e bote o pé na areia fresca atrás de mais divertimento.
Desde junho de 2022, a lista deresorts no Nordeste conta com o Vila Galé Alagoas, o novo e maior all inclusive do estado, localizado a pouco mais de 1 hora de Maceió, no município de Barra de Santo Antônio. O hotel perto da praia do Carro Quebrado é o primeiro grande empreendimento nesse trecho ainda isolado do litoral alagoano. O mar é daquela lindeza verde típica de Alagoas.
Para ser bem exato, o resort fica na Ilha da Croa (que na verdade é uma península, geograficamente falando), próximo de onde deságua o Rio Santo Antônio Grande. A Praia do Carro Quebrado, com suas falésias, está mais à esquerda de quem olha o mar. Na maré alta, a faixa de areia diante do hotel encurta bem, tanto que não há bar de praia por conta disso. Você decide entre mergulhar ou só ficar de boa nas espreguiçadeiras. Fique atento à inclinação da beira. Um passo e a água que estava no joelho já sobe à barriga. Lembre-se: o mar é para se respeitar sempre.
Como é o Vila Galé Alagoas
Com 513 acomodações, o Vila Galé Alagoas tem quartos e suítes batizados com nomes de grandes autores da literatura em língua portuguesa. Os apartamentos ocupam três blocos. Eu passei três noites no quarto Lima Barreto, cuja imagem estampa um painel acompanhado de trecho de Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), obra-prima do escritor e jornalista nascido no Rio de Janeiro.
Quadro em homenagem ao escritor Lima Barreto no Vila Galé Alagoas
A decoração segue o padrão encontrado no Vila Galé Cumbuco, resort perto de Fortaleza, onde Nath e eu estivemos durante viagem pelo litoral do Ceará. Cama box (duas delas formaram uma queen só para mim), armário, cofre, ar condicionado novinho gelando bem, banheiro sem firulas (chuveiro com pressão boa para quem precisa adular as vértebras L4 e L5), TV, frigobar e varanda (onde dá para pendurar rede).
Detalhes do quarto do hotel em Barra de Santo Antônio
Eu sigo achando ruim o par de cadeiras e a mesinha baixa de mármore no canto do quarto. São demasiadamente pesadas, algo que fica claro no momento em que a turma da limpeza precisa arrastá-las para fazer a arrumação. Eu já havia notado isso no Ceará, mas ficou mais nítido nessa ida ao Vila Galé Alagoas, especialmente quando fiquei no quarto para trabalhar (jornalista de viagem na estrada é assim mesmo). Puxei a cadeira para escrever apoiado na bancada abaixo da TV, cuja posição era melhor para digitar. Ponto positivo: o wifi estava ótimo, nos quartos e em áreas comuns, do restaurante à piscina.
Entre um prédio e outro de apartamentos ficam os chalés, dos quais seis fazem parte do Nep, como é chamada toda a área temática dedicada às crianças. No Vila Galé Alagoas não é diferente. As cores laranja e verde identificam o que está relacionado a este universo lúdico. O escorregador serve de incentivo a mais para meninos e meninas saírem cedo da cama para aproveitar piscinas e brincadeiras. A motivação para os pais é que toda a rede Vila Galé não cobra alojamento nem refeições de crianças até 12 anos, desde que elas durmam no mesmo quarto dos adultos.
Suíte Nep é toda temática e lúdica – Foto: divulgação
A exemplo da decoração, os restaurantes seguem o padrão da rede Vila Galé, com nomes e especialidades encontradas nas 10 unidades presentes no Brasil. As principais refeições são feitas no Versátil, em sistema de buffet. O café da manhã tem uma estação de frutas que vai da básica maçã à pinha. Para quem não dispensa o toque regional, há escondidinho, carne seca, cuscuz salgado, macaxeira e banana cozidas para se acabar logo na primeira refeição do dia.
Escondidinho, banana e carne seca: sabores regionais no café da manhã
Tem tapioca para os que são de tapioca, ovos mexidos com bacon aos que estão em dia com as taxas, pão de queijo e mini croissant para quem opta por uma vibe mais ortodoxa, o meu caso. Há ainda frutas frescas cortadas, queijos, frios, iogurtes, cereais, mesa central com pães e bolos. E isso se repete sempre, praticamente sem alterações. Com sabedoria dá para experimentar algo novo todo dia, sem enjoar.
O recomendação vale também para o almoço e ao jantar. O Versátil faz jus ao nome porque serve da saladinha à pizza (alternativa legal especialmente para o jantar). Da grelha saem cortes de peixe, carne e frango, que podem fazer companhia aos tipos de massa ou outros pratos mais pesados do buffet. Guarde um espaço para as sobremesas, especialmente os brasileiríssimos pudim de leite e quindim. Se tiver pastel de natal, não deixe escapar, acompanhado do cafezinho que você mesmo pode tirar da máquina.
Feijoada: tradição verde e amarela
Todas as bebidas estão incluídas, com destaque para os vinhos Santa Vitória, cuja vinícola em Portugal pertence ao grupo Vila Galé. O chope Brahma estava caprichado na temperatura nos dias em que me servi. Você dispensa os alcoólicos e os refrigerantes? Há sucos de polpa e o natural de laranja, além de água para manter a hidratação lá em cima.
Mesa com o galo guarda os vinhos Santa Vitória
O Vila Galé Alagoas tem outros restaurantes com propostas específicas: o Massa Fina (italiano, com pizzas e massas), o Inevitável (pratos portugueses e mediterrâneos), Cervejaria Portuguesa (para petiscar e beber) e o Museu do Sertão (comida regional, com receitas tradicionais de Alagoas) – a decoração dele tem graciosas peças de artesanato da Ilha do Ferro, no interior alagoano.
O que fazer no Vila Galé Alagoas
A piscina de dimensões olímpicas é convidativa o bastante para passar uma manhã inteira, saindo no máximo para atravessar a ponte perto dela e chegar à praia – à tarde, o sol dá uma ligeira trégua ali para quem decide se esparramar na espreguiçadeira.
Mar de Alagoas, com as falésias da Praia do Carro Quebrado ao fundo
Para manter a rotina de exercícios, dá para caminhar livremente pelo resort ou fazer esteira na academia, localizada dentro do Spa Satsanga. No cardápio de tratamentos, destaque para olivoterapia, sessão de 1h20 de massagem feita com azeite de oliva produzido em Portugal (terapia disponível em outras unidades do grupo Vila Galé). No spa ficam também a sala de banho turco, a sauna e a piscina interna aquecida (se pegar um dia de chuva como eu testemunhei, vá para lá).
Spa Satsanga: espaço de relaxamento e reflexão
Há uma arena com rede que serve tanto para vôlei de praia quanto beach tennis. Ela fica ao lado das quadras poliesportiva e de tênis e do campo de futebol de areia. Para a criançada, o Clube Nep inclui brinquedoteca e um playground aquático, com escorregadores nas piscinas coberta e externa desse espaço.
Piscina externa do Clube Nep: três escorregadores garantem a diversão
A distância dos quartos em relação à piscina garante uma certa tranquilidade em relação às atividades promovidas em volta dela, sendo o bloco 3 o mais afastado da animação. A feijoada com samba do sábado não comprometeu em nada a minha manhã/tarde de trabalho.
Chalés ficam entre os blocos, quase ilhas no resort
Ah, mas não tem os passeios? Sim, você pode se hospedar no Vila Galé Alagoas e visitar a região, começando pela vizinha Praia do Carro Quebrado. Meus compromissos não me permitiram dessa vez, mas minha ideia era ir até União dos Palmares para conhecer o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, localizado a 120 km do Vila Galé Alagoas. Em 1988, a área aos pés da Serra da Barriga foi declarada monumento nacional. É local histórico pelo passado de luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, tendo abrigado o maior e mais simbólico quilombo do período colonial.
A luta de homens e mulheres de Palmares serviu e serve até hoje de inspiração no combate à escravidão e ao preconceito. Ela abriu caminho para que, muitos anos mais tarde, um personagem como Lima Barreto, escritor negro do último país do mundo a abolir a escravatura, pudesse ter seu talento e inteligência reconhecidos, bem como seu nome associado aos maiores autores da língua portuguesa.
Uma farta vegetação empareda o zigue-zague que separa a recepção dos bangalôs no Zorah Beach Hotel, no Ceará, dando a sensação de que você chegou a um cantinho do sul da Ásia na costa oeste do estado, em Trairi, a cerca de 130 km de Fortaleza. A impressão é reforçada pelas presenças das estátuas de Ganesha e de Buda entre outros elementos que remetem principalmente à Índia, como a seleção de pratos da culinária do país servidos no restaurante do hotel. Referências a Bali, Marrocos e Turquia também estão presentes na decoração.
A onda do home office levou à instalação de roteadores de sinal nos quartos, garantindo wifi de qualidade a quem deseja ficar conectado. Em tempo: nossa operadora de telefonia nos deu tchau pouco depois de sairmos da capital do Ceará. Soubemos que ela não é a única que não funciona direito por aquelas bandas, claro. Seja vivo e preste atenção se quiser checar e-mails e postar nas redes fora do acesso sem fio do hotel.
A proximidade com Fortaleza é uma das virtudes deste hotel de luxo, localizado na praia do Guajiru, no caminho para quem vai a Jeri – se for para essa parte do litoral cearense, confira também onde ficar em Jericoacoara, o que fazer no destino e onde comer por lá. A vantagem é que esse pedaço do município de Trairi ainda não foi tomado de assalto pela multidão, o que ainda empresta à região alguma privacidade.
É preciso dizer que a vizinha Flecheiras já engorda a olhos vistos com a construção de condomínios de casas e apartamentos de veraneio, numa expansão da qual nem o próprio Zorah deve escapar em breve. Aberto atualmente só aos hóspedes, o restaurante do hotel no Ceará já tem plano de ampliação desenhado para virar opção gastronômica para quem é de fora.
Como é o Zorah Beach Hotel
O Zorah Beach Hotel tem 23 acomodações, sendo a maior delas a suíte para famílias, com 220m², localizada do outro lado da rua em relação à recepção, mas com acesso a todos os serviços de quem fica no prédio principal. Possui também suítes de 50m², bangalôs com 90m² (o premium, como o que Nathalia e eu ficamos, tem piscina particular) e uma unidade chamada Vila, que além de mais espaço (140 m²) oferece TV maior (47”) e hidromassagem externa, com vista para o mar (nas demais acomodações ela fica dentro do quarto).
Bangalô premium no Zorah, com piscina privativaÁrea de descanso, ducha e hidro
A nossa hidro tinha uma janela com abertura que permitia ver a praia, mas a gente preferiu mantê-la fechada por pura privacidade. No bangalô premium, a área de banheiro, ducha e hidro fica separada, logo à direita após a entrada na acomodação. Você passa pelo closet (onde há uma parte de conveniência com caixa de chás, alguns importados) e, seguindo, vem a parte molhada dessa suíte especial do Zorah. Ao lado das duas pias, com amenities L’Occitane, fica uma deliciosa ducha e uma área de descanso. Em frente, está a hidro para casal. É uma acomodação perfeita para casais em lua de mel ou viagens românticas.
Piscina privativa no bangalô premium, onde ficamos
No quarto em si, com um pé direito altíssimo, havia uma cama com dossel, uma chaise longue, um charmoso sofá com almofadas e uma mesa pequena com duas cadeiras. A parede da frente e parte da lateral do bangalô são de vidro, permitindo ver o exterior, mas mantendo a privacidade com uma fina cortina branca em relação aos outros hóspedes do hotel em Trairi.
Sofá e o exterior visto através da cortina
Integrante das Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) e Roteiros de Charme, o Zorah Beach Hotel se encaixa nos planos de quem procura por uns dias de pé na areia com muito conforto, sem compromisso com hora ou trabalho. A primeira associação reúne empresas brasileiras de viagem do segmento de luxo, e a segunda, hotéis no país todo, com serviço e estrutura de qualidade. Ambas são referências de boa hospedagem.
Delícia de rede de frente para o mar
Naquele trecho do litoral do Ceará, vimos mais gente no mar praticando kitesurf do que deitada nas espreguiçadeiras. Venta forte ao longo do ano todo, especialmente entre agosto e novembro, o que complica um pouco quando aquela chuva de areia bate contra o corpo nesse pedaço onde o hotel se encontra. Por isso, muitos frequentadores se dividem entre as cadeiras e redes do jardim, mais recuado em relação à Praia de Guajiru, em Trairi. Algumas pessoas tentam lotear um gazebo na piscina, como fez um casal que ficou a uma assinatura de adquirir a melhor unidade com vista para o mar (contém muita ironia).
Horas entre o mar e a piscina no Zorah Beach Hotel
Será que venta no Ceará?
Se você estranhou eu ainda não ter falado do café da manhã, não se preocupe. A primeira refeição do dia (a nossa favoritaça) é servida individualmente no Zorah Beach Hotel, com prato de frutas, suco natural, água de coco, variedade de frios, manteiga, requeijão, geleias e seleção de pães e doces que muda a cada dia (ajuda a não enjoar). Acho interessante também a ideia de servir pedaços de bolo e finger food em pequenas doses, pois evita o desperdício e amplia a possibilidade de experimentar mais opções em tão pouco tempo de hospedagem. Há ainda itens que podem ser pedidos à parte. Nath provou a tapioca crocante com queijo coalho. Aliás, os cafés da manhã nos 3 hotéis onde ficamos nessa viagem ao Ceará estão entre os nossos prediletos em pousadas no Brasil – os outros foram Jaguaribe Lodge & Kite e Hotel Vila Selvagem, ambos em Fortim.
Ótimo café da manhã do Zorah Beach Hotel
O jantar da segunda noite teve mar e terra em nossos pratos. Nath foi de espaguete com camarão ao limone. Ficou na dúvida porque não é fã de limão em exagero. Achou feliz sua escolha pois o sabor estava suave, na medida. Eu pedi carré de cordeiro. A redução do molho estava um pouco salgada, mas a combinação com o couscous marroquino equilibrou tudo na boca.
Boa massa com camarões
Hóspedes ao redor pediam o famoso sorvete de capim-santo de sobremesa do restaurante do Zorah Beach Hotel. Claro, a gente quis experimentar para saber o motivo de tanto interesse. É refrescante como se espera de um sorvete e por causa do ingrediente, mas capim-limão é algo que tanto Nath quanto eu, coincidentemente, temos dificuldade de gostar. No entanto, gostamos mais do que o capim-limão em forma de brigadeiro (que não vimos lá, mas é bem famoso entre paulistanos). Não deixe de provar.
O que fazer no hotel de luxo e charme no Ceará
Nada, de preferência. Embora Nath e eu até tenhamos trabalhado um pouquinho no segundo dia de hospedagem. Mas isso foi bem depois de aproveitarmos um mergulho na água morninha e clara da praia e de jogarmos muita conversa fora regada a coquetéis e petiscos servidos diretamente em nossa piscina privativa. Essa, digamos, é a parte publicável da viagem antes da hidro a dois e da abertura da cama king com dossel. Para aplacar a subida de temperatura, um split refresca o quarto.
No pacote de experiências do Zorah Beach Hotel, há passeios para ver o pôr do sol nas dunas de Flecheiras (no período de chuva são formadas pequenas lagoas nas dunas) ou na Lagoa do Mundaú, no encontro do mar com o rio (chegando pela praia a bordo de veículo existe a opção de passear também de catamarã). A visita a Lagoinha, praia de falésia a 22 km do hotel, começa no meio da manhã e dura 3 horas, com parada para almoço e banho em água doce.
Bicicletas do hotel para passeios na praia
Quem prefere mais ação do que contemplação pode praticar SUP no Rio Trairi, montar em um quadriciclo ou andar de bicicleta na praia. Guajiru é frequentada por kitesurfistas, alguns deles praticantes de downwind, modalidade que consiste em percorrer voando e surfando longos trechos do litoral do Ceará.
Alguns que se aventuram nessa atividade literalmente puxada às vezes recorrem aos cuidados de Frederico Signorini, as mãos mágicas a serviço do spa do Zorah Beach Hotel. Com 50 anos de atividade e criador de uma técnica de massagem, a Fred Chi, seu tratamento corrige problemas cervicais, de ATM e bruxismo, todos quase sempre ocasionados por tensão.
Momento zen com massagem do spa do Zorah
O spa do Zorah Beach Hotel fica numa casinha de madeira, cercada por vegetação. Você percorre aquele caminho verde, que contei no início do texto sobre a chegada, e segue as placas. O clima é bem zen, nada parecido com spas com foco mais na estética.
A sessão comandada por Fred ou a mulher, Rafaela, dura cerca de 50 minutos. Começa com perguntas sobre o estilo de vida antes de o tratamento começar. Nath contou que tem fibromialgia, então a Rafaela fez uma massagem relaxante com azeite de coco (gente, tem textura de azeite mesmo, não é uma pasta ou algo cremoso). Fred apenas trabalhou pontos na região da cabeça e um pouco do pescoço dela, técnica semelhante aplicada em mim pouco depois.
Bom, foi necessário Nathalia me acordar porque eu entrei em alfa. Não é mentira nem exagero. Levei um susto ao ver três pessoas me encarando enquanto tentava levantar da maca. Fred é meio bruxo ou eu que estava relaxado demais depois de dois dias inteiros de pura calmaria e clima zen? Na dúvida como eu, considere as duas possibilidades.
Já fiz coleção de imã de geladeira. Não tenho nada contra essas lembrancinhas, aliás. Objetos pequenos são uma forma de guardar memórias e de presentear família e amigos, e não encher a mala no embarque de volta. Mas, quando viajo, me interesso mais por souvenir sem cara de souvenir ou que sejam curiosos. Pode ser típico, só não precisa necessariamente ter escrito de onde saiu. Mantenho os olhos atentos ao tamanho do que vou comprar, mas não me furto à loucura de trazer um jogo de copos da Alemanha, se bem entender que aquilo me vai me proporcionar de novo o sabor da viagem em casa. O mais importante para mim é mesmo a sensação que o presentinho causa, seja em mim, seja em quem vai ganhá-lo.
Dentro dessa categoria, entram vários itens. Tirando chocolates e guloseimas, garantidos no free shop e em farmácias no exterior (nos Estados Unidos e no Canadá, eles são os melhores remédios vendidos), adoro me aventurar pelos supermercados em busca de produtos típicos. Da Alemanha, por exemplo, eu trouxe na última viagem 2 tipos de mostarda. Depois, foi só passar no supermercado no Brasil para comprar kassler e salsichas variadas. Além de tudo, é uma forma de entrar na realidade do país que visito. De aprender, por exemplo, que senf é mostarda em alemão e doce é süss (no lugar do ‘ss’ vai aquela letra beta que não tem no meu teclado), então, a süsser senf que eu trouxe para mim e para presentear os amigos só poderia ser uma adocicada mostarda para temperar carne de porco, especialmente a salsicha branca, como eles comem lá na Baviera.
TÃO PEQUENOS — Gosto de detalhes. Um xodó é o abridor de garrafas que eu trouxe de Leipzig, na Alemanha. Com 3 dedos de altura, ele tem o formato do bonequinho que indica sinal verde para o pedestre. Quando a Alemanha estava dividida, todo o lado oriental tinha sinais de trânsito assim, com o bonequinho de chapéu piscando no lugar das tradicionais bolinhas verde e vermelha. Achei tão interessante e fofo que comprei também os imãs, estrategicamente mantidos um acima do outro, grudados na porta da geladeira. Não é demais?
Outro imã legal (e, neste caso, bem útil) foi minha mãe que me deu após sua passagem por Praga. É uma caixinha de fósforos ilustrada com Kafka. Da série ‘personagens e artistas’ dou sempre aquela passadinha estratégica pelas lojinhas de museu. Eu já disse aqui que adoro papelaria, então, não resisto àqueles simpáticos bloquinhos vendidos ali. Em Viena, no ano passado, me encantei com o caderninho de capa comemorativa pelo Ano Klimt – em 2012, são 150 anos do nascimento de Gustav Klimt. O pequeno calendário de mesa (com apenas 10 cm) também me pegou. A dupla me faz companhia na mesa de trabalho desde o início do ano.
PARA AS CRIANÇAS — Também dá para pensar em presentes bacanas para a meninada. Camisetas divertidas acabam sendo a solução muitas vezes, mas em alguns lugares é possível encontrar brinquedos diferentes. Em Budapeste, achei um quebra-cabeça minúsculo com a inicial do nome do meu filho: J. As peças dentro da letra formam um coringa (Joker). O J fica no quarto do filhote ao lado de outros 2 presentes que trouxe da Alemanha, um carrossel de Rüdesheim e uma caixinha de música de Frankfurt. Ele consegue rodar a manivela com a mãozinha dele e, enquanto a árvore de Natal gira, toca Noite Feliz. É de fazer a mãe chorar… O trio combinou direitinho (dá uma olhada na foto acima deste texto). Em madeira pintada, bem colorida, os 3 têm bastante vermelho.
Objetos trazidos de viagem dão ótimas peças de decoração. Viajar por Minas Gerais e pelo Nordeste do Brasil é maravilhoso para quem aprecia artesanato. Aqui em casa acabou dando o tom da sala, com um cantinho reservado para a cerâmica no estilo Mestre Vitalino (moça grávida, trio de forró e companhia). Voltamos da mineira Tiradentes com o carro abarrotado de trabalhos de artistas locais, como uma mandala de velas e quadros em madeira. É um barato o casalzinho de caipiras que se olha. A senhora mineira que nos vendeu disse que, quando os donos da casa brigam, pode se inverter o olhar dos bonecos – dá um trabalho fazer isso, mais fácil fazer as pazes, não é?
Trazidos de viagens, quadrinhos pintados fazem a alegria de uma das paredes da sala. Aqui em casa tudo fica bem pertinho: a ponte Golden Gate de São Francisco (nos Estados Unidos), as casinhas da italiana Positano, a orla de Maceió, o casal bailando tango do Caminito em Buenos Aires, o Pantheon romano, o colorido do Pelourinho em Salvador, o anjo da portuguesa Óbidos… Pode ter souvenir melhor do que experimentar novamente aquelas viagens a cada olhada?
ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NA REVISTA HOST & TRAVEL — edição de março de 2012
Texto de Nathalia Molina
Se o que você procura é um destino de praia com águas claras, encontrará seu lugar facilmente ao longo dos 230 quilômetros do litoral de Alagoas. Tons de verde e azul pintam a paisagem, desenhada por coqueiros e pelo movimento da maré, formando deliciosas piscinas naturais morninhas ao longo da costa. A cor de férias por ali mistura pele bronzeada à festiva renda de filé, típico artesanato local. O sabor vem do sururu, marisco tradicional das lagoas Mundaú e Manguaba, duas das muitas que terminaram por batizar o estado. Com uma composição dessas, fica fácil entender como o cenário se torna irresistível.
Maceió é uma das capitais nordestinas com as mais bonitas praias urbanas. Ganhou fama nacional com a da Pajuçara, sua feirinha de artesanato e as jangadas que levam os turistas para ver as piscinas naturais a dois quilômetros da areia. Quem quer conforto pode optar pelas barracas da praia vizinha, Ponta Verde. A mais badalada é a Lopana, com drinques, petiscos e catamarã próprio para visita às piscinas. Boa dica para aproveitar o sol ou curtir a noite em festas ou shows. O melhor programa é passar horas na mordomia entre um mergulho e outro.
Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca (a praia seguinte) têm grande concentração de hotéis, pousadas e restaurantes. Também é o pedaço do agito, em casas com música como o Maikai. Na orla, a pedida é provar as tapiocas das barracas do calçadão. Coco e queijo coalho são apenas o começo da brincadeira, que inclui recheios tão diversos quanto lombinho ou morango com chocolate.
Para experimentar uma comida regional memorável, a dica é ir até o bairro histórico do Jaraguá. Criado em 1989, o restaurante Carne de Sol do Picuí sofisticou-se após uma reforma e adotou o apelido como nome. Desde 2009 é conhecido como Picuí, apenas. Serve porções preciosas, preparadas pelo chef Wanderson Medeiros, que assumiu o negócio da família e incorporou a ele toques da cozinha contemporânea. A carne de sol na brasa coberta por queijo coalho e acompanhada de pirão de queijo, por exemplo.
Longe da areia, é possível apreciar o pôr-do-sol navegando pela Lagoa Mundaú. O barco sai do Pontal da Barra, ao sul da capital, e passeia por ilhas e pelo manguezal, com uma parada para banho no encontro da lagoa com o mar. Não deixe de conhecer o polo de rendeiras que tecem o filé ali mesmo. As linhas de cores vivas são entrelaçadas em pontos largos para formar figuras geométricas e flores, em colchas, cortinas, caminhos de mesa e saídas de praia, entre outras peças.
Dias de sobra
Numa viagem curta, só as atrações de Maceió já preenchem a programação. Além do trecho movimentado da orla, da gostosa culinária e do artesanato, as praias de Cruz das Almas (point de surfistas) e Ipioca (área residencial) também merecem uma visita. Mas saiba que o ideal é reservar dias de sobra para conhecer os destaques do litoral alagoano. Ao sul, o roteiro combina mar e lagoas. Ao norte, exibe uma impressionante sucessão de piscinas naturais, o que levou a região a ser batizada de Costa dos Corais, nome também da Área de Proteção Ambiental criada pelo Ibama em 1997.
Apesar de não ser o ideal, quem tiver pouco tempo pode viajar em esquema de bate-volta até o litoral sul, saindo de Maceió. A primeira parada é na Praia do Francês, a vinte quilômetros da capital, mas parte da cidade de Marechal Deodoro. Antiga vila de pescadores, a praia caiu no gosto dos surfistas há décadas e se transformou numa das mais conhecidas do estado. Na parte oposta às ondas atraentes para pranchas, o mar amansa nos arrecifes. Barracas vendem comes e bebes para um gostoso dia de praia em família. Mas, para se lambuzar com a culinária regional e seus pratos com sururu, a dica é um dos restaurantes do canal da Massagueira, à beira da Lagoa Manguaba.
Mais para o sul, no município de Barra de São Miguel (quarenta quilômetros da capital), fica outro destino alagoano bastante conhecido: a Praia do Gunga. Ali, a Lagoa do Roteiro se junta ao mar diante da areia clara e da imensidão de coqueiros. Um mirante na estrada mostra o horizonte tomado pelo verde devido ao coqueiral e à cor da água ao fundo durante a maré alta. No verão e nos fins de semana de sol, a Praia do Gunga fica lotada. Do outro lado da lagoa, o movimento diminui um pouco conforme se caminha para a esquerda, na Praia da Barra de São Miguel.
Rumo ao norte
Para de fato desfrutar da costa norte, a escolha sensata é hospedar-se por lá. Muita gente parte da capital e se aventura até Maragogi, a praia mais famosa, apenas para passar o dia. Chega a ser um desperdício, pois há muito a ser descoberto antes de se chegar às galés, como são chamadas as piscinas naturais.
Os arrecifes começam em Paripueira, a trinta quilômetros de Maceió, e seguem até Pernambuco. O restaurante Mar & Cia oferece um roteiro de catamarã até as piscinas naturais, acompanhado por biólogos. Pouco mais de um quilômetro distantes da areia, elas ficam dentro de um parque marinho municipal, criado para proteger a área. No restaurante, também é possível acertar uma ida à belíssima praia de Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, mais ao norte.
A próxima parada é em São Miguel dos Milagres, distante cerca de cem quilômetros de Maceió. Isolada por coqueiros, a região de vilas de pescadores é cortada por rios e exibe piscinas naturais na maré baixa, a um quilômetro da costa. É uma beleza de paisagem, onde a vida segue mansa em praias como Toque e Patacho (esta em Porto de Pedras, o lugarejo vizinho). Diante do mar calmo de água límpida e morna, encontram-se charmosas opções de acomodação. Esse trecho do litoral é indicado para dias de conforto e relaxamento.
Quem gosta de movimento deve se hospedar no segundo ponto mais visitado de Alagoas: a cidade de Maragogi, que só perde em número de turistas para Maceió. O município está a uma mesma distância das capitais alagoana e pernambucana, fica a cerca de 140 quilômetros das duas. Além da boa infra-estrutura– com direito a resorts –, é bom reforçar que aquele pedaço do litoral oferece mais do que as tão faladas galés. Japaratinga e Bitingui, no sul, e Burgalhau e Barra Grande, no norte, são praias lindas, bem próximas de Maragogi. É bom ter tempo para caminhar pela areia e para provar o bolo de goma, sequilho típico da cidade.
As galés são a parte principal do programa, obviamente. O passeio de barco pode ser tratado na areia — com os restaurantes Frutos do Mar, Corais do Maragogi e Pontal do Maragogi –, nos hotéis ou nas agências de receptivo da cidade. Procure uma embarcação credenciada para diminuir ao mínimo o impacto ambiental. Nas galés, jamais pise nos corais ou alimente os peixes para garantir a preservação desse frágil ecossistema.
Muitos peixinhos e piscinas de água transparente aguardam os turistas a seis quilômetros da costa. Depois de tantos banhos no mar de Alagoas, um gran finale nunca é demais. Afinal, não era água clara que se procurava? Como dizem no Nordeste, “pronto”, está aí.
PARA UMA VIAGEM FELIZ
Alagoas tem dois litorais, muito diferentes: um na maré alta e outro – bem mais bonito – na maré baixa. Sabe aquelas fotografias de praias maravilhosas com piscinas naturais? Foram tiradas na maré baixa. Então, para não voltar das férias frustrado, é muito importante consultar a tábua das marés antes de marcar a passagem aérea e a hospedagem.
A dica vale para vários destinos nordestinos, especialmente quando há piscinas naturais envolvidas, pois a maré alta pode tornar os banhos inviáveis. Como há arrecifes praticamente na costa inteira de Alagoas, a recomendação ali ganha uma importância ainda maior. A tábua das marés é acessório fundamental para uma viagem feliz.
No site da Marinha é possível consultar mês a mês como será a maré o ano todo. Assim fica fácil se programar para viajar na época indicada. Para ver o melhor da paisagem de Alagoas, viaje no período de lua cheia ou nova, quando a variação do nível da maré é maior e as piscinas naturais ficam ainda mais lindas.
COMO CHEGAR
Há voos para Maceió a partir de várias cidades brasileiras. Confira as opções de horários com as companhias: Azul (www.voeazul.com.br e 4003-1118), Gol (www.voegol.com.br e 0300-1152121), TAM (www.tam.com.br e 4002-5700), Trip (www.voetrip.com.br e 3003 8747) e Webjet (www.webjet.com.br e 0300-2101234).
HOSPEDAGEM
Radisson: De frente para a praia da Pajuçara, bem pertinho do ponto de saída das jangadas, oferece 172 apartamentos e 23 suítes, todos com vista para o mar. www.atlanticahotels.com.bre (82) 3202-4900
Ponta Verde: À beira da praia, conta com 203 apartamentos e completa área de lazer. O grupo irá inaugurar em breve uma unidade na Praia do Francês. www.hotelpontaverde.com.br e (82) 2121-0040
Kenoa: Com 23 acomodações, o resort em Barra de São Miguel dispõe de winebar, lounge, fitness center e piscina. O restaurante Kaamo e o Kenoa Spa são abertos a não-hóspedes. (82) 3272-1285 e www.kenoaresort.com
Pousada do Toque: São 17 chalés com infra-estrutura completa. As novidades incluem lounge com biblioteca, restaurante com vista para o mar na área da piscina e o chalé romã (para um casal com dois filhos). O regime de meia pensão está incluído na diária. (82) 3295-1127 e www.pousadadotoque.com.br
Salinas: O grupo possui dois resorts em Alagoas. Na Praia de Ipioca, o Salinas de Maceió oferece seis refeições por dia (bebidas são pagas à parte), duas piscinas e spa. Já o Salinas do Maragogi, funciona no sistema all-inclusive e tem 1.500 m² de piscinas, espaço para esportes e caminhadas ecológicas, além de atividades para a criançada. (82) 3296-3030 e www.salinas.com.br
Grand Oca Maragogi Beach & Leisure: O resort ocupa uma área de 100 mil m2 onde estão 120 apartamentos, 97 bangalôs e 12 suítes, além de piscinas, restaurantes, sala de jogos, serviço de massagens e uma boate particular. (82) 3296-3200 e www.grandocamaragogiresort.com.br
GASTRONOMIA
Lopana: Ótima opção para passar o dia na Praia de Ponta Verde, uma das melhores de Maceió, tomando caipifruta e beliscando camarão ou peixe. Também serve pratos quentes. (82) 3231-7484 e www.lopana.com.br
O Peixarão: O carro-chefe é o prato que leva o nome da casa. No peixarão, a posta de peixe é cozida no molho de coco e coberta por camarão e um creme cuja receita é mantida em segredo. Acompanha pirão e arroz e alimenta até três pessoas. (82) 3325-7011 e www.opeixarao.com.br
Picuí: Localizado no bairro de Jaraguá, na capital, faz parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Quem prova o Clássico do Picuí – carne de sol com pirão de queijo coalho, feijão verde na manteiga de garrafa e chips crocante de batata doce – leva um prato decorativo de recordação. Oferece traslado gratuito do hotel, na ida e na volta. (82) 3223-8080 e www.picui.com.br
PASSEIOS
Paripueira e Carro Quebrado: Acompanhado de biólogos, o passeio do Mar & Cia (82-3293-2031) às piscinas de Paripueira dura entre uma hora e meia a duas horas e custa R$ 30 por pessoa. Do mesmo dono, o Estrela Azul (82-3291-1599), em Barra de Santo Antônio, leva os visitantes de lancha até Carro Quebrado, praia deserta na Ilha do Croa. Com o traslado de jardineira a partir de Paripueira, sai a R$ 50 por pessoa. www.piscinasnaturais.com.br
Galés: Credenciados pela prefeitura, três restaurantes oferecem a ida às galés, a R$ 50 por pessoa. Na praia de Maragogi, o Frutos do Mar (82-3296-1403) e Corais do Maragogi (82-3296-2286 e www.coraisdomaragogi.com.br) têm catamarãs para o passeio e completa estrutura para um dia ao sol. Na vizinha Burgalhau, ao norte, a navegação às piscinas e o serviço de praia estão disponíveis no Pontal do Maragogi (www.pontaldomaragogi.com.br).
OPERADORAS
Litoral Verde – Especializada em roteiros para resorts, destaca o pacote de quatro dias no Salinas do Maragogi. Até 30 de junho, os valores começam em R$ 1072,50* e incluem hospedagem, alimentação e transfers. 0800-2866606 e www.litoralverde.com.br
Marsans – Oferece pacotes de oito dias combinando os atrativos de Maceió e Maragogi. Inclui hospedagem com café da manhã, city tour pelas duas cidades e litoral sul. Até junho, custa desde R$ 949. www.marsans.com.br
RECEPTIVO
Costa Azul – Além de passeios, oferece transfers personalizados dos aeroportos para a Costa dos Corais. www.costazulturismo.com.br e (82) 3296-2125
Jaraguá Turismo: Entre os passeios oferecidos, destaque para a navegação pela Lagoa Mundaú. (82) 3337-2780 e www.jaraguaturismo.com
Tropicana: Oferece passeios em Maceió, pelo litoral sul e pela Costa dos Corais, além de traslados. (82) 3235-1541 e www.tropicanaturismo.com.br