Categoria: Lisboa

  • O que fazer em Lisboa: roteiros de 3, 5 e até 7 dias em Portugal

    O que fazer em Lisboa: roteiros de 3, 5 e até 7 dias em Portugal

    Parece inacreditável que descer vielas, subir em bondes ou visitar mirantes faça parte da lista do que fazer em Lisboa em 3 dias ou mais. Mas o visitante logo saberá ser essa a maneira mais fácil de mapear a cidade surgida entre as 7 colinas que ladeiam o Rio Tejo. O que ver em Lisboa pode estar presente nas paredes das casas, nos pórticos das igrejas, no emaranhado de becos da Alfama ou da Mouraria, no alinhamento perfeito das ruas da Baixa. Em todo canto da capital de Portugal, a história está escrita em pedra, em ferro. Em ruínas, até. Ela encabeça a relação das principais cidades de Portugal para turismo.

    Lisboa é um convite ao livre caminhar, ao flanar sem pressa nem amarras de compromissos. Dependendo então de onde ficar em Lisboa, você vai esbarrar nas principais atrações da cidade, quase sem querer. Tudo muito ao sabor de uma viagem de contemplação, em que cada rua estreita mais lembra um vilarejo do que uma cidade cosmopolita.

    | Entre para o nosso gratuito no WhatsApp e receba dicas na palma da mão, sempre no fim do dia |

    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Castelo de São Jorge
    Castelo de São Jorge com casas da Alfama abaixo – Foto: Turismo de Lisboa

    Um conjunto básico de atrações integra a 1ª vez de todo viajante na capital portuguesa. Separamos as dicas em roteiros do que fazer em Lisboa em 3, 5 e até 7 dias. Assim, aos debutantes, espaços como o Castelo de São Jorge, o circuito do Belém e mirantes como o de São Pedro de Alcântara figuram entre as visitas obrigatórias. A Easy Travel Shop, empresa brasileira parceira do Como Viaja, vende transfers, ingressos de atrações e tours em Lisboa, divididos em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito, em reais.

    o que fazer em lisboa
    Roteiro em Lisboa de 3 dias: passeio no Centro – Foto: Turismo de Portugal

    Pontos turísticos de Lisboa

    Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade no caso de estar apenas de passagem, durante 1 dia. É pouco, então você vai ficar com vontade de voltar. Como ficam relativamente próximos, os pontos turísticos de Lisboa mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias vencidas com ajuda do transporte público, especialmente os tradicionais elétricos (como são chamados os bondinhos lá).

    Caso queira agilizar a visita, há um citytour de 4h que passa por muitos dos pontos turísticos de Lisboa citados abaixo. É importante saber que o Lisboa Card inclui a entrada gratuita da Torre de Belém, do Arco da Rua Augusta e do Mosteiro dos Jerônimos. Além disso, dá direito ao uso do transporte público, o que garante uma boa economia. Para um roteiro em Lisboa de 3 dias, existe o cartão de descontos da cidade com uma duração maior.

    Torre de Belém

    Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Torre de Belém foi erguida com o objetivo de proteger Lisboa. Isso porque no século 16 a cidade se tornou o centro de comércio mundial por conta dos descobrimentos. Dos detalhes externos chamam atenção o brasão de armas de Portugal e as inscrições das cruzes da Ordem de Cristo.

    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Torre de Belém
    No roteiro em Lisboa de 3 dias: Torre de Belém – Foto: Turismo de Lisboa

    Mosteiro dos Jerônimos

    Ao ouvir a expressão estilo manuelino (o gótico português), saiba que tem a ver com d. Manuel I, o rei que mandou construir no século 16 este mosteiro na região do Belém. Foi, então, cedido aos monges da ordem dos Jerônimos. Nele estão as sepulturas de dois heróis nacionais: Vasco da Gama, navegador que contornou o Cabo da Boa Esperança, em 1497; e Luís de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa.

    Mosteiro dos Jerônimos, no roteiro de 3 dias em Lisboa
    Jerônimos: joia da arquitetura manuelina – Foto: Turismo de Lisboa

    Castelo de São Jorge

    Erguido no século VII em local estratégico, no ponto mais alto da cidade, o castelo foi ocupado pelos portugueses após a expulsão dos mouros, sob o comando de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Tem-se uma das melhores vistas da cidade do alto das muralhas. É um dos lugares mais bonitos do alto da cidade. Por isso, considere ir até lá mesmo numa viagem menor do que um roteiro de 3 dias em Lisboa.

    Alfama

    Vielas tortas e estreitas conduzem o visitante a uma viagem ao tempo em que ali habitavam os mouros, árabes do norte da África. Sinais dessa presença ainda são encontrados principalmente nas fachadas das casas. Tascas e tabernas do bairro estão entre os lugares mais genuínos para assistir a um show de fado em Lisboa.

    Roteiro em Lisboa de 3 dias: Alfama é opção
    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Alfama é a sugestão – Foto: Nathalia Molina

    Praça do Comércio

    Com o Tejo espraiado diante de si, o Terreiro do Paço (nome pelo qual é chamado pelos lisboetas) é ladeado por restaurantes com mesas ao ar livre. Pois, saiba, no fim dessa que é uma das maiores praças da Europa, bem à esquerda de quem olha o rio, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau (ver ingresso aqui). Lá, então, dá para descobrir como o pescado tornou-se símbolo de Portugal. O Terreiro do Paço também consta do itinerário do tour panorâmico por Lisboa.

    o que ver em lisboa
    Praça do Comércio diante do Tejo – Foto: Turismo de Portugal

    Arco da Rua Augusta

    Centro comercial mais agitado durante a semana, a Rua Augusta faz parte da região de Lisboa reconstruída depois do terremoto de 1755 e simbolizada pelo Arco da Rua Augusta. Além disso, desde 2013, é possível subir no monumento (grátis com o Lisboa Card) e admirar o Terreiro do Paço e demais vias da chamada Baixa Pombalina.

     

    O que fazer em Lisboa em 2 dias

    Se esse for seu tempo máximo na capital de Portugal, os 6 pontos turísticos listados acima podem compor a agenda. Nossa sugestão: pela manhã, visite as atrações do Belém – e faça uma parada na Pastéis de Belém, famosa por produzir o mais icônico dos doces portugueses típicos. Siga para o Castelo de São Jorge, pois o pôr do sol de lá é lindo.

    Depois, desça calmamente as vielas da Alfama e, quem sabe, conheça um pouco mais da tradição do fado em Lisboa, seja em uma casa de show ou em uma visita ao museu que celebra o ritmo musical marcadamente português. Assim, no dia seguinte, percorra sem pressa a dobradinha Chiado/Bairro Alto, perfeita se você procura onde comer em Lisboa e que concentra ainda lojas e parte expressiva da vida noturna na capital de Portugal.

    Elevador da Santa Justa

    Na cidade de colinas íngremes, o Elevador da Santa Justa conecta a Rua do Ouro (Baixa) com o Largo do Carmo (no Chiado, bairro renascido das cinzas depois de arder em chamas em 1988). Acima funciona um mirante. O charme do passeio, no entanto, está no ascensor com cabines de madeira e detalhes em latão.

    Ruínas do Convento do Carmo

    A estrutura neogótica criada na última década do século 14 foi severamente abalada pelo terremoto de 1755. Sua reconstrução foi interrompida com a extinção das ordens religiosas em Portugal (1834), deixando com que as ruínas virassem um monumento a céu aberto. Há na sacristia um museu arqueológico, que guarda coleção de epigrafia romana, múmias pré-colombianas, entre outras peças recolhidas desde que foi inaugurado, em 1864.

    Rua Garrett

    No passado, os intelectuais de Lisboa flanavam por esta rua do bairro do Chiado. Nela fica a Livraria Bertrand, reconhecida pelo Guinness Book como a mais antiga do mundo (1732). No interior da loja, há um café, com a porta bem na esquina com a Rua Anchieta (aos sábados, essa viela recebe uma feira de livros usados). Destinos de compras, a Rua Garrett abriga o tradicional centro comercial Armazéns do Chiado.

    Café A Brasileira

    Em atividade na Rua Garrett desde 1905, o café em estilo art déco foi criado por um imigrante português que casou com a filha de um grande cafeicultor de Minas Gerais. Ficou famoso, no entanto, porque suas mesas testemunharam discussões literárias, filosóficas e os anseios pela substituição da monarquia pela república, ocorrida em 1910. Você pode não entrar para provar um pica-pau ou um filé ao molho de café, porém tire ao menos a clássica foto com a estátua do poeta Fernando Pessoa, do lado de fora. Para quem for muito fã, há um tour que segue os passos do escritor português por Lisboa.

    Miradouro de São Pedro de Alcântara

    Para chegar a este mirante do Bairro Alto uma opção é tomar o Elevador da Glória, na Praça dos Restauradores. Trata-se de um dos terraços mais lindos da cidade, com o Castelo de São Jorge na linha dos olhos e a Baixa e a Avenida da Liberdade aos pés. Além do belo jardim, tem sombreado para escapar do sol forte e quiosque para matar a sede.

    Miradouro de São Pedro de Alcântara em noite de verão – Foto: Nathalia Molina

    Praça Luís de Camões

    A estátua do escritor é um bom ponto de encontro e de partida para curtir bares e restaurantes esparramados pelo Bairro Alto. A Rua do Norte e as paralelas Diário de Notícias, da Barroca e da Atalaia são cheias de opções para a diversão noturna.

    Praça Luís de Camões, no Chiado – Foto: Turismo de Lisboa

    Museu do Fado

    Aberta em 1998, a instituição conta os cerca de 200 anos de história do fado em Lisboa e em todo o país. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. O museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações do gênero de todas as épocas.

    O que fazer em Lisboa em 3 dias

    Muita gente reserva um período com essa duração para conhecer Lisboa. É tempo suficiente, então, para dedicar 1 dia inteiro à região do Belém, que tem outras atrações além da Torre de Belém e do Mosteiro dos Jerônimos. Uns 3 dias na cidade também é possível percorrer o bairro da Mouraria, vizinho ao Castelo de São Jorge. E conhecer a Sé de Lisboa.

    Padrão dos Descobrimentos

    Em alusão a uma caravela, o monumento diante do Rio Tejo, no bairro do Belém, homenageia os personagens que mudaram a história de Portugal quando o país lançou-se ao mar, a partir da metade do século 15, no chamado período das Grandes Navegações. Então Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1500, está entre as figuras esculpidas em pedra. Tem centro de visitação e terraço de onde se vê uma rosa dos ventos feita em mármore no chão da praça.

    Padrão dos Descobrimentos no roteiro de 3 dias em Lisboa
    Figuras representadas no Padrão dos Descobrimentos – Foto: Nathalia Molina

    Centro Cultural de Belém

    Basta sair do Mosteiro dos Jerônimos e cruzar a Praça do Império para chegar ao Centro Cultural de Belém, onde são realizadas exposições temporárias ligadas a temas que extrapolam as artes plásticas. Além disso, ao longo de 2023, a novidade é a abertura por etapas do Museu de Arte Contemporânea, cujo acervo incorpora obras do antigo Museu Berardo.

    Mouraria

    Bairro popular que completa a chamada zona histórica e medieval da cidade. Há na Mouraria uma mescla de múltiplas culturas de Lisboa, principalmente asiáticos hoje em dia. Algumas fachadas remontam ao período em que os árabes foram predominantes por ali. No futuro, o bairro vai ganhar um funicular, para ligar a Rua dos Lagares ao miradouro em frente à Igreja da Graça.

    Miradouro da Graça

    O mirante perdeu parte de sua vista devido a obras de construção do funicular que vai ligar o bairro da Mouraria à Graça. Atualmente, um pequeno pedaço do terraço ainda permite visão panorâmica de Lisboa. Fato curioso foi a descoberta ali de um sítio arqueológico medieval cuja função era de defesa da cidade.

    Miradouro Senhora do Monte

    Fica a poucos passos do Miradouro da Graça. Ele tem um painel de azulejos que ajuda a identificar outros pontos de Lisboa. O pôr do sol visto lá de cima é um dos mais lindos da capital portuguesa.

    Sé de Lisboa

    Foi erguida após a tomada de Lisboa do domínio mouro. Sua construção, então, teve início em 1147, sendo a igreja mais antiga da capital portuguesa. Um fato interesssante: Santo Antônio é o padroeiro da cidade; quando ainda era chamado de Fernando, ele foi batizado, iniciou seus estudos e fez parte do coro nesta catedral. Na parede de uma escadaria, há um sinal da cruz que, acredita-se, tenha sido desenhado por ele enquanto era criança, como forma de resistir a uma tentação exercida pelo demônio.

     

    O que fazer em Lisboa em 5 dias

    Com um bom planejamento é possível aproveitar as principais atrações listadas antes e acima (no roteiro de 3 dias em Lisboa), fazendo uma troca ou outra pelo que vem abaixo (incluir o Museu do Azulejo, por exemplo). A novidade do roteiro de 5 dias em Lisboa é poder visitar atrações do Parque das Nações, região revitalizada para a Expo 1998. É nessa área que fica o lindo Oceanário.

    Museu Nacional do Azulejo

    Arte surgida por influência árabe na Idade Média, o azulejo decorativo tornou-se símbolo de Portugal. O museu dedicado a essa expressão cultural funciona no antigo convento de Madre de Deus. Nath adorou e diz que vale muito a pena para quem gosta do assunto porque a coleção apresenta painéis que ajudam a entender sua história e a importância na concepção da arquitetura do país.

    O que fazer em Lisboa: Museu do Azulejo
    Azulejo: arte medieval presente até hoje em Portugal – Foto: Nathalia Molina

    Miradouro de Santa Catarina

    Para um fim de tarde de primavera ou verão, este miradouro contempla a foz do Rio Tejo e a Ponte 25 de Abril. Mesas cercam o quiosque que serve imperial (como é chamado o chope em Lisboa). Além disso, a escultura em granito de Adamastor remete à figura mítica e amedrontadora descrita por Camões em Os Lusíadas.

    Rua Cor de Rosa

    Esqueça o nome Nova do Carvalho, pois o asfalto tingido rebatizou essa rua que passou a rivalizar com as do Bairro Alto no quesito diversão noturna. Ela liderou a transformação do Cais do Sodré ao lado do Time Out Market.

    Roteiro em Lisboa pela Rua Cor de Rosa
    Bares da Rua Cor de Rosa ao entardecer – Foto: Nathalia Molina

    Time Out Market

    Em 2014, a revista Time Out ajudou a repensar como o Mercado da Ribeira poderia ganhar novos ares em uma região tão degradada da cidade. Ok, você quer saber o que fazer e não onde comer em Lisboa. Tudo bem, vá dar uma espiadinha lá dentro. Duvido você ir embora sem comer nada dos 26 restaurantes, 8 bares e outros tantos espaços comerciais. Seja num roteiro em Lisboa de 3 dias, menor ou maior que isso, não importa: um dos programas mais gostosos (literalmente) é comer.

    Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passada – Foto: Nathalia Molina

    Elevador da Bica

    Subir e descer ruas em Lisboa é atração, sim. Onde mais as vias são quase rampas de lançamento de tão íngremes? Pois a subida que começa na Rua de São Paulo termina no Largo Calhariz é vencida com mais facilidade a bordo do Elevador da Bica, considerado Monumento Nacional desde 2002.

    Palácio da Ajuda

    De estilo neoclássico, o Palácio da Ajuda abrigou a família real até o fim da monarquia em Portugal (1910). Desde então, os ambientes e a decoração estão preservados, com destaque para móveis, objetos de vidro e de cerâmica, além das coleções de pintura, gravura e fotografia. Estenda sua visita ao Jardim Botânico. De estilo italiano, abriga 1.600 plantas, entre elas, um dragoeiro, árvore de 400 anos nativa da Ilha da Madeira. O palácio abriga também o Museu do Tesouro Real (reserve seu ingresso).

    Palácio Nacional da Ajuda entre as opções do que fazer em Lisboa
    Pátio do Palácio Nacional da Ajuda – Foto: Turismo de Lisboa

    LX Factory

    Velhas fábricas do bairro da Alcântara foram ocupadas e ressignificadas pela economia criativa. O resultado foi o surgimento de um polo alternativo para comer, beber, consumir e compartilhar a cidade fora do eixo mais turístico. A LX Factory pode estar com os dias contados, afinal é grande a especulação imobiliária em Lisboa. Então, conheça antes que seja tarde.  

    Oceanário de Lisboa

    A Exposição Mundial de 1998 mudou a cara do Parque das Nações, localizado bem à esquerda em relação à Praça do Comércio. Por ano, o Oceanário de Lisboa recebe cerca de 1 milhão de visitantes, que se deslumbram com o impressionante aquário central. São cerca de 8 mil criaturas, entre espécies aquáticas e terrestres (ingresso neste link). Se você gosta muito de visitar aquários – ou se você viaja com crianças –, ainda que vá fazer um roteiro em Lisboa de 3 dias, pode ser interessante considerar trocar alguma atração do alto deste texto pelo Oceanário.

    Oceanário: opção até num roteiro de 3 dias em Lisboa – Foto: Pedro Pina/Divulgação

    Teleférico

    Correr as águas do Tejo por cima é o que encanta no passeio do teleférico (telecabine) de Lisboa (compre a entrada aqui). O percurso de 1.230 metros é feito dentro de uma das 40 cabines, com capacidade para 8 passageiros cada. Dura entre 8 e 12 minutos o passeio, a cerca de 30 metros da altura.

    Teleférico e Oceanário (direita) no Parque das Nações – Foto: Turismo de Lisboa

    Pavilhão do Conhecimento

    Ciência e tecnologia estão no centro das exposições do Pavilhão do Conhecimento, que traz ainda exposições temáticas das áreas de Física, Matemática, Química, Biologia e Ciências Sociais. Imersivas e interativas, as atividades estão voltadas às crianças, sobretudo.

     

    O que fazer em Lisboa em 7 dias

    Por um período tão longo dá para pensar em tirar a cidadania portuguesa logo. Até parece, há muito o que ver em Lisboa. Na verdade, um roteiro de 7 dias permite visitar museus e ir a destinos perto da capital portuguesa, num tour a Sintra (com Palácio da Pena), Cascais e Estoril e num passeio a Óbidos, Fátima, Batalha e Nazaré. Ou ainda ter uma experiência diferente dos clássicos pontos turísticos de Lisboa; por exemplo, uma aula de pastel de nata (2h), para aprender a fazer a iguaria portuguesa, ou um passeio de barco no pôr do sol com música e bebida.

    Museu da Marinha

    A relação de Portugal com o mar e seus feitos são revividos neste espaço, com cerca de 23 mil peças. Lá encontra-se o hidroavião usado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho na 1ª travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922. A dupla viajou ao Brasil para as comemorações do centenário da independência, criando assim as bases dos futuros voos ligando os continentes europeu e sul-americano.

    Museu dos Coches

    No prédio construído pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, estão expostos veículos de gala dos séculos 16 ao 19, pertencentes à Casa Real Portuguesa. Além disso, há objetos utilizados nos serviços de transportes do nobres, como lampiões, trompas de caça e roupas de arqueiro da guarda real.

    Quake

    Em 1755, um terremoto de 9 graus na escala Richter sacudiu Lisboa por 10 minutos. Mas deixou marcas na cidade e na memória dos habitantes para sempre. E virou atração turística. O Quake é uma atividade imersiva, que une tecnologia e informação para tratar dessa que é a maior tragédia da história da capital de Portugal (reserve seu ingresso neste link).

    Museu Calouste Gulbenkian

    Com quase 6 mil peças, a coleção pertencia ao empresário armênio que viveu em Lisboa até a sua morte, em 1955. Assim, do acervo fazem parte obras de arte egípcia, greco-romana, a maior coleção de arte portuguesa do século 20 e pinturas de mestres como Rubens, Renoir e Monet. O prédio da fundação, além disso, inclui biblioteca, espaço para apresentações de coro e orquestra, além do belo jardim com cafeteria.

  • Onde comer em Lisboa: 37 restaurantes no Centro e nos bairros

    Onde comer em Lisboa: 37 restaurantes no Centro e nos bairros

    Este é um texto que conta onde comer em Lisboa e também o que saborear na maior das cidades de Portugal para turismo. Cosmopolita desde sempre, ela reúne um leque gastronômico interessante. Há espaço para comida asiática, do Oriente Médio, dos vizinhos europeus e até de outros países lusófonos. São restaurantes no Centro de Lisboa e em bairros próximos, a maioria alcançada pelo metrô. 

    A nossa lista de onde comer em Lisboa segue os mesmos critérios utilizados para elaborar a relação de lugares onde ficar em Lisboa, isto é, se apoiam na experiência própria e na avaliação de outros viajantes. E ainda traz opções de restaurantes para ir antes ou após os programas escolhidos entre o que fazer em Lisboa. Muitos deles estão próximos a estações de metrô ou do elétrico, o clássico bondinho da capital portuguesa.

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Antes de mais nada, é claro que o bacalhau, a mais conhecida das comidas típicas de Portugal, tem destaque à mesa juntamente com outros produtos do mar. Há também uma infinidade de carnes para comer de garfo e faca ou metidas em pão, todas preparadas à moda das diferentes regiões do país. É para provar Portugal de uma vez. E, se possível, arrematar a refeição com doces portugueses típicos.

    Restaurante em Lisboa no Centro: Casa Portuguesa
    Casa Portuguesa, restaurante em Lisboa no Centro – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Quanto custa para comer em Lisboa

    Existem restaurantes em Lisboa onde é possível comer por até €15 na hora do almoço (segunda a sexta, das 12h às 15h). Muitas são tascas simples, com menu do dia e frequentadas por gente da própria cidade. Costumam lotar porque são pequenas, então chegue cedo ou reserve mesa, quando necessário.

    Em geral, esses estabelecimentos onde comer em Lisboa servem entrada (não estranhe, sopa é comum), prato principal (uma especialidade da casa, em geral), bebida (às vezes) e sobremesa. E, caso o cardápio da ocasião não lhe apeteça, saiba que as opções à la carte não costumam orbitar a estratosfera em matéria de preço. Para saciar a fome da noite, existe sempre a opção de jantar durante um show de fado em Lisboa.

    O alto número de visitantes fez surgir, como praxe em destinos turísticos, péssimas práticas na hora de abordar fregueses dispostos a comer em Lisboa. Então, cuidado com restaurantes de Lisboa do Centro cujos garçons seduzem quem passa pela rua (a Portas de Santo Antão, perto da Avenida da Liberdade, é campeã no quesito).

    Não foram poucos os clientes ‘enredados’ por cardápios só com foto (sem preço), atendentes que decidem pratos e porções de modo despótico e, ao fim da refeição, apresentam a conta com valor muito acima das centenas de euros.

    Restaurantes do centro de Lisboa
    Restaurantes do Centro de Lisboa enchem no verão – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Uma boa ideia é pedir uma entrada e dividir o prato principal com alguém, para provar pratos diferentes e evitar o desperdício. A menos que o restaurante seja de cozinha de autor, as porções costumam satisfazer em situações como a descrita acima.

    A Gaiola

    Os afamados pastéis de bacalhau trazem muita gente (locais, principalmente) para esta casa especializada em comida portuguesa tradicional. A Gaiola ocupa o número 24 da Rua dos Bacalhoeiros. Sem sair do tema, a cerca de 400 metros, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau.

    Basílio

    Se seu hotel não incluir café da manhã na diária, o Basílio (Bacalhoeiros, 111) te salva. Afinal, todo dia é dia de brunch, a qualquer hora. Suco de laranja, iogurte com fruta e granola, panquecas ou ovos à escolha, café ou chá (€16). Serve também almoço e jantar.

    Tasca da Esquina

    Vítor Sobral acrescentou delicadeza à tradicionalmente bruta cozinha portuguesa, mas sem perder a essência. O restaurante envidraçado da Rua Domingos Sequeira é lugar para não se abandonar às pressas. Comece com camarão salteado com malagueta e alecrim (€14,80), avance ao lombo de bacalhau com aioli de açafrão e batatas assadas (€28,50) e conclua com pudim do abade de Priscos (€5,50). Opção de onde comer em Lisboa que funciona de quinta a segunda, mediante reserva.

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Don Pablo

    Comer e compartilhar, pois eis uma arte incentivada no Don Pablo (Rua Silva Carvalho, 167). Os menus de grupo (mínimo de 8 pessoas) trazem à mesa especialidades da casa, entre elas, salada de polvo, chamuças de frango, croquetes de alheira, ovos mexidos com farinheira e mais (a partir de €25 por pessoa, com bebida não alcoólica incluída). A 500 metros da Casa Fernando Pessoa. Tem menu de almoço durante a semana a €10.

    Solar dos Presuntos

    O grande número de fregueses (vive cheio, faça reserva) rivaliza em número com os retratos de personalidades (muitos brasileiros) nas paredes dos salões. E são vários os cômodos do Solar dos Presuntos, restaurante em que o cabrito assado à moda de Monção (€25,85) e o bacalhau à lagareiro com batatas ao murro e grelos (€29,50) são para ser divididos sem miséria – ainda mais se você pedir de entrada as amêijoas à bulhão pato (€27,50), quase outra refeição. É um dos locais que visitamos já 3 vezes e indicamos a quem procura um restaurante no Centro de Lisboa.

    Solar dos Presuntos, um clássico restaurante em Lisboa
    Solar dos Presuntos, um clássico – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Madame

    Na Rua Braamcamp, perto do Marquês de Pombal (metrô Avenida, 800m). Com uma dupla de empresários franceses à frente, o bistrô serve pizzas ao estilo de Marselha. São 14 tipos, com massa que leva azeite (margherita, €10). Se acaso quiser algo mais substancial, saiba que há pratos do dia com pegada franco-portuguesa (€12) e receitas bem lusitanas, caso da posta mirandesa com batatas fritas e maionese caseira (€18).

    Malandro do Marquês

    Menu de almoço a € 10 inclui pão com manteiga, prato do dia, bebida, sobremesa e café. Receitas como a cachupa refogada, típica de Cabo Verde, terra natal do chef, Ademiro Almeida, dividem o menu com comidas de Angola, de Guiné-Bissau, do Brasil, entre outros países de língua portuguesa. Fica na Rua Camilo Castelo Branco, a poucos passos do Marquês de Pombal.

    Pastelaria 1800

    Aberta em 1857, no Largo do Rato, a casa é famosa pelos croquetes de carne de novilho e pelas empadas de galinha. Por isso, é lugar para se fartar de petisco. Se a fome for maior, peça o menu do dia que vai te fazer desembolsar uns €15 se tanto. O bitoque com ovo à cavalo, fritas e salada está entre os pratos mais pedidos. Metrô do Rato, ali, na cara do gol para te trazer ou levar embora.

    Chão de Pedra

    Apenas 1 minuto separa a estação de metrô do Rato do Chão de Pedra (Rua de São Filipe Neri 18), cujo menu de almoço inclui prato principal do dia, bebida, sopa ou sobremesa (€13). À la carte, há comidinhas de salivar sem dúvida, como a trouxa de bacalhau com farinheira (€9,50), o folhado de galinha com amêndoas torradas e o peito de pato com arroz de café, nozes, purê de nabo e ameixa seca (€11,50).

    Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau

    Tão importante quanto decidir onde comer em Lisboa é saber, de antemão, que pastel e bolinho de bacalhau são uma coisa só. É pela primeira forma que o petisco é chamado no sul de Portugal, enquanto a segunda denominação é usual no norte do país. De qualquer maneira, tudo quer dizer bacalhau, batata, ovo, salsa e azeite. Friturinha que nesta porta da Rua Augusta, 106 (presente em outros endereços em Lisboa) pode vir recheada de queijo Serra da Estrela.

    Restaurante em Lisboa para comer bolinho de bacalhau
    Bolinho do restaurante no Centro de Lisboa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Nadi! Bistro

    Embaixada informal da Geórgia na Rua de São Filipe Neri, no Rato. Khachapuri (€12). Chirbuli (€10). Chakhokhbili (€15). Gozinaki baklava (€6). Não se assuste com os nomes. Afinal, são pratos feitos com produtos familiares a todos nós (queijo, ovos, tomate, manjericão, frango, avelã, nozes etc). Então, Nadi! (vamos comer, em georgiano).

    Bairro do Avillez

    Conhecido dos brasileiros como jurado do reality Mestre do Sabor, José Avillez abriu no Chiado uma casa que são várias. Na Rua Nova Trindade, o Bairro do Avillez reúne então taberna (sabores portugueses), páteo (pescados), pizzaria (serve massas também) e mini bar (bar gastronômico, com menu degustação a €85).

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Cervejaria Trindade

    Um antigo convento convertido em cervejaria, a mais antiga de Portugal (1836), transformou-se em opção de onde comer em Lisboa. O bife de lombo à Trindade (€25,40) é tradição, principalmente. As opções de mariscadas não ficam atrás nem os croquetes da casa (€2.20), perfeitos para quem só procura petiscar. Faça disso um programa, com pudim de cerveja (€4.95) ou sorvete com redução de cerveja (€3,90). Para beber? Pois há de cervejas industrializadas (Sagres a partir de €2,25) às artesanais (Profana IPA €5,10).

    Adega do Tagarro

    Desde 1977, a Adega do Tagarro serve primordialmente comida portuguesa típica, com peixes frescos exibidos orgulhosamente na vitrine do salão. Pataniscas de bacalhau com arroz de feijão estão entre as especialidades. Na esquina da Rua Luiz Soriano, perto da Praça Luís de Camões, ponto de encontro no Bairro Alto.

    By The Wine

    Com ampla oferta de vinhos (com destaque para os principais produtores portugueses), o cardápio do By The Wine (Rua das Flores, 41) alterna entre petiscos como patacones de atum picante (€17) a refeições de responsa, como o chuletón, com 700g de carne acompanhados de batata assada e maionese caseira (€45). Tem o teto de um de seus salões forrado por garrafas verdes, criando um efeito bacana nas fotos.

    Patacones, do By the Wine – Foto: Nathalia Molina

    Taberna da Rua das Flores

    Pequena. Não faz reservas. Assim, tem lista de espera só quando começa a encher (depois das 18 horas, segundo eles próprios). Lugar para comer Vieirinhas na brasa (€12), coelho à piri-piri com chips e salada (€13), meia desfeita de bacalhau (€9,50). Use o metrô Baixa-Chiado para alcançar o lugar.

    Pastelaria do Bairro Alto Hotel

    Pertence ao hotel, mas tem uma porta voltada para a Rua do Alecrim e aberta sempre a partir das 10 da manhã. O pastel de nata (€1,50) encabeça a lista que inclui torta de frango em vinha d´alhos (€3,50) e donut de chocolate negro e flor de sal (€3). Para comer enquanto se admira a Praça Luís de Camões.

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Cantina das Freiras

    Nome informal para o restaurante da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina. Se não for por birra religiosa, suba ao terraço onde se almoça barato e com visão panorâmica do Tejo. O menu muda diariamente. Nele constam entrada (sopa), prato principal (peru guisado com cenoura, ervilhas e massa farfalle, por exemplo) e sobremesa (fruta ou doce). Endereço: Travessa do Ferragial, 1, um dos mais escondidos do Chiado. E um dos locais mais em conta onde comer em Lisboa.

    Bota Alta

    Bacalhau Real ou bife recheado. Desde 1976, o Bota Alta orgulha-se do que é preparado à luz da cozinha portuguesa básica, do dia a dia. Há quem diga que, se pedir algo de entrada, basta 1 prato principal para 2 pessoas (€23,50). Na Travessa da Queimada, perto do Miradouro de São Pedro de Alcântara.

    Jac Brunch & Concept Store

    Um pouco para cima do Miradouro de São Pedro de Alcântara, o Jac Brunch é para quem valoriza a primeira refeição do dia. Dessa maneira, o menu traz opções como o Benedict, com ovos escalfados, muffins caseiros, bacon, salada fresca e molho holandês (€8,90). Para beber, há de café expresso (€1,20) a mimosa (€4,20).

    Fidalgo

    Neste wine bar e restaurante do Bairro Alto há pratos clássicos (bacalhau à lagareiro com batatas ao murro, €19,50), tábuas de queijos e/ou embutidos para compartilhar (€18 a €39) e tapas para ‘picar’ de pouquinho (bolinhos de bacalhau, 2 unidades, €2,80). É provável que você só deixe o lugar quando estiver satisfeito.

    Amorino

    Quando o verão dá as caras e ‘Portugal fica a arder’ (pense na frase dita com sotaque), é provável que só um sorvete salve a pátria. Na Rua Garrett, ícone do Chiado, a Amorino se reinventa com sabores como chocolate branco com pimenta preta ou versões sazonais, caso de laranja sanguínea e gengibre. Em vez de bola, a massa gelada chega em formato de rosa nas casquinha. Tem unidade também na Rua Augusta.

    As Salgadeiras

    O forno da antiga padaria virou adega. As paredes de pedra e os arcos originais foram preservados como parte da estrutura do salão. Alheiras de Chaves com ovos mexidos a pratos como a trilogia de bacalhau (3 versões do pescado para 2 pessoas) são opções da casa, que tem ainda menu com entrada, 2 pratos principais, sobremesa e bebida. É fácil achar o restaurante, pois fica na Rua das Salgadeiras, 18. Dica: na paralela Rua do Loreto tem uma Manteigaria Lisboa, doce opção de onde comer em Lisboa.

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Tantura

    Um mundo além do falafel. De alma mediterrânea, o Tanura apresenta receitas clássicas da cozinha israelense, como o Shakshuka: ovos estrelados com carne ou vegetais picados (versão vegetariana). Tem menu especial que muda a cada dia (confira com o garçom). Serve brunch aos fins de semana. A saber: o restaurante da Rua do Trombeta está a 400 metros do funicular da Bica, que liga o Bairro Alto ao Cais do Sodré.

    Fragoleto

    Manuela Carabina assina estes sorvetes artesanais 100% portugueses e orgânicos, primordialmente sem glúten e sem lactose. Mediterrânicos (alfarroba e avelã com amendoim e figo), tangerina, melancia, cereja e morango. A lista é grande e tem para comer no copinho, na casquinha ou em forma de picolé (figo da Índia, entre outros). Na Rua do Comércio, 15. Funciona de fevereiro a novembro.

    Estrela de Ouro

    O nome informal, Tasca do Cardoso, torna este lugar menos impessoal do que o letreiro exibe na fachada de número 22 da Rua da Graça. Rabiscado à mão, o cardápio do restaurante no Centro de Lisboa dá a ideia do quão raiz são o lugar e os pratos servidos, como o bife à moda do Cardoso para 2 pessoas (€19,80). Coma antes ou logo depois de visitar o Miradouro da Graça, a 700 metros do restaurante no Centro de Lisboa.

    Velho Macedo

    Restaurante para provar a cozinha típica portuguesa, isto é, do bacalhau ao cabrito. O Velho Macedo fica na inclinada Rua da Madalena. Ali perto (Mercado Chão do Loureiro) há a opção de subir o elevador gratuito que deixa menos cansativa a tarefa de chegar ao Castelo de São Jorge.

    As Bifanas do Afonso

    Para quem ama carne de porco, as bifanas são um prato cheio. Ou melhor, um pão crocante forrado com pedaços cozidos lentamente. Tem a versão simples (€2,70) e com queijo (€3,80). Mínimo, o balcão do restaurante em Lisboa no Centro mal dá conta de tantos fregueses. Então a Rua da Madalena vira salão improvisado, cheio de gente segurando sanduba em uma mão e cerveja na outra (ok, pode ser refrigerante).

    Zé dos Cornos

    Restaurante pequeno, tradicional, de decoração simples. Do que arde à grelha, o entrecosto acompanhado de arroz de feijão recebe elogios. Fica no bairro da Mouraria (Rua dos Surradores, 3), a uns 300 metros do mural Fado Vadio, grafite que faz sucesso em postagens nas redes sociais.

    Maçã Verde

    Afastado da Lisboa plenamente turística, o Maçã Verde remete ao almoço na casa da vovó. Baixelas opacas pelo tempo são cobertas por comida simples, porém elogiada por locais e visitantes. Em junho é tempo de sardinhas grelhadas. O restaurante da Alfama está na Rua dos Caminhos de Ferro, no ponto médio entre a Praça do Comércio e o Museu Nacional do Azulejo.

    O Churrasco

    “O melhor frango de Lisboa e provavelmente o melhor do mundo.” O Churrasco afirma isso com muita fé no taco (espeto, melhor dizendo). Ainda mais por estar na Portas de Santo Antão, rua de alguns enganos à mesa. As carnes grelhadas no carvão são a especialidade do restaurante. Mas há espaço também para lampreia, bacalhau e camarões. Aberto todos os dias.

    | Reserve hotéis em Lisboa na Booking |

    Casa do Alentejo

    A maior região de Portugal possui um centro cultural na Rua Portas de Santo Antão. Na Casa do Alentejo coabitam um restaurante mais solene e uma descontraída taberna. O primeiro é para degustar a clássica carne de porco à alentejana com amêijoas e batatas fritas (€15,50); beliscar de pouquinho em pouquinho já é a regra na tasca, onde há de pastel de bacalhau (€1) a amêijoas à bulhão pato (€10), o prato mais caro do enxuto menu.

    Tasco Force

    No Alvalade, um quintal minúsculo com não mais que 20 mesas abriga este restaurante que oferece menu de almoço com sopa, prato principal (3 opções: carne, peixe e vegetariano), bebida e café. De quarta a sábado, o happy hour (17h às 19h) tem imperial (o chopinho lisboeta) a €1. Considere ir de metrô, já que o Tasco Force fica a 250 metros da estação Alvalade.

    Petisco Saloio

    Autêntica tasca portuguesa, pois valoriza todo produto possível: o rabo de boi vira recheio de empada servida com salada (€10,80) e a bochecha de porco pode ser gratinada com batata doce e queijo da ilha (€9,50). Ocupa a portinha 38 na Avenida Barbosa du Bocage, a 300 metros da estação Campo Pequeno.

    O Frade

    Dono da distinção Bib Gourmand (bom custo-benefício) no Guia Michelin, o restaurante O Frade foca na cozinha alentejana. Assim sendo, arroz de pato à Frade, rabo de boi estufado com legumes (indicado em dias frios) e outras receitas da maior região portuguesa são servidas no número 14 da Calçada da Ajuda (a 120 metros da parada Belém do elétrico) e na unidade dentro do Time Out Market.

    Tosco

    O nome assusta, mas é um restaurante que se assume “de cozinha portuguesa sofisticada, porém a preço bastante acessível”. O menu com prato do dia sai a €10. O Tosco está na Rua da Alcântara, 14. Chega-se a pé na alternativa LX Factory, localizada a 600 metros do restaurante.

    Time Out Market

    A publicação Time Out assumiu as rédeas da repaginação do tradicional Mercado da Ribeira, ocorrida em 2014. O resultado são 26 restaurantes, 8 bares e ainda bancas de produtos frescos, todos responsáveis por transformar o espaço em uma meca turística para visitar e, sobretudo, comer e beber. Ainda que sua estada em Lisboa dure 30 dias, você não dará conta de experimentar todos os boxes.

    Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passadinha – Foto: Nathalia Molina
  • Fado em Lisboa: casas de show e museu da música de Portugal

    Fado em Lisboa: casas de show e museu da música de Portugal

    Ritmo tipicamente português, o fado em Lisboa surgiu no início do século 19, dentro de tabernas boêmias. Passou a ser ouvido também pela aristocracia local na metade dos anos 1800, tornando-se a partir daí um símbolo nacional e sendo adicionado à lista de patrimônio cultural da Unesco em 2011. Uma das principais cidades de Portugal para turismo, Lisboa é reconhecida como a capital do fado, com casas de show e um museu dedicado ao gênero musical.

    Se esta for sua primeira vez na cidade, saiba que há um tour noturno pela capital portuguesa com jantar e espetáculo de fado. Em português, a atividade percorre alguns pontos turísticos, desfruta da culinária local e encerra a noite ao som de clássicos da canção lusitana. Para opções de hotéis, veja nossa lista com sugestões de onde ficar em Lisboa, com boa localização e custo-benefício.

    Caso o inglês não seja uma barreira para você, existe um free tour do fado por Lisboa – há ainda uma versão em espanhol do passeio gratuito sobre o ritmo na cidade.

    Taberna com fado na Alfama
    Taberna anuncia show de fado à noite – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Museu do fado, no bairro da Alfama

    De passado conectado ao domínio muçulmano, a Alfama é um dos lugares para ver espetáculos de fado juntamente com a Mouraria, onde o estilo foi entoado pela primeira vez por Maria Severa, cantora de sangue cigano que levou o ritmo das tabernas para as ruas do bairro medieval. Na mesma Mouraria, em 2013, foi inaugurada a Casa da Severa, um polo de divulgação e exaltação do fado instalado no lugar considerado a residência dessa pioneira do estilo musical.

    Espetáculo de fado em Lisboa
    Músicos fadistas durante apresentação – Foto: Turismo de Lisboa

    Esse espaço cultural surgiu com o apoio do Museu do Fado (€5), que desde 1998 conta os cerca de 200 anos de história do gênero. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h, o museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações de fado de todas as épocas. Fica no Largo do Chafariz de Dentro, 1. A estação de metrô Santa Apolônia está a cerca de 500 metros.

    Outro modo de reviver as origens do fado é fazer o tour do fado por Lisboa que inclui espetáculo com um aperitivo. O trajeto contempla uma visita aos bairros da Alfama e da Mouraria, na companhia de um guia fadista em português, enquanto petiscos tradicionais e vinho são saboreados.

    Tour a pé com visita à Casa Amália Rodrigues

    Expressão da cultura portuguesa, o fado ganhou dimensão internacional com Amália Rodrigues. Na voz da artista, canções como Foi Deus viraram grandes sucessos. “Não sei, não sabe ninguém. Porque canto o fado neste tom magoado de dor e de pranto.” A letra de Alberto Janes resume o espírito melancólico e triste que predomina no gênero musical, com raras aberturas à sátira e à alegria. Em geral, a saudade e o fatalismo são embalados pelas cordas da guitarra portuguesa e violas do fado.

    A pedido da cantora, a residência onde viveu por 44 anos converteu-se na Casa Amália Rodrigues. O museu compartilha com os visitantes a intimidade da grande estrela da música portuguesa; a visita (€7) precisa ser agendada. A casa é o ponto final de um tour sobre a Amália Rodrigues, com guia em português, pelas ruas de Lisboa. Com duração de 3h30, o passeio pode incluir a visita ao interior da residência da artista, localizada no encontro entre os bairros Campo de Ourique e Estrela.

    Amália Rodrigues, mais famosa cantora de fado de Portugal
    Amália: o rosto do fado – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Restaurantes e casas de show de fado em Lisboa

    As casas de show de fado em Lisboa já viram surgir talentos como Mariza, Carminho, Camané e António Zambujo, entre outros. Abaixo você encontra uma lista de lugares, incluindo tabernas e restaurantes da Alfama, da Mouraria e até do Bairro Alto, tradicional reduto da noite lisboeta que vai além do ritmo português. Existe a possibilidade de você assistir apenas a uma apresentação ou combiná-la com um jantar típico.

    Mesa de Frades

    Para uma experiência mais imersiva, uma visita ao Museu do Fado pode ser seguida de um jantar com espetáculo do ritmo no Mesa de Frades. A apenas 3 minutos de caminhada a partir do centro cultural, o restaurante ocupa o que já foi uma antiga capela, cujas paredes são revestidas com azulejos do século 18. O jantar inclui entrada, prato principal, sobremesa e bebidas. No cardápio, estão receitas que fazem parte das comidas típicas de Portugal. Fadistas novos e vozes consagradas se alternam em apresentações, em uma atividade com 6 horas de duração no total.

    Associação do Fado Casto

    Outra opção é o jantar e show de fado na Associação do Fado Casto, que funciona em um antigo palácio na encosta do Castelo de São Jorge (compre ingresso sem fila para o castelo). O show, de pouco mais de 1 hora, começa após a refeição, em que são servidas especialidades da cozinha portuguesa.

    Fado in Chiado

    Quem prefere ver apenas os músicos em ação pode assistir ao espetáculo no bairro do Chiado. Com 50 minutos, o show é realizado no Fado in Chiado, sala de concertos criada há 11 anos para apresentar o ritmo musical que exprime Portugal.

    Casa de show de fado em Lisboa: A Baiúca
    A Baiúca, na Alfama – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Casa de Linhares

    Neste palacete do século 18, há a opção de ver apenas o show ou também comer, de entradinhas a menu completo.

    A Baiúca

    O canto na tradicional taberna da Alfama corre por entre as mesas do diminuto salão iluminado por velas, como convém sempre que um fadista está em ação.

    Parreirinha da Alfama

    A Parreirinha nasceu das mãos da fadista Argentina Santos. Vozes de diferentes gerações se revezam nos shows, acompanhados de jantar.

    Clube do Fado

    É um mergulho no passado a visita ao Clube do Fado, sob as bênçãos da Sé de Lisboa. O show é cortesia da casa, para quem janta por lá.

    Maria da Mouraria

    No cantar de Hélder Moutinho há notas herdadas pelo fado da musicalidade moura, que empresta nome ao bairro. E o bairro repassa à casa.

    Adega Machado

    Ícones, Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro têm estreita ligação com a Adega Machado, inaugurada em 1937. Tem jantar combinado com show.

    Casa de show de fado em Lisboa
    Café Luso, no Bairro Alto – Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Café Luso

    O Café Luso soma 92 anos unindo fado a clássicos da cozinha portuguesa na Travessa da Queimada. Para jantar ou petiscar no intervalo das apresentações.

    A Severa

    Intitulada a casa de fados mais antiga de Lisboa (1955), A Severa faz jus ao nome e exige consumação mínima para quem quer ver o espetáculo.

    Tasca do Chico

    Vozes contemporâneas, Mariza e Cuca Roseta ainda dão as caras na Tasca do Chico, salão do Bairro Alto para petiscar e escutar do fado tradicional ao vadio (cantado por amadores).

    O Faia

    Aberto em 1947 (e com fado todas as noites do Bairro Alto), O Faia promove shows com jantar, de menu fechado, com entrada, prato principal e sobremesa.

  • Onde ficar em Lisboa: hotéis no Centro e nos principais bairros

    Onde ficar em Lisboa: hotéis no Centro e nos principais bairros

    À primeira vista, parece fácil achar onde ficar na capital portuguesa. Afinal, são muitos os hotéis em Lisboa no Centro e nos principais bairros turísticos. Por trás da oferta farta, no entanto, é preciso estar atento a detalhes na hora de reservar sua hospedagem. O principal deles tem a ver com as características do destino, uma das mais relevantes cidades de Portugal para turismo.

    Mesmo reconstruída após o terremoto que a sacudiu em 1755, Lisboa é uma cidade de edificações velhas, algumas convertidas em meios de hospedagem. Às vezes, sem elevador ou com cabine para subir 2 pessoas no máximo por vez. Instalados em ruas estreitas, há hotéis no Centro de Lisboa que são alcançados pelo barulho do dia a dia. Do bonde. De gente. E da janela do quarto tanto é possível ver o varal de roupas estendidas da casa vizinha quanto sentir o cheiro do almoço sendo preparado. O nome disso é vida urbana. Na região central, você está perto das muitas sugestões da nossa publicação sobre o que fazer em Lisboa.

    Para pagar menos de €100 de diária, o caminho é se afastar dos hotéis em Lisboa no centro. O Parque das Nações e o bairro de Avenidas Novas surpreendem com boas acomodações a preços razoáveis. No entanto, mesmo no miolo dos bairros, perto das atrações turísticas, é possível encontrar bom custo-benefício. Como faço sempre nas nossas sugestões de hospedagem, fui atrás de opções bem localizadas e com avaliações positivas de viajantes em sites de reserva. Segue lendo que abaixo tem uma lista completa.

    Você também pode (e deve) procurar hotéis de luxo em datas alternativas. Por exemplo, o Dom Pedro Lisboa – onde já fiquei e o café da manhã é excelente, como conto no texto sobre a minha hospedagem no Dom Pedro – podia ser encontrado a cerca de €150 em agosto. Se dinheiro não for problema, a clássica área de hotéis de luxo em Lisboa é a Avenida da Liberdade, com alternativas mais caras e tradicionais, como o Tivoli Avenida Liberdade e o Hotel Avenida Palace.

    No Chiado, não adianta chiar que os hotéis-boutique são caros. Boa parte está instalada em edifícios históricos do século 18, restaurados e adaptados para oferecer infraestrutura do terceiro milênio. As diárias são mais altas também porque eles ficam perto da diversão noturna e de lojas, cafés e restaurantes – ah, veja nossa extensa lista de comidas típicas de Portugal para abrir seu apetite com as iguarias locais.

    Café da manhã de hotel de luxo em Lisboa: Palácio Ludovice
    Delicioso café da manhã do Palácio Ludovice

    Por tradição, os bares e as discotecas são mais abundantes no vizinho Bairro Alto, que por outro lado tem baixa oferta de lugares para dormir. Ainda assim, é possível se deparar com algumas opções. A Nath experimentou e adorou a hospedagem no Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, charmoso hotel temático para quem gosta de vinho em Portugal, com ótimo café da manhã.

    Hotéis da Baixa Pombalina são mais caros, mas representam economia de tempo e deslocamento, já que é a região mais comercial e turística da capital portuguesa. Hospedagem na Alfama e na Mouraria não é o forte do lado medieval da cidade, embora haja agradáveis surpresas com boa relação custo-benefício. Esse pedaço é indicado para ver fado em Lisboa.

    Confira nossa lista abaixo e olhe também hotéis em Lisboa na Booking, parceiro que indicamos quando o assunto é hospedagem.

    Turim Restauradores Hotel

    Reformado em 2010, o antigo prédio manteve o traçado original. O elevador da Graça passa rente ao Turim Restauradores Hotel, que tem 97 quartos. As unidades mais altas permitem enxergar o Castelo de São Jorge no horizonte. O bar e o restaurante de pegada italiana completam a infraestrutura.

    Hotel Portuense

    Com quartos para 1, 2 ou até 3 pessoas, o espartano Hotel Portuense fica na Rua Portas de Santo Antão, paralela à Avenida Liberdade, e onde está um restaurante clássico da cidade, o Solar dos Presuntos, uma das nossas indicações de onde comer em Lisboa. Resolve-se tudo a pé (comer, beber, passear), inclusive pegar o mítico elétrico 28, cujo ponto inicial está a 650 metros, na Praça Martim Moniz.

    Hotel Lisboa Plaza

    Na Travessa do Salitre, acessível a partir da Avenida da Liberdade, o Hotel Lisboa Plaza tem 94 quartos e 12 suítes, algumas com carpete. Serve tanto a quem está em dupla ou em família pela cidade. Tem terraço para curtir o entardecer, academia e está a 10 minutos do Jardim Botânico de Lisboa.

    Turim Boulevard Hotel

    Na nobre zona hoteleira lisboeta, a Avenida da Liberdade, o Turim Boulevard Hotel desfruta do ar parisiense que esse pedaço da cidade ostenta. Ao todo, os 101 apartamentos esbanjam elegância na decoração em tons pastéis. Há uma pequena piscina no terraço. O metrô Liberdade fica em frente ao hotel e o Jardim Botânico de Lisboa demanda 15 minutos de caminhada.

    Dom Carlos Liberty

    Com 4 categorias para seus 59 quartos (alguns com varanda), o Dom Carlos Liberty tem academia de ginástica no 8º e último andar do prédio. Está próximo da estação Marquês de Pombal do metrô e a poucos passos do trio Cartier, Bulgari e Versace, templos do consumo de luxo.

    Ibis Lisboa Liberdade

    Com quartos renovados, o Ibis Lisboa Liberdade apresenta bom custo-benefício. Pertinho do Centro, ele é um veterano da Rua Barata Salgueiro. Ao deixar o hotel, desça para pegar o metrô na Avenida Liberdade. Na volta, desembarque na estação Rato e caminhe 500 metros da ladeira. Evite gastar panturrilhas à toa.

    Inspira Liberdade Boutique Hotel

    O Inspira Liberdade Boutique Hotel se orgulha de estar longe da vida noturna e se autodeclara o primeiro hotel sustentável de Lisboa. Cada uma com estilo próprio, as suítes foram pensadas para proporcionar uma hospedagem holística – a mais luxuosa delas é um verdadeiro spa particular. O restaurante do hotel tem a cozinha à parte para armazenar e produzir refeições sem glúten.

    Ibis Styles Marquês de Pombal

    O belo Parque Eduardo VII serve de quintal a quem se hospeda em família no Ibis Styles Marquês de Pombal. Aberto em 2019, o hotel é novo se levarmos em conta os quase 2 anos de baixo movimento devido à pandemia. Minha sogra ficou hospedada lá na viagem que fez no 1º semestre de 2023 e gostou muito da localização e do café da manhã.

    Ibis Styles Lisboa Liberdade

    É o padrão de acomodação e atendimento desta bandeira da Rede Accor em uma localização excelente na capital de Portugal, com estação do metrô a 5 minutos. Na avenida onde está o Ibis Styles Lisboa Liberdade há dois mercados, na medida para quem quiser economizar em parte das refeições diárias.    

    Lumen Hotel & Lisbon Show Light

    Novinho, o hotel foi aberto em 2021, tem diariamente um show de luzes para os hóspedes, no jardim interno. Seguindo a linha de cores e luzes em referência à luminosidade de Lisboa, o Lumen Hotel é bem modernoso e hi-tech. Os quartos têm uma série de comandos nos interruptores do quarto, tomadas USB e tablet. As camas são bem largas e confortáveis. De maio a outubro, abre a piscina do rooftop. O restaurante oferece um ótimo buffet no café da manhã, farto e diversificado. A Nath já ficou hospedada lá e aprovou a estrutura confortável e as refeições, com variedade também no buffet de almoço.

    Ibis Lisboa Saldanha

    Afastado do centro histórico, mas com transporte público por perto para chegar até lá. O Ibis Lisboa Saldanha cai bem para quem está viajando em duplas, pois tem opção de quarto com camas separadas ou de casal. O Museu Calouste Gulbenkian está a 1,5 km do hotel.

    Eurostars Lisboa Parque

    Com 83 quartos, o Eurostars Lisboa Parque atrai quem valoriza ter academia no hotel ou topa andar de metrô para cima e para baixo (o que faz todo sentido em Lisboa). O ônibus que leva ao Outlet em Lisboa, o Freeport Fashion sai diariamente da Praça Marquês de Pombal, a 500 metros do hotel.

    Dom Pedro Lisboa

    Hotel 5 estrelas das estrelas que tocam no Rock in Rio local, o Dom Pedro Lisboa tem quartos de decoração clássica. Há piscina, spa, academia e um restaurante de menu italiano. Em frente ao shopping Amoreiras, um dos maiores de Lisboa. O café da manhã é variado e delicioso; não deixe de provar a versão do pastel de Belém.

    Hotel de luxo em Lisboa: Dom Pedro
    Hotel de luxo em Lisboa: Dom Pedro

    Lutecia Smart Design Hotel

    Afastado do burburinho turístico (o que torna mais barato), o Lutecia Smart Design Hotel é composto por 8 pisos temáticos (Kiss, Disco e por aí vai). Com um total de 175 acomodações, há tanto suítes mais ‘caretinhas’ quanto quartos pensados para explorar os sentidos dos hóspedes. Perto do metrô e da Casa Piriquita, especializada em doces típicos portugueses.

    LX History Hotel

    Para o viajante solo, para quem vai a Lisboa em dupla e em família de até 5 pessoas. Entre as estações Anjos e Intendente do metrô, o LX History Hotel é acomodação do tipo econômica e sem elevador. Pontos turísticos como o Castelo de São Jorge, o Miradouro da Graça e os bairros da Mouraria e Alfama podem ser explorados a pé a partir do hotel.

    Turim Iberia Hotel

    Fica no bairro de Avenidas Novas, a 5 minutos da estação Campo Pequeno do metrô de Lisboa. O Turim Iberia Hotel tem 86 quartos clássicos com decoração sóbria e moderna. Próximo ao Museu Calouste Gulbenkian e do shopping El Corte Inglês.

    Hotel Lis Baixa

    O Hotel Lis Baixa tem quartos pequenos, pois está instalado em um antigo edifício do centro histórico. Conta a seu favor a localização, próxima a cartões-postais de Lisboa, como a Catedral da Sé (600m) e o Castelo de São Jorge (800m) e o Miradouro de Santa Luzia (900m). 

    My Story Lisbon Tejo

    A reforma aplicada em 2017 ao edifício do século 19 emprestou ao My Story Lisbon Tejo design interno contemporâneo à construção de estilo pombalino. Seus 135 quartos têm capacidade para acomodar entre 2 e 4 pessoas. Fica colado à Praça da Figueira, onde se toma o elétrico 28 para descobrir Lisboa.

    Hotel LX Rossio

    Com quartos bem sem frescura, altamente funcionais, o Hotel LX Rossio é para quem quer ficar no buxixo do Chiado, bairro de lojas, cafés e restaurantes. Tudo ao redor fica tão perto que essa acomodação é ideal para sair cedo da cama e só voltar tarde da noite, depois de explorar cada canto da cidade.

    Centro de Lisboa, , uma localização prática para se hospedar
    Hotel no Centro de Lisboa: localização prática

    Lisboa Carmo Hotel

    A cerca de 300 metros da clássica Rua Garrett, o Lisboa Carmo Hotel é muito bem avaliado pela localização (estação ferroviária do Rossio, 5 minutos) e por manter impecáveis quartos e ambientes comuns de mais um edifício histórico desse bairro. Isso tem um preço. Não é pouco nem inclui café da manhã.

    Hotel Convento do Salvador

    O elétrico 28 passa diante do Hotel Convento do Salvador, fruto da restauração de um prédio ocupado por freiras no passado. Ao todo, são 34 quartos e 9 suítes. Fica na Alfama, bairro medieval lisboeta, próximo (perto mesmo) aos miradouros de Santa Luzia e Santo Estêvão, do Museu do Fado e do Castelo de São Jorge.

    Pousada Alfama

    Hotel novo do grupo português Pestana, a Pousada Alfama oferece 43 quartos, divididos em 7 categorias e todos com janela anti ruído (lembre-se, você está em uma zona altamente turística). Além de um bar de coquetéis (Manifesto), tem um terraço para saborear o que der vontade, com o Tejo ao alcance dos olhos.

    Palácio Ludovice Wine Experience Hotel

    Aqui tudo remete ao vinho. A diária do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel inclui uma degustação comandada pela sommelière. Ela também dá sugestões do que harmonizar com os pratos do restaurante, instalado no vão central do prédio histórico no Bairro Alto. Possui 61 quartos, e o elevador e o carpete dos andares têm vinhas estampadas. As amenities nos banheiros são da francesa Caudalie, com produtos à base de uvas. A vinoterapia também está presente no spa do hotel e na unidade da marca de cosméticos, com porta para a rua. Ambos são abertos ao público, assim como uma loja com rótulos de Portugal, em especial de vinho do Porto. Nath, adorou o hotel, com destaque para a máscara no spa e o café da manhã excelente. Fica bem em frente ao Miradouro de São Pedro de Alcântara.

    Nau Palácio do Governador

    A casa do antigo Governador da Torre de Belém virou este hotel 5 estrelas com piscinas adulta e infantil. Os 60 quartos do Nau Palácio do Governador são diferentes entre si, mas todos decorados de maneira sóbria. Nos salões comuns os azulejos são originais do século 17. Todos o circuito histórico de Belém está a uma curta distância.

    Ibis Lisboa Parque das Nações

    Hotel mais barato porque, para começar, está a 30 minutos do centro histórico de Lisboa. O Ibis Lisboa Parque das Nações está mais perto de atrações como o Oceanário e o teleférico. Quartos dos andares mais altos oferecem vistas do Tejo.

    Ibis José Malhoa

    Fora do eixo hoteleiro turístico, mas a 10 minutos a pé do metrô (Praça de Espanha), o Ibis José Malhoa está bom para quem quer hospedagem por volta de € 100 e se basta em um hotel de rede, com quartos espartanos e serviço básico. Localizado a 9 minutos do aeroporto de Lisboa.

  • Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Quais são as principais cidades de Portugal para turismo? De bate pronto, a maioria talvez responda Lisboa, esprema a memória para lembrar do Porto e então já engasgue bastante para nomear um terceiro destino. Natural, afinal de contas a nossa lembrança é muito povoada pela capital do país e pelo vinho do Porto, que virou uma espécie de embaixador da cidade às margens do Rio Douro.

    Porto, no norte, entre as principais cidades de Portugal
    No Porto, casario e o vinho mais famoso do país – Foto: Divulgação

    Para um terceiro posto, arrisco dizer que alguém seja capaz de lembrar de onde veio a própria família. Eu tenho raízes em Seixo Amarelo, próximo à cidade da Guarda, no Centro de Portugal, abraçada à da Serra da Estrela. Assim como o vilarejo em que nasceu o meu avô, Portugal é cheio de vilas diminutas e cidades pequenas.

    Graciosas, todas compõem um mosaico cultural de um país de passado romano, muçulmano e cristão. Estão conectadas por uma rede de caminhos a serem percorridos sem pressa. De Lisboa ao Porto, por exemplo, a viagem pode ser feita explorando destinos menores como a cidade murada de Óbidos ou parando em cidades maiores como Coimbra.

    Pinhão: o Douro sem pressa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    As principais cidades do país, listadas abaixo, servem como ponto de partida para essa exploração turística, que deve se seguir à mesa, com as comidas típicas de Portugal e os doces portugueses, feitos de ovos, açúcar e amêndoas. Perder-se é parte da aventura de desbravar o território português. É um modo de acrescentar repertório para responder à pergunta inicial.

    Lisboa: a capital à beira do Tejo

    Cidade formada sobre 7 colinas naturais, a capital de Portugal pode começar a ser explorada a partir de um passeio no elétrico 28. O inconfundível bondinho de Lisboa amarelo é atração turística por si só, juntamente com clássicos como o circuito histórico do Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém e Padrão dos Descobrimentos) e a Alfama, onde a herança moura ainda se faz presente em paredes e costumes. O Museu Nacional do Azulejo ajuda a traduzir essa alma lusitana tanto quanto o fado embala uma eterna melancolia. Veja nossa lista de sugestões de onde ficar em Lisboa.

    A grande metrópole portuguesa oferece ainda um lado cosmopolita, efervescente e criativo, visível em lojas de design do Chiado e do Bairro Alto, este último o berço da diversão noturna de outros tempos. Porque hoje em dia a animação está espalhada por Lisboa inteira, em um movimento semelhante ao que ocorreu com suas opções de hospedagem, muito embora a luxuosa Avenida da Liberdade figure ainda como a principal zona hoteleira da cidade, sobretudo com hotéis e lojas de luxo. 

    Hospitaleira, a capital de Portugal é também território da boa mesa, das tascas mais simples a restaurantes estrelados, assim como muitas confeitarias para provar o pastel de Belém e receitas concorrentes à original, inventada no bairro de mesmo nome. Praças, parques, museus, tudo cabe na cidade que guarda um rico Oceanário e ainda tem o Rio Tejo como um doce abraço a envolvê-la. Difícil não se encantar.

    | Reserve seu hotel em Lisboa na Booking |

    Sintra: beleza de alto a baixo

    Ao avistar duas chaminés em formato cônico no horizonte, acredite, você chegou a Sintra. O par que se sobressai na paisagem integra o Palácio da Vila, antiga residência de verão dos reis de Portugal. A presença de nobres nesta cidade a 20 km de Lisboa (40 minutos de trem) fez surgir outras edificações de destaque, entre elas, o Palácio e Quinta da Regaleira e o Palácio da Pena, este último erguido coloridamente no alto da serra. Depois de apreciar a vista lá de cima, desça para perambular as diminutas ruas do centro de Sintra. E não vá embora sem entrar na secular Casa Piriquita, para comer queijadas e travesseiros, doces típicos portugueses.

    | Reserve seu hotel em Sintra na Booking |

    Óbidos: charme cercado por muralhas

    A partir de Lisboa, em menos de 1 hora chega-se de carro a Óbidos. O charme de conhecer esta vila histórica é penetrar no passado medieval guardado por grossas muralhas. Se possível, durma uma noite dentro da fortaleza, para poder não só ver o castelo e as igrejas ali presentes como também perder-se por suas labirínticas e surpreendentes vielas de paralelepípedos. Feita a partir da fermentação da ginja (espécie de cereja), a ginjinha de Óbidos é uma bebida que não se recusa. Março é mês do tradicional Festival do Chocolate.

    | Reserve seu hotel em Óbidos na Booking |

    Évora: passado multicultural

    Pense em visitar um templo romano, uma catedral de traços góticos e, de quebra, pátios mouriscos. Évora é sinônimo de multiculturalidade. No centro da região do Alentejo, a cidade tem no Museu de Évora e na Capela dos Ossos outros dois pontos de parada obrigatórios. E tudo pode começar ou terminar nos cafés e restaurantes da Praça do Giraldo, antes ou depois de uma passada pelas lojas de artesanato da Rua Cinco de Outubro.

    | Reserve seu hotel em Évora na Booking |

    A partir de Lisboa, é possível visitar Évora
    Templo romano, um clássico nas fotos em Évora – Foto: Turismo de Portugal

    Porto: o vinho que conquistou o mundo

    A segunda maior cidade de Portugal é a capital da região norte do país. O Rio Douro que nasce em Trás-os-Montes atravessa todo o Porto. É possível percorrer suas águas em passeios de barco rabelo ou apenas admirar seu vagar em cafés e restaurantes da Ribeira, região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.

    Considerada uma das mais bonitas do mundo, a Livraria Lello é famosa entre os fãs de Harry Potter. Um ímã de turistas como também são as caves de vinho do Porto, programa essencial entre o que fazer no Porto. Na vizinha Vila Nova de Gaia, na margem oposta, adormece não só essa bebida fortificada como outros rótulos produzidos nas escarpas ao longo do Douro. É também nessa cidade da região metropolitana do Porto que está o World of Wine (WOW), complexo enoturístico com museus, restaurantes e lojas.

    O Porto e seus arredores são indicados a quem ama arquitetura e àqueles que sonham se fartar de bons pescados e frutos do mar. Uma escapada a Matosinhos revela aquela que é considerada a sala de jantar do Porto, dona do ‘melhor peixe do mundo’. Não é marketing ou cabotinismo, mas constatação.

    | Reserve seu hotel no Porto na Booking |

    Pinhão: entre as vinícolas do Douro

    A pequena vila ligada à cidade de Alijó é o centro da região demarcada do Douro, rodeada pelas principais quintas produtoras do famoso vinho do Porto e outros rótulos de destaque. Há cruzeiros que saem de Pinhão para explorar o famoso rio. A visitação às propriedades também faz parte do roteiro de enoturismo, que pode incluir a experiência da colheita (vindima) nos meses de setembro e outubro. A partir de Pinhão chega-se a cidades como Peso da Régua – onde estão o Museu do Vinho do Porto e o Solar do Vinho do Porto –, Lamego e ainda Vila Real. Destaque para a bela estação de trem de Pinhão, decorada por 25 painéis de azulejos que retratam a paisagem da região e a produção vinícola.

    | Reserve seu hotel no Vale do Douro na Booking |

    Coimbra: tradição de espírito jovem

    Uma das mais antigas universidades do mundo está em Coimbra desde 1537. Banhada pelo Mondego, esta cidade de vocação acadêmica guarda ligações com a época do domínio romano (ruínas encontram-se preservadas onde hoje se localiza o Museu Nacional Machado de Castro). 

    Berço de D. Afonso Henriques, primeiro rei português, Coimbra se confunde com a própria formação do território nacional. Em seu preservado Centro Histórico estão edificações como a Sé Velha e as igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, todas obras do tempo em que a cidade tornou-se a primeira capital do reino de Portugal. Em Coimbra, o fado soa jovial tal qual o espírito estudantil da cidade. E até mesmo a tradicional azulejaria portuguesa tingiu-se de novas cores e significados em peças vendidas em ateliês.

    | Reserve seu hotel em Coimbra na Booking |

    Aveiro: uma joia entre canais

    Para descobrir Aveiro, é indispensável fazer o passeio de moliceiro, o barco colorido característico desta cidade litorânea cortada por canais. Já neste trajeto a bordo é possível admirar o conjunto de edifícios em Arte Nova, estilo arquitetônico com roteiro e museu próprios. Em terra firme, monte em uma Buga, sigla para bicicleta de utilização gratuita de Aveiro, maneira democrática de explorar esta cidade totalmente plana. Visite o Museu de Aveiro e reponha as energias com os tradicionais ovos moles, mais um clássico da doçaria portuguesa do centro do país.

    | Reserve seu hotel em Aveiro na Booking |

    Viseu: história e áreas verdes

    Cidade-jardim. As áreas verdes e os canteiros floridos bem cuidados contrastam com o acinzentado das construções de pedra em Viseu, cidade na rota dos vinhos do Dão e já considerada a melhor em qualidade de vida pelos próprios portugueses. Localizada no Centro de Portugal, é uma terra orgulhosa de sua história, materializada na figura em bronze de Viriato. Núcleo da cidade, a Praça da República é um bom ponto de partida para explorar os principais cartões-postais, casos do Museu Grão Vasco (em alusão ao mestre da pintura portuguesa do século 16) e do Museu de História da Cidade, verdadeira viagem no tempo por 2.500 anos de formação de Viseu. Aproveite para percorrer a Rua Direita, principal artéria comercial da cidade. Viseu fica no caminho da Estrada Nacional 2, a mais extensa de Portugal, com quase 740 km e que conecta o sul ao norte do país.

    | Reserve seu hotel em Viseu na Booking |

    Braga: a fé portuguesa

    A história de Braga começou muito antes de Portugal ser Portugal. Foi ainda no tempo do Império Romano, quando Bracara Augusta foi eleita a sede da igreja mais importante daquela região (hoje em dia, o norte português; naquela época, parte da Galícia). Para os interessados nos vestígios da presença romana, vale visitar o Museu Diogo de Sousa. Aos mais religiosos, Braga celebra com fervor a Semana Santa e o São João. Acrescente à lista a visitação de igrejas, especialmente a Sé de Braga (a mais antiga do país) e o Santuário de Bom Jesus do Monte, cujo acesso pode ser via funicular ou subindo sua monumental escadaria com quase 600 degraus. Se você não dispensa uma gostosura, prove o pudim do Abade de Priscos, doce com raízes locais.

    | Reserve seu hotel em Braga na Booking |

    Santuário de Bom Jesus e os quase 600 degraus – Foto: Turismo de Portugal

    Guimarães: o berço de Portugal

    D. Afonso Henriques nasceu em Guimarães. E foi a partir daqui que ele liderou a formação de Portugal, tornando-se seu primeiro rei. O conjunto patrimonial da cidade ajuda a construir esta narrativa dos tempos medievais, com destaque para o Castelo de Guimarães, localizado no Monte Alto, onde também se encontram a estátua do Rei Conquistador, a Igreja de São Miguel e o Palácio dos Duques de Bragança. O teleférico é outro programa obrigatório na cidade, unindo o Centro à Montanha da Penha. Localizada a 40 minutos do Porto, Guimarães tem uma extensa lista de sabores a serem experimentados, entre eles, o polvo à lagareiro, o caldo verde e as tortas de Guimarães.

    | Reserve seu hotel em Guimarães na Booking |

    Faro: passado mouro no litoral

    O aeroporto Gago Coutinho, em Faro, é uma das portas de entrada para o Algarve. É neste pedaço mais ao sul do território português que fica a cidade de casas caiadas, belas praias e clima de férias de verão. Essa estação do ano traz não só o aumento de temperatura como a elevação maciça no número de turistas, entre portugueses e estrangeiros. Alugar um carro e explorar a região é o recomendável, já que o litoral é recortado em cerca de 150 praias. Na capital do Algarve, sinta a presença da herança muçulmana percorrendo ruas e travessas, suba à torre da Catedral da Sé para melhor observar a cidade ou embarque no Cais da Porta Nova em um passeio de barco para as praias das ilhas de Faro, do Farol, Culatra e Deserta. 

    | Reserve seu hotel em Faro na Booking |

    Albufeira: sinônimo de verão e festa

    Distante cerca de 40 minutos a partir de Faro, a cidade de Albufeira é uma festa. Quase permanente no verão, quando muitos turistas teimam em ficar até mais tarde nas ruas. Oura ou The Strip é a mais animada delas, com seus clubes noturnos que só fecham ao amanhecer. De dia, não é preciso andar muito para encontrar praias de areia dourada, como a dos Pescadores e a do Túnel. As opções se avolumam, ora mais a leste ou a oeste pelo litoral do Algarve. Ao entardecer, meta-se por entre as pequenas ruas e explore a herança árabe ainda viva por todo este vilarejo. E então siga para a Baixa, de cafés, restaurantes e lojas que se enchem de vida com as primeiras luzes noturnas. E então a festa vai recomeçar em Albufeira.

    | Reserve seu hotel em Albufeira na Booking |

    Vilamoura: entres barcos, campos de golfe e hotéis

    É um pedaço do Algarve que nasceu para o turismo, com hotéis, campos de golfe, cassino e marina. Passeios de barco também saem daqui para outras áreas da região no sul de Portugal. Vilamoura é uma pedida para pegar uma praia e almoçar nos restaurantes pé-na-areia. O grupo Dom Pedro, com 4 hotéis no Algarve, mantém o Victoria, o Millennium e o Old Course para os golfistas. À noite a rua no entorno da marina fica movimentada, com bares, restaurantes, sorveterias e lojas.

    | Reserve seu hotel em Vilamoura na Booking |

  • Hotel Dom Pedro Lisboa: 5 estrelas das estrelas em Portugal

    Hotel Dom Pedro Lisboa: 5 estrelas das estrelas em Portugal

    Ivete Sangalo, Stevie Wonder, Ana Carolina, Maroon 5 e Ben Harper. À primeira vista, parece mais o line-up de um festival de música. Eles podem até não ter tocado em um mesmo evento, mas todos já estiveram hospedados no hotel Dom Pedro Lisboa durante seus shows na capital de Portugal. O 5-estrelas oferece oferece todo o conforto em seus quartos e um excelente café da manhã, sempre um aspecto que apreciamos muito nas viagens. No seu planejamento, leia também onde ficar em Lisboa e o que fazer em Lisboa.

    Vários atores brasileiros se hospedam lá durante a temporada teatral na capital portuguesa. Em junho de 2022, Ney Matogrosso passou uns dias lá antes de cantar no Rock in Rio Lisboa, festival que transforma o Dom Pedro em quartel-general. Chico Buarque, quando foi receber o Prêmio Camões de Literatura, em abril de 2023, também passou por lá.

    Como é o Hotel Dom Pedro Lisboa

    O Dom Pedro é um hotel 5 estrelas clássico, com quartos mobiliados em madeira escura e facilidades como tábua e ferro de passar, esponja para limpar sapatos e kit de costura. Todas as unidades têm banheira com ducha. Os quartos dos andares mais altos dão vista para o Rio Tejo no horizonte. Lá bem ao fundo, dá para ver as muralhas do Castelo de São Jorge no alto de uma das conhecidas colinas da cidade.

    | Reserve o Dom Pedro Lisboa na Booking |

    Quarto com banheira no hotel Dom Pedro Lisboa

    Nós dois ficamos hospedados no hotel Dom Pedro Lisboa, mas em viagens diferentes. Encontramos o conforto de uma cama king size ou de duas de solteiro unidas, uma máquina de café espresso, closet com cofre e uma mesinha redonda diante da janela para fazer refeições apreciando a vista. Um móvel no estilo de penteadeira (a Nath lembrou da avó portuguesa que costumava ter uma no quarto) fica diante da cama. Ali estão a televisão e numa das portas o secador de cabelos (a Nath demorou a entender onde encontrar).

    Com 420 m², a suíte presidencial está localizada no 21º andar e tem acesso por elevador privativo. Um terraço garante visão 360° da cidade. O craque português Cristiano Ronaldo foi uma das personalidades hospedadas nela.

    No hotel Dom Pedro Lisboa, a alimentação fica a cargo de dois restaurantes: Il Gattopardo, de receitas mediterrânicas e italianas, e o Bistrot Le Café, onde são servidos café da manhã, almoço e jantar. O pequeno almoço – essa maravilhosa expressão portuguesa usada para classificar a primeira refeição do dia – deve ser saboreado sem pressa. Então vale a pena acordar mais cedo e se deleitar sobretudo com a parte de pastelaria e de panificação. Coma pastéis de nata sem medo da balança, especialmente porque tudo é sempre muito fresco no buffet continental.

    Café da manhã farto e saboroso no Dom Pedro Lisboa

    No lobby, há um varal com jornais do dia. Caso você não saiba, trata-se de uma ripa de madeira onde são colocados os principais periódicos do país, para que os hóspedes possam se informar dos fatos nacionais e internacionais. É ou não é um hotel de luxo à moda antiga?

    | Reserve o Dom Pedro Lisboa na Booking |

    O que fazer no 5 estrelas na capital de Portugal

    Coberta e aquecida, a piscina com cromoterapia do hotel Dom Pedro Lisboa é parte da oferta do Spa Aquae, onde também ficam um pequeno fitness center, a sauna e as cinco salas de tratamentos (de massagens simples a terapias corporais e faciais). Escolha entre o início do dia para relaxar ou ao retornar de seus passeios pela cidade.

    No lobby, o fim do dia pode ser com música

    Aliás, você pode voltar no fim do dia e encontrar música ao vivo e uma certa movimentação no lobby, como a Nath viu numa das vezes por lá. Ao som do piano, confraternizavam ali brasileiros e africanos; alguns deles artistas que se apresentavam na cidade.

    O hotel Dom Pedro Lisboa está localizado no centro da capital portuguesa, no bairro das Amoreiras, perto da Praça Marquês de Pombal e do Parque Eduardo VII. Mais próxima ainda ao hotel fica a parada do elétrico 24, bonde que faz ligação entre a área de Campolide e a Praça Luís de Camões, no Bairro Alto. Saltando ali é possível descer a Rua Garrett, onde estão o Café A Brasileira e a famosa estátua do poeta Fernando Pessoa.

    Lisboa e o bairro das Amoreiras vistos do quarto do Dom Pedro

    Se preferir andar a pé, deixe o hotel e vá para o lado esquerdo, na direção da Marquês de Pombal. Desça a Avenida da Liberdade, endereço das grandes grifes que se estende até a Praça dos Restauradores, na parte baixa da capital portuguesa. Para compras mais módicas, basta atravessar a rua e entrar no Shopping Amoreiras, em frente ao hotel. Na unidade da rede francesa de supermercados Auchan que funciona lá dentro, é possível comprar queijo de Azeitão (delicioso, feito de leite de ovelha) a cerca de 5 euros e vinhos portugueses a 10 ou 15 euros, entre outros produtos.

    | Reserve o Dom Pedro Lisboa na Booking |

  • Pastel de Belém (Lisboa): onde comer o melhor de Portugal

    Pastel de Belém (Lisboa): onde comer o melhor de Portugal

    Pastel de Belém, legítimo, só existe um. Fica lá ao lado do Mosteiro dos Jerônimos, na Pastéis de Belém, em Lisboa. O resto… o resto é pastel de nata. Falando assim parece até que não são dignos de serem apreciados. Pelo contrário, há boas pastelarias em Lisboa que rivalizam em fama e fila com o que é feito no Belém há quase 200 e virou um dos doces portugueses típicos.

    A origem do pastel de Belém

    O mistério é a alma do negócio. Do surgimento dos famosos pastéis ao modo como são preparados, tudo é cercado de sombras. Certo mesmo é que a pastelaria mantém suas portas abertas desde 1837 no mesmíssimo endereço: Rua Belém, números 84 a 92, vizinha ao Mosteiro dos Jerônimos.

    Como ocorreu com quase toda a doçaria portuguesa, os pastéis surgiram do aproveitamento das gemas de ovos, uma vez que as claras eram utilizadas na época para engomar as roupas de freiras e padres. Da mistura das gemas com leite e açúcar (pouco, esse é um segredo) surgiu uma iguaria que desafiou a gula dos religiosos. Mais do que nunca, o que se fazia nos claustros morria nos claustros, já que a maioria das receitas conventuais se popularizou anos depois.

    Segundo a pastelaria do Belém, o doce surgiu no início do século 19, quando Portugal era sacudido pela Revolução Liberal, movimento político que, entre outras mudanças, forçou o retorno da Família Real, que vivia no Brasil desde 1808.

    A revolução promoveu também a extinção das ordens religiosas em todo o país. Durante a expulsão dos clérigos, conta o site, alguém ligado ao Mosteiro dos Jerônimos resolveu botar à venda os doces na loja ao lado de uma refinação de cana de açúcar. À medida que caíram no gosto popular, passaram a ser chamados de pastéis de Belém.

    Pastelaria em Lisboa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Onde comer o legítimo pastel de Belém

    Comer pastéis de Belém é parte do roteiro pelo bairro onde estão ainda o Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém. Na frente da pastelaria fica um disputado balcão. Há mesas em salões de paredes são revestidas de azulejos. Nath e eu estivemos juntos lá em 2007. Pedimos dois salgados, mas somos incapazes de lembrar seus sabores. Estávamos ali por uma doce razão.

    Como recebi boa educação, não escreverei aqui um palavrão. Mas você certamente vai soltar algum (e vai ser um daqueles de se dizer de boca cheia, com perdão do trocadilho) no dia em que cravar seus dentes naquela massa folheada com recheio cremoso. Manda a tradição polvilhar canela no doce ainda quentinho, o que intensifica o aroma e o sabor dos ingredientes.

    Oficina do Segredo em Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Aproveite a visita e veja a cozinha envidraçada onde são preparados os doces. O espaço da Pastéis de Belém é conhecido como Oficina do Segredo. Nada mais português de tão ao pé da letra para designar os mistérios que envolvem a produção dos genuínos pastéis, que saem aos montes todos os dias.

    Onde comer pastéis de nata em Lisboa

    Como expliquei no começo, pastel de nata é como pode ser chamado tudo aquilo que não sai do endereço no Belém. Ainda que algumas pastelarias de sucesso na capital de Portugal tenham a ousadia de vender seus produtos no bairro que deu nome e tradição a esta iguaria. Para acompanhar, a sugestão pode ser um café expresso, um galão (café com espuma de leite) ou uma tacinha de Vinho do Porto.

    Manteigaria

    Não importa se para começar o dia ou encerar a noite, os pastéis da Manteigaria estão à venda das 8 à meia-noite. A principal loja é a da Rua do Loreto, no Chiado. E ainda há unidades na Rua Augusta, no bairro do Alvalade, no Time Out Market e praticamente nas fuças da pioneira do Belém.

    Pastelaria Aloma

    O pastel de nata seduz o visitante desde a chegada ao aeroporto de Lisboa, onde fica uma de suas lojas. Há unidades em outros pontos da capital portuguesa, como em Campo de Ourique e na Rua do Loreto, no Chiado, separada por apenas 120 metros da concorrente Manteigaria.

    Bairro Alto Hotel

    A pastelaria que funciona no térreo do hotel no Bairro Alto aposta em segredinhos na confecção de seus pastéis de nata, como só rechear a massa depois de cozida e acrescentar notas cítricas e baunilha ao creme à base de ovos e açúcar. Funciona diariamente, entre 10 da manhã e 6 da tarde. Unidade a 1,50 euro (caixa com 6 pastéis, 9 euros)

    Fábrica da Nata

    Serve café da manhã, almoço e lanche, mas quem atravessa a porta de entrada sabe bem o quer. Os pastéis de nata da Fábrica de Nata são preparados diante dos olhos dos fregueses. As lojas da Praça dos Restauradores e a da Rua Augusta estão separadas por 500 metros de distância, no coração da Baixa.

    Confeitaria Nacional

    Inaugurada em 1829, a Confeitaria Nacional mantém-se solene e elegante. Garante ter um pastel de nata de massa “estaladiça” e recheio cremoso. Ocupa uma esquina na Praça da Figueira, e serve também pratos do dia de segunda a sexta e ainda brunch aos sábados e domingos (mediante reserva).

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

  • Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    As comidas típicas de Portugal são a perdição de qualquer viajante pelo país. É preciso ser muito enjoado para não se deliciar com receitas que esbanjam sabor e tradição. O bacalhau, o caldo verde, as alheiras, tudo isso está no imaginário do brasileiro quando se pensa no que o povo português nos deixou de legado culinário. Os pratos de Portugal vão da delicadeza do pescado (abundante em um país abraçado pelo oceano) ao vigor das carnes (grelhadas, assadas, ensopadas, deliciosas todas).

    Certa vez, escrevi que dificilmente abandona-se a mesa em Portugal sem carregar nas papilas marcas de uma cozinha farta em paladar e quilos a mais na cintura por obra da gula. Como netos de portugueses, Nathalia e eu decidimos fazer esta lista de comidas típicas de Portugal sabedores de que você vai terminar de ler o texto com água na boca. A relação está destacada por região do país, indo rumo ao sul no mapa e incluindo a Ilha da Madeira e os Açores.

    Comidas típicas do Porto e Norte

    Portugal nasceu aqui, região que tem no Porto sua cidade mais conhecida. A região do Minho, de cidades como Braga e Viana, foi a que mais contribuiu para o fluxo migratório rumo ao Brasil. Porém, as comidas típicas do noroeste de Portugal nem de perto são conhecidas como as incontáveis versões de bacalhau que a mesma região nos brindou. Aliás, o bacalhau pode ser encontrado de todas as maneiras: fresco, salgado e ainda em conserva. Então, comecemos com as receitas que levam o ‘fiel amigo’, apelido do pescado mais famoso do país.

    Bacalhau, prato típico de Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Bacalhau à Gomes de Sá

    Tradicional receita do Porto feita com lascas de bacalhau marinadas em leite durante cerca de 2 horas antes de irem à panela. Os pedaços são preparados em azeite, com cebola e alho. Eles chegam à mesa com os acréscimos de azeitonas pretas e ovos cozidos. O nome foi dado em homenagem ao criador da receita, o comerciante José Luis Gomes de Sá

    Bacalhau à Minhota

    As postas de bacalhau são douradas dos dois lados em azeite quente. Sobre elas são colocadas cebolas e alho picado puxados no mesmo óleo. Batatas em rodelas, também fritas no azeite, acompanham o prato, que ainda leva tiras de pimentão vermelho.

    Bacalhau ao Zé do Pipo

    José Valentim, o Zé do Pipo, criou este prato para um concurso culinário no Porto. É a versão que mais aprecio à base de bacalhau. Aqui, o fiel amigo serve de recheio a uma massa que leva purê de batatas e maionese levada para gratinar. No meio dessa mistura vão temperos e ingredientes que tornam o prato ainda mais saboroso.

    Tripas à moda do Porto

    A história ensina que este prato passa pela tomada de Ceuta (1415) pelos portugueses, quando o exército precisou levar a bordo todo o estoque de carne da região do Porto, restando à população as tripas animais (daí os cidadãos portuenses serem apelidados de tripeiros). Trata-se de um grande cozido à base de vísceras, de enchidos (salsichas ou linguiças) e feijão branco. Qualquer semelhança com a nossa dobradinha não é mera coincidência. Prato de sabor intenso.

    Tripas à moda do Porto
    Tripas à moda do Porto, comida típica – Foto Porto Convention & Visitors Bureau

    Rojões à moda do Minho

    Prato forte à base de pedaços carne de porco sem osso aos quais se juntam posteriormente fígado suíno e tripas enfarinhadas (enchido típico do Norte de Portugal), ambos fritos. Depois, essa mistura é cozida lentamente. Acompanha batatas e castanhas na hora de servir.

    Papas de sarrabulho

    Por ser uma receita típica do Minho, ela é muitas vezes servida com os rojões. Leva sangue de porco, miúdos suínos, carnes de vaca e de galinha, cominho, farinha de milho, entre outros ingredientes. Prato para ser apreciado no inverno, sobretudo.

    Arroz de lampreia

    O protagonismo desse arroz está na lampreia, animal aquático de forma alongada e cilíndrica, como uma enguia. A cidade de Penacova, próxima a Coimbra, é considerada a capital portuguesa da lampreia, que tem um festival gastronômico dedicado a ela em fevereiro há cerca de 30 anos. 

    Posta mirandesa

    Comida portuguesa da região de Trás-os-Montes feita à base de carne de vaca, temperada com sal grosso e levada à grelha. O acompanhamento fica a cargo das famosas batatas ao murro (cozidas e posteriormente esmagadas de forma grosseira) e grelos salteados (talos de hortaliças levados à frigideira sem gordura). 

    Alheira

    Os judeus que queriam escapar da Inquisição driblaram o fato de não comerem carne de porco fazendo um enchido à base de aves e usando pão para dar consistência à massa. As tripas recheadas eram igualmente postas para defumar em varais, como os cristãos faziam com os enchidos de carne suína, não gerando assim suspeitas de sua origem religiosa.

    Alheira, comida típica de Portugal
    Alheira de Mirandela – Foto: Turismo de Portugal/Divulgação

    Francesinha

    Sanduíche parrudo, típico da cidade do Porto. Dentro do pão vão salsicha, linguiça, presunto, bife de vaca, tudo coberto por queijo derretido e molho que mistura cerveja, caldo de carne e vinho do Porto. E, em alguns casos, cabe ainda um ovo frito por cima. É servido com batatas fritas. A bomba calórica ganhou esse nome por guardar alguma semelhança com o sanduba francês croque-monsieur.

    Caldo verde

    As sopas engrossam a lista de comidas portuguesas típicas. Mas é o caldo verde que parece simbolizar nossa relação com o país europeu. É pura tradição do Minho. Leva batatas, couves e chouriço (no Brasil, a linguiça Toscana cumpre este papel). É um prato de inverno, de comer suando.

    Comidas típicas do Centro de Portugal

    Fátima, Coimbra e Castelo Branco fazem parte do Centro de Portugal, onde se localiza a Serra da Estrela, o ponto continental mais alto do país e também a região em que se produz um dos queijos portugueses mais famosos.

    Caldeiradas de peixe

    O nome revela ser receita de uma panela. E é. No caso, uma invenção culinária de pescadores, que colocaram peixe, batatas, cebolas e tantos outros ingredientes em camadas dentro de um tacho.

    Leitão da Bairrada

    Crocante por fora, macio e suculento por dentro, essa receita de leitão típica da Bairrada, no Centro de Portugal, é muito consumida em dias de festa. Vai sempre muito bem com batatinha cozida sem pele e laranja em rodelas.

    Cabrito estonado a Oleiros

    O consumo do cabrito não se limita à Páscoa na Beira Baixa de Portugal. Nesta receita, típica da cidade pertencente ao distrito de Castelo Branco, a pele do animal é mantida na hora de assar em forno a lenha, a fim de garantir suculência e sabor.

    Chanfana

    A rigidez da carne de cabra velha é vencida pela marinada em vinho tinto e temperos. Uma dose de aguardente é acrescentada quando tudo vai à panela de barro, selada para ser esquecida no fogo por quase 5 horas de cozimento. o Resultado é um prato típico português da região da Bairrada, já eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, em 2011.

    | Reserve hotéis em Portugal |

    Comidas típicas de Lisboa e arredores

    Única capital da Europa em que o sol se põe no mar, Lisboa oferece de restaurantes refinados a tascas mais simples. Em todos eles há pratos típicos de Portugal, ora em releituras, ora em verão ortodoxa, sem nunca dever em termos de qualidade e sabor. 

    Bacalhau à Brás

    Diz a crença popular de que as raízes do prato estão no Bairro Alto, em Lisboa. A receita leva bacalhau desfiado e batata palha, ambos fritos com cebola em azeite. Ovos batidos com garfo são derramados sobre os ingredientes, dando uma textura cremosa ao prato. Azeitonas pretas picadas são o toque final.

    Sardinhas assadas

    Considerada a rainha do mar, a sardinha em sua versão assada vai à grelha apenas com sal grosso. Prato comum nas festas dos santos populares (Antônio e São João, no período junino), ele é servido com batatas cozidas e pão.

    Bife à Marrare

    Napolitano radicado em Lisboa, Antônio Marrare criou este prato, muito popular sobretudo nos cafés lisboetas do século 19. Trata-se de um bife coberto por molho à base de manteiga e natas (algo semelhante ao creme de leite). Feita na própria frigideira, a mistura cremosa adquire a coloração meio marrom do suco da carne. O restaurante Brilhante, no Cais do Sodré, é um dos poucos da cidade que revive este clássico.

    Choco frito

    Esse molusco é o principal ingrediente dessa receita comum à região de Setúbal (área metropolitana de Lisboa). Marinados em alho, limão e sal, os tentáculos do choco são ainda empanados em farinha de milho. Frito, o petisco é servido com limão para espremer por cima. 

    Peixinhos da horta

    Na primeira metade do século 16, muito antes de as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) serem consumidas, surgiu este prato feito com vagem de feijão encapada por massa de farinha, frita em óleo. Sim, se você pensou em tempurá, acertou. Os portugueses apresentaram a novidade aos japoneses, durante o período das Grandes Navegações.

    Castanhas assadas

    A simplicidade está materializada nesta receita, que exige castanhas, forno a 200°C e cerca de 30 minutos de espera. Polvilhar sal grosso sobre o fruto seco é opcional. Sazonal, seu consumo se dá mais a partir do outono, quando é comum ver pessoas comendo castanhas na rua, preparadas em fogareiro a carvão.

    Comidas típicas do Alentejo

    O passado de carências fez surgir no Alentejo uma cozinha em que o pão e a água se converteram em base para uma série de receitas. A eles foram adicionadas ervas aromáticas, que enriqueceram de sabor as poucas quantidades de carnes ou pescados. Estão no mapa da região cidades como Évora, Santarém, Sines, Portalegre e Beja.

    Sopa de tomate

    A base deste caldo leva tomate, cebola, alho, temperos variados (louro, orégano, sal e pimenta) e água fervente. O que confere ponto mais viscoso à mistura é a batata. No Alentejo, os ovos são acrescentados para serem escalfados (fervidos no próprio líquido) antes de a sopa ser servida.

    Açorda

    Não há carne nem legumes nesta receita típica do Alentejo. Leva pão rústico picado, alho picado e coentro. Acrescenta-se água fervente aos poucos, criando uma papa. Por fim, adiciona-se uma gema de ovo, para ser cozida no calor dos ingredientes. 

    Migas

    A primeira parte deste prato consiste em fritar carnes de porco e reservar. Então pega-se pedaços de pão rústicos para passar na mesma frigideira. O acréscimo de água faz surgir uma papa e, posteriormente, umas pelotinhas. É uma comida típica de Portugal no inverno, para ganhar quilos à mesa.

    Ensopado de borrego

    Pedaços de cordeiro novo estão na base deste prato, mais consumido na Páscoa. Suculenta, a receita ganha batatas cozidas no próprio molho da carne e um toque de hortelã fresca ao cozido. O pão alentejano tostado é um complemento indispensável na hora de saborear.

    Carne de porco à Alentejana

    Terra e mar em um prato criado por um cozinheiro do Algarve, mas que usa o porco típico do Alentejo. Marinados de um dia para o outro, os pedaços de carne suína são fritos e ganham a companhia das amêijoas. O calor da mistura faz cozinhar e abrir a concha deste molusco semelhante ao marisco. Nacos de batatas fritas fazem parte do resultado final.

    Comidas típicas do Algarve

    Sinônimo de sol e praia, o Algarve é destino de férias no sul de Portugal. Com o mar a seus pés, natural que as receitas típicas tivessem ingredientes vindos das profundezas do oceano. Da capital, Faro, às cidades de Tavira e Albufeira os pratos primam por frescor e traços da cultura árabe.   

    Amêijoas de Cataplana

    O molusco mais famoso do Algarve é cozido na tradicional panela, originária dos anos de domínio árabe na região. Não faltam cebola, alho, tomate, louro e salsa na composição dessa iguaria, acrescida ainda de pequenas partes de chouriço e bacon. Come-se com pão, especialmente para molhar no caldo.

    Carapaus alimados

    Versão escabeche deste peixe. Limpo e cozido rapidamente em água fervente, ele é regado por azeite e suco de limão. Salsa e rodelas de cebola crua completam a receita, criada para ser consumida até mesmo dias depois do preparo.

    Estupeta de Atum

    As partes menos nobres do atum são chamadas de estupetas. Nesta salada típica do Algarve, a carne é dessalgada antes de ser misturada com cubos de cebola, tomate e pimentões verde e vermelho. 

    Polvo

    O complemento deste título poderia ser grelhado, ensopado, à vinagrete, em forma de salada, assado… Come-se este molusco de todas as maneiras no país. O prato típico de Portugal é muito consumido, especialmente no Algarve, onde se destaca o polvo à lagareiro, temperado a sal e alho e fartamente regado por azeite. Para comer junto? Batatinhas, ora pois.

    Comidas típicas da Ilha da Madeira e dos Açores

    As ilhas situadas no meio do Oceano Atlântico guardam um certo ar tropical em seu clima. Há receitas semelhantes entre si e outras que remetem às comidas típicas de Portugal continental.

    Cozido de Furnas

    Comida de uma panela só. Nela vão carnes de porco, de vaca e de galinha, morcela, chouriço, inhame, repolho, couve, batata, cenoura e nabo. Os ingredientes são postos sem água nem gordura na panela, que é enterrada em buracos no solo vulcânico. Tudo é cozido no vapor a 110°C por cerca de 5 horas. Prato típico de Furnas, localidade na ilha açoriana de São Miguel.

    Bolo lêvedo

    Assim como ocorre com o bolo do caco da Ilha da Madeira, esta receita dos Açores está mais para pão, por causa do formato. E as semelhanças param por aí, já que o de lêvedo, à base de farinha e batata, tem sabor adocicado.

    Bolo do caco

    Entre as comidas típicas de Portugal está esse pão originário da Ilha de Porto Santo, com raízes árabes. Um dos segredos está na quantidade de dobras (3) da massa, que leva nada além de farinha de trigo, água, sal e fermento. O pão é assado sobre uma pedra (o caco) aquecida em brasa.

    Bolo do caco, quase um pão pitta
    Bolo do caco, quase um pão pitta – Foto Holger Leue/Divulgação

    Bifes de atum

    Peixe abundante na região da Ilha da Madeira, o atum é temperado com vinagre, louro, alho e sal. Frito em azeite, ganha acompanhamentos de milho frito e molho vilão – à base de vinho branco, vinagre, cebola e segurelha (erva aromática).

    Lapas

    Este pequeno marisco da ilha é grelhado em manteiga derretida e alho por apenas 5 minutos (se passar disso, fica borrachudo). Serve-se com suco de limão. Prato sazonal, já que a lapa só pode ser apanhada no mar de outubro a abril.

    Prato típico da Ilha da Madeira: Lapa
    Lapa, molusco da Ilha da Madeira – Foto Francisco Correia/Divulgação

    Espetadas de carne

    Pedaços de carne são temperados com sal grosso apenas e fincadas em espetos de loureiro, árvore comum na Madeira. Come-se com cubos de farinha de milho e couve.

    Carne de vinha d’alhos

    O segredo está na vinha d’alhos, marinada que combina vinho, vinagre, alho, louro, cravo-da-índia, pimenta do reino e sal. Pedaços de carne de porco ficam imersos nesta mistura por cerca de 6 horas (há receitas que falam em 2 ou 3 dias!). Depois de dourada em gordura, a carne é servida com pão frito em azeite ou batatas coradas.

    | Reserve hotéis em Portugal |

Ir para o conteúdo