Autor: Nathalia Molina

  • Eu vi um mercado de Natal!

    O mercado todo
    O mercado todo

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Depois de tanto escrever notas e editar reportagens sobre mercados de Natal, eu finalmente vi um!! Um não, 2!

    Uma barraquinha atrás da outra

    O primeiro foi em Budapeste, uma graça, mas não era grandão como os que eu costumava ver em fotos.

    Corações vribrantes

    O segundo foi o de Viena, o maior da cidade, na praça em frente da prefeitura. Que lindo ver aquele prédio magnífico e iluminado ao fundo das barraquinhas e da árvore enfeitada por corações.

    Fiquei emocionada por lembrar do meu filho. Antes do Joaquim, Natal não me dizia muito e, quando dizia, não era nada agradável. Filho, você teria adorado ver tudo isso com os floquinhos caindo do céu. Na sua imaginação de criança, seria a neve do Papai Noel. A neve do Papai Noel, na versão faz-de-conta, vai na mala.

  • Rumo a Regensburg

    O barco saiu de Passau ontem de noite e segue navegando para Regensburg, na Alemanha, sob neblina.

  • Surpreendente Melk

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    Abadia pode ter clima sombrio. Não a de Melk. Das paradas que fizemos com o barco Amalyra neste cruzeiro pelo Danúbio, essa cidade austríaca talvez seja a mais surpreendente. A Abadia de Melk reluz. Nas salas de exposição, na biblioteca e, especialmente, na igreja. É uma beleza, vejam.

  • A paisagem de Durnstein

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    Um pouco da cidade austríaca, numa das margens do Danúbio, em fotos.

  • O que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca

    O que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca

    Declarada Patrimônio Histórico pela Unesco desde 1992, Cesky Krumlov nasceu, como muitas da Europa, em torno de seu castelo, no século 13. A Imponente, a construção é a principal atração da pequena cidade medieval. Obras de arte, curiosos museus e lojas de joias de moldavita completam o roteiro de um dia de passeio por lá. Mas, se você tiver de reduzir a lista do que fazer por causa do tempo de permanência, o castelo certamente está no topo dela. Outra boa ideia pode ser fazer uma visita guiada a Cesky Krumlov a pé, a melhor forma de explorar a cidade.

    O castelo e todo o centro histórico foram declarados Patrimônio Mundial pela Unesco em 1992. De fato, a cidade inteira é uma lindeza. Em torno de 300 edifícios históricos desenham vielas que sobem e descem em um pedaço de terra contornado pelo Rio Moldava. Localizada no sul da Boemia, a cidade pode ser conhecida em um dia — estive lá num tour na parada do cruzeiro pelo Rio Danúbio. Existe passeio de Praga a Cesky Krumlov de 1 dia com almoço em taverna incluído.

    Se você quiser dormir na cidade para aproveitar inteiramente a atmosfera local, veja hotéis em Cesky Krumlov. Abaixo do mapa a seguir, você encontra uma lista de sugestões do que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca.

    Visitar o castelo, com seus ursos, jardins e teatro barroco

    O castelo recebeu forte influência da Renascença italiana, quando era habitado pela dinastia dos Rosenberg. Segundo mais importante e imponente castelo da República Tcheca — depois do exemplar erguido em Praga, capital do país —, a construção de Cesky Krumlov reúne, além do renascimento, mais dois estilos arquitetônicos: gótico e barroco. No fim do século 17, durante seu domínio, os Eggenberg mandaram fazer o teatro barroco e os jardins da propriedade. Quando os Schwarzenberg assumiram o poder local, a cidade recebeu nova roupagem, barroca. No Museu do Castelo, estão artefatos usados pelos nobres que viveram ali. Uma curiosidade são os ursos que vivem no fosso do castelo.

    Teatro barroco do castelo

    Ver e fotografar a cidade da torre ou pelo muro do castelo

    Do topo da torre, a vista da cidade é completa, com as vielas e os telhadinhos envoltos pelo Rio Moldava. Ainda que você não entre no castelo, suba até sua porta. O muro lá do alto oferece molduras maravilhosas para muitas fotos instagramáveis. Antes ou depois da sequência de cliques, pare um instante para contemplar aquele cenário. É um desses momentos memoráveis de viagem.

    Muro como moldura da cidade medieval

    Comer na Eggenberg e conhecer à fabricação da cerveja

    Cervejaria da cidade, a Eggenberg mantém um restaurante para servir até 200 pessoas e oferece visitas guiadas à sua fabricação. Mesmo que não vá até lá, prove a cerveja local em algum restaurante da cidade. Originalmente fundada em 1560, a Eggenberg faz tours diariamente, a partir das 11 horas, no portão principal.

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    Comida e cerveja tcheca: um copo da local Eggenberg

    Ir a um autêntico estúdio de fotografia do século 19

    Quem curte fotografia pode anotar o Museum Fotoatelier Seidel como uma atração a ser vista em Cesky Krumlov. O museu preserva todo o material do estúdio do século 19 do fotógrafo local Josef Seidel, como imagens, negativos, câmeras, máquina de ampliar e equipamentos da câmara de revelação. Mobiliário original e anotações pessoais do fotógrafo se somam para formar o interessante pequeno museu.

    Encantar-se com a tradição dos marionetes tchecos

    Um teatro barroco está na exposição do Marionette Museum, que mostra a tradição tcheca de fabricar e fazer teatro de marionetes. O edifício, antes uma igreja, abriga um acervo de cerca de 200 exemplares, que mistura marionetes de época e atuais. Além dos bonecos, de rosto esculpido em madeira, exibe desenhos de palcos e cortinas.

    Marionetes, tradição na República Tcheca

    Conhecer instrumentos de tortura medieval

    Não você não leu errado. A bela cidade de Cesky Krumlov é medieval, lembra? O Museum of Torture Instruments mostra o que se usava para castigar as pessoas naquela época, com requintes de crueldade. Esse museu fica bem na praça central, embaixo do prédio da prefeitura.

    Descobrir a beleza e os mistérios da moldavita

    A exposição interativa do Moldavite Museum é dedicada à moldavita, rocha encontrada naquela região europeia, o sul da Boemia. Formada após o impacto de um meteorito há 15 milhões de anos, a pedra deslumbrante existe tem vários tons de verde, do claro ao oliva.

    Moldavita da região, polida ou ao natural

    Comprar joias com a pedra verde da região

    Quem gosta de joias com pedras com certeza vai entrar numa das lojas da cidade. Os desenhos realçando o verde da moldavita são irresistíveis, especialmente com prata ou ouro branco. Existe joia de todo preço nas lojas, não apenas peças caras e sofisticadas. Eu trouxe um singelo anel de lá. Uso até hoje em ocasiões especiais.

    Compras em Cesky-Krumlov: irresistíveis joias de moldavita

    Apreciar arte no Egon Schiele Art Centrum

    Fãs de arte podem conferir as exposições em cartaz no Egon Schiele Art Centrum. Aberto em 1993, no antigo prédio de uma cervejaria, o centro cultural exibe pinturas e esculturas. É a oportunidade de apreciar obras de artistas internacionais e de conhecer nomes da República Tcheca. Também é possível ver o trabalho de Egon Schiele, que batiza o lugar.

    Assistir a duelos de cavaleiros e concertos no verão

    Se você for a Cesky Krumlov no verão, pode aproveitar uma de suas festas. Em junho, cavaleiros invadem as ruas durante a Festa da Rosa de Cinco Pétalas, por três dias, para duelos e banquetes relembrando o período renascentista, quando a cidade viveu seu apogeu, com a dinastia dos Rosenberg. A área do Castelo de Cesky Krumlov vira palco para o Festival Internacional de Música em julho. O repertório inclui música clássica e outros estilos.

    Festa medieval – Foto: Turismo da República Tcheca/Divulgação
  • Navegando entre pequenas cidades da Áustria

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    Hoje pela manhã chegamos a Durnstein, uma cidadezinha na Áustria numa das margens do Danúbio. Demos uma volta e saímos para Melk, onde vamos visitar a famosa abadia. Estamos navegando e aqui vai um pouco da paisagem invernal que temos visto, embora ainda seja outono.

  • Sopa de letrinhas

    Pela ausencia ja deu pra sacar que a conexao anda mal aqui, direto do Danubio. E, pela falta de sinais graficos, que estou num teclado estrangeiro. Ate tem acentos, mas nao funcionam para a nossa lingua. A internet no barco nao tem colaborado para eu postar ao vivo, mas ja melhorou em relacao ao primeiro dia a bordo, tanto que ca estou eu mandando noticias finalmente. Subir foto, vou tentar de um cafe com internet num desses dias, quando parar. A programacao eh corrida e temos visto muita coisa bacana, tenho bastante para contar!

    Depois de 26 horas de viagem, chegamos a Budapeste no sabado. Por que 26 horas? Voamos de TAM de Sao Paulo para o Rio, esperamos a conexao para Frankfurt. La esperamos para pegar um voo regional da Lufthansa para a capital da Hungria. Entramos no hotel as 19h30 (horario local) e tinhamos de sair as 20 horas para jantar. No dia seguinte, visita a cidade para embarcar no inicio da noite, rumo a Bratislava. Ontem, segunda 21 de novembro, partimos de la para Viena, onde passamos o dia hoje. Daqui a pouco seguimos navegando na Austria.

    Mas o fato eh que, alem de toda a correria e da internet lenta a bordo, tive de lidar com um certo olho gordo. Peguei uma conjutivite hungara! Meu olho esquerdo comecou a inchar, e todo aquele processo que vem junto com essa pereba de vista. Entao, na parada em Bratislava que foi mais tranquila em termos de tempo e daria para usar a internet da cidade na area do porto, eu tive de ir procurar um medico! Esta historia conto com calma depois.

    Agora, tudo bem com meu olho, que ja emagreceu (a maravilhosa magica dos antibioticos), enquanto eu sigo no caminho contrario, seduzida por pratos, bebidas e doces tradicionais de cada cidade. Fico pensando aonde isso vai parar — ou seria quando eu deveria parar? Deixa para la. Melhor gastar minha cuca tentando decifrar essas linguas deliciosamente doidas, cheias de consoantes e de palavras enormes. Afinal, uma sopinha sempre tira o peso da consciencia.

  • Rio Quente abre outro hotel

    Rio Quente abre outro hotel

    Novidade no Rio Quente Resorts: o complexo em Goiás abriu mais um hotel, o Rio Quente Cristal Resort. Com 196 apartamentos, o empreendimento inclui restaurante, bares, praças ao ar livre e piscina de 400 metros com borda infinita. Há 7 hotéis no Rio Quente Resorts, localizados em torno do Parque das Fontes, onde estão duchas, saunas e opções de banho nas águas quentes naturais. Ao lado do complexo, fica o Hot Park, parque aquático com entrada livre para hóspedes.

  • Sábados de sol e afeto

    Sábados de sol e afeto

    Texto e foto de Nathalia Molina

    Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Vêm acompanhados de boa dose de afeto. Ir à Vila Madalena nas tardes ensolaradas de sábado para mim é assim, um passeio carregado de memórias de felicidade. Quando cheguei a São Paulo há 13 anos, frequentava os bares do bairro tantas vezes por semana que poderia trabalhar na seção de reportagens sobre bares no jornal. Sem família por aqui, com uma queda forte por chopes e petiscos e a noite paulistana à minha espera, eu praticamente vivia na Vila Madalena, só não morava por lá.  E foi num bar que acabei conhecendo meu marido. Quem disse que a bebida não leva a nada? Essa é a versão mais gostosa. A real é que um amigo em comum nos apresentou, no bar Filial.

    Hoje, trocamos de ponto e vamos ao Genial. Seguimos nosso velho amigo Aílton, garçom bem conhecido pelos antigos frequentadores do Filial. Espécie de padrinho boemio da história, Aílton tem até um filho da mesma idade que o nosso, o que faz dele um ser mais gentil ainda quando nos vê em família no bar. O ambiente e o cardápio também contribuíram para a mudança de rota. Entre as opções alguns tradicionais petiscos do Filial e do Genésio. Já deu para sacar que o Genial é dos mesmos donos, certo? Numa daquelas junções de nomes que, neste caso, deu num bom resultado. Impossível não lembrar, porém, de outras tantas não tão bacanas usadas para batizar a criançada.

    Mas nós viemos aqui para beber ou para conversar? Os dois, e de preferência acompanhados por apetitosas gordurinhas. Boteco que se preze tem de ter fritura. Seguindo a tradição que sustentamos desde as noites amanhecidas no Filial, nossa pedida é o bolinho de arroz. Pode torcer o nariz, eu também torci na primeira vez. Afinal, nunca tinha comido nenhum bolinho de arroz de que gostasse. Pois esse é diferente, tem uma pitada de cebolinha, um tanto de queijo, sei lá, mas é bom demais. Ficou mais gostoso ainda na boca do pequeno Joaquim. Pela voracidade, temos outro sócio para matar a porção. Bobeira, breguice, coisa de mulher e mãe botequeira, mas cheguei a ficar emocionada em ver nosso menino tão satisfeito comendo aqueles bolinhos que nos acompanharam em momentos deliciosamente felizes.

    Tive sensação parecida ao vê-lo cair dentro na feijoada da Benê, no Dita Cabrita, bar do amigo Waltinho (com quem trabalhei tantos anos) e de sua mulher Benedita, à frente dessa cozinha no bairro da Pompeia. Dizem que toda mãe se orgulha com o filho comendo bem. Claro que fiquei contente de ver sumir do prato couve e companhia na maior naturalidade. Não foi só isso, no entanto. No Dita Cabrita fiz meu chá-de-bebê — onde mais poderia ser no caso de um casal que se conheceu num bar? Voltamos algumas vezes com nosso filhote, para rever os amigos, provar da comida da Benê e desfrutar do quintal e de suas árvores.

    E foi exatamente o quintal e a brincadeira de comer no palitinho que nos levaram a voltar à Casa do Espeto, do outro lado da Avenida Pompeia, depois de 10 anos. Árvores e muito espaço ao ar livre, tudo o que se pode pedir numa tarde de sol em São Paulo. Um porém para os pais: com filhos de 10 meses até 2 anos, pode não ser uma boa ideia já que o quintal tem vários níveis e eles não resistem a um degrau. Joaquim explorou tudo (fomos subindo até parar quase na sala do administrativo). Nós nos fartamos de espetinhos e cerveja estupidamente gelada. Na sobremesa, fique com o morango coberto de chocolate. Eu adoro um abacaxi (será que Freud explica?), então, pedi na brasa com mel e raspas de limão. Apesar da aparência suculenta, ficou com gosto de xarope contra a tosse, momento-criança um tom a mais.

    Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Mas, se o gosto for bom e o ambiente bonito, melhor certamente. Sem nenhuma pretensão de alta gastronomia, só o prazer besta de passar uma tarde agradável com gente querida.

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