Autor: Nathalia Molina

  • Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte

    Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte

    Fotos: Jomar Bragança/Divulgação

    As rochas, os processos de transformação de minérios e o papel deles no desenvolvimento social e econômico de Minas Gerais. Tudo isso com muita tecnologia e interação. Aberto em 2010, o MM Gerdau — Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte, mostra a mineração e a metalurgia, duas das principais atividades econômicas do Estado, em 44 atrações distribuídas por 18 salas.

    Personagens como D. Pedro II e Xica da Silva são vistos nas 18 salas de exposição. Parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, pólo de museus no centro da capital mineira, a instituição está instalada no Prédio Rosa, como é chamada a construção de 1897 que sofreu intervenção do arquiteto Paulo Mendes da Rocha.

    Foto: Divulgação

    A edificação é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais. Por isso, não é permitido usar fogão a gás na cozinha do café. Os pratos do cardápio — entre eles, entradas e saladas — receberam nomes de minerais e pedras, seguindo a temática local.

    VALE SABER

    Endereço: Praça da Liberdade, s/nº, Prédio Rosa, Belo Horizonte

    Funcionamento: De terça a domingo, das 12 às 18 horas — na quintas até as 22 horas; na última terça do mês, até as 17 horas

    Preço: Grátis

    Site: www.mmm.org.br

  • Viagem com crianças: 12 dicas sobre roteiro, roupas e destino

    Viagem com crianças: 12 dicas sobre roteiro, roupas e destino

    Quem está à procura de dicas para viagem com crianças deve ter em mente que a saída de casa por um período exige alguns cuidados (poucos, é verdade). Contudo, não há regra ou fórmula pronta para que a aventura em família seja um sucesso, com zero possibilidade de estresse (veja nosso checklist para férias com criança no exterior).

    Apesar de o nosso filho, Joaquim, ter 14 anos, ainda há quem queira saber dicas para viajar com criança pequena. É fato que pouca coisa mudou nesse universo em relação à época em que viajávamos com ele miudinho ainda. Antes de mais nada, é preciso ter em mente que a viagem é, por si só, um estado de exceção na vida da família. Sendo assim, algumas regras podem sem revistas, ajustadas ou, até, dispensadas.

    Sem aperto

    De que adianta a calça mais bonita ou o vestido de lacinho se a criança ficar enjoada porque a roupa limita sua liberdade de movimento? Então, ponha na mala roupas confortáveis. Tem tanta peça descolada com visual bacana. A fim de evitar apertos de outra ordem, a mala do meu filho costumava incluir moda para todas as estações. Dessa forma, eram poucas peças para cada clima, mas todos estão lá.

    Sem tralha

    Mesmo quando meu filho tinha meses de vida a gente procurava levar em uma viagem com criança só o que era preciso para a felicidade geral. Quando Joaquim era bebezinho, berço portátil e carrinho eram itens de primeira necessidade, além de mamadeira e escovinha para lavá-la. Contudo, depois de 1 ano e meio de idade, o carrinho foi abolido. Com 2 anos, a mala diminuiu drasticamente.

    Se o Joaquim já tirava a soneca da tarde na escola no colchonete por que teria de dormir todo protegidinho? Pois é, coisas de mãe, às vezes a gente esquece que o filho cresce — ou reluta em lembrar. Mas no momento oportuno a ficha cai. Quando pequenino, bastava um lugar aconchegante para ele descansar, fosse uma cama encostada na parede ou improvisada no chão com edredon. Só duas coisas não podiam faltar até os 2 anos para o meu filho: a chupeta e um soninho (um boneco gostoso para ele abraçar e dormir com os anjos).

    viagem com crianças

    Sem maratona

    Criança tem ritmo próprio, e todo mundo ganha quando ele é respeitado. Evite programar um monte de coisas para o mesmo dia. De fato isso não é legal nem para adultos, entretanto quem nunca correu naquela ansiedade para ver tudo? Para viajar com filhos, é bom considerar que, além do mais, as perninhas são pequenas e, portanto, dão passinhos menores.

    Os interesses também podem ser diferentes do seu. É outra pessoa, e uma pessoa com visão de criança. Para meu filho pequeno, a maior viagem era ver todas as cores de avião no aeroporto e brincar com crianças desconhecidas nos destinos. Conforme foi crescendo, passou a perceber mais claramente muitos detalhes da viagem.

    Sem preconceito

    Aventure-se pelas escolhas menos óbvias nas viagem com crianças. Às vezes, é bom ter no roteiro programas que fazem sucesso entre crianças, como aquários e zoológicos, mas nada impede de incluir passeios por museus, por exemplo.

    Basta envolver seu filho no planejamento da viagem. Sendo assim, que tal mostrar pela internet as obras que serão conhecidas ao vivo depois? Criança não nasce gostando ou odiando alguma coisa. Se o adulto não demonstra preconceito, ela se mantém aberta a experimentar o novo. Nós fomos a muitos museus para crianças na Alemanha com Joaquim.

    Sem rigidez

    Criança precisa se alimentar bem e com qualidade, obviamente. Mas são férias! Seu filho não vai ficar doente se comer hambúrguer e batata frita eventualmente. Inclua os itens saudáveis nas refeições dentro do clima do passeio: sucos e sorvetes de frutas regionais, couve e laranja no prato de feijão, peixinho na brasa como aperitivo na praia…

    viagem com criança
    O senhor pommes frites ataca em Frankfurt

    Sem descuido

    Em qualquer época do ano em que seja feita a viagem com crianças hidratação é essencial. Por isso, água e sucos nunca são demais. Bem, o garoto ‘água de coco’ aqui de casa já tomava de caixinha o ano todo, então dá para imaginar o estrago que fazia quando encontrava coco natural pela frente.

    Outros itens indispensáveis na bagagem são protetor solar e repelente — no verão, um bom chapéu garante uma sombrinha e uma carinha linda para encher de beijos.

    Sem doença

    Já que não se pode escolher que parte do código genético mandar para o forno, meu filhote é alérgico como eu. Então, uma farmacinha é mão na roda para a gente. Não se trata de chamar problemas, mas de conseguir resolvê-los rapidamente. Antitérmico, xarope e anti-histamínico vão sempre para a necessaire.

    Sem consumismo

    Comprar menos, experimentar mais. Nadar juntos, caminhar pelas ruas a caminho daquele centro cultural, conversar com tartarugas, abraçar no cansaço do fim do dia. Com toda a certeza você quer trazer coisas fofas para seu filho usar ou brincar, mas as experiências também são ótimas lembrancinhas de viagem. Quando a criança começa a falar (o nosso sempre foi um doce tagarela), é maravilhoso ver como ela gosta de lembrar e contar o que viveu.

    viagem com criança
    Fernando e Joaquim nas ruas do Rio Vermelho, durante a Festa de Iemanjá

    Sem censura

    Alegria de criança em dose máxima. Portanto, vale envolver seu filho na viagem usando elementos que ele curte. No caso do meu, música, muita música. Para entrar no clima antes de embarcar e também para distrair e animar durante o trajeto. E por que não inventar as próprias músicas? Até hoje me lembro do repente que inventei com meus irmãos na estrada a caminho do sertão pernambucano. Quando meu filho era pequenino, eu voltava no tempo de criança e dava uma ajudinha. A companhia de uma criança é um excelente pretexto para soltar a criatividade.

    Sem neurose

    Caso tudo dê errado, fora do planejado, seu filho não vai se incomodar, desde que você não surte também. Para ele, importa muito mais a presença e a tranquilidade dos pais do que megaprogramas. Ele pode até fazer um escândalo, aquela pirraça pela frustração inicial, mas vai parar se, em vez de entrar na onda dele, você o trouxer para tua onda. Essa dica nem sempre funciona porque somos humanos e às vezes a paciência vai para o espaço mesmo. Porém, vale o esforço de tentar manter a calma. Costuma evitar desdobramentos mais cansativos ainda.

    Sem nostalgia

    Para não passar o ano inteiro sonhando com as próximas férias, dá para reviver os momentos de felicidade com jogos ou brinquedos artesanais comprados na anterior. Uma delícia também é passar a tarde vendo fotografias. E, enquanto a folga mais longa não chega, fazer pequenas viagens ou passeios de um dia.

    Sem regra

    Tudo isso acima pode não servir para sua família, ou talvez apenas parte disso seja útil. Até para nós mesmos. Conforme as fases do meu filho foram passando, nós nos adaptamos. O caso mais recente ocorreu durante nossa viagem a Paraty, quando pegamos 3 dias de chuva sem trégua. Acredite, tiramos o melhor proveito disso, inclusive durante a visita à Fazenda Bananal, onde provamos plantas comestíveis.

    Por fim, um pouco de improviso é bom para não se tornar tão sistemático e ter a chance de descobrir outras formas de viajar, dentro e fora de casa. Pelo menos até aqui tem sido assim, com esta nossa ‘fidura’, alegre e surpreendente.

  • Cirque du Soleil em Las Vegas

    Cirque du Soleil em Las Vegas

    ESPETÁCULO 'O' - Foto: Divulgação
    ESPETÁCULO ‘O’ – Foto: Divulgação

    Se há um lugar nos Estados Unidos onde é possível ver o Cirque du Soleil sempre, esse lugar é Las Vegas. O grupo de circo nasceu no Canadá, onde também mantém durante o ano todo algum show em cartaz em diferentes cidades, mas a trupe é habitué em Las Vegas.

    Para se ter ideia da forte presença do grupo na cidade americana, em outubro de 2016, havia 7 espetáculos do Cirque du Soleil com temporada em Las Vegas, em comparação com 2 em Nova York ou 1 em Orlando. O visitante podia escolher entre O (no Bellagio), Kà (no MGM Grand), Michael Jackson One (no Mandalay Bay), Criss Angel Mindfreak Live (no Luxor), Zumanity (no New York New York), Mystère (no The Treasure Island) e The Beatles Love (no The Mirage).

    Se você gosta das acrobacias e das ousadias do grupo, então, vale conferir a agenda de espetáculos do Cirque du Soleil antes de embarcar para a cidade americana, pois é grande a chance de encontrar um show ao seu gosto.

  • Visto de turista entre Brasil e EUA deve acabar?

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    Leia mais sobre o assunto em: Setor de turismo pede fim do visto

  • Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    A primeira viagem sozinha depois de ser mãe a gente nunca esquece. E o destino também não. Há um ano eu voltava do Canadá, onde cobri a Go Media, feira de turismo do país. Era para mim uma retomada profissional com força total. Quem me conhece sabe que trabalhei 10 anos no Grupo Estado e há 3 anos pedi demissão para ser frila. Minha ideia era ter mais tempo para viver. E viver incluía várias coisas simples e essenciais, viver incluía ter um filho. Engravidar e ter tempo para viver a gravidez. Ter meu filho e viver a maternidade.

    Eu vivi. Até os 6 meses do meu filho, não conseguia me imaginar fazendo outra coisa que não fosse ser mãe. Quando me ocorriam pautas relacionadas a bebês, eu pensava ‘tomara que alguém faça, eu adoraria ler sobre isso’. Me ofereceram guia para editar, pautas para tocar, mas eu não tinha vontade de nada daquilo. A natureza é tão doida que, conforme meu filho se aproximou do 1º aniversário e foi ficando mais independente, eu fui sentindo falta de existir de outra maneira também.

    Comecei, então, a fazer alguns frilas. E aí surgiu o Canadá. Surgiu mesmo porque, até então, o Canadá não me causava nenhuma palpitação. Mesmo trabalhando em turismo, nunca tive grande expectativa em relação ao país. Pois foi uma linda surpresa. A paisagem, as cidades, as pessoas, as comidinhas.

    Vancouver, a bela canadense no Pacífico

    Barcos em Vancouver, num dos muitos cenários bonitos na cidade canadense

    Me apaixonei por Vancouver. Dizem que por lá chove muito, mas eu peguei um sol absurdo. Que cidade alto-astral! O lindo visual do Stanley Park, os táxis aquáticos. Depois de dias cruzando o Canadá de trem, que bom sentir a vida ao ar livre, e isso eles aproveitam ali. Quanta bicicleta, gente andando. Foi uma experiência complementar à viagem em que atravessei as impressionantes Montanhas Rochosas, após passar pelas pradarias canadenses. Durante o trajeto, não vi nenhum alce infelizmente. Mas o simpático bichinho é um símbolo nacional e sua figura está em tudo, até em bala de xarope de maple! Não pude deixar de comprar para o meu filho em Vancouver uma mochilinha com um alce de pelúcia pendurado.

    Cheguei à cidade louca para falar com meu menininho. O trem não tinha wifi. Nas estações em que eles informavam que tinha internet, eu descia a hora que fosse. Numa parada saí da cabine às 5 da manhã com o computador na mão para tentar uma conexão, em vão.  Em 3,5 dias, de Toronto a Vancouver, consegui internet apenas rapidamente na estação de Winnipeg. O cenário visto de trem foi incrível, e as companhias, maravilhosas, mas, para uma mãe que viajava pela primeira vez sozinha, foi algo duro de segurar.

    Toronto, a maior cidade do Canadá em geral

    CN Tower, entre outros pontos turísticos de Toronto

    Toronto é uma grande pequena cidade, surpreendente. Cosmopolita com jeito de miúda. Com ótimos museus como o Royal Ontario Museum e sua coleção de dinossauros. No mega shopping Eaton Centre, comprei um Mickey e um Ursinho Pooh para meu filho na loja da Disney. Bem coisa de mãe em primeira viagem, praticamente tudo o que trouxe foi para o meu filho. E olha que não sou das mais consumistas. Mas, em Toronto, também não resisti a ideia de ver meu garotinho no fofo pijama com as folhas do Canadá que vi na lojinha da CN Tower, outro passeio bacana para ver a cidade de até 447 metros de altura.

    Praticamente fiz o Canadá de ponta a ponta. Se você não for cruzar o país, uma boa ideia é dividir a viagem em duas. A oeste, Vancouver e as Rochosas. No centro-leste, Toronto, Montréal e uma esticada a Québec.

    Montréal, a maior cidade do Canadá francês

    Contato com o francês e um outro Canadá, em Montréal

    Bem, eu fui com tudo já na primeira vez. De Vancouver, voei para Montréal, no leste do país. A parte antiga da cidade é linda, com suas vielas e o porto. O bairro de Plateau Mont-Royal também é um charme. Uma delícia se lambuzar com molho de poutine no La Banquise. O restaurante serve diversas variedades do prato típico de Montréal (na versão original, as batatas fritas são cobertas por molho e queijo). Não é balela dizer que a cidade tem de fato duas línguas. As pessoas falam francês, o primeiro idioma do lado leste, mas quem sabe só inglês é recebido sem aperto.

    Québec, a única cidade murada acima do México

    De Québec saiu a foto que era o símbolo do Como Viaja no início

    Para terminar a viagem, peguei o trem para ir a Québec. Também me virei com o inglês, mas a história é outra: língua ali é o francês. A cidade parece mesmo uma francesinha na área dentro da antiga muralha. Naquelas lojinhas de souvenir de aeroporto, não resisti e comprei um último mimo para meu filhote: um casaquinho de moleton com um alce para puxar o fecho e várias letrinhas com alce. Mais Canadá impossível.

  • Recorde de desembarques nos aeroportos brasileiros

    Em agosto, 6,79 milhões de desembarques foram registrados nos aeroportos brasileiros, de acordo com o Ministério do Turismo. Isso representa um aumento de 12,24% em relação ao total no mesmo mês em 2010. O número foi o mais alto já registrado em agosto.

    O total de desembarques nacionais nos primeiros oito meses do ano é de 52,15 milhões, quase 20% superior aos 43,54 milhões do mesmo período no ano passado. A expectativa do Ministério do Turismo é fechar o ano com 78 milhões de passageiros desembarcados — em 2010, foram 68,2 milhões.

  • Na República Dominicana, mais turistas brasileiros

    E os números de turistas brasileiros pelo mundo não param de subir. Agora foi a República Dominicana que divulgou o aumento de visitantes do Brasil por lá. Em setembro do ano passado, a projeção do país era de receber 50 mil brasileiros em 2011. Mas, até agosto, já foram 45.993, o que fez subir a expectativa para 62,5 mil turistas do Brasil até o fim do ano.

    Por aqui, o Escritório de Turismo da República Dominicana investe em divulgação, roadshows e capacitação de agentes de viagem e também confirmou sua presença em feiras do setor de turismo como a Feira das Américas, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). Com tudo isso, mais o aumento no número de voos do Brasil para lá, o país já espera receber 150 mil turistas brasileiros em 2012.

  • Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    Comidas típicas de Portugal: pratos tradicionais por região do país

    As comidas típicas de Portugal são a perdição de qualquer viajante pelo país. É preciso ser muito enjoado para não se deliciar com receitas que esbanjam sabor e tradição. O bacalhau, o caldo verde, as alheiras, tudo isso está no imaginário do brasileiro quando se pensa no que o povo português nos deixou de legado culinário. Os pratos de Portugal vão da delicadeza do pescado (abundante em um país abraçado pelo oceano) ao vigor das carnes (grelhadas, assadas, ensopadas, deliciosas todas).

    Certa vez, escrevi que dificilmente abandona-se a mesa em Portugal sem carregar nas papilas marcas de uma cozinha farta em paladar e quilos a mais na cintura por obra da gula. Como netos de portugueses, Nathalia e eu decidimos fazer esta lista de comidas típicas de Portugal sabedores de que você vai terminar de ler o texto com água na boca. A relação está destacada por região do país, indo rumo ao sul no mapa e incluindo a Ilha da Madeira e os Açores.

    Comidas típicas do Porto e Norte

    Portugal nasceu aqui, região que tem no Porto sua cidade mais conhecida. A região do Minho, de cidades como Braga e Viana, foi a que mais contribuiu para o fluxo migratório rumo ao Brasil. Porém, as comidas típicas do noroeste de Portugal nem de perto são conhecidas como as incontáveis versões de bacalhau que a mesma região nos brindou. Aliás, o bacalhau pode ser encontrado de todas as maneiras: fresco, salgado e ainda em conserva. Então, comecemos com as receitas que levam o ‘fiel amigo’, apelido do pescado mais famoso do país.

    Bacalhau, prato típico de Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Bacalhau à Gomes de Sá

    Tradicional receita do Porto feita com lascas de bacalhau marinadas em leite durante cerca de 2 horas antes de irem à panela. Os pedaços são preparados em azeite, com cebola e alho. Eles chegam à mesa com os acréscimos de azeitonas pretas e ovos cozidos. O nome foi dado em homenagem ao criador da receita, o comerciante José Luis Gomes de Sá

    Bacalhau à Minhota

    As postas de bacalhau são douradas dos dois lados em azeite quente. Sobre elas são colocadas cebolas e alho picado puxados no mesmo óleo. Batatas em rodelas, também fritas no azeite, acompanham o prato, que ainda leva tiras de pimentão vermelho.

    Bacalhau ao Zé do Pipo

    José Valentim, o Zé do Pipo, criou este prato para um concurso culinário no Porto. É a versão que mais aprecio à base de bacalhau. Aqui, o fiel amigo serve de recheio a uma massa que leva purê de batatas e maionese levada para gratinar. No meio dessa mistura vão temperos e ingredientes que tornam o prato ainda mais saboroso.

    Tripas à moda do Porto

    A história ensina que este prato passa pela tomada de Ceuta (1415) pelos portugueses, quando o exército precisou levar a bordo todo o estoque de carne da região do Porto, restando à população as tripas animais (daí os cidadãos portuenses serem apelidados de tripeiros). Trata-se de um grande cozido à base de vísceras, de enchidos (salsichas ou linguiças) e feijão branco. Qualquer semelhança com a nossa dobradinha não é mera coincidência. Prato de sabor intenso.

    Tripas à moda do Porto
    Tripas à moda do Porto, comida típica – Foto Porto Convention & Visitors Bureau

    Rojões à moda do Minho

    Prato forte à base de pedaços carne de porco sem osso aos quais se juntam posteriormente fígado suíno e tripas enfarinhadas (enchido típico do Norte de Portugal), ambos fritos. Depois, essa mistura é cozida lentamente. Acompanha batatas e castanhas na hora de servir.

    Papas de sarrabulho

    Por ser uma receita típica do Minho, ela é muitas vezes servida com os rojões. Leva sangue de porco, miúdos suínos, carnes de vaca e de galinha, cominho, farinha de milho, entre outros ingredientes. Prato para ser apreciado no inverno, sobretudo.

    Arroz de lampreia

    O protagonismo desse arroz está na lampreia, animal aquático de forma alongada e cilíndrica, como uma enguia. A cidade de Penacova, próxima a Coimbra, é considerada a capital portuguesa da lampreia, que tem um festival gastronômico dedicado a ela em fevereiro há cerca de 30 anos. 

    Posta mirandesa

    Comida portuguesa da região de Trás-os-Montes feita à base de carne de vaca, temperada com sal grosso e levada à grelha. O acompanhamento fica a cargo das famosas batatas ao murro (cozidas e posteriormente esmagadas de forma grosseira) e grelos salteados (talos de hortaliças levados à frigideira sem gordura). 

    Alheira

    Os judeus que queriam escapar da Inquisição driblaram o fato de não comerem carne de porco fazendo um enchido à base de aves e usando pão para dar consistência à massa. As tripas recheadas eram igualmente postas para defumar em varais, como os cristãos faziam com os enchidos de carne suína, não gerando assim suspeitas de sua origem religiosa.

    Alheira, comida típica de Portugal
    Alheira de Mirandela – Foto: Turismo de Portugal/Divulgação

    Francesinha

    Sanduíche parrudo, típico da cidade do Porto. Dentro do pão vão salsicha, linguiça, presunto, bife de vaca, tudo coberto por queijo derretido e molho que mistura cerveja, caldo de carne e vinho do Porto. E, em alguns casos, cabe ainda um ovo frito por cima. É servido com batatas fritas. A bomba calórica ganhou esse nome por guardar alguma semelhança com o sanduba francês croque-monsieur.

    Caldo verde

    As sopas engrossam a lista de comidas portuguesas típicas. Mas é o caldo verde que parece simbolizar nossa relação com o país europeu. É pura tradição do Minho. Leva batatas, couves e chouriço (no Brasil, a linguiça Toscana cumpre este papel). É um prato de inverno, de comer suando.

    Comidas típicas do Centro de Portugal

    Fátima, Coimbra e Castelo Branco fazem parte do Centro de Portugal, onde se localiza a Serra da Estrela, o ponto continental mais alto do país e também a região em que se produz um dos queijos portugueses mais famosos.

    Caldeiradas de peixe

    O nome revela ser receita de uma panela. E é. No caso, uma invenção culinária de pescadores, que colocaram peixe, batatas, cebolas e tantos outros ingredientes em camadas dentro de um tacho.

    Leitão da Bairrada

    Crocante por fora, macio e suculento por dentro, essa receita de leitão típica da Bairrada, no Centro de Portugal, é muito consumida em dias de festa. Vai sempre muito bem com batatinha cozida sem pele e laranja em rodelas.

    Cabrito estonado a Oleiros

    O consumo do cabrito não se limita à Páscoa na Beira Baixa de Portugal. Nesta receita, típica da cidade pertencente ao distrito de Castelo Branco, a pele do animal é mantida na hora de assar em forno a lenha, a fim de garantir suculência e sabor.

    Chanfana

    A rigidez da carne de cabra velha é vencida pela marinada em vinho tinto e temperos. Uma dose de aguardente é acrescentada quando tudo vai à panela de barro, selada para ser esquecida no fogo por quase 5 horas de cozimento. o Resultado é um prato típico português da região da Bairrada, já eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, em 2011.

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    Comidas típicas de Lisboa e arredores

    Única capital da Europa em que o sol se põe no mar, Lisboa oferece de restaurantes refinados a tascas mais simples. Em todos eles há pratos típicos de Portugal, ora em releituras, ora em verão ortodoxa, sem nunca dever em termos de qualidade e sabor. 

    Bacalhau à Brás

    Diz a crença popular de que as raízes do prato estão no Bairro Alto, em Lisboa. A receita leva bacalhau desfiado e batata palha, ambos fritos com cebola em azeite. Ovos batidos com garfo são derramados sobre os ingredientes, dando uma textura cremosa ao prato. Azeitonas pretas picadas são o toque final.

    Sardinhas assadas

    Considerada a rainha do mar, a sardinha em sua versão assada vai à grelha apenas com sal grosso. Prato comum nas festas dos santos populares (Antônio e São João, no período junino), ele é servido com batatas cozidas e pão.

    Bife à Marrare

    Napolitano radicado em Lisboa, Antônio Marrare criou este prato, muito popular sobretudo nos cafés lisboetas do século 19. Trata-se de um bife coberto por molho à base de manteiga e natas (algo semelhante ao creme de leite). Feita na própria frigideira, a mistura cremosa adquire a coloração meio marrom do suco da carne. O restaurante Brilhante, no Cais do Sodré, é um dos poucos da cidade que revive este clássico.

    Choco frito

    Esse molusco é o principal ingrediente dessa receita comum à região de Setúbal (área metropolitana de Lisboa). Marinados em alho, limão e sal, os tentáculos do choco são ainda empanados em farinha de milho. Frito, o petisco é servido com limão para espremer por cima. 

    Peixinhos da horta

    Na primeira metade do século 16, muito antes de as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) serem consumidas, surgiu este prato feito com vagem de feijão encapada por massa de farinha, frita em óleo. Sim, se você pensou em tempurá, acertou. Os portugueses apresentaram a novidade aos japoneses, durante o período das Grandes Navegações.

    Castanhas assadas

    A simplicidade está materializada nesta receita, que exige castanhas, forno a 200°C e cerca de 30 minutos de espera. Polvilhar sal grosso sobre o fruto seco é opcional. Sazonal, seu consumo se dá mais a partir do outono, quando é comum ver pessoas comendo castanhas na rua, preparadas em fogareiro a carvão.

    Comidas típicas do Alentejo

    O passado de carências fez surgir no Alentejo uma cozinha em que o pão e a água se converteram em base para uma série de receitas. A eles foram adicionadas ervas aromáticas, que enriqueceram de sabor as poucas quantidades de carnes ou pescados. Estão no mapa da região cidades como Évora, Santarém, Sines, Portalegre e Beja.

    Sopa de tomate

    A base deste caldo leva tomate, cebola, alho, temperos variados (louro, orégano, sal e pimenta) e água fervente. O que confere ponto mais viscoso à mistura é a batata. No Alentejo, os ovos são acrescentados para serem escalfados (fervidos no próprio líquido) antes de a sopa ser servida.

    Açorda

    Não há carne nem legumes nesta receita típica do Alentejo. Leva pão rústico picado, alho picado e coentro. Acrescenta-se água fervente aos poucos, criando uma papa. Por fim, adiciona-se uma gema de ovo, para ser cozida no calor dos ingredientes. 

    Migas

    A primeira parte deste prato consiste em fritar carnes de porco e reservar. Então pega-se pedaços de pão rústicos para passar na mesma frigideira. O acréscimo de água faz surgir uma papa e, posteriormente, umas pelotinhas. É uma comida típica de Portugal no inverno, para ganhar quilos à mesa.

    Ensopado de borrego

    Pedaços de cordeiro novo estão na base deste prato, mais consumido na Páscoa. Suculenta, a receita ganha batatas cozidas no próprio molho da carne e um toque de hortelã fresca ao cozido. O pão alentejano tostado é um complemento indispensável na hora de saborear.

    Carne de porco à Alentejana

    Terra e mar em um prato criado por um cozinheiro do Algarve, mas que usa o porco típico do Alentejo. Marinados de um dia para o outro, os pedaços de carne suína são fritos e ganham a companhia das amêijoas. O calor da mistura faz cozinhar e abrir a concha deste molusco semelhante ao marisco. Nacos de batatas fritas fazem parte do resultado final.

    Comidas típicas do Algarve

    Sinônimo de sol e praia, o Algarve é destino de férias no sul de Portugal. Com o mar a seus pés, natural que as receitas típicas tivessem ingredientes vindos das profundezas do oceano. Da capital, Faro, às cidades de Tavira e Albufeira os pratos primam por frescor e traços da cultura árabe.   

    Amêijoas de Cataplana

    O molusco mais famoso do Algarve é cozido na tradicional panela, originária dos anos de domínio árabe na região. Não faltam cebola, alho, tomate, louro e salsa na composição dessa iguaria, acrescida ainda de pequenas partes de chouriço e bacon. Come-se com pão, especialmente para molhar no caldo.

    Carapaus alimados

    Versão escabeche deste peixe. Limpo e cozido rapidamente em água fervente, ele é regado por azeite e suco de limão. Salsa e rodelas de cebola crua completam a receita, criada para ser consumida até mesmo dias depois do preparo.

    Estupeta de Atum

    As partes menos nobres do atum são chamadas de estupetas. Nesta salada típica do Algarve, a carne é dessalgada antes de ser misturada com cubos de cebola, tomate e pimentões verde e vermelho. 

    Polvo

    O complemento deste título poderia ser grelhado, ensopado, à vinagrete, em forma de salada, assado… Come-se este molusco de todas as maneiras no país. O prato típico de Portugal é muito consumido, especialmente no Algarve, onde se destaca o polvo à lagareiro, temperado a sal e alho e fartamente regado por azeite. Para comer junto? Batatinhas, ora pois.

    Comidas típicas da Ilha da Madeira e dos Açores

    As ilhas situadas no meio do Oceano Atlântico guardam um certo ar tropical em seu clima. Há receitas semelhantes entre si e outras que remetem às comidas típicas de Portugal continental.

    Cozido de Furnas

    Comida de uma panela só. Nela vão carnes de porco, de vaca e de galinha, morcela, chouriço, inhame, repolho, couve, batata, cenoura e nabo. Os ingredientes são postos sem água nem gordura na panela, que é enterrada em buracos no solo vulcânico. Tudo é cozido no vapor a 110°C por cerca de 5 horas. Prato típico de Furnas, localidade na ilha açoriana de São Miguel.

    Bolo lêvedo

    Assim como ocorre com o bolo do caco da Ilha da Madeira, esta receita dos Açores está mais para pão, por causa do formato. E as semelhanças param por aí, já que o de lêvedo, à base de farinha e batata, tem sabor adocicado.

    Bolo do caco

    Entre as comidas típicas de Portugal está esse pão originário da Ilha de Porto Santo, com raízes árabes. Um dos segredos está na quantidade de dobras (3) da massa, que leva nada além de farinha de trigo, água, sal e fermento. O pão é assado sobre uma pedra (o caco) aquecida em brasa.

    Bolo do caco, quase um pão pitta
    Bolo do caco, quase um pão pitta – Foto Holger Leue/Divulgação

    Bifes de atum

    Peixe abundante na região da Ilha da Madeira, o atum é temperado com vinagre, louro, alho e sal. Frito em azeite, ganha acompanhamentos de milho frito e molho vilão – à base de vinho branco, vinagre, cebola e segurelha (erva aromática).

    Lapas

    Este pequeno marisco da ilha é grelhado em manteiga derretida e alho por apenas 5 minutos (se passar disso, fica borrachudo). Serve-se com suco de limão. Prato sazonal, já que a lapa só pode ser apanhada no mar de outubro a abril.

    Prato típico da Ilha da Madeira: Lapa
    Lapa, molusco da Ilha da Madeira – Foto Francisco Correia/Divulgação

    Espetadas de carne

    Pedaços de carne são temperados com sal grosso apenas e fincadas em espetos de loureiro, árvore comum na Madeira. Come-se com cubos de farinha de milho e couve.

    Carne de vinha d’alhos

    O segredo está na vinha d’alhos, marinada que combina vinho, vinagre, alho, louro, cravo-da-índia, pimenta do reino e sal. Pedaços de carne de porco ficam imersos nesta mistura por cerca de 6 horas (há receitas que falam em 2 ou 3 dias!). Depois de dourada em gordura, a carne é servida com pão frito em azeite ou batatas coradas.

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  • Portugal tem 175 praias acessíveis a deficientes

    Portugal tem 175 praias acessíveis a pessoas com dificuldade de locomoção. O projeto Praia Acessível – Praia para Todos já certificou 153 praias no continente, 8 na Ilha Madeira e 14 em Açores. Uma parceria entre o Instituto Nacional para a Reabilitação, o Instituto da Água, o Turismo de Portugal e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o projeto começou em 2004 e teve como objetivo garantir que o litoral esteja acessível a pessoas independentemente da idade e de problemas de mobilidade.

    Das 175 certificadas, 95 oferecem cadeiras anfíbios, item que não é obrigatório para a certificação, mas que facilita o banho de pessoas com necessidades especiais. Uma praia é considerada acessível se tem as seguintes características: acesso fácil para os pedestres, vagas demarcadas para deficientes, acesso à área de banho por rampa ou com recursos mecânicos, passarela na areia e sanitários e posto de socorros acessíveis.

  • Menu a preço fixo em várias cidades, na Restaurant Week Brasil

    Menu a preço fixo em várias cidades, na Restaurant Week Brasil

    São Paulo, Rio de Janeiro e outras 13 cidades realizam a Restaurant Week Brasil, com o melhor da gastronomia em menu a preço fixo. Evento tem uma data diferente para cada lugar onde é realizado; confira o calendário

    ATUALIZADO EM 15 DE ABRIL DE 2018

    Evento gastronômico que oferece menu a preço fixo, a Restaurant Week se espalhou pelo Brasil. Realizado em até 15 cidades, tem uma data para cada lugar onde ocorre. O cardápio dos restaurantes inclui entrada, prato principal e sobremesa.

    Algumas das cidades que fazem sua edição da Restaurant Week são São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador. São Paulo e Rio de Janeiro, além da edição tradicional, costumam ter também uma versão Premium do evento, com restaurantes que cobram um valor mais alto. Em todas as cidades os preços não incluem bebidas nem os 10% sobre o valor total da conta.

    Em 2018, o tema do evento é a Copa do Mundo, com as 32 seleções que vão disputar o torneio na Rússia servindo de inspiração para os chefs montarem seus menus a partir de ingredientes dos países participantes do mundial.

    No site do evento, são atualizadas as datas das edições por lugar. É possível clicar em cada cidade e verificar os restaurantes participantes da Restaurant Week.

    Foto: Divulgação
    Foto: Divulgação

     

    VALE SABER

     

    São Paulo (22ª edição)

    Data: Até 22 de abril

    Restaurantes: cerca de 200

    Preços Menu Week: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90

    Preços Menu Premium: Almoço desde R$ 68 e jantar a partir de R$ 89 (ambos, mediante reservas)

     

    Curitiba (17ª edição)

    Data: De 19 de abril a 12 de maio

    Restaurantes: 35

    Preços: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90

     

    Site: restaurantweek.com.br

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