Autor: Nathalia Molina

  • Flamenco além da Andaluzia

    Reprodução

    Flamenco é quase sinônimo de Andaluzia, mas o ritmo pode ser ouvido também em outras partes da Espanha. Vizinha à Andaluzia, a região de Murcia tem eventos tradicionais com o canto flamenco. Os dois ocorrem neste mês. Hoje começou a 51ª edição do mais conhecido deles, o Festival Internacional del Cante de Las Minas. Realizado na cidade de La Unión até 13 de agosto, o evento inclui apresentações de cantores consagrados e um concurso de novos talentos. Há um ano, o festival ganhou um museu para registro de sua história. Funciona o ano todo, de segunda a sexta. No fim do mês, o canto flamenco toma conta do município de Torre Pacheco. De 22 a 28 de agosto, a 32ª edição do Festival de Cante Flamenco de Lo Ferro reúne cantores do sul da Espanha e dançarinos convidados.

  • No Rio, o verão no inverno

    No Rio, o verão no inverno

    Fotos: Nathalia Molina

    O tempo anda tão maluco que virou loteria planejar uns dias de folga na praia. Quando estivemos no Rio em novembro, mês tradicionalmente quente, não conseguimos pôr o pé na areia. Desta vez, nada do chuvoso inverno carioca. O calorzinho até deu coragem de se molhar no congelante mar do Leblon. Eu adoro me sentar diante do mar só para ver as ondas quebrando, me dá uma paz… Mas acabo não resistindo a toda aquela água e molho nem que sejam as pernas. Pelo visto, meu filho de 2 anos vai pelo mesmo caminho. Vamos à praia, ele dizia com os pés sobre a areia, apontando para o mar. Joaquim, nós estamos na praia. Não vale. Para ele, praia é mar.

    Foi um delicioso dia de verão fora de época, fechado com aquele cansaço bom que bate depois do banho após uma ida à praia. Ainda mais considerando que, antes de ver o mar, fomos ao Bracarense e comemos um bobó de camarão. Às quartas, na hora do almoço, o prato bem farto no crustáceo sai a 30 reais para duas pessoas. Difícil foi fazer o revezamento cadeira-ondas durante a digestão.

  • Guia de shoppings em SP

    O que eu andei aprontando está hoje nas bancas, dentro do Estadão: a quarta edição do Divirta-se — Shoppings. Um bom guia para quem gosta de fazer compras na capital paulista e nos arredores. Inclui a avaliação de 52 shoppings e sugestões de produtos nas páginas de Consumo.

  • Novo voo diário SP-Orlando

    A TAM terá um segundo voo diário direto entre São Paulo e Orlando a partir de 2 de agosto. A nova frequência tem decolagem de Guarulhos à 0h55 e pouso na cidade da Flórida às 9 horas (local). No sentido inverso, a partida ocorre às 10h50 (local), e a chegada, às 20h20.

    A companhia já conecta as duas cidades sem escalas, todos os dias. O avião sai às 11h10 de São Paulo e desce às 19h15 em Orlando. No retorno, decola às 21h10 e chega a Guarulhos às 6h45. A passagem SP-Orlando custa a partir de 1.539 dólares. O bilhete é válido para viagens entre 1 e 31 de agosto, tanto a ida quanto a volta — vendas até 10 de agosto.

  • Ah, os Lençóis…

    Ah, os Lençóis…

    A melhor época para ir aos Lençóis Maranhenses é agora, no meio do ano, com as lagoas cheias. Eu sabia disso quando, anos atrás, resolvi arriscar a viagem em março. Podia pegar chuva, mas não peguei. Deu sol! O tempo estava a favor. Se tem algo que não falta no Maranhão é calor, ótima desculpa para quem, como eu, adora sorvete. Acho que nunca provei tanto picolé como em Barreirinhas.

    Barreirinhas é uma cidade bem pequena, a uns 250 quilômetros de São Luís. Ela é o ponto de apoio para se conhecer os Lençóis Maranhenses. Ali os turistas se hospedam e compram artesanato de palha de buriti. Do trançado da folha dessa árvore muito comum na região saem chapéus e bolsas, que costumam ser mais baratos do que nas lojas da capital.

    Os passeios para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses são feitos por empresas de Barreirinhas com carros 4 x 4. As saídas dependem de preencher os lugares no veículo. O roteiro mais comum leva às Lagoas Azul e do Peixe, por isso, sempre tem gente para fazer esse passeio. Para ir à Lagoa Bonita é preciso agendar se estiver fora de temporada, como no meu caso. Mas eu estava vindo de uma semana em Jericoacoara, num espírito mais leve impossível, então, é claro que não reservei nada. Quem não agenda o passeio tem de torcer para aparecer mais gente ou pagar sozinho pelo carro. Opa, tinha mais turista interessado em ver a Bonita! A sorte estava a favor.

    Muita gente desiste de ir até a Lagoa Bonita, mais distante que as duas primeiras, porque não reservou o passeio e porque sai mais caro fazer os dois roteiros. Pense no dinheiro que gastou para ir até lá. Vale economizar num passeio fundamental? As Lagoas Azul e do Peixe ficam próximas uma da outra e são lindas, mas a Bonita… Só ali eu tive realmente a sensação de ter ido aos Lençóis. Depois de uma subida íngreme, o horizonte se alonga. Para todo lado que se olha está lá uma sequência de dunas entremeadas por lagoas. De tudo o que já vi de paisagem na vida, essa visão está entre as mais marcantes.

    Na partida para São Luís, faltou grana para voar, fui por terra. Quem já voltou de avião para a capital maranhense diz que, do alto, se tem a melhor vista da sequência de dunas. Deve ser verdade, já que são aéreas as fotos clássicas que mostram a terra se desdobrando como um lençol esvoaçante — dá para entender a escolha do nome para a região. Sem lagoas cheias tampouco vista panorâmica, a imagem dos Lençóis nunca saiu da minha cabeça. E, pela foto ainda da época do filme, dá para ter uma ideia de que isso faz tempo.

  • NY de graça ou com desconto

    NY de graça ou com desconto

    Will Steacy/Divulgação

    O verão em Nova York pode ser de graça ou com desconto, em eventos, refeições e hospedagem. O site da cidade exibe no link Free o calendário gratuito por semana. Vale dar uma espiada enquanto estiver por lá. Amanhã, por exemplo, tem recital do The Metropolitan Opera no Central Park, às 20 horas. Será a primeira das seis apresentações no festival SummerStage, um dos programas mais bacanas no calor da cidade. Existe há 26 anos, com muita música, teatro e dança. Até 2 de setembro, mais de 100 espetáculos serão vistos em 18 parques nas cinco regiões de Nova York. O principal palco fica no Central Park. Chegue cedo porque enche bem, especialmente aos domingos.

    Antes de partir para lá, aproveite o primeiro dia da Restaurant Week de Nova York. Na sua 20ª edição, reúne em torno de 320 restaurantes com menus a preços fixos no almoço (24,07 dólares) e no jantar (35 dólares). Disponíveis de segunda a sexta, dão direito a entrada, prato principal e sobremesa. Apesar do nome, o evento dura duas semanas e termina em 24 de julho. Barbetta, Le Cirque e Tribeca Grill estão entre os restaurantes que participaram da primeira edição e retornam agora. Junoon, Macelleria, Osteria Morini e Socarrat Paella Bar estreiam neste ano na Restaurant Week.

    Na hospedagem, a promoção Third Night vale para os cinco-estrelas da The Signature Collection, que reúne vários exemplares de luxo. Na compra de duas noites, a terceira sai de graça. Em sua 10ª edição, a campanha é válida até 5 de setembro, em 15 hotéis — entre eles, The Carlyle, Plaza Athénée, Loews Regency, The Ritz-Carlton e The Waldorf Towers. Na página da promoção, estão os códigos para a reserva em cada hotel.

  • Romance em Monte Verde

    Romance em Monte Verde

    Divulgação

    Lareira aquece o ambiente e cria um clima de romance. Talvez por isso, mais de 90% dos quartos dos 185 hotéis e pousadas de Monte Verde, no sul de Minas, tenham lareira. O frio também contribui para a opção. Para se ter uma ideia, a mínima prevista pela Climatempo para a noite do Dia dos Namorados nesse distrito de Camanducaia é de 5° C. Perfeito para a dobradinha fondue-vinho, especialmente a dois.

    Segundo a Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde, famílias têm procurado mais a região, em busca de lazer na natureza, mas o público majoritariamente ainda é composto por casais. Eles estão mesmo em toda parte. Nas ruas em torno da Avenida Monte Verde, passeando por lojas e restaurantes. Em charretes ou cavalos, explorando o cenário natural. Na Pedra Redonda, contemplando a vista a 1.990 metros de altitude. Nas pousadas, aproveitando a lareira e a boa companhia.

  • Casamento em Las Vegas

    Casamento em Las Vegas

    À noite, luzes sem fim. De dia, a bordo de um avião, é surpreendente ver Las Vegas aparecer na janelinha. Naquela aridez, de repente uma cidade. Las Vegas é mesmo um dos lugares mais malucos que eu conheci. Lá tudo parece um impulso, cena de filme. Uma cidade inventada no meio do nada, quase uma ilusão. Dentre as loucuras que podem ser feitas por lás, casar-se é uma delas. Se você se apaixonar, basta sair correndo para a capela mais próxima.

    Artistas como Salma Hayek, Johnny Depp e Jon Bon Jovi se casaram na cidade e escolheram a Graceland Wedding Chapel. Lá, os fãs de Elvis Presley podem optar pela Elvis Ceremony, inspirada no cantor e embalada por suas canções. No pacote Viva Las Vegas, a 199 dólares, um sósia do astro do rock conduz a noiva ao altar e canta duas músicas. Existem outras opções no estilo Elvis, com preços até 799 dólares. Em todas elas, o casal leva uma cópia da certidão de casamento do cantor com a mulher, Priscila.

    Se o desejo de se juntar for urgente, a Special Memory Wedding Chapel pode ajudar. Ali um sósia de Elvis comanda as cerimônias feitas em sistema drive-thru, a partir de 199 dólares. Já a Chapel of The Flowers é a indicada para quem busca algo sofisticado. Ela foi considerada a melhor capela de Las Vegas em 2010 numa enquete realizada pelo Las Vegas Review Journal. O casório custa de 195 a 4.900 dólares, dependendo do pacote.

    Leia mais sobre Las Vegas em: 7 shows do Cirque du Soleil ao mesmo tempo, Cirque Week, a semana du Soleil em Las Vegas

  • Milhas de outras empresas: as 3 alianças aéreas

    Milhas de outras empresas: as 3 alianças aéreas

    Na hora de acumular milhas, é bom ficar atento se a companhia aérea voa para os destinos que você tem vontade de conhecer ou se ela tem aliança com empresas que tenham voos para esses lugares. Com as alianças de companhias aéreas, é possível participar do programa de milhagem de uma empresa e fazer o resgate em outra, geralmente gastando mais pontos do que quando a passagem é emitida pela companhia onde as milhas foram acumuladas.

    Fotos: Nathalia Molina
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    O contrário também vale e muita gente se esquece deste benefício: você pode juntar pontos numa empresa voando por outra, desde que as duas façam parte da mesma aliança aérea. Basta apresentar no check-in o número do cartão do programa de milhagem do qual participa para acumular milhas.

    Entre as brasileiras, apenas a TAM participa de uma aliança, a Oneworld, juntamente com a LAN. A Gol mantém parceria com a Air Canada, Aeromexico, a Delta, a Air France, a KLM, a TAP, a Iberia, a Alitalia, a Aerolíneas Argentinas, a Korean Air, a Etihad e a Qatar.

    Conheça as 3 alianças aéreas existentes antes de decidir por qual companhia voar ou juntar pontos:

    1 > STAR ALLIANCE

    Tem como membros Air China, Singapore Airlines, Air Canada, Continental, United, Copa Airlines, Avianca, Lufthansa, South African, Turkish Airlines, Swiss e TAP, entre outras empresas. É a maior aliança aérea. Atualmente, a Star Alliance conta com 28 participantes — criada em 1997, tinha 5 participantes.

    2 > ONEWORLD

    Fundada em 1999, reúne 15 companhias, entre elas, American Airlines, British Airways, Iberia, Qantas, Japan Airlines e LAN.

    3 > SKYTEAM

    Aero Mexico, Air France/KLM, Alitalia, Aerolineas Argentinas, Delta e Korean Air estão nessa aliança, que possui 20 associadas. Foi criada em 2000.

  • No avião, um bebê que já paga

    Ter um filho que fez 2 anos facilita muito na hora de viajar já que a bagagem encolhe sensivelmente. Nada de berço portátil ou mala cheia de paninhos de boca, mantinhas e mamadeiras. Mas acaba também a prioridade nas filas e na escolha dos assentos. Em compensação, no embarque de ontem de São Paulo para o Rio, pudemos chegar a Congonhas com o check-in feito pela internet, algo que o sistema não permitia nas viagens anteriores, com uma criança de colo.

    Entramos na fila para despachar a mala e fomos para o portão de embarque. Falante, meu filho não parava de repetir ‘mamãe, aviões!’ e ‘todos a bordo!’, uma brincadeira feita pelo pai que ele gravou. A animação se transformou em medo quando ele percebeu que o colo tinha sido trocado por um cinto de segurança numa poltrona grande, de onde se esticava para alcançar a janelinha. ‘Tólo, tólo’, pedia, com a voz ameaçando um chorinho. Perguntei ao comissário se poderia pegá-lo no colo, pois era a primeira vez em que viajava como pagante. Ele informou que, de 2 anos em diante, o correto é usar o cinto de segurança. Obedecemos.

    Envolvi meu filho com os braços e fui falando da aventura de voar. ‘Lembra quando a gente vai para a escola andando e você vê o avião lá no céu? Agora somos nós que estamos no alto e alguém está vendo.’ Ele foi se acalmando, agarrou o minúsculo Peixonauta e pediu a chupeta, mas não conseguiu relaxar a ponto de comer ou dormir. Depois do pouso, gritava ‘conseguiu, conseguiu!’ e não parou de dizer ‘tchau, avião!’ até a gente passar pelo finger.

Pular para o conteúdo