Saiba como funciona a Oktoberfest São Paulo: ingressos e atrações da festa da cerveja no Anhembi, com comida típica e muita música. Inspirado em Munique, evento reúne artistas consagrados e bandas de Blumenau
ATUALIZADO EM 15 DE AGOSTO DE 2017
A Oktoberfest São Paulo voltou. Criada em 2012, mas há dois anos sem ser realizada, a maior festa da cerveja ganha nova edição na capital paulista, agora no Sambódromo do Anhembi. Os organizadores do evento esperam receber cerca de 150 mil pessoas na nova casa. Veja como funciona, as principais atrações e quanto custam os ingressos.
PROJETO DA BIERGARTEN – Divulgação
A festa não é open bar; paga-se ingresso para entrar nos diferentes setores (onde há entretenimento) e o que for consumido (bebidas e comidas). Para a Oktoberfest São Paulo, o Sambódromo está dividido em três grandes áreas:
Biertent: Ocupa um grande pavilhão, que conta com palco para os principais shows, tenda que vende a cerveja oficial da festa e um bar de bebidas destiladas — segundo os organizadores, a parte gastronômica fica a cargo de um chefe alemão.
Biergarten: Nos moldes da Oktoberfest Munique, grandes mesas e bancos vão compor o jardim de cerveja ao ar livre, onde também há apresentações musicais e muito o que comer e beber.
Bierpark: Perto da entrada principal da festa, o Bierpark tem roda-gigante de 20 metros de altura, carrossel, chapéu mexicano entre outras brincadeiras voltadas principalmente à criançada (menores de 16 anos devem estar acompanhados pelos responsáveis).
PROJETO PARA FACHADA DA BIERTENT – Divulgação
Para os pequenos haverá também o espaço kids, localizado próximo à área destinada aos food truck e onde será realizado também um festival de cervejas artesanais do Brasil e da Alemanha — o rock de garagem dá o tom no pequeno palco erguido nessa região do Sambódromo.
PROJETO DO BIERTENT POR DENTRO – Divulgação
A música típica alemã vai ficar por conta de grupos que tradicionalmente tocam na Oktoberfest Blumenau, casos da Banda do Barril, da Banda Munique e da Cruzeiro Orquestra. Em São Paulo, eles vão dividir o lineup com Michel Teló, Durval Lelys, Cidade Negra, entre outros cantores e bandas já confirmados pela organização do festival.
MAPA DA OKTOBERFEST SÃO PAULO 2017 – Divulgação
VALE SABER
Quando: Em 2017, de 29 de setembro a 8 de outubro
Horário: De quarta a sexta, das 14 às 22 horas (sábados e domingos, do meio-dia às 23 horas)
Preço: Os ingressos dão direito à entrada nas seguintes áreas (a festa não é open bar; bebidas e comidas são pagos à parte):
Comum Individual: dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 100 (R$ 50, meia-entrada)
Comum Individual Trajes Típicos: exige que o visitante esteja com traje típico alemão e dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 60
Comum Família: inclui pai, mãe e até 2 filhos de até 14 anos e dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 150
Tenda Individual: dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 150 (R$ 75, meia-entrada)
Tenda Individual Trajes Típicos: exige que o visitante esteja com traje alemão e dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 90
Tenda Família: inclui pai, mãe e até 2 filhos de até 14 anos e dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 250
Alimentação: Barracas venderão comidas típicas na área do Biergarten, um chefe alemão cuidará da parte gastronômica no Biertent e um food park vai se encarregar de saciar a fome dos festeiros na região do Bierpark
Compras: Uma boutique da Oktoberfest vai vender artesanato entre outros produtos alemães
Transporte: Deixe o carro em casa (vais beber, não?) e vá de transporte público. A estação de metrô mais próxima do Anhembi é a Tietê-Portuguesa, que fica a cerca de 30 minutos a pé; segundo o site oficial do evento, linhas especiais de ônibus partirão das estações de metrô Tietê-Portuguesa (linha 1 – azul) e Palmeiras-Barra Funda (linha 3 – vermelha). Se ainda assim você decidir dirigir, saiba que o estacionamento mais próximo é o do portão 38, na Avenida Olavo Fontoura
Quando eu ouvia falar em Cidade das Abelhas, imaginava um passeio exagerado em ciência, beirando a chatice, para ser bem sincera. Tinha medo também que meu filho não gostasse. Ele só tem 3 anos e o mundo das abelhas podia ser um pouco demais. Mas aquela ideia ficou martelando como uma opção de passeio perto de São Paulo, que ainda dava para juntar com um restaurante em Embu, uma cidadezinha simpática. Se fosse uma furada, valia o almoço/jantar fora da capital.
Meu filho trocou de colégio no meio do ano e, neste novo, existe um sistema de empréstimo semanal de livros. O 1º exemplar que ele trouxe para casa? A Abelha Aninha. Aninha é como o Joaquim carinhosamente chama sua melhor amiga na escola anterior, Ana Carolina. Resolvi, então, convidar os pais da Aninha e sua pequena para nos acompanharem nessa incursão ao doce mel.
Estava naquele chove-não-chove a semana toda, e o programa ficou meio a confirmar. Mas o sábado amanheceu com sol. Botamos o carro na estrada. Adoro esses passeios sem muito preparativo, geralmente dão em boa coisa.
Não foi o que pensamos quando nos demos conta de que havíamos esquecido o dinheiro em casa e o pedágio não aceita cartão. É possível ir para lá pela Raposo Tavares, mas quisemos experimentar o caminho pelo Rodoanel. Passado o constrangimento, seguimos viagem. A entrada de Embu fica logo na saída após o pedágio.
Esqueça o GPS; siga as dicas abaixo
Para ir à Cidade das Abelhas, segue-se pela rua principal de Embu. São poucas placas da atração, que aparecem uma vez ou outra. É só seguir o caminho para o Estádio Municipal, conforme recomendado no site da Cidade das Abelhas. Nada que confunda. Confusão mesmo só aconteceu depois que saímos da rua principal. Na rotatória, você vai virar à direita e subir. Tem de passar embaixo de um viaduto. Ali a indicação de Estádio Municipal é para direita. Faça o contrário e pegue à esquerda a Estrada da Ressaca.
Em torno de 7 km depois (sendo uns 2 km de terra nada dramáticos), você vai ver a entrada da Cidade das Abelhas à direita. Uma ruazinha leva ao estacionamento. Com plaquinhas em várias línguas, as abelhinhas dão boas-vindas. A partir daí, prepare-se: é abelha para todo lado. Na sinalização do banheiro, nas placas espalhadas pelo jardim, no pula-pula com escorrega para os pequeninos e, claro, abelhas de verdade!
Aula de Ciência na natureza
Parece exagero e daria para enjoar de tão doce, não fosse por um detalhe: o espaço aberto. As coisas ficam espalhadas, e a informação científica é passada ali no meio da natureza, sem que a criançada (ou a gente) se dê conta claramente de que está aprendendo. Seria lindo se a escola funcionasse assim, né?
Painéis explicativos e um diminuto museu convivem bem com escorregas e balanços — em São Paulo, dizem balança (da série ‘coisas com que nunca vou me acostumar’…). A combinação de ciência com diversão dá num gostoso passeio para se fazer com criança, com bom preço e muita área ao ar livre para a meninada gastar energia.
Escorregador, pula-pula, arvorismo…
Essa, aliás, foi a nossa grande surpresa: a quantidade de atrações recreativas. Passada a entrada – onde ficam aqueles painéis para a criançada pôr o rosto e sair na foto de abelhinha ou de apicultor, como meu filhote na foto do início do texto –, a subida no terreno é acompanhada à direita por 2 escorregadores tubulares e ondulados (um deles bem comprido).
Lá em cima, a garotada encontra cama-elástica (até 7 anos), uma abelha gigante para passear dentro dela e entender o funcionamento do corpo da bichinha.
Depois que estivemos lá, eles inauguraram o LaBEErinto, atração que ensina as crianças sobre a construção dos favos nas colmeias. Um emaranhado de caminhos que parece ser tão divertido quanto o trocadilho que batiza esse brinquedo.
O Joaquim se esbaldou nas trilhas aéreas envoltas por rede (Arbelhismo), que terminam em escorregas (indicado a partir de 3 anos).
Faz zzzuummmm
No alto do terreno há casinhas. A que está à esquerda é para a meninada brincar de abrir e fechar janelas e sair de lá escorregando.
À direita estão as casinhas de ‘aula de ciência’. Na primeira, o cômodo escuro apresenta a representação de uma colmeia gigante, com uma plaquinha explicando que abelha é de que tipo, de acordo com o número que está colado nela. O som ambiente reproduz o zzzuummmm característico das abelhas juntas.
Na casinha do meio, uma portinha de madeira esconde um enxame com uma parede de vidro. Para terminar, uma exposição sobre o trabalho do apicultor na última casinha — naturalmente, a que menos interessou ao meu filhote; acho que vale mais para os maiores.
Depois de ver tudo isso, fomos conhecer a trilha. Nada radical. Em tempos de ecoturismo, a palavra ‘trilha’ pode passar uma ideia de esforço, mas ela está mais para caminho na natureza. Até sugeri a moça da lojinha que botasse uma placa avisando que é curtinha (nem 500 metros, arrisco dizer) e bem fácil. Pelo caminho, bonecos de anõezinhos passam mensagens ecológicas. No fundo do terreno da Cidade das Abelhas, ainda há campo de futebol e quadra de tênis.
Ali naquela brincadeira de um sábado de sol, o Joaquim memorizou várias informações e, vira e mexe, sai com uma, como essa brincadeirinha aí ao lado. Mas o programa não foi só aula de ciência, meu medo inicial. Ele se divertiu muito. Correu, escorregou, pulou. Não foi à toa que, durante um tempo, o pedido em casa virou recorrente: ‘Mamãe, quero ir de novo na cidade das belhas’.
VALE SABER
Endereço: Estrada da Ressaca, km 7, Embu das Artes, SP
Funcionamento: Das 8h30 às 17 horas, de terça a domingo (inclusive feriados)
Preço: R$ 25 — menores de 3 e maiores de 60 anos não pagam. Pode-se pagar com cartão de crédito. O estacionamento é grátis.
Alimentação: A lanchonete é bem básica, mas fica num lugar delicioso, cercado de plantas.
Compras: Passamos na lojinha para levar mel de eucalipto e na lanchonete para faturar uma cerveja produzida com mel – a Appia, produzida pela Colorado de Campinas
Dicas: O ideal é chegar de manhã à Cidade das Abelhas. Assim, a criançada toma café em casa, come um lanchinho por lá e pode fazer um almoço mais tarde com a família toda em Embu. Como não há monitor, a visita é feita seguindo a sinalização. O terreno é acidentado e não há acesso para cadeira de rodas nem carrinhos de bebê.
O carro se aproxima da cabine do pedágio, e pânico. Esquecemos o dinheiro em casa e não dá para pagar com cartão de débito ou crédito.
Tem só um pedágio até Embu, indo de São Paulo pelo Rodoanel. O valor: 1,50. Inacreditável nem nenhuma moedinha no console de consolo. E agora, como faz?
Após o aviso na cabine da CCR, veio a orientação de parar o carro mais para frente, em cima da divisória entre as cabines. A supervisora da empresa fez uma nota que nos dava o prazo de até 3 dias para voltar e quitar o pedágio pendente em qualquer cabine do Rodoanel – ou uma senhora multa para pagar. No retorno de Embu, no mesmo dia, pagamos os 2 pedágios (ida e volta).
Ufa, bem que dizem que para tudo na vida tem solução!
Um programinha bacana em família é ir à Expoflora, em Holambra, a cidade das flores no interior de SP. Nós curtimos quando estivemos por lá com nosso filho, Joaquim. A Expoflora 2023 celebra os 75 anos da imigração holandesa para o Brasil e volta com força total depois da pandemia. Por isso, nesta 40ª edição, os organizadores esperam receber 400 mil pessoas – no ano passado, a feira registrou recorde de público: 325 mil visitantes foram à festa das flores em Holambra. Então, você pode pegar um dia lotado.
A gente recomenda a visita a um campo de flores em Holambra, mas não precisa ser necessariamente na época da Expoflora. Primeiro, porque a concorrência é grande. Depois, porque eles estão abertos o ano inteiro. Os campos de girassóis, aliás, costumam estar floridos antes da festa, entre junho e agosto. A Easy Travel Shop, empresa brasileira que vende tours e ingressos, tem um passeio até o Jardim ao Holandês (2 horas, com colheita de lavanda) e a Experiência Holandesa (8 horas, com visita ao Jardim do Holandês e ao Moinho dos Povos Unidos, mais almoço típico e chá da tarde).
Bate-volta ou fim de semana diferente no interior de SP
De várias cidades de São Paulo, até dá para fazer um bate-volta. Fizemos isso na 1ª vez em que fomos à festa, a partir da capital paulista. Mas, dependendo da distância percorrida, é indicado dormir na região porque é muito tempo de estrada e a feira em si já é cansativa. Para curtir um fim de semana diferente, então, vale ver nossa lista com sugestões de hotel no interior de SP, todos bem avaliados por viajantes.
A gente já se hospedou na cidade para descobrir também o que fazer em Holambra fora da Expoflora. Ficamos duas noites no Hotel 1948, confortável, moderninho e com cozinha. Há também outras opções de hotéis em Holambra na Booking.
Outra ideia é esticar o programa e conhecer outras cidades, já que Holambra é integrante do Circuito das Águas (SP). A Easy Travel Shop tem pacotes pelo circuito.
Antiga colônia holandesa – fundada em meados dos anos 1948 por imigrantes que deixaram a Europa após a Segunda Guerra Mundial –, a cidade ganhou um nome que vem da fusão das palavras Holanda, América e Brasil. Tem cerca de 15 mil habitantes, mas é a maior produtora de flores e plantas ornamentais do Brasil, responsável por cerca de 50% da venda nacional. Holambra é chamada, então, de cidade das flores, ou Capital Nacional das Flores.
O Museu Histórico Cultural de Holambra é integrado à Expoflora. O acervo reúne fotos e objetos que narram a imigração holandesa para o Brasil. Há de uma réplica da casa de pau-a-pique como as em que viviam os primeiros colonos europeus.
Dúvidas comuns sobre a Expoflora
Para responder as perguntas mais frequentes e ajudar no planejamento de quem vai à festa das flores em Holambra, fizemos um super guia completo, com data, informações gerais e preço do ingresso da Expoflora, para você curtir o melhor do evento no interior paulista.
Como é a Expoflora em Holambra?
Realizado no começo da primavera, o evento é o momento em que os produtores de flores apresentam as novidades do setor. A festa também é conhecida pelas tradições holandesas, a chuva de pétalas, os shows de dança com os tradicionais tamancos e as comidas típicas do país. A decoração, montada especialmente para a feira, muda todo ano.
Vale a pena ir à festa das flores?
Vale sim. É um programa familiar que melhorou muitos desde a primeira vez que fomos. Então, nas áreas de alimentação, as cadeiras de plástico deram lugar a bancões de madeira, aqueles típicos de piquenique. Há quiosques de informações em vários pontos e até o Tulipo, mascote da Expoflora de Holambra, ganhou uma casa para chamar de sua. No entanto, se você não se interessa necessariamente por plantas, pode ver dança típica holandesa, comprar souvenir com motivos do país europeu e provar delícias da culinária da Holanda sem sair do Brasil.
Quando é a Expoflora 2023?
A Expoflora 2023 começa em 25 de agosto e vai até 24 de setembro, de sexta a domingo. No entanto, no feriado de 7 de setembro, que cai numa quinta, há feira também. O horário de funcionamento é das 9 às 19 horas.
Qual é o preço do ingresso da Expoflora Holambra?
Em 20 de agosto, online estavam disponíveis entradas com valores entre R$ 90 e R$ 110, dependendo do lote disponível para cada dia do evento e para cada 1 das 3 categorias de ingresso da Expoflora: inteira, meia e ingresso solidário.
O ingresso da festa das flores antecipado tem desconto?
Este não é um programa barato, mas a venda antecipada ajuda a reduzir a despesa: o ingresso da Expoflora pode ter uma redução de até 70%. Neste ano, o 1º lote foi vendido de fevereiro até fim 16 de julho, a R$ 30 a entrada. A tabela de ingressos da Expoflora 2023 no site oficial mostra que lote está disponível para cada tipo de ingresso da Expoflora. No domingo 20 de agosto, ainda havia ingressos disponíveis do lote 5 (inteira a R$ 90) para os dias 25 e 27 do mesmo mês e para 7 de setembro, por exemplo.
O que é o ingresso solidário da Expoflora?
A organização destina parte do que é arrecadado com esse tipo de entrada para organizações sociais. Qualquer pessoa pode comprar o ingresso solidário da Expoflora, que na internet saía entre R$ 50 (lote 5) e R$ 60. Para isso, não é preciso fazer nenhuma doação de alimento.
Quem paga meia entrada na festa das flores em Holambra?
Têm direito à meia entrada: pessoas de 6 a 24 anos, idosos com idade igual ou acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais (e acompanhante), professores da rede municipal de Holambra e professores ou titulares de cargos em escolas da rede pública estadual de São Paulo. Criança de até 5 anos não paga ingresso da Expoflora, se acompanhada de adulto pagante.
Dá para comprar na hora o ingresso da Expoflora?
Sim, durante a festa, as bilheterias ficam abertas das 9 às 19 horas.
Onde é realizada a festa das flores de Holambra?
Conhecido localmente como recinto da Expoflora, o espaço de exposições está localizado numa ponta da cidade, entre o Centro e o caminho que leva à estrada. Tanto nas ruas do entorno quanto dentro da feira, a sinalização para chegar até lá é clara. Dentro dele, além das áreas de exposição de flores, restaurantes e lojas, você vê típicas casinhas no estilo holandês coloridas.
Quantas horas são de São Paulo para Holambra?
A distância entre Holambra e São Paulo é de aproximadamente 140 km, portanto, em média 1 hora e meia de viagem.
Como chegar de carro saindo da capital paulista?
Pegue a Rodovia dos Bandeirantes (ou a Anhanguera) no sentido Campinas. No km 86, use a saída para a SP-083 (Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira) e siga até a interseção dela com a SP-065 (Rodovia D.Pedro I). Na saída 133, tome a SP-340 (Rodovia Adhemar de Barros), com indicação para Holambra. Use a saída 140 para a cidade. São 3 pedágios na ida e outros 3 na viagem de volta, totalizando R$ 71.
Que estradas pegar do Rio de Janeiro e de Minas Gerais?
Siga pela Rodovia Dutra até Jacareí, para pegar a Rodovia D. Pedro I. De Minas Gerais, pegue a Rodovia Fernão Dias para chegar à D. Pedro I. Nos dois casos, siga até o km 133 e acesse a Rodovia SP-340. Para quem vem desses estados, o trajeto a partir das capitais soma mais de 500 km de distância.
Existe ônibus para a festa das flores?
No site oficial da Expoflora, há uma aba para agências de turismo de vários estados brasileiros que organizam excursões até o festival das flores de Holambra.
Tem transporte para lá de Viracopos?
Três dessas agências no site da festa têm saídas de Campinas. É uma opção para quem chega a São Paulo de avião, via aeroporto de Viracopos – veja aqui passagens aéreas nacionais em promoção. Se a intenção for estender sua visita pela região, o ideal é o aluguel de carro.
Quanto custa o estacionamento na Expoflora?
A capacidade é de 5.000 veículos por dia. Junto com ingressos, o valor para parar na feira está entre as principais queixas dos leitores do Como Viaja sobre a Expoflora. Em 2023, custa R$ 68 para carros ou motos; vans pagam R$ 110.
Dá para parar o carro na rua em Holambra?
Nós já fizemos isso, pois dá para economizar um pouco. Ao cruzar o portal de Holambra, siga as placas que indicam Centro. Deixe o carro em ruas como a Primavera ou a Campo de Pouso. Elas são paralelas à Rua Girassóis, onde fica a entrada de pedestres da Expoflora. Se você estacionar ali, basta virar à direita na Alameda Maurício de Nassau e novamente à direita na Girassóis. A caminhada leva uns 15 minutos e passa pelo Deck do Amor, um dos cartões-postais da cidade. Muita gente adota essa tática, estacionando em ruas até mais distantes e indo a pé para a feira.
Qual é o melhor horário para chegar à Expoflora?
A festa começa às 9 horas. Para aproveitar o lugar mais vazio, vá logo no começo do dia. Nas duas ocasiões em que estivemos na Expoflora em Holambra, a exposição começou a encher depois das 11 horas. O pico do movimento ocorreu à tarde, entre 13 horas e 16h30.
Quais são as principais atrações da festa das flores?
As duas principais atrações em termos de flores são a Mostra de Paisagismo e Jardinagem e a Exposição de Arranjos Florais. Elas estão conectadas por um percurso só, ou seja, a segunda é continuação da primeira. Então, você entra ali e vai seguindo o fluxo. No meio do dia, a quantidade de gente pode fazer do trajeto uma procissão. Pouco antes e depois da chuva de pétalas, o caminho costuma ficar mais vazio. Em 2019, fomos por volta das 10h30 e também foi tranquilo.
Como é a Mostra de Paisagismo e Jardinagem?
Em espaços montados especialmente para a Expoflora, paisagistas, designers e decoradores dão sugestões de flores e plantas para tornar mais agradável a decoração de ambientes domésticos. Há projetos criados para sala de jantar, garagem, varanda, piscina, spa, entre outras áreas. A cada edição um tema serve de inspiração.
Como é a Exposição de Arranjos Florais?
Todas as cores de flores são vistas em lindas áreas temáticas. O laranja, por exemplo, enfeita o cantinho com objetos usados no Dia do Rei, celebração holandesa também comemorada em Holambra. Vale ficar atento aos arranjos coloridos, em sobreposições de tons, como a gama do roxo ao lilás, e às decorações numa única cor encontrada na natureza em diferentes flores (por exemplo, o amarelo).
Produtores lançam flores e plantas na feira?
Na Expoflora, são exibidas novidades do setor de flores, algumas delas em primeira mão. Muitas espécies são resultado de melhorias genéticas promovidas pelos produtores nacionais e estrangeiros. Da última vez que fomos, a feira apresentou as rosas Bluez (com cores diferentes em cada lado de suas pétalas) e três versões de petúnias: a Pink Sky (rosa com pintinhas brancas), a Lightning Sky (bordas em tom de bordô) e a Glacier Sky (roxa com borda branca).
Onde ver as apresentações de dança holandesa?
Com roupas coloridas e tamancos de madeira, dançarinos se apresentam diariamente em cinco palcos, a partir das 14h30. Com idades entre 9 e 18 anos, os cerca de 300 dançarinos mostram coreografias de várias regiões da Holanda. Os grupos têm nomes de flores, escolhidos pelos integrantes. A apresentação de dança holandesa na festa exige sete meses de ensaio (de fevereiro a agosto), toda semana. A maioria dos dançarinos mora em Holambra e é descendente dos fundadores da colônia holandesa na cidade. Atualmente, os meninos estão perdendo o interesse em dançar, deixando com que algumas coreografias em par sejam executadas por duas meninas.
A Parada das Flores é realizada a que horas?
Às 16 horas, ao som de uma fanfarra, começa a Parada das Flores, desfile de carros alegóricos que percorrem a Alameda do Beijo rumo ao campo onde é realizada a Chuva de Pétalas. Tulipo, o mascote da Expoflora, vem à frente dos carros.
Qual é o horário da chuva de pétalas da Expoflora?
Por volta das 16h30, Tulipo também é o responsável por lançar do alto de uma plataforma cerca de 150 quilos de pétalas, equivalente a 18 mil botões de rosas. Na 2 vezes em que estivemos na festa, o momento foi ao som de Amigos para Siempre. Tente pegar uma das pétalas no ar e faça um pedido, pois a tradição diz que quem consegue isso terá seu desejo realizado.
Onde ficar para se sentir embaixo da chuva de pétalas?
Ver você pode ver de qualquer lugar do alto do espaço porque as pétalas são jogadas sobre a área de gramado próxima ao parque de diversões. Mas, se quiser ficar embaixo da chuva, prepare-se para encarar a multidão que se posiciona em frente à grande torre de onde o Tulipo segura o canhão que sopra as pétalas. Só não faça isso se não estiver a fim de voltar com pétalas até dentro da roupa! Na primeira vez em que fomos à Expoflora, nosso filho estava com uma camiseta clarinha e voltou toda manchada de tons de rosa. Valeu pela alegria que sentimos.
É permitido entrar com alimentos?
Não, a feira tem praças de alimentação, com lanchonetes e restaurantes. Os primeiros quiosques são encontrados logo na entrada, entre eles, o da famosa batata frita no cone (outros dois pontos de venda ficam dentro da feira). Casa Bela e Confeitaria Martin Holandesa são dois dos restaurantes mais tradicionais de Holambra, pois servem pratos típicos holandeses. Já, já a gente avança nesse assunto.
Qual é o melhor horário nos restaurantes da Expoflora?
Da 1ª vez que fomos, com filho pequeno, fizemos a bobagem de comer na hora do almoço, perto das 13 horas. Estava tudo cheio e fica até difícil para pedir em alguns casos. De repente, belisque algo e pare para comer com calma lá pelas 15 horas. Existem vários quiosques espalhados pela Expoflora e muitas áreas com mesas de piquenique. No site oficial da festa, existe a opção de comprar créditos para alimentação em três restaurantes da festa. Na visita em 2019, em vez de almoçar, decidimos só beliscar. Sentamos nas mesas debaixo das sombrinhas coloridas, na esquina da Alameda do Beijo com Alameda do Sol.
Como é a culinária holandesa?
Lembra um pouco a alemã, com muita carne de porco, salsicha, variações de batata e purê de maçã. Você encontra de Eisbein (joelho de porco) a vis Holand (peixe à moda holandesa) servido de duas formas: frito ou preparado como sardinha fresca defumada.
O que comer na Expoflora?
Provamos o excelente croquete holandês da Lekker Doces e uma bandeja com salsichão holandês fatiado. A Pannekoek (se diz ‘panecuque’) lembra uma panqueca aberta (veja a foto) à base de ovos, farinha e queijos Gouda e prato. E com outros ingredientes ao gosto do freguês, como bacon ou cogumelos. Nathalia comeu com batata rosti, e Fernando, com alho poró. Gostoso, mas não sensacional. Aliás, se não estiver com muita fome, divida porque enche bem. O Hollandse Verbogen, à venda na Martin Holandesa, parece um escondidinho. Leva pedaços de eisbein desfiado, três tipos de salsicha (schüblig, cervela e weisswurst) e escarola entre outros ingredientes que dão a cremosidade típica ao prato.
Tem outros pratos além de holandeses?
A feira oferece todo tipo de comida. Carnívoros acham espetinhos em dois galpões. Quem não dispensa pratos feitos vai encontrar perto do Palco das Rosas opções como espaguete, yakissoba, baby beef e estrogonofe. No mesmo espaço vendem-se pastéis, coxinha e hot dog. A batata no cone vale pela embalagem curiosa, que é tradição na Holanda. O Joaquim curtiu a porção só de batata e há também a opção de combos (por exemplo, batata frita e tirinhas de frango à milanesa). Pertinho dali ficam dois pontos de venda de cervejas Amstel e Heineken. Se pegar um dia de sol, não deixe de se hidratar. Em geral, as garrafas de 500 ml de água mineral costumam estar geladíssimas em quase todos os pontos de venda.
Que doces experimentar?
Todo ano a festa tem novidades na parte de alimentação. Em 2023, uma delas é o sorvete de lavandula, na sorveteria Vanilla Ice. Destaque ainda para uma aromática salada de flores. A applebloem (flor de maçã) foi uma criação da Confeitaria Martin Holandesa em outro ano. Tão lindo (veja a foto), o doce dá até pena de comer. No balcão da Casa Bela, dá para experimentar as poffertjes, que surgiram na França de Napoleão, mas passaram a ser fartamente consumidas na Holanda a partir do século 18. Para nós, foram o melhor doce da Expoflora. As panquequinhas (com uns três dedos de diâmetro) são tão fofas… Pedimos com morango e chantily. Valem cada caloria adquirida porque são um troço de boas.
O que é o stroopwafel?
Produzido artesanalmente, trata-se de um biscoito waffle recheado com caramelo de melaço de cana. O stroopwafel foi criado em Gouda, a cidade holandesa famosa pelos queijos de mesmo nome. Em Holambra, a Oma Beppie vende a unidade e também caixas com 8 unidades (tradicional ou coberta com chocolate em um dos lados). O biscoito formado por dois discos de massinha recheado com caramelo é encontrado em alguns supermercados de São Paulo hoje em dia. Mas conhecemos na primeira visita à Expoflora. Nathalia provou depois numa viagem à Holanda e acha que o de Holambra não deve nada ao original. A tradição manda pôr o biscoito sobre uma caneca com algo quente, como café, chocolate ou chá. Assim, a massa amolece um pouquinho antes de você comê-lo. No entanto, posso falar? Gostei mais dele crocante!
Como é o passeio turístico da Expoflora e quanto custa?
A visita ao Magic Garden Holambra custa R$ 40. O lugar tem esculturas, jardins e campos de flores, numa área de 20 mil m². Assim como o ingresso da Expoflora e créditos em alguns restaurantes, o passeio turístico pode ser comprado no site da Expoflora.
Onde tirar as melhores fotos na Expoflora?
Esse item é difícil pois são muitas as possibilidades. Há flores de toda cor e formato para escolher. Em tempos de Instagram, a feira passou a ter mais cenários e arranjos florais pensados para fotos, com o perfil do autor da decoração indicado para quem quiser marcá-lo na rede social. Na entrada da Mostra de Paisagismo e Jardinagem, foram montados vários cenários, de um coração de antúrios a uma saia de princesa toda formada por flores. As fotos dos bailarinos de dança holandesa também costumam ficar bonitas e interessantes, assim como várias de comidas típicas.
Há bebedouro para encher garrafinha de água?
Na Alameda do Beijo, há jardins com uma fonte de água fresca, em frente ao Restaurante Casa Bela. Em dias de calor, a concorrência é grande, leve uma garrafa e faça o refil.
Como fugir do calor na festa em Holambra?
Esses jardins com a fonte também servem para dar uma aliviada no calor e apreciar a beleza das orquídeas. Bonita, essa área tem sempre gente. Localizada depois da Mostra de Paisagismo e Jardinagem, a Exposição de Arranjos Florais fica num lugar fechado que estava bem fresquinho no dia em que fomos à festa.
O que comprar de souvenir na Expoflora?
Sim, tem de tudo com temática holandesa: casinhas, tamancos da sorte, canecas de porcelana, uma delas escolhida a dedo pelo Joaquim: “Só sei cuidar de cactos”. A caixinha de biscoitos holandeses Stroopwafel faz sucesso total, já que serve para comer em família ou dar de presente. Outra compra bacana na Expoflora são os enfeites de louça com temática holandesa, como pares de sapatinhos holandeses da sorte, já que estão relacionados com a história da cidade. Miniaturas de moinhos também são comuns, em louça ou madeira. E, claro, flores! As opções são muitas, e os preços valem a pena. No Shopping das Flores, compramos mini rosas cada e um trio de suculentas pequeninas, num vasinho retangular.
Como é o mercado de flores e plantas ornamentais?
Cerca de 300 espécies, em 4.000 variedades de flores e plantas ornamentais, estão à venda. Cultivadas por cerca de 450 produtores de Holambra, são oferecidas num espaço para ser explorado por consumidores e adoradores de natureza. Passamos pelo shopping no fim da visita porque queríamos evitar ficar carregando as plantas durante o dia. Eram 18 horas e havia pouco movimento entre os corredores. Chamou a nossa atenção o trabalho de reposição feito pelos funcionários, pois impedia que as bancas ficassem vazias, com aquele ar de fim de feira. Além disso, eles foram solícitos para tirar dúvidas, mesmo das plantas que tinham cartões com descrições de espécie, preço e cuidados necessários.
O que mais dá para comprar na feira?
Ficamos também impressionados em 2019 com o aumento do número de estandes vendendo artigos que não têm nada a ver com plantas e flores. Pois o Shopping Verde tinha artesanato (caminhos de mesa de renda, cabaças, enfeites), moda (roupas infantis, lingeries, camisetas temáticas), produtos alimentícios (salame, café, doces caseiros, mel) e até mesas de bilhar. Nos pavilhões Azul e Vermelho, havia tantos produtos quanto no shopping da entrada.
Dá para alugar carrinhos e cadeiras de rodas na Expoflora?
A organização informa que há sanitários adaptados e que o espaço é acessível a portadores de necessidades especiais. Na festa, é possível alugar cadeiras de roda (apenas as convencionais, não as elétricas) e carrinhos de bebê, mas as quantidades são limitadas. Em ambos, o preço unitário é de R$ 80 por dia. A locação é feita na área da bilheteria.
Que roupa e sapato são indicados para ir à festa?
Tênis é o calçado mais indicado pelo tanto que se anda na Expoflora de Holambra, então esqueça sapatos apertados ou de salto. Pois, por mais que você possa se sentar para descansar, é muito chão o dia inteiro. Roupas leves de algodão ajudam a respirar ao longo do dia de calor e amontoamento.
O que fazer com as crianças no evento?
Ver flores talvez não seja o programa mais empolgante para a criançada. Mas elas têm como curtir a Expoflora. Nos dias de sol, leve os pequenos até as fontes que brotam do chão e esguicham água, em frente ao Shopping Verde. Nosso filho, na época com 10 anos, atravessou o jato e acabou encharcado. Por isso, leve uma muda extra de roupa para as crianças. Outros pontos que fazem sucesso entre as crianças – e com Joaquim não foi diferente – são o tamanco holandês que dá para sentar dentro; Tulipo e a casa do mascote da Expoflora; e a Parada das Flores.
Como é o parque de diversões da Expoflora?
Além disso, um parque de diversões é montado no gramado onde é ocorre a chuva de pétalas. Tem brinquedos para todas as idades, do inocente carrossel ao radical 360°, indicado para quem ainda não almoçou. Compramos um combo, com direito a 5 atrações.
É permitido entrar com pets na feira?
Animais de pequeno porte podem entrar na Expoflora, exceto em áreas fechadas, por exemplo, o hall de exposições e os restaurantes.
Lojas e restaurantes aceitam cartão?
Cartões de crédito e débito são aceitos em todo o comércio da festa das flores em Holambra.
Tem caixa eletrônico na Expoflora?
Na Expoflora, há um posto de auto-atendimento do Banco do Brasil próximo à saída das excursões.
Onde ficam os banheiros, o fraldário e o posto médico?
Há sete banheiros por todo o recinto de exposições, dois postos médicos, um deles ao lado do fraldário, entre os palcos Lírios e Iris.
Qual é o melhor horário para ir embora?
Para evitar congestionamento, não vá logo depois da chuva de pétalas. O mundo vai embora nesse horário. Se estiver cansado, aproveite para se sentar e tomar um café ou sorvete. Depois, aproveite para arrematar umas mudinhas, pois o Shopping das Flores fica mais vazio. Nas 2 vezes em que fomos à Expoflora, saímos às 18h30 e não pegamos engarrafamento ou qualquer muvuca.
Publico numa rede social uma foto que chama a atenção dos meus amigos. Muitos me perguntam onde fica o resort à beira mar de onde postei aquela imagem. Digo que não foi necessário ir tão longe para ficar relaxado como pareço naquela foto ao lado da Nathalia. A ‘praia’ fica mesmo em Mairinque (SP), em torno de 80 km da capital paulista, mais precisamente no Confraria Colonial Hotel Boutique.
Integrante da Associação Roteiros de Charme, essa belezura fica a (contados) 55 minutos a partir de nossa casa, na zona oeste de São Paulo. Tudo bem que esse tempo de viagem só foi possível ser cumprido no retorno a São Paulo, em um domingo à tarde. Dois dias antes, levamos cerca de 2 horas para deixar a capital paulista num fim de tarde de sexta. Tomamos a Rodovia Castelo Branco e enfrentamos o congestionamento típico de quem vai para Alphaville e afins (martírio que dura até a entrada do bairro nobre da região de Santana do Parnaíba e de Barueri).
De carro, saindo da capital, é só usar a Rodovia Castelo Branco (SP-280) e pegar a saída para o Viaduto Edward C. Leme, no município de Mairinque. O viaduto vai atravessar a rodovia, então pegue a estrada municipal Olhos D’ Água. Ao longo desse caminho, placas indicam onde fica o hotel no Bairro Dona Catarina (Rua dos Gaviões).
Como é o hotel boutique no interior de SP
O Confraria Colonial Hotel Boutique não tem esse nome por acaso. Das paredes à decoração, muitos elementos remetem ao estilo barroco mineiro. É jeitinho de século 18, mas com conforto dos tempos atuais. Lado a lado, as suítes formam uma pequena vila em meio à mata nativa.
Confraria Colonial, perto de SPNamoradeira na janela do quarto
São 30 acomodações, divididas em quatro categorias, todas ar condicionado, frigobar e TV via satélite. Ficamos na suíte Visconde, um quarto bem grande, de decoração enxuta, mas super aconchegante.
Suíte charmosa do hotel
Cama queen confortável, ducha boa e amenities Granado (virei fã do castanha do Brasil que encontrei lá e adotei no meu uso diário). O quarto era aromatizado com um tipo de essência. Alérgica, Nathalia pediu à camareira se era possível não borrifar mais o perfume no ambiente. Pedido gentilmente atendido pela funcionária. Eficiência atestada em outras situações.
Amenities Granado
Feito o check-in e o reconhecimento do quarto, seguimos para o jantar. Nas duas noites em que nos hospedamos no Confraria Colonial Hotel Boutique, havia música ao vivo. A gastronomia contemporânea e de pratos mediterrâneos substituíram a cozinha de pegada amplamente mineira de quando estivemos lá — minha favorita, não sou sujeito de calcular calorias à beira da mesa (quanta indelicadeza, sô!).
Saudosa feijuca
Agora, esse toque das Gerais só aos domingos, em substituição à feijoada que era servida aos sábados. Pena, porque a danada da feijuca era parruda de sabor, mas sem deixar a gente com aquela sensação de que estamos gestando um porco depois de comer.
Pão de queijo saboroso
O café da manhã tem pão de queijo feito no próprio hotel e servido quentinho, quentinho (veja a foto e salive). As fotos do almoço e do jantar também atiçam o apetite. Entre sexta e domingo, fizemos seis refeições.
Um buffet só pra mim
O que fazer no Confraria Colonial
Entre uma refeição e outra, é possível realizar gostosas caminhadas pela área ao ar livre do hotel. Há uma suave trilha em meio a árvores e até um circuito mais radical, com direito a uma subidinha que exige alguma disposição. É no fim desse caminho que fica a quadra de tênis, de saibro.
Lago e jardins no interior paulista
No fim de semana em que nos hospedamos, não vimos praticamente ninguém fazendo algum esforço. Acontece que, em um dado momento, cismei de caminhar na esteira da academia do hotel. Aventura que durou o tempo de eu descobrir que rolava um cafezinho de fim de tarde não muito longe dali.
Menos de 7 minutos depois…
O Confraria Colonial Hotel Boutique serve esse tradicional chazinho em um espaço bem gostoso, onde também são servidas pizzas preparadas e assadas na hora. Nathalia encontrou um bolo de milho cremoso que há tempos ela procurava. Bom, babau academia.
Saca só esse bolo de milho
Você deve estar se perguntando se nós só comemos por lá, certo? Não, descansamos também. O Confraria Colonial Hotel Boutique é daqueles lugares que buscamos quando precisamos desestressar um pouco, ficar um ou dois dias de bobeira (o que é uma delícia, não). Andamos por toda a propriedade, parando de flor em flor.
Flores espalhadas pela propriedade
Foi nesse ritmo que passamos pelo pequeno lago (havia pescadores, acredite), que atravessamos o spa, e que subimos uma pequena elevação do terreno antes de nos sentamos em um balanço de dois lugares, convidativo para casais.
Juntos só nós 2
Estávamos sem o nosso filho, Joaquim. Mas o hotel recebe bem crianças — até 6 anos são consideradas cortesia, de 7 a 11 anos, pagam 30% da diária. Além de um campo de futebol, tem um play perto da academia e, na falta de uma piscina infantil, a jacuzzi é ocupada pelos menores numa boa. Já a piscina principal é suficiente para espantar o calor, sem espaço para braçadas olímpicas.
Piscina com bar molhada no hotel boutique
Aos que não querem deixar a água, tem ainda o bar molhado do Confraria Colonial Hotel Boutique. Posei para a famosa foto de resort com um mojito nas mãos. Nathalia foi de caipiroska mista de vodka. Não é à toa que as pessoas pensaram que nós estivéssemos num lugar de praia. Deve ser também por causa da expressão leve no rosto, típica de quem está descansado, numa relax, numa tranquila, numa boa. E bem alimentados, claro.
O fim de semana vai chegando e, com ele, a mesma dúvida. Se você mora na capital paulista, mas quer se divertir com os filhos fora da cidade, que passeio fazer com criança perto de São Paulo?
Quando penso nisso, dezenas de possibilidades me vêm à cabeça. O primeiro a se decidir é o estilo do passeio e, consequentemente, a direção da estrada a ser tomada. No nosso caso, procuramos andar na contramão. Já fomos, por exemplo, para o Guarujá em julho, quando todo mundo corre para a serra.
Vão aqui algumas ideias de passeio em cidades paulistas:
GUARUJÁ
ACQUA MUNDO, NO GUARUJÁ – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
Lá uma boa ideia é ir ao Acqua Mundo. Nosso filho tinha 2 anos e amou — vê só como foi a nossa visita. Estava chovendo quando chegamos. Não fez a menor diferença porque o passeio todo é coberto. Na época, ele tinha 2 anos. Hoje não usa mais chupeta (tem 6 anos), mas segue gostando muito de ver bicho.
SANTOS
Está nos nossos planos há tempos. A cidade tem o prédio da Bolsa do Café, onde está o Museu do Café — leia aqui sobre ele. Tudo a ver com São Paulo. Da Praça Mauá, parte o bonde que passa pelo centro histórico de Santos.
Meninos podem gostar de ir ao Memorial das Conquistas, do Santos. Entretanto, se os pais não forem santistas, talvez não seja indicado levar o garoto ao campo do adversário, ainda mais se tratando de gente do naipe de Pelé e Neymar.
CAMPOS DO JORDÃO
A mais famosa cidade de serra de São Paulo, na Mantiqueira. Em qualquer época do ano, é tempo de comer chocolate nas lojinhas da Vila Capivari. Com os pequenos, é melhor até no verão, pois no auge da temporada fica insuportável — escrevi sobre isso em Campos antes do inverno.
SERRA DA MANTIQUEIRA
Um passeio que as crianças podem curtir é pegar o trem em Campos para ir até Santo Antônio do Pinhal. Não serve com meio de transporte porque tem horário apertado para retornar, é só pela gostosa voltinha de trem pela serra mesmo — falo dele em Subindo a serra.
É sempre bom pôr o protetor na mala porque sol de montanha costuma torrar quando aparece, e há muita atividade na natureza da Mantiqueira. De ver os picos mais famosos da região, como a Pedra do Baú, a um piquenique no Horto Florestal — escrevi sobre esses programas em A natureza de Campos.
SANTO ANTÔNIO DO PINHAL
É tudo de bom para se conhecer uma outra versão da Serra da Mantiqueira, mais calma. Os programas lá incluem passear pelo centrinho (com lojinhas) ou pelas plantas temáticas do Jardim dos Pinhais — também escrevi sobre isso em Subindo a serra.
EMBU DAS ARTES Coladinha a São Paulo, a cidade é famosa pela tradição artística de seu centrinho. Com crianças, vale sair um pouco desse circuito para ir até a Cidade das Abelhas, um lugar cheio de escorregas que dá uma divertida aula prática de ciência. Nós estivemos lá quando o Joaquim tinha 3 anos; até hoje ele fala do passeio. Dá uma espiada em como foi a nossa visita.
COTIA
A ideia ali é visitar uma das fazendinhas existentes em Cotia. Já fomos ao Bichomania, bem afastado, acessível após uma estradinha de terra. No dia, estava um sol de rachar. Na época com 2 anos, o Joaquim não conseguiu descer no super-escorregador porque estava pelando de quente, mas curtiu muito ver os bichos e passar “um dia na fazenda”.
BICHOMANIA, EM COTIA
No caminho, fica o PetZoo, logo na Estrada de Caucaia do Alto, aquela que sai da Rodovia Raposo Tavares. Passamos um dia lá quando o Joaquim tinha uns 4 anos. Ele se esbaldou. É um terreno menor, com as atrações mais próximas. Como já era maior, adorou a tirolesa.
CAMPINAS / JAGUARIÚNA
Uma delícia de passeio é pegar a Maria-Fumaça que liga Campinas a Jaguariúna. Existe a opção do caminho inverso. Não vale a pena porque não há nada para fazer na estação de Campinas. A melhor direção é mesmo tomar o trem rumo a Jaguariúna. Lá tem uns restaurantes para almoçar, além de feirinha e bancos no jardim.
O trajeto é sempre ida-e-volta, a não ser que você tenha alguém para levar o carro até a outra cidade enquanto você faz o passeio. Os trechos de ida e de volta são iguais, mas não é ruim esperar pelo retorno em Jaguariúna, a estação é uma graça e está preparada para distrair os visitantes enquanto a locomotiva não parte.
Já fiz coleção de imã de geladeira. Não tenho nada contra essas lembrancinhas, aliás. Objetos pequenos são uma forma de guardar memórias e de presentear família e amigos, e não encher a mala no embarque de volta. Mas, quando viajo, me interesso mais por souvenir sem cara de souvenir ou que sejam curiosos. Pode ser típico, só não precisa necessariamente ter escrito de onde saiu. Mantenho os olhos atentos ao tamanho do que vou comprar, mas não me furto à loucura de trazer um jogo de copos da Alemanha, se bem entender que aquilo me vai me proporcionar de novo o sabor da viagem em casa. O mais importante para mim é mesmo a sensação que o presentinho causa, seja em mim, seja em quem vai ganhá-lo.
Dentro dessa categoria, entram vários itens. Tirando chocolates e guloseimas, garantidos no free shop e em farmácias no exterior (nos Estados Unidos e no Canadá, eles são os melhores remédios vendidos), adoro me aventurar pelos supermercados em busca de produtos típicos. Da Alemanha, por exemplo, eu trouxe na última viagem 2 tipos de mostarda. Depois, foi só passar no supermercado no Brasil para comprar kassler e salsichas variadas. Além de tudo, é uma forma de entrar na realidade do país que visito. De aprender, por exemplo, que senf é mostarda em alemão e doce é süss (no lugar do ‘ss’ vai aquela letra beta que não tem no meu teclado), então, a süsser senf que eu trouxe para mim e para presentear os amigos só poderia ser uma adocicada mostarda para temperar carne de porco, especialmente a salsicha branca, como eles comem lá na Baviera.
TÃO PEQUENOS — Gosto de detalhes. Um xodó é o abridor de garrafas que eu trouxe de Leipzig, na Alemanha. Com 3 dedos de altura, ele tem o formato do bonequinho que indica sinal verde para o pedestre. Quando a Alemanha estava dividida, todo o lado oriental tinha sinais de trânsito assim, com o bonequinho de chapéu piscando no lugar das tradicionais bolinhas verde e vermelha. Achei tão interessante e fofo que comprei também os imãs, estrategicamente mantidos um acima do outro, grudados na porta da geladeira. Não é demais?
Outro imã legal (e, neste caso, bem útil) foi minha mãe que me deu após sua passagem por Praga. É uma caixinha de fósforos ilustrada com Kafka. Da série ‘personagens e artistas’ dou sempre aquela passadinha estratégica pelas lojinhas de museu. Eu já disse aqui que adoro papelaria, então, não resisto àqueles simpáticos bloquinhos vendidos ali. Em Viena, no ano passado, me encantei com o caderninho de capa comemorativa pelo Ano Klimt – em 2012, são 150 anos do nascimento de Gustav Klimt. O pequeno calendário de mesa (com apenas 10 cm) também me pegou. A dupla me faz companhia na mesa de trabalho desde o início do ano.
PARA AS CRIANÇAS — Também dá para pensar em presentes bacanas para a meninada. Camisetas divertidas acabam sendo a solução muitas vezes, mas em alguns lugares é possível encontrar brinquedos diferentes. Em Budapeste, achei um quebra-cabeça minúsculo com a inicial do nome do meu filho: J. As peças dentro da letra formam um coringa (Joker). O J fica no quarto do filhote ao lado de outros 2 presentes que trouxe da Alemanha, um carrossel de Rüdesheim e uma caixinha de música de Frankfurt. Ele consegue rodar a manivela com a mãozinha dele e, enquanto a árvore de Natal gira, toca Noite Feliz. É de fazer a mãe chorar… O trio combinou direitinho (dá uma olhada na foto acima deste texto). Em madeira pintada, bem colorida, os 3 têm bastante vermelho.
Objetos trazidos de viagem dão ótimas peças de decoração. Viajar por Minas Gerais e pelo Nordeste do Brasil é maravilhoso para quem aprecia artesanato. Aqui em casa acabou dando o tom da sala, com um cantinho reservado para a cerâmica no estilo Mestre Vitalino (moça grávida, trio de forró e companhia). Voltamos da mineira Tiradentes com o carro abarrotado de trabalhos de artistas locais, como uma mandala de velas e quadros em madeira. É um barato o casalzinho de caipiras que se olha. A senhora mineira que nos vendeu disse que, quando os donos da casa brigam, pode se inverter o olhar dos bonecos – dá um trabalho fazer isso, mais fácil fazer as pazes, não é?
Trazidos de viagens, quadrinhos pintados fazem a alegria de uma das paredes da sala. Aqui em casa tudo fica bem pertinho: a ponte Golden Gate de São Francisco (nos Estados Unidos), as casinhas da italiana Positano, a orla de Maceió, o casal bailando tango do Caminito em Buenos Aires, o Pantheon romano, o colorido do Pelourinho em Salvador, o anjo da portuguesa Óbidos… Pode ter souvenir melhor do que experimentar novamente aquelas viagens a cada olhada?
O título deste post pode soar contraditório, afinal, todo bar não é para cervejeiro? Mais ou menos. Tomar cerveja com frequência nem sempre significa ser entendido no assunto. Pelo contrário, na maioria das vezes está mais para aliviar o calor ou encher a cara mesmo.
Gosto de provar cervejas artesanais e acho que vale pagar mais por elas do que se gasta com as industriais, produzidas em larga escala. Se eu entendo alguma coisa de ale ou weizen? Entendo de beber. A vida é muito corrida para se aprender de tudo, a gente tem que escolher em que investir tempo. Em termos de cerveja, me contento em experimentar. Deixo o conhecimento para gente como meus amigos Roberto Fonseca, que escreve o blog B.O.B. no site do Estadão, e Talita Figueiredo, que mantém o FemAle Carioca com outras cervejeiras. Quem estiver disposto a mergulhar na cerveja de modo ‘mais científico’ pode acompanhar esses blogs. Há ainda outras páginas. Com explicações sobre tipos de cerveja e rankings das melhores marcas, o site Brejas, por exemplo, inclui link com curiosidades que casam bem com filosofia de botequim, como frases relacionadas com cerveja e uma lista de expressões para aprender a pedir e a brindar em várias partes do mundo.
Pois foi a minha amiga Talita, do FemAle Carioca, que me indicou o Boteco Colarinho, na saída do metrô Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Quase desistimos de esperar mesa: na sexta lota como qualquer bar, naquela clássica esticadinha depois do expediente, e o pessoal parece mais interessado no movimento do que no chope diferente propriamente dito. Com isso, foi um tanto engraçado chegar ali com uma criança. A Talita costuma ir com seu filhote também — em frente tem uma pracinha –, mas em outro horário. Mas a ida ao Rio seria rapidinha, então resolvi tentar a sorte.
Ela estava a favor. Meu filho quis fazer xixi e, nisso, vagou uma mesa. Como bem disse meu marido, os deuses da cerveja me salvaram. Eles não podiam mesmo só mandar a vontade insuportável de ir ao banheiro depois de várias tulipas. E eu ia ficar aguada vendo tanto copo bonito nos arredores.
De cara, pedi um Roter Brauhof, que eu tinha visto na mesa ao lado, com aquele amarelo turvo delicioso. Bem levinho, gostoso, mas eu ainda provei um Corujas Extras, amargo na medida para mim. Para acompanhar (porque eu não sei beber sem petiscar), escolhemos um bolinho de gorgonzola e empadas. Eu não sou do time dos loucos por empada, muito menos de palmito, mas devo admitir que não vejo a hora de comer de novo aquela. A massa é fininha e o recheio um creme de palmito temperado com alho.
Teria ficado por ali bebendo muito mais, só que o pequenino precisava de uma caminha. Pedimos a conta e pegamos o metrô, logo em frente, prático assim.
ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NA REVISTA HOST & TRAVEL — edição de março de 2012
Texto de Nathalia Molina
Se o que você procura é um destino de praia com águas claras, encontrará seu lugar facilmente ao longo dos 230 quilômetros do litoral de Alagoas. Tons de verde e azul pintam a paisagem, desenhada por coqueiros e pelo movimento da maré, formando deliciosas piscinas naturais morninhas ao longo da costa. A cor de férias por ali mistura pele bronzeada à festiva renda de filé, típico artesanato local. O sabor vem do sururu, marisco tradicional das lagoas Mundaú e Manguaba, duas das muitas que terminaram por batizar o estado. Com uma composição dessas, fica fácil entender como o cenário se torna irresistível.
Maceió é uma das capitais nordestinas com as mais bonitas praias urbanas. Ganhou fama nacional com a da Pajuçara, sua feirinha de artesanato e as jangadas que levam os turistas para ver as piscinas naturais a dois quilômetros da areia. Quem quer conforto pode optar pelas barracas da praia vizinha, Ponta Verde. A mais badalada é a Lopana, com drinques, petiscos e catamarã próprio para visita às piscinas. Boa dica para aproveitar o sol ou curtir a noite em festas ou shows. O melhor programa é passar horas na mordomia entre um mergulho e outro.
Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca (a praia seguinte) têm grande concentração de hotéis, pousadas e restaurantes. Também é o pedaço do agito, em casas com música como o Maikai. Na orla, a pedida é provar as tapiocas das barracas do calçadão. Coco e queijo coalho são apenas o começo da brincadeira, que inclui recheios tão diversos quanto lombinho ou morango com chocolate.
Para experimentar uma comida regional memorável, a dica é ir até o bairro histórico do Jaraguá. Criado em 1989, o restaurante Carne de Sol do Picuí sofisticou-se após uma reforma e adotou o apelido como nome. Desde 2009 é conhecido como Picuí, apenas. Serve porções preciosas, preparadas pelo chef Wanderson Medeiros, que assumiu o negócio da família e incorporou a ele toques da cozinha contemporânea. A carne de sol na brasa coberta por queijo coalho e acompanhada de pirão de queijo, por exemplo.
Longe da areia, é possível apreciar o pôr-do-sol navegando pela Lagoa Mundaú. O barco sai do Pontal da Barra, ao sul da capital, e passeia por ilhas e pelo manguezal, com uma parada para banho no encontro da lagoa com o mar. Não deixe de conhecer o polo de rendeiras que tecem o filé ali mesmo. As linhas de cores vivas são entrelaçadas em pontos largos para formar figuras geométricas e flores, em colchas, cortinas, caminhos de mesa e saídas de praia, entre outras peças.
Dias de sobra
Numa viagem curta, só as atrações de Maceió já preenchem a programação. Além do trecho movimentado da orla, da gostosa culinária e do artesanato, as praias de Cruz das Almas (point de surfistas) e Ipioca (área residencial) também merecem uma visita. Mas saiba que o ideal é reservar dias de sobra para conhecer os destaques do litoral alagoano. Ao sul, o roteiro combina mar e lagoas. Ao norte, exibe uma impressionante sucessão de piscinas naturais, o que levou a região a ser batizada de Costa dos Corais, nome também da Área de Proteção Ambiental criada pelo Ibama em 1997.
Apesar de não ser o ideal, quem tiver pouco tempo pode viajar em esquema de bate-volta até o litoral sul, saindo de Maceió. A primeira parada é na Praia do Francês, a vinte quilômetros da capital, mas parte da cidade de Marechal Deodoro. Antiga vila de pescadores, a praia caiu no gosto dos surfistas há décadas e se transformou numa das mais conhecidas do estado. Na parte oposta às ondas atraentes para pranchas, o mar amansa nos arrecifes. Barracas vendem comes e bebes para um gostoso dia de praia em família. Mas, para se lambuzar com a culinária regional e seus pratos com sururu, a dica é um dos restaurantes do canal da Massagueira, à beira da Lagoa Manguaba.
Mais para o sul, no município de Barra de São Miguel (quarenta quilômetros da capital), fica outro destino alagoano bastante conhecido: a Praia do Gunga. Ali, a Lagoa do Roteiro se junta ao mar diante da areia clara e da imensidão de coqueiros. Um mirante na estrada mostra o horizonte tomado pelo verde devido ao coqueiral e à cor da água ao fundo durante a maré alta. No verão e nos fins de semana de sol, a Praia do Gunga fica lotada. Do outro lado da lagoa, o movimento diminui um pouco conforme se caminha para a esquerda, na Praia da Barra de São Miguel.
Rumo ao norte
Para de fato desfrutar da costa norte, a escolha sensata é hospedar-se por lá. Muita gente parte da capital e se aventura até Maragogi, a praia mais famosa, apenas para passar o dia. Chega a ser um desperdício, pois há muito a ser descoberto antes de se chegar às galés, como são chamadas as piscinas naturais.
Os arrecifes começam em Paripueira, a trinta quilômetros de Maceió, e seguem até Pernambuco. O restaurante Mar & Cia oferece um roteiro de catamarã até as piscinas naturais, acompanhado por biólogos. Pouco mais de um quilômetro distantes da areia, elas ficam dentro de um parque marinho municipal, criado para proteger a área. No restaurante, também é possível acertar uma ida à belíssima praia de Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, mais ao norte.
A próxima parada é em São Miguel dos Milagres, distante cerca de cem quilômetros de Maceió. Isolada por coqueiros, a região de vilas de pescadores é cortada por rios e exibe piscinas naturais na maré baixa, a um quilômetro da costa. É uma beleza de paisagem, onde a vida segue mansa em praias como Toque e Patacho (esta em Porto de Pedras, o lugarejo vizinho). Diante do mar calmo de água límpida e morna, encontram-se charmosas opções de acomodação. Esse trecho do litoral é indicado para dias de conforto e relaxamento.
Quem gosta de movimento deve se hospedar no segundo ponto mais visitado de Alagoas: a cidade de Maragogi, que só perde em número de turistas para Maceió. O município está a uma mesma distância das capitais alagoana e pernambucana, fica a cerca de 140 quilômetros das duas. Além da boa infra-estrutura– com direito a resorts –, é bom reforçar que aquele pedaço do litoral oferece mais do que as tão faladas galés. Japaratinga e Bitingui, no sul, e Burgalhau e Barra Grande, no norte, são praias lindas, bem próximas de Maragogi. É bom ter tempo para caminhar pela areia e para provar o bolo de goma, sequilho típico da cidade.
As galés são a parte principal do programa, obviamente. O passeio de barco pode ser tratado na areia — com os restaurantes Frutos do Mar, Corais do Maragogi e Pontal do Maragogi –, nos hotéis ou nas agências de receptivo da cidade. Procure uma embarcação credenciada para diminuir ao mínimo o impacto ambiental. Nas galés, jamais pise nos corais ou alimente os peixes para garantir a preservação desse frágil ecossistema.
Muitos peixinhos e piscinas de água transparente aguardam os turistas a seis quilômetros da costa. Depois de tantos banhos no mar de Alagoas, um gran finale nunca é demais. Afinal, não era água clara que se procurava? Como dizem no Nordeste, “pronto”, está aí.
PARA UMA VIAGEM FELIZ
Alagoas tem dois litorais, muito diferentes: um na maré alta e outro – bem mais bonito – na maré baixa. Sabe aquelas fotografias de praias maravilhosas com piscinas naturais? Foram tiradas na maré baixa. Então, para não voltar das férias frustrado, é muito importante consultar a tábua das marés antes de marcar a passagem aérea e a hospedagem.
A dica vale para vários destinos nordestinos, especialmente quando há piscinas naturais envolvidas, pois a maré alta pode tornar os banhos inviáveis. Como há arrecifes praticamente na costa inteira de Alagoas, a recomendação ali ganha uma importância ainda maior. A tábua das marés é acessório fundamental para uma viagem feliz.
No site da Marinha é possível consultar mês a mês como será a maré o ano todo. Assim fica fácil se programar para viajar na época indicada. Para ver o melhor da paisagem de Alagoas, viaje no período de lua cheia ou nova, quando a variação do nível da maré é maior e as piscinas naturais ficam ainda mais lindas.
COMO CHEGAR
Há voos para Maceió a partir de várias cidades brasileiras. Confira as opções de horários com as companhias: Azul (www.voeazul.com.br e 4003-1118), Gol (www.voegol.com.br e 0300-1152121), TAM (www.tam.com.br e 4002-5700), Trip (www.voetrip.com.br e 3003 8747) e Webjet (www.webjet.com.br e 0300-2101234).
HOSPEDAGEM
Radisson: De frente para a praia da Pajuçara, bem pertinho do ponto de saída das jangadas, oferece 172 apartamentos e 23 suítes, todos com vista para o mar. www.atlanticahotels.com.bre (82) 3202-4900
Ponta Verde: À beira da praia, conta com 203 apartamentos e completa área de lazer. O grupo irá inaugurar em breve uma unidade na Praia do Francês. www.hotelpontaverde.com.br e (82) 2121-0040
Kenoa: Com 23 acomodações, o resort em Barra de São Miguel dispõe de winebar, lounge, fitness center e piscina. O restaurante Kaamo e o Kenoa Spa são abertos a não-hóspedes. (82) 3272-1285 e www.kenoaresort.com
Pousada do Toque: São 17 chalés com infra-estrutura completa. As novidades incluem lounge com biblioteca, restaurante com vista para o mar na área da piscina e o chalé romã (para um casal com dois filhos). O regime de meia pensão está incluído na diária. (82) 3295-1127 e www.pousadadotoque.com.br
Salinas: O grupo possui dois resorts em Alagoas. Na Praia de Ipioca, o Salinas de Maceió oferece seis refeições por dia (bebidas são pagas à parte), duas piscinas e spa. Já o Salinas do Maragogi, funciona no sistema all-inclusive e tem 1.500 m² de piscinas, espaço para esportes e caminhadas ecológicas, além de atividades para a criançada. (82) 3296-3030 e www.salinas.com.br
Grand Oca Maragogi Beach & Leisure: O resort ocupa uma área de 100 mil m2 onde estão 120 apartamentos, 97 bangalôs e 12 suítes, além de piscinas, restaurantes, sala de jogos, serviço de massagens e uma boate particular. (82) 3296-3200 e www.grandocamaragogiresort.com.br
GASTRONOMIA
Lopana: Ótima opção para passar o dia na Praia de Ponta Verde, uma das melhores de Maceió, tomando caipifruta e beliscando camarão ou peixe. Também serve pratos quentes. (82) 3231-7484 e www.lopana.com.br
O Peixarão: O carro-chefe é o prato que leva o nome da casa. No peixarão, a posta de peixe é cozida no molho de coco e coberta por camarão e um creme cuja receita é mantida em segredo. Acompanha pirão e arroz e alimenta até três pessoas. (82) 3325-7011 e www.opeixarao.com.br
Picuí: Localizado no bairro de Jaraguá, na capital, faz parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Quem prova o Clássico do Picuí – carne de sol com pirão de queijo coalho, feijão verde na manteiga de garrafa e chips crocante de batata doce – leva um prato decorativo de recordação. Oferece traslado gratuito do hotel, na ida e na volta. (82) 3223-8080 e www.picui.com.br
PASSEIOS
Paripueira e Carro Quebrado: Acompanhado de biólogos, o passeio do Mar & Cia (82-3293-2031) às piscinas de Paripueira dura entre uma hora e meia a duas horas e custa R$ 30 por pessoa. Do mesmo dono, o Estrela Azul (82-3291-1599), em Barra de Santo Antônio, leva os visitantes de lancha até Carro Quebrado, praia deserta na Ilha do Croa. Com o traslado de jardineira a partir de Paripueira, sai a R$ 50 por pessoa. www.piscinasnaturais.com.br
Galés: Credenciados pela prefeitura, três restaurantes oferecem a ida às galés, a R$ 50 por pessoa. Na praia de Maragogi, o Frutos do Mar (82-3296-1403) e Corais do Maragogi (82-3296-2286 e www.coraisdomaragogi.com.br) têm catamarãs para o passeio e completa estrutura para um dia ao sol. Na vizinha Burgalhau, ao norte, a navegação às piscinas e o serviço de praia estão disponíveis no Pontal do Maragogi (www.pontaldomaragogi.com.br).
OPERADORAS
Litoral Verde – Especializada em roteiros para resorts, destaca o pacote de quatro dias no Salinas do Maragogi. Até 30 de junho, os valores começam em R$ 1072,50* e incluem hospedagem, alimentação e transfers. 0800-2866606 e www.litoralverde.com.br
Marsans – Oferece pacotes de oito dias combinando os atrativos de Maceió e Maragogi. Inclui hospedagem com café da manhã, city tour pelas duas cidades e litoral sul. Até junho, custa desde R$ 949. www.marsans.com.br
RECEPTIVO
Costa Azul – Além de passeios, oferece transfers personalizados dos aeroportos para a Costa dos Corais. www.costazulturismo.com.br e (82) 3296-2125
Jaraguá Turismo: Entre os passeios oferecidos, destaque para a navegação pela Lagoa Mundaú. (82) 3337-2780 e www.jaraguaturismo.com
Tropicana: Oferece passeios em Maceió, pelo litoral sul e pela Costa dos Corais, além de traslados. (82) 3235-1541 e www.tropicanaturismo.com.br
O chinelo com livre acesso, a informalidade, a fala chiada. A cultura de botequim, o filé à francesa, os petiscos, a cerveja estupidamente gelada. Os táxis amarelos, o asfalto escaldante, o ar-condicionado cortante. A Lapa, os arcos, os casarões recuperados, a música. O Réveillon, o Carnaval, a Sapucaí, os blocos. O samba, o partideiro, a senhora que não espera par e se levanta.
O subúrbio, o Maracanã, as ruas da Zona Sul velha, os vendedores com carrocinha. A Lagoa, o mar, a reverência antes de entrar na água sem choque térmico. A canga, o mate gelado, o biscoito Globo, o pôr-do-sol no Leblon com o Morro Dois Irmãos. O Jardim Botânico, as Paineiras, a fauna e a flora que se impõem entre o concreto. O Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, os pontos turísticos, os turistas, os cariocas.