Categoria: Destinos no Brasil

Melhores destinos no Brasil com dicas de viagem no litoral e interior, sobre pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Folia à paulistana

    Todo feriado a mesma cena. São Paulo chega ao topo da lotação de carros nas ruas, depois esvazia. Os animados se jogam nos blocos da cidade ou desfilam no Sambódromo. A maior parte dos paulistanos, no entanto, desfruta das ruas, enfim, desertas. Fico com um pouco de cada. No momento, após uma legítima pizza paulistana, estou foliã de sofá, com cerveja e desfile pela televisão. Mas pretendo levar meu filhote a um bailinho e quem sabe sair com ele num bloco.

    Para quem vai acompanhar os desfiles, vale ver o site da Liga Independente das Escolas de Samba São Paulo. Em Carnaval 2012, é possível ouvir o samba-enredo da agremiação preferida, assim não fica boiando enquanto todo mundo canta na avenida. No alto da página inicial, dá para ver as fichas técnicas das escolas, com os endereços dos sites oficiais delas. Só não encontrei um link para a ordem dos desfiles do Grupo Especial — se alguém achar, me avisa. Tive de buscar em Pesquisa para parar em Notícias. As escolas se apresentam assim:

    SEXTA-FEIRA, 17 de fevereiro

    1. Camisa Verde e Branco
    2. Império de Casa Verde
    3. X-9 Paulistana
    4. Vai-Vai
    5. Rosas de Ouro
    6. Acadêmicos do Tucuruvi
    7. Mancha Verde

    SÁBADO, 18 de fevereiro

    1. Dragões da Real
    2. Pérola Negra
    3. Mocidade Alegre
    4. Águia de Ouro
    5. Unidos de Vila Maria
    6. Gaviões da Fiel
    7. Tom Maior

    Então, “vamos para cima”, “nós trabalhamos o ano inteiro para este momento”. Bom Carnaval para todos!

  • Amanhã já é Carnaval em Salvador

    Começa amanhã o Carnaval de Salvador, que todo ano reúne mais de 2 milhões de pessoas, entre turistas e habitantes. A festa é dividida em 3 circuitos: Osmar (Campo Grande), Dodô (Barra-Ondina) e Batatinha (centro histórico). Participam 39 blocos de trio, 29 afoxés e 65 afros.  O tema desta edição é O País do Carnaval, título do primeiro romance de Jorge Amado, o homenageado da festa. Em 2012, comemora-se o centenário de nascimento do escritor.

    A página do Carnaval de Salvador é de fato útil ao folião. Além da programação completa — para consultar, combine lugar e dia –, é possível obter lá informações como dicas de saúde e segurança, na área de Serviços. Para ninguém perder o bonde (ops, o bloco), há nesse setor também o link Onde Está Seu Bloco. A festa na capital baiana é tão profissional que, no site, estão até as datas para os próximos anos, até 2031. Não tem desculpa para quem pensa em se programar para um dia sair atrás do trio elétrico.

    Entre no clima com um clique abaixo no vozeirão da Margareth Menezes. A apresentação é do Festival de Verão de 2011, mas não encontrei uma gravação boa de Dandalunda durante o Carnaval. Esta é a minha música preferida da Margareth. É uma energia incrível ouvir e dançar isso em Salvador. Se ela cantar a música neste ano e alguém registrar, me avisa que eu substituo o link.

    [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Zqh55OPr_RI]

     

    Leia mais sobre a Bahia em: Salve Iemanjá!, Restaurant Week se espalha por cidades brasileiras, Onde ver a baleia jubarte

  • 90 anos da Semana de Arte Moderna

    90 anos da Semana de Arte Moderna

    Em fevereiro de 1922, reinventou-se a arte no Brasil. Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Heitor Villa-Lobos foram alguns dos escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos que fizeram parte da Semana de Arte Moderna. Realizado nos dias 13, 15 e 17 no Theatro Municipal de São Paulo, o evento faz 90 anos neste mês. Eu amo esse assunto. Foram os modernistas que me fizeram olhar e gostar de São Paulo, ainda adolescente no Rio.

    O Theatro Municipal tem programação especial para celebrar a data. De 15 a 26 de fevereiro, estão previstas apresentações como Magdalena, opereta de Heitor Villa-Lobos, e execução de música de câmara, com Robert Schumann e Villa-Lobos (incluindo repertório executado por Guiomar Novaes na Semana de 22). O teatro completou 100 anos em setembro de 2011. Estou querendo voltar lá tem tempo, quem sabe não me animo.

    Theatro Municipal – Sylvia Masini/Divulgação

    Quando cheguei a São Paulo, morei por 2 meses no antigo hotel Othon, no Viaduto do Chá, no centro. Do alto, abria a cortina para ver o Theatro Municipal e começar bem o dia. Muitas vezes ia a pé para a Folha de S. Paulo, onde eu fazia o Programa de Treinamento, e passava em frente ao prédio. Me lembro que, ao entrar no teatro, achei muito bonito, mas me chamou atenção o tamanho, já que eu estava acostumada com o grande Teatro Municipal do Rio, aonde fui muitas e muitas vezes durante a infância e a adolescência para assistir a apresentações de balé com a minha mãe. Foi também a dança que me levou ao Municipal de São Paulo, num emocionante espetáculo de flamenco com a bailarina Sara Baras.

    Exposição sobre Oswald de Andrade – Dirceu Rodrigues/Divulgação

    Outro lugar a que pretendo voltar em breve é o Museu da Língua Portuguesa. Ainda não vi a exposição Oswald de Andrade: o Culpado de Tudo, sobre um dos criadores da Semana de Arte Moderna. Não poderia existir momento mais oportuno para ver essa temporária e quero aproveitar que ela foi prorrogada até 26 de fevereiro por causa das comemorações pelos 90 anos.

    Adoro o Museu da Língua Portuguesa, já perdi a conta de quantas vezes estive por lá, sozinha, em família, ou levando algum turista amigo. Me lembro especialmente das exposições temporárias sobre Machado de Assis e Fernando Pessoa. Além de ótimas, têm algo de pessoal para mim. Sou leitora de Pessoa desde nova e, por essas coincidências da vida, acabei me casando com um Fernando, que também gosta do poeta e de Portugal como eu. Foi bacana irmos juntos à exposição.

    Machado de Assis tem tudo a ver com o Rio de que gosto. Para completar, quando eu estava lá, morava na última rua de Laranjeiras, bairro vizinho ao Cosme Velho, onde o escritor viveu. Bem, meu filho se chama Joaquim. Acho que não preciso dizer mais nada, né?

    Voltando à celebração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna, além do Museu da Língua Portuguesa, outras instituições da Secretaria de Estado da Cultura se prepararam para a efeméride. A partir de 16 de fevereiro, o Museu Afro Brasil exibe a exposição Mário de Andrade, o Modernista de São Paulo — Sou um Tupi Tangendo um Alaúde na Semana de 22, com textos, objetos e pinturas.

    Casa das Rosas – Dirceu Rodrigues/Divulgação

    Também em 16 de fevereiro, na Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos, será relizado o sarau Semana de Arte Moderna: 90 Anos Depois, com música, poesia e arte, nas obras de escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida. Caminhar pela Avenida Paulista até a Casa das Rosas, no Paraíso, é um dos meus passeios preferidos perto de casa. O jardim é lindo, adoro ficar entre as flores. Meu filho gosta da fonte de água escondida entre as plantas. E acho o máximo que São Paulo tenha uma casa dedicada à poesia e à literatura.

    Casa Guilherme de Almeida – Elias Gomes/Divulgação
  • De sombrinha na mão em Pernambuco

    De sombrinha na mão em Pernambuco

    O frevo come solto no Carnaval de Pernambuco, então nada melhor do que o Dia Nacional do Frevo, celebrado hoje, para promover o esquenta da festa. No Recife, a programação se concentra no Pátio de São Pedro, no centro. Homenageados, os blocos Batutas de São José e Banhistas do Pina festejam 80 anos de sua fundação. O cortejo do frevo, que sai às 17h30 da Praça Maciel Pinheiro em direção ao Pátio São Pedro, põe fogo na comemoração que se estende até as 23 horas. Quer entrar no clima vendo um pouco da apresentação do ano passado no Dia do Frevo? Clique abaixo.

    [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=2lG-EiMtHG0&feature=youtu.be]

    E isso é só um aperitivo, como as prévias que vêm rolando tanto na capital quanto em Olinda. Pode ser uma ótima ideia ir às duas cidades antes do Carnaval ou perto do aniversário da dupla — a data de fundação delas é a mesma: 12 de março. Eu dei a sorte de estar lá numa comemoração do aniversário que caiu exatamente na semana seguinte do Carnaval. Foi demais acompanhar o frevo desfilar por Olinda enquanto eu bebia uma cerveja gelada num boteco colado à casa de Alceu Valença. Pena que ele não estava lá, adoro a música pirante de Alceu Valença.

    O cantor é um dos homenageados no Carnaval do Recife deste ano, junto com o pintor José Cláudio. Como ocorre há anos, a folia por lá é organizada em polos. São ao todo 17. Dá uma olhada nas apresentações previstas: Seu Jorge, Lenine, Ney Matogrosso, Otto, SpokFrevo Orquestra e Marcelo Jeneci, entre muitos outros (incluindo, obviamente, Alceu Valença). Naná Vasconcelos e as nações de Maracatu tradicionalmente abrem a festa, que se estende de 17 a 22 de fevereiro. Disponível no site oficial do evento, a programação completa é bem fácil de consultar combinando o nome do polo com o dia de Carnaval. Tudo de graça, na rua, assim como na vizinha Olinda.

    O Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é outro homenageado no Carnaval do Recife. É o tema do Galo da Madrugada neste ano. O bloco costuma tomar as ruas do centro no sábado pela manhã, mas há também desfiles alternativos na quinta 16 de fevereiro à noite e um para a criançada na terça 21 de fevereiro, com o bloco infantil Pinto da Madrugada (não poderia ter outro nome, né?).

    Clube Vassourinhas – Luiz Fabiano/Pref. Olinda/Divulgação

    Famoso pelos bonecões que descem as ladeiras da Cidade Alta, o Carnaval de Olinda tem também blocos engraçados como o Enquanto Isso na Sala de Justiça, há 17 anos jogando os super-heróis na folia. A festa em Olinda promete muita comemoração: o Clubes Vassourinhas faz 100 anos, o Elefante de Olinda, 60 anos, e o Homem da Meia Noite, 80 anos. Não encontrei a programação no site do Carnaval, mas neste link da Prefeitura estão atrações e polos. Um show de Alceu Valença abre os festejos na quinta 16 de fevereiro. Durante os dias de folia, as apresentações incluem nomes como Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Orquestra Contemporânea de Olinda e Karina Buhr.

    A festa rola até que na Quarta-Feira de Cinzas a gente liga a TV e o repórter Francisco José, da Globo, faz sua passagem diante de animados foliões e decreta: “Todos os anos a tradição se repete. O Bacalhau do Batata desce as ladeiras de Olinda encerrando o Carnaval de Pernambuco”. Aí é esperar pelo próximo.

    Praça Monsenhor Fabrício no Carnaval de 2011 – Pire/Pref. Olinda/Divulgação
  • Réveillon de Copacabana, no Rio: aquilo é que são fogos!

    Réveillon de Copacabana, no Rio: aquilo é que são fogos!

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    ABAIXO VEJA GALERIA DE FOTOS E NESTE LINK O VÍDEO DOS FOGOS

    A ida para o Réveillon de Copacabana, no Rio, funcionou bem com a compra de bilhetes de Metrô antecipada. Os vagões estavam bem cheios, mas já me espremi mais no rush em São Paulo. Na saída na estação Siqueira Campos, a massa assustava quem não está acostumado a eventos com sucesso de público.

    E sucesso definitivamente é o caso do Réveillon de Copa. Sempre lotou. Mas na areia se arruma sem tanto aperto um lugar para ver o espetáculo. Aquele é de fato um espetáculo. Já fui 4 vezes a essa festa, a última havia sido exatos 10 anos atrás, na estreia das balsas de fogos no mar. Os organizadores ainda estavam tentando entender como iriam fazer o show causar a mesma impressão de quando era feito a partir da areia. Eu tinha ido no ano anterior, o último no modelo antigo, e foi bem frustrante ver como havia ficado. Ao longo da década, descobriram o segredo. É maravilhosa a sensação de ver os fogos ‘caírem em cima da gente’, como numa bênção para o recomeço de tudo outra vez.

    Esse foi o ano em que os fogos foram mais bonitos entre todos os 31 de dezembro que passei em Copacabana. A sequência de 16 minutos dançou com a música em evoluções de estrelinhas, explosões de bolas em cores, corações, cobrinhas prateadas. Uma linda maneira de começar 2012. Feliz ano novo!

    CLIQUE NUMA FOTO PARA VER A GALERIA COM IMAGENS MAIORES:

  • Natal tranquilo em Congonhas

    Quem escolheu viajar na hora do almoço de 24 de dezembro pegou o Aeroporto de Congonhas praticamente vazio. O movimento num dia da semana normal é maior do que neste momento no terminal. A única fila é vista no check-in da TAM para destinos brasileiros em geral. A ponte aérea está deserta.

  • Rio Quente abre outro hotel

    Rio Quente abre outro hotel

    Novidade no Rio Quente Resorts: o complexo em Goiás abriu mais um hotel, o Rio Quente Cristal Resort. Com 196 apartamentos, o empreendimento inclui restaurante, bares, praças ao ar livre e piscina de 400 metros com borda infinita. Há 7 hotéis no Rio Quente Resorts, localizados em torno do Parque das Fontes, onde estão duchas, saunas e opções de banho nas águas quentes naturais. Ao lado do complexo, fica o Hot Park, parque aquático com entrada livre para hóspedes.

  • Sábados de sol e afeto

    Sábados de sol e afeto

    Texto e foto de Nathalia Molina

    Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Vêm acompanhados de boa dose de afeto. Ir à Vila Madalena nas tardes ensolaradas de sábado para mim é assim, um passeio carregado de memórias de felicidade. Quando cheguei a São Paulo há 13 anos, frequentava os bares do bairro tantas vezes por semana que poderia trabalhar na seção de reportagens sobre bares no jornal. Sem família por aqui, com uma queda forte por chopes e petiscos e a noite paulistana à minha espera, eu praticamente vivia na Vila Madalena, só não morava por lá.  E foi num bar que acabei conhecendo meu marido. Quem disse que a bebida não leva a nada? Essa é a versão mais gostosa. A real é que um amigo em comum nos apresentou, no bar Filial.

    Hoje, trocamos de ponto e vamos ao Genial. Seguimos nosso velho amigo Aílton, garçom bem conhecido pelos antigos frequentadores do Filial. Espécie de padrinho boemio da história, Aílton tem até um filho da mesma idade que o nosso, o que faz dele um ser mais gentil ainda quando nos vê em família no bar. O ambiente e o cardápio também contribuíram para a mudança de rota. Entre as opções alguns tradicionais petiscos do Filial e do Genésio. Já deu para sacar que o Genial é dos mesmos donos, certo? Numa daquelas junções de nomes que, neste caso, deu num bom resultado. Impossível não lembrar, porém, de outras tantas não tão bacanas usadas para batizar a criançada.

    Mas nós viemos aqui para beber ou para conversar? Os dois, e de preferência acompanhados por apetitosas gordurinhas. Boteco que se preze tem de ter fritura. Seguindo a tradição que sustentamos desde as noites amanhecidas no Filial, nossa pedida é o bolinho de arroz. Pode torcer o nariz, eu também torci na primeira vez. Afinal, nunca tinha comido nenhum bolinho de arroz de que gostasse. Pois esse é diferente, tem uma pitada de cebolinha, um tanto de queijo, sei lá, mas é bom demais. Ficou mais gostoso ainda na boca do pequeno Joaquim. Pela voracidade, temos outro sócio para matar a porção. Bobeira, breguice, coisa de mulher e mãe botequeira, mas cheguei a ficar emocionada em ver nosso menino tão satisfeito comendo aqueles bolinhos que nos acompanharam em momentos deliciosamente felizes.

    Tive sensação parecida ao vê-lo cair dentro na feijoada da Benê, no Dita Cabrita, bar do amigo Waltinho (com quem trabalhei tantos anos) e de sua mulher Benedita, à frente dessa cozinha no bairro da Pompeia. Dizem que toda mãe se orgulha com o filho comendo bem. Claro que fiquei contente de ver sumir do prato couve e companhia na maior naturalidade. Não foi só isso, no entanto. No Dita Cabrita fiz meu chá-de-bebê — onde mais poderia ser no caso de um casal que se conheceu num bar? Voltamos algumas vezes com nosso filhote, para rever os amigos, provar da comida da Benê e desfrutar do quintal e de suas árvores.

    E foi exatamente o quintal e a brincadeira de comer no palitinho que nos levaram a voltar à Casa do Espeto, do outro lado da Avenida Pompeia, depois de 10 anos. Árvores e muito espaço ao ar livre, tudo o que se pode pedir numa tarde de sol em São Paulo. Um porém para os pais: com filhos de 10 meses até 2 anos, pode não ser uma boa ideia já que o quintal tem vários níveis e eles não resistem a um degrau. Joaquim explorou tudo (fomos subindo até parar quase na sala do administrativo). Nós nos fartamos de espetinhos e cerveja estupidamente gelada. Na sobremesa, fique com o morango coberto de chocolate. Eu adoro um abacaxi (será que Freud explica?), então, pedi na brasa com mel e raspas de limão. Apesar da aparência suculenta, ficou com gosto de xarope contra a tosse, momento-criança um tom a mais.

    Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Mas, se o gosto for bom e o ambiente bonito, melhor certamente. Sem nenhuma pretensão de alta gastronomia, só o prazer besta de passar uma tarde agradável com gente querida.

  • Ponte aérea Rio-São Paulo: a melhor vista

    Ponte aérea Rio-São Paulo: a melhor vista

    Como escolher seu lugar no avião para ter a melhor vista nos voos da ponte aérea entre São Paulo (Congonhas) e Rio (Santos Dumont). Gosto de voar na janelinha e, depois de quase 20 anos fazendo esse trajeto, dou minha dica do lado da aeronave para aproveitar a paisagem

    ATUALIZADO EM 21 DE MARÇO DE 2017

    Reservo o lugar no voo pela internet para não correr o risco de chegar ao aeroporto e só achar assento no meio ou no corredor. Gosto de ir na janelinha, sempre gostei. Na ponte aérea, voo entre os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), procuro sempre o lado do avião com a melhor vista da paisagem. Gosto de ver as cidades de cima, dizer ‘tchau’ e ‘oi’ mentalmente. Me despedir ou me reencontrar com lugares queridos. Para mim, cidades são como pessoas.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Depois de quase 20 anos pegando a ponte aérea (sou do Rio e moro em São Paulo), tenho minhas preferências. Na ida, da capital paulista para a minha cidade natal, escolho uma janela do lado esquerdo do avião. Não me preocupo, no entanto, se apenas o lado contrário estiver disponível. Embora esta foto acima e algumas das imagens abaixo só tenham sido possíveis exatamente porque eu estava sentada à esquerda. O piloto sobrevoou o Aterro do Flamengo e contornou a Enseada de Botafogo para descer no Aeroporto Santos Dumont no sentido zona sul-Centro — leia sobre o VLT Rio, a nova opção para sair e chegar do aeroporto.

    Torço para pegar essa rota toda vez em que vou para o Rio, pois às vezes o avião chega à pista na direção oposta, passando por cima da Ponte Rio-Niterói. Até achei interessante esse trajeto uma vez. Passei tão perto da ponte que parecia que os carrinhos iam voar com o deslocamento de ar. Fiquei imaginando que o piloto deve fazer esse percurso de carro e resolveu acompanhar o movimento da ponte bem de pertinho.

    O leitor Yury me perguntou aqui nos comentários se a rota da ponte aérea São Paulo-Rio não está mais sendo feita pela zona sul. A dúvida me deixou intrigada porque, de fato, nas 2 últimas viagens aéreas que fizemos ao Rio (julho de 2016 e fevereiro de 2017), o avião foi pelo litoral até a zona oeste, passou por cima do Parque Olímpico e depois entrou no sentido da zona norte. Nós estávamos sentados do lado direito da aeronave, o que tinha disponível para irmos os 3 juntos. Pela janela, vimos o Estádio do Engenhão, a Baía de Guanabara, o Museu do Amanhã na Praça Mauá e a Ilha Fiscal, antes de descer no Santos Dumont. Não sei se os aviões da ponte aérea não fazem mais a rota pela zona sul, mas já procurei saber. Assim que tiver a resposta, acrescento no texto.

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    Na volta, as praias do Rio na janela

    Seja como for, na volta do Rio, para decolar do Santos Dumont, a janela tem de ser à direita do avião. Dentre as tantas coisas ditas imperdíveis em reportagens de viagem, rever o Rio do alto é certamente uma delas. Acompanho as curvas e revivo a cidade lá do alto, em praias, montanhas e cartões-postais.

    A Baía de Guanabara com o Cristo Redentor atrás, o bairro da Urca com o Pão de Açúcar de um ângulo incrível (com o Corcovado ao fundo). Depois o litoral: Copacabana, Arpoador, Ilhas Cagarras, Ipanema e Leblon (à frente da Lagoa), Morro Dois Irmãos, São Conrado, Barra, Recreio e o filete de terra da Restinga da Marambaia. É uma vista imbatível, que deixa saudade. Minha linda cidade, até breve.


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  • Vila Galé terá hotel econômico em Fortaleza

    Nathalia Molina, do Rio de Janeiro (na Abav)

    As obras da primeira unidade low coast da rede Vila Galé começam no início de 2012. A bandeira VG Express estreia no Brasil em Fortaleza, mesma cidade onde a rede portuguesa inaugurou seu primeiro hotel no país há 10 anos. É o Vilá Galé Fortaleza.

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