Categoria: Destinos Internacionais

Melhores destinos internacionais, com dicas de viagem para o exterior. Confira pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    ATUALIZADO EM 31 DE MARÇO DE 2019

    Meu coração é de Maria, mas viajo com Mercedes. A frase me saltou aos olhos quando a li em um para-choque de caminhão no meu tempo de criança. Essa gaiata declaração de amor feita à base de um trocadilho é para mim o melhor texto de publicidade escrito fora da publicidade. Ideia simples, um paradoxo em se tratando de uma marca luxuosa como Mercedes–Benz. Vencidos mais de 130 anos da invenção do automóvel, os carros da estrela de três pontas permanecem como símbolo de status, de algo para poucos. Já o museu da montadora, em Stuttgart, na Alemanha, anda na contramão da suposta imagem elitista.

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    Como é o Museu Mercedes-Benz

    Instalado em um lindo prédio futurista, que chama atenção à medida que você se aproxima dele, o acervo do museu de nove andares está dividido em duas exposições: Legend Rooms e Collection Rooms. Ao todo, são 160 veículos e cerca de 1.500 objetos expostos. Circulando por seus 16.500 m², você não esbarra tanto em potenciais compradores nem machos clássicos, daqueles que entendem tudo sobre quatro rodas.

    O Museu Mercedes é um espaço bem bacana para quem se interessa por história. Isso faz dele um programa ideal para adultos e crianças, como nós comprovamos durante nossa viagem em família pela Alemanha.

    O que fazer no Museu Mercedes

    O tour começa pelo alto. O elevador com pinta de cápsula do tempo leva o visitante a 1886, ano em que Götlib Daimler e Karl Benz buscavam criar, cada um em um canto da Alemanha, o primeiro automóvel movido por motor de combustão interna.

    A partir do salão onde estão expostos veículos pioneiros como o Benz Velo, de 1894, você é levado a percorrer os andares do museu por meio de rampas — super viável para cadeirantes. Painéis localizados à esquerda da descida contam de forma cronológica passagens da história da Mercedes — da junção dos rivais Benz e Daimler ao papel inovador que a marca sempre exerceu no mercado automobilístico, sem se esquecer do contexto mundial em que os fatos transcorreram.

    Nathalia e eu, que adoramos história, concluímos que se não houvesse um mísero carro exposto a visita teria valido a pena mesmo assim. Já o nosso filho, Joaquim, que ainda não sabia ler,  ficou atento às fotos. Quando reconheceu os Beatles — associados em um painel a uma determinada passagem da trajetória da Mercedes — ele parou e quis saber o que faziam naquela imagem os caras que cantam Don’t Let Me Down (“Du lé mi daun”, como dizia o Quim aos 3 anos).

    Nas sete Legend Rooms são apresentados lendários carros que ilustram um período histórico a partir de um tema central: da invenção do automóvel às inovações no campo da segurança — a Mercedes foi pioneira na criação do air-bag e do sistema de freio ABS, por exemplo.


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    Um piso inteiro conta o nascimento da marca Mercedes, batizada com o nome da filha de Emil Jèllinek, homem de negócios e piloto vocacional, cujas vitórias nas pistas ajudaram a impulsionar as vendas dos primeiros veículos da empresa na Europa.

    O que ver no museu na alemã Stuttgart

    Mais do que modelos de passeio, a Mercedes também se especializou na fabricação de veículos pesados, de serviços de emergência e para transporte de massa. Nas áreas chamadas de Collection Rooms estão expostos táxis, vans, ônibus, carros de polícia e de bombeiro, ambulâncias e até o papamóvel, tudo o que for capaz de fazer a criançada ficar vidrada naqueles brinquedinhos avantajados. Quando visitamos, havia lá também um caminhão parecido com o que vi na infância, mas sem a frase antológica no para-choque. Merecia estar escrita.

    Collection Rooms e Legend Rooms são exposições independentes, mas conectadas a cada andar. À direita fica o espaço dos veículos Collection. Se preferir ver apenas os Legend, vá para a esquerda e desça a rampa. O acervo completo consome duas horas de tour, aproximadamente.

    Os dois percursos terminam numa curva fechada intitulada Flechas de Prata — Corridas e Recordes. Nessa área comprova-se o poder da Mercedes em diversas categorias do automobilismo, das provas do turismo europeu à Fórmula 1, com destaque para os carros pilotados nos anos que antecederam a Segunda Guerra — tempo em que surgiu o mito das Flechas de Prata, assim chamados pela imprensa devido à ausência de pintura na lataria dos carros. Vê-se ainda os modelos que levaram o argentino Juan Manuel Fangio a dois de seus cinco títulos mundiais, e os carros que marcaram o retorno da Mercedes à Fórmula 1 com uma equipe própria, ocorrido em 2010, depois de 55 anos de ausências das pistas.

    Museu Mercedes, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (14) (800x457)
    Mercedes-Benz, um mito das pistas de corrida

    VALE SABER

    Endereço: Mercedesstrasse, 100

    Transporte: A partir da estação central de Stuttgart, pegue a linha 1 do S-Bahn no sentido Kirchheim (Teck), desça em NeckarPark (Mercedes-Benz) e siga as placas que indicam o caminho do museu, a uns 15 minutos de caminhada. Em dias de jogos do Stuttgart, cujo estádio fica próximo, o acesso ao museu pode estar restrito. Portanto, use o transporte público para chegar ao Mercedes-Benz Museum

    Horário: De terça a domingo, das 9 às 18 horas (a bilheteria fecha 1 hora antes)

    Ingresso: adultos, 10 euros; jovens entre 15 e 17 anos e pessoas acima de 60 anos, 5 euros (menores de 14 anos entram de graça, se estiverem acompanhados por um adulto). A taxa inclui o áudio-guia, disponível em oito idiomas. Não há versão em português.

    Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Mercedes terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Porsche, mediante apresentação do bilhete. E vice-versa

    Alimentação: O café-bar do 1° andar (terça a domingo, das 9 às 18 horas) oferece de refeições rápidas a sanduíches. Durante o verão, sentar-se no terraço do restaurante (terça a domingo, das 10 às 19 horas) é ideal para saborear pratos da cozinha regional e internacional enquanto se admira a bela arquitetura do museu

    Site: mercedes-benz-classic.com/museum


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    Visita feita a convite do Museu Mercedes e do Turismo de Stuttgart



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  • Buenos Aires: Centro Cultural Kirchner

    Buenos Aires: Centro Cultural Kirchner

    Novidade na capital argentina, o Centro Cultural Kirchner está instalado num edifício neoclássico no centro de Buenos Aires. O antigo Palácio dos Correios agora conta com várias salas de concerto e de exposição, além de mirante com visão panorâmica da cidade.

    A maior delas, La Ballena Azul, tem capacidade para 1.750 pessoas e pode receber orquestras sinfônicas. A Sala Argentina, para 534 espectadores, funciona como espaço de câmara. La Gran Lámpara, no centro do edifício, é área de exposições. Os visitantes podem ver a cidade de La Cúpula, espaço destinado para apresentações diversas. Do mirante, veem-se o bairro de Puerto Madero, o Rio da Prata e a Casa Rosada.

    Buenos Aires, Cultura, Centro Cultural Kirchner, Foto Divulgação 3

    Buenos Aires, Cultura, Centro Cultural Kirchner, La Cupula, Foto Divulgação 2
    Fotos: Divulgação

    Buenos Aires, Cultura, Centro Cultural Kirchner, Sala Eva Perón, Foto DivulgaçãoO centro cultural também tem seis auditórios multimídia, além de salas em homenagem ao ex-presidente Néstor Kirchner e à idolatrada Eva Perón.

    Projetado pelo francês Norbert Maillart, o edifício começou a ser construído em 1889 e foi inaugurado em 1928. As atuais obras de restauração começaram em 2009 e seguem sendo executadas. Visitas guiadas, com uma hora de duração, abordam a arquitetura e a história do prédio.

    VALE SABER

    Endereço: Sarmiento, 151

    Funcionamento: De quinta a domingo, das 14 às 20 horas — visitas guiadas pelo edifício de sexta a domingo, das 14h15 às 17 horas, a cada 15 minutos

    Preço: Todas atividades são gratuitas. Os ingressos para os espetáculos realizados nos espaços La Cúpula, La Ballena Azul, Sala Argentina e Sala Federal podem ser reservados pelo site do centro cultural, no link Entradas. Para o restante da programação, eles são distribuídos até atingir a capacidade total

    Site: culturalkirchner.gob.ar

  • Berlim: museu lembra fim da guerra e reunificação

    Berlim: museu lembra fim da guerra e reunificação

    Berlim, Museu Historico, Exposicao Fim da Guerra, Foto Carl Weinrother na Exposicao - Foto VisitBerlin, Divulgacao
    Fotografia de Carl Weinrother exposta no Museu Histórico – Foto: visitBerlin/Divulgação

    O ano de 2015 marca a comemoração de duas datas importantes para a história da Alemanha: os 70 anos do fim da Segunda Guerra, que começou com a rendição dos nazistas em 8 de maio, e a reunificação do país, que completa 25 anos em 3 de outubro.

    O Deutsches Historisches Museum (Museu Histórico), em Berlim, apresenta 2 exposições dedicadas a esses momentos.

    ‘1945. Derrota. Libertação. Novo Começo’

    A mostra 1945. Niederlage. Befreiung. Nueanfang. detalha os efeitos do pós-guerra não só na Alemanha como em outros 11 países da Europa: Áustria, Polônia, Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, França, Grã-Bretanha e as antigas União Soviética e Tchecoslováquia. Objetos e fotografias apresentam a vida durante os cinco anos seguintes ao fim do conflito. Os visitantes podem conhecer ainda a história de 36 cidadãos dessas diferentes nacionalidades.

    Berlim, Museu Historico, Exposicao Fim da Guerra, Foto do Sino da Vitoria - Foto Divulgacao
    Foto: Divulgação

    A exposição reúne também objetos, como um sino da vitória, que simboliza a coalizão anti-nazista, formada por Churchill, Roosevelt e Stalin, cujo dinheiro obtido com a venda foi revertido para as vítimas da guerra.

    Até 25 de outubro de 2015 — sextas, às 15 horas, há tour de 1 hora em inglês, por 4 euros além do preço do ingresso do museu

    ‘Unificação. Sociedade alemã em transição’

    Berlim, Museu Historico - Foto Wolfgang Scholvien, visitBerlin, Divulgacao
    Foto: visitBerlin/Divulgação

    A exposição Alltag Einheit. Porträt Einer Übergangsgesellschaft aborda as profundas mudanças ocorridas após a reunificação das Alemanhas capitalista e socialista, ocorrida em outubro de 1990. A mostra tem fotografias e salas interativas, com textos em alemão, inglês e, pela primeira vez, em braile.

    De 28 de maio de 2015 até 3 de janeiro de 2016

     

    VALE SABER

    Endereço: Unter den Linden, 2, Berlim

    Preço: 8 euros – grátis até 18 anos

    Funcionamento: diariamente, das 10 às 18 horas

    Site: dhm.de

  • Orlando: SeaWorld terá montanha-russa mais alta

    O SeaWorld Orlando anuncia nova atração de pirar os fãs de adrenalina: uma montanha-russa com 60 metros de altura. Promete ser a mais alta, mais rápida e mais longa da cidade dos parques de diversão na Flórida, nos Estados Unidos. A inauguração está marcada para 10 de junho de 2016.

    Por enquanto, espia só como é a Manta, montanha-russa radical do parque, neste vídeo oficial do SeaWorld Parks no YouTube:

    [youtube https://www.youtube.com/watch?v=-KHhRuro5ns]

     

  • Tulipas na Holanda: Keukenhof, parada das flores e mercado flutuante

    Tulipas na Holanda: Keukenhof, parada das flores e mercado flutuante

    Saiba onde ver tulipas na Holanda em 3 passeios no país: o parque Keukenhof, a Parada das Flores e o mercado flutuante de Amsterdã. A primavera convida a conhecer arações e campos de plantio na maior produtora mundial

    ATUALIZADO EM 17 DE ABRIL DE 2017

    Pensou tulipa, lembrou da Holanda. As primeiras mudas vieram da Turquia. Floresceram, coloriram, viraram símbolo do país que fez das tulipas e de outras espécies commodity. Responsável por 60% da produção mundial de flores, a Holanda celebra a chegada da primavera com diversas atrações. Conheça aqui 3 dos principais passeios: o icônico parque Keukenhof, a anual Parada das Flores e o mercado flutuante de Amsterdã.

    KEUKENHOF, O PARQUE DAS TULIPAS, PERTO DE AMSTERDÃ – Fotos: Divulgação

    Tudo começou há 400 anos, durante a Era de Ouro da Holanda, quando o país enriqueceu com o comércio mundial. Foi aí que as primeiras tulipas foram importadas do Império Otomano. A flor ainda é cultivada na Turquia, para onde foi levada por povos que antes viviam na região montanhosa de Tian Shan. Localizada na Cordilheira do Himalaia, ela é originalmente o lugar das tulipas.

    Atualmente a Holanda responde pela produção de 4,2 bilhões de unidades por ano, em plantações de tulipas sobre uma extensão de aproximadamente 100 km². Para quem deseja ver de perto os famosos e coloridos campos, a melhor época para visitar o país é da segunda metade de abril até o fim de maio. É nesse período do ano que a mais conhecida flor holandesa desabrocha, formando imensos e coloridos jardins, juntamente com jacintos, orquídeas, narcisos, cravos, lírios, entre outras espécies.

    Keukenhof vanuit de Dakota

    1 > KEUKENHOF: O PARQUE COM JARDINS DE TULIPAS

    Anualmente, um tema serve de inspiração para paisagistas criarem os coloridos canteiros do Keukenhof, o maior parque de flores do mundo, localizado na cidade de Lisse. Com cerca de 100 variedades de tulipas florescendo, o jardim, que funciona apenas durante a primavera, é um dos principais pontos turísticos da Holanda.

    Com cerca de 320.000 m² de área e 7 milhões de mudas plantadas anualmente, o Keukenhof é composto por jardins e 4 pavilhões. Atrai em torno de 1 milhão de visitantes ao longo de suas 8 semanas de funcionamento.

    Em 2017, o tema da exposição preparada para o público é o design holandês, com seus destaques na arquitetura, no design gráfico e de móveis e na moda. O pavilhão Oranje Nassau foi inteiramente projetado para exibir várias aspectos do assunto abordado neste ano na temporada do parque. Dois jardins inspiradores do Keukenhof também estão dedicados ao tema, sendo um deles em homenagem a Piet Modrian. Canteiros com flores vermelhas, azuis e amarelas lembram os traços do artista holandês em suas coloridas pinturas.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, até 21 de maio

    Site: keukenhof.nl

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    2 > PARADA DAS FLORES: DESFILE COM CARROS TEMÁTICOS

    O Blomencorso Bollenstreek percorre 42 quilômetros entre as cidades holandesas de Noordwijk e Haarlem, uma região produtora de flores. O desfile conta com cerca de 20 carros alegóricos criativos e em torno de 40 veículos decorados, especialmente com tulipas. Bandas animam o público da parada.

    Como o trajeto passa pelo Keukenhof, a sugestão é combinar os dois programas e visitar o parque no sábado da parada, em abril. O design holandês também serve de tema em 2017 para o desfile.

    TRAJES TÍPICOS E TRADIÇÕES NOS CARROS DE FLORES PASSANDO PELO KEUKENHOF
    BANDAS ANIMANDO O PÚBLICO DO PARQUE – Fotos: Divulgação

    No dia seguinte à travessia pela Bollenstreek, algo como ‘região dos bulbos’, os carros alegóricos ficam expostos na praça do mercado de Haarlem.

    Holand, Flores, Desfile - Foto Erwin Martens, Divulgação
    Foto: Erwin Martens/Divulgação
    Holand, Flores, Desfile - Foto Malou Evers, Divulgação
    Foto: Malou Evers/Divulgação

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, a programação do evento se estende de 19 a 23 de abril, mas a parada é realizada no sábado dia 22, com início às 9h30 em Noordwijk. Para quem pretende ver o desfile em 2018, ele será realizado em 21 de abril — em 2019, em 13 de abril

    Site: bloemencorso.info

     

    3 > MERCADO FLUTUANTE: VENDA DE PLANTAS EM AMSTERDÃ

    Amsterdã, Holanda, Flores, Mercado - Foto Divulgação (3)
    BOTÕES DE TULIPAS NO MERCADO EM AMSTERDÃ

    Mercado de flores mais famoso da Holanda, o Bloemenmarkt funciona em Amsterdã desde 1862. Fica no canal Singel, entre Koningsplein e Muntplein, e seu charme são as barcaças flutuantes repletas de flores. No passado as embarcações eram responsáveis por trazer as plantas para serem vendidas na cidade

    Na área do mercado, também são encontradas tulipas de madeira para quem quiser trazer um souvenir bem típico da Holanda.

    VALE SABER

    Quando:  Funciona durante o ano inteiro, de segunda a sábado, das 9 às 17h30 — domingo, a partir das 11 horas

  • Québec: minha reportagem no Viagem Estadão

    Québec: minha reportagem no Viagem Estadão

    Québec - Cover Estado de S. Paulo travel sectionMinha reportagem sobre Québec, no Canadá, foi a capa de hoje do caderno Viagem do Estadão. Vê só lindinha que ficou.

    Nela, eu falo sobre a transformação que ocorre na província com a chegada do calor, com muitos festivais e atrações ao ar livre. Conto também sobre um roteiro de agroturismo que fiz em île d’Orléans e Charlevoix, com direito a um passeio de trem ao longo do Rio Saint-Laurent.

    Se você não conseguiu ver o caderno impresso, pode ler a reportagem neste link do site do jornal.

  • Doce de leite da Argentina: comida típica irresistível

    Doce de leite da Argentina: comida típica irresistível

    O doce de leite da Argentina é uma delícia. Leia sobre a comida típica do destino vizinho e saiba quanto custa no supermercado lá. Traga potes para você e para dar de presente como souvenir

    ATUALIZADO EM 6 DE ABRIL DE 2017

    Eu nunca gostei de doce de leite, sempre achei doce demais. Até que meu marido trouxe um pote argentino para casa. Tenho de confessar que, naquela época, a princípio nem me interessei. Mas resolvi provar a comida típica da Argentina, já que todo mundo dizia que era tão boa. Vai que era. E era!

    De cor mais escura, com aquele saborzinho meio maltado que fazia toda a diferença. Pronto, virei uma dulce de leche maníaca. Daí por diante, é puro, com queijo, no pão, em receita, no sorvete. Curto doce de leite argentino em todas as possibilidades.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Compramos no supermercado no Brasil, porém, sem exageros. O pote não dura na geladeira, e o ponteiro da balança também sobe rapidinho. Mas, quando vou à Argentina, é irresistível. As prateleiras de lá oferecem variedade e preço mais barato.

    Em outubro de 2013, estive na região das Missões Jesuíticas para escrever uma reportagem para a revista de bordo da companhia aérea Azul. Antes de voltar para casa, no supermercado na cidade de Posadas, faturei um potão de Poncho Negro (840 g), na ocasião pelo equivalente a uns R$ 18. Em maio de 2014, em Buenos Aires, comprei potes de 450 g de La Salamandra por cerca de R$ 8, de acordo com a cotação da época.

    Doce de Leite, Argentina - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Em 6 de abril de 2017, pesquisei no site da rede Coto, que tem supermercados por Buenos Aires, encontrei potes de 450 g de San Ignacio a 63,15 pesos argentinos (com a taxa de câmbio atual, algo em torno de R$ 13). Na foto acima, ele custava metade do valor em pesos argentinos. Pelo menos, dá para ter uma ideia da variação — se alguém tiver comprado doce de leite recentemente na Argentina, por favor deixa o preço nos comentários para sabermos. O pote de plástico de La Serenísima clássico com 400 g custava 30,15 pesos argentinos no site, o equivalente a cerca de R$ 6,15.

    Sem glúten: procure o selo Sin TACC

    Um detalhe importante para quem gosta de doce de leite argentino e não come glúten: nem toda marca é liberada para o consumo. Durante a minha viagem de maio de 2014, encontrei sachês de doce leite Ilolay no café da manhã do hotel, mas o rótulo não continha a informação de que o produto era gluten free.

    Sem Glúten, Gluten Free, Doce de Leite, Argentina - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)No supermercado, vi potes do Poncho Negro e tampouco havia algo escrito sobre o assunto. Acabei comprando o La Salamandra, marca que exibia Sin TACC (sem trigo, aveia, cevada e centeio) no rótulo. Na hora de comprar, fique atento ao símbolo. Se você não come glúten, a Argentina oferece muitas opções aos viajantes. tem até voo com lanche gluten free.

  • Guia da Flórida (Estados Unidos): planejamento de viagem

    Guia da Flórida (Estados Unidos): planejamento de viagem

    Está procurando um guia da Flórida para planejar sua viagem? Dá uma olhada nessas opções abaixo que separamos. Podem facilitar na hora de montar seu roteiro pelo estado americano.

  • Poutine (Canadá): receita com batata é prato típico em Montréal

    Poutine (Canadá): receita com batata é prato típico em Montréal

    Se sua ideia de comida boa necessariamente exclui fritura e inclui leveza, passe longe de poutine. O prato típico do Canadá feito com batatas fritas não tem nada de light, e essa é justamente a melhor parte, seu mérito, para mim. É comfort food das boas. A receita de poutine canadense leva generosos pedaços de queijo e é regada a molho de carne. Originária do lado francês do país, ganhou projeção nacional e se tornou uma das comidas típicas do Canadá.

    Origem da receita de poutine

    O que se sabe é que é um prato criado na província francesa de Québec, no entanto, ninguém crava nem onde nem como foi inventada a receita de poutine. No país em que o inverno não alivia quando chega, comida é também afeto e conforto. 

    Sempre que vou ao Canadá faço questão de comer poutine, especialmente se estou na província de Québec. Em Montréal é possível provar o prato típico em todo canto, seja no modo clássico ou em muitas variedades inventadas, usando diferentes tipos de queijo e ingredientes adicionais. As releituras locais, encontradas em todo o país, incluem uma versão das Províncias Marítimas, na qual a lagosta substitui a carne bovina.

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    Huumm… poutine du Québec 😋 Quem já provou e gosta? _________ Have you ever tasted it? Did you like it? #comoviaja #montreal #canada #viagem #instafood #quebec #poutine #comfortfood #viagemestadao #travel #viagem

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    É possível comer poutine também em Vancouver ou Toronto; por exemplo, no Granville Island e no St. Lawrence Market, os mercados públicos de produtores nas 2 cidades. Até no mercado de Natal de Toronto, realizado no Distillery Historic District, encontrei uma barraca especializada no prato típico do Canadá feito com batatas fritas.

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    Onde comer poutine em Montréal

    Na maior cidade do Canadá francês, é muito fácil achar poutine. Quem gosta de festivais de comida pode ficar de olho nos eventos em Montréal. Em janeiro, o calendário pode incluir La Poutine Week; em junho, é a vez da PoutineFest, no Vieux-Port, o porto velho.

    Mas, ao longo do ano todo, dá para experimentar o prato típico com origem no Canadá francês. Tem até versão fast-food. O Montreal Pool Room, espécie de pé-sujo de sandubas no Boulevard Saint-Laurent, prepara lanches rápidos. Em 2013, experimentei a poutine deles para viagem (embalada naquela caixinha de isopor). Foi ok, mas prefiro as versões que provei em outros endereços, onde me sentei para saborear o pedido com calma.

    Comi minha primeira poutine em 2010, quando conheci o Canadá. Fui ao La Banquise, na época uma recomendação da minha amiga Marie-Julie Gagnon, jornalista de Québec que morava no mesmo bairro do restaurante, o descolado Plateau Mont-Royal. Aberto desde 1968, o La Banquise só passou a servir poutine nos anos 1980, mas virou um especialista no assunto, embora ainda ofereça sanduíches em geral como hambúrguer e cachorro-quente.

    Se já conhece a clássica receita de poutine, se aventure por novas combinações. De inspiração mexicana, a versão La Taquise do menu leva guacamole, sour cream e tomates. Carnívoros podem se acabar na La T-Rex, com carne moída, pepperoni, salsicha e bacon. Veganos também têm vez no cardápio, com o prato La Véganomane, feito a partir de queijo e molho veganos.

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    Na viagem do fim de 2017, estive no Frite Alors!, quase em frente ao La Banquise, na Rue Rachel Est. Estava com meu sobrinho Caio, que mora em Montréal, e adora essa lanchonete com unidades em vários bairros da cidade. Além de suculentos hambúrgueres, prepara muitos tipos de poutine. Pedi uma com carne defumada (smoked meat), especialidade de Montréal muito encontrada em sanduíches, como os da lendária lanchonete Schwartz’s, no Boulevard Saint-Laurent. Muito boa. Se eu puder, volto lá para repetir.

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    Mais Montréal impossível! Poutine com carne defumada 😋 __________ Couldn’t be more Montreal! Poutine with smoked meat tag 📷 #comoviaja #canada #montreal #viagemestadao #mtlmoments #instafood #gastronomia #foodtour #dicadeviagem #quebecoriginal #travel #viagem #poutine #smokedmeat

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    Localizado no Quartier Latin, o Mâche prepara comfort food de Québec. Entre as opções oferecidas pelo restaurante na Rue Saint-Dennis estão a poutine canadense, da receita clássica à criações com carne de porco com cebola caramelizada ou com salsichas ao molho picante. Para acompanhar a pedida, o lugar com estilo de pub serve cervejas e vinhos.

    Os drinks coloridos preparados no La Belle et La Boeuf são motivo suficiente para parar no burger bar da Rue Saint-Catherine, bem movimentado à noite. Eu estive lá de dia para comer poutine porque me disseram que a de lá era boa. Concordo. O La Belle et La Boeuf, que tem filiais em outras cidades (em Québec, fica na Boulevard Laurier), também tem um menu variado do prato típico do Canadá feito com batatas fritas. A Poutine Gabriel, por exemplo, reúne bacon defumado, pimentão vermelho, cogumelos e cebola salteada.

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  • Muro de Berlim: após a queda, minhas 2 viagens

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Era 1992. O Muro tinha caído havia três anos, mas Berlim seguia visualmente dividida. Era clara a diferença quando se caminhava pelas ruas. O lado leste estava detonado.

    Me lembro de ir a duas festas underground em prédios meio abandonados na antiga Berlim Oriental. O carimbo fluorescente na mão me garantia a entrada nos ambientes que se equilibravam num sobe-e-desce de escadas. Eu, com 21 anos, me equilibrava no alto do copo daquela gigante cerveja alemã, em temperatura ambiente – fria, era início de abril.

    Minha tia (e madrinha) morava em Berlim e eu fui visitá-la. De dia, ela me levou a todos os pontos turísticos do lado ocidental, como a Potsdamer Platz. Dividida pelo Muro de Berlim, a praça começava a se reerguer como símbolo de uma cidade que queria se tornar uma novamente. Hoje a Potsdamer Platz é enorme e moderna.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViajaUma das construções marcantes na minha memória era a Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, igreja de torre bombardeada no comecinho da Kurfürstendamm, principal avenida do lado oeste de Berlim. Não vi em 2014 a gente de roupa preta e cabelo colorido sentada na escadaria da igreja marcada pela Segunda Guerra. Após 22 anos, voltei a Berlim em família, com meu marido, Fernando, e meu filho, Joaquim.

    Durante os dias da minha primeira visita à cidade, caminhei muito pela Kurfürstendamm. Estive com a minha madrinha na KaDeWe, loja de departamento que segue funcionando na principal avenida do lado ocidental de Berlim. Também conheci o zoológico. Em 2014, estive no Berlin Zoo com meu pequeno de 5 anos.

    Em 1992, o Reichstag não tinha metade do glamour atual entre os turistas, nem a belíssima cúpula de vidro. Afinal, foi exatamente em 1992 que decidiram que o prédio do parlamento alemão devia ser reconstruído. Lá dentro uma exposição mostrava num enorme mapa suspenso, com luzinhas coloridas, o avanço do domínio alemão na Europa durante a Segunda Guerra e sua consequente derrocada. Adorei ver aquela representação da evolução dos acontecimentos – naquele tempo, interatividade não era palavra-de-ordem; acho mesmo que nem existia como palavra.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)

    Lembranças de Berlim Oriental

    Agora em 2014 o verde do gramado diante do Reichstag se contrapôs à lembrança de uma praça feiosa de 22 anos antes. Bem, a memória pode estar me pregando uma peça, até porque a cidade não tinha passado por um planejamento urbano após a queda do Muro e ninguém podia sonhar com Google Maps para dar aquela ajudinha na hora de se localizar.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)Naquele largo, havia gente vestida com trajes típicos russos, tocando no asfalto ou dançando num palco armado ali para uma festa de rua. Em banquinhas vendiam matrioshkas. Foi ali que conheci as bonequinhas russas que se metem uma dentro da outra.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Seguimos caminhando para ver o Portão de Brandemburgo. A imagem da antiga porta da cidade, com aquele monte de gente festejando, é vista em dez entre dez reportagens sobre a queda do Muro de Berlim. E lá estava eu, 3 anos depois de ver o Branderbuger Tor pela televisão.

    Ele também teve um papel marcante na nossa viagem em família em 2014. É ver a foto ou o desenho do monumento que nosso filho, Joaquim, exclama feliz: “É o Portão de Brandemburgo!” Nossa visita foi um momento tão festivo entre nós que consegui registrar um instante lindo dele com Fernando, saltando diante do vão da porta.

    Quando decidimos ir em família à Alemanha, eu sabia que veria uma outra cidade. Por ler muito sobre turismo e trabalhar em caderno de viagem de jornal, acompanhei as mudanças da capital alemã ao longo desses anos. Tinha muita curiosidade para voltar a Berlim e descobrir o que daquelas memórias de 22 anos atrás encontraria par com a realidade.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10)Na Berlim Oriental de 1992, não havia o maravilhoso acervo da Ilha dos Museus (Museuminsel), uma das atrações mais conhecidas atualmente por quem aprecia cultura. Estive, sim, na Alexanderplatz e tirei a clássica foto, embaixo do relógio com horários de várias cidades — feito repetido em 2014 com meu filhote.

    Ali na praça comi currywurst, salsicha típica de Berlim. Me chamou a atenção o tamanho do pão. “Aqui na Alemanha o pão é praticamente para segurar a salsicha. Eles gostam mesmo é da salsicha”, me ensinou minha madrinha.

    Também subi com ela até o observatório da Torre de TV para ver Berlim do alto. Repeti a dose em 2014. Impressionante a diferença na organização e na sinalização que encontrei na atração agora.

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    Enfim, diante do Muro de Berlim

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)Nenhuma sensação, no entanto, foi para mim mais impactante que me ver cara a cara com o Muro de Berlim pela primeira vez. Tantas representações, ideais, vidas estampadas ali. Hoje sempre lembradas pelos visitantes pelas imagens do segmento eternizado na East Side Gallery, trecho do Muro com várias pinturas coloridas.

    Na minha memória, segue vivo o preto no branco da contagem de mortos estampada sobre concreto em 1992. Gente que havia tentado transpor a barreira física que se estabeleceu entre dois mundos.

    A emoção me tomou por estar ali, pela primeira vez, diante da história viva. Ainda por cima era minha estreia na Europa. E logo com Berlim. Eu que sempre me interessei por história, especialmente pelos acontecimentos do século 20. Nazismo, Segunda Guerra, Muro de Berlim. Tudo isso sempre me intrigou. Adolescente dos anos 1980, eu vivi o planeta rachado pela Guerra Fria, cujo ícone máximo era aquela cidade dividida.

    Muro de Berlim 1992 Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)

     

    Pedaços do Muro eram vendidos em todo canto em 1992. Ninguém sabia se, de fato, originais. Hoje o assunto é tão bem explorado pelo VisitBerlin, responsável pela promoção turística da cidade, e tudo o que se refere à antiga barreira está tão estruturado (como só os alemães sabem fazer) que é possível comprar online um pedaço certificado do Muro.

    Foi por meio de um daqueles pedaços (verdadeiros ou não) que meu marido teve contato pela primeira vez com o Muro. Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)Pouco depois do fim da divisão de Berlim, uma vizinha dele esteve na Alemanha e voltou para São Paulo com um fragmento da história. Ele conta que ficou impressionado. Não mais do que ao se deparar com o Muro ao vivo na nossa viagem em 2014.

    Hoje, neste 9 de novembro histórico, quando a capital alemã celebra 25 anos da queda do Muro, nós dois passamos o dia com a cabeça em Berlim. Ah, como seria lindo estar lá para ver as 8.000 luzes demarcando 15 quilômetros do risco que partia a cidade. Para depois comemorar o simbolismo de ver tudo aquilo se apagar nos balões soltos no ar. Festejando o futuro. O que aconteceu nesse quarto de século e o que ainda está por vir.

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