Árvore de Natal na Disney, em Orlando, não falta. Cada parque do Walt Disney World monta a sua dedicada a um tema. Os enfeites vão de animais a Papai Noel retrô. Além disso, Disney Springs, a área de entretenimento do complexo da Flórida, traçou um caminho de árvores de Natal, inspiradas em personagens, filmes e animações, como Toy Story, Star Wars e Encanto. Lembre-se que, em relação ao transporte, há uma nova alternativa: o trem de Miami para Orlando, para quem voa do Brasil para o aeroporto na cidade vizinha na Flórida.
Temporada de Jollywood Nights, no parque de Orlando -Foto: Mariah Wild
Em 2023, haverá 2 festas noturnas pagas à parte no complexo: Mickey’s Very Merry Christmas Party, no Magic Kingdom; e Disney Jollywood Nights, no Hollywood Studios. Elas têm entradas vendidas à parte, não estão incluídas no ingresso da Disney.
A área de Holiday Services – Merry Magic Makers capricha nos enfeites de Natal na Disney, com decoração nos 4 parques temáticos, em Disney Springs e nos hotéis da Disney, entre outros pontos do Walt Disney World. Designers e outros profissionais de campos relacionados à decoração projetam, então, em torno de 600 árvores e 1.700 guirlandas, penduradas em quase 9 km todo ano.
Árvore de Natal na Disney, até nos doces – Foto: Kent Phillips
Ao mesmo tempo, assim como ocorre no Natal na Universal Orlando, personagens, atrações, comidas e produtos à venda nas lojas ganham uma roupagem natalina, caso do Christmas Tree Cookie Stack, doce em formato de árvore de Natal no Disney’s Hollywood Studios, durante o evento noturno da temporada. A Sunset Boulevard, principal rua do parque, e a área de Disney Springs recebem neve artificial à noite.
Frozen e Mickey no Magic Kingdom
A Mickey’s Very Merry Christmas Party, no Magic Kingdom, chega ao 40º ano. Até 22 de dezembro, há desfile, fogos de artifício e distribuição de doces em 25 noites específicas, das 19h à meia-noite. No entanto, as entradas, vendidos à parte do ingresso da Disney, já estão praticamente esgotadas.
Olaf e a turma de Frozen no Castelo da Cinderela – Foto: Mariah Wild
Mas quem for ao primeiro parque do Walt Disney World verá as ruas com enfeites e uma imponente árvore de Natal logo no começo da Main Street U.S.A., rua que termina no Castelo da Cinderela. Durante este fim de ano na Disney, aliás, uma das novidades ocorre ali no encerramento do dia. No espetáculo Frozen Holiday Surprise, Olaf e amigos de Arendelle transformam o lugar num palácio cintilante a cada noite.
Clima retrô no Hollywood Studios
O complexo guarda outras surpresas, como um novo evento noturno: o Jollywood Nights, com entradas vendidas à parte do ingresso da Disney. Em algumas noites até 20 de dezembro, os visitantes podem comprar o bilhete para ir à festa do Hollywood Studios, com as atrações do parque abertas e fila virtual para a disputada Star Wars: Rise of the Resistance.
Das 20h30 à 0h30, personagens e shows especiais estão pelo parque. Entre eles, Miss Piggy, Kermit the Frog (se você é do meu tempo, vai reconhecer o sapinho dos Muppets como Caco), Belle, Mickey, Minnie e Tiana, com direito a uma nova música original.
Mickey e amigos com trajes dos anos 1930 aos 1950 – Foto: Steven Diaz
Bandas e DJs tocam em vários pontos, entre eles, ao longo da Sunset Boulevard e no lobby do hotel da Tower of Terror. O Estranho Mundo de Jack inspira as canções no Hyperion Theater, enquanto projeções de filmes de Natal colorem a fachada do Chinese Theater.
Bolas em estilo retrô e carinhas de Papai Noel estão penduradas no Hollywood Studios. Durante a festa do fim de ano no parque, Mickey, Minnie e seus amigos se vestem a caráter para a era de ouro de Hollywood, com tecidos inspirados nas décadas de 1930 a 1950.
Tradições pelo mundo no Epcot
Em 5 de dezembro, estreia Luminous the Sympony of Us, show com fogos e laser no Epcot. Os enfeites de Natal na Disney lembram os 100 anos da companhia, pois este parque é o ponto central dessa comemoração na Flórida. O Disney100, celebrado em 2023, é simbolizado por enfeites e produtos nas cores lilás e prata.
A partir de 24 de novembro, o Epcot International Festival of the Holidays leva os visitantes para um passeio pelo globo. Dessa forma, decoração e entretenimento em clima natalino apresentam as tradições em outros países no mundo. Isso se reflete, então, na culinária, com receitas de 15 cozinhas diferentes. Por fim, a equipe de gastronomia na Disney superou a marca de 250.000 biscoitos de Natal no preparo para o Holiday Cookie Stroll do evento.
Contos de inverno no Animal Kingdom
Leões e girafas são parte da decoração da árvore de Natal do Disney’s Animal Kingdom. Além disso, há uma exposição de bonecos de animais esculpidos em tamanho real na Discovery Island. A Tree of Life, símbolo do parque, toda noite desperta com coloridos contos de inverno e trilha sonora especial.
Temáticas árvores de Natal em Disney Springs
Disney Springs conta com um percurso com 19 árvores de Natal (Christmas Tree Stroll), todas temáticas, dedicadas a Toy Story, Star Wars, Moana, Encanto, Viva – A Vida é Uma Festa, O Rei Leão e Guardiões da Galáxia, entre outros filmes e animações. Além disso, à noite a magia fica completa com neve artificial.
Jack na árvore de Natal em Disney Springs – Foto: Mariah Wild
Arte em massa de gengibre nos hotéis da Disney
O planejamento das exibições da temporada de fim de ano dura 7 meses. A preparação da massa de gengibre no Disney’s Grand Floridian Resort & Spa, por exemplo, começa em maio. Depois de curtida por 2 meses, é assada em formato de telhado e personagens como Mickey e decorada durante o verão americano. A casa de massa de gengibre leva 3 dias para ser construída.
Assim, em 2023, há exposição de Natal nos seguintes hotéis da Disney: Animal Kingdom Lodge, Beach Club Resort, BoardWalk Resort, Contemporary Resort, Grand Floridian Resort & Spa e Yacht Club Resort.
Se você planeja viajar a Roma, saiba que os Museus Vaticano têm ingresso que inclui a Capela Sistina, um dos pontos altos da visita (literalmente falando, por causa do seu magnífico teto). Antes de mais nada, não são museus para conhecer com pressa (ouça a voz da experiência), porque eles são imensos e cheios de gente. Afinal, eles estão entre as atrações mais visitadas de Roma e da Europa, como outros pontos turísticos, caso do o Parque Güell (Barcelona).
Esfera, de Arnaldo Pomodoro, nos Jardins do Vaticano – Foto: Nathalia Molina
Os museus abrem de segunda a sábado (9h às 18h) e tem visitação gratuita no último domingo do mês (fuja, é cilada, Bino!). Seja como for, não é exagero recomendar um dia inteiro para ir aos Museus do Vaticano, distantes das demais atrações da capital da Itália.
Os museus ocupam os palácios onde viveram os antigos papas do Renascimento, entre eles, Sisto 4º, que mandou construir a Capela Sistina em 1473. Uma vez que havia muito dinheiro à disposição, os chefes da Igreja Católica desse período financiaram uma das mais grandiosas coleções de arte clássica e renascentista do mundo.
Ingresso para Museus do Vaticano e Capela Sistina
A Get Your Guide, empresa afiliada do Como Viaja, vende o ingresso sem fila para os Museus do Vaticano e a Capela Sistina. Além de incluir a entrada, ele dá direito a guia de áudio (opcional), descontos na loja dos museus, acesso aos jardins do Vaticano, entre outros benefícios. Essa é uma opção para que você visite o museu no ritmo próprio.
Uma vez que a quantidade de turistas é enorme, é preciso escolher o que se deseja ver e seguir o fluxo de mão única indicado pelo próprio museu. Já a Civitatis oferece uma visita guiada pelos Museus do Vaticano que inclui o ingresso. Feita em português, ela leva os visitantes à Capela Sistina e a espaços como a Galeria dos Candelabros (esculturas gregas e romanas) e a Galeria dos Tapetes.
Como são os Museus do Vaticano
Quando Nathalia e eu estivemos nos Museus do Vaticano, deixamos de lado toda a parte de arte antiga (peças greco-romanas,coleções egípcia e etrusca). Apostamos nas pinturas da Pinacoteca (460 trabalhos de mestres como Ticiano, Da Vinci e Caravaggio), nos afrescos e, claro, na magnitude da Capela Sistina. Tudo sem guia de áudio ou físico. Pelo contrário, acionamos o modo freestyle.
Essa era uma marca das nossas viagens à época. Ou seja, se gostássemos de algo, ficávamos vendo, entendendo e seguíamos em frente. Antes de mais nada, não nos arrependemos das escolhas. Nathalia adorou a Galeria dos Mapas, onde estão cerca de 40 afrescos que representam cartograficamente a Itália do século 16.
Itália Antiga retratada na Galeria dos Mapas – Foto: Nathalia Molina
Já eu fiquei fascinado pelas Salas de Rafael nos Museus do Vaticano, conjunto de quatro ambientes dos aposentos do papa Júlio 2º. A Escola de Atenas, obra-prima do pintor, tem como particularidade as figuras de Leonardo da Vinci, Michelangelo (quem pintou o teto da Capela Sistina) e o próprio Rafael retratados.
Michelangelo representa Heráclito (com a mão no rosto) – Foto: Nathalia Molina
Como é a Capela Sistina
Não importa a sua relação com a religiosidade. Ao entrar na Capela Sistina, você estará pisando em um espaço sagrado à fé católica. Ali é realizado, desde 1492, o Conclave, reunião de cardeais para a escolha de um novo papa. É lugar de silêncio e contemplação, que fechou nossa visita aos Museus do Vaticano. Não é permitido fotografar tampouco filmar. Aliás, o código de vestimenta do Vaticano veta o uso de roupas decotadas ou acima do joelho. Do mesmo modo, quem tiver tatuagem vai precisar encobri-las durante a visita.
Fatos relacionados às vidas de Moisés e de Cristo estão representados nos afrescos nas paredes laterais, de autoria Sandro Botticelli (Tentações de Cristo), e Cosimo Rosselli (A Última Ceia), entre outros.
Teto da Capela Sistina, no Vaticano, Itália – Foto: Canva
Já o teto da Capela Sistina é a obra mais famosa de Michelangelo Buonarroti. A Criação de Adão e A Expulsão do Homem estão ligados a temas do Velho e do Novo Testamento. Depois que concluiu o teto, o artista terminou a decoração da capela com a pintura O Juízo Final, sobre a remissão dos pecados diante de Deus e a condenação ao inferno. Não estranhe se um segurança quebrar o silêncio com o aviso “Senza foto!”, para coibir quem burla as regras do museu.
Cadê o Bento? Praça São Pedro lotada para a audiência com o Papa
Não se trata de um encontro particular com o sumo-pontífice (por anos eu sonhava usar esse termo dos livros de gramática!). Do mesmo modo, não é uma missa, mas um encontro de Sua Santidade com fiéis do mundo todo. Em suma, uma grande aula de catecismo a céu aberto.
No detalhe, o Papa Bento XVI ao lado de cardeais – Foto: Nathalia Molina
Absolutamente sem querer, Nathalia e eu assistimos a um trecho da homilia dirigida pelo então papa da época, Bento XVI. Deixamos os Museus do Vaticano e, posteriormente, seguimos para a Praça São Pedro. Fomos percebendo uma agitação da multidão. Só então nos demos conta do que se tratava. Depois de passarmos pelo rígido controle de segurança, nos sentamos nos últimos lugares vazios.
Prova material de que Nath e eu vimos o Papa, em Roma – Foto: @ComoViaja
Graças aos telões, Bento XVI ia além daquele distante ponto branco aos nossos olhos. Deu tempo, inclusive, de ouvir a saudação papal aos “amigos do Brasil” presentes naquela manhã. Não fosse por obra do acaso (ou intervenção divina?), nós quase personificaríamos o ditado “é como ir a Roma e não ver o Papa.”
Se o que você busca é um resort all inclusive na Jamaica para dias de mordomia ao sol, sua direção é a costa norte do país. A vida boa na beira da praia se espalha até o oeste da ilha do Caribe, partindo de Ocho Rios a Negril, com Montego Bay entre os 2 pontos no litoral. Já a capital do país, Kingston, mantém concentra redes hoteleiras mais voltadas para o turismo de negócios e eventos.
Existem também hotéis econômicos entre as opções de onde ficar na Jamaica, mas a predominância é mesmo por grupos donos de marcas de resort. A ilha caribenha também oferece empreendimentos voltados para o hedonismo.
Onde ficar em Montego Bay
Os hotéis de Montego Bay se alinham diante do mar já a partir do aeroporto, caso do Sandals Bay All Inclusive. Outro pé na areia onde ficar na Jamaica é o Hyatt Zilara Rose Hall, estritamente voltado para o público adulto, característica de muitos resorts da ilha, aliás. Familiar, o Sea Garden Beach Resort reúne atividades para crianças e adultos ao longo do dia e baladas noturnas.
Montego Bay é cheia de campos de golfe. Um deles fica no Hilton Rose Hall & Spa. All inclusive, ele tem parque aquático composto por rio lento e toboáguas. Para viagens mais econômicas, as diárias do Toby’s Resort não incluem café – simples, está muito próximo da Hip Strip.
Grand Palladium Jamaica: praia particular – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
As alternativas de hotéis na Jamaica se estendem às cidades vizinhas a Montego Bay. Em Lucea, a caminho de Negril, o Grand Palladium Jamaicafica, lado a lado, com o Grand Palladium Lady Hamilton(reserve no primeiro ou no segundo). Os hóspedes da marca espanhola dividem a estrutura completa, com restaurantes de culinárias diversas, bares, spa, recreação infantil, 3 praias exclusivas e piscinas, entre elas, a maior do país.
Onde ficar em Negril
A Jamaica também é famosa por oferecer resorts all inclusive apenas para adultos – alguns deles voltados aos que desejam realizar suas fantasias sexuais, como se vê no Grand Lido Au Naturel – ali, o dress code é não ter dress. A maior parte dos hotéis em Negril, no entanto, recebe viajantes em busca de sossego sozinho, entre amigos ou em casal. Com diárias incluindo café da manhã, o Travellers Beach Resort fica voltado para a Seven Miles Beach. Ao longo dessa praia, há diversos resorts e bares de praia como o Margaritaville Negril.
Para orçamentos mais folgados, o Azul Beach Resort Negril é um all inclusive de suítes com vista para o mar e acesso direto à piscina. Hotel-boutique de apenas 35 quartos, o Sandy Haven Resort recebe famílias com crianças maiores de 12 anos, faz tratamentos e terapias de seu spa na beira da praia e inclui o café na diária. Fica
Margaritaville, na beira da praia em Negril – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Onde ficar em Ocho Rios
O Jamaica Inn se orgulha de receber hóspedes há 65 anos. O hotel tem uma praia só sua e quartos de frente para água. As suítes do Hermosa Covesão incomuns, com destaque para uma casa na árvore. O Moon Palace é um all inclusive focado na experiência romântica de luxo, proposta similar ao Sandals Royal Plantation. Destinado a casais, o resort mantém apenas 74 suítes (todas com vista para a praia) e diárias que incluem comida, bebida e mordomia à vontade.
Diante de Runaway Beach (30 km a oeste de Ocho Rios), o Jewel Paradise apresenta-se como um resort voltado para o fitness. Só para adultos, o hotel mantém uma lista de atividades físicas para quem gosta de se manter ativo. Também pensado para viagens de casal, o Couples Sans Souci é uma preciosidade instalada em um pedacinho do litoral norte jamaicano chamado White River Bay.
Onde ficar em Kingston
Inaugurado nos anos 1960, o Terra Nova enxerga no Velho Mundo a inspiração para suas suítes e serviços. O luxuoso hotel fica a 600 metros da Devon House, mansão do século 19 que pertenceu a George Stiebel, primeiro milionário negro da Jamaica, hoje aberta à visitação (tem lojas, restaurantes e uma renomada sorveteria).Espalhados por 17 andares, os 300 quartos do The Jamaica Pegasusatendem quem está na cidade a negócios ou a passeio.
Próximo a embaixadas e edifícios públicos, o Courtleigh Hotel & Suites ocupa um prédio que já serviu de residência ao ministro das Relações Exteriores da Jamaica. Está colado ao Emancipation Park, área pública onde estão duas estátuas batizadas Redemption Song (canção de Bob Marley) que simbolizam o fim da escravidão nas ex-colônias britânicas no Caribe. O tour guiado por Kingston tem início exatamente nesta praça.
Parece inacreditável que descer vielas, subir em bondes ou visitar mirantes faça parte da lista do que fazer em Lisboa em 3 dias ou mais. Mas o visitante logo saberá ser essa a maneira mais fácil de mapear a cidade surgida entre as 7 colinas que ladeiam o Rio Tejo. O que ver em Lisboa pode estar presente nas paredes das casas, nos pórticos das igrejas, no emaranhado de becos da Alfama ou da Mouraria, no alinhamento perfeito das ruas da Baixa. Em todo canto da capital de Portugal, a história está escrita em pedra, em ferro. Em ruínas, até. Ela encabeça a relação das principais cidades de Portugal para turismo.
Lisboa é um convite ao livre caminhar, ao flanar sem pressa nem amarras de compromissos. Dependendo então de onde ficar em Lisboa, você vai esbarrar nas principais atrações da cidade, quase sem querer. Tudo muito ao sabor de uma viagem de contemplação, em que cada rua estreita mais lembra um vilarejo do que uma cidade cosmopolita.
Castelo de São Jorge com casas da Alfama abaixo – Foto: Turismo de Lisboa
Um conjunto básico de atrações integra a 1ª vez de todo viajante na capital portuguesa. Separamos as dicas em roteiros do que fazer em Lisboa em 3, 5 e até 7 dias. Assim, aos debutantes, espaços como o Castelo de São Jorge, o circuito do Belém e mirantes como o de São Pedro de Alcântara figuram entre as visitas obrigatórias. A Easy Travel Shop, empresa brasileira parceira do Como Viaja, vende transfers, ingressos de atrações e tours em Lisboa, divididos em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito, em reais.
Roteiro em Lisboa de 3 dias: passeio no Centro – Foto: Turismo de Portugal
Pontos turísticos de Lisboa
Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade no caso de estar apenas de passagem, durante 1 dia. É pouco, então você vai ficar com vontade de voltar. Como ficam relativamente próximos, os pontos turísticos de Lisboa mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias vencidas com ajuda do transporte público, especialmente os tradicionais elétricos (como são chamados os bondinhos lá).
Caso queira agilizar a visita, há um citytour de 4h que passa por muitos dos pontos turísticos de Lisboa citados abaixo. É importante saber que o Lisboa Card inclui a entrada gratuita da Torre de Belém, do Arco da Rua Augusta e do Mosteiro dos Jerônimos. Além disso, dá direito ao uso do transporte público, o que garante uma boa economia. Para um roteiro em Lisboa de 3 dias, existe o cartão de descontos da cidade com uma duração maior.
Torre de Belém
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Torre de Belém foi erguida com o objetivo de proteger Lisboa. Isso porque no século 16 a cidade se tornou o centro de comércio mundial por conta dos descobrimentos. Dos detalhes externos chamam atenção o brasão de armas de Portugal e as inscrições das cruzes da Ordem de Cristo.
No roteiro em Lisboa de 3 dias: Torre de Belém – Foto: Turismo de Lisboa
Mosteiro dos Jerônimos
Ao ouvir a expressão estilo manuelino (o gótico português), saiba que tem a ver com d. Manuel I, o rei que mandou construir no século 16 este mosteiro na região do Belém. Foi, então, cedido aos monges da ordem dos Jerônimos. Nele estão as sepulturas de dois heróis nacionais: Vasco da Gama, navegador que contornou o Cabo da Boa Esperança, em 1497; e Luís de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa.
Jerônimos: joia da arquitetura manuelina – Foto: Turismo de Lisboa
Castelo de São Jorge
Erguido no século VII em local estratégico, no ponto mais alto da cidade, o castelo foi ocupado pelos portugueses após a expulsão dos mouros, sob o comando de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Tem-se uma das melhores vistas da cidade do alto das muralhas. É um dos lugares mais bonitos do alto da cidade. Por isso, considere ir até lá mesmo numa viagem menor do que um roteiro de 3 dias em Lisboa.
Alfama
Vielas tortas e estreitas conduzem o visitante a uma viagem ao tempo em que ali habitavam os mouros, árabes do norte da África. Sinais dessa presença ainda são encontrados principalmente nas fachadas das casas. Tascas e tabernas do bairro estão entre os lugares mais genuínos para assistir a um show de fado em Lisboa.
O que fazer em Lisboa em 3 dias: Alfama é a sugestão – Foto: Nathalia Molina
Praça do Comércio
Com o Tejo espraiado diante de si, o Terreiro do Paço (nome pelo qual é chamado pelos lisboetas) é ladeado por restaurantes com mesas ao ar livre. Pois, saiba, no fim dessa que é uma das maiores praças da Europa, bem à esquerda de quem olha o rio, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau (ver ingresso aqui). Lá, então, dá para descobrir como o pescado tornou-se símbolo de Portugal. O Terreiro do Paço também consta do itinerário do tour panorâmico por Lisboa.
Praça do Comércio diante do Tejo – Foto: Turismo de Portugal
Arco da Rua Augusta
Centro comercial mais agitado durante a semana, a Rua Augusta faz parte da região de Lisboa reconstruída depois do terremoto de 1755 e simbolizada pelo Arco da Rua Augusta. Além disso, desde 2013, é possível subir no monumento (grátis com o Lisboa Card) e admirar o Terreiro do Paço e demais vias da chamada Baixa Pombalina.
O que fazer em Lisboa em 2 dias
Se esse for seu tempo máximo na capital de Portugal, os 6 pontos turísticos listados acima podem compor a agenda. Nossa sugestão: pela manhã, visite as atrações do Belém – e faça uma parada na Pastéis de Belém, famosa por produzir o mais icônico dos doces portugueses típicos. Siga para o Castelo de São Jorge, pois o pôr do sol de lá é lindo.
Depois, desça calmamente as vielas da Alfama e, quem sabe, conheça um pouco mais da tradição do fado em Lisboa, seja em uma casa de show ou em uma visita ao museu que celebra o ritmo musical marcadamente português. Assim, no dia seguinte, percorra sem pressa a dobradinha Chiado/Bairro Alto, perfeita se você procura onde comer em Lisboa e que concentra ainda lojas e parte expressiva da vida noturna na capital de Portugal.
Elevador da Santa Justa
Na cidade de colinas íngremes, o Elevador da Santa Justa conecta a Rua do Ouro (Baixa) com o Largo do Carmo (no Chiado, bairro renascido das cinzas depois de arder em chamas em 1988). Acima funciona um mirante. O charme do passeio, no entanto, está no ascensor com cabines de madeira e detalhes em latão.
Ruínas do Convento do Carmo
A estrutura neogótica criada na última década do século 14 foi severamente abalada pelo terremoto de 1755. Sua reconstrução foi interrompida com a extinção das ordens religiosas em Portugal (1834), deixando com que as ruínas virassem um monumento a céu aberto. Há na sacristia um museu arqueológico, que guarda coleção de epigrafia romana, múmias pré-colombianas, entre outras peças recolhidas desde que foi inaugurado, em 1864.
Rua Garrett
No passado, os intelectuais de Lisboa flanavam por esta rua do bairro do Chiado. Nela fica a Livraria Bertrand, reconhecida pelo Guinness Book como a mais antiga do mundo (1732). No interior da loja, há um café, com a porta bem na esquina com a Rua Anchieta (aos sábados, essa viela recebe uma feira de livros usados). Destinos de compras, a Rua Garrett abriga o tradicional centro comercial Armazéns do Chiado.
Café A Brasileira
Em atividade na Rua Garrett desde 1905, o café em estilo art déco foi criado por um imigrante português que casou com a filha de um grande cafeicultor de Minas Gerais. Ficou famoso, no entanto, porque suas mesas testemunharam discussões literárias, filosóficas e os anseios pela substituição da monarquia pela república, ocorrida em 1910. Você pode não entrar para provar um pica-pau ou um filé ao molho de café, porém tire ao menos a clássica foto com a estátua do poeta Fernando Pessoa, do lado de fora. Para quem for muito fã, há um tour que segue os passos do escritor português por Lisboa.
Miradouro de São Pedro de Alcântara
Para chegar a este mirante do Bairro Alto uma opção é tomar o Elevador da Glória, na Praça dos Restauradores. Trata-se de um dos terraços mais lindos da cidade, com o Castelo de São Jorge na linha dos olhos e a Baixa e a Avenida da Liberdade aos pés. Além do belo jardim, tem sombreado para escapar do sol forte e quiosque para matar a sede.
Miradouro de São Pedro de Alcântara em noite de verão – Foto: Nathalia Molina
Praça Luís de Camões
A estátua do escritor é um bom ponto de encontro e de partida para curtir bares e restaurantes esparramados pelo Bairro Alto. A Rua do Norte e as paralelas Diário de Notícias, da Barroca e da Atalaia são cheias de opções para a diversão noturna.
Praça Luís de Camões, no Chiado – Foto: Turismo de Lisboa
Museu do Fado
Aberta em 1998, a instituição conta os cerca de 200 anos de história do fado em Lisboa e em todo o país. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. O museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações do gênero de todas as épocas.
O que fazer em Lisboa em 3 dias
Muita gente reserva um período com essa duração para conhecer Lisboa. É tempo suficiente, então, para dedicar 1 dia inteiro à região do Belém, que tem outras atrações além da Torre de Belém e do Mosteiro dos Jerônimos. Uns 3 dias na cidade também é possível percorrer o bairro da Mouraria, vizinho ao Castelo de São Jorge. E conhecer a Sé de Lisboa.
Padrão dos Descobrimentos
Em alusão a uma caravela, o monumento diante do Rio Tejo, no bairro do Belém, homenageia os personagens que mudaram a história de Portugal quando o país lançou-se ao mar, a partir da metade do século 15, no chamado período das Grandes Navegações. Então Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1500, está entre as figuras esculpidas em pedra. Tem centro de visitação e terraço de onde se vê uma rosa dos ventos feita em mármore no chão da praça.
Figuras representadas no Padrão dos Descobrimentos – Foto: Nathalia Molina
Centro Cultural de Belém
Basta sair do Mosteiro dos Jerônimos e cruzar a Praça do Império para chegar ao Centro Cultural de Belém, onde são realizadas exposições temporárias ligadas a temas que extrapolam as artes plásticas. Além disso, ao longo de 2023, a novidade é a abertura por etapas do Museu de Arte Contemporânea, cujo acervo incorpora obras do antigo Museu Berardo.
Mouraria
Bairro popular que completa a chamada zona histórica e medieval da cidade. Há na Mouraria uma mescla de múltiplas culturas de Lisboa, principalmente asiáticos hoje em dia. Algumas fachadas remontam ao período em que os árabes foram predominantes por ali. No futuro, o bairro vai ganhar um funicular, para ligar a Rua dos Lagares ao miradouro em frente à Igreja da Graça.
Miradouro da Graça
O mirante perdeu parte de sua vista devido a obras de construção do funicular que vai ligar o bairro da Mouraria à Graça. Atualmente, um pequeno pedaço do terraço ainda permite visão panorâmica de Lisboa. Fato curioso foi a descoberta ali de um sítio arqueológico medieval cuja função era de defesa da cidade.
Miradouro Senhora do Monte
Fica a poucos passos do Miradouro da Graça. Ele tem um painel de azulejos que ajuda a identificar outros pontos de Lisboa. O pôr do sol visto lá de cima é um dos mais lindos da capital portuguesa.
Sé de Lisboa
Foi erguida após a tomada de Lisboa do domínio mouro. Sua construção, então, teve início em 1147, sendo a igreja mais antiga da capital portuguesa. Um fato interesssante: Santo Antônio é o padroeiro da cidade; quando ainda era chamado de Fernando, ele foi batizado, iniciou seus estudos e fez parte do coro nesta catedral. Na parede de uma escadaria, há um sinal da cruz que, acredita-se, tenha sido desenhado por ele enquanto era criança, como forma de resistir a uma tentação exercida pelo demônio.
O que fazer em Lisboa em 5 dias
Com um bom planejamento é possível aproveitar as principais atrações listadas antes e acima (no roteiro de 3 dias em Lisboa), fazendo uma troca ou outra pelo que vem abaixo (incluir o Museu do Azulejo, por exemplo). A novidade do roteiro de 5 dias em Lisboa é poder visitar atrações do Parque das Nações, região revitalizada para a Expo 1998. É nessa área que fica o lindo Oceanário.
Museu Nacional do Azulejo
Arte surgida por influência árabe na Idade Média, o azulejo decorativo tornou-se símbolo de Portugal. O museu dedicado a essa expressão cultural funciona no antigo convento de Madre de Deus. Nath adorou e diz que vale muito a pena para quem gosta do assunto porque a coleção apresenta painéis que ajudam a entender sua história e a importância na concepção da arquitetura do país.
Azulejo: arte medieval presente até hoje em Portugal – Foto: Nathalia Molina
Miradouro de Santa Catarina
Para um fim de tarde de primavera ou verão, este miradouro contempla a foz do Rio Tejo e a Ponte 25 de Abril. Mesas cercam o quiosque que serve imperial (como é chamado o chope em Lisboa). Além disso, a escultura em granito de Adamastor remete à figura mítica e amedrontadora descrita por Camões em Os Lusíadas.
Rua Cor de Rosa
Esqueça o nome Nova do Carvalho, pois o asfalto tingido rebatizou essa rua que passou a rivalizar com as do Bairro Alto no quesito diversão noturna. Ela liderou a transformação do Cais do Sodré ao lado do Time Out Market.
Bares da Rua Cor de Rosa ao entardecer – Foto: Nathalia Molina
Time Out Market
Em 2014, a revista Time Out ajudou a repensar como o Mercado da Ribeira poderia ganhar novos ares em uma região tão degradada da cidade. Ok, você quer saber o que fazer e não onde comer em Lisboa. Tudo bem, vá dar uma espiadinha lá dentro. Duvido você ir embora sem comer nada dos 26 restaurantes, 8 bares e outros tantos espaços comerciais. Seja num roteiro em Lisboa de 3 dias, menor ou maior que isso, não importa: um dos programas mais gostosos (literalmente) é comer.
Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passada – Foto: Nathalia Molina
Elevador da Bica
Subir e descer ruas em Lisboa é atração, sim. Onde mais as vias são quase rampas de lançamento de tão íngremes? Pois a subida que começa na Rua de São Paulo termina no Largo Calhariz é vencida com mais facilidade a bordo do Elevador da Bica, considerado Monumento Nacional desde 2002.
Palácio da Ajuda
De estilo neoclássico, o Palácio da Ajuda abrigou a família real até o fim da monarquia em Portugal (1910). Desde então, os ambientes e a decoração estão preservados, com destaque para móveis, objetos de vidro e de cerâmica, além das coleções de pintura, gravura e fotografia. Estenda sua visita ao Jardim Botânico. De estilo italiano, abriga 1.600 plantas, entre elas, um dragoeiro, árvore de 400 anos nativa da Ilha da Madeira. O palácio abriga também o Museu do Tesouro Real (reserve seu ingresso).
Pátio do Palácio Nacional da Ajuda – Foto: Turismo de Lisboa
LX Factory
Velhas fábricas do bairro da Alcântara foram ocupadas e ressignificadas pela economia criativa. O resultado foi o surgimento de um polo alternativo para comer, beber, consumir e compartilhar a cidade fora do eixo mais turístico. A LX Factory pode estar com os dias contados, afinal é grande a especulação imobiliária em Lisboa. Então, conheça antes que seja tarde.
Oceanário de Lisboa
A Exposição Mundial de 1998 mudou a cara do Parque das Nações, localizado bem à esquerda em relação à Praça do Comércio. Por ano, o Oceanário de Lisboa recebe cerca de 1 milhão de visitantes, que se deslumbram com o impressionante aquário central. São cerca de 8 mil criaturas, entre espécies aquáticas e terrestres (ingresso neste link). Se você gosta muito de visitar aquários – ou se você viaja com crianças –, ainda que vá fazer um roteiro em Lisboa de 3 dias, pode ser interessante considerar trocar alguma atração do alto deste texto pelo Oceanário.
Oceanário: opção até num roteiro de 3 dias em Lisboa – Foto: Pedro Pina/Divulgação
Teleférico
Correr as águas do Tejo por cima é o que encanta no passeio do teleférico (telecabine) de Lisboa (compre a entrada aqui). O percurso de 1.230 metros é feito dentro de uma das 40 cabines, com capacidade para 8 passageiros cada. Dura entre 8 e 12 minutos o passeio, a cerca de 30 metros da altura.
Teleférico e Oceanário (direita) no Parque das Nações – Foto: Turismo de Lisboa
Pavilhão do Conhecimento
Ciência e tecnologia estão no centro das exposições do Pavilhão do Conhecimento, que traz ainda exposições temáticas das áreas de Física, Matemática, Química, Biologia e Ciências Sociais. Imersivas e interativas, as atividades estão voltadas às crianças, sobretudo.
A relação de Portugal com o mar e seus feitos são revividos neste espaço, com cerca de 23 mil peças. Lá encontra-se o hidroavião usado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho na 1ª travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922. A dupla viajou ao Brasil para as comemorações do centenário da independência, criando assim as bases dos futuros voos ligando os continentes europeu e sul-americano.
Museu dos Coches
No prédio construído pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, estão expostos veículos de gala dos séculos 16 ao 19, pertencentes à Casa Real Portuguesa. Além disso, há objetos utilizados nos serviços de transportes do nobres, como lampiões, trompas de caça e roupas de arqueiro da guarda real.
Quake
Em 1755, um terremoto de 9 graus na escala Richter sacudiu Lisboa por 10 minutos. Mas deixou marcas na cidade e na memória dos habitantes para sempre. E virou atração turística. O Quake é uma atividade imersiva, que une tecnologia e informação para tratar dessa que é a maior tragédia da história da capital de Portugal (reserve seu ingresso neste link).
Museu Calouste Gulbenkian
Com quase 6 mil peças, a coleção pertencia ao empresário armênio que viveu em Lisboa até a sua morte, em 1955. Assim, do acervo fazem parte obras de arte egípcia, greco-romana, a maior coleção de arte portuguesa do século 20 e pinturas de mestres como Rubens, Renoir e Monet. O prédio da fundação, além disso, inclui biblioteca, espaço para apresentações de coro e orquestra, além do belo jardim com cafeteria.
Este é um texto que conta onde comer em Lisboa e também o que saborear na maior das cidades de Portugal para turismo. Cosmopolita desde sempre, ela reúne um leque gastronômico interessante. Há espaço para comida asiática, do Oriente Médio, dos vizinhos europeus e até de outros países lusófonos. São restaurantes no Centro de Lisboa e em bairros próximos, a maioria alcançada pelo metrô.
A nossa lista de onde comer em Lisboa segue os mesmos critérios utilizados para elaborar a relação de lugares onde ficar em Lisboa, isto é, se apoiam na experiência própria e na avaliação de outros viajantes.E ainda traz opções de restaurantes para ir antes ou após os programas escolhidos entre o que fazer em Lisboa. Muitos deles estão próximos a estações de metrô ou do elétrico, o clássico bondinho da capital portuguesa.
Antes de mais nada, é claro que o bacalhau, a mais conhecida das comidas típicas de Portugal, tem destaque à mesa juntamente com outros produtos do mar. Há também uma infinidade de carnes para comer de garfo e faca ou metidas em pão, todas preparadas à moda das diferentes regiões do país. É para provar Portugal de uma vez. E, se possível, arrematar a refeição com doces portugueses típicos.
Casa Portuguesa, restaurante em Lisboa no Centro – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Quanto custa para comer em Lisboa
Existem restaurantes em Lisboa onde é possível comer por até €15 na hora do almoço (segunda a sexta, das 12h às 15h). Muitas são tascas simples, com menu do dia e frequentadas por gente da própria cidade. Costumam lotar porque são pequenas, então chegue cedo ou reserve mesa, quando necessário.
Em geral, esses estabelecimentos onde comer em Lisboa servem entrada (não estranhe, sopa é comum), prato principal (uma especialidade da casa, em geral), bebida (às vezes) e sobremesa. E, caso o cardápio da ocasião não lhe apeteça, saiba que as opções à la carte não costumam orbitar a estratosfera em matéria de preço. Para saciar a fome da noite, existe sempre a opção de jantar durante um show de fado em Lisboa.
O alto número de visitantes fez surgir, como praxe em destinos turísticos, péssimas práticas na hora de abordar fregueses dispostos a comer em Lisboa. Então, cuidado com restaurantes de Lisboa do Centro cujos garçons seduzem quem passa pela rua (a Portas de Santo Antão, perto da Avenida da Liberdade, é campeã no quesito).
Não foram poucos os clientes ‘enredados’ por cardápios só com foto (sem preço), atendentes que decidem pratos e porções de modo despótico e, ao fim da refeição, apresentam a conta com valor muito acima das centenas de euros.
Restaurantes do Centro de Lisboa enchem no verão – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja
Uma boa ideia é pedir uma entrada e dividir o prato principal com alguém, para provar pratos diferentes e evitar o desperdício. A menos que o restaurante seja de cozinha de autor, as porções costumam satisfazer em situações como a descrita acima.
A Gaiola
Os afamados pastéis de bacalhau trazem muita gente (locais, principalmente) para esta casa especializada em comida portuguesa tradicional. A Gaiola ocupa o número 24 da Rua dos Bacalhoeiros. Sem sair do tema, a cerca de 400 metros, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau.
Basílio
Se seu hotel não incluir café da manhã na diária, o Basílio (Bacalhoeiros, 111) te salva. Afinal, todo dia é dia de brunch, a qualquer hora. Suco de laranja, iogurte com fruta e granola, panquecas ou ovos à escolha, café ou chá (€16). Serve também almoço e jantar.
Tasca da Esquina
Vítor Sobral acrescentou delicadeza à tradicionalmente bruta cozinha portuguesa, mas sem perder a essência. O restaurante envidraçado da Rua Domingos Sequeira é lugar para não se abandonar às pressas. Comece com camarão salteado com malagueta e alecrim (€14,80), avance ao lombo de bacalhau com aioli de açafrão e batatas assadas (€28,50) e conclua com pudim do abade de Priscos (€5,50). Opção de onde comer em Lisboa que funciona de quinta a segunda, mediante reserva.
Comer e compartilhar, pois eis uma arte incentivada no Don Pablo (Rua Silva Carvalho, 167). Os menus de grupo (mínimo de 8 pessoas) trazem à mesa especialidades da casa, entre elas, salada de polvo, chamuças de frango, croquetes de alheira, ovos mexidos com farinheira e mais (a partir de €25 por pessoa, com bebida não alcoólica incluída). A 500 metros da Casa Fernando Pessoa. Tem menu de almoço durante a semana a €10.
Solar dos Presuntos
O grande número de fregueses (vive cheio, faça reserva) rivaliza em número com os retratos de personalidades (muitos brasileiros) nas paredes dos salões. E são vários os cômodos do Solar dos Presuntos, restaurante em que o cabrito assado à moda de Monção (€25,85) e o bacalhau à lagareiro com batatas ao murro e grelos (€29,50) são para ser divididos sem miséria – ainda mais se você pedir de entrada as amêijoas à bulhão pato (€27,50), quase outra refeição. É um dos locais que visitamos já 3 vezes e indicamos a quem procura um restaurante no Centro de Lisboa.
Solar dos Presuntos, um clássico – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja
Madame
Na Rua Braamcamp, perto do Marquês de Pombal (metrô Avenida, 800m). Com uma dupla de empresários franceses à frente, o bistrô serve pizzas ao estilo de Marselha. São 14 tipos, com massa que leva azeite (margherita, €10). Se acaso quiser algo mais substancial, saiba que há pratos do dia com pegada franco-portuguesa (€12) e receitas bem lusitanas, caso da posta mirandesa com batatas fritas e maionese caseira (€18).
Malandro do Marquês
Menu de almoço a € 10 inclui pão com manteiga, prato do dia, bebida, sobremesa e café. Receitas como a cachupa refogada, típica de Cabo Verde, terra natal do chef, Ademiro Almeida, dividem o menu com comidas de Angola, de Guiné-Bissau, do Brasil, entre outros países de língua portuguesa. Fica na Rua Camilo Castelo Branco, a poucos passos do Marquês de Pombal.
Pastelaria 1800
Aberta em 1857, no Largo do Rato, a casa é famosa pelos croquetes de carne de novilho e pelas empadas de galinha. Por isso, é lugar para se fartar de petisco. Se a fome for maior, peça o menu do dia que vai te fazer desembolsar uns €15 se tanto. O bitoque com ovo à cavalo, fritas e salada está entre os pratos mais pedidos. Metrô do Rato, ali, na cara do gol para te trazer ou levar embora.
Chão de Pedra
Apenas 1 minuto separa a estação de metrô do Rato do Chão de Pedra (Rua de São Filipe Neri 18), cujo menu de almoço inclui prato principal do dia, bebida, sopa ou sobremesa (€13). À la carte, há comidinhas de salivar sem dúvida, como a trouxa de bacalhau com farinheira (€9,50), o folhado de galinha com amêndoas torradas e o peito de pato com arroz de café, nozes, purê de nabo e ameixa seca (€11,50).
Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau
Tão importante quanto decidir onde comer em Lisboa é saber, de antemão, que pastel e bolinho de bacalhau são uma coisa só. É pela primeira forma que o petisco é chamado no sul de Portugal, enquanto a segunda denominação é usual no norte do país. De qualquer maneira, tudo quer dizer bacalhau, batata, ovo, salsa e azeite. Friturinha que nesta porta da Rua Augusta, 106 (presente em outros endereços em Lisboa) pode vir recheada de queijo Serra da Estrela.
Bolinho do restaurante no Centro de Lisboa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Nadi! Bistro
Embaixada informal da Geórgia na Rua de São Filipe Neri, no Rato. Khachapuri (€12). Chirbuli (€10). Chakhokhbili (€15). Gozinaki baklava (€6). Não se assuste com os nomes. Afinal, são pratos feitos com produtos familiares a todos nós (queijo, ovos, tomate, manjericão, frango, avelã, nozes etc). Então, Nadi! (vamos comer, em georgiano).
Bairro do Avillez
Conhecido dos brasileiros como jurado do reality Mestre do Sabor, José Avillez abriu no Chiado uma casa que são várias. Na Rua Nova Trindade, o Bairro do Avillez reúne então taberna (sabores portugueses), páteo (pescados), pizzaria (serve massas também) e mini bar (bar gastronômico, com menu degustação a €85).
Um antigo convento convertido em cervejaria, a mais antiga de Portugal (1836), transformou-se em opção de onde comer em Lisboa. O bife de lombo à Trindade (€25,40) é tradição, principalmente. As opções de mariscadas não ficam atrás nem os croquetes da casa (€2.20), perfeitos para quem só procura petiscar. Faça disso um programa, com pudim de cerveja (€4.95) ou sorvete com redução de cerveja (€3,90). Para beber? Pois há de cervejas industrializadas (Sagres a partir de €2,25) às artesanais (Profana IPA €5,10).
Adega do Tagarro
Desde 1977, a Adega do Tagarro serve primordialmente comida portuguesa típica, com peixes frescos exibidos orgulhosamente na vitrine do salão. Pataniscas de bacalhau com arroz de feijão estão entre as especialidades. Na esquina da Rua Luiz Soriano, perto da Praça Luís de Camões, ponto de encontro no Bairro Alto.
By The Wine
Com ampla oferta de vinhos (com destaque para os principais produtores portugueses), o cardápio do By The Wine (Rua das Flores, 41) alterna entre petiscos como patacones de atum picante (€17) a refeições de responsa, como o chuletón, com 700g de carne acompanhados de batata assada e maionese caseira (€45). Tem o teto de um de seus salões forrado por garrafas verdes, criando um efeito bacana nas fotos.
Patacones, do By the Wine – Foto: Nathalia Molina
Taberna da Rua das Flores
Pequena. Não faz reservas. Assim, tem lista de espera só quando começa a encher (depois das 18 horas, segundo eles próprios). Lugar para comer Vieirinhas na brasa (€12), coelho à piri-piri com chips e salada (€13), meia desfeita de bacalhau (€9,50). Use o metrô Baixa-Chiado para alcançar o lugar.
Pastelaria do Bairro Alto Hotel
Pertence ao hotel, mas tem uma porta voltada para a Rua do Alecrim e aberta sempre a partir das 10 da manhã. O pastel de nata (€1,50) encabeça a lista que inclui torta de frango em vinha d´alhos (€3,50) e donut de chocolate negro e flor de sal (€3). Para comer enquanto se admira a Praça Luís de Camões.
Nome informal para o restaurante da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina. Se não for por birra religiosa, suba ao terraço onde se almoça barato e com visão panorâmica do Tejo. O menu muda diariamente. Nele constam entrada (sopa), prato principal (peru guisado com cenoura, ervilhas e massa farfalle, por exemplo) e sobremesa (fruta ou doce). Endereço: Travessa do Ferragial, 1, um dos mais escondidos do Chiado. E um dos locais mais em conta onde comer em Lisboa.
Bota Alta
Bacalhau Real ou bife recheado. Desde 1976, o Bota Alta orgulha-se do que é preparado à luz da cozinha portuguesa básica, do dia a dia. Há quem diga que, se pedir algo de entrada, basta 1 prato principal para 2 pessoas (€23,50). Na Travessa da Queimada, perto do Miradouro de São Pedro de Alcântara.
Jac Brunch & Concept Store
Um pouco para cima do Miradouro de São Pedro de Alcântara, o Jac Brunch é para quem valoriza a primeira refeição do dia. Dessa maneira, o menu traz opções como o Benedict, com ovos escalfados, muffins caseiros, bacon, salada fresca e molho holandês (€8,90). Para beber, há de café expresso (€1,20) a mimosa (€4,20).
Fidalgo
Neste wine bar e restaurante do Bairro Alto há pratos clássicos (bacalhau à lagareiro com batatas ao murro, €19,50), tábuas de queijos e/ou embutidos para compartilhar (€18 a €39) e tapas para ‘picar’ de pouquinho (bolinhos de bacalhau, 2 unidades, €2,80). É provável que você só deixe o lugar quando estiver satisfeito.
Amorino
Quando o verão dá as caras e ‘Portugal fica a arder’ (pense na frase dita com sotaque), é provável que só um sorvete salve a pátria. Na Rua Garrett, ícone do Chiado, a Amorino se reinventa com sabores como chocolate branco com pimenta preta ou versões sazonais, caso de laranja sanguínea e gengibre. Em vez de bola, a massa gelada chega em formato de rosa nas casquinha. Tem unidade também na Rua Augusta.
As Salgadeiras
O forno da antiga padaria virou adega. As paredes de pedra e os arcos originais foram preservados como parte da estrutura do salão. Alheiras de Chaves com ovos mexidos a pratos como a trilogia de bacalhau (3 versões do pescado para 2 pessoas) são opções da casa, que tem ainda menu com entrada, 2 pratos principais, sobremesa e bebida. É fácil achar o restaurante, pois fica na Rua das Salgadeiras, 18. Dica: na paralela Rua do Loreto tem uma Manteigaria Lisboa, doce opção de onde comer em Lisboa.
Um mundo além do falafel. De alma mediterrânea, o Tanura apresenta receitas clássicas da cozinha israelense, como o Shakshuka: ovos estrelados com carne ou vegetais picados (versão vegetariana). Tem menu especial que muda a cada dia (confira com o garçom). Serve brunch aos fins de semana. A saber: o restaurante da Rua do Trombeta está a 400 metros do funicular da Bica, que liga o Bairro Alto ao Cais do Sodré.
Fragoleto
Manuela Carabina assina estes sorvetes artesanais 100% portugueses e orgânicos, primordialmente sem glúten e sem lactose. Mediterrânicos (alfarroba e avelã com amendoim e figo), tangerina, melancia, cereja e morango. A lista é grande e tem para comer no copinho, na casquinha ou em forma de picolé (figo da Índia, entre outros). Na Rua do Comércio, 15. Funciona de fevereiro a novembro.
Estrela de Ouro
O nome informal, Tasca do Cardoso, torna este lugar menos impessoal do que o letreiro exibe na fachada de número 22 da Rua da Graça. Rabiscado à mão, o cardápio do restaurante no Centro de Lisboa dá a ideia do quão raiz são o lugar e os pratos servidos, como o bife à moda do Cardoso para 2 pessoas (€19,80). Coma antes ou logo depois de visitar o Miradouro da Graça, a 700 metros do restaurante no Centro de Lisboa.
Velho Macedo
Restaurante para provar a cozinha típica portuguesa, isto é, do bacalhau ao cabrito. O Velho Macedo fica na inclinada Rua da Madalena. Ali perto (Mercado Chão do Loureiro) há a opção de subir o elevador gratuito que deixa menos cansativa a tarefa de chegar ao Castelo de São Jorge.
As Bifanas do Afonso
Para quem ama carne de porco, as bifanas são um prato cheio. Ou melhor, um pão crocante forrado com pedaços cozidos lentamente. Tem a versão simples (€2,70) e com queijo (€3,80). Mínimo, o balcão do restaurante em Lisboa no Centro mal dá conta de tantos fregueses. Então a Rua da Madalena vira salão improvisado, cheio de gente segurando sanduba em uma mão e cerveja na outra (ok, pode ser refrigerante).
Zé dos Cornos
Restaurante pequeno, tradicional, de decoração simples. Do que arde à grelha, o entrecosto acompanhado de arroz de feijão recebe elogios. Fica no bairro da Mouraria (Rua dos Surradores, 3), a uns 300 metros do mural Fado Vadio, grafite que faz sucesso em postagens nas redes sociais.
Maçã Verde
Afastado da Lisboa plenamente turística, o Maçã Verde remete ao almoço na casa da vovó. Baixelas opacas pelo tempo são cobertas por comida simples, porém elogiada por locais e visitantes. Em junho é tempo de sardinhas grelhadas. O restaurante da Alfama está na Rua dos Caminhos de Ferro, no ponto médio entre a Praça do Comércio e o Museu Nacional do Azulejo.
O Churrasco
“O melhor frango de Lisboa e provavelmente o melhor do mundo.” O Churrasco afirma isso com muita fé no taco (espeto, melhor dizendo). Ainda mais por estar na Portas de Santo Antão, rua de alguns enganos à mesa. As carnes grelhadas no carvão são a especialidade do restaurante. Mas há espaço também para lampreia, bacalhau e camarões. Aberto todos os dias.
A maior região de Portugal possui um centro cultural na Rua Portas de Santo Antão. Na Casa do Alentejo coabitam um restaurante mais solene e uma descontraída taberna. O primeiro é para degustar a clássica carne de porco à alentejana com amêijoas e batatas fritas (€15,50); beliscar de pouquinho em pouquinho já é a regra na tasca, onde há de pastel de bacalhau (€1) a amêijoas à bulhão pato (€10), o prato mais caro do enxuto menu.
Tasco Force
No Alvalade, um quintal minúsculo com não mais que 20 mesas abriga este restaurante que oferece menu de almoço com sopa, prato principal (3 opções: carne, peixe e vegetariano), bebida e café. De quarta a sábado, o happy hour (17h às 19h) tem imperial (o chopinho lisboeta) a €1. Considere ir de metrô, já que o Tasco Force fica a 250 metros da estação Alvalade.
Petisco Saloio
Autêntica tasca portuguesa, pois valoriza todo produto possível: o rabo de boi vira recheio de empada servida com salada (€10,80) e a bochecha de porco pode ser gratinada com batata doce e queijo da ilha (€9,50). Ocupa a portinha 38 na Avenida Barbosa du Bocage, a 300 metros da estação Campo Pequeno.
O Frade
Dono da distinção Bib Gourmand (bom custo-benefício) no Guia Michelin, o restaurante O Frade foca na cozinha alentejana. Assim sendo, arroz de pato à Frade, rabo de boi estufado com legumes (indicado em dias frios) e outras receitas da maior região portuguesa são servidas no número 14 da Calçada da Ajuda (a 120 metros da parada Belém do elétrico) e na unidade dentro do Time Out Market.
Tosco
O nome assusta, mas é um restaurante que se assume “de cozinha portuguesa sofisticada, porém a preço bastante acessível”. O menu com prato do dia sai a €10. O Tosco está na Rua da Alcântara, 14. Chega-se a pé na alternativa LX Factory, localizada a 600 metros do restaurante.
Time Out Market
A publicação Time Out assumiu as rédeas da repaginação do tradicional Mercado da Ribeira, ocorrida em 2014. O resultado são 26 restaurantes, 8 bares e ainda bancas de produtos frescos, todos responsáveis por transformar o espaço em uma meca turística para visitar e, sobretudo, comer e beber. Ainda que sua estada em Lisboa dure 30 dias, você não dará conta de experimentar todos os boxes.
Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passadinha – Foto: Nathalia Molina
À primeira vista, parece fácil achar onde ficar na capital portuguesa. Afinal, são muitos os hotéis em Lisboa no Centro e nos principais bairros turísticos. Por trás da oferta farta, no entanto, é preciso estar atento a detalhes na hora de reservar sua hospedagem. O principal deles tem a ver com as características do destino, uma das mais relevantes cidades de Portugal para turismo.
Mesmo reconstruída após o terremoto que a sacudiu em 1755, Lisboa é uma cidade de edificações velhas, algumas convertidas em meios de hospedagem. Às vezes, sem elevador ou com cabine para subir 2 pessoas no máximo por vez. Instalados em ruas estreitas, há hotéis no Centro de Lisboa que são alcançados pelo barulho do dia a dia. Do bonde. De gente. E da janela do quarto tanto é possível ver o varal de roupas estendidas da casa vizinha quanto sentir o cheiro do almoço sendo preparado. O nome disso é vida urbana. Na região central, você está perto das muitas sugestões da nossa publicação sobre o que fazer em Lisboa.
Para pagar menos de €100 de diária, o caminho é se afastar dos hotéis em Lisboa no centro. O Parque das Nações e o bairro de Avenidas Novas surpreendem com boas acomodações a preços razoáveis. No entanto, mesmo no miolo dos bairros, perto das atrações turísticas, é possível encontrar bom custo-benefício. Como faço sempre nas nossas sugestões de hospedagem, fui atrás de opções bem localizadas e com avaliações positivas de viajantes em sites de reserva. Segue lendo que abaixo tem uma lista completa.
Você também pode (e deve) procurar hotéis de luxo em datas alternativas. Por exemplo, o Dom Pedro Lisboa – onde já fiquei e o café da manhã é excelente, como conto no texto sobre a minha hospedagem no Dom Pedro – podia ser encontrado a cerca de €150 em agosto. Se dinheiro não for problema, a clássica área de hotéis de luxo em Lisboa é a Avenida da Liberdade, com alternativas mais caras e tradicionais, como o Tivoli Avenida Liberdade e o Hotel Avenida Palace.
No Chiado, não adianta chiar que os hotéis-boutique são caros. Boa parte está instalada em edifícios históricos do século 18, restaurados e adaptados para oferecer infraestrutura do terceiro milênio. As diárias são mais altas também porque eles ficam perto da diversão noturna e de lojas, cafés e restaurantes – ah, veja nossa extensa lista de comidas típicas de Portugal para abrir seu apetite com as iguarias locais.
Delicioso café da manhã do Palácio Ludovice
Por tradição, os bares e as discotecas são mais abundantes no vizinho Bairro Alto, que por outro lado tem baixa oferta de lugares para dormir. Ainda assim, é possível se deparar com algumas opções. A Nath experimentou e adorou a hospedagem no Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, charmoso hotel temático para quem gosta de vinho em Portugal, com ótimo café da manhã.
Hotéis da Baixa Pombalina são mais caros, mas representam economia de tempo e deslocamento, já que é a região mais comercial e turística da capital portuguesa. Hospedagem na Alfama e na Mouraria não é o forte do lado medieval da cidade, embora haja agradáveis surpresas com boa relação custo-benefício. Esse pedaço é indicado para ver fado em Lisboa.
Confira nossa lista abaixo e olhe também hotéis em Lisboa na Booking, parceiro que indicamos quando o assunto é hospedagem.
Turim Restauradores Hotel
Reformado em 2010, o antigo prédio manteve o traçado original. O elevador da Graça passa rente ao Turim Restauradores Hotel, que tem 97 quartos. As unidades mais altas permitem enxergar o Castelo de São Jorge no horizonte. O bar e o restaurante de pegada italiana completam a infraestrutura.
Hotel Portuense
Com quartos para 1, 2 ou até 3 pessoas, o espartano Hotel Portuense fica na Rua Portas de Santo Antão, paralela à Avenida Liberdade, e onde está um restaurante clássico da cidade, o Solar dos Presuntos, uma das nossas indicações de onde comer em Lisboa. Resolve-se tudo a pé (comer, beber, passear), inclusive pegar o mítico elétrico 28, cujo ponto inicial está a 650 metros, na Praça Martim Moniz.
Hotel Lisboa Plaza
Na Travessa do Salitre, acessível a partir da Avenida da Liberdade, o Hotel Lisboa Plaza tem 94 quartos e 12 suítes, algumas com carpete. Serve tanto a quem está em dupla ou em família pela cidade. Tem terraço para curtir o entardecer, academia e está a 10 minutos do Jardim Botânico de Lisboa.
Turim Boulevard Hotel
Na nobre zona hoteleira lisboeta, a Avenida da Liberdade, o Turim Boulevard Hotel desfruta do ar parisiense que esse pedaço da cidade ostenta. Ao todo, os 101 apartamentos esbanjam elegância na decoração em tons pastéis. Há uma pequena piscina no terraço. O metrô Liberdade fica em frente ao hotel e o Jardim Botânico de Lisboa demanda 15 minutos de caminhada.
Dom Carlos Liberty
Com 4 categorias para seus 59 quartos (alguns com varanda), o Dom Carlos Liberty tem academia de ginástica no 8º e último andar do prédio. Está próximo da estação Marquês de Pombal do metrô e a poucos passos do trio Cartier, Bulgari e Versace, templos do consumo de luxo.
Ibis Lisboa Liberdade
Com quartos renovados, o Ibis Lisboa Liberdade apresenta bom custo-benefício. Pertinho do Centro, ele é um veterano da Rua Barata Salgueiro. Ao deixar o hotel, desça para pegar o metrô na Avenida Liberdade. Na volta, desembarque na estação Rato e caminhe 500 metros da ladeira. Evite gastar panturrilhas à toa.
Inspira Liberdade Boutique Hotel
O Inspira Liberdade Boutique Hotel se orgulha de estar longe da vida noturna e se autodeclara o primeiro hotel sustentável de Lisboa. Cada uma com estilo próprio, as suítes foram pensadas para proporcionar uma hospedagem holística – a mais luxuosa delas é um verdadeiro spa particular. O restaurante do hotel tem a cozinha à parte para armazenar e produzir refeições sem glúten.
Ibis Styles Marquês de Pombal
O belo Parque Eduardo VII serve de quintal a quem se hospeda em família no Ibis Styles Marquês de Pombal. Aberto em 2019, o hotel é novo se levarmos em conta os quase 2 anos de baixo movimento devido à pandemia. Minha sogra ficou hospedada lá na viagem que fez no 1º semestre de 2023 e gostou muito da localização e do café da manhã.
Ibis Styles Lisboa Liberdade
É o padrão de acomodação e atendimento desta bandeira da Rede Accor em uma localização excelente na capital de Portugal, com estação do metrô a 5 minutos. Na avenida onde está o Ibis Styles Lisboa Liberdade há dois mercados, na medida para quem quiser economizar em parte das refeições diárias.
Lumen Hotel & Lisbon Show Light
Novinho, o hotel foi aberto em 2021, tem diariamente um show de luzes para os hóspedes, no jardim interno. Seguindo a linha de cores e luzes em referência à luminosidade de Lisboa, o Lumen Hotel é bem modernoso e hi-tech. Os quartos têm uma série de comandos nos interruptores do quarto, tomadas USB e tablet. As camas são bem largas e confortáveis. De maio a outubro, abre a piscina do rooftop. O restaurante oferece um ótimo buffet no café da manhã, farto e diversificado. A Nath já ficou hospedada lá e aprovou a estrutura confortável e as refeições, com variedade também no buffet de almoço.
Ibis Lisboa Saldanha
Afastado do centro histórico, mas com transporte público por perto para chegar até lá. O Ibis Lisboa Saldanha cai bem para quem está viajando em duplas, pois tem opção de quarto com camas separadas ou de casal. O Museu Calouste Gulbenkian está a 1,5 km do hotel.
Eurostars Lisboa Parque
Com 83 quartos, o Eurostars Lisboa Parque atrai quem valoriza ter academia no hotel ou topa andar de metrô para cima e para baixo (o que faz todo sentido em Lisboa). O ônibus que leva ao Outlet em Lisboa, o Freeport Fashion sai diariamente da Praça Marquês de Pombal, a 500 metros do hotel.
Dom Pedro Lisboa
Hotel 5 estrelas das estrelas que tocam no Rock in Rio local, o Dom Pedro Lisboa tem quartos de decoração clássica. Há piscina, spa, academia e um restaurante de menu italiano. Em frente ao shopping Amoreiras, um dos maiores de Lisboa. O café da manhã é variado e delicioso; não deixe de provar a versão do pastel de Belém.
Hotel de luxo em Lisboa: Dom Pedro
Lutecia Smart Design Hotel
Afastado do burburinho turístico (o que torna mais barato), o Lutecia Smart Design Hotel é composto por 8 pisos temáticos (Kiss, Disco e por aí vai). Com um total de 175 acomodações, há tanto suítes mais ‘caretinhas’ quanto quartos pensados para explorar os sentidos dos hóspedes. Perto do metrô e da Casa Piriquita, especializada em doces típicos portugueses.
LX History Hotel
Para o viajante solo, para quem vai a Lisboa em dupla e em família de até 5 pessoas. Entre as estações Anjos e Intendente do metrô, o LX History Hotel é acomodação do tipo econômica e sem elevador. Pontos turísticos como o Castelo de São Jorge, o Miradouro da Graça e os bairros da Mouraria e Alfama podem ser explorados a pé a partir do hotel.
Turim Iberia Hotel
Fica no bairro de Avenidas Novas, a 5 minutos da estação Campo Pequeno do metrô de Lisboa. O Turim Iberia Hotel tem 86 quartos clássicos com decoração sóbria e moderna. Próximo ao Museu Calouste Gulbenkian e do shopping El Corte Inglês.
Hotel Lis Baixa
O Hotel Lis Baixa tem quartos pequenos, pois está instalado em um antigo edifício do centro histórico. Conta a seu favor a localização, próxima a cartões-postais de Lisboa, como a Catedral da Sé (600m) e o Castelo de São Jorge (800m) e o Miradouro de Santa Luzia (900m).
My Story Lisbon Tejo
A reforma aplicada em 2017 ao edifício do século 19 emprestou ao My Story Lisbon Tejo design interno contemporâneo à construção de estilo pombalino. Seus 135 quartos têm capacidade para acomodar entre 2 e 4 pessoas. Fica colado à Praça da Figueira, onde se toma o elétrico 28 para descobrir Lisboa.
Hotel LX Rossio
Com quartos bem sem frescura, altamente funcionais, o Hotel LX Rossio é para quem quer ficar no buxixo do Chiado, bairro de lojas, cafés e restaurantes. Tudo ao redor fica tão perto que essa acomodação é ideal para sair cedo da cama e só voltar tarde da noite, depois de explorar cada canto da cidade.
Hotel no Centro de Lisboa: localização prática
Lisboa Carmo Hotel
A cerca de 300 metros da clássica Rua Garrett, o Lisboa Carmo Hotel é muito bem avaliado pela localização (estação ferroviária do Rossio, 5 minutos) e por manter impecáveis quartos e ambientes comuns de mais um edifício histórico desse bairro. Isso tem um preço. Não é pouco nem inclui café da manhã.
Hotel Convento do Salvador
O elétrico 28 passa diante do Hotel Convento do Salvador, fruto da restauração de um prédio ocupado por freiras no passado. Ao todo, são 34 quartos e 9 suítes. Fica na Alfama, bairro medieval lisboeta, próximo (perto mesmo) aos miradouros de Santa Luzia e Santo Estêvão, do Museu do Fado e do Castelo de São Jorge.
Pousada Alfama
Hotel novo do grupo português Pestana, a Pousada Alfama oferece 43 quartos, divididos em 7 categorias e todos com janela anti ruído (lembre-se, você está em uma zona altamente turística). Além de um bar de coquetéis (Manifesto), tem um terraço para saborear o que der vontade, com o Tejo ao alcance dos olhos.
Palácio Ludovice Wine Experience Hotel
Aqui tudo remete ao vinho. A diária do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel inclui uma degustação comandada pela sommelière. Ela também dá sugestões do que harmonizar com os pratos do restaurante, instalado no vão central do prédio histórico no Bairro Alto. Possui 61 quartos, e o elevador e o carpete dos andares têm vinhas estampadas. As amenities nos banheiros são da francesa Caudalie, com produtos à base de uvas. A vinoterapia também está presente no spa do hotel e na unidade da marca de cosméticos, com porta para a rua. Ambos são abertos ao público, assim como uma loja com rótulos de Portugal, em especial de vinho do Porto. Nath, adorou o hotel, com destaque para a máscara no spa e o café da manhã excelente. Fica bem em frente ao Miradouro de São Pedro de Alcântara.
Nau Palácio do Governador
A casa do antigo Governador da Torre de Belém virou este hotel 5 estrelas com piscinas adulta e infantil. Os 60 quartos do Nau Palácio do Governador são diferentes entre si, mas todos decorados de maneira sóbria. Nos salões comuns os azulejos são originais do século 17. Todos o circuito histórico de Belém está a uma curta distância.
Ibis Lisboa Parque das Nações
Hotel mais barato porque, para começar, está a 30 minutos do centro histórico de Lisboa. O Ibis Lisboa Parque das Nações está mais perto de atrações como o Oceanário e o teleférico. Quartos dos andares mais altos oferecem vistas do Tejo.
Ibis José Malhoa
Fora do eixo hoteleiro turístico, mas a 10 minutos a pé do metrô (Praça de Espanha), o Ibis José Malhoa está bom para quem quer hospedagem por volta de € 100 e se basta em um hotel de rede, com quartos espartanos e serviço básico. Localizado a 9 minutos do aeroporto de Lisboa.
Quais são as principais cidades de Portugal para turismo? De bate pronto, a maioria talvez responda Lisboa, esprema a memória para lembrar do Porto e então já engasgue bastante para nomear um terceiro destino. Natural, afinal de contas a nossa lembrança é muito povoada pela capital do país e pelo vinho do Porto, que virou uma espécie de embaixador da cidade às margens do Rio Douro.
No Porto, casario e o vinho mais famoso do país – Foto: Divulgação
Para um terceiro posto, arrisco dizer que alguém seja capaz de lembrar de onde veio a própria família. Eu tenho raízes em Seixo Amarelo, próximo à cidade da Guarda, no Centro de Portugal, abraçada à da Serra da Estrela. Assim como o vilarejo em que nasceu o meu avô, Portugal é cheio de vilas diminutas e cidades pequenas.
Graciosas, todas compõem um mosaico cultural de um país de passado romano, muçulmano e cristão. Estão conectadas por uma rede de caminhos a serem percorridos sem pressa. De Lisboa ao Porto, por exemplo, a viagem pode ser feita explorando destinos menores como a cidade murada de Óbidos ou parando em cidades maiores como Coimbra.
Pinhão: o Douro sem pressa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
As principais cidades do país, listadas abaixo, servem como ponto de partida para essa exploração turística, que deve se seguir à mesa, com as comidas típicas de Portugal e os doces portugueses, feitos de ovos, açúcar e amêndoas. Perder-se é parte da aventura de desbravar o território português. É um modo de acrescentar repertório para responder à pergunta inicial.
Lisboa: a capital à beira do Tejo
Cidade formada sobre 7 colinas naturais, a capital de Portugal pode começar a ser explorada a partir de um passeio no elétrico 28. O inconfundível bondinho de Lisboa amarelo é atração turística por si só, juntamente com clássicos como o circuito histórico do Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém e Padrão dos Descobrimentos) e a Alfama, onde a herança moura ainda se faz presente em paredes e costumes. O Museu Nacional do Azulejo ajuda a traduzir essa alma lusitana tanto quanto o fado embala uma eterna melancolia. Veja nossa lista de sugestões de onde ficar em Lisboa.
A grande metrópole portuguesa oferece ainda um lado cosmopolita, efervescente e criativo, visível em lojas de design do Chiado e do Bairro Alto, este último o berço da diversão noturna de outros tempos. Porque hoje em dia a animação está espalhada por Lisboa inteira, em um movimento semelhante ao que ocorreu com suas opções de hospedagem, muito embora a luxuosa Avenida da Liberdade figure ainda como a principal zona hoteleira da cidade, sobretudo com hotéis e lojas de luxo.
Hospitaleira, a capital de Portugal é também território da boa mesa, das tascas mais simples a restaurantes estrelados, assim como muitas confeitarias para provar o pastel de Belém e receitas concorrentes à original, inventada no bairro de mesmo nome. Praças, parques, museus, tudo cabe na cidade que guarda um rico Oceanário e ainda tem o Rio Tejo como um doce abraço a envolvê-la. Difícil não se encantar.
Ao avistar duas chaminés em formato cônico no horizonte, acredite, você chegou a Sintra. O par que se sobressai na paisagem integra o Palácio da Vila, antiga residência de verão dos reis de Portugal. A presença de nobres nesta cidade a 20 km de Lisboa (40 minutos de trem) fez surgir outras edificações de destaque, entre elas, o Palácio e Quinta da Regaleira e o Palácio da Pena, este último erguido coloridamente no alto da serra. Depois de apreciar a vista lá de cima, desça para perambular as diminutas ruas do centro de Sintra. E não vá embora sem entrar na secular Casa Piriquita, para comer queijadas e travesseiros, doces típicos portugueses.
A partir de Lisboa, em menos de 1 hora chega-se de carro a Óbidos. O charme de conhecer esta vila histórica é penetrar no passado medieval guardado por grossas muralhas. Se possível, durma uma noite dentro da fortaleza, para poder não só ver o castelo e as igrejas ali presentes como também perder-se por suas labirínticas e surpreendentes vielas de paralelepípedos. Feita a partir da fermentação da ginja (espécie de cereja), a ginjinha de Óbidos é uma bebida que não se recusa. Março é mês do tradicional Festival do Chocolate.
Pense em visitar um templo romano, uma catedral de traços góticos e, de quebra, pátios mouriscos. Évora é sinônimo de multiculturalidade. No centro da região do Alentejo, a cidade tem no Museu de Évora e na Capela dos Ossos outros dois pontos de parada obrigatórios. E tudo pode começar ou terminar nos cafés e restaurantes da Praça do Giraldo, antes ou depois de uma passada pelas lojas de artesanato da Rua Cinco de Outubro.
Templo romano, um clássico nas fotos em Évora – Foto: Turismo de Portugal
Porto: o vinho que conquistou o mundo
A segunda maior cidade de Portugal é a capital da região norte do país. O Rio Douro que nasce em Trás-os-Montes atravessa todo o Porto. É possível percorrer suas águas em passeios de barco rabelo ou apenas admirar seu vagar em cafés e restaurantes da Ribeira, região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.
Considerada uma das mais bonitas do mundo, a Livraria Lello é famosa entre os fãs de Harry Potter. Um ímã de turistas como também são as caves de vinho do Porto, programa essencial entre o que fazer no Porto. Na vizinha Vila Nova de Gaia, na margem oposta, adormece não só essa bebida fortificada como outros rótulos produzidos nas escarpas ao longo do Douro. É também nessa cidade da região metropolitana do Porto que está o World of Wine (WOW), complexo enoturístico com museus, restaurantes e lojas.
O Porto e seus arredores são indicados a quem ama arquitetura e àqueles que sonham se fartar de bons pescados e frutos do mar. Uma escapada a Matosinhos revela aquela que é considerada a sala de jantar do Porto, dona do ‘melhor peixe do mundo’. Não é marketing ou cabotinismo, mas constatação.
A pequena vila ligada à cidade de Alijó é o centro da região demarcada do Douro, rodeada pelas principais quintas produtoras do famoso vinho do Porto e outros rótulos de destaque. Há cruzeiros que saem de Pinhão para explorar o famoso rio. A visitação às propriedades também faz parte do roteiro de enoturismo, que pode incluir a experiência da colheita (vindima) nos meses de setembro e outubro. A partir de Pinhão chega-se a cidades como Peso da Régua – onde estão o Museu do Vinho do Porto e o Solar do Vinho do Porto –, Lamego e ainda Vila Real. Destaque para a bela estação de trem de Pinhão, decorada por 25 painéis de azulejos que retratam a paisagem da região e a produção vinícola.
Uma das mais antigas universidades do mundo está em Coimbra desde 1537. Banhada pelo Mondego, esta cidade de vocação acadêmica guarda ligações com a época do domínio romano (ruínas encontram-se preservadas onde hoje se localiza o Museu Nacional Machado de Castro).
Berço de D. Afonso Henriques, primeiro rei português, Coimbra se confunde com a própria formação do território nacional. Em seu preservado Centro Histórico estão edificações como a Sé Velha e as igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, todas obras do tempo em que a cidade tornou-se a primeira capital do reino de Portugal. Em Coimbra, o fado soa jovial tal qual o espírito estudantil da cidade. E até mesmo a tradicional azulejaria portuguesa tingiu-se de novas cores e significados em peças vendidas em ateliês.
Para descobrir Aveiro, é indispensável fazer o passeio de moliceiro, o barco colorido característico desta cidade litorânea cortada por canais. Já neste trajeto a bordo é possível admirar o conjunto de edifícios em Arte Nova, estilo arquitetônico com roteiro e museu próprios. Em terra firme, monte em uma Buga, sigla para bicicleta de utilização gratuita de Aveiro, maneira democrática de explorar esta cidade totalmente plana. Visite o Museu de Aveiro e reponha as energias com os tradicionais ovos moles, mais um clássico da doçaria portuguesa do centro do país.
Cidade-jardim. As áreas verdes e os canteiros floridos bem cuidados contrastam com o acinzentado das construções de pedra em Viseu, cidade na rota dos vinhos do Dão e já considerada a melhor em qualidade de vida pelos próprios portugueses. Localizada no Centro de Portugal, é uma terra orgulhosa de sua história, materializada na figura em bronze de Viriato. Núcleo da cidade, a Praça da República é um bom ponto de partida para explorar os principais cartões-postais, casos do Museu Grão Vasco (em alusão ao mestre da pintura portuguesa do século 16) e do Museu de História da Cidade, verdadeira viagem no tempo por 2.500 anos de formação de Viseu. Aproveite para percorrer a Rua Direita, principal artéria comercial da cidade. Viseu fica no caminho da Estrada Nacional 2, a mais extensa de Portugal, com quase 740 km e que conecta o sul ao norte do país.
A história de Braga começou muito antes de Portugal ser Portugal. Foi ainda no tempo do Império Romano, quando Bracara Augustafoi eleita a sede da igreja mais importante daquela região (hoje em dia, o norte português; naquela época, parte da Galícia). Para os interessados nos vestígios da presença romana, vale visitar o Museu Diogo de Sousa. Aos mais religiosos, Braga celebra com fervor a Semana Santa e o São João. Acrescente à lista a visitação de igrejas, especialmente a Sé de Braga (a mais antiga do país) e o Santuário de Bom Jesus do Monte, cujo acesso pode ser via funicular ou subindo sua monumental escadaria com quase 600 degraus. Se você não dispensa uma gostosura, prove o pudim do Abade de Priscos, doce com raízes locais.
Santuário de Bom Jesus e os quase 600 degraus – Foto: Turismo de Portugal
Guimarães: o berço de Portugal
D. Afonso Henriques nasceu em Guimarães. E foi a partir daqui que ele liderou a formação de Portugal, tornando-se seu primeiro rei. O conjunto patrimonial da cidade ajuda a construir esta narrativa dos tempos medievais, com destaque para o Castelo de Guimarães, localizado no Monte Alto, onde também se encontram a estátua do Rei Conquistador, a Igreja de São Miguel e o Palácio dos Duques de Bragança. O teleférico é outro programa obrigatório na cidade, unindo o Centro à Montanha da Penha. Localizada a 40 minutos do Porto, Guimarães tem uma extensa lista de sabores a serem experimentados, entre eles, o polvo à lagareiro, o caldo verde e as tortas de Guimarães.
O aeroporto Gago Coutinho, em Faro, é uma das portas de entrada para o Algarve. É neste pedaço mais ao sul do território português que fica a cidade de casas caiadas, belas praias e clima de férias de verão. Essa estação do ano traz não só o aumento de temperatura como a elevação maciça no número de turistas, entre portugueses e estrangeiros. Alugar um carro e explorar a região é o recomendável, já que o litoral é recortado em cerca de 150 praias. Na capital do Algarve, sinta a presença da herança muçulmana percorrendo ruas e travessas, suba à torre da Catedral da Sé para melhor observar a cidade ou embarque no Cais da Porta Nova em um passeio de barco para as praias das ilhas de Faro, do Farol, Culatra e Deserta.
Distante cerca de 40 minutos a partir de Faro, a cidade de Albufeira é uma festa. Quase permanente no verão, quando muitos turistas teimam em ficar até mais tarde nas ruas. Oura ou The Strip é a mais animada delas, com seus clubes noturnos que só fecham ao amanhecer. De dia, não é preciso andar muito para encontrar praias de areia dourada, como a dos Pescadores e a do Túnel. As opções se avolumam, ora mais a leste ou a oeste pelo litoral do Algarve. Ao entardecer, meta-se por entre as pequenas ruas e explore a herança árabe ainda viva por todo este vilarejo. E então siga para a Baixa, de cafés, restaurantes e lojas que se enchem de vida com as primeiras luzes noturnas. E então a festa vai recomeçar em Albufeira.
Vilamoura: entres barcos, campos de golfe e hotéis
É um pedaço do Algarve que nasceu para o turismo, com hotéis, campos de golfe, cassino e marina. Passeios de barco também saem daqui para outras áreas da região no sul de Portugal. Vilamoura é uma pedida para pegar uma praia e almoçar nos restaurantes pé-na-areia. O grupo Dom Pedro, com 4 hotéis no Algarve, mantém o Victoria, o Millennium e o Old Course para os golfistas. À noite a rua no entorno da marina fica movimentada, com bares, restaurantes, sorveterias e lojas.
Em primeiro lugar, escolher ficar em um dos 8 hotéis da Universal Orlando tem as suas vantagens. Assim mesmo, no plural. Já que todos eles garantem aos hóspedes transporte gratuito e entrada antecipada nos parques, além de estarem em localização privilegiada dentro do complexo.
Aliás, quem busca praticidade pode conferir também o trem de Miami para Orlando, inaugurado em setembro de 2023; uma forma de ampliar a pesquisa de passagem aérea do Brasil para a Flórida e de se deslocar rapidamente entre as 2 cidades mais visitadas por brasileiros nesse estado americano.
Ônibus gratuitos para hóspedes dos 8 hotéis – Foto: Nathalia Molina
Hotéis têm transfer gratuito
Voltadas a diferentes perfis econômicos, as diárias de todos os hotéis da Universal Orlando dão direito ao transfer gratuito. Ônibus ou táxi aquático (às vezes, ambos) saem a cada 15 minutos.
Além disso, em alguns casos, a proximidade com os parques é tanta que dá para ir a pé, como fizemos no Hard Rock Hotel Orlando.
Os hotéis estão a menos de 10 minutos de carro dos 3 parques do complexo, isto é, Universal Studios Florida, Islands of Adventure e o aquático Volcano Bay.
Mais vantagens nos hotéis Premium
Os 3 hotéis da categoria Premium não só incluem transporte, como também facilidades como o Unlimited Express Pass, que permite pular a fila regular da maioria das atrações e brincar mais vezes. Atualmente, apenas a montanha-russa Hagrid’s Magical Creatures Motorbike Adventure, na área de Harry Potter da Universal Orlando, não dá direito ao fura-fila.
Para que haja mais comodidade, a chave do quarto – cada hóspede tem um cartão magnético com seu nome – é o seu passe nas filas.
Quem fica em hotéis da Universal tem direito não apenas aos benefícios citados, bem como entra nos parques até 1 hora antes da abertura para o público em geral.
De acordo com as vantagens oferecidas, as compras feitas no complexo podem ser entregues no quarto, a fim de evitar que você carregue sacolas o dia todo.
Entretanto, vale lembrar que as diárias dos hotéis da Universal não incluem café da manhã e é sempre necessário comprar o ingresso de entrada para os parques separadamente.
Dockside Inn and Suites
Econômico, o Dockside Inn and Suites é o mais recente hotel inaugurado no complexo, em 2020. Faz parte do Universal’s Endless Summer Resort, dividido entre ele e o empreendimento irmão. O Surfside Inn and Suites está no outro lado da Universal Avenue. Porém, só é um pouco maior e tem duas piscinas. Reúne tanto quartos standards quanto suítes para até 6 pessoas.
Pois a ideia é proporcionar a melhor relação custo-benefício para quem deseja curtir férias em família gastando menos. O mercadinho Pier 8 vende lanches e pizzas pan. Nathalia aprovou o sabor e a praticidade quando se hospedou lá no meio de 2022, época em que cobriu o IPW, maior encontro do setor de turismo dos Estados Unidos. Portanto, é uma ótima opção de acomodação para quem viaja em grupos menores a Orlando e não pretende alugar uma casa.
Prático mercadinho com lanches e pizzas dentro do Dockside
Benefícios do Dockside: transporte gratuito de ônibus até os parques; entrada antecipada; entrega de compras no complexo diretamente no quarto.
Surfside Inn and Suites
Aberto em 2019, o Surfside Inn and Suites foi o primeiro hotel da categoria econômica da Universal. Ele também faz parte do Endless Summer Resort, a mais nova área de hospedagem do complexo na Flórida. Assim como seu vizinho de categoria do outro lado da rua, dispõe de suítes com 2 quartos separados, cozinha com microondas, banheiro com lavatório externo e mesa para refeições. É possível comer por menos de US$ 12 nos restaurantes do hotel. Há uma piscina em formato de prancha de surf na área de lazer.
Suíte com 2 quartos no Surfside, hotel indicado para famílias
Benefícios do Surfside: transporte gratuito de ônibus até os parques; entrada antecipada; entrega de compras no complexo diretamente no quarto.
Cabana Bay Beach Resort
Bem-vindos aos anos 1960 no Cabana Bay Resort, hotel vintage que remete às férias em família na Flórida da metade do século passado. Antes de mais nada, Nathalia adora a decoração desse empreendimento, onde ela também ficou no meio de 2022 durante a cobertura da feira em Orlando. Porque, além do prédio em estilo Mid-century, há malas retrô na recepção, carros antigos estacionados do lado externo e muita cor nos quartos com o intuito de reviver o espírito daquelas décadas.
Tem rio lento e charmosas cabanas que podem ser alugadas na beira da piscina, com toboágua estilizado em meio àquelas plataformas de mergulho de antigamente. Completam o pacote da diversão 10 pistas de boliche. Do mesmo modo, a comida segue a pegada temática, com muito hambúrguer, shakes e refeições casuais, como as servidas nos velhos diners norte-americanos.
Benefícios do Cabana Bay: transporte gratuito de ônibus até os parques; entrada antecipada; entrega de compras no complexo diretamente no quarto.
Universal’s Aventura Hotel
Com um formato que lembra um spinner (alguém aí lembra do brinquedinho-febre em 2015?), o Universal’s Aventura Hotel ocupa uma torre cujos andares mais altos proporcionam visão panorâmica dos 3 parques da Universal. Desse modo, o visual é também um apelo do Bar 17 Bistro, de coquetéis e pratos clássicos servidos diariamente a partir do entardecer. Para refrescar, uma piscina aguarda pelos hóspedes.
Benefícios do Aventura Hotel: transporte gratuito de ônibus até os parques; entrada antecipada; entrega de compras no complexo diretamente no quarto.
Loews Sapphire Falls Resort
Um pedaço do Caribe dentro do Universal Orlando Resort. A proposta do Loews Sapphire Falls está refletida não só nos pratos do Amatista Cookhouse, bem como na seleção de runs da Strong Water Tavern, nos coquetéis tropicais e nas receitas cheias de frescor do Drhum Club Kantine, na beira da piscina. Uma praia artificial reforça o clima caribenho. As acomodações se dividem entre quartos standards e suítes luxo – elas podem variar entre 50m² e 125m². Se acaso você escolher esse hotel, saiba que ele está a apenas 5 minutos a pé do parque aquático Volcano Bay.
Benefícios do Loews Sapphire: transporte gratuito de ônibus ou barco até os parques; entrada antecipada; entrega de compras no complexo diretamente no quarto.
Hard Rock Hotel
Projetado como a mansão de um rock star, o Hard Rock Hotel tem decoração cheia de referências musicais, como instrumentos, fotos, roupas e objetos que pertenceram a artistas famosos, entre eles, Michael Jackson, Rolling Stones e Lady Gaga. Temática, a trilha sonora acompanha todos os ambientes, mesmo que você esteja dentro da piscina, equipada com um sistema de som subaquático.
Durante nossa viagem para a Universal em família, no fim de 2022, ficamos hospedados em um quarto standard do Hard Rock na Universal Orlando. Ele tinha um par de camas queen e capacidade para acomodar até 4 pessoas. Embora haja barcos e ônibus para chegar aos parques, a gente também testou o caminho a pé, levou cerca de 10 minutos.
Hard Rock dá assento prioritário em restaurantes do complexo
Benefícios do Hard Rock: passe expresso ilimitado nas atrações; transporte gratuito de ônibus ou barco até os parques; entrada antecipada; assento prioritário em restaurantes do complexo; entrega de compras diretamente no quarto.
Loews Portofino Bay Hotel
A alma italiana cerca o Loews Portofino Bay Hotel, com destaque para a gastronomia que mescla em seus restaurantes os refinados sabores do norte da Itália com a simplicidade da cozinha della mamma. Não faltam cappuccinos e pizzas nos bares e cafés deste hotel, que tem ainda uma gelateria veramente da bota. Há 3 opções de piscinas, tanto para quem curte animação quanto para os que desejam privacidade. Tenores cantam óperas clássicas e populares do pôr do sol ao anoitecer. Enquanto a elegância de quartos e suítes completam a sensação de estar hospedado na Riviera Italiana.
Benefícios do Loews Portofino: passe expresso ilimitado nas atrações; transporte gratuito de ônibus ou barco até os parques; entrada antecipada; assento prioritário em restaurantes do complexo; entrega de compras diretamente no quarto.
Para quem ama a temática pan-asiática, o Loews Royal Pacific Resort cai como uma luva. Há restaurantes com ambiente polinésio e outros com menu de sushis e sashimis, que podem ser regados a cervejas japonesas e saquê. A areia fina e branca na beira da piscina remete a uma praia em Bali, enquanto um luau tipicamente havaiano faz parte das atividades promovidas pelo hotel. Com vistas para o jardim ou piscina, os quartos mais básicos acomodam entre 3 e 5 pessoas, podendo ter 2 camas queen ou 1 king além de um sofá-cama. Nathalia ficou hospedada lá na inauguração, em 2001.
Loews Royal Pacific, com fila expressa nas atrações
Benefícios do Loews Pacific: passe expresso ilimitado nas atrações; transporte gratuito de ônibus ou barco até os parques; entrada antecipada; assento prioritário em restaurantes do complexo; entrega de compras diretamente no quarto.
A localização é central, um entroncamento onde a Avenida Sonora desemboca no Paseo de La Reforma, perto do Museu Nacional de Antropologia e do Bosque de Chapultepec. Enquanto carros, bicicletas e pedestres disputam espaço na caótica capital mexicana, a calmaria preenche o pátio ao ar livre no centro do Four Seasons Cidade do México. Os arcos em volta, a fonte central, a gama de cores. Da arquitetura colonial espanhola ao paisagismo, tudo colabora para a sensação de paz na parte interna do hotel de luxo.
O serviço do Four Seasons Mexico City é impecável. Considerando recepção, restaurantes e o time que cuida dos quartos e do atendimento em áreas comuns, a hospedagem fluiu naturalmente bem. Me senti acolhida, sem exageros invasivos ou formalidades desnecessárias. Isso nem sempre ocorre, mesmo em empreendimentos de luxo.
Desde 2016, a propriedade está na lista dos hotéis AAA Five Diamond, denominação dada a requintadas experiências de qualidade. Na edição de 2022, a seleção ganhou mais dois Four Seasons, ambos nos Estados Unidos: Hotel at The Surf Club (em Surfside, Flórida) e Hotel Philadelphia at Comcast Center.
Como é o hotel de luxo na Cidade do México
Uma rápida olhada ao redor do pátio central do Four Seasons Mexico City, na direção dos andares acima, encontra janelinhas simétricas. O visual é de hacienda (como são chamadas as fazendas coloniais na América hispânica), porém o acabamento e a decoração são contemporâneos. Isso fica claro já na recepção e no corredor que leva de lá até o pátio do hotel de luxo.
Corredor da recepção ao pátio
Nos andares, as cortinas abertas deixam entrar uma atmosfera de tranquilidade no quarto. A maior parte das 240 acomodações, divididas em 11 categorias, está voltada para dentro do hotel. A luminosidade aqueceu meu quarto de aconchego, casando perfeitamente com o conforto da cama e das amenidades disponíveis. Ao lado do armário, uma estação com máquina de café, café orgânico e água mineral.
Conforto e luminosidade dentro do quarto
O banheiro em mármore de tons claros tinha chuveiro e banheira separados, além de sanitário num cômodo adjunto. A ducha em volume abundante ficava mais gostosa com os produtos de higiene da francesa L’Occitane.
Banheiro e amenities no Four Seasons Cidade do México
Na cobertura do hotel, o health club possui uma pequena piscina, academia e salas de tratamento de spa. Não é o ponto forte ali, talvez por falta de espaço ou demanda, com tantos viajantes a negócios ou a lazer ávidos por atrações culturais. O Four Seasons Cidade do México conta ainda com uma filial da Gentlemen’s Tonic, barbearia de Londres.
Pequena piscina na cobertura
A experiência gastronômica é excelente e aberta a não hóspedes no Four Seasons Mexico City. Mesmo quem vive em São Paulo, acostumado à larga oferta de restaurantes italianos, pode se surpreender no restaurante italiano Il Becco. O chefJulian Martinez faz um inesquecível agnolotti ao limão, recheado com mascarpone. Uma deliciosa ideia para encerrar o dia, ainda que você não esteja hospedado no Four Seasons.
O dia começa e pode terminar no Zanaya – que ambiente agradável e piso lindo! O buffet de café da manhã tem variedade e qualidade da parte gelada (frutas, iogurtes, frios e pudim de chia delicioso) à padaria (croissant, pain au chocolat). Tire tempo para aproveitar. O restaurante serve ainda almoço e jantar, além de brunch nos fins de semana. Especialidades mexicanas estão sempre entre as opções.
Excelente buffet de café da manhã
O que fazer no Four Seasons Mexico City
O time de concierge faz parte da prestigiosa associação Les Clefs d’Or. Toda vez em que passei no cantinho deles, perto da escada, não apenas tiraram minhas dúvidas como acrescentaram ideias aos meus passeios pelos bairros próximos na Cidade do México.
O hotel também organiza experiências, como voo de balão sobre o sítio arqueológico de Teotihuacan ou um almoço preparado pelo chef do hotel, Emiliano Rabía, entre os canais de Xochimilco. Os dois passeios podem ser feitos também por conta própria ou com agências. Eu fiz os tours de 1 dia a Teotihuacán com Basílica de Guadalupe e a Xochimilco com Museu Frida Kahlo, ambos pela Get Your Guide, agência europeia parceira do Como Viaja.
Localização central, perto do Museu Nacional de Antropologia
Os bairros de Condesa e Roma estão pertinho do Four Season. Uma caminhada pelas ruas arborizadas cruza com bares, cafés e lojas charmosas. Em outra direção da cidade, a partir do hotel, uns 15 minutos de táxi, Uber ou ônibus levam ao Museu Nacional de Antropologia, instalado dentro do Bosque de Chapultepec – existe uma visita guiada ao museu e ao Castelo de Chapultepec, com ingressos incluídos.
No restaurante Zanaya, comida mexicana e internacional
Dentro do próprio Four Seasons, recomendo que você tire momentos do dia para estar no pátio, em meio à vegetação, desfrutando de delícias da confeitaria Pan Dulce, acompanhadas por cafés mexicanos. Jantares nos restaurantes Zanaya e Il Becco são outros belos programas, procurados também por moradores da Cidade do México.
Nas pontas daquele pátio central, a vida acontece nos arcos da construção ao redor e também no miolo dele. Sob o céu noturno, horas de drinks e comida de rua mexicana no Fifty Mils, integrante da lista dos 50 melhores bares do mundo em 2018, podem ser prazerosas.
Provei ali a porção Surtido de Antojitos, com pequenos exemplares de quesadillas, tlacoyo (tortilla oval e recheada, de cor escura porque é feita de milho azul; adorei) e pambazo (pão frito em molho de pimenta; achei muito picante). Para acompanhar, pedi o La Ruah, coquetel com mezcal (destilado a partir do fermentado de agave), chá verde, bitter de laranja, absinto e folha de manga. Uma noite perfeita para encerrar minha viagem ao México.
‘Esse aqui é de quê?’, perguntamos à atendente na confeitaria em Coimbra. ‘Ovos, açúcar e amêndoas.’ Seguimos pelos doces portugueses indagando: ‘E esse? E aquele?’ A resposta alternava os 3 ingredientes, sempre. Confiante, Fernando apontou para o último, perguntando com um riso no canto da boca: ‘Esse é de amêndoas, ovos e açúçar?’ Ao que a funcionária contestou numa frase seca: ‘Esse é de feijão!’
Aqui em casa temos algumas tantas histórias com essas delícias. Muitas delas literalmente experimentadas no país europeu. Provar uma iguaria típica num café ou numa confeitaria pode render deliciosas mordidas (e risadas), ao passar pelo périplo de descobrir o que é o que na vitrine sem identificação. Nunca mais esquecemos a história do doce de feijão no Centro de Portugal, vivida há pouco mais de 15 anos.
Quando se fala de comidas típicas de Portugal no quesito doces, invariavelmente a doçaria conventual chega à mesa. Preparadas com aquela base de ingredientes cantada pela atendente de Coimbra – ovos, açúcar e amêndoas –, as receitas rendem uma infinidade de deliciosas combinações. Algumas de massa folhadas, outras com coco ou baunilha.
Outro dado interessante para se saber é que confeitaria em Portugal se chama pastelaria. Por isso, pastel não tem nada a ver com a massa frita e crocante que conhecemos no Brasil. Nada mais é do que um doce. Confira a seguir algumas ideias para adoçar sua passagem por Portugal.
Pastel de nata
De todos os doces, o pastel de nata é o mais famoso. Para nós, praticamente um vício. Temos de provar do mais simples ao legítimo português. Também se conhece por pastel de Belém, em decorrência da fama mundial da confeitaria situada no bairro de Lisboa de mesmo nome. Depois de comermos muitos na viagem, já voltamos para São Paulo com caixinhas de pastéis de nata.
Doces feitos em São Paulo – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Travesseiro de Sintra
Doce típico feito com massa folhada e recheio de creme de amêndoas e ovos. O formato se assemelha ao de um travesseiro. Sua origem está ligada à casa Piriquita, em Sintra, cuja filha dos fundadores criou o doce após a 2ª Guerra, em virtude da escassez de insumos. Até hoje, nenhuma visita à vila pode ser considerada completa sem uma passagem pela pastelaria, aberta em 1862.
Queijada de Sintra
Outro ícone da doçaria de Sintra, surgido no período medieval. É uma torta que leva queijo fresco, ovos, açúcar, farinha a canela. O resultado é uma massa crocante por fora e cremosa por dentro.
Sericaia
É um doce típico de Elvas, no Alentejo. Tem o aspecto de um pudim, de consistência mais firme. Leva ovos, açúcar e canela e pode ser servido com ameixa em calda.
Pastel de feijão
Esse doce português é elaborado à base de amêndoas e feijão branco e assado numa forminha redonda, como a de empada. A receita foi inventada em Torres Vedras, cidade localizada no distrito de Lisboa (onde a capital é também a metrópole).
Fofo de Belas
Nós chamamos o nosso filho de fofo de Belas algumas vezes, quando ele era pequenino. Levamos o Joaquim para ver um espetáculo de teatro infantil no Sesc Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, e lá comemos pela primeira vez o doce. Olhando pode se parecer com um sonho. Mas, tirando o creme de baunilha do recheio, é completamente diferente após a mordida. É feito de pão de ló, levando a uma textura que torna seu nome totalmente adequado.
Fofo de Belas, pão de ló – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Toucinho do céu
Gemas e amêndoas estão na base da sobremesa, que lembra um pudim, mas já comemos também o doce assado dentro de uma massinha fininha redonda. Tem toucinho no nome porque originalmente levava banha de porco entre os ingredientes. Como é comum em outros doces de Portugal, ele pode ser encontrado no país inteiro, mas é bem famoso na parte norte de Portugal, em Guimarães e Trás-os-Montes.
Releitura do toucinho do céu – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Pudim do Abade de Priscos
A cidade de Braga é o berço dessa receita, a única de autoria do monge Manuel Joaquim Machado Rebelo que se tornou de conhecimento popular. Chef vocacional, o padre elaborou um pudim que leva gemas, açúcar, toucinho de porco, vinho do Porto e outros segredos.
Dom Rodrigo
Também nasceu num convento, mais precisamente o das Bernardas, em Tavira. O nome é homenagem a Rodrigo, um dos membros do clero local no século 14. Composto por fios de ovos, ovos moles, açúcar e amêndoas, recebe um toque de canela por fim. Está entre os mais doces.