Categoria: Destinos Internacionais

Melhores destinos internacionais, com dicas de viagem para o exterior. Confira pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Bairros de Toronto: um passeio pela maior cidade do Canadá

    Bairros de Toronto: um passeio pela maior cidade do Canadá

    O longo viaduto que leva do Aeroporto de Toronto (Canadá) ao centro da maior cidade do país passa por prédios novos, alguns bem altos. Não costumo me impressionar com arranha-céus (morei anos a duas quadras da Avenida Paulista, em São Paulo), mas, na minha primeira visita à cidade, eu vinha de Montréal, onde os edifícios maiores se concentram na parte comercial. Mas aquelas construções modernas pelos bairros de Toronto, a caminho de conhecer a maior cidade do Canadá, já apontavam para uma metrópole bem distante do que eu tinha acabado de ver, apesar de geograficamente separada de Montréal por apenas 500 km.

    Isso não é nada num país de dimensões continentais (a área total beira 10 milhões de quilômetros quadrados, fazendo dele o segundo maior do mundo, depois da Rússia). Também bem turística, Vancouver, por exemplo, já está lá do outro lado do mapa do Canadá, no oeste, à beira no Oceano Pacífico. Cidade mais populosa do país (com a área metropolitana, passa de 6 milhões de habitantes), Toronto é tão conhecida que muita gente pensa que é a capital do Canadá – posto ocupado, de fato, por Ottawa.

    Desembarquei na metrópole canadense no fim de uma tarde de domingo. Nos dias seguintes, explorei os bairros de Toronto e conto aqui o que vi por eles. Mas já no primeiro dia deixei as malas no quarto e saí para dar uma volta. O distrito financeiro, onde me hospedei, estava vazio. O pretexto para o passeio: encontrar um muffin de qualquer berry e usar o wifi do café. A desculpa era boa: as frutas silvestres são extremamente saborosas no Canadá e a saudade batia forte do marido e do filho, na época com apenas 1 ano.

    CN Tower, símbolo da maior cidade do Canadá

    Instalada no hotel Fairmont Royal York, na Front Street, rua atrás da famosa CN Tower, tive a visão da torre como primeiro contato com Toronto. Me interessei por tentar fotografar sua imagem distorcida refletida num dos edifícios. Um ícone, de certo, mas não me disse grande coisa daquele ângulo. Com os dias, de tanto ver aquela agulha furando o horizonte, me acostumei. Só entendi o bafafá em torno da CN Tower, no entanto, quando subi a torre.

    Aberta ao público há 35 anos, ela tem 553 m de altura. Os corajosos podem andar sobre um piso de vidro, a 342 m. Eu pus o pé rapidinho, enquanto a criançada literalmente rolava e se deitava olhando lá para baixo. Fiquei mesmo com a vista do LookOut, aquela parte gordinha da torre, onde uma varanda fechada mostra o Lago Ontário de um lado e a maior cidade do Canadá a se esparramar do outro. Respirei fundo e dei um pulinho no Sky Pod também. É o pedacinho em que começa a parte pontuda da CN Tower, a 447 m.

    CN Tower com seu chão de vidro
    Crianças no chão da CN Tower

    A experiência é bacana, mas, para conhecer Toronto, é preciso descer ao nível da rua, e até abaixo dela. Ali, sob a torre, encontra-se outra emblemática atração. Com 28 km de percurso, o Path Toronto é uma cidade subterrânea que conecta mais de 50 edifícios em Downtown. Segundo o Guinness , o Livro dos Recordes, é o maior complexo de compras embaixo da terra.

    Entrada do Path Toronto
    Entrada do Path Toronto

    Em cerca de 370 mil m² de área comercial, há 1.200 lojas e pontos de serviço. Conseguir subir e descer em qualquer ponto é um dos grandes baratos do Path Toronto. Isso na área central. Outro é explorar o St Lawrence Market, mercado público de Toronto, com muitas berries e o apetitoso sanduíche peameal bacon.

    A outros bairros de Toronto dá para ir de metrô, ônibus ou bonde. Uma forma gostosa de explorar a maior cidade do Canadá é, curiosamente, seguindo as rotas de bonde. A maioria leva no nome a rua principal por onde passa. Por exemplo, a linha 501 Queen percorre a Queen Street de leste a oeste, onde se encontra com a 508 Lake Shore, que começa seu trajeto no Lake Shore Boulevard.

    Compras de West Queen West a Yorkville

    A linha 501 Queen corta West Queen West, bairro alternativo de Toronto, ótimo para fuçar lojinhas. Antenada com a sustentabilidade, a Preloved vende peças fabricadas a partir de retalhos de tecidos e de pedaços de tricô. Fica ao lado da Type Books, uma simpática livraria com vários títulos sobre gastronomia e vinhos.

    Moda sustentável em West Queen West

    Na porta seguinte, está a The Paper Place, colorida e tentadora papelaria. Quem me apresentou a esse trio foi Barbara Captijn, dona da Insider Shopping Toronto. O trabalho dela é sair com turistas para compras como personal shopper.

    Também me levou a Yorkville, bairro descolado no entroncamento da Bloor Street com a Yonge Street. Em setembro, mês do mais renomado festival de cinema de Toronto, o Toronto International Film Festival, essa área fica bem badalada. É um bonito, com cafés, restaurante e lojas.

    Barbara me apresentou a Eleven, boutique na Cumberland Street com peças exclusivamente de estilistas canadenses. Na porta ao lado, a L’Elegante é um brechó que trabalha apenas com marcas como Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Dior, Versace, Fendi, Hugo Boss, Prada e Cartier. Tive a sorte de ser iniciada a Toronto por moradores que escolheram como trabalho mostrar diferentes aspectos da sua cidade.

    Brechó de roupa de marca entre as lojas de Yorkville

    Downtown Toronto e Kesington Market

    Com Bruce Bell, da Bruce Bell Tours, descobri que o Lago Ontario começava na Front Street (por isso, ‘rua da frente’). A situação mudou com a chegada da ferrovia a Toronto, em 1850, já que precisavam de terra para passar os trilhos. Com ele, soube que Toronto em 1793, ano da sua fundação, tinha 200 moradores e que atualmente é a cidade mais populosa do Canadá. De acordo com dados do governo do Canadá, Toronto com sua área metropolitana já contabilizava 6,2 milhões de habitantes em 2016.

    Bruce é daqueles apaixonados pela história do lugar onde mora. Me contou que o primeiro nome dado a Toronto pelos ingleses foi York. Somente em 1834, o assentamento foi elevado à categoria de cidade e teve o nome como era originalmente conhecido — a palavra indígena significaria algo como ‘lugar de encontro’. Não deixa de fazer sentido ainda hoje.

    O principal aeroporto do país é o de Toronto. Lá chegam voos do mundo todo, incluindo os da Air Canada Brasil. A metrópole canadense reúne 200 grupos étnicos e, além da língua oficial do Canadá — na verdade, são 2: o inglês e o francês —, se escutam cerca de 130 idiomas.

    Centro financeiro do Canadá

    Muito em parte devido à sua vocação cosmopolita e financeira. Toronto é sede de 4 dos 5 bancos canadenses. A bolsa de valores da cidade é a segunda mais importante da América do Norte, atrás apenas da Bolsa de Nova York. E é com a grande irmã americana (a velha e a nova York) que Toronto é muitas vezes comparada: Little Apple se intitula a canadense.

    As semelhanças existem. Toronto já foi York, é a cidade mais populosa e também a capital financeira do país (a administrativa é Ottawa), se desenvolveu em bairros de imigrantes e tem até sua Times Square (a Yonge-Dundas Square, também cheia de sinais luminosos).

    Mas, para quem conhece a metrópole dos Estados Unidos, as comparações são até engraçadas. E, para quem conhece Toronto, desnecessárias. Nova York é Nova York, não há nada parecido no mundo. Toronto é infinitamente menos frenética. É uma cidade simpática, com uma população atenciosa. Com 630 km² quadrados, tem metade da área nova iorquina. Um lugar fácil de se conhecer com transporte público aliado a gostosas caminhadas.

    Bonde na maior cidade do Canadá

    Uma delas foi a que fiz com John Lee, um agitado chef, professor, dono da lanchonete Chippy’s Fish and Chips e guia sob demanda nas (poucas) horas vagas. John me mostrou Kensington Market, área conhecida nos anos de 1920 por seu mercado judeu. Nesta região, imigrantes se instalaram e abriram pequenos negócios. Nos anos 40, a comunidade judaica se deslocou para a parte norte da cidade. Desde então, Kensington Market recebeu levas de imigrantes açorianos, caribenhos, africanos e asiáticos.

    Atualmente ali, no quadrilátero delimitado pela Spadina Avenue, pela Dundas Street, pela Bathurst Street e pela College Street, a diversão é checar essa diversidade espiando brechós, bancas de frutas e até portinhas mais prosaicas, de açougues e peixarias.

    Achados em Kesington Market, como a Casa Açoreana

    Cai bem uma pausa para um café na Casa Açoreana (na esquina da Augusta Street com a Baldwin Street) e para ver as prateleiras coloridas cheias de potes de café, chá e guloseimas de várias partes do mundo. Ou provar uma das delícias da My Market Bakery (na Baldwin Street): se lambuze com a nanaimo bar de lá – doce típico do Canadá, tem uma camada de massa de biscoito, uma de creme de baunilha e uma de chocolate e leva o nome da cidade de Nanaimo, na Ilha de Vancouver, na costa oeste.

    Depois de passear por Kensington Market, andamos até a Spadina Avenue, já na vizinha Chinatown. Ali John me indicou o restaurante King’s Noodle. Comi o melhor pato assado que já experimentei. O porco assado e o brócolis no vapor também estavam deliciosos. Além da qualidade da comida, os preços eram bons.

    Letreiros e placas em Chinatown

    Principais museus e Distillery Historic District

    Dali fui à Art Gallery of Ontario (AGO) para ver as obras do Grupo dos Sete, pintores que nos anos 1920 promoveram o primeiro grande movimento artístico do Canadá. Eles acreditavam que uma identidade para a arte canadense viria do contato com a natureza e, por isso, retrataram a paisagem do país. Inaugurado em 1900, esse museu tem uma boa coleção de arte moderna.

    Art Gallery of Ontario
    Art Gallery of Ontario

    Toronto tem diversos tipos de museu. O gigante Royal Ontario Museum (ROM), maior do Canadá, possui mais de 6 milhões de peças no acervo. Fiquei boba mesmo foi com a ala dos dinossauros. Não ligo muito para os bichões, mas a recomposição dos esqueletos e a variedade de espécies expostas me chamaram atenção.

    ROM, museu em Toronto
    ROM: museu com dinossauros

    Para os interessados no passado da cidade e do Canadá, há 10 museus históricos, como o do Fort York, fortificação construída no ano de fundação de Toronto (na época, York, lembra?).

    Eu prefiro lugares históricos, como Distillery Historic District, um pouco mais ao leste em relação ao forte. A área que começa na Mill Street com Parliament Street é patrimônio nacional e reúne o maior conjunto de arquitetura industrial vitoriana preservada no país. No complexo, é montado o principal mercado de Natal de Toronto.

    Distillery Historic District
    Distillery Historic District, endereço do mercado de Natal

    Durante o século 19, funcionou ali The Gooderham and Worts Distillery. Nos 44 prédios de tijolinhos da antiga destilaria, desde 2003 abrigam galerias de arte, lojas, restaurantes, escolas, teatros e escritórios. O lugar é lindo e já serviu de locação para 1.700 filmes.

    Ao lado do ROM, na mesma Bloor Street, me diverti muito no Bata Shoe Museum. É um museu minúsculo, mas adorei o acervo: sapatos. Não que homens não possam gostar, mas é um museu muito mulherzinha. Logo na entrada pares de sapatos estão à disposição em frente a um espelho para uma sessão de brincadeira.

    Bata Shoe Museum
    Bata Shoe Museum, o museu do sapato

    Na coleção permanente, é uma delícia ver exemplares de vários países, modelos consagrados na moda e alguns usados por estrelas do cinema e da música. Gostei da sequência de caixas transparentes que apresentam calçados históricos como o de um astronauta.

    Também nessa linha de acervo bem específico, não deu tempo, mas fiquei morrendo de vontade de ver o Gardiner Museum, dedicado à cerâmica.

    Hockey Hall of Fame, o esporte do Canadá no gelo

    Nada pode ser mais particular e ligado ao Canadá do que o Hockey Hall of Fame. O que eu sei de hóquei no gelo? Tem um disco que desliza, e o jogador usa um bastão torto para empurrá-lo. Por isso, hesitei em ir até lá. Mas não dava para estar no Canadá e não ver o hall da fama do hóquei, ainda que fosse para ter algum contato com a modalidade.

    Achei o museu impressionante, com um extenso acervo (claro, esse é o esporte nacional canadense). Na entrada estão os uniformes de todos os times participantes da National Hockey League (NHL) — apesar de levar ‘nacional’ no nome, a liga reúne times do Canadá e dos Estados Unidos.

    Montréal Canadiens, o time de hockey do Canadá francês
    Montréal Canadiens, o time de hockey do Canadá francês

    O Hall of Fame exibe ainda uniformes de época dos times e recompõe um vestiário do Canadiens de Montréal. Há uma sala de troféus, outra com uniformes de seleções internacionais e uma especial para o puck (disco) usado na vitória do Canadá sobre os Estados Unidos na Olimpíada de Inverno de Vancouver, em 2010.

    Para terminar a visita, a sala com figurinhas de jogadores e jogos interativos envolvendo hóquei. É possível experimentar o jogo, como atacante ou goleiro (os nomes devem ser outros, mas deu para entender as posições, certo?). Nunca foi desportista, fiquei um pouco acanhada de tentar, mas não resisti. Na primeira tacada, disco na rede! Sorte de principiante. No hóquei e em Toronto.

    Viagem feita a convite do Destino Canadá
    Hockey no Canadá: puck da Olimpíada de Inverno 2010
    Puck da Olimpíada de Inverno 2010
  • Europa Central 4-em-1

    Europa Central 4-em-1

    BUDAPESTE – Foto: Nathalia Molina

    Em 1335, os reis da Hungria, da Boêmia e da Polônia se encontraram em Visegrad para tratar de assuntos da região. Séculos depois, em 15 de fevereiro de 1991, essa reunião se repetiu de modo simbólico: Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia (estes 2 últimos formam o território da antiga Boêmia) criaram o Grupo de Visegrad, ou Grupo dos Quatro (V4), para juntar esforços e integrar esses países da Europa Central, então saídos do regime comunista.

    BRATISLAVA – Foto: Nathalia Molina

    O V4 atua em várias áreas. Em 2004, por exemplo, o quarteto entrou para a União Europeia depois de um trabalho em conjunto. Atualmente o grupo é bem ativo no segmento de turismo, em busca de novos visitantes em mercados distantes como o Brasil. A proximidade geográfica entre os países da Europa Central facilita a visita de mais de um deles numa única viagem. Para se ter uma idea, eu parti de Budapeste para um cruzeiro pelo Danúbio numa noite e, na manhã seguinte, já estava em Bratislava. Foi dormir para sair da Hungria e chegar à Eslováquia — esse cruzeiro fluvial foi o prêmio que ganhei da Comissão Europeia de Turismo por ter vencido a premiação anual da Europa na categoria Melhor Reportagem na Internet.

    Uma boa é consultar o site do Quarteto Europeu durante o planejamento da viagem. Lá estão as principais atrações e cidades dos 4 países e também sugestões de rotas por essa região europeia — herança judaica, spa, castelos ou patrimônios da Unesco são alguns dos itinerários.

    O número de brasileiros na região cresceu nos últimos anos, mas ainda é pequeno. O país que recebeu mais turistas do Brasil em 2011 foi a República Tcheca, com 40 mil, seguida pela Hungria, com 20 mil. Polônia e Eslováquia registraram apenas 5 mil e 3 mil visitantes, respectivamente. Para aumemtar o fluxo de brasileiros para os 4 países, eles promovem a região como V4 em eventos do setor de turismo.

  • Path Toronto, cidade subterrânea: mapa e dicas do que fazer

    Path Toronto, cidade subterrânea: mapa e dicas do que fazer

    O Path Toronto, cidade subterrânea em Downtown, é uma das atrações mais citadas por brasileiros quando comento que já estive na metrópole canadense — a outra é a CN Tower, um dos principais pontos turísticos do Canadá, ao lado das Cataratas do Niágara. Normal, afinal, a gente fica mesmo fascinado em pensar que uma cidade foi construída embaixo da terra, com lojas, estações de metrô e até mapa para a gente se situar nela, com entradas a partir da superfície.

    Parece uma ideia maluca para quem vive num país tropical como o nosso, mas o Path Toronto tem lógica. Entre um lugar e outro, se estica em corredores de lojas, lanchonetes e restaurantes. Os túneis chegam ainda a pontos turísticos e áreas de lazer e negócios, percorrendo o centro da maior cidade do Canadá.

    É mais do que útil no inverno em Toronto (Canadá), quando a neve gela as ruas, e também no verão do Canadá, época em que a umidade na metrópole pode incomodar quem não é muito chegado a esse estilo colante de calor. O mesmo raciocínio sobre o clima vale para o Resó, cidade subterrânea de Montréal, no Canadá francês.

    Como é o Path Toronto: mapa, entradas, metrô e história

    A história do Path de Toronto começou em Downtown, em 1900, quando a rede canadense T. Eaton’s Co. construiu túneis para ligar sua principal loja, na esquina da Yonge Street com a Queen Street, ao seu anexo de promoções. Atualmente, de acordo com a prefeitura da cidade, há 125 entradas para o Path de Toronto e cerca de 60 pontos em que você tem de decidir para que lado ir. Desde que estive no Canadá pela primeira vez, em 2010, a sinalização melhorou muito – a mais recente atualização ocorreu em 2018.

    Na minha visita de estreia, me perdi à beça. Me diverti, então, vendo lojas e aquela cidade que se movimenta embaixo da terra. Essa, aliás, é uma dica essencial para andar no Path: não se preocupe com a possibilidade de se perder. Para quem é visitante, isso é quase inevitável. E nada incômodo, já que sempre há o que ver lá e a todo momento você encontra um acesso da superfície.

    Os 30 km de extensão do Path levaram à sua inclusão no Guinness World Records como o maior complexo subterrâneo de compras do mundo. A rede de caminhos liga pelo menos 50 edifícios, além de 2 lojas de departamento e 8 hotéis — veja onde ficar em Toronto, com sugestões divididas por bairros ou busque no mapa abaixo.

    Entre as estações de metrô que fazem parte do Path Toronto está a Union Station, terminal central da cidade, onde embarcam e desembarcam passageiros do UP Express (trem para o aeroporto de Toronto) e de rotas da Via Rail (empresa ferroviária do Canadá), como a percorrida viagem que eu fiz no The Canadian, trem de Toronto a Vancouver.

    A letrinhas de Path são vistas nas entradas para a cidade subterrânea e ao lado dos botões de alguns elevadores de prédios conectados. Quando estiver caminhando pelos trajetos da rede, observe o nome escrito sob a palavra Path nas placas; ele mostra embaixo de que rua você está.

    Também são úteis as setas coloridas no teto indicando as direções: N (norte em azul), S (sul em vermelho), E (leste em amarelo) e W (oeste em laranja). Esses tons aparecem ainda nas placas que informam em que prédio você se encontra e para qual vai se dirigir se seguir aquela seta com a cor da direção correspondente.

    O que fazer na cidade subterrânea: lojas e pontos turísticos

    Os números mostram que saber o que fazer no Path Toronto definitivamente não é um problema: numa área total de cerca de 345.000 m², são em torno de 1.200 pontos comerciais, entre lojas, restaurantes e prestadores de serviço. Anualmente, tudo isso gera vendas de cerca de 1,7 bilhão de dólares canadenses, e nós, brasileiros, certamente colaboramos com a nossa parte.

    É quase impossível passar por vitrines, quiosques e farmácias sem voltar às ruas com alguma sacola de compra. O Toronto Eaton Centre, principal shopping da cidade, é um dos pontos ligados pelo Path. Lá estão marcas como Nordstorm, Swarovski, Apple, Guess e Fossil. Na mesma região, ficam o 10 Dundas East e o Atrium on Bay, também boas opções para quem quer fazer compras em Toronto ou busca restaurantes de Toronto.

    Sinalização do Path, na chegada à estação central Union Station
    Sinalização do Path, na chegada à Union Station

    Por baixo da terra, é possível caminhar da região do Lake Ontario, ao sul, até a frenética Dunda-Yonge Square, praça onde estão aqueles prédios iluminados que lembram a Times Square de Nova York. Ou de leste a oeste, do Financial District, concentração de arranha-céus espelhados, até o Entertainment District, que reúne teatro, cinema e vida noturna. É o bairro do Tiff Bell Lightbox, sede do Festival de Cinema de Toronto, e da sala de concertos Roy Thomson Hall.

    Entre os pontos turísticos que podem ser acessados pelo Path estão a CN Tower, o Ripley’s Aquarium of Canada e o Hockey Hall of Fame. Esse museu sobre o esporte nacional do Canadá, o hóquei, fica dentro do Brookfield Place, uma das entradas do Path Toronto.

    O prédio também é o endereço da Allen Lambert Galleria, galeria cujo teto foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Pelos túneis do Path Toronto também se chega à ScotiaBank Arena (antigo Air Canada Centre) e ao complexo esportivo Rogers Centre.

  • 100 anos de cerejeiras em Washington

    100 anos de cerejeiras em Washington

    Foto: Divulgação

    Que lindas são as cerejeiras em flor. Já vi nos Estados Unidos — em Washington, são um espetáculo — e imagino a beleza de experimentar isso no Japão. É exatamente a relação entre esses 2 países que celebra o National Cherry Blossom Festival, na capital americana. Nesta edição, o festival comemora o centenário do presente dado pelos japoneses aos americanos em 1912: 3 mil cerejeiras.

    Com início hoje, 20 de março, a programação segue até 27 de abril. Além da tradicional parada pela Constitution Avenue, em 14 de abril, ocorre o Sakura Matsuri, festival japonês de rua. Há ainda eventos como festival de pipas (31 de março) e espetáculo com fogos (7 de abril). Samurai: The Warrior Transformed, sobre essa figura simbólica da cultura japonesa, permanece em cartaz no National Geographic Museum até 29 de abril.

    Para obter informações sobre Washington, Maryland ou Virginia, acesse o site da Capital Region.

  • De Ruedesheim para casa

    De Frankfurt, viemos passar um dia na pequena Ruedesheim. Já no Reno, a cidade fica numa região produtora de riesling, tradicional vinho alemão. É lindinha, na volta conto mais. Agora tenho de sair do hotel para pegar o trem para Frankfurt. Voltamos hoje de noite.

  • Frankfurt: o mercado de Natal mais bonito

    Das 5 cidades com mercado de Natal que visitamos, Frankfurt tem o mais bonito. As barraquinhas ficam no meio de uma praça, cercadas por prédios em estilo medieval. Todo o conjunto é muito bonito, ao som do coral então… No Brasil, tento subir o vídeo. Por enquanto, vão aqui as fotos.

  • Trem para Frankfurt

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    Hoje tomamos o trem de Nuremberg para Frankfurt, onde vamos ficar por 3 dias. Deixamos em lindo céu azul para desembarcar num início de tarde nublado na metrópole alemã.

  • O que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca

    O que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca

    Declarada Patrimônio Histórico pela Unesco desde 1992, Cesky Krumlov nasceu, como muitas da Europa, em torno de seu castelo, no século 13. A Imponente, a construção é a principal atração da pequena cidade medieval. Obras de arte, curiosos museus e lojas de joias de moldavita completam o roteiro de um dia de passeio por lá. Mas, se você tiver de reduzir a lista do que fazer por causa do tempo de permanência, o castelo certamente está no topo dela. Outra boa ideia pode ser fazer uma visita guiada a Cesky Krumlov a pé, a melhor forma de explorar a cidade.

    O castelo e todo o centro histórico foram declarados Patrimônio Mundial pela Unesco em 1992. De fato, a cidade inteira é uma lindeza. Em torno de 300 edifícios históricos desenham vielas que sobem e descem em um pedaço de terra contornado pelo Rio Moldava. Localizada no sul da Boemia, a cidade pode ser conhecida em um dia — estive lá num tour na parada do cruzeiro pelo Rio Danúbio. Existe passeio de Praga a Cesky Krumlov de 1 dia com almoço em taverna incluído.

    Se você quiser dormir na cidade para aproveitar inteiramente a atmosfera local, veja hotéis em Cesky Krumlov. Abaixo do mapa a seguir, você encontra uma lista de sugestões do que fazer em Cesky Krumlov, na República Tcheca.

    Visitar o castelo, com seus ursos, jardins e teatro barroco

    O castelo recebeu forte influência da Renascença italiana, quando era habitado pela dinastia dos Rosenberg. Segundo mais importante e imponente castelo da República Tcheca — depois do exemplar erguido em Praga, capital do país —, a construção de Cesky Krumlov reúne, além do renascimento, mais dois estilos arquitetônicos: gótico e barroco. No fim do século 17, durante seu domínio, os Eggenberg mandaram fazer o teatro barroco e os jardins da propriedade. Quando os Schwarzenberg assumiram o poder local, a cidade recebeu nova roupagem, barroca. No Museu do Castelo, estão artefatos usados pelos nobres que viveram ali. Uma curiosidade são os ursos que vivem no fosso do castelo.

    Teatro barroco do castelo

    Ver e fotografar a cidade da torre ou pelo muro do castelo

    Do topo da torre, a vista da cidade é completa, com as vielas e os telhadinhos envoltos pelo Rio Moldava. Ainda que você não entre no castelo, suba até sua porta. O muro lá do alto oferece molduras maravilhosas para muitas fotos instagramáveis. Antes ou depois da sequência de cliques, pare um instante para contemplar aquele cenário. É um desses momentos memoráveis de viagem.

    Muro como moldura da cidade medieval

    Comer na Eggenberg e conhecer à fabricação da cerveja

    Cervejaria da cidade, a Eggenberg mantém um restaurante para servir até 200 pessoas e oferece visitas guiadas à sua fabricação. Mesmo que não vá até lá, prove a cerveja local em algum restaurante da cidade. Originalmente fundada em 1560, a Eggenberg faz tours diariamente, a partir das 11 horas, no portão principal.

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    Comida e cerveja tcheca: um copo da local Eggenberg

    Ir a um autêntico estúdio de fotografia do século 19

    Quem curte fotografia pode anotar o Museum Fotoatelier Seidel como uma atração a ser vista em Cesky Krumlov. O museu preserva todo o material do estúdio do século 19 do fotógrafo local Josef Seidel, como imagens, negativos, câmeras, máquina de ampliar e equipamentos da câmara de revelação. Mobiliário original e anotações pessoais do fotógrafo se somam para formar o interessante pequeno museu.

    Encantar-se com a tradição dos marionetes tchecos

    Um teatro barroco está na exposição do Marionette Museum, que mostra a tradição tcheca de fabricar e fazer teatro de marionetes. O edifício, antes uma igreja, abriga um acervo de cerca de 200 exemplares, que mistura marionetes de época e atuais. Além dos bonecos, de rosto esculpido em madeira, exibe desenhos de palcos e cortinas.

    Marionetes, tradição na República Tcheca

    Conhecer instrumentos de tortura medieval

    Não você não leu errado. A bela cidade de Cesky Krumlov é medieval, lembra? O Museum of Torture Instruments mostra o que se usava para castigar as pessoas naquela época, com requintes de crueldade. Esse museu fica bem na praça central, embaixo do prédio da prefeitura.

    Descobrir a beleza e os mistérios da moldavita

    A exposição interativa do Moldavite Museum é dedicada à moldavita, rocha encontrada naquela região europeia, o sul da Boemia. Formada após o impacto de um meteorito há 15 milhões de anos, a pedra deslumbrante existe tem vários tons de verde, do claro ao oliva.

    Moldavita da região, polida ou ao natural

    Comprar joias com a pedra verde da região

    Quem gosta de joias com pedras com certeza vai entrar numa das lojas da cidade. Os desenhos realçando o verde da moldavita são irresistíveis, especialmente com prata ou ouro branco. Existe joia de todo preço nas lojas, não apenas peças caras e sofisticadas. Eu trouxe um singelo anel de lá. Uso até hoje em ocasiões especiais.

    Compras em Cesky-Krumlov: irresistíveis joias de moldavita

    Apreciar arte no Egon Schiele Art Centrum

    Fãs de arte podem conferir as exposições em cartaz no Egon Schiele Art Centrum. Aberto em 1993, no antigo prédio de uma cervejaria, o centro cultural exibe pinturas e esculturas. É a oportunidade de apreciar obras de artistas internacionais e de conhecer nomes da República Tcheca. Também é possível ver o trabalho de Egon Schiele, que batiza o lugar.

    Assistir a duelos de cavaleiros e concertos no verão

    Se você for a Cesky Krumlov no verão, pode aproveitar uma de suas festas. Em junho, cavaleiros invadem as ruas durante a Festa da Rosa de Cinco Pétalas, por três dias, para duelos e banquetes relembrando o período renascentista, quando a cidade viveu seu apogeu, com a dinastia dos Rosenberg. A área do Castelo de Cesky Krumlov vira palco para o Festival Internacional de Música em julho. O repertório inclui música clássica e outros estilos.

    Festa medieval – Foto: Turismo da República Tcheca/Divulgação
  • Natal em Viena: mercados, ruas de compras e concerto na catedral

    Natal em Viena: mercados, ruas de compras e concerto na catedral

    Uma tradição na Europa, os mercados de Natal enfeitam as cidades a partir do meio de novembro. Em Viena, eles são vistos em várias partes da cidade. O mercado da praça da prefeitura, a Rathausplatz, é um dos mais bonitos. Outra grande atração é o mercado em dezembro diante do Schloss Schönbrunn, palácio declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.

    Nathalia esteve no mercado de Natal de Viena, montado na praça da prefeitura e recomenda a visita a essa atração que existe desde 1298. Conheceu uns 10 mercados de Natal na Europa em diferentes países. Esse da praça de Viena está entre os que ela mais apreciou, pelo conjunto formado entre as barracas e a imponência do prédio da prefeitura iluminado ao fundo.

    Mercado de Natal em Viena, na praça da prefeitura – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Há vários outros mercados de Natal de Viena, com música, comida e carrossel para a meninada. Nas típicas barracas, vendem-se canecas de vinho quente e castanhas assadas. Com cerca de 100 expositores, o mercado de Natal em Spittleberg é conhecido pela qualidade do artesanato vendido durante o evento, existente há mais de 25 anos e com um público anual de em média 500 mil pessoas.

    Prefere um lugar mais romântico? O Schloss Schönbrunn tem um mercado de Natal montado bem na sua frente. A linda construção do Belvedere também conta com sua feirinha em dezembro, com artesanato e doces.

    Rua Graben, para compras de luxo em clima de Natal – Compras de luxo -Crédito :© Christian Stemper/WienTourismus/Divulgação

    As ruas de Viena também são enfeitadas com pequenas luzes. A elegante Graben concentra boutiques e marcas internacionais, para um roteiro de compras de luxo em clima de Natal. O centro histórico da cidade também fica todo iluminado com decoração desta época do ano.

    Na catedral de Viena, Stephansdom, são realizados concertos do advento — em 2019, entre 30 de novembro e 22 de dezembro, aos sábados e domingos, além da segunda 23 de dezembro. Ao lado de canções natalinas, são executadas peças de Mozart, Handel, Bach e Schubert.

  • Tapas espanholas, tradicionais delícias em miniatura

    Tapas espanholas, tradicionais delícias em miniatura

    Sentar entre amigos, jogar conversa fora e provar, em miniatura, a culinária tradicional ou a alta gastronomia da Espanha: tapear. Frios ou quentes, as tapas espanholas (ou pintxos, assim chamadas no norte do país) são aperitivos preparados de maneira rápida, regados por um bom azeite, normalmente acompanhados por vinho ou cerveja. Portanto, tapa é toda pequena porção de alimento que escolte um trago, segundo a Real Academia da Língua Espanhola.

    tapas espanholas
    Ravioli de camarões com shitakes ao vinho de xerez, no Menys Bar – Foto: Divulgação

    Origem do nome

    Contudo, a origem do nome tapas espanholas é controversa, mas a teoria mais aceita é a de que, num passado distante e poeirento, era costume no país ibérico usar um pratinho com um pedaço de pão, presunto ou qualquer outro alimento para cobrir (tapar) o copo e, assim, evitar que algum inseto ou sujeira caísse dentro da bebida.

    Na Espanha, o conceito é comer e partir para o bar seguinte, para repetir esse ritual, “ir de tapas”, como eles dizem. A iguaria tem até um dia mundial, celebrado em 16 de junho. Em São Paulo, ir de bar em bar só “petiscando” ainda não é um hábito. Porém, as tapas espanholas já ganharam o gosto do paulistano. Uma oportunidade de levar à boca sabores únicos espanhóis, deixando uma pergunta na ponta da língua: vamos de tapas?

    Para conhecer um pouco mais dessa tradição e ver imagens de salivar, assista ao Giro Como Viaja abaixo. E lembre-se de que comer sem beber dá ruim. Portanto, aprendamos como os espanhóis! Se beber, não deixe de pedir algo mais para beliscar.

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