A pequena Bournemouth, a 170 quilômetros de Londres, guarda um doce de lugar. The Chocolate Boutique Hotel dispensa tradução. Seus 15 quartos levam nomes das várias denominações de chocolate, e a decoração é toda em tons de caramelo, creme e, claro, chocolate.
Quem se hospeda por lá ganha dose diárias de trufas nas suítes e prova deliciosas panquecas recheadas (você sabe com o quê) no café da manhã. Se a viagem for a dois, há um pacote romântico que inclui fonte de chocolate para mergulhar carnudos morangos, um par de “chocktails” (trocadilho mais que apropriado para coquetéis) e uma garrafa de espumante espanhol.
Quem quiser botar a mão na massa e aprender a fazer trufas decoradas pode se inscrever nos vários workshops oferecidos pelo hotel e cobrados à parte.
Na cidade de chocolate
Já The Hershey Hotel leva o nome da família fundadora da empresa de chocolate criada no estado americano da Pensilvânia. De inspiração mediterrânea, a construção com 276 quartos fica no topo de uma montanha, com vista para a fábrica da marca, que hoje também dá nome à cidade, distante 2 horas de Washington e 3 de Nova York.
O spa que funciona no hotel oferece diversos tratamentos, entre ele o que privilegia o produto que fez a fama da família Hershey. Banhos e massagens à base de cacau e chocolate estão disponíveis no espaço, que não aceita menores de 18 anos.
O hotel faz parte da Hershey Entertainment & Resorts, proprietária também de um parque temático, de um museu da marca de chocolate e de vários outros meios de hospedagem.
Muitos hotéis da cidade americana de Hershey fazem referência ao tema chocolate em seu nome, casos do Cocoa Motel e do Cocoa Country Inn Hershey At the Park.
A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas
ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018
Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.
Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!
A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.
1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)
A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.
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Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)
Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas
Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)
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Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)
Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis
Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.
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Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30
Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)
Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.
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Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde
Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros
Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.
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Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas
Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.
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Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)
Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis
O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.
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Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas
O chocolate é a estrela de festivais na Europa. Há de degustações a tratamento estéticos nesses eventos em Óbidos, Perugia e Paris. Bélgica, Suíça, Inglaterra e Alemanha também estão na programação europeia
ATUALIZADO EM 6 DE ABRIL DE 2017
Os europeus são os maiores consumidores de chocolate do mundo. Por isso mesmo não espanta saber a quantidade de feiras e festivais temáticos organizados por eles durante todo o ano. Experimentar criações (leia-se comer, sem culpa nem frescura) ainda é o principal motivo que leva milhares de pessoas a lotarem praças e pavilhões nestes eventos.
A cada edição, quem os organiza tem a preocupação de levar ao público algo novo, revelador. Daí que já não soa mais estranho ver chefes de cozinha preparando pratos do dia a dia com chocolate entre os ingredientes nem esteticistas aplicando massa de cacau na pele em caráter terapêutico.
A seguir, listamos 7 festivais que fazem a alegria de muitos chocólatras:
1 > SALON DU CHOCOLAT (FRANÇA) E SEUS EDIÇÕES ALÉM DE PARIS
Renomado na indústria do chocolate, o Salon du Chocolat foi criado em Paris em 1994 e se espalhou pelas também francesas Marselha e Lyon e por Moscou, Bruxelas, Milão, Londres e Monaco. No total, incluído as edições em outros continentes também, o Salon du Chocolat já recebeu 7,4 milhões de visitantes em 31 cidades pelo mundo — chegou a ter uma edição em Salvador. Entre as atividades tem demonstrações de patisseriers e de chocolatiers, aulas, workshops, concursos de chocolatiers e até desfile de moda com roupas confeccionadas com a iguaria.
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Quando: Em 2017, de 28 de outubro a 1 de novembro em Paris — de 13 a 15 de outubro em Londres, com o nome de The Chocolate Show London
Vários chocolatiers participam do evento na Antuérpia. É possível comprar um passe, que em 2016 custou 10 euros, e experimentar 10 unidades da iguaria. Com o livreto em mãos, o visitante passeia pelas ruas da cidade belga e vai parando nas chocolaterias.
Entre Genebra e Lyon, a vila de Versoix abriga Le Festival du Chocolat, ou simplesmente Festchoc. Realizado desde 2005, o encontro tem participação maciça de fabricantes belgas e presença de alguns produtores da França. Demonstrações e degustações são as principais atrações do festival, que promove concurso de esculturas e um jogo de perguntas e respostas sobre chocolate.
Dos mesmos organizadores do Salon du Chocolat, de Paris, o evento coloca lado a lado produtores artesanais e grandes fabricantes. Durante 7 dias, bares restaurantes e chocolatiers espalhados pelo Reino Unido criam produtos e receitas exclusivas com os melhores chocolates do mundo. O ponto alto do evento é o Chocolate Show, com palestras, workshops e demonstrações feitas pelos grandes nomes da arte do chocolate.
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Quando: Em 2017, de 9 a 15 de outubro, por todo o Reino Unido
5 > FESTIVAL INTERNACIONAL DE CHOCOLATE (PORTUGAL)
Todo ano, perto da Páscoa, as ruas da pequena Óbidos exalam chocolate. Em 2016, a cidade portuguesa realiza a 14 ª edição do Festival Internacional de Chocolate. Adultos e crianças podem ver esculturas preparadas com a iguaria, assistir a shows de chefs executando receitas ou ainda participar de workshops.
A International Chocolate Exhibition, ou apenas Eurochocolate, exalta a combinação de música com chocolate na italiana Perugia. Nesta edição, o evento ganha uma área dedicada às crianças, com atividades e jogos. A loja online do festival vende, além de chocolates dos mais diferentes formatos, obviamente, capas para iPhone e iPad com forma de barras de chocolate.
Todos os anos, a cidade universitária de Tübingen recebe produtores da África, das Américas do Norte e do Sul e vizinhos europeus para quatro dias de reverência ao chocolate. Come-se, bebe-se, aplica-se chocolate em massagens sobre a pele. O cacau ainda inspira pinturas, leituras sobre o tema e um teatro nada convencional.
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Freud se explica na Europa. O pai da psicanálise tem um museu dedicado a ele em Londres, outro em Viena e um terceiro em Pribor (na República Tcheca). Todos estão instalados em casas onde ele morou ao longo de sua vida.
Sigmund Freud nasceu em 6 de maio de 1865 em Freiberg, atual Příbor, na República Checa. Viveu em Viena e morreu em Londres, em 1939. Abaixo, museus na Europa que se dedicam a mostrar a vida e o legado do fundador da psicanálise:
Em Pribor (República Tcheca)
O Rodný dům Sigmunda Freuda – Muzeum Příbor funciona na casa onde Freud nasceu em 1856, em Freiberg, atual Příbor, na República Tcheca. Em 2006, o governo local comprou a propriedade e a restaurou de acordo com sua aparência na 2ª metade do século 19.
Quem guia o visitante é “o próprio Freud” pelo som do audioguia. Os ambientes mostram detalhes da sua vida pessoal e profissional e pretendem apresentar sua relação com o cotidiano como um homem comum.
Para ver mais sobre o fundador da psicanálise, vá ao Historie města Příbora, museu sobre a história de Příbor, que inclui o Memorial Hall de Sigmund Freud.
Em Viena
Freud morou em Viena desde os 4 anos. Nesta casa, onde viveu por 47 anos, foi instalado o Sigmund Freud Museum, que apresenta sua vida e o desenvolvimento da psicanálise. Na capital austríaca, Freud escreveu estudos como Interpretação dos Sonhos e Totem e Tabu. Anna Freud, a filha mais nova e também psicanalista (especializada em crianças), cuidou pessoalmente da decoração do museu, aberto em 1971.
A mobília é original — a sala de espera do consultório de Freud é vista como quando era usada. Também estão expostas antiguidades e as primeiras edições de seus trabalhos. Um filme mostra família Freud nos anos 30. O museu tem ainda biblioteca, loja e sala de palestras.
Em Londres
Para fugir dos nazistas, em 1938, Sigmund Freud foi para a Inglaterra com a família. Esta casa em Londres foi habitada até Anna Freud morrer em 1982.
No Freud Museum London, há mais de 2 mil itens, incluindo uma coleção de antiguidades, com objetos e tapeçaria do Egito, da Grécia e do Oriente, e móveis pintados dos séculos 18 e 19. Mas, sem dúvida, a peça mais marcante exposta ali é o divã usado pelos pacientes do pai da psicanálise. Ele é coberto por um tapete iraniano.
O museu conta ainda com uma loja, onde podem ser comprados livros sobre Freud e seus contemporâneos. E souvenir, é claro. Tem até fantoche de Freud com o divã. Pode ser útil nas sessões mais raivosas…
Manchester e Barcelona se enfrentam hoje pelo título da UEFA Champions League, com estilos de jogo bem diferentes. Quando o assunto é turismo, a bola rola de forma semelhante ao que ocorre em campo.
Carlos Sanchez Pereyra/Dreamstime.com
Barcelona, como seu time, é quase unanimidade, uma das mais belas e interessantes cidades para se visitar no mundo. Difícil adversário a se enfrentar quando se pensa no Park Güell e na Casa Batlló, dois exemplos da genialidade de Antoni Gaudí. O arquiteto por si só, aliás, é motivo suficiente para a viagem até lá. Na cidade, pode-se aprofundar ainda em dois outros grandes artistas: Joan Miró e Pablo Picasso, em visitas à Fundació Miró e ao Museu Picasso. Barcelona, no entanto, não se contenta com a atenção garantida: promove um encantamento no turista.
A catalã reúne características tão distintas quanto belas, como o Bairro Gótico, com suas vielas, e a Eixample, área do fim do século 19 com ruas caprichosamente desenhadas, num quadriculado preenchido por palacetes modernistas. A impressionante Sagrada Família, hotéis e restaurantes de qualidade, a visão e os sabores do Mediterrâneo, vida cultural intensa. Barcelona parece imbatível.
De fato, com tudo isso, o favoritismo é praticamente inevitável. Mas, dependendo do tipo de viagem que se busca, a industrial Manchester pode surpreender. Forte na cena do rock inglês, revelou ao mundo Joy Division, The Smiths e Oasis. Tem vibrante vida noturna. Além de night clubs, concentra pubs históricos e modernos. Dá para fazer uma incursão por essas instituições seguindo um dos cinco roteiros criados pela Campaigning for Real Ale (Camra), organização que defende a boa qualidade da cerveja — os percursos estão no site da cidade.
A história também pode entrar no roteiro em Manchester. Distrito protagonista na Revolução Industrial, Ancoats tem sido revitalizado, com projetos para restaurar fábricas e vilas operárias. O Imperial War Museum North mostra como as guerras afetaram a vida dos britânicos desde 1914. Desenhado pelo arquiteto Daniel Libeskind, o prédio fica na antiga região de docas The Quays, área hoje de cultura e entretenimento. Com essas e outras jogadas, Manchester também faz bonito.
Uma ponte une as duas cidades. O arquiteto Santiago Calatrava deixou sua marca na inglesa: a Trinity Bridge, projetada pelo catalão, leva ao meio de Manchester. Uma pista de por onde começar a avançar sobre os ingleses?