Categoria: México

  • Four Seasons Cidade do México, um luxuoso refúgio na capital

    Four Seasons Cidade do México, um luxuoso refúgio na capital

    A localização é central, um entroncamento onde a Avenida Sonora desemboca no Paseo de La Reforma, perto do Museu Nacional de Antropologia e do Bosque de Chapultepec. Enquanto carros, bicicletas e pedestres disputam espaço na caótica capital mexicana, a calmaria preenche o pátio ao ar livre no centro do Four Seasons Cidade do México. Os arcos em volta, a fonte central, a gama de cores. Da arquitetura colonial espanhola ao paisagismo, tudo colabora para a sensação de paz na parte interna do hotel de luxo.

    O serviço do Four Seasons Mexico City é impecável. Considerando recepção, restaurantes e o time que cuida dos quartos e do atendimento em áreas comuns, a hospedagem fluiu naturalmente bem. Me senti acolhida, sem exageros invasivos ou formalidades desnecessárias. Isso nem sempre ocorre, mesmo em empreendimentos de luxo.

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    Recepção do hotel de luxo no México
    Luxo visto já na chegada ao hotel

    Desde 2016, a propriedade está na lista dos hotéis AAA Five Diamond, denominação dada a requintadas experiências de qualidade. Na edição de 2022, a seleção ganhou mais dois Four Seasons, ambos nos Estados Unidos: Hotel at The Surf Club (em Surfside, Flórida) e Hotel Philadelphia at Comcast Center.

    Como é o hotel de luxo na Cidade do México

    Uma rápida olhada ao redor do pátio central do Four Seasons Mexico City, na direção dos andares acima, encontra janelinhas simétricas. O visual é de hacienda (como são chamadas as fazendas coloniais na América hispânica), porém o acabamento e a decoração são contemporâneos. Isso fica claro já na recepção e no corredor que leva de lá até o pátio do hotel de luxo.

    Corredor até o pátio do Four Seasons Cidade do México
    Corredor da recepção ao pátio

    Nos andares, as cortinas abertas deixam entrar uma atmosfera de tranquilidade no quarto. A maior parte das 240 acomodações, divididas em 11 categorias, está voltada para dentro do hotel. A luminosidade aqueceu meu quarto de aconchego, casando perfeitamente com o conforto da cama e das amenidades disponíveis. Ao lado do armário, uma estação com máquina de café, café orgânico e água mineral.

    Quarto do hotel Four Seasons Cidade do México
    Conforto e luminosidade dentro do quarto

    O banheiro em mármore de tons claros tinha chuveiro e banheira separados, além de sanitário num cômodo adjunto. A ducha em volume abundante ficava mais gostosa com os produtos de higiene da francesa L’Occitane.

    Banheiro do quarto Four Seasons Cidade do México
    Banheiro e amenities no Four Seasons Cidade do México

    Na cobertura do hotel, o health club possui uma pequena piscina, academia e salas de tratamento de spa. Não é o ponto forte ali, talvez por falta de espaço ou demanda, com tantos viajantes a negócios ou a lazer ávidos por atrações culturais. O Four Seasons Cidade do México conta ainda com uma filial da Gentlemen’s Tonic, barbearia de Londres.

    Piscina do Four Seasons Mexico City
    Pequena piscina na cobertura

    A experiência gastronômica é excelente e aberta a não hóspedes no Four Seasons Mexico City. Mesmo quem vive em São Paulo, acostumado à larga oferta de restaurantes italianos, pode se surpreender no restaurante italiano Il Becco. O chef Julian Martinez faz um inesquecível agnolotti ao limão, recheado com mascarpone. Uma deliciosa ideia para encerrar o dia, ainda que você não esteja hospedado no Four Seasons.

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    Restaurante Il Becco, na Cidade do México
    Agnoloti de mascarpone no Il Becco

    O dia começa e pode terminar no Zanaya – que ambiente agradável e piso lindo! O buffet de café da manhã tem variedade e qualidade da parte gelada (frutas, iogurtes, frios e pudim de chia delicioso) à padaria (croissant, pain au chocolat). Tire tempo para aproveitar. O restaurante serve ainda almoço e jantar, além de brunch nos fins de semana. Especialidades mexicanas estão sempre entre as opções.

    Buffet de café da manhã do hotel Four Seasons
    Excelente buffet de café da manhã

    O que fazer no Four Seasons Mexico City

    O time de concierge faz parte da prestigiosa associação Les Clefs d’Or. Toda vez em que passei no cantinho deles, perto da escada, não apenas tiraram minhas dúvidas como acrescentaram ideias aos meus passeios pelos bairros próximos na Cidade do México.

    O hotel também organiza experiências, como voo de balão sobre o sítio arqueológico de Teotihuacan ou um almoço preparado pelo chef do hotel, Emiliano Rabía, entre os canais de Xochimilco. Os dois passeios podem ser feitos também por conta própria ou com agências. Eu fiz os tours de 1 dia a Teotihuacán com Basílica de Guadalupe e a Xochimilco com Museu Frida Kahlo, ambos pela Get Your Guide, agência europeia parceira do Como Viaja.

    Hotel de luxo na Cidade do México bem localizado
    Localização central, perto do Museu Nacional de Antropologia

    Os bairros de Condesa e Roma estão pertinho do Four Season. Uma caminhada pelas ruas arborizadas cruza com bares, cafés e lojas charmosas. Em outra direção da cidade, a partir do hotel, uns 15 minutos de táxi, Uber ou ônibus levam ao Museu Nacional de Antropologia, instalado dentro do Bosque de Chapultepec – existe uma visita guiada ao museu e ao Castelo de Chapultepec, com ingressos incluídos.

    Comida mexicana no Four Seasons Mexico City
    No restaurante Zanaya, comida mexicana e internacional

    Dentro do próprio Four Seasons, recomendo que você tire momentos do dia para estar no pátio, em meio à vegetação, desfrutando de delícias da confeitaria Pan Dulce, acompanhadas por cafés mexicanos. Jantares nos restaurantes Zanaya e Il Becco são outros belos programas, procurados também por moradores da Cidade do México.

    Nas pontas daquele pátio central, a vida acontece nos arcos da construção ao redor e também no miolo dele. Sob o céu noturno, horas de drinks e comida de rua mexicana no Fifty Mils, integrante da lista dos 50 melhores bares do mundo em 2018, podem ser prazerosas.

    Provei ali a porção Surtido de Antojitos, com pequenos exemplares de quesadillas, tlacoyo (tortilla oval e recheada, de cor escura porque é feita de milho azul; adorei) e pambazo (pão frito em molho de pimenta; achei muito picante). Para acompanhar, pedi o La Ruah, coquetel com mezcal (destilado a partir do fermentado de agave), chá verde, bitter de laranja, absinto e folha de manga. Uma noite perfeita para encerrar minha viagem ao México.

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  • As serpentes do México: figuras estão em vários sítios arqueológicos

    As serpentes do México: figuras estão em vários sítios arqueológicos

    A serpente emplumada, deus de antigas civilizações do México, está em diversos sítios arqueológicos, como Quetzalcóatl ou Kukulcán. Astecas, maias e toltecas usaram a figura com penas

    ATUALIZADA EM 3 DE JUNHO DE 2018

    A serpente está na bandeira do México, bem no centro, no bico de uma águia. A figura de fato é muito importante para a história do país, presente em diferentes antigas civilizações. Muitas vezes como ‘la serpiente emplumada’, a serpente com penas ou serpente-pássaro vista em diversos sítios arqueológicos mexicanos.

    Quetzalcóatl para os astecas e os toltecas. Kukulcán para os maias. Assim era chamada a serpente emplumada, um dos deuses das antigas civilizações da Mesoamérica, área que incluiu parte do território atual do México, além de porções da Guatemala, da Costa Rica, da Nicarágua, de Honduras, de El Salvador e de Belize.

    Símbolo complexo e amplamente estudado por experts em antropologia, a ‘serpiente emplumada’ foi muito cultuada, de formas diversas, pelos povos da Mesoamérica, em períodos da história pré-hispânica. Os olmecas, que estabeleceram seus primeiros povoados no México 2.000 anos antes da Era Cristã, já representavam serpente (‘cóatl) misturada à ave quetzal. Depois, vieram teotihuacanos, astecas e maias.

    Figura simbólica que une céu e terra, a serpente pode ser vista em diferentes sítios arqueológicos do México. Conheça alguns significativos:

    Serpente em sombra na lateral dos degraus em Chichén Itzá – Foto: Divulgação

     

    Chichén Itzá — em Yucatán, a 115 km de Mérida

    Uma serpente desce a escadaria da Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá, durante os equinócios de primavera (20 ou 21 de março) e de outono (21 ou 22 de setembro), num efeito provocado pela luz do sol e a sombra dos degraus do templo. ‘Kukul’ significa sagrado, e ‘can’, serpente. Milhares de visitantes vão à zona arqueológica, no estado de Yucatán, duas vezes ao ano para apreciar a ilusão de ótica que projeta uma serpente, de cerca de 33 metros, na fachada noroeste do templo.

    A luz refletida em sete triângulos lembra o corpo de serpente, que tem sua cabeça esculpida na base da pirâmide — como se vê na foto acima deste texto, imagem de divulgação do Visit Mexico, responsável pela promoção turística do país. Resultado da destreza maia, que ergueu a construção, conhecida também pelo nome de El Castillo, alinhada com o sol nessas épocas do ano. O fenômeno de ótica também pode ocorrer à noite, dependendo de condições da lua, e é reproduzido no espetáculo de luz e som realizado no sítio.

    Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco e uma das Sete Maravilhas Modernas, Chichén Itzá ocupa uma área de 6,5 km² e se divide em duas zonas. A Pirâmide de Kukulcán, com 24 metros de altura, está no centro do sítio.


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    Teotihuacán — no estado do México, a 47 km da capital

    A gigante cidade da Mesoamérica — chegou a ter uma população de 120 mil habitantes e uma área de 20 km² — recebe muitos visitantes interessados em ver suas construções mais conhecidas, como as Pirâmides do Sol e da Lua.

    Mas, junto com elas, o Templo de Quetzalcóatl também levou o sítio a ser declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987. A construção exibe máscaras da ‘serpiente emplumada’. Foram esculpidas ao lado de Tlaloc, o deus da chuva.

    Xochicalco — em Morelos, a 40 km de Cuernavaca

    O destaque neste sítio são os baixo-relevos de serpentes com penas no exterior do Templo de La Serpiente Emplumada. Os baixo-relevos demonstram influência tanto teotihuacana como maia.

    Assim como Tula (sítio citado abaixo), Xochicalco foi uma das cidades que surgiram no centro do México, no período entre os anos 700 e 900, após o declínio de Teotihuacán e de algumas regiões maias.

    Foto retirada do site do Inah
    Serpente emplumada – Foto retirada do site do Inah

     

    Tula — em Hidalgo, a 85 km da Cidade do México

    Na parte norte da Pirâmide de Tlahuizcalpantecuhtli, ou Estrela da Manhã, fica o Coatepantli, também chamado de Muro de las Serpientes. Estudos apontaram que teria sido dedicado a Quetzalcóatl, segundo informações do Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah) do México. Entre as 3 fileiras de desenhos, a do meio mostra serpentes devorando homens, numa representação da alma dos guerreiros.

    Tula é o mais importante sítio tolteca no México. O Muro de las Serpientes demonstra bem a habilidade desse povo para trabalhar pedras, também vista nos enormes atlantes, esculturas de pedra com 4,6 m de altura, que vigiam a pirâmide.

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