Radisson Blu São Paulo: hotel no Itaim, perto da Avenida Faria Lima

No Itaim, o hotel Radisson Blu São Paulo está próximo tanto de negócios da Faria Lima quanto de shoppings e teatros para um fim de semana diferente
Localizado no Itaim, Radisson Blu São Paulo é boa opção para fim de semana na capital - Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
Localizado no Itaim, Radisson Blu São Paulo é boa opção para fim de semana na capital - Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

E aqui estou eu, olhando a cidade do alto de um terraço do Radisson Blu São Paulo, com a capital e todas as suas luzes tão presentes e vívidas diante de mim. Não estou no 97º andar feito Rick Deckard em Blade Runner, mas a capital paulista pode parecer tão tranquila aqui de cima como se revela do alto a futurística e caótica Los Angeles de 2019 em Blade Runner, onde a chuva não cessa durante todo o filme.

Foi debaixo de uma tempestade que Nathalia e eu chegamos ao Radisson Blu São Paulo. Por uma noite, trocamos nossa casa pelo hotel localizado na região da Faria Lima. O trânsito carregado nos consumiu cerca de 1h15 dentro do carro. Viagem sem deixar a capital. Turistas na própria cidade. Fazia tempo que não vivíamos essa sensação.

Recepção do Radisson Blu São Paulo

Morávamos a 2 quadras da Paulista quando experimentamos isso pela primeira vez, nem filho tínhamos. Agora, do alto do 18º andar do Radisson Blu São Paulo, na varanda da suíte, a velha antena amarelada da Paulista, que tantas vezes zelou noites insones vividas na varanda do nosso apartamento, se mostra ainda amarelada e zelosa no topo de um espigão da avenida símbolo da metrópole.

Não estou sem sono, apenas gosto de admirar a cidade de lá de cima. Vejo o que parece ser uma fração da Marginal Pinheiros bem à esquerda, a zona oeste e os Jardins a uma distância razoável do meu olhar. Avisto o Museu da Casa Brasileira, de paredes imaculadamente brancas, em lindo contraste com a moderna originalidade dos prédios ao redor. O velho edifício Dacon é um deles. 

Esquina perto de negócios e lazer

Chegar até ele ou ao museu é o tempo de um cruzamento, desde que eu me esquive dos patinetes, febre que toma conta do corredor da Faria Lima. Bem ou mal, ele é uma das formas mais práticas, rápidas e inusitadas de se deslocar por ali. Não à toa, virou meio de transporte dos executivos da região.

Como é o Radisson Blu São Paulo, no Itaim

Os apartamentos do Radisson Blu São Paulo são majoritariamente ocupados por homens e mulheres de negócios, instalados em suítes de 32 m² em média. Ficamos em um quarto business class, com cama king size.

No banheiro, encontramos um ótimo chuveiro, com água em bom volume e impressionantemente quente em tão pouco tempo de abertura. E ainda miminhos de que gostamos, entre eles, roupões, amenities L’Occitane e pantufas, que deixaram mais agradável o caminhar pelo piso de madeira do quarto.

Amenities L’Occitane

Ar condicionado split, TV de plasma e rádio relógio com dock station formam a tríade eletrônica. Máquina de Nespresso e frigobar também são facilidades à disposição. Uma raia de piscina climatizada, sauna e academia estão acima do andar em que ficamos, na cobertura. Aos que precisam estar sempre alinhados, há tábua de passar e ferro a vapor dentro do armário.

Máquina de café no quarto

O que fazer próximo ao hotel na Faria Lima

Aos sábados e domingos, o terno, o tailleur e a gravata saem de cena para a entrada do estilo casual. É quando o Radisson Blu São Paulo tem 40% de seu público no fim de semana formado por pessoas da própria cidade. Gente em busca de uma experiência diferente, aproveitando a estrutura do hotel e o que existe próximo. Pertinho, pertinho, o Teatro Santander recebe espetáculos como o recente musical Escola de Rock

Noite especial na própria cidade

Estar na esquina das avenidas Cidade Jardim e Faria Lima deixa qualquer hóspede do Radisson Blu São Paulo próximo às principais áreas de negócios da cidade, como também do circuito das compras de luxo da Oscar Freire, dos melhores bares, cafés e restaurantes da capital paulista. O hotel está a 500 m do Parque do Povo, um oásis verde em meio aos prédios do Itaim Bibi.

De carro, cerca de 10 minutos separam o Radisson do Shopping Iguatemi — o mais antigo do Brasil — e do JK Iguatemi, com lojas, restaurantes e serviços tão exclusivos quanto os encontrados no decano da mesma administradora. O tempo de deslocamento é praticamente o mesmo até o Shopping Cidade Jardim, perfeito para quem deseja vivenciar uma tarde de über shopping.

O que provar no café da manhã do Radisson

Convidados a participar naquela noite da 1ª edição da Blu Party, festa organizada pelo próprio hotel, tivemos nosso contato inicial com o Badebec. O restaurante do Radisson Blu São Paulo foi responsável pelo serviço de buffet do evento. Entre uma taça de espumante e outra, destaque para o canapé de banana da terra com pupunha. O resultado é um encontro simples e muito bom.

Blu Party e depois 1 noite fora de casa, sem sair de São Paulo

Na manhã seguinte, os ruídos do salão localizado atrás dos elevadores nos guiam até o café da manhã. No espelho da parede a inscrição Badebec confirma que estamos no caminho certo. O restaurante completava 18 anos naquela sexta, 6 de dezembro.

Entrada do restaurante Babedec, do Radisson Blu SP

O público do café da manhã é formado basicamente por executivos. Carregam o peso da pressa, como se portassem uma medalha, um milhão de dólares ou coisa que os valha. Inevitável não embaralhar meus pensamentos aos versos de Itamar Assumpção. 

São sotaques que se misturam ao tilintar de pratos e talheres que sobem e descem pelas mãos ágeis, pousam por um instante antes de subirem e descerem às bocas aflitas. Fique mais um pouco, pegue um pão de queijo que acabou de sair do forno e o garçom está oferecendo de mesa em mesa. Ou peça uma omelete na hora para completar seu café da manhã no Radisson Blu São Paulo. Penso em sugerir isso à dupla que conversa em pé, em espanhol.

A dois chineses na mesa atrás da Nath desejei que largassem o celular e dessem uma chance ao folhado de chocolate amargo. Eu mesmo dei três oportunidades a ele. E fiz assim também com a carolina. É tão bom quando a massa choux vem sem aquela capa de cobertura, valorizando o recheio.

Omelete é pedido na hora

Há um trio em uma mesa redonda do salão do café do Radisson Blu São Paulo. Apenas um dos membros explana. Em inglês. Alimentam-se da conversa, creio. Depois de muito tempo, o palestrante faz uma pausa. Em vez da água (com e sem gás), dos sucos ou do chá de hortelã para hidratar a garganta, o homem se afoga em um copo de arroz doce. Nathalia comeu também. Ela sempre diz que em São Paulo essa receita costuma ser mais líquida do que no Rio.

Nath e eu achamos que diferenças como essa fazem a graça do mundo. Por isso fico espantado quando a moça da mesa ao lado reclama com o garçom da demora da tapioca que ela havia pedido dois minutos antes. Logo tu, moça, cujo sotaque indica ser do Nordeste, a região brasileira que mais cultiva o prazer de desfrutar da vida sem o olho no relógio? Foste contaminada com o bichinho do business, do ‘São Paulo não pode parar’, aquele vírus que faz o povo da ponte aérea desafivelar o cinto no segundo seguinte ao avião tocar o solo?

Café da manhã de hotel, completo para começar bem o dia

Reparaste no grande painel colorido que ao seu lado embeleza o salão no Radisson Blu São Paulo, com o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Farol Santander grafitados como tantos muros da cidade? Lamento se não. Como lamento que a pressa também tenha virado inimiga da refeição.

Hospedagem a convite do Radission Blu São Paulo. Texto escrito pela redação do Como Viaja, com base na experiência, sem qualquer revisão ou interferência do hotel

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