Ter um filho que fez 2 anos facilita muito na hora de viajar já que a bagagem encolhe sensivelmente. Nada de berço portátil ou mala cheia de paninhos de boca, mantinhas e mamadeiras. Mas acaba também a prioridade nas filas e na escolha dos assentos. Em compensação, no embarque de ontem de São Paulo para o Rio, pudemos chegar a Congonhas com o check-in feito pela internet, algo que o sistema não permitia nas viagens anteriores, com uma criança de colo.
Entramos na fila para despachar a mala e fomos para o portão de embarque. Falante, meu filho não parava de repetir ‘mamãe, aviões!’ e ‘todos a bordo!’, uma brincadeira feita pelo pai que ele gravou. A animação se transformou em medo quando ele percebeu que o colo tinha sido trocado por um cinto de segurança numa poltrona grande, de onde se esticava para alcançar a janelinha. ‘Tólo, tólo’, pedia, com a voz ameaçando um chorinho. Perguntei ao comissário se poderia pegá-lo no colo, pois era a primeira vez em que viajava como pagante. Ele informou que, de 2 anos em diante, o correto é usar o cinto de segurança. Obedecemos.
Envolvi meu filho com os braços e fui falando da aventura de voar. ‘Lembra quando a gente vai para a escola andando e você vê o avião lá no céu? Agora somos nós que estamos no alto e alguém está vendo.’ Ele foi se acalmando, agarrou o minúsculo Peixonauta e pediu a chupeta, mas não conseguiu relaxar a ponto de comer ou dormir. Depois do pouso, gritava ‘conseguiu, conseguiu!’ e não parou de dizer ‘tchau, avião!’ até a gente passar pelo finger.
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