Paraty e Ilha Grande, no Rio, são Patrimônio Mundial da Unesco

No Rio, Paraty e Ilha Grande são Patrimônio Mundial da Unesco. Sítio misto (valor cultural e natural) tem história, riqueza marinha e Mata Atlântica nativa
Paraty e seu casario histórico, Patrimônio Mundial da Unesco - Fotos: Iphan/Divulgação
Paraty e seu casario histórico, Patrimônio Mundial da Unesco - Fotos: Iphan/Divulgação

Paraty e Ilha Grande, em Angra dos Reis, acabam de ser declaradas Patrimônio Mundial da Unesco, na reunião do Comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Baku, Azerbaijão. Essa região no litoral sul do Rio de Janeiro reúne um conjunto histórico preservado, reservas ecológicas, biodiversidade e vestígios arqueológicos. Atualmente, o Brasil tem 22 lugares inscritos na lista da organização como bens a serem preservados pela humanidade.

Com um centro histórico bem conservado, Paraty é uma charmosa cidade. Apenas caminhar pelas ruas de pedra, apreciando o casario colonial, já garante um belo passeio de fim de semana ou num roteiro de 4 dias — veja hotéis em Paraty no link ou no mapa abaixo.

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É possível fazer um passeio de barco em Paraty, com paradas para banho na água verdinha. O passeio para Trindade, praia ao sul de Paraty, também está entre as possibilidades de diversão que a região oferece. Quem prefere explorar o interior, com cachoeiras e alambiques para conhecer o processo de produção da cachaça, pode optar por um passeio de jeep em Paraty.

Outra opção é visitar a Baía de Angra dos Reis. Lá, existem passeio de lancha pelas ilhas e saídas para mergulho em Angra dos Reis. Ou ainda esticar a viagem com uma temporada em Ilha Grande e seu entorno — veja hotéis em Angra dos Reis e passeio de barco em Ilha Grande.

Esse é o primeiro sítio misto (cultural e natural) do Brasil na lista da Unesco. A inscrição de Paraty e Ilha Grande juntas inclui tanto o centro histórico da cidade colonial no Rio de Janeiro quanto o entorno de beleza natural que a cerca, em trechos do litoral fluminense e paulista. A área declarada patrimônio engloba partes de 6 municípios: Paraty (RJ), Angra dos Reis (RJ), Ubatuba (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP) e Areais (SP).

Mapa de Paraty e Ilha Grande, sítio misto declarado Patrimônio Mundial da Unesco

O território de quase 149.000 ha (equivalente a cerca de 1.500 km²) é composto pelo centro histórico de Paraty e por 4 áreas de conservação ambiental: o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual da Ilha Grande, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu. Ao redor, há diversidade marinha e vegetação nativa bem conservada em 187 ilhas, numa área de aproximadamente 408.000 ha (ou em torno de 4.000 km²).

Centro histórico de Paraty diante da baía no Rio de Janeiro

Centro histórico de Paraty e o Caminho do Ouro

Fundada em 1667, Paraty teve seu centro histórico tombado pelo Iphan em 1958. Paraty preserva, além do casario colonial, muitos de seus festejos, por exemplo, a Festa do Divino Espírito Santo. Lá também estão o Forte do Defensor Perpétuo e seu museu.

Na Serra da Bocaina, entre Rio e São Paulo, encontra-se o Caminho do Ouro. Dá para percorrer parte dele, apreciando a biodiversidade e a vista da Baía da Ilha Grande, a partir da Pedra da Macela. Vestígios de indígenas pré-históricos estão no Parque Estadual da Ilha Grande, no Rio. A Área de Proteção Ambiental de Cairuçu tem ilhas e praias, como o Saco do Mamanguá, e o sítio histórico de Paraty-Mirim, além de cultura caiçara quilombola e indígena.

Beleza natural da região de Ilha Grande, em Angra dos Reis

Ilha Grande e seu entorno com Mata Atlântica nativa

A riqueza dessa região brasileira é tanto histórica-cultural quanto natural. O sítio misto é a 2ª região brasileira com maior área remanescente de Mata Atlântica nativa. Em torno de 85% da cobertura vegetal original estão em bem preservados. Ali, fauna e flora exibem diversas espécies raras e endêmicas.

A candidatura de Paraty e Ilha Grande na Unesco é resultado de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as prefeituras de Paraty e de Angra dos Reis e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Agora as instituições terão de trabalhar num plano de gestão compartilhada do sítio, com o apoio também do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), do Instituto Histórico e Artístico de Paraty (IHAP), do Fórum das Comunidades Tradicionais e do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina.

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