O que fazer em Tiradentes depende do estilo de viagem que você procura. A cidade é boa para quem se interessa por aspectos da história colonial, pratica turismo de natureza ou gosta de culinária regional. Dependendo de onde ficar em Tiradentes, você estará dentro da própria história, já que muitas pousadas e hotéis ocupam construções barrocas.
Ligada ao Ciclo do Ouro, ocorrido no Brasil até meados do século 18, Tiradentes mantém um agitado calendário ao longo do ano, mas também é uma ótima opção entre os destinos de inverno no Brasil. Em agosto, ocorre por lá o Festival de Gastronomia de Tiradentes, com cerca de 200 atrações e participação dos principais restaurantes da cidade – veja uma lista de onde comer em Tiradentes, para visitar em qualquer época.
Confira o que fazer em Tiradentes (MG), começando pelo passeio que consideramos um clássico que une 2 cidades históricas vizinhas.
Maria-fumaça de Tiradentes
É quase um sacrilégio não fazer o passeio de maria-fumaça de Tiradentes. O trem percorre 12 km até São João del Rei, onde fica um museu ferroviário.
Passeio de charrete
É possível visitar os principais pontos turísticos de Tiradentes de uma maneita pitoresca: o passeio de charrete. Para até 4 pessoas, o tour faz sucesso com a criançada.
Artesanato mineiro
Tiradentes e Bichinho – distrito vizinho à cidade, mas já parte do município de Prados – são ótimos destinos para garimpar móveis rústicos e artesanato. Ainda que você não pense em comprar nada, dê uma volta porque existem itens dos mais variados preços e estilos. Passear pelas lojas também é cultura, pois você conhece o artesanato local.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
A igreja mais antiga de Tiradentes data de 1708 e era frequentada exclusivamente por negros escravizados. No interior dela estão símbolos católicos e de religiões de matriz africana, como a imagem de Santo Elesbão, o rei negro da Etiópia, celebrado em 27 de outubro.
Matriz de Santo Antônio
As linhas amarelas da Matriz de Santo Antônio se sobressaem na paisagem, no alto do vale (é a mais fotogênica de Tiradentes). Quase 500 kg de ouro foram usados na pintura e no folheado da igreja, erguida no século 18 e frequentada por donos de terra e de escravos. Destaques para o relógio de sol externo.
Museu Casa Padre Toledo
A visita educativa explora aspectos arquitetônicos e históricos da residência, onde se passaram eventos importantes da Inconfidência Mineira.
Instituto Mário Mendonça
Inaugurado em 2011, no Largo das Mercês, o espaço abriga 1.000 obras contemporâneas, com destaque para as pinturas de Mário Mendonça, um dos expoentes da arte sacra brasileira.
Museu de Sant’Ana
Na antiga cadeia de Tiradentes, este museu reúne quase 300 imagens da mãe de Maria, em sua maioria com a filha. Bem exposto, o acervo é muito interessante, já que inclui obras dos séculos 17 e 18 produzidas por artesãos de várias partes do Brasil.
Museu da Liturgia
Único do gênero dedicado ao tema na América Latina, o Museu da Liturgia abriga 420 itens datados do século 18 ao 20. Embora tenha impressionante valor histórico, parte deles é utilizada ainda hoje em celebrações na Igreja Matriz de Santo Antônio.
Chafariz de São José
Erguido em 1749, o chafariz lembra as fachadas das igrejas barrocas de Tiradentes e guarda uma imagem de São José calçando botas, como as usadas pelos bandeirantes. Servia de fonte para a população, tanto como bebedouro de animais quanto como tanque para as lavadeiras, pois possui 3 pontos de água.
Teatro Casa de Boneco
Há 30 anos, a Companhia de Inventos realiza apresentações neste pequeno teatro da Rua Direita. O espetáculo Marionetes a Fio é um dos que se pode assistir. Além disso, é possível adquirir algumas das esculturas animadas.
Casa Torta
Outra das atrações mais lúdicas de uma viagem a Tiradentes fica no vizinho distrito de Bichinho. A Casa Torta não só chama a atenção por estar inclinada como também pelas 25 atividades propostas para a criançada. Para entrar, fotografar e se divertir.
Trilhas em Tiradentes
Agências locais organizam saídas para explorar trilhas e cachoeiras aos pés da Serra de São José. A Trilha do Carteiro, por exemplo, chega a uma altitude de 1.100 metros. Ao longo do percurso de 4 horas, há piscinas naturais onde é possível tomar banho.
Cachoeira do Mangue
Aos pés da Serra de São José, a trilha que leva à Cachoeira do Mangue é considerada de nível fácil, sendo recomendada a passeios em família. Há piscinas naturais no caminho. O acesso começa a partir da Rua Frei Velo, então vira-se à direita no ponto onde está uma placa do Circuito Trilha dos Inconfidentes.
Cachoeira do Paulo André
A caminhada até este poço natural é fácil (2 km a partir do Centro), por isso a Cachoeira do Paulo André é frequentada inclusive por famílias com crianças.
Cachoeira do Bom Despacho
O ponto de partida é a Rua Frei Veloso, em Tiradentes. Siga em frente, passe o portal da cidade de Santa Cruz de Minas e fique atento ao marco inicial da Estrada Real à direita da rua de paralelepípedo. Há área para estacionar, mas sem infraestrutura. Na época de estiagem, a queda da água diminuiu bastante.
Escolha onde comer em Tiradentes, mas sem se limitar à comida típica mineira (excelente em praticamente tudo que existe). Há uns bons anos, a cidade histórica extrapolou a fronteira das Minas Gerais para trazer à mesa sabores que vão do italiano ao português, passando pelo vegano até o tailandês.
Somada à diversidade, a qualidade dos restaurantes em Tiradentes a transformou em um polo culinário, cujo ápice é o Festival de Gastronomia de Tiradentes, que chega à 26ª edição em 2023. A maior parte dos indicados da lista abaixo é protagonista do evento, realizado sempre em agosto.
Durante o período, a cidade ferve mais do que caldeirão. Sobram turistas pelas ruas, e a maria-fumaça de Tiradentes ganha saídas extras para dar conta de tanta gente também interessada no famoso passeio até São João del Rei.
Fora da época do festival o ambiente é menos tumultuado. Fica mais fácil arranjar onde ficar em Tiradentes e, consequentemente, comer e brincar de escolher o melhor restaurante da cidade. Opções? Acho que 27 dá para começar.
Tragaluz
Mamãe já dizia que não se come doce antes do salgado. No Tragaluz talvez fosse o caso de contrariar essa regra quase universal. A goiabada é a sobremesa que melhor sintetiza o espírito do restaurante. Prensada em castanha de caju granulada, frita e servida com catupiry, é comida típica mineira com refinamento técnico da cozinha contemporânea. Apontado por muitos como um dos melhores restaurantes de Tiradentes, o Tragaluz ocupa um casarão de quase 300 anos da Rua Direita, a mais saborosa da cidade.
Pacco & Bacco
A costela de boi defumada e assada, coberta com farofa cítrica e acompanhada de purê de mandioquinha assanha a fome. E faz frente ao peito de pato com risoto à parmegiana. Para acompanhar a refeição neste restaurante de Tiradentes há 150 rótulos de vinho do mundo todo. O Pacco & Bacco fica na Rua Direita e não abre aos domingos.
Angatu
Na Rua da Cadeia, o Angatu tem, entre suas receitas, a copa lombo preparada durante 15 horas, servida com abóboras e molho à base de carne suína. Talvez seja caso de polícia você não experimentá-la. A casa deu cria e surgiram em Tiradentes a sorveteria Gelatos da Vila e o Anga Bar.
Uaithai
Oriente-se e siga para a Rua Padre Toledo para entender como a Tailândia ficou pertim, pertim de Tiradentes. Obra do chef Ricardo Martins, que criou receitas como o Pad Thai (talharim de arroz, camarões e outras cositas) e o Serra de São José (carré de cordeiro com especiarias). Todo o menu é permeado por sabores e ingredientes mineiros e pan-asiáticos. Para quem pensa onde comer em Tiradentes em um lugar mais fora da curva.
Padre Toledo
A rua homônima abençoa este que é um negócio familiar desde 1970. Cozinha mineira de raiz, de frango com ora-pro-nóbis, coxa e sobrecoxa de galinha caipira e até pastel de angu em versão vegana, para não excluir ninguém do sagrado direito de se fartar de delícias das Gerais.
Atraz da Matriz
Sabe a famosa igreja com detalhes em amarelo presente nas fotos de Tiradentes? Então, essa é a Matriz de Santo Antônio. Basta contornar a entrada para chegar ao restaurante especializado em pizza e… bacalhau! Tem o pescado mais à portuguesa (à Brás, à Lagareiro…) ou na versão da casa (lascas assadas ao vinho branco, com purê de batatas e azeitonas pretas). Servidas apenas à noite, as redondas têm sabores inusitados, como copa e cogumelos selvagens.
Dengo!
Da paella ao arroz de pato, passando pelo hambúrguer e ainda com galeto e polenta cremosa. Difícil que não haja uma comida do seu agrado no Dengo, talvez a casa de maior leque nesta lista de onde comer Tiradentes. O restaurante da Rua Direita também é conhecido pelos coquetéis autorais, como a combinação de tequila e tamarindo.
Bistrô Casa Direita
Sem a pompa de outros restaurantes de Tiradentes que ficam na Rua Direita, o bistrô da pousada homônima serve ancho com massa ao molho de queijo, tilápia ao molho de limão siciliano, com cebola roxa assada e purê de ervilhas. A novidade de 2023 atende pelo nome de arroz doce do Laurito, escoltado por doce de leite e lascas de coco.
Ateliê Gastronômico
Quem provou o filé mignon ao molho roti e mix de cogumelos não economiza nos elogios. O cardápio enxuto traz ainda língua com shimeji ao vinho Tanat e risoto de pera com gorgonzola, entre outras receitas. A banana exótica vem na companhia de sorvete de manjericão. O Ateliê Gastronômico está a 300 metros do Largo das Forras, na Rua Henrique Diniz.
Beco D’ouro
Na Rua dos Inconfidentes, o Beco D’ouro garante que um dos pratos mais pedidos não sai do cardápio: o filé mignon ao molho madeira com arroz à piamontese. O aligot que acompanha o bife ancho também é motivo de orgulho da casa, que acaba de completar 5 anos de funcionamento. Alternativa de onde comer em Tiradentes nas noites de frio de inverno, já que o fondue de queijo está entre as opções do menu.
Cultivo
Há pratos veganos e vegetarianos nos restaurantes em Tiradentes. E há o Cultivo, de cardápio 100% dedicado a essa vertente culinária. Escondidinho de jaca, bolinho de moqueca de banana da terra são sugestões da casa de número 13 do Largo do Ó (suba a Ministro Gabriel Passos e vire à esquerda, na Rua do Chafariz).
Mirante Mineiro
Comida mineira. Massas. Petiscos. Coquetéis. Vinhos. Pôr do sol com a visão da Serra de São José. O Mirante Mineiro é lacônico ao se apresentar como opção de restaurante em Tiradentes. Se for a pé, prepare-se para a subidinha até chegar à Rua Alvarenga Peixoto.
Alma Casa Portuguesa
No DNA da culinária mineira há inegáveis traços da cultura portuguesa. Pelas mãos da chef Débora Bowler surgem pratos como o bacalhau wellington, o cuscuz de bacalhau e bacalhau à lagareiro. Estás em dúvida que o Alma respira Portugal? Então os pastéis de nata feitos na própria casa atestam a cidadania deste restaurante da Resende Costa, rua do Centro Histórico.
Beta do Rosário
O bolinho de abóbora com carne seca é um primeiro contato com o Beta do Rosário, ao lado da igreja tida como a mais antiga de Tiradentes. Na casa da Rua Direita, a friturinha e os pratos à base de carne de porco podem ser acompanhados de cervejinha ou de um Moscow Mule. Há mesas no salão e externas no jardim. E música ao vivo nos fins de semana.
Estalagem do Sabor
Tiradentes não tinha entrado no radar dos roteiros gastronômicos e a Estalagem do Sabor já figurava em guias de papel como um dos melhores restaurantes da cidade. Aberto apenas para almoço, tem como clássico o Mané sem Jaleco (lombinho, mexidão de arroz com feijão, farofa e couve). As cachaças ajudam a abrir os trabalhos enquanto a comida é preparada.
50 Tons de Malte
Nem só de caninha vive Tiradentes, palco do tradicional festival de cerveja Trembier. É de olho no público amante do lúpulo que o 50 Tons de Malte oferece cerca de 100 rótulos diferentes. Beber sem comer não é boa ideia, então há para petiscar de bolinhos a caponata de berinjela artesanal. Na Ministro Gabriel Passos, vizinho de parede da Estalagem do Sabor.
Boi e Cia
O nome deixa claro a proposta culinária. Cortes nobres grelhados e cerveja gelada são a dobradinha da diversão de adultos carnívoros. Fica na Rua dos Inconfidentes e tem parquinho infantil para a criançada se fartar de brincar.
Delícias de Tiradentes
Tutu à moda da casa, feijão tropeiro e outras maravilhas da cozinha mineira figuram no cardápio durante a semana. Sábados, domingos e feriados tudo isso está à disposição no buffet. Restaurante simples, sem o maneirismo de seus pares pela cidade. Fica bem em frente à rodoviária de Tiradentes.
Jane’s Apple
Maçã caramelada gourmet faz a fama do lugar. O Jane’s Apple é um café gracinha que tem tortinha, docinho, chocolatinho, tudo delicadinho. Mas como está em uma cidade mineira, claro, não foge à tradição e oferece também coxinha de rabada, feita com massa de abóbora e requeijão. E ainda pastel de angu artesanal com quatro queijos e frango com ora-pro-nóbis. Essas e outras perdições são encontradas na Rua São Francisco de Paula.
Habanero
Para não ser mais um restaurante de comida mineira em Minas, o Habanero (Inconfidentes, 109) apostou na culinária tex-mex. Dá-lhe tacos, quesadillas e burritos. Tequilas, margarittas e otras cositas mas molham a palavra durante a refeição.
Espaço Faemam
Não importa se for para comer torresmo de rolo, linguiça artesanal ou croquete. O chopinho e a cerveja virão em copo de estanho, produzido pela empresa homônima na vizinha São João del Rei. É mais um restaurante em Tiradentes na Rua Direita, este diante da Igreja do Rosário.
Jardins S.A.
Pizzas, porções, pratos. Com temática ligada à marca de motocicletas Harley Davidson e ao uísque Jack Daniels, o restaurante e choperia também prepara coquetéis e mantém uma adega climatizada. E, de fato, há um jardim com mesas sob a sombra. Pertinho do Chafariz de São José.
Vovó e Cia
Cortes bovinos na grelha e chope artesanal são a especialidade da casa, do mesmo dono do Jardins S.A. De portas abertas no Largo das Forras, onde tudo rola e todo mundo passa em algum momento. Há opções de pratos executivos na hora do almoço, como frango com legumes, bife à cavalo ou parmegiana.
Plataforma do Sabor
O nome faz menção à estação de trem da cidade, colada ao restaurante. O passeio de maria-fumaça chama a atenção dos clientes, que são capazes de abandonar o buffet de comida típica mineira para registrar em fotos e vídeos no celular. Além de pratos, tem pizzas no período noturno.
Távola
Com música ao vivo nos dias de funcionamento, o Távola garante que não quer ver ninguém de barriga vazia. Para garantir um banquete real, aposta em pratos como Porco de Logres (panceta com dadinhos de polenta, molho gorgonzola e frutas vermelhas) e Medieval (ancho, fritas rústicas e molho de mostarda antiga). A sobremesa não acompanha o storytelling, mas tem entre as opções o sorvete artesanal de manjericão. Na Ministro Gabriel Passos.
Sabor rural
Onde comer em Tiradentes de modo raiz. Comida à lenha, jeitão de roça nas mesas e nas receitas. O tutu do Sabor Rural puxa a fila das comidas que são a cara a expressão de Minas: fígado acebolado com torresmo e mandioca, jiló, angu e caipirinha servida de chaleira. Para as crianças tem parquinho com brinquedos de madeira e corda, casa na árvore. Se estiver de carro, calcule aí uns 15 minutos entre o centrinho de Tiradentes e a Rua da Caixa D´Água.
Pau de Angu
Galpão, mesão, fogão à lenha. Quase nas bandas do distrito de Bichinho, o restaurante Pau de Angu tem pratos que alimentam até 5 pessoas, caso do Preguento do Bento (frango com arroz, feijão, jiló, quiabo, angu, abobrinha e couve). De sobremesa, doces caseiros servidos a quilo no buffet.
Portugal nasceu no norte e foi batizado por causa do Porto, mas não foi na cidade banhada pelo Douro que sua realeza fincou raízes nem de onde homens bravios partiram em caravelas para achar o Novo Mundo. Ainda assim, ela conquistou reconhecimento internacional pela bebida que ostenta seu nome, o vinho do Porto. O destino, no entanto, oferece mais do que a visita às caves da renomada bebida portuguesa.
Há muito para ver, sobretudo, contemplar a cidade do alto de seus miradouros. Para se planejar com antecedência, veja as nossas sugestões de onde ficar no Porto e o que fazer no Porto. A segunda maior cidade do país é dona de construções dotada do indefectível traço português (na Torre dos Clérigos, na Sé Catedral) e de edifícios influenciados por sua escola de arquitetura moderna (caso da Fundação Serralves, projeto do Prêmio Pritzker Siza Vieira).
A melhor época para visitar o Porto, em geral, é durante os períodos de clima mais ameno. No verão, hotéis e restaurantes se enchem de pessoas; as ruas, de sol e de vida. Nessa época, sentar à mesa para beber ou comer na beira do rio é básico de qualquer roteiro.
Não menos obrigatório do que visitar a centenária Livraria Lello, famosa entre os fãs de Harry Potter, responsáveis por transformar sua escada vermelha em um dos pontos mais instagramáveis da cidade. Andar a pé é uma forma de conhecer outros cartões-postais dignos de registro fotográfico, mas vale lembrar que a cidade tem ladeiras.
Quando a curiosidade do olhar quiser enfim descobrir o que há do outro lado do Douro, hora de cruzar a Ponte Luiz I, ir ao encontro do icônico vinho, a repousar em Vila Nova de Gaia (faça um tour pelas caves). Cidade-extensão do Porto, lar do tawny e do vintage, ela abriga desde 2020 o World of Wine (WOW), complexo que se espraia por um conjunto de armazéns restaurados. Ali, come-se, bebe-se, aprende-se. Experimenta-se o Porto por uma nova perspectiva.
Confira abaixo o guia gratuito do Porto (Portugal), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, clima, passagem aérea, compras, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossos guias gratuitos de viagem trazem informações práticas e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.
Clima
A melhor época para visitar a cidade do Porto é entre maio e setembro, quando o sol brilha mais e o calor pinta com intensidade (mínimas de 12°C, máximas de 25°C). Cheia de turistas, a cidade no mês de julho pode registrar dias de altas temperaturas – há casos em que os termômetros já chegam a encostar nos 40°C.
Nessas situações, uma solução é se refrescar nas praias de Matosinhos, onde a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C, e beber um portonic (drink à base de Vinho do Porto branco, água tônica e limão).
Historicamente, dezembro e janeiro são os meses mais chuvosos e frios no Porto e região, mas com pouco ou quase raros registros de temperaturas negativas ou de geadas.
Preparativos
Passagem aérea
TAP mantém voos diretos do Porto para o Brasil, para os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) – veja passagem aérea para o Porto no Skyscanner. Localizado na área metropolitana, o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro fica a 15 quilômetros do centro da cidade. Em média, o táxi custa 20 euros para fazer esse percurso. Caso pretenda deixar o aeroporto de metrô, tome a linha E, violeta (Aeroporto – Estádio do Dragão), com saídas a cada 20 minutos (2 euros). Máquinas automáticas do aeroporto vendem bilhetes.
Visto
Não é exigido de turistas brasileiros.
Carro
Muitos viajantes chegam ao Porto de carro alugado, vindos de outras regiões do país. A ligação com a capital é feita pela estrada A1, em uma viagem de cerca de 3 horas. Consulte seu hotel para saber se o carro pode chegar o mais perto possível dele, já que há ruas da cidade com restrição à circulação de veículos. É ideal verificar também se existe vaga para parar no seu local de hospedagem ou estacionamento público ou particular nas redondezas.
Trem
A estação São Bento é a mais próxima do centro histórico. O tempo de viagem aproximado é de 3 horas, entre Lisboa e Porto a bordo de um trem da companhia Comboios de Portugal (preços entre 23,93 e 46,05 euros). Também há quem combine o destino com outras cidades da Europa usando os bilhetes de trem pela Rail Europe.
Transporte
O metrô do Porto tem mais cinco linhas e adota tickets que variam conforme o número de zonas a serem percorridas (Z2 a Z12) e passes de um dia (7 euros) e três dias (15 euros), com direito a viagens ilimitadas, inclusive de ônibu (chamado de autocarro). Ao custo de 2 euros, a frota da cidade está conectada ao aeroporto pelas linhas 601, 602 e 3M (da meia-noite às 5h30 da manhã).
Compre euro antes da viagem ou saque nos caixas da rede Multibanco (MB), que funcionam 24 horas. Muitos ficam na rua, não dentro de agências. Tome os mesmos cuidados que você teria retirando dinheiro vivo no Brasil.
Os principais cartões de crédito são aceitos em quase todos os negócios da cidade. A conta nos bares e restaurantes já vem acrescida da taxa de serviço, mas é de bom tom deixar de gorjeta entre 5 e 10% do valor total da despesa. Nos táxis, arredonde o preço da corrida para cima.
Se for usar transporte público sem comprar o Porto Card, pague com moedas e na quantia exata quando possível. No Porto também existem os charmosos bondes (elétricos), com três linhas em funcionamento e passagem a ser paga ao condutor (3 euros). E o funicular conecta as regiões da Batalha e da Ribeira (2,50 euros).
Ao visitar Vila Nova de Gaia, faça da subida de teleférico (6 euros) um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar, cujo terraço está de frente para o pôr do sol.
É possível fazer no Porto o cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro, travessia a bordo de um barco rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. Disponível em três turnos, o tour completo de tuk tuk pelo Porto virou um modo novo de visitá-la.
Hotéis
Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem está à procura de onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam à cidade de carro, em geral vindos diretamente de Lisboa ou percorrendo outras cidades portuguesas pelo caminho. Portanto, é bom saber que muitos hotéis no Porto não têm estacionamento, especialmente os que estão em áreas com restrição à circulação de veículos, casos do Cais da Ribeira e da Rua das Flores. Essas são duas regiões bem turísticas da cidade, conectadas a outras atrações que você certamente visitará durante sua permanência no Porto.
Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um hotel boutique com quartos que dão de frente para o Douro e suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo. O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista na Avenida dos Aliados, próximo ao metrô.
Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores. Na mesma via, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a igual: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária).
Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem andares em alusão às especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. No coração da Ribeira, e pertencente à mesma rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. Faz parte do conjunto de edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto.
No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à arte da pintura.
Duas opções na Praça da Batalha são o Mercure Porto Santa Catarina e o Legendary Porto Hotel. O primeiro apresenta quartos com cama adicional para quem viaja em família. O segundo era um Quality Inn e foi recentemente reformado. Ambos estão a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas.
Para uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica num renovado prédio de esquina. É o hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios. O minimalista Yotel tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs.
O Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. Quem é aberto a novidades talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.
Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis.
Quem opta por hospedar-se em Vila Nova de Gaia encontra todo tipo de oferta na margem oposta do Douro. O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. E ainda tem aos pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine. Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão feioso, impressão que se desfaz assim logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante.
O The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia e o Mercure Porto Gaia são opções para quem quer gastar menos e confia no padrão das duas bandeiras da rede Accor.
Passeios
Um tour completo pelo Porto inclui a visita à região da Batalha, Mercado do Bolhão, Catedral da Sé e Estação de São Bento, o cruzeiro sob as pontes num barco rabelo e a ida a uma cave em Vila Nova de Gaia com degustação de vinho.
Um bom ponto de partida para conhecer os principais pontos turísticos do Porto é a Livraria Lello, que tem fila de turistas na porta para visitá-la. Ao sair, suba em direção à praça onde estão a Fonte dos Leões, a Universidade do Porto, a Igreja dos Carmelitas e a vizinha Igreja do Carmo, cuja lateral é toda revestida de azulejos. Aproxime-se e descubra entre elas a casa mais estreita do Porto, habitada até os anos 1980, hoje aberta à visitação.
Alternativa ao deixar a livraria é descer a Rua das Carmelitas rumo à Torre dos Clérigos, miradouro de onde se enxerga a cidade em 360°. Siga posteriormente na direção da Praça da Liberdade, que guarda a estátua de D. Pedro IV (Pedro I, para os brasileiros). Admire os edifícios das primeiras décadas do século 20 localizados na Avenida dos Aliados antes de alcançar a Estação de São Bento.
Dali partem trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento da locomotiva a vapor.
Quem se interessa pela tradição do azulejo português pode participar do free tour dos azulejos do Porto, que passa pela Capela das Almas, Grande Bazar e Café A Brasileira, entre outros locais. Para uma viagem ao passado, meta-se pela Rua das Flores. Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000.
Uma atração merece mais tempo é o Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Um deles é o escultor António Soares dos Reis, cujo sobrenome batiza um museu com coleções de cerâmica, joalheria, pinturas, entre outros trabalhos.
A arte contemporânea está no centro da missão da Fundação Serralves, instituição localizada em um parque homônimo, com passarela entre as copas das árvores, a Casa de Cinema Manoel de Oliveira e um lindo edifício em art déco, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, ganhador do Prêmio Pritzker. Não muito distante dali fica a Casa da Música, arrojada obra do holandês Rem Koolhaas, voltada à difusão de todas as vertentes sonoras, do clássico à vanguarda, com visitas guiadas todos os dias.
Após quatro anos de restauração, o centenário Mercado do Bolhão reabriu em setembro de 2022, com 81 bancas. Ali, moradores e turistas continuam encontrando produtos frescos diariamente. Sob a inspiração de aromas e sabores, você pode seguir em direção aos bares e restaurantes do Cais da Ribeira, não sem antes encontrar pelo caminho (que inclui parte da Rua de Santa Catarina e Praça da Batalha) mais dois ícones do Porto, a Igreja de Santo Ildefonso e a Sé Catedral.
Em espanhol, o free tour noturno pelo Porto caminha por cenários como a Avenida dos Aliados (com seus edifícios lindamente iluminados) e o Jardim da Cordoaria.
Restaurantes
A região Norte do país ostenta cinco casas no prestigiado Guia Michelin, das quais três delas estão no Porto, com uma estrela: Antiqvvm, Pedro Lemos e Vila Foz (caçula, o restaurante do hotel homônimo entrou para a lista em 2022).
Dono de duas estrelas com a sua Casa de Chá da Boa Nova, na vizinha Matosinhos, o chef Rui Paula serve o melhor da cozinha portuense no DOP: do bacalhau ao cabrito, de mariscos a enchidos.
Conhecido entre os brasileiros como um dos primeiros jurados do reality Mestre do Sabor, José Avillez se faz presente com o descontraído Cantinho do Avillez. Já o In Diferente é um Bib Gourmand que une boa comida a preço bom.
Para provar a cozinha portuguesa de raiz em salões sem maneirismos, o Zé da Braga é reconhecido pelo bacalhau à Braga, enquanto o Casa Nanda tem nas tripas à moda do Porto um dos destaques. E o pernil assado do Antunes é apontado por muitos como imbatível.
A antológica francesinha (sanduíche de carne e embutidos coberto por queijo derretido) do Santiago colocou este café entre os 50 melhores sanduíches do mundo, segundo o site Big 7 Travel.
Portuenses apreciam carnes, estrelas em lugares como Sala Meat.ing Point, Muu e Cúmplice. Já a Biferia é auto explicativa. O Honest Greens preza a cozinha sustentável ao passo que o Brick Clérigos trabalha produtos frescos e saudáveis em pratos comidos em mesa comunitária.
Dos restaurantes em pontos turísticos, O Comercial, dentro do Palácio da Bolsa, tem menu executivo com couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.
Na Ribeira, Fish Fixe e Chez Lapin combinam receitas típicas com a privilegiada visão do Douro, da Ponte Luiz I e do vaivém de turistas pelo cais. E o novato Gruta está de portas abertas na Rua de Santa Catarina desde 2021.
A diária do hotel não inclui o pequeno almoço? Por que não um brunch? No Nola Kitchen ele é servido das 9 da manhã às 18 horas, de quinta a terça.
Cafés são instituições na cidade e vão dos endereços históricos (Café Guarany, Café Majestic e Café Piolho – pertinho da Universidade do Porto) a espaços modernosos, entre eles, o Moustache Coffee House, o Berry, o Bop e o C’Alma.
Eventos
O Porto vibra com festivais de música por dias e dias, mas é um santo quem bota grande parte da cidade em uma alegre vigília sem descanso por 24 horas, naquela que pode ser apontada como o evento local. São João Baptista é comemorado em 24 de junho.
Antes de tudo, é uma festa religiosa celebrada solenemente no interior das igrejas. Nas ruas ela é ruidosa. Na véspera do feriado, a animação vem regada a vinho, comidas típicas e música. Barracas espalham-se em pontos populares da cidade. E tudo converge para o Cais da Ribeira, de onde assiste-se ao espetáculo da queima de fogos, pontualmente à meia-noite.
Junho é também mês do Primavera Sound, com apresentações ao vivo de grandes nomes nacionais e internacionais no Parque da Cidade do Porto (em 2023, entre os dias 7 e 10). O próximo ano também terá o retorno do Essência do Vinho (23 a 26 de fevereiro). O Palácio da Bolsa recebe 19ª edição, que terá como novidade a Wine & Travel Week, feira internacional de enoturismo.
Entre fim de setembro e o início de outubro, o calendário costuma ser reservado para o Festival de Francesinhas, época de saber quem prepara a mais célebre iguaria típica do Porto. No décimo mês do ano é realizado o Festival Internacional de Marionetas do Porto, que tem grande parte de suas apresentações no palco do Teatro Municipal.
Compras
A Rua de Santa de Santa Catarina é a via comercial mais movimentada do Porto, com lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres.
A Livraria Lello é linda e famosa entre fãs de Harry Potter, principalmente por causa da mítica escada vermelha. Mas essa loja centenária vende clássicos da literatura mundial em edições super caprichadas (o ingresso cobrado na entrada pode ser deduzido do valor da compra).
A especialidade da Chaminé da Mota são os livros raros. Fica na Rua das Flores, artéria aberta em 1521 com o nome de Santa Catarina das Flores. Os edifícios barrocos que abrigaram a burguesia emergente hoje são ocupados por hotéis-boutique, cafés, joalherias e lojas como a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão.
Em matéria de tradição, o Bazar Paris (brinquedos tradicionais, desde 1903), a Casa Lima (malas, bolsas e artigos em couro vendidos há 144 anos) e a Pérola do Bolhão (mercearia aberta em 1917) são exemplos de comércio popular de rua, frequentados por gerações de portuenses.
O lado contemporâneo da cidade está nas fachadas da Rua de Miguel Bombarda. O centro comercial que funciona no número 285 é sinônimo de inovação e experimentação made in Portugal.
Há opções também no entorno e na transversal Rua do Rosário, onde lojas como a CRU (roupas e acessórios) e o Colectivo Besta (craft art) esbanjam criatividade.
Com 106 lojas, o Shopping Cidade do Porto atende consumidores mais ortodoxos, adeptos de marcas internacionais, entre elas, Mango e Zara.
Inaugurado em 2020, o World of Wine (WOW) é um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto – compre ingresso para um museu do WOW Porto.
Garrafas da bebida fortificante podem ser adquiridas também em caves como Ramos Pinto, Sandman, Taylor’s, Ferreira e Calém, abertas à visitação seguida de degustação.
Esticada
Para adeptos de roteiros enogastronômicos, o tour pela região do Douro visita vinícolas e vai até Pinhão, de onde sai um cruzeiro por um trecho do rio. Já em Leça da Palmeira, a Piscina das Marés fica aberta ao público na alta temporada (junho a setembro). É mais uma das obras by Siza Vieira.
Uma das novidades turísticas de Portugal está a cerca de 70 km do Porto. Declarado Patrimônio da Unesco, o Arouca Geopark é o lugar onde fica a maior ponte de pedestres suspensa do mundo, situada 175 metros acima do Rio Paiva.
Para conhecer as origens de Portugal, uma alternativa é fazer a excursão a Guimarães e Braga. Uma é a terra do primeiro rei português. Já a outra cidade guarda a catedral mais antiga do país. Se houver disposição, suba a escadaria de 573 degraus do Santuário de Bom Jesus de Braga ou vá ao alto no icônico elevador.
Vale conhecer também o vinho verde da região, os bordados de Viana do Castelo e Guimarães, as peças de barro figurado de Barcelos e artigos de cortiça.
Vila do Conde é uma volta ao tempo na figura da Nau Quinhentista (visitas de terça a domingo) e no Museu das Rendas de Bilro, arte secular.
Desde a época da ocupação romana, Chaves é reconhecida como estância termal, onde a água brota a cerca de 70°C, a mais quente da Europa. Junho a outubro é o período mais procurada para tratamentos e experiências nas termas locais.
Uma das mais bonitas Cidades Históricas do Brasil. Tiradentes, em Minas Gerais, se manteve pequena – são em torno de 7.500 habitantes – e preservada, com casario colonial e igrejas barrocas. Prático e completo, o Guia de Viagem Gratuito | Como Viaja reúne tudo o que precisa saber sobre o destino para resolver sua viagem: clima, preparativos, hospedagem, passeios, restaurantes, transporte, compras, eventos e esticadas.
Antigo Arraial de Santo Antônio da Ponta do Morro, fundado em 1702, Tiradentes teve seu conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1938. A cidade ganhou fama nacional nos anos 1980 e estabeleceu um importante calendário de eventos, como a Mostra de Cinema, em janeiro, e o renomado Festival de Gastronomia de Tiradentes, em agosto.
Nos últimos 10 anos, Tiradentes cresceu muito, mas não perdeu sua identidade. Hoje oferece a possibilidade de uma viagem rica em história, com artesanato e comida mineira – bem como restaurantes de culinárias diversas (tem até a tailandesa do Uai Thai) – e lojas de design (caso do ateliê da artista Daniela Karam). Nessa década, aumentou bem a oferta de lojas e pousadas em Tiradentes. Também cresceu a lista dos melhores restaurantes de Tiradentes, entre eles, o Angatu, o Tragaluz e o Pacco & Bacco.
Como ocorre em toda boa cidade de interior que se preze, a vida em Tiradentes começa em torno da praça central, lá chamada de Largo das Forras. Em qualquer rua que se tome a partir dali, surgem possibilidades de passeios e atividades. A Serra de São José serve de cenário ao redor e é apreciada tanto de perto, em trilhas e cachoeiras, quanto à distância, na maria-fumaça de Tiradentes, o passeio de trem até São João del Rei.
Super-indicado para uma escapada romântica, com pousadas e ruas charmosas, o destino mineiro cai bem também para uma viagem em família. Um roteiro em Tiradentes de 2 dias inteiros é suficiente para curtir a cidade, mas não é nada mal ficar mais tempo.
Confira abaixo o guia gratuito de Tiradentes (MG), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série com opções de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.
Clima
Na hora de arrumar a mala, não esqueça de incluir um casaco. A temperatura na cidade de Tiradentes é agradável, mas as noites são frescas mesmo no verão (média de 17°C). De dia, o sol de serra engana, mas queima; use protetor solar. Os termômetros oscilam em torno dos 24°C ao longo do ano inteiro.
Os meses de dezembro e janeiro são historicamente os mais chuvosos, com precipitação acima dos 270 mm. Junho, julho e agosto têm dias secos e praticamente sem nuvens. O céu azul em contraste com o casario colorido deixa as fotos ainda mais lindas.
Durante o inverno, as noites costumam registrar 11°C em média, com possibilidade de queda durante a madrugada. Cuidado com botas e calçados de solado escorregadio porque pode deslizar no calçamento pé de moleque.
Preparativos
Transporte
Depois, opte pelo aluguel de carro na capital mineira (a 190 km), distante umas três horas de estrada. Dá o dobro disso e pouquinho mais se você sair de São Paulo (a 490 km) e tomar a Fernão Dias, rodovia que une mineiros e paulistas. Do Rio de Janeiro (a 370 km), o caminho é a BR-040.
Chegando lá, estacione e só reassuma o volante novamente para visitar o comércio na rua de entrada da cidade, ir à cidade de São João del Rei ou dar um pulo no vizinho distrito de Bichinho. No mais, gaste calorias e sola de tênis subindo e descendo as ladeiras de pé de moleque do centro histórico de Tiradentes. De avião, vá até Belo Horizonte.
Dinheiro
Cartões de crédito e débito são bem aceitos pelos principais bares, restaurantes e lojas de Tiradentes. Mas alguns pequenos produtores de queijo ou de artesanato podem aceitar apenas dinheiro em espécie.
A cidade tem duas agências bancárias, separadas por uma parede e localizadas a 100 metros do Largo das Forras. A entrada do Bradesco fica na Rua Ministro Gabriel Passos, enquanto o acesso ao Itaú é feito por uma viela lateral à esquerda. Não precisa nem trocar de calçada.
Não há caixas eletrônicos da Rede 24 Horas em Tiradentes. Para encontrar um deles, será necessário ir até São João del Rei, cidade vizinha onde também há agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Santander – abrem às 11 horas da manhã.
Hospedagem
Não se preocupe, você vai encontrar pousadas em Tiradentes, e de sobra. Para se ter ideia de como a cidade mineira cresceu nos últimos 10 anos, há centenas de hotéis em Tiradentes na Booking. De hotel no centro histórico a propriedades logo na entrada da cidade mineira; há ainda hospedagem com a Serra de São José como cenário, caso da Solar da Serra Tiradentes, no caminho para Bichinho. A cidade acomoda todo tipo de viajante. De pousadas baratas, ao estilo cama e café, até opções com serviço de recreação infantil, como a Pousada Pequena Tiradentes e o Santíssimo Resort, buscados por famílias.
Em 2019, Nathalia se hospedou na Pousada do Largo, com cama confortável, ar-condicionado split, amenities no banheiro e localização imbatível. Fica diante da principal praça da cidade, o Largo das Forras, onde também se localiza a Pousada Mãe D’Água.
Para quem não faz questão de estar dentro do Centro, mas quer chegar lá com uma curta caminhada, a Pousada Don Quixote é uma boa alternativa (ficamos nela em 2007, quando foi inaugurada; gostamos muito). Tem piscina, como a Pousada Villa Allegra e a Pousada Ouro de Minas, outras sugestões de hospedagem perto da área histórica – ambas oferecem alguns apartamentos com banheira de hidromassagem. Bonita e bem avaliada nos sites de reserva, a Lis Blue Pousada, perto da estação da maria-fumaça, tem chalés que lembram uma casinha no campo e quitutes preparados no fogão à lenha.
Passeios
A voltinha de charrete pela cidade é quase sempre irresistível para casais de namorados ou famílias com crianças. É possível fazer passeios de bicicleta, a cavalo, de bicicleta ou de carro até a Serra de São José, para ver a natureza local e explorar cachoeiras em Tiradentes. Agências locais organizam tanto tours históricos a pé pelo centro e roteiros gastronômicos com degustação de cachaça e queijo quanto cavalgadas e trekkings na mata em torno da serra.
Como faz parte das Cidades Históricas de Minas Gerais, ligadas à exploração de ouro no Brasil Colônia, Tiradentes mantém igrejas cheias de detalhes, como pedia o estilo barroco, vigente até meados do século 18. As linhas amarelas da Matriz de Santo Antônio se sobressaem na paisagem, no alto do vale. Quase 500 kg de ouro foram usados na pintura e no folheado da igreja, frequentada por donos de terra e de escravos. Na rua de baixo, a Nossa Senhora do Rosário era a igreja dos negros (o único branco a entrar lá era o padre).
Ao caminhar pelas ruas do centro histórico de Tiradentes, repare nas bonitas capelas, que são abertas na procissão da Semana Santa, cada uma representa um dos Passos de Cristo. Outra linda construção é o Chafariz de São José, de 1749. Com uma pintura em tom de azul, lembra a fachada de uma igreja em tamanho reduzido.
Tiradentes tem museus interessantes, a maior parte relacionada à religiosidade, importante aspecto da cultura local. A recuperação de um casarão do século 18 e de centenas de peças ligadas ao catolicismo deu origem ao Museu da Liturgia, que abriga 420 itens datados do século 18 ao 20. Já o Museu Sant’Ana reúne quase 300 imagens da mãe de Maria, em sua maioria com a filha, em obras dos séculos 17 e 18, produzidas por artesãos de várias partes do Brasil.
Quem aprecia pintura e escultura deve conferir o Instituto Mário Mendonça. O pintor brasileiro, mestre em arte sacra, fez da sua casa em Tiradentes um museu para suas obras e sua coleção, que inclui bailarinas de Degas e quadros de Di Cavalcanti e Guignard. O Museu Padre Toledo funciona no casarão onde o vigário morava, lugar da primeira reunião dos inconfidentes. Repare nas pinturas do texto, no mobiliário de época e na Sala dos Espelhos.
Bichinho e Tiradentes são ótimos destinos para garimpar móveis rústicos e artesanato. Quem viaja em família também costuma esticar até esse distrito, no vizinho município de Prados, para brincar na Casa Torta. Um roteiro em Tiradentes para crianças sempre inclui o centro cultural com camarim, parede para pintar e cama elástica.
Restaurantes
Vá a Tiradentes, mas não conte ao seu cardiologista. Quem gosta de comer (e bem) se esbalda na cidade mineira, onde há mais de duas décadas é realizado o Festival de Gastronomia Tiradentes, com participação ativa dos chefs locais. São eles que contribuem para a fama de boa mesa que a cidade tem. Com mais ou menos tempo de estrada, há restaurantes para todos os gostos (licença pelo trocadilho e pelo chavão).
O colorido das culinárias tailandesa e mexicana, por exemplo, está presente no Uaithai (vá de rolinho primavera de pato e de sorvete de tamarindo na sobremesa) e no Casazul Bistrô (frozen margarita, nachos com guacamole e quesadillas com recheio de carne moída ou porco desfiado são as pedidas). Café com bolo e maçãs verdes cobertas com chocolate belga são o atrativo do Jane’s Apple, que também vende objetos para casa.
Raízes mineiras são a essência do Pau de Angu – de onde se tem uma linda vista da Serra de São José, na chegada a Bichinho – e do Padre Toledo, alojado em um sobrado de 1722 em Tiradentes. É também em um casarão com três séculos de história que funciona o Tragaluz, cuja goiabada cascão prensada na castanha de caju, servida sobre queijo cremoso e com sorvete de goiaba dá o que falar. E o que dizer do Mané sem Jaleco, a senha para comer um clássico do tradicional restaurante Estalagem do Sabor?
Porém, uma cidade que abriga um dos mais respeitados festivais culinários do país não se limita ao arroz com tutu. Angatu e Pacco & Bacco são representantes da cozinha contemporânea. Apreciadores de pasta italiana têm no Gourmeco uma alternativa. A lonjura do mar não é impedimento para que se encontre um especialista em bacalhau em Tiradentes, o Atrás da Matriz.
Se a intenção for botecar, drinks e 100 tipos de tintos e brancos estão à espera no Entrepôt du Vin, animado ponto da cidade. Simplicidade é a receita do Biroska Santo Reis, com cerveja gelada, ótimos petiscos e uma mercearia para comprar queijo e cachaça. Peça os bolinhos de aipim recheados com queijo ou carne moída. Os quitutes também são gostosos no Templário (soa inacreditável, mas é maravilhosa a coxinha com recheio de rabada). Uma pedida tradicional nos botequins de Tiradentes são os pastéis de angu, de queijo ou carne.
Vegetarianos também participam da arte de beber e beliscar, já que o Cultivo é o primeiro bar e restaurante do gênero em Tiradentes. As bolinhas de queijo Catauá e os croquetes de milho com ora pro nóbis caem muito bem com o caipeta, caipirinha de limão capeta (como cravo ou rosa em outras partes do Brasil), misturado ao xarope de rapadura.
Compras
Ótimas opções de compras se apresentam ao longo das ruas paralelas Direita e Ministro Gabriel Passos. Produtos típicos de Minas Gerais, certamente, estão na lista de compras em Tiradentes: queijos de todas as curas, doces, cachaças, artesanato e tapeçaria, como caminhos de mesa e jogos americanos de qualidade.
Ouro Canastra Q’jaria e o Empório Quejos e Doces (loja no Mini Mix Shopping) são os endereços certos para fãs de queijo, além de venderem ótimos produtos mineiros, entre mel, goiabada cascão (é deliciosa a da marca Zélia, molinha ou de cortar) e doce de leite (aprovamos o Rocca com mistura de café). Caso encontre pela cidade, não deixe de experimentar (e comprar) o queijo da Lúcia – o nome da marca é Sabores do Sítio, mas a proprietária, cujo produto extra curado foi premiado na França, ficou tão famosa que basta dizer que procura o queijo da Lúcia.
Se for a Bichinho, não deixe de passar na Mazuma Mineira, para conhecer o processo de produção da cachaça e levar para casa garrafas de rótulos envelhecidos em barris de diferentes madeiras. No distrito vizinho, uma voltinha pela rua principal apresenta muito artesanato e móveis de demolição à venda – a pioneira Oficina de Agosto ficou tão conhecida que já conta com lojas em São Paulo, Rio, Natal e ainda tem representantes na Bélgica e nos EUA.
Na chegada a Tiradentes, também se passa por vários pontos comerciais com lindas cômodas, cadeiras e mesinhas. Uma delas é a Joelma Marques Móveis e Decorações (confira que lindeza são os relicários), que tem peças prontas e aceita encomenda de personalizadas. Em várias lojas da cidade, como a Empório Heliodora, há a pomba do Resplendor Divino Espírito Santo de vários tamanhos e cores.
Tiradentes, no entanto, surpreende também pela variedade de artigos descolados, produzidos por gente que se mudou para lá e montou ateliê ali nos últimos anos. Na loja Daniela Karam – Alfaitaria para Casa, por exemplo, encontram-se lindas almofadas, cadeiras, necessaires e cadernos de capa dura. A artista cria as estampas inspiradas em viagens no Brasil ou ao exterior e depois lança coleções com elas.
Para quem busca objetos com design diferente, vale checar a Casagrande Cerâmica Artesanal (com belos pratos e travessas em cores sólidas) e a Marcas Mineiras (lugar aconchegante, tem de vasos de cristal a roupa de cama e banho bordada, passando por utensílios para cozinha). Tome um café nos fundos da propriedade (o espresso mineiro vem com doce de leite lambuzado na xícara), acompanhado de bolo de laranja com ganache de chocolate (uma bela forma de terminar um dia de passeio com compra).
Eventos
O calendário de eventos em Tiradentes é agitado o ano todo. A cada mudança de temporada um estilo musical é tema do Quatro Estações Festival: MPB, Blues, Jazz ou Bossa Nova. Em janeiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes tem exibições e oficinas gratuitas. O maior evento local, no entanto, se chama Bike Fest, um encontro de devotos de Harley-Davidson com cerca de 30.000 pessoas, realizado no fim de junho, quando a calmaria da cidade dá lugar ao ronco dos motores.
Na Semana Santa e no Corpus Christi, feriados religiosos, a cidade mantém a tradição dos tapetes de serragem de Minas, traçando o caminho da procissão. O Encontro de Congados no fim de julho reúne grupos de várias cidades da região.
Também em junho, é realizado o Tiradentes Vinho & Jazz Festival, mesmo tipo de música do Duo Jazz, realizado em novembro em 2021. No mesmo ano, Tiradentes voltou a realizar seu Festival de Gastronomia Tiradentes, um dos mais renomados do país. O evento organizado em setembro promoveu jantares, aulas e apresentações culturais.
A cidade também celebra eventos voltados a outros públicos. O Festival Artes Vertentes mexe com fotografia, literatura, artes plásticas, cerâmica, entre outras manifestações. Quem quer saber das tendências deve ir à Semana Criativa de Tiradentes, em outubro. Para as festas de dezembro, a cidade se enfeita de luzes de Natal e tem programação de Réveillon no Largo das Forras.
Esticada
Tiradentes pode ser combinada com um roteiro pelas Cidades Históricas de Minas Gerais. A dupla Ouro Preto e Mariana fica em torno de 160 km. Outra opção é dividir a hospedagem entre São João del Rei e Tiradentes. O trajeto entre as duas cidades pode ser feito de carro ou de maria-fumaça – verifique se há saídas do passeio de trem de Tiradentes no período em que estiver na região e fique atento a horário e direção.
Também pode ser interessante fazer uma dobradinha com Belo Horizonte, incluindo ainda outros destinos próximos à capital mineira; entre eles, Inhotim (a cerca de 40 km) e o Parque Nacional Serra do Cipó (quase 100 km).
Montréal preserva tradições – a língua francesa é a oficial e a gastronomia ocupa um espaço importante na vida de seus habitantes –, mas é uma cidade aberta ao moderno e ao contemporâneo, com atenção à sustentabilidade e à mobilidade. Com cerca de 750 km de ciclovia disponíveis em todos os bairros, os moradores usam a bicicleta mesmo com neve. É o Canadá francês cosmopolita.
Talvez seja a cidade canadense mais bilíngue (os negócios nas empresas, na maioria localizadas no Centre-Ville, o Downtown local, criam a necessidade de falar também o inglês). Quem busca intercâmbio no Canadá pode combinar programas nos 2 idiomas em Montréal. Ela também se mantém atualizada com as tendências mundiais de moda e tecnologia. Há um relevante polo de games na cidade — a província de Québec responde por 30% da produção nacional, sendo que 70% dos estúdios ficam em Montréal e na sua área metropolitana.
A arte tem uma importância tal em Québec que a lei da província determina que 1% do valor de cada construção seja destinado a obras expostas ao público. Por isso, ao caminhar, você verá muitas esculturas, por exemplo, ao longo da Rue Sherbrooke. Essa rua, aliás, é o endereço de 2 excelentes museus de Montréal: o Musée des Beaux-Arts (belas artes) e o Musée McCord (história e sociologia da cidade). Outras 2 instituições de acervo interessante completam a lista de indispensáveis para os fãs de museu: o Musée d’Art Contemporain (arte contemporânea no Quartier des Spectacles) e o Pointe-à-Callière (arquelogia e história da fundação da cidade, na Vieux-Montréal, a parte histórica).
Entre os pontos turísticos de Montréal o mais conhecido é o Mont-Royal, logicamente, já que o monte deu nome à cidade e até hoje uma lei municipal determina que nenhuma construção pode exceder a altura dessa montanha, de 233 m. De lá, é possível apreciar uma bonita vista panorâmica e, a seus pés, o Parc du Mont-Royal, com muitas atividades tanto no verão (apresentações de música e dança) quanto no inverno (patinação e escorregador no tobogã natural formado pelo gelo).
Além do Mont-Royal, entra para o roteiro essencial pela cidade outro parque, o Jean-Drapeau. Formado por 2 ilhas, ele abriga o Casino de Montréal e o Autódromo Gilles Villeneuve. Também valem uma visita a Basilique de Notre-Dame, catedral no centro histórico, e o Parque Olímpico com sua torre inclinada.
O cenário e o próprio clima mudam completamente de acordo com as estações. No verão quente e úmido, a temperatura em Montréal atinge picos de 30°C, e a cidade é repleta de eventos ao ar livre, como o renomado Festival Internacional de Jazz de Montréal. Já na época de frio rigoroso, a sensação térmica pode ser de até -30°C e fica fácil entender a praticidade do Réso de Montréal, a cidade subterrânea com 33 km de túneis e em torno de 2.000 restaurantes e lojas, por onde passam cerca de 500.000 pessoas por dia.
Uma das atividades quase obrigatórias para se fazer em Montréal é experimentar o melhor da sua comida típica. Poutine, bagel e brisket (smoked meat, a carne defumada em sanduíches) são algumas das pedidas. Explorar os mercados de Montréal, outras. Entre eles se destacam o Marché Jean-Talon e o Marché Atwater.
Confira abaixo o que fazer em Montréal, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia gratuitos de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos internacionais e no Brasil.
Clima
Entre junho e setembro, a temperatura em Montréal tem média de 20°C, com dias mais quentes especialmente em julho e em agosto, meses que podem registrar picos de 32°C. O fato de estar em uma ilha deixa todo esse calor mais úmido, responsável por botar todo mundo na rua, especialmente nos parques e piscinas públicas. Atrações e restaurantes também costumam ficar mais cheios nessa época do ano, alta temporada no Canadá.
Leve agasalho se viajar a partir da segunda quinzena de setembro, momento em que as folhas de outono deixam a paisagem avermelhada e os primeiros ventos frios começam a soprar, derrubando os termômetros para baixo dos dois dígitos pelos meses seguintes. Novembro e dezembro registram com frequência marcas negativas e janeiro é o auge do inverno, quando a média fica em torno dos -10°C.
Moradores de Montréal ficam atentos à força do vento, que nesse período do ano faz a sensação térmica chegar a -30°C em alguns dias. A época exige roupas e calçados apropriados para suportar o frio congelante, que, nesse caso, não é força de expressão. O desconforto pelo clima gélido começa a ser desfeito e as marcas voltam a ficar positivas com a chegada da primavera, em março.
Preparativos
Passagem aérea
A Air Canada tem voos direitos para Montréal a partir de São Paulo. Também é possível voar pela empresa até Toronto e pegar uma conexão. Com as companhias americanas, o voo vai até alguma cidade dos Estados Unidos e de lá o viajante pega uma conexão para Montréal.
Visto
Veja o passo a passo para tirar seu visto canadense, pois o país exige esse documento de viajantes brasileiros. Se você esteve no Canadá ou nos Estados Unidos nos últimos 10 anos, pode pedir uma eTA Canada, autorização eletrônica de viagem, caso sua chegada ao país desta vez seja de avião. A autorização eletrônica de viagem é bem mais barata e o processo para solicitá-la é menos burocrática do que o de visto.
Carro
Dirigir é dispensável em Montréal. Você pode optar pelo aluguel de carro se quiser explorar a província de Québec ou ainda a vizinha Ontario, onde ficam Toronto e a capital do Canadá, Ottawa.
Trem
A VIA Rail conecta Montréal a cidades como Quebéc, Toronto, Ottawa e Halifax.
Transporte
Além do táxi ou de um carro alugado, outra opção para deixar o aeroporto é subir no Expresso 747, ônibus que conecta o terminal de passageiros com Downtown. A linha funciona 24 horas por dia, durante o ano inteiro. A tarifa custa CAD$ 10 e pode ser paga diretamente no ônibus (só aceita quantia exata e apenas em moedas, nunca cédulas) ou com qualquer um dos cartões de transporte que dão direito a viagens ilimitadas durante determinado período (de 24 horas a 7 dias de uso).
Os cartões podem ser comprados no terminal de desembarque internacional do aeroporto, em terminais de ônibus da cidade e nas estações de metrô. O Expresso 747 tem duas linhas, uma que segue direto à estação de metrô Lionel-Groulx, outra com destino ao terminal Berri-UQAM, passando pelo Boulevard René Lévesque, com paradas próximas a muitos hotéis.
A cidade é convidativa a andar a pé, tem uma das melhores redes de ciclovias do Canadá (750 km de extensão) e um sistema de transporte público bom e super acessível, que inclui ônibus e 4 linhas de metrô, operadas pela Société de Transport de Montréal (STM). Há tíquetes que dão direito desde uma simples viagem (CAD$ 3,50) até deslocamentos ilimitados durante 3 dias consecutivos (CAD$ 20,50) – mantenha seu bilhete até o fim do deslocamento, como prova de pagamento
Moeda
Compre dólar canadense para levar moeda estrangeira — a cotação é mais baixa que a do americano. Cartões de débito e crédito são aceitos em praticamente todos os lugares, inclui hotéis e restaurantes. Gorjetas: nos restaurantes e táxis, acrescente 15% ao total da conta; nas cafeterias, você pode deixar as moedas do troco na caixinha dos funcionários; nos hotéis, o costume é dar CAN$ 2 por mala carregada ou serviço prestado.
Hotéis
Na hora de escolher onde ficar em Montréal, saiba que a maior parte dos hotéis está em Downtown e no centro histórico. Nathalia já se hospedou InterContinental Montréal e recomenda. Corretíssimo nos serviços oferecidos, esse 5 estrelas fica próximo da Catedral de Notre-Dame (Basilique Notre-Dame) e tem acesso direto ao Réso, rede de caminhos subterrâneos. Em outro momento na cidade, ela passou alguns dias no Hôtel Alt Montréal. Moderno, elegante e com boa relação custo-benefício, o hotel tem facilidades como geladeira com sucos e sanduíches frios à venda na recepção. Localizado em Griffintown, bairro de restaurantes e lojas fora da curva e bem interessantes.
Para celebrar um momento especial ou simplesmente porque você deseja se dar um luxo, uma noite no Le Mount Stephen talvez seja interessante. Este hotel boutique ocupa um casarão histórico de 1880 que é a cara de Golden Square Mile, região de construções vitorianas e muito arborizada. Colado na Boulevard Saint-Laurent, o Hôtel Zero 1 é uma alternativa próxima ao Quartier des Spectacles. Moderno e ajeitadinho, tem quartos e suítes voltados para o portal de Chinatown. Fica na René-Lévesque, avenida por onde passa o Expresso 747.
Quem se utiliza do ônibus que liga o aeroporto ao Centro também pode descer muito próximo ao Novotel Montreal Centre. Com quartos confortáveis, esta unidade da rede está situada a cerca de 300 metros do Bell Centre, casa do Montréal Canadian, time de hóquei da cidade.
Imagine despertar diante do Rio Saint-Laurent? Nada mal para quem se hospeda no Auberge du Vieux Port, onde as paredes originais de pedra e tijolos emprestam mais charme aos quartos e suítes do hotel, instalado em um armazém do século 19. Serviços à francesa, pé direito alto e janelões são atributos do Hotel Bonaparte, onde 30 quartos e uma suíte oferecem ampla visão das ruas de paralelepípedos. A uma curta caminhada de restaurantes, boutiques e marcos históricos da cidade.
Passeios
Para quem prefere viajar por conta própria e com calma, há o passe de 72 horas com entrada em atrações e bilhete de metrô (Montreal Attractions Pass with Metro Ticket). Também dá direito a transporte de ônibus, incluindo a linha 747 de Montréal para o aeroporto.
O passe inclui 28 atividades, como o cruzeiro no Vieux-Port, a MTL Zipline (tirolesa), o Musée des Beaux-Arts (Museu de Belas Artes, com pinturas e esculturas), o Musée d’Art Contemporain (com exposições e instalações), o Musée Grévin (de cera), o Musée McCord (com mostras sobre história e sociologia da cidade), o Pointe-à-Callière (de arqueologia e história, sobre a fundação de Montréal), o Biosphère (museu do meio ambiente no Parc Jean-Drapeau), o bonito Jardin Botanique (jardim botânico), o planetário (o interessante Planétarium Rio Tinto Alcan) e a Torre do Parque Olímpico (La Tour de Montréal, com 165 m a 45 graus, símbolo da Olimpíada de 1976).
Considerando as principais atrações de Montréal com entrada paga, estão fora do passe apenas a Basilique de Notre-Dame (catedral com um maravilhoso altar azul) e o Biodôme (espaço do antigo velódromo nos Jogos Olímpicos adaptado para receber ecossistemas das Américas, com plantas e animais).
O City Bike Tour de 3 horas com aluguel da bicicleta incluído após o passeio apresenta pontos conhecidos e escondidos da cidade e sua prática rede de ciclovias, com parada para degustação. Realizado pela Ça Roule (Nathalia fez o passeio de bicicleta em Montréal com essa empresa e gostou do serviço), o tour começa e termina na Vieux-Montréal, passando por vários bairros.
Restaurantes
As raízes francesas justificam a fama de Montréal como destino gastronômico no Canadá. Enquanto se visita a maior cidade da província de Québec, é praticamente impossível ficar de boca fechada, exceto enquanto se mastiga. Com cerca de 75 restaurantes por km², a dica é provar de pouco em pouco em cada lugar, a fim de tornar a jornada pela gastronomia de Montréal mais completa.
As manhãs podem começar com baguete ou pão multigrãos quentinhos da Première Moisson, rede de padarias com filiais por toda a cidade, incluindo os dois principais mercados de Montréal — a do Marché Atwater abre primeiro, logo às 6 da matina. Oportunidade de ver logo cedo a chegada de produtos frescos, boa parte deles cultivados na província de Québec. Ponto turístico, o Marché Jean-Talon é ideal tanto para saborear crepes de frutas vermelhas quanto para comprar uns saquinhos com frutas secas, perfeitas para serem comidas durante deslocamentos pela cidade. E não deixe de visitar o Le Marché des Saveurs du Québec, loja na rua no entorno do Jean-Talon, boa para quem procura por xarope de maple (syrup d’erable, em francês) e outras maravilhas québécois, como os mirtilos locais (bleuts).
Brasileiros que conhecem Nova York não estranham ouvir falar em bagels e pastrami, dois artigos famosos também em Montréal — e motivo de disputa entre as cidades para saber quem tem o melhor. Desde 1928, o Schwartz’s serve generosas lascas de carne defumada com molho de mostarda entre fatias de pão de centeio. O cantor e poeta Leonard Cohen preferia a versão preparada na Main Deli Steak House, localizada do outro lado do Boulevard Saint-Laurent. Na Rue Sainte-Catherine, a pedida é o Reuben’s, onde além do pastrami tradicional saboreia-se o legítimo sanduíche que leva o nome da casa, com carne defumada, queijo suíço e repolho.
Ainda na linha refinamento zero, sabor dez, Montréal é o lugar para provar poutine. A combinação de batata frita, pedaços de queijo e molho de carne, uma das comidas típicas do Canadá, aquece corações e almas em tempos frios. Mas dá para ser devorada o ano inteiro. Os cardápios do La Banquise e do Frite Alors! oferecem variações sobre o tema, e vão além, com hambúrgueres e fritas. Você encontra as 2 casas no Plateau Mont-Royal, bairro que não tem apenas porn food. A zona boêmia da cidade e seu bairro vizinho, Mile End, concentram boas opções gastronômicas, como o Bistrô La Fabrique, e um dos 10 melhores restaurantes para um brunch, o Fabergé, cujos ovos benedicts alavancam sua reputação. No mesmo bairro, para tirar a prova dos 9 sobre os já mencionados bagels, faça sua escolha: St-Viateur Bagel e Fairmount Bagel.
Outros bairros vêm ganhando destaque quando o assunto é restaurantes em Montréal, como Griffintown e Petite-Bourgogne. No 1º, alguns saborosos nomes são Foxy, especializado em grelhados na brasa, e Le Serpent, para cozinha italiana, vinho e sobremesas do chef pâtissière Masami Waki. No bairro seguinte, o Candide oferece um menu a preço fixo, diferente a cada mês, e o Joe Beef serve carnes e frutos do mar, em pratos como sua famosa massa com lagosta.
Pelas ruas históricas de Vieux-Montréal também se encontram delícias. Entre galerias de arte e bons restaurantes da Rue Saint Paul, o Olive & Gourmando é um clássico, onde os paninis atraem muita gente para lá na hora do almoço. Nos arredores da Basilique Notre-Dame de Montréal, os macarons do Europea Espace Boutique seguem o padrão de qualidade que deram a Jérome Ferrer o título de Grand Chef Relais & Châteaux, por seu trabalho à frente do estrelado Europea. Nos meses mais quentes, aproximadamente 350 opções de food trucks se espalham por 20 pontos da cidade, do Parque Olímpico ao Vieux-Port.
Eventos
Conforme o tempo esquenta, aumenta o número de eventos em Montréal. L’International des Feux Loto-Québec promove um espetáculo de fogos de artifício, entre junho e julho, na Pont Jacques-Cartier, diante do La Ronde (parque de diversões da Six Flags). No meio do ano, o GP de Fórmula 1 agita também a Rue Crescent numa festa depois da prova. O Boulevard Saint-Laurent ganha cores e desenhos pintadas por artistas do mundo todo durante os 11 dias do Mural Festival, em junho.
No mês seguinte, a 1ª quinzena é de circo em Montréal, com o Complètement Cirque, e a 2ª é de humor, com o Just for Laughs Festival. Entre setembro e outubro, tem Momenta – Biennale de l’Image, para fãs de fotografia, e Gardens of Light, festival de lanternas no Jardim Botânico de Montréal.
A música é outro tema de destaque no calendário local. O Festival de Jazz de Montréal, instalado no Quartier des Spectacles, é o evento mais conhecido internacionalmente. Os 10 dias de apresentações pagas e gratuitas vão do fim de junho ao início de julho. Os parques de Montréal também viram palco de espetáculos musicais no verão. Tambores e dançarinos animam o Parc du Mont-Royal todo domingo com a realização de Tam Tams. Esse festival se estende do começo de maio até setembro (dependendo do ano, alcança outubro) e se concentra perto do monumento dedicado a Sir George-Étienne Cartier no parque. No Parc Jean-Drapeau, o Piknic Électronic reúne DJs locais e convidados internacionais em shows de música eletrônica, com ingressos cobrados, da 2ª metade de maio ao fim de setembro.
Com 3 dias de shows de indie e hip hop, o Osheaga, organizado em agosto, é comumente comparado ao Lollapalooza, ao Glastonbury e ao Coachella. No outono (5 dias no fim de setembro), é a vez do hipster Pop Montreal, com cobrança de ingresso, apresentar em torno de 400 artistas — no fim de semana do festival, há atividades gratuitas para crianças. Com a neve caindo, o Igloofest bota a galera para dançar música eletrônica no Vieux-Port, da 2ª quinzena de janeiro ao começo de fevereiro.
Como destino gastronômico em essência, Montréal organiza eventos ligados a comida e bebida ao longo do ano todo. Na 1ª metade de junho, é realizado o Mondial de la Bière, festival de cerveja artesanal que já tem edições no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando esfria, na 1ª quinzena de novembro, ocorre a MTL à Table, a restaurant week de Montréal. Cerca de 150 restaurantes preparam menus a preço fixo para brunch, almoço ou jantar.
O cenário branquinho de neve em dezembro ganha luzes, comidas e atividades em mercados de Natal do Canadá, presentes também em Montréal. Atmosfera perfeita para diversão no inverno em família. Entre janeiro e fevereiro, a criançada se diverte na Fête de la Neiges, aos sábados e domingos no Parc Jean-Drapeau. com trenó, esculturas de gelo, shows e atividades pagas e gratuitas. Dá para fazer pirulito de xarope de maple no gelo.
Gastronomia com arte e diversão se encontram no Montréal en Lumière, do fim de fevereiro ao início de março, no Quartier des Spectacles. Tem shows gratuitos, atividades culinárias com chefs e produtores de vinho e atrações como tirolesa, tobogã e roda gigante. A Nuit Blanche, noite inteira de arte com cerca de 200 atividades culturais (várias, gratuitas), é realizada no último fim de semana do Montréal en Lumière. Muitas luzes também estão nas instalações de artistas espalhadas ao redor da Place des Festivals durante o Illuminart, evento gratuito e interativo, também entre o fim de fevereiro e começo de março.
Compras
Em matéria de qualidade e quantidade, a Rue Sainte-Catherine é praticamente imbatível. Com 15 km de extensão, ela é a principal rua de comércio de Montréal. Concentra cerca de 1.500 lojas, que incluem as básicas H&M (roupas e acessórios), Dollarama (artigos para casa e lembrancinhas), eletrônicos (especialidade da Best Buy e da The Source), passando ainda por grandes redes de departamento, entre elas, Hudson Bay e Simons (esta originária de Québec).
É na Sainte-Catherine que você também encontra a Ogilvy, maison local que reúne marcas renomadas como Balenciaga, Moncler e Louis Vuitton. E não dá para esquecer dos vários shopping centers ao longo da rua — Complexe Desjardins, Promenades Cathédrale e Eaton Centre, o maior e mais famoso deles. Os subsolos desses grandes centros de compras são conectados pelo Réso, o sistema de caminhos subterrâneos, que oferece 2.200 lojas e restaurantes, abertos faça sol ou chuva (neve, para ser mais exato).
Ainda em Centre-Ville, a dupla Rue Crescent e Rue Sherbrooke concentra elegantes boutiques, livrarias, galerias e bares para uma happy hour ao fim das compras. Criações exclusivas dos melhores estilistas de Québec estão nas vitrines da MO 851 e de outras lojinhas do Plateau e de Mile End, com destaque para as que se espalham pelas Avenue Mont-Royal e Rue Saint-Denis. A faceta mais trendy de Montréal é também um lugar para comprar roupas de segunda-mão, achados vintage, objetos e acessórios que fogem aos padrões da moda e da decoração. Vá, compre e fique um pouco mais para descobrir os prazeres que o Plateau tem a oferecer quando a noite se aproxima, especialmente no Boulevard Saint-Laurent.
Artigos únicos, peças contemporâneas e sabores originais de Québec e região formam o leque de opções do Marché Bonsecours, mercado na área do porto. Explore as ruas de paralelepípedo do centro histórico, com suas lojinhas de souvenir e de produtos locais. Na Délices, Érable & Cie, o maple é vendido de todas as formas possíveis, do clássico xarope a tempero, passando por sorvete e o que mais for possível inventar.
Durante o verão, nos bairros de Montréal, você pode encontrar alguma vente trottoir (venda de calçada). As lojas expõem mercadorias com desconto do lado de fora. As ruas são fechadas para o tráfego de veículos e recebem barraquinhas de comida e, em alguns casos, atividades para crianças. No centro da cidade, por exemplo, na Sainte-Catherine, as lojas também podem exibir itens em promoção do lado de fora, mas é nos bairros que se tem a experiência mais autêntica desse tipo de comércio.
Para explorar mais, há uma excursão de 1 dia às Laurentides, que mostra a beleza da cadeia de montanhas ao norte de Montréal, passando por cidades e lagos (com cruzeiro no Lac-des-Sables). Ou curta a paisagem mais conhecida da região num passeio de 1 dia a Mont-Tremblant.
Para esticar até outras cidades do Canadá, há opções como Ottawa (a 165 km), capital do Canadá, e Toronto (a 550 km), ambas na rota de trem Corridor da Via Rail. Uma boa dobradinha é o roteiro por Toronto e Montréal, as maiores cidades do Canadá inglês e francês.
O Festival de Gastronomia de Tiradentes 2023, organizado pelo Projeto Fartura, ocorre entre 18 e 27 de agosto. Durante o festival, a cidade recebe cerca de 60 mil pessoas. Isso resulta em lotação de lugares e acomodações. Por isso, programe-se com antecedência: veja sugestões de onde ficar em Tiradentes, com pousadas e hotéis bem avaliados por viajantes, e o que fazer em Tiradentes.
O evento deixa a cidade de Minas Gerais uma gracinha maior do que já é. Além disso, é um dos festivais gastronômicos mais renomados do país, com programação que envolve cultura também, em 200 atrações gratuitas e pagas. Combine o evento com passeios locais, caso da voltinha na maria-fumaça de Tiradentes.
A 26ª edição do Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes ocorre em três espaços da cidade mineira: a Praça da Rodoviária, o Largo das Forras e o Santíssimo Resort. Ao longo dos 10 dias, a programação oferece ao público a oportunidade de participar de formas diversas. Afinal, inclui de festins (jantares pagos de alta gastronomia) a apresentações gratuitas nas praças e ruas da cidade. Ao mesmo tempo, ocorrem demonstrações de produtos, palestras, degustações e aulas teóricas e práticas (de graça, têm inscrições abertas 30 minutos antes do início).
Não é preciso saborear a cidade apenas no festival de gastronomia. A gente fica até perdido na hora de escolher onde comer em Tiradentes, já que existem boas surpresas à mesa o ano todo. Por exemplo, o Uaithai, onde Nath almoçou ainda em 2019. A casa, sob o comando de Ricardo Martins, funde Minas com Tailândia.
Que chefs participam da festa em Tiradentes
A 26ª edição terá o predomínio das mulheres, maneira encontrada pela organização do festival homenagear Nelsa Trombino. Fundadora do restaurante Xapuri, aliás, ela é uma pioneira entre as mulheres na gastronomia. A chef morreu em maio, aos 84 anos.
Na lista de chefs brasileiras participantes do Festival de Gastronomia de Tiradentes de 2023 estão Ieda de Matos (Casa de Ieda-SP), Mara Salles (Tordesilhas-SP), Morena Leite (Capim Santo-SP), Roberta Sudbrack (Sud, o pássaro verde-RJ), Flávia Quaresma (Carême Bistrô-RJ), Bruna Martins (Birosca S2-MG), Claudia Krauspenhar (K.sa-PR), Dani Martins (Épralevar-PA), Andreza Luísa (Mia-MG), Carol Fadel (Matula-MG), Maria Clara Magalhães (Matula-MG), Marina Lopes (Milos-MG).
Entretanto, entre os homens foram confirmados os chefs Caetano Sobrinho (Caê-MG), Rafael Pires (Mia-MG), André Paganini (Chico Dedê-MG), Marcelo Haddad (Paladino-MG), Cristiano Seabra (Paço Real-PE) e Pedro Barbosa (Maní-SP).
O festival de 2022 teve a presença do chef Jefferson Rueda, da Casa do Porco, restaurante de São Paulo, 12º melhor do mundo na lista The World’s 50 Best Restaurants, da revista britânica Restaurant em 2023. Rueda trabalhou ao lado de Matheus Paratella, do tradicional Tragaluz, localizado em casarão histórico da Rua Direita.
Refeições preparadas por chefs locais e convidados fazem parte do Menu Festim, uma das atrações do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes. Em 2023, então, serão quatro jantares harmonizados e servidos no novo Espaço Raízes. Assim, cada jantar ficará a cargo de duas chefs: uma veterana e outra da nova safra de cozinheiros.
Como é a programação do festival gastronômico
No Santíssimo Resort, o espaço Brasa & Lenha será capitaneado por Flávio Trombino. De 18 a 20 e entre 25 e 27 de agosto, o chef do Xapuri apresenta receitas à base de carnes e frutos do mar.
Na abertura do evento, dia 18, a dupla Mara Salles e Dani Martins prepara o primeiro jantar. No dia seguinte (19), será a vez de Morena Leite e Ieda de Matos. A parceria entre Flávia Quaresma e Claudia Krauspenhar abrirá o segundo fim de semana de Festim (25). Finalmente, o último jantar harmonizado (26) terá comando de Roberta Sudbrak e Bruna Martins.
Durante o evento, muitos restaurantes de Tiradentes criam receitas exclusivas ou elaboram um cardápio todo especial para o Circuito Gastronômico que integra a programação. Em 2022, além do Tragaluz e do Uaithai, participaram do festival casas como Dengo, Gourmeco, Bistrô Casa Direita, Virada’s do Largo, Mia e Angatu.
Pelas ruas há sempre a chance de esbarrar em espaços montados para levar ao público sabores únicos do festival, caso da Comidaria. Além disso, os chefs compartilham truques e conhecimentos em atrações como o Cozinha ao Vivo.
Mas, para comprar ingredientes vindos de pequenos produtores locais, visite o espaço Mercearia Fartura. Ela funciona dentro do Santíssimo Resort, e terá charcutaria, queijos, doce de leite, pães, massas, geleias, sorvetes e temperos, tudo feito de modo artesanal.
Produtos semelhantes e ainda café, cachaça, azeite e mel mineiros também podem ser encontrados no espaço Sebrae, montado no Largo das Forras.
Que apresentações musicais estão na festa
As atividades do festival se concentram no centro histórico de Tiradentes. Enquanto come e bebe, o público se delicia com shows de jazz, MPB e música instrumental. Há ainda performances ao ar livre.
Nos fins de semana do Festival de Gastronomia de Tiradentes, há apresentações musicais. Entre os artistas brasileiros que vão se revezar nos palcos estão a pianista Eloá Gonçalves, o baterista Carlos Ezequiel, o saxofonista Samuel Pompeo, o guitarrista Tato Mahfuz, o multi-instrumentista Everton Coroné, Bagatelas Quarteto, a cantora Adriana Araújo, InstruMetal, além dos DJs Mcastro, Thiagão e Aída.
Qual é a história do evento e do Projeto Fartura
Criado em 1998, o Festival de Gastronomia de Tiradentes recebeu até hoje cerca de 860 mil visitantes. Nesse período, o evento teve perto de 3 mil atrações gastronômicas e participação de quase 4.200 profissionais do setor, de todas as regiões do Brasil. Um total de 1.110 atividades artísticas foram levadas o público ao longo desses 25 anos.
A programação inclui ainda uma vertente social. Por isso, há a oferta de cursos de capacitação e atividades gratuitas promovidas pela ação Fartura de Amor, responsável por arrecadar alimentos e distribuir refeições preparadas pelos chefs do festival. No campo da sustentabilidade, por fim, a organização encaminha resíduos para a reciclagem, utiliza materiais descartáveis feitos à base de bagaço de cana de açúcar, estabelece pontos de coleta seletiva durante o evento, entre outras iniciativas ambientais.
O Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes passou a ter sua produção e organização a cargo do Projeto Fartura – Comidas do Brasil, desde 2009. Essa expedição já passou por cerca de 150 municípios do país e entrevistou em torno de 380 personagens da culinária nacional. Essa jornada rendeu não só descobertas de ingredientes e receitas, mas também livros, documentários e toda forma de conteúdo para quem, assim como os idealizadores do festival, ama a boa mesa.
O Fartura tem a sustentabilidade como objetivo, mapeando a cadeia produtiva do alimento, da origem à mesa. Festivais sob a curadoria do projeto existem também em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Belém e Porto Alegre. O evento já chegou também a Lisboa.
O que mais saber sobre o festival
Data: O 26º Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes está previsto para o período de 18 a 27 de agosto de 2023