Autor: Nathalia Molina

  • Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    O Parque Güell é um dos lugares mais visitados de Barcelona, cidade que tem na genialidade de Antoni Gaudí a expressão máxima da arquitetura modernista. Primeiramente, a obra impressiona pelo uso de materiais de modo excepcional e pela harmonia da construção com a natureza. Fiquei passada (impossível não ficar) com todas as criações de Gaudí em Barcelona, como a Basílica da Sagrada Família e a Casa Batlló, entre outras. Estão entre as grandes atrações turísticas do mundo, caso dos Museus do Vaticano (colados em Roma) e da Estátua da Liberdade (em Nova York).

    Mas, entre todas as obras de Gaudí, o Parque Güell foi especial para mim. Imaginar que, na virada do século 19 para o 20, o arquiteto catalão já executava projetos pensando em reaproveitamento de água, como na praça principal do parque. E, principalmente, por causa da beleza dos mosaicos e das linhas das construções, que permanecem bem vivos na minha memória depois tantos anos. Irmã de uma arquiteta, na época eu só pensava como ela iria adorar ver tudo aquilo, sem dúvida.

    Para visitar, você pode comprar o ingresso para o Parque Güel com áudio num app que você baixa no celular – disponível em 4 idiomas; não tem português. Outra opção da empresa de atividades Get Your Guide é a visita guiada ao Parque Güell com acesso sem fila. Também parceira do Como Viaja, a Civitatis tem um free tour pelo Parque Güell com 1h30 de duração e guia que fala espanhol. Para isso, você precisa já ter o ingresso comprado (€10). Já a visita guiada da Civitatis inclui o preço da entrada e oferece guia em espanhol e inglês.

    Como é o Parque Güell

    Com mais de 17 hectares, o Parque Güell em Barcelona começou a ser construído em 1900, na esteira do grande plano de desenvolvimento urbano da cidade. A obra foi um pedido de Eusebi Güell ao arquiteto Antoni Gaudí, a quem o empresário já havia confiado outros projetos. Nasceu como um parque particular antes de virar, em 1926, atração pública e ponto turístico de Barcelona. Desde 1984, ele faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

    Vista de Barcelona, a partir do parque
    Vista de Barcelona, a partir do parque

    Uma visita completa ao Parque Güel demora até 3 horas. Contudo, esse tempo vai depender do que você pretende ver, já que é fácil gastar uns bons minutos admirando e, claro, fotografando alguns trechos. Portanto, chegue cedo se quiser curtir tudo sem pressa. O parque funciona das 9h30 às 17h30. Mais do que elencar uma a uma as atrações, eu digo o que vale prestar atenção. O modo mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descer nas estações Vallcarca ou Lesseps.

    O que fazer no projeto de Gaudí

    O impacto da visita ao Parque Güell começa logo que você cruza o portão de entrada. A elegância decorativa caracaterística de Gaudí está presente mesmo nas construções de cunho funcional, como a antiga portaria. A partir daí, o que se vê é o uso singular de ferro, pedra, vidro e cerâmica, principalmente. A arquitetura de Gaudí é orgânica porque aproveita as curvas naturais de alguns desses materiais e não cede à rigidez de outros.

    Pare para ver a Sala Hipostila, cujas 86 colunas são responsáveis por conduzir a água da chuva captada da praça acima desse espaço. O volume é armazenado em um tanque subterrâneo. Se acaso estiver cheio, ele transborda o excesso pela boca do dragão da escadaria de acesso. É ali também entre os degraus que está a salamandra feita de cacos de cerâmica, um símbolo do parque.

    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí
    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí

    Do mesmo modo, a Praça da Natureza é outra imagem que representa o Parque Güell. Parte dela fica acima da Sala Hipostila, enquanto a outra surgiu a partir da escavação de uma rocha. O extenso banco ondulado que caracteriza a praça é todo revestido de mosaico, aspecto que marca a obra de Gaudí a partir de desenhos e formas.

    Além de estar em uma posição central no parque, a praça oferece visão panorâmica de Barcelona. Sente-se por alguns instantes e admire natureza, arquitetura e arte em harmonia.

  • Halifax: memória do Titanic, no museu marítimo

    Halifax: memória do Titanic, no museu marítimo

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (350)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Quando o Titanic se chocou contra um iceberg em abril de 1912, o principal porto mais perto do acidente era Halifax.  Hoje o Martitime Museum of the Atlantic, o museu marítimo da cidade, conta essa história.

    O acervo do museu trata da evolução de barcos (com lindos exemplares e maquetes), da participação da Marinha canadense na guerra, de expedições aos pólos e da relação da Nova Scotia com o Oceano Atlântico — engraçada a representação do mostro marinho que atacava navios em forma de um polvo gigante.

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    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (343)Mas o destaque do Maritime Museum é mesmo a área dedicada ao Titanic. Textos e fotografias mostram a construção do navio e o falatório que aquela grande obra da engenharia naval provocou. “Não posso conceber nenhum desastre acontecendo com este navio. A construção naval já passou desse ponto”, diz o painel, em inglês e em francês.

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (122)

    Um quadro exibe um desenho do Titanic e explica como o espaço se dividia entre os passageiros da 1ª, da 2ª e da 3ª classe.

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    Pequenas vitrines exibem fotografias, pedaços de tecidos e lustres que caracterizavam as cabines das diversas classes do Titanic. É claro que a gente sabe que existia diferença, mas foi interessante ver isso retratado em imagens e detalhes. Uma pena que as fotos saíram com reflexo, mas dá para ter uma ideia de como aparecem fotos das camas e retalhos das cortinas — detalhe para a lâmpada, sem lustre, na 3ª classe.

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (384)Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (130)

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Uma espreguiçadeira original do Titanic (na foto do alto da página) também está na exposição, diante de uma foto do navio.  O acervo exibe ainda um pedaço de um arco de madeira do lounge do Titanic, fotos da escadaria e objetos de passageiros. Tocante ver o  par de sapatos de criança.

    Cemitérios

    Os corpos resgatados do Titanic que não puderam ser levados para suas cidades de origem foram enterrados em 3 cemitérios de Halifax. A maior parte está no Fairview Lawn, mas há corpos enterrados também no Baron de Hirsch e no Mount Olivet.

    Para quem se interessa pelo assunto, há ainda o site Titanic in Nova Scotia, sobre conexões da província canadense com o navio.

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja (137)VALE SABER

    Endereço: 1675 Lower Water Street, Halifax

    Funcionamento: De 1º de maio a 31 de outubro, todos os dias das 9h30 às 17h30 (aos domingos, esse horário vale a partir de 1º de junho) — às terças, o funcionamento se estende até às 20 horas. No restante do ano, de terça a domingo, das 9h30 às 17 horas — às terças, o funcionamento se estende até as 20 horas e aos domingos, o museu abre às 13 horas

    Preço: De 1º de maio a 31 de outubro, 9,55 dólares canadenses — de 6 a 17 anos, 5,15 dólares canadenses; até 5 anos, grátis. No restante do ano, 5,15 dólares canadenses — de 6 a 17 anos, 3,10 dólares canadenses; até 5 anos, grátis

    Site: maritimemuseum.novascotia.ca

  • Esqui na Argentina: temporada de inverno 2013

    Esqui na Argentina: temporada de inverno 2013

    Esqui, Argentina, Catedral - Foto Eliseo Miciu, Divulgação

    CATEDRAL — Foto: Eliseo Miciu/Divulgação

    ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO ESPECIAL DE FÉRIAS DO CADERNO VIAGEM, DO JORNAL ESTADO DE S. PAULO (aqui na íntegra) — edição de maio de 2013

    Leia também sobre esqui no Chile

    Texto de Nathalia Molina

    A celebração do inverno em Bariloche começa antes neste ano. A Fiesta de La Nieve, realizada em agosto na cidade argentina, foi antecipada para 21 de junho. Durante uma semana, espetáculos e atrações para a família garantem diversão. Entre as novidades para a temporada, a mais famosa entre os brasileiros terá pista indoor de patinação no gelo, na Rua Mitre, durante todo o inverno. O ponto promete ficar agitado, assim como o bar de gelo – os adultos tomam vodka em copos de gelo, enquanto as crianças brincam no iglu em miniatura. A neve argentina reserva aventura de Mendoza à Terra do Fogo, veja só:
    CATEDRAL
    Funciona há cerca de 70 anos, é a estação mais antiga da Argentina. Com 1.200 hectares de área (metade de pistas), 39 meios de elevação, 19 restaurantes e um shopping, Catedral atrai em torno 250 mil visitantes por inverno. O centro de esqui tem vista panorâmica para o Lago Nahuel Huapi e fica a apenas 11 quilômetros do centro de Bariloche.
    • Novidades: As pistas estão mais planas e seguras, com 18 máquinas de limpeza (antes eram 8). Mudanças na área digital prometem maior agilidade nos meios de elevação e na leitura dos passes
    • Destaques: Tem a maior superfície esquiável da América do Sul, com 9 quilômetros de pista e 11 canhões para produzir neve artificial. A escola de snowboard conta com 400 instrutores profissionais. Além da neve, a estação tem um farto calendário que inclui música, moda e arte
    • Quanto custa: A estação não administra hotéis. Para hospedagem na base do centro de esqui, é preciso procurar individualmente nos hotéis. Em Bariloche, há mais opções e em todas as faixas de preço
    • Mais: www.catedralaltapatagonia.com

    Esqui, Argentina, Catedral - Foto Julián Lausi, Divulgação

    Foto: Julián Lausi/Divulgação

     

    CHAPELCO

    Com 25 pistas de esqui, o centro de esqui está localizado a 20 quilômetros de San Martin de los Andes. O snowpark tem espaço para principiantes, intermediários e avançados.

    • Novidades: Passes para os meios de elevação podem ser comprados pelo site. O novo aplicativo para iPad informa condições meteorológicas, mapas de pistas, meios de elevação e notícias
    • Destaques: Em agosto e setembro, ocorrem na estação eventos esportivos internacionais como Tetratlón de Chapelco, Argentina Snow Polo e Chapelco Open Boardercross. No programa Back Bowls, esquiadores mais experientes praticam o esporte em pontos mais extremos
    • Quanto custa: Há opções para todas as faixas de preço – os turistas se hospedam na cidade de San Martin de los Andes
    • Mais: www.chapelco.com

    Esqui, Argentina, Chapelco - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

     

    LAS LEÑAS

    Com opções de hospedagem de diferentes categorias, Las Leñas oferece estrutura completa, que inclui spa, piscina coberta, discoteca e cassino. Há 30 pistas e 13 meios de elevação. Malargüe é a cidade mais próxima da estação, a 80 quilômetros.

    • Novidades: Principiantes e universitários têm 25% de desconto em passes com acesso a quatro pistas para esse público.  Para manobras radicais, há uma nova pista, a Bumps. O parador de montanha de pista Eros será reinaugurado, com lanches a preços acessíveis
    • Destaques: Complexo turístico completo, Las Leñas oferece uma das descidas mais livres e largas por pistas – Apolo, Netuno e Vênus, de 7.050 metros. Inaugurado em 2012, o meio de elevação Minerva 2 (com cadeiras para 4 pessoas por viagem) deu mais agilidade à estação
    • Quanto custa: Diárias a partir de US$ 198 para duas pessoas
    • Mais: www.laslenas.com

    Esqui, Argentina, Las Leñas - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

     

    CERRO CASTOR

    Pertinho de Ushuaia (distante 26 quilômetros), Cerro Castor possui 29 pistas, 11 meios de elevação, 6 pontos de alimentação (metade na base e o restante na montanha) e uma área para principiantes.

    • Novidades: Está com diversas inaugurações: centro de informações, restaurante, nova pista, mais um meio de elevação e edifício base de 1.300 m². Um aplicativo para celulares (Android e iPhone) mostra a estrutura da estação, temperatura, neve acumulada e pontos de interesse na montanha
    • Destaques: A temporada é mais longa por lá: há neve até outubro. A estação conta ainda com 12 canhões para produzir neve artificial. Pessoas com capacidade motora especial encontram equipamentos e instalações adaptadas
    • Quanto custa: Os preços variam de acordo com a categoria do hotel escolhido em Ushuaia
    • Mais: www.cerrocastor.com

    Esqui, Argentina, Cerro Castor - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

  • Onde comer em Halifax: de lagosta a vegan

    Onde comer em Halifax: de lagosta a vegan

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Sem dúvida, lagosta é o prato principal em Halifax, capital da Nova Scotia. Afinal, essa é uma das 3 Províncias Marítimas do Canadá, conhecidas pela lagosta — as outras são New Brunswick e Prince Edward Island. Mas quem tem alergia não passa aperto.  Eu experimentei muita lagosta por lá, mas também comi vieras. Algo que não seja do mar? Bem, eu vi nos cardápios.

    Vão aqui algumas sugestões de lugares dos quais gostei, com diferentes propostas e preços:

    WOODEN MONKEY

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaEste é o endereço para uma refeição natureba deliciosa. Ingredientes orgânicos e frescos são usados na preparação dos pratos. O restaurante prestigia os produtores locais. O menu do Wooden Monkey indica ao lado dos nomes dos pratos se eles são sem glúten ou vegan (sem carne animal ou derivados). Quem me convidou para ir ao esse restaurante foi a Denyse Johnson, da Comissão Canadense de Turismo, adepta de chás e alimentação natural. Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaFui bem guiada, então.

    Pedi uma salada de vieira (scallop) com amêndoas e queijo feta. Custa 17 dólares canadenses. É enorme, não dá para pedir prato principal se o nível da fome for mediano. Bebi um suco gasoso de romã (pomegranate) com limão, a 3,47 dólares canadenses. Orgânico, é produzido na americana Califórnia (onde mais, né?).

    MCKELVIE’S

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaAqui eu comi o primeiro e mais gostoso Lobster Roll que eu experimentei na Nova Scotia (e olha que eu provei alguns…). O sanduíche frio tinha tanta lagosta com molho no recheio que derramava. O pão de massa fofa veio crocante por fora. Que gostoso! Paguei 18,95 pelo combinado do sanduíche com uma cambuquinha de seafood chowder, uma sopinha cremosa com frutos do mar. Duplinha delícia!

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaO McKelvie’s (na foto do alto da página) fica em frente ao Maritime Museum of the Atlantic, na Lower Water Street. E foi justamente a funcionária do museu marítimo que nos recomendou o restaurante. Eu estava com a Katya Presnal, do Skimbaco, e queríamos almoçar num lugar onde o povo de Halifax vai. Ainda andamos pelo porto antes de finalmente entrar no McKelvie’s, decisão acertada.

    Chegamos perto do meio-dia, e o restaurante ainda estava mais vazio. Quando saímos, pouco mais de 1 hora depois, as mesas estavam lotados de gente local, degustando o que há de melhor no mar da Nova Scotia.

    FIVE FISHERMEN

    É indicado para um banquete marinho. Um dos melhores restaurantes de Halifax, o Five Fishermen é especializado em lagostas e ostras. Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaServido no primeiro andar, o jantar começa com o bufê de saladas e mariscos (uma delícia molhar na manteiga temperada!). Esse bufê custa 25 dólares canadenses, mas está incluído para quem pede algum prato principal. Eu fui com a especialidade da casa, lagosta. Pedi à Thermidor, receita tradicional, em que a lagosta é gratinada com molho branco e queijo. Maravilhoso!

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

    Para o jantar, o restaurante oferece a possibilidade de menu a  preço fixo (em maio de 2013,  custava 49 dólares canadenses). Os pratos mudam mês a mês.

    Quem gosta de ostra pode aproveitar a Oyster Happy Hour, todos os dias, das 16 às 18 horas, no térreo. Nesse piso, o Five Fishermen funciona como grill e oyster & wine bar. Listada pela Wine Spectator (revista americana dedicada a  vinhos), a  adega do Five Fishermen esbanja garrafas de vinhos da Nova Scotia.

    O restaurante fica num prédio histórico na Argyle Street. A construção de 1817 surgiu como escola e abrigou uma funerária (que teve um papel importante durante o naufrágio do Titanic, em 1912, já que Halifax foi ponto de resgate).

    Para ler todos os meus textos sobre o Canadá, acesse a área do blog específica sobre o país: Como Viaja! no Canadá

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

  • Halifax: cafés na Barrington Street

    Halifax: cafés na Barrington Street

    Na minha visita a Halifax, na província canadense da Nova Scotia, encontrei alguns cafés deliciosos. Dá uma olhada nestes 2 lugares na Barrington Street, a principal rua de Halifax. Em todos, com uns 10 a 15 dólares canadenses dá para fazer um lanchinho gostoso:

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja
    CAFÉ UNCOMMON GROUNDS – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Comi um pão de cebolinha maravilhoso na Uncommon Grounds, no número 1.237 da rua. Tudo que está à venda na vitrine foi assado com ingredientes frescos e prestigiando o que oferecem os produtores locais da Nova Scotia. Há também opções de salgados e sopas vegetarianas e produtos sem glúten. O café servido (não provei) é moído pela empresa dona do lugar.

    É um lugar para se sentar e relaxar sem pressa, nas poltronas e nos sofás ou nas cadeiras com mesinhas. Pedi a senha do wifi, me joguei no sofá de couro marrom e curti meu lanche sossegada por quase uma hora. Ah, aqui tomei a primeira San Pellegrino com sabor da viagem. Com é boa essa água com gás com suco de fruta!

    Os cafés Uncommon Grounds — além deste na Barrington, há outro na South Park Street e, de abril a outubro, também dentro do Historic Public Gardens — fazem parte do The Uncommon Group, companhia que trabalha apenas com produtos da Nova Scotia.

    KITCHEN DOOR

    Não conseguir resistir àquela vitrine lindinha, no número 1.276. A Kitchen Door não é um café, não tem lugar para se sentar. É na verdade uma empresa de catering, especializada em bufês de casamento. Na loja em Halifax, oferece lanches para se comprar e levar para comer no hotel, no parque ou na região do porto, por exemplo.

    É dessas lojinhas-delícia, indicada especialmente para quem é fã de um bom cupcake. Experimentei o de raspeberry and lemon. Vai framboesa na massa do bolinho, e o creme da cobertura leva limão. Tenho de confessar que fiquei na dúvida porque não sou muito chegada à limão, mas ai… Escrevendo me lembro do gostinho da combinação do creme com a massa…

    Comprei também um pacote de chips assados com pimenta e sal marinho, feito com pão árabe (ou sírio; dependendo de que parte do Brasil você seja, a nomeclatura pode variar). Ótimo para beslicar entre refeições ou à noite no quarto. Na geladeira da loja, estão à venda ainda saladas e sanduíches.

     

  • Museu da imigração, em Halifax

    Imigração é um tema que me fascina. E, se há um país onde esse aspecto é bem presente, ele é o Canadá. O país se formou com os imigrantes, e as cidades estão em constante mutação com a chegada de mais gente de outras partes.

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da ImigraçãoO Canadá mantém uma das maiores taxas de imigração per capita do mundo, segundo informação do Citizenship and Immigration Canada. De acordo com o órgão responsável pelo assunto no país, desde 2006, o Canadá recebeu cerca de 250 mil imigrantes por ano.

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da ImigraçãoEntão, assim que soube da existência
    de um museu sobre imigração em Halifax, quis ir correndo até lá. A cidade da província da Nova Scotia fica bem na pontinha direita do mapa do Canadá. Conectada ao restante do país por ferrovia, Halifax recebeu muitos imigrantes chegados pelo Oceano Atlântico, especialmente depois da Segunda Guerra.

    O Pier 21, museu canadense de imigração, é muito bem montado, com uma exposição permanente didática e interessante. O prédio, que acolheu imigrantes entre 1928 e 1971, hoje mostra fotos e objetos de época.

    O acervo permanente fica no segundo andar. Logo na entrada, aquelas malonas de antigamente, velhos cartazes e uns bonequinhos lindos representando as famílias imigrantes.

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da Imigração
    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da Imigração Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da Imigração

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    No primeiro painel da exposição (na foto do alto da página), uma representação da viagem empreendida pelos aspirantes a imigrar para o Canadá. O mapa, o mar, as escotilhas. Numa delas, os bonequinhos aparecem de novo, para informar que homens e mulheres viajavam separados nos navios. Em outra, um vídeo mostra como era a vida a bordo, da preparação de pratos a noites com dança.

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da ImigraçãoDepois aparece a mesa do oficial de imigração. As pessoas ficavam na fila esperando para ver se seriam aceitas no novo país. Roupas de oficiais da imigração e de enfermeiras que cuidavam dos imigrantes também estão expostos.

    Um navio-cinema passa o filme Oceans of Hope (Oceanos de Esperança, em português) mostrando o sentimento de dor e de expectativa dessas pessoas que deixavam suas casas em busca de uma vida melhor. Dentro do barco azul, há poltronas confortáveis e fones com a opção de áudio em inglês ou francês (o Canadá é bilíngue, lembra?).

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da Imigração

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da ImigraçãoCurti demais a reprodução de um vagão de trem que existe no museu. As poltronas vermelhas e as cabines com portas prateadas. Em cada uma, há uma televisão. Nela, passa o depoimento de um imigrante. Ah, com a opção de ouvir nas duas línguas oficiais do Canadá.

    Canada, Halifax, Nova Scotia, Pier 21, Museu da Imigração

    Completo

    O site do Pier 21 também é interessante. Traz curiosidades sobre a história da imigração dia a dia. Na área Share (na versão em inglês da página), tem uma área para as pessoas enviarem sua história de imigrante para o Canadá.

    Odeio esse tipo de comparação, afinal cada lugar tem sua graça, só que, na visita ao Pier 21, foi inevitável não pensar em Ellis Island, em Nova York, lugar por onde imigrantes chegavam também convertido em museu. Tem tempo a última vez em que estive lá… mas, considerando o que vi, o Pier 21 é mais completo. Claro, Nova York é Nova York, e tem uma representatividade enorme – além da construção em Ellis Island ser lindíssima. O acervo do Pier 21, no entanto, é mais didático e completo para quem curte o tema.

    VALE SABER

    Site: www.pier21.ca

  • #ComoViaja nas redes sociais

    #ComoViaja nas redes sociais

    Para acompanhar as novidades do Como Viaja! nas redes sociais, busque #ComoViaja. A hashtag vale para instagram, twitter, facebook e google+.

    E você também pode usar #ComoViaja nas suas fotos. Tem um clique legal de viagem ou até na sua cidade? Compartilhe comigo, use #ComoViaja quando você postar nas redes sociais.

    #ComoViaja

  • 13 de junho, dia de Fernando Pessoa e Santo Antônio

    Lisboa, Portugal - Nathalia Molina @ComoViaja

    LISBOA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Para mim, é um dia especial no calendário: 13 de junho junta dois ícones, um da literatura e outro da fé. Ambos nasceram em Lisboa:  Fernando Pessoa, em 1888; e Santo Antônio, em 1191.  Não apenas o dia 13 de junho e a cidade de Lisboa unem os dois. Também o nome. Sim, antes de ser santo, Antônio chamava-se Fernando, como o poeta-mór.

    Eu amo Fernando Pessoa. Hoje ele faria 125 anos, e muitos lugares levam o viajante a revistá-lo em Lisboa. Um muito famoso é o Café A Brasileira, com uma escultura do poeta em frente, onde muita gente se senta para tirar foto. Outro é o túmulo do poeta, no claustro do Mosteiro dos Jerônimos. Foi emocionante ler trechos da obra de Fernando Pessoa e seus heterônimos. Vê se não é quase uma reza?

    Fernando Pessoa, Lisboa, Portugal - Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Se passar pelo A Brasileira, ir ao Mosteiro dos Jerônimos ou simplesmente andar pelas ruas da cidade não bastar, dá uma lida na reportagem que a Priscila Roque, do Cultuga, fez para o Saraiva Conteúdo com 10 lugares relacionados ao escritor em Lisboa. As dicas são de 3 especialistas: Jerónimo Pizarro, estudioso e um dos responsáveis pelos volumes da coleção Edição Crítica de Fernando Pessoa; Fabrizio Boscaglia, pesquisador e guia do passeio temático Lisboa com Fernando Pessoa, da Lisboa Autêntica; e João Correia Filho, autor do livro Lisboa em Pessoa.

    Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro - Foto Retirada do Site Oficial3

    CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO, NO RIO — Foto retirada do site oficial

    No Brasil, para devotos ou simpatizantes de Santo Antônio, o lugar a ser visitado é o Santuário e Convento de Santo Antônio. Fica bem no alto do Largo da Carioca, com uma vista do Centro da cidade. As filas ficam imensas todo 13 de junho, mas minha mãe, que se casou na igreja do convento, sempre vai até lá.

    Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro - Foto Retirada do Site OficialNão pelo lado casamenteiro (até porque meus pais se separam depois, mas nada a ver com o santo, né?). E minha mãe detesta as maldades que fazem com o santo nas simpatias atrás de casório (eu também acho bem nada a ver). Ela vai até o convento para buscar o pãozinho de Santo Antônio, com a fé de que ele nos guarda para que nunca nos falte comida. Por causa da minha mãe e da minha avó materna, que passou essa fé a ela, acabei eu também virando uma simpatizante do santo. Já liguei para a minha mãe pedindo meu pãozinho de Santo Antônio.

    Foto retirada do site oficial

    Com isso, 13 de junho é uma data marcante no calendário para mim, um dia de celebrar os dois Fernandos (Pessoa e o depois Antônio). Para completar minha relação com a dupla, uma curiosidade: me casei com um Fernando! Nossa história começou num dia 13 também, mas um mês depois, em 13 de julho. Depois ainda tem gente que diz que 13 não é número de sorte…

  • Toronto: onde comprar carregador no aeroporto

    Toronto: onde comprar carregador no aeroporto

    Loja iStore, Aeroporto de Toronto - Nathalia Molina @ComoViaja

    Nathalia Molina – @ComoViaja

    Meu voo para o Canadá já estava sendo chamado em Guarulhos, quando me dei conta de que tinha esquecido meu carregador de celular em casa. Primeira reação: pânico e raiva de mim (3 carregadores em casa — por que inventei de dar aquela última carguinha?!). Bem, embarquei, respirei fundo e pensei ‘vai ter solução, vou arrumar um lugar para comprar um carregador antes de começar a programação da viagem’. Eu viajava a convite da Comissão Canadense de Turismo para uma viagem de trem em grupo antes do TBEX, encontro mundial de blogueiros em Toronto.

    Desembarquei em Toronto decidida a achar o carregador no aeroporto se ele estivesse à venda por lá. Segui o caminho normal até o portão onde pegaria o avião para Halifax. Chegando na área de embarque para voos dentro do Canadá, vi uma máquina Best Buy Express. Elas estão espalhadas pelo aeroporto. Segundo informado pela empresa, oferecem 60 produtos, ao mesmo preço vendido nas lojas da rede Best Buy. Vi até iPad, iPod, adaptadores e carregadores, mas nada que servisse para o Samsung Galaxy.

    AS LOJAS

    Em lojas na área de embarque para voos do Canadá, dessas que vendem souvernir e revistas, vi adaptadores — plugs e tomadas no Canadá têm um padrão diferente do brasileiro. Logo me lembrei de que eu estava toda preocupada em não esquecer o meu… Besteira, seria fácil comprar um.

    Sabe onde eu encontrei um carregador para Samsung? Na Boutique iStore, revendedor autorizado da Apple. O funcionário foi muito prestativo e me mostrou todos os modelos que serviam para o meu celular (sim, eram 3 possibilidades!). Morri numa grana, é claro. Foram quase 50 dólares canadenses! Mas eu fiquei tão feliz em encontrar o carregador logo ali, que nem pensei 2 vezes. E me consolei com a explicação de que o novo carregador chega a 100% de bateria mais rapidamente que os 3 que eu tenho em casa. A gente precisa ver o lado bom das coisas, né?

    Para ler todos os meus textos sobre o Canadá, acesse a área do blog específica sobre o país: Como Viaja! no Canadá

  • Tomada no Canadá: formato e voltagem em Toronto ou outras cidades

    Tomada no Canadá: formato e voltagem em Toronto ou outras cidades

    Como é a tomada no Canadá? Conheça formato do plug, tipo de adaptador e voltagem de aparelhos em Toronto ou outras cidades no país. Para acessórios novos fabricados no Brasil, é necessário um adaptador simples. O encaixe tem no universal, mas um mais barato resolve

    No Canadá, plugs e tomadas são de dois pinos chatinhos, lisos e paralelos, como os encontrados nos Estados Unidos. Ou seja, para viajantes brasileiros, é preciso levar um adaptador (a não ser que você esteja usando equipamentos comprados num dos 2 países da América do Norte.

    Comprei um adaptador em casa de material de construção de bairro mesmo. Isso porque tenho um adaptador universal, mas precisava de mais encaixes para conectar outros aparelhos, especialmente celular e baterias extras para carregar.

    Já a voltagem no Canadá é a mesma predominante no Brasil: 110 V, também o padrão nos Estados Unidos.

    Canadá, Plug Tomada - Nathalia Molina @ComoViaja

     

     

     

     

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