O Parque Güell é um dos lugares mais visitados de Barcelona, cidade que tem na genialidade de Antoni Gaudí a expressão máxima da arquitetura modernista. Primeiramente, a obra impressiona pelo uso de materiais de modo excepcional e pela harmonia da construção com a natureza. Fiquei passada (impossível não ficar) com todas as criações de Gaudí em Barcelona, como a Basílica da Sagrada Família e a Casa Batlló, entre outras. Estão entre as grandes atrações turísticas do mundo, caso dos Museus do Vaticano (colados em Roma) e da Estátua da Liberdade (em Nova York).
Mas, entre todas as obras de Gaudí, o Parque Güell foi especial para mim. Imaginar que, na virada do século 19 para o 20, o arquiteto catalão já executava projetos pensando em reaproveitamento de água, como na praça principal do parque. E, principalmente, por causa da beleza dos mosaicos e das linhas das construções, que permanecem bem vivos na minha memória depois tantos anos. Irmã de uma arquiteta, na época eu só pensava como ela iria adorar ver tudo aquilo, sem dúvida.
Para visitar, você pode comprar o ingresso para o Parque Güel com áudio num app que você baixa no celular – disponível em 4 idiomas; não tem português. Outra opção da empresa de atividades Get Your Guide é a visita guiada ao Parque Güell com acesso sem fila. Também parceira do Como Viaja, a Civitatis tem um free tour pelo Parque Güell com 1h30 de duração e guia que fala espanhol. Para isso, você precisa já ter o ingresso comprado (€10). Já a visita guiada da Civitatis inclui o preço da entrada e oferece guia em espanhol e inglês.
Como é o Parque Güell
Com mais de 17 hectares, o Parque Güell em Barcelona começou a ser construído em 1900, na esteira do grande plano de desenvolvimento urbano da cidade. A obra foi um pedido de Eusebi Güell ao arquiteto Antoni Gaudí, a quem o empresário já havia confiado outros projetos. Nasceu como um parque particular antes de virar, em 1926, atração pública e ponto turístico de Barcelona. Desde 1984, ele faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.
Uma visita completa ao Parque Güel demora até 3 horas. Contudo, esse tempo vai depender do que você pretende ver, já que é fácil gastar uns bons minutos admirando e, claro, fotografando alguns trechos. Portanto, chegue cedo se quiser curtir tudo sem pressa. O parque funciona das 9h30 às 17h30. Mais do que elencar uma a uma as atrações, eu digo o que vale prestar atenção. O modo mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descer nas estações Vallcarca ou Lesseps.
O que fazer no projeto de Gaudí
O impacto da visita ao Parque Güell começa logo que você cruza o portão de entrada. A elegância decorativa caracaterística de Gaudí está presente mesmo nas construções de cunho funcional, como a antiga portaria. A partir daí, o que se vê é o uso singular de ferro, pedra, vidro e cerâmica, principalmente. A arquitetura de Gaudí é orgânica porque aproveita as curvas naturais de alguns desses materiais e não cede à rigidez de outros.
Pare para ver a Sala Hipostila, cujas 86 colunas são responsáveis por conduzir a água da chuva captada da praça acima desse espaço. O volume é armazenado em um tanque subterrâneo. Se acaso estiver cheio, ele transborda o excesso pela boca do dragão da escadaria de acesso. É ali também entre os degraus que está a salamandra feita de cacos de cerâmica, um símbolo do parque.
Do mesmo modo, a Praça da Natureza é outra imagem que representa o Parque Güell. Parte dela fica acima da Sala Hipostila, enquanto a outra surgiu a partir da escavação de uma rocha. O extenso banco ondulado que caracteriza a praça é todo revestido de mosaico, aspecto que marca a obra de Gaudí a partir de desenhos e formas.
Além de estar em uma posição central no parque, a praça oferece visão panorâmica de Barcelona. Sente-se por alguns instantes e admire natureza, arquitetura e arte em harmonia.