Autor: Nathalia Molina

  • Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    TELA ‘SÃO PAULO’, NA PINACOTECA – Foto: Divulgação

    Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, no interior paulista, em 1º de setembro de 1886. Eu adoro a pintora e suas obras. A São Paulo da década de 1920, os modernistas, mulheres incríveis como Tarsila, Anita Malfatti e Pagu, tudo sempre esteve muito presente na minha vida de adolescente, mesmo vivendo eu no Rio nesse período.

    Para quem quer revisitar a artista, que morreu em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973, a melhor forma é mesmo admirando seus quadros. Vão aqui algumas sugestões para conhecer mais sobre ela:


    Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires – Malba (Buenos Aires)

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    ‘ABAPORU’ – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Aqui está o mais famoso quadro da pintora, o Abaporu. Fiquei emocionada quando me vi diante dele no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. O Abaporu não é apenas uma tela linda, é carregada de significados, como símbolo que é do Movimento Antropofágico. Uns 10 anos depois, tive a felicidade de apreciá-la novamente, emprestada ao Museu de Arte do Rio — leia aqui sobre o MAR. Estava com meu filho, Joaquim, e tirei essa foto. Foi lindo poder mostrar a ele essa obra. Aos 6 anos, ele gostou de ver a pintura que já conhecia por fotos e reproduções em livros.

    Tarsila fez o quadro em 1928 para dar de presente a Oswald de Andrade, seu marido na época. Eduardo Costantini, o fundador do Malba, comprou a obra em 1995 num leilão da Sotheby’s em Nova York. Costantini abriu o museu em Buenos Aires seis anos depois e, desde então, a tela está exposta nele.

    Foto: Malba/Divulgação

    Museu de Arte Moderna – MAM (Rio de Janeiro)

    Em 1969, a exposição Tarsila — 50 Anos de Pintura foi apresentada no MAM-Rio. Atualmente o museu expõe uma de suas mais marcantes obras. Dentro da Coleção Gilberto Chateaubriand, o acervo inclui Urutu, tela de 1928.


    Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro)

    O quadro Auto-Retrato ou Le Manteau Rouge, de 1923, está no acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Fique atento ao noticiário para saber quando vai poder ver a obra, atualmente a instituição está fechada por causa da greve dos funcionários do Ministério da Cultura. A dois quarteirões dali, ainda na Avenida Rio Branco (na época conhecida como Avenida Central), Tarsila fez sua primeira exposição individual no Brasil. Infelizmente não é possível ver o lugar onde ela ocorreu já que o Hotel Palace foi demolido, nos anos 50, para dar lugar ao feioso Edifício Marquês do Herval, na esquina com a Avenida Almirante Barroso.


    Pinacoteca do Estado (São Paulo)

    Tarsila foi diretora da Pinacoteca como diretora até a queda de Júlio Prestes em 1930. A instutição tem 84 obras da pintora, entre elas, vários grafites sobre o papel. No acervo também, a tela São Paulo, de 1924.


    Museu de Arte de São Paulo – Masp (São Paulo)

    MASP - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
    MASP – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Em 1950, Tarsila ganhou uma exposição retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo, quando ele ainda funcionava num edifício no Centro da cidade. No ano seguinte, a artista participou da I Bienal de São Paulo, realizada num pavilhão na Belvedere Trianon. Era um espaço aberto em frente ao Parque Trianon, onde depois foi construída a atual sede do Masp. Atualmente Tarsila está entre os artistas cujas obras compõem a exposição Papéis Brasileiros: Gravura 1910-2008 – Coleção Masp, em cartaz até 2 de outubro no museu na Avenida Paulista.

     


    Palácio das Indústrias (São Paulo)

    Foto: B. Dias/Divulgação

    O prédio serviu de sede da Prefeitura de São Paulo depois de receber o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e departamentos do Instituto Médico Legal. Mas, quando concebido no início do século 20 pelo Escritório Ramos de Azevedo, era para ser espaço de exposições. Tarsila mostrou sua obra por lá, em 1922.

    Desde 2009, após restauração, a construção abriga o Catavento Cultural, com experiências científicas. Meu filho de 7 anos adora esse lugar — é ótimo programa para crianças — e o edifício ainda é lindo. Além de passar ali perto de vez em quando, me lembro de ficar boba com a beleza da arquitetura quando trabalhava como repórter cobrindo Prefeitura pelo Jornal da Tarde. E minha primeira entrevista em São Paulo também foi lá, com o antigo prefeito Celso Pitta, numa coletiva feita com os trainees da Folha (na época eu era um deles).

  • Costa Amalfitana, na Itália: de ônibus por Positano, Sorrento e Amalfi

    Costa Amalfitana, na Itália: de ônibus por Positano, Sorrento e Amalfi

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Eu tinha 23 anos quando assisti ao filme Só Você (Only You), em 1994, e pirei naquela cidade italiana com casinhas apinhadas nas montanhas, como se fossem despencar sobre o mar azul: Positano. Pensei ‘Se um dia eu amar alguém, quero ir com ele para esse lugar’. Quase 15 anos se passaram para que isso ocorresse – eu amasse alguém assim e tivesse a chance de viver isso na Costa Amalfitana, no sul da Itália. Depois de passar uma semana entre Roma e Nápoles, a ansiedade tomou conta. Afinal, eram 15 anos de espera. Positano lá estava eu a caminho.

    A imagem que se tem de uma viagem pela Costa Amalfitana geralmente inclui um carro conversível, sonho para uma escapada romântica num cenário absurdamente bonito. No meu caso, essa ideia continua onde sempre esteve, no meu imaginário. Em frente à estação de trem em Sorrento, peguei o ônibus até Positano. Nenhum drama nisso. Turistas bem mais velhos, em geral americanos e ingleses, optam por esse meio de transporte nessa região italiana, a Campania. É preciso estar ciente de que há momentos de perrengue sim. Ônibus é ônibus mesmo num lugar lindo daqueles. Ele pode atrasar e parar no ponto já lotado. Mas há compensações.

    Do alto do banco, empoleirado sobre os penhascos, a vista é belíssima para quem se senta numa janela à direita dentro do ônibus. E, melhor, não se tem a menor preocupação em dirigir na estrada que se enrosca pelas rochas, formando ângulos superagudos. As curvas são tão fechadas que há espelhos em algumas para que o motorista consiga ver se vem carro no sentido oposto. Lá se entende o real valor de uma buzina num veículo, item tão banalizado nas grandes cidades toda vez em que o sinal de trânsito mal ficou verde.

    Outra vantagem: o dinheiro gasto com o transporte. Além do valor do aluguel de carro, o estacionamento em Positano custa em torno de 5 euros por hora. O Unico Campania, consórcio de empresas de ônibus, oferece diversos tipos de bilhetes. Válido por 3 dias, o Unico Costiera sai por 18 euros. O site do Unico mostra os pontos de venda, vários por toda a Costa Amalfitana – comprei minha passagem numa banca de jornal instalada numa vendinha. A rota de Sorrento a Amalfi, passando por Positano, é feita pela Sita. Na página da empresa na internet, há quadros com os horários das linhas.

    Apenas 15 quilômetros separam Sorrento de Positano. No verão, a Mètro del Mare liga as principais cidades da Costa Amalfitana pelo mar. Cheguei a cogitar esse meio de transporte, mas preferi chegar pelo alto. Recomendo, para ver o azul intenso do mar estourando nas rochas. O único inconveniente foi ter de ouvir a americana do banco de trás suspirar e falar ‘Oh, look those waves!’ a cada curva. Nada que um iPod não resolva, mas eu tenho a estranha mania de me conectar com lugares e pessoas sem subterfúgios eletrônicos.

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    Via Pasitea

    Mais um contorno na estrada sinuosa, e a próxima parada já era em Positano. Tentei perguntar ao motorista se o ponto ficava perto da Via Pasitea. Ele respondeu que não sabia. Das duas, uma: ou era um signore desinformado ou debochado. Depois de fazer check-in num hotel nesta rua e caminhar pela cidade, apostei na segunda possibilidade. A Via Pasitea percorre Positano morro abaixo. Como uma serpente, passa por hotéis e restaurantes, fazendo um zigue-zague até a parte restrita a pedestres no vilarejo, de frente para a praia. A maneira mais rápida de se deslocar em Positano é usar as escadarias íngremes que cortam esse zigue-zague.Há muitas delas. Por isso, é bom usar calçados confortáveis – mulheres, esqueçam o salto, vestidinho com sandália é uma ótima combinação para desfilar por lá. Quando se cansar do sobe-e-desce, uma alternativa para circular é tomar o ônibus que roda dentro da cidade, fazendo o trajeto montanha acima e depois retornando ao centrinho na parte baixa.

    Esse ônibus passava em frente ao hotel onde fiquei, o Pasitea, na famosa rua de mesmo nome. Não, não era o do filme Só Você. O que aparece na história romântica de Hollywood é o luxuoso Le Sirenuse, integrante da requintada associação The Leading Hotels of the World. Eu me hospedei num Best Western, bem mais modesto, só que bom e com o que interessava: uma varanda de frente para o azul. (Peça para ficar nos andares mais altos; os inferiores ficam muito próximos da rua, não dá para ter a sensação de estar acima das casinhas e do mar.) O café da manhã sempre terminava docemente com uma sfogliatela, saída quentinha da estufa. A delícia foi inventada há 400 anos no Convento de Santa Rosa, na pequenina vila de Conca dei Marini, ali na Costa Amalfitana. Eu já havia provado o doce folheado com recheio de ricota e frutas cristalizadas na Di Cunto, confeitaria tradicional da Mooca, em São Paulo. Mas confesso que gostei mais da versão original italiana, com menos frutinhas.

    Como em toda a Itália, comer é parte importante do programa. Almoços e jantares em varandas de frente para aquele azul cobalto são memoráveis. De preferência, tomando vinho para acompanhar as massas com frutos do mar, como um spaghetti alle vongole. Numa agradável casinha vermelha, o Ristorante Saraceno D’Oro não oferece vista. Visual bonito se vê nos pratos caprichosamente preparados. Comi uma massa com abobrinha e camarão deliciosa. O toque final da refeição vem no cálice de limoncello, o licor típico.

    O sfusato amalfitano, um limão amarelo, extrapola o métier gastronômico e vira lembrança de viagem. Há de garrafinhas com o licor a imãs com a fruta estampada. Souvenir característico também são as cerâmicas coloridas, vendidas nos vários ateliês, em formato de vasos, peças de louça e quadrinhos reproduzindo a paisagem local. Neles, entre os desenhos, a cena clássica da enseada com as casinhas brancas no morro e a onipresente Chiesa Santa Maria Assunta, a igreja de cúpula dourada vista a partir dos mais variados pontos do vilarejo. Com origem no século 10 e reformada no século 18, está localizada na parte da cidade em que é proibida a circulação de veículos, em frente à Spiaggia Grande. Com pedrinhas em vez de areia fofa, a principal praia de Positano tem 300 badalados metros. Para um dia de praia mais tranquilo, siga para a direita em direção a Fornillo. Ali, todo ano, o último sábado de setembro, a Festa del Pesce encerra o verão na Costa Amalfitana, com pratos e mais pratos feitos com peixe, como o nome já faz supor.

    No meio da costa

    A Costa Amalfitana se estende por 36 quilômetros de Positano a Vietri sul Mare, na província de Salerno, na região da Campania. Mas é comum ouvir que começa em Sorrento e vai até Salerno, em 55 quilômetros. Não está errado. Oficialmente Sorrento pertence à província de Nápoles, mas é lá geralmente o ponto de partida para as belezas amalfitanas. O trajeto pode terminar em Salerno, já que Vietri fica a menos de 5 quilômetros dali. Decidir onde se instalar e que cidades visitar é parte fundamental do roteiro de ônibus pela costa. Você mesmo tem de pegar sua bagagem embaixo do ônibus quando desembarca, então, não convém ficar trocando de cidade para se hospedar (especialmente em viagens de até uma semana) tampouco levar malas grandes e pesadas – uma mochila bem estruturada é bem mais confortável e prática.

    Amalfi está localizada bem no meio desse trecho do litoral italiano. Então, se a ideia for explorar tudo entre Positano e Vietri, procure hospedagem por lá. No meu caso, não tinha negociação, eu queria ficar em Positano para caminhar pelas vielas e me deliciar com as vistas roubadas do mar no vai-e-vem das escadarias. Meu foco também era ver Positano e Amalfi e dar uma passadinha por Capri, então dormir em uma das cidades na costa bastava. Visitei Amalfi de ônibus (mas é possível ir pelo mar durante o verão) e Capri de barco (com saída pela manhã e retorno no fim do dia).

    Passeios marítimos levam a várias grutas nessa região da Itália. Entre Positano e Amalfi fica a Grotta dello Smeraldo no povoado de pescadores Conca dei Marini. É possível vê-la em tours pelo mar a partir de Amalfi ou tomando o ônibus da Sitabus até a parada na rodovia acima da gruta, próxima à escadaria. O nome da Smeraldo vem da cor da água, de tonalidade parecida à da pedra. Já a costa foi batizada com base em Amalfi, sua mais importante cidade historicamente. Entre os séculos 10 e 12, disputava o controle do comércio no Mediterrâneo. O porto segue movimentado hoje em dia pelo turismo. Por lá se vê uma concentração dos barquinhos que pontilham o mar no litoral sul italiano. O ponto final de várias linhas da Sitabus fica ali perto, um pouco antes da entrada da cidade.

    De cara, o que se vê é uma charmosa praça com o impotente Duomo di Sant’Andrea num dos lados. Uma grande escada leva à catedral dedicada a Santo André, de colorida fachada em arabesco. A igreja integra um conjunto de construções aberto à visitação. Vale dar um tempo na viagem praiana para ver o Chiostro del Paradiso, claustro com 120 colunas de mármore, a Basilica del Crocifisso, erguida no século 9, e a cripta de Santo André, do século 13. Para digerir tanta cultura, prove um buon gelato numa das sorveterias no entorno da praça ou almoce num dos restaurantes com varanda ou mesinhas ao ar livre.

    Sempre em 27 de junho, Amalfi celebra Santo André, padroeiro da cidade e protetor dos pescadores, com procissão e fogos na Festa di Sant’Andrea. Até 31 de outubro, a movimentação se dá em outro ponto, mais acima, em Ravello (há ônibus saindo de Amalfi para lá). Criado em 1953 — inspirado em Richard Wagner, que ali compôs no século 19 parte da ópera Parsifal –, o Festival de Ravello apresenta música, dança e cinema, em sessões no Auditório Oscar Niemeyer, projetado pelo arquiteto brasileiro e inaugurado no ano passado, e em dois pontos tradicionais da bela cidade, a Villa Cimbrone e a Villa Rufolo, mansões com mirantes de visual impressionante e lindos jardins.

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    Clima e preços

    O florescer e o aroma das flores dão início à temporada turística na Costa Amalfitana, geralmente depois da Páscoa. Bares e restaurantes abrem renovados para receber os turistas até o término do verão, no fim de setembro. Fora desse período, muitos estabelecimentos fecham. Em maio e junho, os preços são mais baixos do que durante o período de alta, em julho e agosto. O movimento cai um pouco em setembro, quando os dias ainda são quentes e dá para aproveitar as cidades sem tanta gente como no meio do ano.

    Tudo isso eu tinha lido antes da viagem. Ninguém quer ir à Costa Amalfitana no inverno quando as máximas não passam dos 20 graus. Entretanto, como o clima no mundo anda doido, não há garantias de tempo bom nem no mês mais indicado, em todos os guias, para a visita: maio. No fim, minha viagem de sonho ganhou um toque de realidade. Embora não seja freqüente nessa época, pegamos chuva em alguns dias. Se eu preferia sol? Claro, mas às vezes viajar inclui a nobre arte de saber se adaptar à situação apresentada. Foi um ano atípico, disseram. Então, aproveitei do jeito possível. A companhia e o vinho também fugiam do comum, e Positano é linda mesmo com as gotas escorrendo pelo vidro da porta da varanda ou debaixo do ombrellone emprestado pelo hotel.

    Na próxima vez, além do tempo bom, tenho outro pedido para o gênio da lâmpada: um motorista particular. Foi legal a aventura, mas agora quero mordomia. Para quem pretende o mesmo que eu sem ter de dirigir, os hotéis marcam traslados a partir de Roma ou Nápoles. Muitas vezes o trajeto é feito de Mercedes, que luxo.

    De qualquer forma, é bom saber, seja qual for o meio de transporte terrestre escolhido, o trânsito é grande nos fins de semana do verão e durante o mês de agosto, períodos de maior movimento na Costa Amalfitana. Se for esse o caso, ainda me resta o terceiro e derradeiro desejo para dizer ao gênio. Bem, acostumada a ver a Marginal Tietê pela janela, ficar parada diante do mar e daqueles paredões escarpados não parece tão mal. Melhor não desperdiçar pedido então, vai que o primeiro não pega e resolve chover.


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    Com este texto ganhei o prêmio da Comissão Europeia de Turismo, na categoria Melhor Reportagem na Internet

     

  • Trem na França com concierge em português

    A Rail Europe, empresa que vende passagens de trem pela Europa, lançou serviço de concierge em português para viagens na França. O profissional pode personalizar a viagem tanto reservando hotéis, restaurantes e passeios como sugerindo serviço de motorista com limunsine ou babá. Para ter direito à consultoria, o brasileiro tem de comprar o France Rail Pass Premium (pela rede ferroviária francesa). Válido para viagens dentro do período de um mês, o passe pode ter de 3 a 9 dias e custa a partir de 503 reais no site da empresa.

  • Borges, em Buenos Aires

    Borges, em Buenos Aires

    Em 24 de agosto de 1899, nasceu Jorge Francisco Isidoro Luis Borges em Buenos Aires. Para viver um pouco da cidade de um dos maiores escritores argentinos, dê uma olhada nestes lugares:

    Fundación Internacional Jorge Luis Borges

    Criada em 24 de agosto de 1988, dois anos depois da morte do escritor, está instalada na casa da Calle Anchorena (nº 1.660) onde a família do escritor morou de 1938 a 1943, na qual Borges escreveu Las Ruinas Circulares. Guarda a biblioteca do escritor, as primeiras edições de seus livros e objetos pessoais como quadros e talismãs. Lá fica o Museo Borges, com visitação de segunda a sexta, das 10 às 14 horas. Há tours guiados em espanhol e em inglês. No primeiro andar, foi recriado o quarto em que dormia na casa da Calle Maipú (nº 994).

    Fotos: Divulgação
    Fotos: Divulgação

    Plaza San Martín

    Um de seus poemas leva o nome do lugar, La Plaza San Martín. O escritor não apenas se inspirou na principal praça do Retiro, como passava por lá em suas caminhadas pelo bairro. Ele morava quase na esquina, na Calle Maipú, 944. Frequentava a Librería de La Ciudad, em frente à praça.

    Centro Cultural Borges

    Aberto desde 1995, o Centro Cultural Borges conta com diversas exposições. O lugar foi criado em parceria com a Fundación Internacional Jorge Luis Borges. Além da mostra, o espaço desenvolve atividades de extensão cultural e o site Constelación Borges, para viajar pelo mundo do escritor com o computador — é bem interessante, vale o clique. O Centro Cultural Borges fica dentro do shopping Galerías Pacífico. um lindo edifício com entrada pela Calle Florida.


    Café Tortoni

    Este café tradicional no Centro de Buenos Aires é um dos que Borges frequentava. No salão do Tortoni, há várias referências a ele. O lugar é lindo, e o chocolate com churros, receita de felicidade no inverno.


    Casa da Calle Serrano

    Ali, no número 2.135, o autor morou com a família, no bairro de Palermo. Numa placa na esquina entre a Calle Guatemala e a rua batizada com o nome do escritor (a Serrano virou Jorge Luis Borges, mas ainda é conhecida por Serrano), está a transcrição do poema Fundación Mítica de Buenos Aires, que cita essas ruas.

  • Festa para o vinho do Porto

    Festa para o vinho do Porto

    Textos e fotos de Nathalia Molina

    Uma balada para celebrar a colheita no Vale do Douro. DJs animam a Sunset Port, festa realizada em 3 de setembro, na Quinta Vale de Locaia, em Cais de Lamego. A noite começa às 20h30, com degustação gastronômica promovida por cinco restaurantes associados à Rota do Vinho do Porto. Depois da meia-noite, DJs assumem as pick-ups. A entrada, a 30 euros, pode ser comprada na sede da Rota do Vinho do Porto, em Régua. Aproveitar só a balada após a meia-noite sai por 10 euros.

    É mesmo tempo de festa no Douro. Diversas quintas celebram a vindima em setembro e outubro. Há opções para participar da colheita, com almoço típico incluído, pisar as uvas nas chamadas lagaradas e ainda pacotes com hospedagem e jantar ou tratamentos de spa. Durante todo o ano, na Rota do Vinho do Porto, cerca de 60 quintas oferecem visita com degustação de vinho, a partir de 5 euros. Mas nesta época do ano dá para sentir o gostinho de participar do processo de produção.

    O dia de vindima da Quinta de Santa Eufémia inclui passeio pelas vinhas, almoço típico, visita à adega e lagarada, por 45 euros. Na Quinta da Pacheca, é possível tanto colher as uvas no programa completo de um dia (74 euros) quanto apenas pisá-las (lagarada e um copo de vinho a 12,50 euros). Além do programa Vivenciar as Vindimas (85 euros), com colheita, almoço, visita à adega, prova de vinho, jantar e lagarada, a Quinta do Portal tem também uma opção com hospedagem (duas noites), desde 220 euros por pessoa.

    Para quem não tem tempo de esticar a viagem pelo Douro, a Comboios de Portugal oferece um passeio de um dia saindo da Cidade do Porto. O trem percorre a linda paisagem do vale, acompanhando o rio, até Régua. De lá, um traslado leva até a Quinta de Campanhã para almoço regional com música, visita à adega e prova do vinho do Porto. À tarde, o visitante pode participar das lagaradas. Com saídas em 11, 18 e 24 de setembro e 1º de outubro, o roteiro completo custa 49 euros.

    Se estiver hospedado no Douro e quiser experimentar uma viagem de trem, aproveite o trem histórico da Comboios, que funciona apenas de julho a outubro (neste ano até o dia 1º). Vai de Régua a Tua, passando por Pinhão, onde dá para visitar a Wine House. Na viagem, um cálice de vinho do Porto e música regional. Apenas ida ou os dois trechos custam o mesmo preço, 45 euros.

    Leia mais sobre o Douro em: Pelo interior de Portugal

  • SP-Montevidéu-SP a US$ 99

    A passagem ida-e-volta para Montevidéu a 99 dólares é uma das ofertas do outlet da Pluna hoje. Toda semana a companhia faz sua Terça-Feira Vermelha com preços baixos. As datas e os horários dos voos não são lá uma maravilha, mas vai que você dá sorte de estar de férias e sem rumo certo, pode descolar uma viagem baratinha. Se quiser, pode embarcar ainda hoje para a capital uruguaia partindo de São Paulo.

    Em alguns casos — quando a ida e a volta disponíveis são muito próximas, por exemplo –, talvez seja vantagem comprar apenas um dos trechos. De Porto Alegre para Montevidéu, a ida ou a volta sai a 29 dólares. Mais barata que a taxa de embarque a ser paga: 36 dólares.

  • Dois novos aquários no Brasil

    A previsão de abertura é a mesma: 2013. Mas os animais e a localização dos aquários são diferentes.

    Já o Aquário do Pantanal, em Campos Grande, promete ser o maior de água doce no mundo. Projeto do arquiteto Ruy Ohtake, a construção irá abrigar 24 tanques, sendo 6 ao ar livre. Os temas vão de acidentes geográficos do Mato Grosso do Sul, como os rios Aquidauana, Miranda e Paraguai, a animais (entre eles, ariranhas, jacarés, lontras e piranhas). Com investimento de 89,4 milhões de reais, o empreendimento terá 18,6 mil metros de área construída.

    A divulgação dos dois aquários foi feita na Adventure Sports Fair de 2011, feira de aventura realizada em São Paulo.

  • Cataratas do Iguaçu 2-em-1

    Reprodução

    Argentina e Brasil querem divulgar juntos as Cataratas do Iguaçu. O acordo para a promoção do destino foi apresentado durante a Adventure Sports Fair, em São Paulo. O mapa ao lado está sendo distribuído na feira de esportes de aventura, realizada no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, até amanhã, 14 de agosto. Os dois países pretendem trabalhar juntos o ponto turístico para que os visitantes de um lado das Cataratas conheçam também o outro. Dados do Parque Nacional do Iguazú, na Argentina, mostram que só 20% a 30% dos 500 mil visitantes anuais atravessam a fronteira para ver o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. No sentido oposto, o levantamento aponta que apenas 10% dos 700 mil visitantes anuais do lado brasileiro vão até a Argentina.

  • Como escolher o destino de viagem certo para você

    Como escolher o destino de viagem certo para você

    ATUALIZADO EM 8 DE FEVEREIRO DE 2019

    Depois de um ano inteiro de trabalho, finalmente chegou a hora de embarcar na tão esperada viagem. Então, por que muita gente volta frustrada ou mais cansada das férias? Arrisco dizer que escolheu o destino errado. Decidir  entre pacotes de viagens ou bolar roteiro conta própria? Encontrar lugares para viajar na sua folga é aparentemente simples, basta parar um pouco e perceber em que clima você está. Não há nada mais gostoso do que ir para um lugar que tem a ver com você e com seu momento de vida. Para ajudá-lo, vão aqui algumas dicas.

    Visitar grandes cidades

    Só vá se estiver disposto a andar, explorar a vida cultural, comer bem. De que adianta ir a Roma e não aguentar caminhar? A história está toda ali nas ruas, é andar para ver. Também vale baixar o nível de ansiedade. Nem que more nessas cidades, você vai conhecer tudo. Melhor escolher o que ver e montar um roteiro razoável, lembrando que se alimentar e se hidratar fazem parte do programa. Também pode ser uma boa ideia garantir ingressos de atrações e passeios nos destinos antes de viajar.

    Roma Romântica – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Percorrer vários destinos

    Pode ser de avião, de trem ou de carro. Eu adoro esse tipo de viagem por terra. Já fiz diversas delas de carro pelo Nordeste. Mas, seja lá o meio de transporte, fique atento ao número de dias em cada lugar. É preciso levar em consideração o tempo de deslocamento, de check-in/check-out e os contratempos (atrasos do avião e do trem e caminhos errados de carro). Pinga-aqui-pinga-ali pode cansar e frustrar seu desejo de ver essa ou aquela atração. Como no que foi dito para grandes cidades, é bom ir com vontade, mas sem se estourar. Você sempre pode voltar e conhecer mais.

    Embarcar em um cruzeiro

    Você quer ter tempo para explorar cada cidade do roteiro com calma? Esqueça a viagem de navio, cujas paradas costumam durar no máximo uma noite. Curte olhar o mar, não se importa se a cabine for apertada e gosta de piscina, comida e entretenimento a bordo? Providencie seu embarque na próxima temporada. Se procura por infraestrutura e diversão para as crianças, os cruzeiros Disney de Star Wars e Marvel têm saídas anuais, por exemplo.

    Carlinhos de Jesus no Dançando a Bordo, temático da Costa – Foto: Cléber Miranda/Costa Cruzeiros/Divulgação

    Explorar a natureza

    Sedentário pode conhecer um destino de aventura, mas é bom pegar leve. Tem de caminhar para conhecer a Chapada Diamantina e, de preferência, mergulhar para aproveitar o melhor de Fernando de Noronha, que se encontra no fundo do mar. Tudo bem, minha mãe é avessa à praia, se defende na água, mas adorou a ilha e recomenda. Ela sabe das suas limitações, portanto, aproveitou dentro das suas possibilidades. Informe-se antes sobre o que o destino exige de você.

    Entregar-se aos cuidados de um spa

    Certifique-se do tipo de spa: médico ou apenas de alimentação equilibrada sem duras regras. Nem pensar em entrar nessa caso seu sonho de férias inclua esquecer quantos quilos a balança marca. Precisando ou não emagrecer, não tem como não pensar nisso mesmo no mais flexível dos spas. Mas, se a ideia for promover uma mudança de hábitos e cuidar do corpo e da saúde, vá com gosto.

    Hotel com spa em São Paulo – Foto: Divulgação

    Curtir o cheiro de mato dos hotéis-fazenda

    Esqueça o romance. Raramente uma viagem a dois resiste a tanta comilança rodeada por família. É ótimo com crianças pelas atividades e pela bicharada — leia aqui sugestões de hotel-fazenda em São Paulo.

    Descansar em um resort

    Tem a estrutura de um clube, o que pode ser bem adequado se o cansaço for tremendo, especialmente para quem tem filhos. Para ser feliz num hotel desses tem de tirar a urgência de conhecer. Se terminar as férias conhecendo muito bem a piscina e o garçom do restaurante, você fez a escolha certa. Veja hospedagem em resorts.

    Viver clima de romance em uma pousada de charme

    A melhor pedida a dois. Você paga caro, mas é mimado com uma infraestrutura que, muitas vezes, inclui de boa adega e gastronomia, cardápio de filmes, cama box king size, menu de travesseiro e banheira de ofurô ou de hidromassagem.

    Charme e elegância em hotel de Campos do Jordão, em São Paulo – Foto: Divulgação

    Aspectos pessoais também devem ser levados em conta. Não tem paciência para filas? Evite lugares badalados na alta temporada, como Campos do Jordão (SP) no inverno e Búzios (RJ) no verão. No meu caso, sou alérgica de carteirinha. Você fala em chalezinho de madeira no inverno na montanha e eu saio correndo para o outro lado. Ou a felicidade vai vir mesmo é de uma caixinha de Allegra.

  • Nova York: restaurant week no verão e no inverno, com preço fixo

    Nova York: restaurant week no verão e no inverno, com preço fixo

    NYC Restaurant Week tem menu a preço fixo em Nova York no verão e no inverno: chance de comer e conhecer restaurantes pagando menos. Evento é realizado em Manhattan e nas 4 outras regiões da cidade dos Estados Unidos

    Há 25 anos a restaurant week de Nova York faz a festa de novaiorquinos e viajantes. O evento, que surgiu como uma promoção no almoço em 1992, cresceu tanto que tem 2 edições por ano. No inverno, geralmente é realizado entre janeiro e fevereiro; no verão, costuma ser entre julho e setembro. Desde que o evento foi inventado 12 restaurantes participam: Barbetta, Delmonico’s Restaurant, Felidia, Gallaghers Steakhouse, Gotham Bar & Grill, Le Cirque, The Russian Tea Room, Shun Lee Palace, Tavern on the Green, Tribeca Grill, Victor’s Cafe e The Water Club. Em 8 de janeiro de 2018, sai a lista de restaurantes participantes desta edição.

    O valor inclui entrada, prato principal e sobremesa — bebidas, gorjetas e impostos são pagos à parte. No inverno de 2018, participarão em torno de 375 restaurantes (32 são novos) em 42 bairros, com 31 diferentes cozinhas. A cada edição do evento, novos restaurantes da cidade americana oferecem um menu a preço fixo, no almoço ou no jantar.

    As reservas costumam ser abertas no site da Restaurant Week, em média 2 semanas antes do início do evento. Oferecida para almoço ou jantar de segunda a sexta, a promoção não é válida aos sábados e é opcional aos domingos (alguns restaurantes oferecem brunch nesse dia).

    No site do evento, dá para fazer a pesquisa pelo nome do estabelecimento, pelo tipo de cozinha ou pela região de localização em Nova York. Também existe a possibilidade de procurar opções com mesas em área externa, a cargo de chefs renomados ou restaurantes que estejam em evidência, por exemplo.

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    VALE SABER

    Quando: Em 2018, a edição de inverno vai de 22 de janeiro a 9 de fevereiro

    Preço: O menu a preço fixo custa US$ 29 no almoço e US$ 42 no jantar

    Site: nycgo.com/restaurant-week 

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