O grupo Pousadas de Portugal prepara duas novas unidades: a Pousada de Cascais, dentro da Cidadela de Cascais, uma antiga fortaleza, e a Pousada da Serra da Estrela, num prédio do início do século 20. A primeira teve sua inauguração adiada deste ano para 2012, e a outra deve abrir em 2013.
Autor: Nathalia Molina
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Viagem em jogo
Manchester e Barcelona se enfrentam hoje pelo título da UEFA Champions League, com estilos de jogo bem diferentes. Quando o assunto é turismo, a bola rola de forma semelhante ao que ocorre em campo.
Carlos Sanchez Pereyra/Dreamstime.comBarcelona, como seu time, é quase unanimidade, uma das mais belas e interessantes cidades para se visitar no mundo. Difícil adversário a se enfrentar quando se pensa no Park Güell e na Casa Batlló, dois exemplos da genialidade de Antoni Gaudí. O arquiteto por si só, aliás, é motivo suficiente para a viagem até lá. Na cidade, pode-se aprofundar ainda em dois outros grandes artistas: Joan Miró e Pablo Picasso, em visitas à Fundació Miró e ao Museu Picasso. Barcelona, no entanto, não se contenta com a atenção garantida: promove um encantamento no turista.
A catalã reúne características tão distintas quanto belas, como o Bairro Gótico, com suas vielas, e a Eixample, área do fim do século 19 com ruas caprichosamente desenhadas, num quadriculado preenchido por palacetes modernistas. A impressionante Sagrada Família, hotéis e restaurantes de qualidade, a visão e os sabores do Mediterrâneo, vida cultural intensa. Barcelona parece imbatível.
De fato, com tudo isso, o favoritismo é praticamente inevitável. Mas, dependendo do tipo de viagem que se busca, a industrial Manchester pode surpreender. Forte na cena do rock inglês, revelou ao mundo Joy Division, The Smiths e Oasis. Tem vibrante vida noturna. Além de night clubs, concentra pubs históricos e modernos. Dá para fazer uma incursão por essas instituições seguindo um dos cinco roteiros criados pela Campaigning for Real Ale (Camra), organização que defende a boa qualidade da cerveja — os percursos estão no site da cidade.
A história também pode entrar no roteiro em Manchester. Distrito protagonista na Revolução Industrial, Ancoats tem sido revitalizado, com projetos para restaurar fábricas e vilas operárias. O Imperial War Museum North mostra como as guerras afetaram a vida dos britânicos desde 1914. Desenhado pelo arquiteto Daniel Libeskind, o prédio fica na antiga região de docas The Quays, área hoje de cultura e entretenimento. Com essas e outras jogadas, Manchester também faz bonito.
Uma ponte une as duas cidades. O arquiteto Santiago Calatrava deixou sua marca na inglesa: a Trinity Bridge, projetada pelo catalão, leva ao meio de Manchester. Uma pista de por onde começar a avançar sobre os ingleses?
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De bicicleta em Paris
Que tal ir à Torre Eiffel ou ao Arco do Triunfo de bike? Desde 2007, Paris conta com o Vélib, sistema de transporte por bicicletas. Há em torno de 20 mil bicicletas em 1.800 pontos.
As estações ficam a uma distância de 300 metros uma da outra e podem ser encontradas perto dos principais pontos turísticos (o site tem mapa mostrando a localização delas). Na foto acima (crédito: Marc Bertrand/PCVB/Divulgação), você vê a sequência de bikes numa das estações locais.
Para usar o serviço, é preciso ter um cartão de crédito internacional. O usuário pode informar os dados de seu cartão na estação de retirada, seguindo as instruções da tela, ou garantir seu bilhete online pelo site do Vélib.
VALE SABER
Funcionamento: Durante o ano inteiro
Preço: Existem bilhetes de um dia (1,70 euro) ou de uma semana (8 euros). Os dois dão direito a viagens ilimitadas de no máximo meia hora. Se o ciclista permanecer com a bike do Vélib por mais tempo, paga um adicional. Por exemplo, mais 1 euro caso a viagem dure até meia hora. A segunda meia hora adicional custa 2 euros. A partir da terceira, o valor para meia hora é de 4 euros
Site: velib.paris
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Memorial de 11 de setembro
O Memorial 9/11, para lembrar das vítimas do 11 de setembro, será aberto no dia seguinte aos 10 anos do atentado, neste ano. O anúncio foi feito ontem no Pow Wow, maior encontro do setor de turismo dos Estados Unidos, realizado em São Francisco. A partir de julho, no site do memorial, os visitantes poderão fazer reservas gratuitamente.
Will Steacy/NYC/Divulgação Lower Manhattan, sul da ilha em Nova York, vem sendo revitalizada desde 2001. Já são mais de 20 hotéis, e três ainda abrem neste ano. Restaurantes e lojas também se instalaram ali. Uma campanha para promover a área começa em 1º de junho. A Get More NYC: Lower Manhattan foi divulgada hoje no Pow Wow.
A ação inclui diárias promocionais nos fins de semana em hotéis da região, que darão aos hóspedes um Downtown Culture Pass, passe de três dias para ingresso ou desconto em atrações culturais. Além desse e de outros benefícios — 20% de desconto em restaurantes e lojas participantes da campanha –, serão criados itinerários para incentivar o turista a explorar Lower Manhattan.
Leia mais sobre Nova York em: NY em português e a cidade dos imigrantes
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Destinos para as férias
O que eu andei aprontando? Editando e escrevendo textos para o especial de férias do caderno Viagem do Estadão. O tablóide, que será publicado amanhã, traz um cardápio de destinos para quem pensa em viajar no meio do ano. Entre os lugares incluídos: parques da Flórida, Serra Gaúcha, esqui na América do Sul e Chapadas dos Veadeiros e Diamantina.
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A natureza de Campos
Fotos: Nathalia Molina @ComoViajaCampos do Jordão é frequentemente associada apenas à badalação. A cidade, de fato, concentra ótimas atrações, mas a natureza da região merece um tantinho de tempo da viagem. Vários programas são em municípios vizinhos, mas a tão poucos quilômetros que nem dá para reparar que se saiu de Campos.
Dentro da cidade, a pedida é o Horto Florestal. Leve a cesta com guloseimas e faça um piquenique entre araucárias e hortênsias. Com 8.340 hectares, o lugar tem trilhas e viveiros de plantas.
Báu, Bauzinho e Ana Chata
PEDRA DO BAÚ – Foto retirada do site da Prefeitura de São Bento do Sapucaí O relevo da Mantiqueira reserva bons picos para contemplar a região. O complexo mais famoso é o da Pedra do Baú, a 1.950 metros, em São Bento do Sapucaí, cidade vizinha a Campos. Chegar ao topo do Baú exige esforço e experiência. Quem quer só curtir o visual pode ir à Pedra do Bauzinho, parte do mesmo conjunto, formado ainda pela Ana Chata. Bonita vista no pôr-do-sol.
Para ir ao Pico do Itapeva, a cerca de 2.000 metros de altitude, já no município de Pindamonhangaba, saia de manhã cedo para aproveitar o céu mais limpo. Dizem que, quando o tempo está bom, dá para ver cidades do Vale do Paraíba e até a Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida.
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Campos antes do inverno
Se você é do tipo que foge de muvuca, a hora é agora de curtir Campos do Jordão antes do inverno, mas já com um certo friozinho. Com a bela paisagem da Serra da Mantiqueira, boa hotelaria e passeios agradáveis, a cidade é a preferida dos paulistanos para as férias de julho. Todo o pessoal que se espalha no verão pelas várias praias do litoral norte do Estado se concentra num único lugar quando o assunto é montanha. Dá para imaginar a consequência, né.
Fora de temporada, é uma delícia passear pelo Capivari, sempre com movimento. Entre construções de arquitetura alpina, encontram-se restaurantes, bares e lojas. Aproveite para tomar um chope no bar da Baden Baden, onde conseguir uma mesa no inverno é uma façanha. Pode-se conhecer a fabricação na microcervejaria da Baden Baden, na Vila Santa Cruz. O tour é realizado a cada hora, das 10 às 17 horas, e tem de ser agendado. Na visita guiada, a R$ 10 por pessoa, o turista é apresentado aos 11 rótulos de cerveja da marca e faz uma degustação de dois tipos de chope.
Outros ícones da cidade são os chocolates Montanhês e Araucária — as duas têm lojas no Capivari. Com mais de 25 anos em atividade, a Montanhês se consolidou em Campos, onde mantém três unidades, e já chegou à mineira Monte Verde, também na Mantiqueira. Na fábrica da Araucária, na Vila Jaguaribe, o viajante pode comprar os produtos e, através de uma parede de vidro, ver como barrinhas, trufas e ramas ganham forma. A visita não é cobrada e pode ser feita das 10 às 18 horas, sem agendamento.
Para encerrar o dia com um bonito visual, suba o Morro do Elefante de carro ou teleférico. Lá do alto, a 1.700 metros, dá para ver o centrinho do Capivari e contemplar a vista da região.
Leia mais sobre Campos e Santo Antônio do Pinhal em: Subindo a serra
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Passeio de graça no Rio
Fotos: Divulgação Reproduzo aqui a sugestão de programa da minha amiga Roberta Carvalho, que sempre divulga os Roteiros Geográficos do Rio. A iniciativa é do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Com circuitos de dia e à noite, o projeto é uma ótima pedida para turistas e cariocas que se interessem por geografia, história, arquitetura e artes. Os roteiros são gratuitos e mostram bairros como Centro, Flamengo e Copabacana.Leia mais sobre o Rio em: melhores destinos pelo Tripadvisor -
Roteiro de tango em Buenos Aires, com visita guiada grátis
Em Buenos Aires, visitas guiadas grátis mostram o tango em roteiros por bairros com a tradição e personalidades da dança argentina. Passeios a pé são reservados pela internet e percorrem bairros tangueiros da capital do país
ATUALIZADO EM 15 DE AGOSTO DE 2017
Ir a um show de tango em Buenos Aires é quase um item obrigatório na viagem, especialmente para quem vai pela primeira vez à capital da Argentina. Mas que tal conhecer esse ritmo-ícone do país caminhando pelas ruas da cidade? Isso é possível nos passeios organizados pelo Buenos Aires Turismo, que faz a divulgação oficial da cidade.
Parte da cultura local, o tango em Buenos Aires é presente na paisagem urbana de bairros como Balvanera (na região de Abasto) e Boedo. E dá para sentir isso numa visita a um deles. Quem visita a capital argentina, durante o ano inteiro, pode ir a shows de tango e a milongas (encontros tangueiros frequentados pela população de Buenos Aires). Também dá para ver competições da dança, especialmente em agosto, mês do Festival de Tango de Buenos Aires. No entanto, se a ideia é se aprofundar no tema, vale se inscrever em um dos roteiros sobre o ritmo, gratuitos e realizados a pé.
Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação Como são e que bairros visitam os roteiros de tango
Os roteiros por bairros tangueiros de Buenos Aires e exigem reservada com antecedência pela internet. São 3 opções de passeios, que mostram a história do tradicional ritmo argentino e a vida de importantes personalidades do estilo, como Carlos Gardel e Anibal Troilo. Fique atento ao clima porque, em caso de chuva, os passeios costumam ser suspensos. Veja mais informações e como reservar na página do Turismo Buenos Aires sobre visitas guiadas.
Em Tango Y Abasto, roteiro realizado também em inglês, o trajeto passa pelo antigo mercado, pela casa-museu de Carlos Gardel e por monumentos erguidos em homenagem a grandes nomes do tango. Dura 90 minutos ao longo do bairro Balvanera, na região de Abasto.
Já as rotas chamadas de Música Porteña – Entre Tangos Y Milongas se dividem em Circuito Verde (pelo bairro Montserrat) e Circuito Amarillo (pela Recoleta, com um espetáculo musical no encerramento). No Amarillo, os participantes conhecem mais sobre a vida de figuras como Edmundo Rivero, Aníbal Troilo, Osvaldo Pugliese e Homero Manzi. Já o Verde visita lugares por onde andaram, entre outros, Carlos Gardel, Astor Piazzolla, Tita Merello e Horacio Ferrer.
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Bicicleta em Montréal: preço e informações para aluguel no Bixi
Bicicleta em Montréal é meio de transporte. A cidade canadense conta, desde 2009, com um sistema público de bikes, o Bixi. O nome vem da junção das duas primeiras letras de bicicleta com as duas últimas de táxi. O objetivo é incentivar o uso da magrela para se deslocar na cidade. O ciclista pega uma bike, pedala até onde pretende ir e devolve na estação do Bixi mais próxima.
Por isso, o programa prevê taxas extras se o ciclista permanecer um período maior do que o inicial incluído por viagem — meia hora nos passes comprados por visitantes e 45 minutos para quem se torna membro do programa de transporte da cidade. Existem os planos mensal e anual, mais indicados para moradores, e passes que servem bem a visitantes: One Way (meia hora de bike), 1 Day (24 horas) e 3 Days (72 horas).
Fiquei impressionada com a quantidade de estações que vi de aluguel de bicicleta em Montreal. Também são 7.250 bikes espalhadas em 600 pontos de Montréal e das vizinhas Longueuil e Westmount. Além de francês e inglês, línguas oficiais do Canadá, os usuários do Bixi podem ler as instruções também em espanhol. É preciso ter no mínimo 14 anos e 1,24 m de altura para alugar uma bicicleta.
VALE SABER
Funcionamento: De 15 abril a 15 de novembro
Preço: No One Way, meia hora de bike por CAD$ 2,95; no 1 Day, 24 horas a CAD$ 5,25; no 3 Days, 72 horas por CAD$ 15. Em todos esses passes, o usuário paga 1,75 dólar canadense pela primeira hora adicional e 3 dólares canadenses por cada 15 minutos seguintes.
Site: montreal.bixi.com