Texto e fotos de Nathalia Molina
A Nova Scotia possui três lugares declarados patrimônio mundial pela Unesco: Lunemburg, Joggins Fossil Cliffs e Grand Pré. O último foi listado há um ano, no fim de junho de 2012, e engloba o Grand Pré National Historic Site, área administrada pelo Parks Canada (departamento do governo responsável pelos parques nacionais).
A região abrigou acadianos (primeiros colonos vindos da França para o Canadá) durante o período entre 1682 e 1755. Em 1750, a maior colônia de acadianos das Províncias Marítimas (Nova Scotia, New Brunswick e Prince Edward Island) se encontrava no Grand Pré, com 5 mil pessoas.
Muitos desses franceses que no século 17 foram para o Grand Pré se instalaram no Vale de Anápolis (Annapolis Valley) e eram originalmente da Normandia e de outras regiões produtoras de vinho. Eles construíram diques nas áreas de charco para garantir a drenagem da água e para impedir que a maré alta alagasse o solo e implantaram a cultura do vinho na Nova Scotia.
Isso durou até 1755, ano em que os acadianos foram expulsos pela Coroa Britânica porque se negaram a tomar partido na disputa entre ingleses e franceses pela posse do leste do Canadá. A região do Grand Pré só retomou o plantio das vinhas e produção de vinhos recentemente. Depois de 225 anos, portanto, em 1980.
Lá, eu visitei a vinícola Domaine de Grand Pré. Não entendo de vinho, mas sei dizer o que gosto de beber. Provei o tinto Castel (muito doce para o meu gosto; a 16,78 dólares canadenses), o branco Tidal Bay (um pouco melhor do que o tinto; por 19,39), o espumante Champlain Brut (meu preferido na degustação; a 25,47) e o espumante Maple (divertido; por 17,13). Além da lojinha, dos vinhedos e de um lindo jardim com pérgola, o casarão tem um anexo para o restaurante Le Caveau.
A região do Grand Pré está distante cerca de 85 quilômetros de Halifax, ou seja, em torno de uma hora de carro.
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