Categoria: Argentina

  • Esqui na Argentina: temporada de inverno 2013

    Esqui na Argentina: temporada de inverno 2013

    Esqui, Argentina, Catedral - Foto Eliseo Miciu, Divulgação

    CATEDRAL — Foto: Eliseo Miciu/Divulgação

    ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO ESPECIAL DE FÉRIAS DO CADERNO VIAGEM, DO JORNAL ESTADO DE S. PAULO (aqui na íntegra) — edição de maio de 2013

    Leia também sobre esqui no Chile

    Texto de Nathalia Molina

    A celebração do inverno em Bariloche começa antes neste ano. A Fiesta de La Nieve, realizada em agosto na cidade argentina, foi antecipada para 21 de junho. Durante uma semana, espetáculos e atrações para a família garantem diversão. Entre as novidades para a temporada, a mais famosa entre os brasileiros terá pista indoor de patinação no gelo, na Rua Mitre, durante todo o inverno. O ponto promete ficar agitado, assim como o bar de gelo – os adultos tomam vodka em copos de gelo, enquanto as crianças brincam no iglu em miniatura. A neve argentina reserva aventura de Mendoza à Terra do Fogo, veja só:
    CATEDRAL
    Funciona há cerca de 70 anos, é a estação mais antiga da Argentina. Com 1.200 hectares de área (metade de pistas), 39 meios de elevação, 19 restaurantes e um shopping, Catedral atrai em torno 250 mil visitantes por inverno. O centro de esqui tem vista panorâmica para o Lago Nahuel Huapi e fica a apenas 11 quilômetros do centro de Bariloche.
    • Novidades: As pistas estão mais planas e seguras, com 18 máquinas de limpeza (antes eram 8). Mudanças na área digital prometem maior agilidade nos meios de elevação e na leitura dos passes
    • Destaques: Tem a maior superfície esquiável da América do Sul, com 9 quilômetros de pista e 11 canhões para produzir neve artificial. A escola de snowboard conta com 400 instrutores profissionais. Além da neve, a estação tem um farto calendário que inclui música, moda e arte
    • Quanto custa: A estação não administra hotéis. Para hospedagem na base do centro de esqui, é preciso procurar individualmente nos hotéis. Em Bariloche, há mais opções e em todas as faixas de preço
    • Mais: www.catedralaltapatagonia.com

    Esqui, Argentina, Catedral - Foto Julián Lausi, Divulgação

    Foto: Julián Lausi/Divulgação

     

    CHAPELCO

    Com 25 pistas de esqui, o centro de esqui está localizado a 20 quilômetros de San Martin de los Andes. O snowpark tem espaço para principiantes, intermediários e avançados.

    • Novidades: Passes para os meios de elevação podem ser comprados pelo site. O novo aplicativo para iPad informa condições meteorológicas, mapas de pistas, meios de elevação e notícias
    • Destaques: Em agosto e setembro, ocorrem na estação eventos esportivos internacionais como Tetratlón de Chapelco, Argentina Snow Polo e Chapelco Open Boardercross. No programa Back Bowls, esquiadores mais experientes praticam o esporte em pontos mais extremos
    • Quanto custa: Há opções para todas as faixas de preço – os turistas se hospedam na cidade de San Martin de los Andes
    • Mais: www.chapelco.com

    Esqui, Argentina, Chapelco - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

     

    LAS LEÑAS

    Com opções de hospedagem de diferentes categorias, Las Leñas oferece estrutura completa, que inclui spa, piscina coberta, discoteca e cassino. Há 30 pistas e 13 meios de elevação. Malargüe é a cidade mais próxima da estação, a 80 quilômetros.

    • Novidades: Principiantes e universitários têm 25% de desconto em passes com acesso a quatro pistas para esse público.  Para manobras radicais, há uma nova pista, a Bumps. O parador de montanha de pista Eros será reinaugurado, com lanches a preços acessíveis
    • Destaques: Complexo turístico completo, Las Leñas oferece uma das descidas mais livres e largas por pistas – Apolo, Netuno e Vênus, de 7.050 metros. Inaugurado em 2012, o meio de elevação Minerva 2 (com cadeiras para 4 pessoas por viagem) deu mais agilidade à estação
    • Quanto custa: Diárias a partir de US$ 198 para duas pessoas
    • Mais: www.laslenas.com

    Esqui, Argentina, Las Leñas - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

     

    CERRO CASTOR

    Pertinho de Ushuaia (distante 26 quilômetros), Cerro Castor possui 29 pistas, 11 meios de elevação, 6 pontos de alimentação (metade na base e o restante na montanha) e uma área para principiantes.

    • Novidades: Está com diversas inaugurações: centro de informações, restaurante, nova pista, mais um meio de elevação e edifício base de 1.300 m². Um aplicativo para celulares (Android e iPhone) mostra a estrutura da estação, temperatura, neve acumulada e pontos de interesse na montanha
    • Destaques: A temporada é mais longa por lá: há neve até outubro. A estação conta ainda com 12 canhões para produzir neve artificial. Pessoas com capacidade motora especial encontram equipamentos e instalações adaptadas
    • Quanto custa: Os preços variam de acordo com a categoria do hotel escolhido em Ushuaia
    • Mais: www.cerrocastor.com

    Esqui, Argentina, Cerro Castor - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, Divulgação

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

  • Argentina: fim do mundo e Glaciar Perito Moreno

    Argentina: fim do mundo e Glaciar Perito Moreno

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (2)

    Estas dicas e fotos são da Maria Filomena Rego, uma viajante incansável, que desta vez foi conhecer o fim do mundo bem no auge daquela história do possível fim do mundo em dezembro de 2012. Ela esteve na Argentina, visitando Ushuaia (chamada de fim do mundo) e o Glaciar Perito Moreno, em El Calafate.

    Leia a seguir as impressões da Maria Filomena sobre Ushuaia e Perito Moreno:

    USHUAIA

    Pinguins, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal“Fiz Rio-Buenos Aires com conexão para Ushuaia (Aerolineas Argentinas), Lá, fiz um passeio pelo Parque Nacional da Terra do Fogo, com uma volta no trem do fim do mundo, que faz uma parte do parque. À tarde, passeio de barco pela Baía de Ushuaia, Canal de Beagle, com leões marinhos, aves típicas, pinguins…. Retornamos às 21 horas, ainda com sol.

    Tivemos uma manhã para bater pernas por Ushuaia. A cidade é lindinha, cercada de montanhas nevadas, com casinhas coloridas, todas com jardins floridos.”

     

    PERITO MORENO

    “À tarde partimos, de avião, para El Calafate. Caminhamos pela cidade, que é pequena e muito bonita. Fomos ao Museu do Brinquedo (crianças adoram).

    No dia seguinte fomos ver o Glaciar Perito Moreno, que é impressionante. Fiz um passeio de barco até bem pertinho dele. Depois, numa outra perspectiva, enormes passarelas que permitem uma vista global do glaciar. Maravilhoso, tirei inúmeras fotos, fiquei extasiada.

    No dia seguinte, fomos ao Museu do Gelo. Muito interessante, com painéis, filmes, maquetes. Ainda há um bar de gelo que se paga uma taxa extra para visitar e tem roupas especiais. pois a temperatura lá é negativa. Há um ônibus no centro que sai a cada hora e retorna a cada hora e meia.”

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (3)Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal

     

    OS HOTÉIS

    “Fiquei no Hostal del Bosque, em Ushuaia, e no Hotel Sierra Nevada, em El Calafate. Muito bons, com jardins floridos. No Hostal del Bosque (na 1ª foto abaixo), o apartamento é ótimo. Na verdade é um apart-hotel, com um sala grande, mesa com 4 lugares, um sofá-cama com outra cama embutida, pia, micro-ondas, geladeira, quarto e banheiro. Tudo de muito bom gosto em madeira trabalhada. Cabe uma família com conforto.”

    Hostal del Bosque, Ushuaia, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo PessoalHotel Sierra Nevada, El Calafate, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal

     

    DE PACOTE

    “Viajei de pacote porque acho que fica mais prático e barato, pois são 5 voos. São 6 dias, 3 em cada cidade. Você sempre pode contratar os passeios lá, mas acho mais prático ir com tudo pago daqui. Tudo por lá é muito caro, não podemos esquecer que lá é o fim do mundo.”

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (4)

     

    TEMPO BOM

    “O glaciar é imperdível, as cidades também são muito bonitas e agardáveis, pequenas, com lojinhas, cafés. Demos sorte de pegar tempo ótimo durante toda a viagem. Em Ushuaia, 15 graus durante o dia; em Calafate, mais de 20 graus, com dias lindos. O guia que nos levou ao glaciar disse que fomos privilegiados, pois era raro ter um dia tão claro para ver todo o glaciar e mais as montanhas ao seu redor. Tudo muito lindo e diferente. O mundo não acabou, mas eu adorei o fim do mundo.”

    E você? Tem dicas da sua viagem ou cidade? Manda para mim no e-mail comoviaja@gmail.com, que eu publico como Dica de Viajante ou Morador.

    Leia outras dicas de viajante ou de morador

  • Tango em Buenos Aires, na Argentina

    Tango em Buenos Aires, na Argentina

    O tango é uma tradição argentina. Em Buenos Aires, shows, milongas e visitas guiadas embalam visitantes e moradores no ano inteiro. O ritmo é parte da cultura da cidade, com direito a um festival anual com competição mundial de bailarinos

    ATUALIZADO EM 3 DE MAIO DE 2017

    O ano todo tem tango em Buenos Aires. Não me refiro somente às apresentações de artistas de rua ou aos shows para turistas. Falo dos moradores e dos visitantes que fazem aulas e frequentam as milongas na capital argentina.

    O tango é uma instituição do país e, desde 2009, é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. É tão importante para a cultura portenha que a cidade decidiu reservar um espaço inteiramente dedicado ao estilo. Desde fevereiro de 2010, o Teatro de la Ribera foi declarado como lugar oficial e exclusivo de tango em Buenos Aires. A programação lá é totalmente voltada para ele, com espetáculos, milongas, aulas e exposições.

    FESTIVAL DE TANGO DE BUENOS AIRES – Fotos: Ministerio de la Cultura de Buenos Aires/Divulgação

    A origem do tango e o festival anual

    O estilo musical que deu fama mundial a Buenos Aires tem origem no século 19. Surgiu da mistura entre a cultura local (dos ‘gaúchos’) com influências da África, do Oriente Médio e da Europa, principalmente de imigrantes italianos e espanhóis que foram para essa região do Rio da Prata.

    Quem quiser se sentir dentro do clima integralmente deve marcar sua viagem para Buenos Aires para agosto. É o mês em que o calendário tangueiro tem seu ápice na capital argentina, com o famoso Festival de Tango de Buenos Aires. Entre abril e maio, o ritmo musical e muitas milongas também podem ser apreciados nos bairros de Buenos Aires durante a realização anual do Campeonato de Baile de la Ciudad.

    Onde ver shows e aprender sobre tango

    Quem quer saber mais sobre o ritmo pode se inscrever num roteiro de tango em Buenos Aires, com visita guiada grátis. Os passeios a pé percorrem tradicionais bairros tangueiros e mostram a história e a vida de importantes personalidades do estilo, como Carlos Gardel e Anibal Troilo. Há 3 rotas oferecidas pelo Turismo de Buenos Aires: Tango Y Abasto (também disponível em inglês) e Entre Tangos Y Milongas, com dois roteiros, Circuito Verde e Circuito Amarillo (com um espetáculo musical no encerramento do roteiro). Um passeio por conta própria por bairros como Balvanera (na região de Abasto) e Boedo permite sentir a atmosfera tangueira presente em Buenos Aires.

    O ano inteiro é irresistível ver também um show de tango em Buenos Aires, muitos deles com jantar. O passeio não é barato (talvez seja o maior investimento da viagem à capital argentina), mas vale a experiência. Entre as opções famosas estão os espetáculos realizados no El Viejo Almacén e no histórico Café Tortoni — um dos que ostenta o título de ‘bar notable’, dado pelo governo da cidade a lugares que tiveram significativa atividade cultural e que foram ponto de encontro de importantes personalidades. Se preferir um show de tango com produção mais moderna, vá ao Rojo Tango Show, bonito espetáculo apresentado no Faena Hotel.

  • Feira do Livro de Buenos Aires (e feirinha para crianças)

    Feira do Livro de Buenos Aires (e feirinha para crianças)

    Em torno de 45.000 m² dedicados à literatura. A Feira do Livro de Buenos Aires é a maior de língua espanhola (no nome oficial, Feria Internacional del Libro de Buenos Aires). Cerca de 1 milhão de pessoas visitam o evento todo ano, durante as 3 semanas de duração. Debates, cursos, leituras e um festival de poesia estão na programação.

    Nada mais natural numa cidade em que a cultura — em especial a dos livros — é valorizada. Durante uma viagem à capital argentina, compra isso com uma simples visita à El Ateneo, livraria que virou ponto turístico de Buenos Aires.

    E o hábito é cultivado desde cedo. Viagens são ótimo pretexto para isso, aliás. Nem que seja num simples livro de colorir para crianças. Lojinhas de museu oferecem boas lembrancinhas de viagem nesse formato, que apresenta costumes e destinos de forma lúdica. Pode ser um 1º passo para gostar da leitura no futuro.

    Organizada pela Fundación El Libro, entidade sem fins lucrativos, a Feira do Livro de Buenos Aires conta com uma área dedicada às crianças. A Feria del Libro Infantil y Juvenil tem exposições, contação de história e espetáculos de marionete, música e mágica.

    A tradicional Feira do Livro de Buenos Aires – Foto: Divulgação

    VALE SABER

    Quando: Em 2020, de 30 de abril a 18 de maio

    Site: el-libro.org.ar

  • Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    TELA ‘SÃO PAULO’, NA PINACOTECA – Foto: Divulgação

    Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, no interior paulista, em 1º de setembro de 1886. Eu adoro a pintora e suas obras. A São Paulo da década de 1920, os modernistas, mulheres incríveis como Tarsila, Anita Malfatti e Pagu, tudo sempre esteve muito presente na minha vida de adolescente, mesmo vivendo eu no Rio nesse período.

    Para quem quer revisitar a artista, que morreu em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973, a melhor forma é mesmo admirando seus quadros. Vão aqui algumas sugestões para conhecer mais sobre ela:


    Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires – Malba (Buenos Aires)

    abaporu-quadro-de-tarsila-do-amaral-fica-no-museu-malba-em-buenos-aires-argentina-foto-nathalia-molina-comoviaja
    ‘ABAPORU’ – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Aqui está o mais famoso quadro da pintora, o Abaporu. Fiquei emocionada quando me vi diante dele no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. O Abaporu não é apenas uma tela linda, é carregada de significados, como símbolo que é do Movimento Antropofágico. Uns 10 anos depois, tive a felicidade de apreciá-la novamente, emprestada ao Museu de Arte do Rio — leia aqui sobre o MAR. Estava com meu filho, Joaquim, e tirei essa foto. Foi lindo poder mostrar a ele essa obra. Aos 6 anos, ele gostou de ver a pintura que já conhecia por fotos e reproduções em livros.

    Tarsila fez o quadro em 1928 para dar de presente a Oswald de Andrade, seu marido na época. Eduardo Costantini, o fundador do Malba, comprou a obra em 1995 num leilão da Sotheby’s em Nova York. Costantini abriu o museu em Buenos Aires seis anos depois e, desde então, a tela está exposta nele.

    Foto: Malba/Divulgação


    Museu de Arte Moderna – MAM (Rio de Janeiro)

    Em 1969, a exposição Tarsila — 50 Anos de Pintura foi apresentada no MAM-Rio. Atualmente o museu expõe uma de suas mais marcantes obras. Dentro da Coleção Gilberto Chateaubriand, o acervo inclui Urutu, tela de 1928.


    Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro)

    O quadro Auto-Retrato ou Le Manteau Rouge, de 1923, está no acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Fique atento ao noticiário para saber quando vai poder ver a obra, atualmente a instituição está fechada por causa da greve dos funcionários do Ministério da Cultura. A dois quarteirões dali, ainda na Avenida Rio Branco (na época conhecida como Avenida Central), Tarsila fez sua primeira exposição individual no Brasil. Infelizmente não é possível ver o lugar onde ela ocorreu já que o Hotel Palace foi demolido, nos anos 50, para dar lugar ao feioso Edifício Marquês do Herval, na esquina com a Avenida Almirante Barroso.


    Pinacoteca do Estado (São Paulo)

    Tarsila foi diretora da Pinacoteca como diretora até a queda de Júlio Prestes em 1930. A instutição tem 84 obras da pintora, entre elas, vários grafites sobre o papel. No acervo também, a tela São Paulo, de 1924.


    Museu de Arte de São Paulo – Masp (São Paulo)

    MASP - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
    MASP – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Em 1950, Tarsila ganhou uma exposição retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo, quando ele ainda funcionava num edifício no Centro da cidade. No ano seguinte, a artista participou da I Bienal de São Paulo, realizada num pavilhão na Belvedere Trianon. Era um espaço aberto em frente ao Parque Trianon, onde depois foi construída a atual sede do Masp. Atualmente Tarsila está entre os artistas cujas obras compõem a exposição Papéis Brasileiros: Gravura 1910-2008 – Coleção Masp, em cartaz até 2 de outubro no museu na Avenida Paulista.

     


    Palácio das Indústrias (São Paulo)

    Foto: B. Dias/Divulgação

    O prédio serviu de sede da Prefeitura de São Paulo depois de receber o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e departamentos do Instituto Médico Legal. Mas, quando concebido no início do século 20 pelo Escritório Ramos de Azevedo, era para ser espaço de exposições. Tarsila mostrou sua obra por lá, em 1922.

    Desde 2009, após restauração, a construção abriga o Catavento Cultural, com experiências científicas. Meu filho de 7 anos adora esse lugar — é ótimo programa para crianças — e o edifício ainda é lindo. Além de passar ali perto de vez em quando, me lembro de ficar boba com a beleza da arquitetura quando trabalhava como repórter cobrindo Prefeitura pelo Jornal da Tarde. E minha primeira entrevista em São Paulo também foi lá, com o antigo prefeito Celso Pitta, numa coletiva feita com os trainees da Folha (na época eu era um deles).

  • Borges, em Buenos Aires

    Borges, em Buenos Aires

    Em 24 de agosto de 1899, nasceu Jorge Francisco Isidoro Luis Borges em Buenos Aires. Para viver um pouco da cidade de um dos maiores escritores argentinos, dê uma olhada nestes lugares:

    Fundación Internacional Jorge Luis Borges

    Criada em 24 de agosto de 1988, dois anos depois da morte do escritor, está instalada na casa da Calle Anchorena (nº 1.660) onde a família do escritor morou de 1938 a 1943, na qual Borges escreveu Las Ruinas Circulares. Guarda a biblioteca do escritor, as primeiras edições de seus livros e objetos pessoais como quadros e talismãs. Lá fica o Museo Borges, com visitação de segunda a sexta, das 10 às 14 horas. Há tours guiados em espanhol e em inglês. No primeiro andar, foi recriado o quarto em que dormia na casa da Calle Maipú (nº 994).

    Fotos: Divulgação
    Fotos: Divulgação


    Plaza San Martín

    Um de seus poemas leva o nome do lugar, La Plaza San Martín. O escritor não apenas se inspirou na principal praça do Retiro, como passava por lá em suas caminhadas pelo bairro. Ele morava quase na esquina, na Calle Maipú, 944. Frequentava a Librería de La Ciudad, em frente à praça.

    Centro Cultural Borges

    Aberto desde 1995, o Centro Cultural Borges conta com diversas exposições. O lugar foi criado em parceria com a Fundación Internacional Jorge Luis Borges. Além da mostra, o espaço desenvolve atividades de extensão cultural e o site Constelación Borges, para viajar pelo mundo do escritor com o computador — é bem interessante, vale o clique. O Centro Cultural Borges fica dentro do shopping Galerías Pacífico. um lindo edifício com entrada pela Calle Florida.


    Café Tortoni

    Este café tradicional no Centro de Buenos Aires é um dos que Borges frequentava. No salão do Tortoni, há várias referências a ele. O lugar é lindo, e o chocolate com churros, receita de felicidade no inverno.


    Casa da Calle Serrano

    Ali, no número 2.135, o autor morou com a família, no bairro de Palermo. Numa placa na esquina entre a Calle Guatemala e a rua batizada com o nome do escritor (a Serrano virou Jorge Luis Borges, mas ainda é conhecida por Serrano), está a transcrição do poema Fundación Mítica de Buenos Aires, que cita essas ruas.

  • Cataratas do Iguaçu 2-em-1

    Reprodução

    Argentina e Brasil querem divulgar juntos as Cataratas do Iguaçu. O acordo para a promoção do destino foi apresentado durante a Adventure Sports Fair, em São Paulo. O mapa ao lado está sendo distribuído na feira de esportes de aventura, realizada no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, até amanhã, 14 de agosto. Os dois países pretendem trabalhar juntos o ponto turístico para que os visitantes de um lado das Cataratas conheçam também o outro. Dados do Parque Nacional do Iguazú, na Argentina, mostram que só 20% a 30% dos 500 mil visitantes anuais atravessam a fronteira para ver o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. No sentido oposto, o levantamento aponta que apenas 10% dos 700 mil visitantes anuais do lado brasileiro vão até a Argentina.

  • Roteiro de tango em Buenos Aires, com visita guiada grátis

    Roteiro de tango em Buenos Aires, com visita guiada grátis

    Em Buenos Aires, visitas guiadas grátis mostram o tango em roteiros por bairros com a tradição e personalidades da dança argentina. Passeios a pé são reservados pela internet e percorrem bairros tangueiros da capital do país

    ATUALIZADO EM 15 DE AGOSTO DE 2017

    Ir a um show de tango em Buenos Aires é quase um item obrigatório na viagem, especialmente para quem vai pela primeira vez à capital da Argentina. Mas que tal conhecer esse ritmo-ícone do país caminhando pelas ruas da cidade? Isso é possível nos passeios organizados pelo Buenos Aires Turismo, que faz a divulgação oficial da cidade.

    Parte da cultura local, o tango em Buenos Aires é presente na paisagem urbana de bairros como Balvanera (na região de Abasto) e Boedo. E dá para sentir isso numa visita a um deles. Quem visita a capital argentina, durante o ano inteiro, pode ir a shows de tango e a milongas (encontros tangueiros frequentados pela população de Buenos Aires). Também dá para ver competições da dança, especialmente em agosto, mês do Festival de Tango de Buenos Aires. No entanto, se a ideia é se aprofundar no tema, vale se inscrever em um dos roteiros sobre o ritmo, gratuitos e realizados a pé.

    Foto: Secretaria de Turismo da Argentina/Divulgação

    Como são e que bairros visitam os roteiros de tango

    Os roteiros por bairros tangueiros de Buenos Aires e exigem reservada com antecedência pela internet. São 3 opções de passeios, que mostram a história do tradicional ritmo argentino e a vida de importantes personalidades do estilo, como Carlos Gardel e Anibal Troilo. Fique atento ao clima porque, em caso de chuva, os passeios costumam ser suspensos. Veja mais informações e como reservar na página do Turismo Buenos Aires sobre visitas guiadas.

    Em Tango Y Abasto, roteiro realizado também em inglês, o trajeto passa pelo antigo mercado, pela casa-museu de Carlos Gardel e por monumentos erguidos em homenagem a grandes nomes do tango. Dura 90 minutos ao longo do bairro Balvanera, na região de Abasto.

    Já as rotas chamadas de Música Porteña – Entre Tangos Y Milongas se dividem em Circuito Verde (pelo bairro Montserrat) e Circuito Amarillo (pela Recoleta, com um espetáculo musical no encerramento). No Amarillo, os participantes conhecem mais sobre a vida de figuras como Edmundo Rivero, Aníbal Troilo, Osvaldo Pugliese e Homero Manzi. Já o Verde visita lugares por onde andaram, entre outros, Carlos Gardel, Astor Piazzolla, Tita Merello e Horacio Ferrer.

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