Categoria: Destinos no Brasil

Melhores destinos no Brasil com dicas de viagem no litoral e interior, sobre pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Athos Bulcão: Brasília e Rio modernistas com arte e azulejos

    Athos Bulcão: Brasília e Rio modernistas com arte e azulejos

    Athos Bulcão viveu em Brasília, onde morreu aos 90 anos. O artista nasceu no Rio em 1918, mas foi na capital federal que se consagrou, realçando o concreto das construções da arquitetura modernista. Por isso, Athos é considerado o artista de Brasília. Se você conhece a cidade, provavelmente já cruzou com seus trabalhos, especialmente vistos em painéis repletos de simetria. No Rio, também é possível apreciar suas obras, por exemplo, no painel de azulejos embaixo do arco da Praça da Apoteose, no Sambódromo.

    Apoteose no Sambódromo – Foto Tuca Reinés/Fundação Athos Bulcão/Divulgação

    Seus desenhos estão em muitos prédios governamentais no Brasil e no mundo (como um painel de azulejos na Embaixada do Brasil em Buenos Aires). Athos Bulcão trabalhou em várias parcerias com os arquitetos João Filgueiras Lima e Oscar Niemeyer. Aos 21 anos, já havia sido assistente de Candido Portinari ao longo do trabalho no mural da Pampulha, na Igreja de São Francisco de Assis, projetada por Niemeyer.

    Athos Bulcão, o artista de Brasília: painel na Sala de Togas – Foto: Fellipe Sampaio/Secom-TST/Divulgação

    O artista também trabalhou em algumas fachadas de edifícios residenciais e outros prédios privados. O prédio do então Hotel Méridien em Copacabana, no Rio (atual Hilton Rio de Janeiro Copacabana) recebeu um relevo em mármore de Athos Bulcão na fachada. Já o histórico Brasília Palace Hotel exibe uma pintura mural de 1958 do artista.

    Histórico Brasília Palace Hotel com pintura-mural de 1958 – Foto: Edgar César Filho/Fundação Athos Bulcão/Divulgação

    A agência online Civitatis tem uma visita guiada por Brasília, feita a pé em 3 horas. O tour panorâmico, também por 3 horas, a R$ 135, é feito em ônibus de teto aberto, passando pelos principais pontos turísticos da capital federal: Catedral, Congresso e Memorial JK. Para quem preferir uma atenção maior, há um passeio privado com guia local, com opções de 4 horas (R$ 600 para até 4 pessoas) ou 8 horas (R$ 800 para a mesma quantidade de visitantes).

    Para conhecer mais sobre Athos Bulcão, veja abaixo onde ver a arte e os azulejos de Athos Bulcão em Brasília e no Rio. E, na capital federal, visite a Fundação Athos Bulcão.

    Memorial Juscelino Kubitschek: relevo em mármore e granito preto – Foto: Edgar César Filho/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Azulejos na Catedral Metropolitana, em Brasília – Foto: Edgar César/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Padronagem no Superior Tribunal de Justiça – Foto: Edgar César Filho/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Parque da Cidade, em Brasília – Foto: Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Aeroporto de Brasília – Foto: Edgar César/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Mercado das Flores, em Brasília – Foto: Edgar César Filho/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Antigo hotel Meridién: relevo na fachada – Foto: Tuca Reinés/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Painel no Hospital da Lagoa, no Rio – Foto: Tuca Reinés/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
    Fundação Getulio Vargas, no Rio- Foto Tuca Reinés/Fundação Athos Bulcão/Divulgação
  • Circuito das Águas (SP): o que fazer e onde ficar nas 9 cidades

    Circuito das Águas (SP): o que fazer e onde ficar nas 9 cidades

    Família paulistana que se preze não pode se considerar viajada nesta vida se não botou os pés no Circuito das Águas, o conjunto formado por 9 cidades do interior de São Paulo, todas a menos de 160 km da capital paulista. Se a ideia for passar uns dias pela região, para explorá-la com calma, veja hotéis no Circuito das Águas na Booking, com opções para vários perfis de viajantes. Por lá, fontes e balneários ainda atraem os que vão em busca de tratamentos medicinais alternativos.

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    Holambra e Socorro se destacam entre viajantes que gostam de flores e esportes na natureza, respectivamente. O artesanato e a moda em malha e em couro ainda são ativos importantes de cidades como Serra Negra. Tudo isso, ao que parece, não mudará. A Expoflora Holambra, por exemplo, faz mais sucesso a cada primavera. E, seja qual for o mês da viagem, a Civitatis, agência parceira do Como Viaja, vende tours e passeios em Holambra.

    De uns bons anos para cá, uma passadinha por Jaguariúna, Amparo ou Lindoia ganhou força e vitalidade graças a atividades esportivas em meio à natureza e ao turismo gastronômico, que permite a novos visitantes degustar cachaças, cafés e pratos regionais.

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    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação de viajantes nos sites de reserva.

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    Some-se a isso o acesso fácil pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes e pela Rodovia D. Pedro I (esta acessível também por Dutra e Fernão Dias), todas bem sinalizadas e com boas condições de dirigibilidade. A coisa, literalmente, entorta um pouco na estrada do Circuito das Águas, sinuosa e com poucos pontos de ultrapassagem. Ou seja, é preciso ter aquele espírito, digamos, mais maduro e menos impetuoso para aproveitar bem a viagem.

    A seguir, um resuminho básico do que fazer em cada uma das 9 cidades do Circuito das Águas de São Paulo e links para você ver onde ficar nos destinos do roteiro no inteior paulista.

    1 | Águas de Lindoia

    DISTÂNCIA DE SP: 160 KM

    Uma visita à capital brasileira do termalismo deve incluir a passagem pelo Balneário Municipal. Nele é possível tomar banho de piscina abastecida com água mineral ou se submeter a tratamentos alternativos que ajudam no combate a problemas que vão de ácido úrico à TPM. Massagens, ducha escocesa e o stangerbad (banho em que são emitidas pequenas correntes elétricas, classificado como acupuntura sem agulhas) estão entre os serviços oferecidos pelo balneário, que tem jardins de Burle Marx, responsável também pelo projeto paisagístico da Praça Adhemar de Barros, cartão-postal e ponto de encontro da cidade.

    Para admirar Águas de Lindóia do alto, suba ao Morro Pelado, a 1.400 metros de altitude. A visão é tão ampla que dá até para enxergar Monte Sião, município vizinho que fica em Minas Gerais.

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    2 | Lindoia

    DISTÂNCIA DE SP: 155 KM

    Saiba que 40% da água mineral bebida no Brasil vem de Lindóia. Razão pela qual uma garrafa gigante da marca de água que leva o nome da cidade tem valor de monumento. Lindóia está no centro do Circuito das Águas, envolta pela Serra da Mantiqueira, e é cortada pelo Rio do Peixe, que apresenta cachoeiras. Alimentado pelas nascentes que descem das montanhas, o lago da cidade tem 5 km de extensão e serve de palco para a prática de jet ski e wakeboard. A exemplo de Águas de Lindóia, o Cristo Redentor é o principal mirante do município. Alguns produtores rurais recebem visitantes interessados em provar vinho e cachaça locais.

    3 | Serra Negra

    DISTÂNCIA DE SP: 150 KM

    Uma das cidades mais verticais do circuito (os prédios do centro já rivalizam no horizonte com as montanhas), Serra Negra tem como é ponto mais alto o Pico do Fonseca, com 1.310 metros de altitude. O teleférico que sai da Praça Sesquicentenário é indicado para quem deseja registrar a cidade em fotos lá de cima. Em terra firme, dê um giro de 50 minutos a bordo do trenzinho maria fumaça (na verdade, são coloridas jardineiras abertas que rodam os principais pontos turísticos, entre eles as fontes Santo Agostinho e Santa Luzia — aproveite essas duas paradas para beber a água mineral que desce fresca da nascente.

    E gaste sola de sapato (o uso de tênis é recomendado) circulando pelas lojas que vendem malhas e artigos de couro do circuito da Rua Coronel Penteado e arredores. As lojas são muitas, os produtos se parecem e a solução é procurar o melhor preço. A Disneylândia dos Robôs é uma terra de brinquedos e engenhocas feitas a partir de sucata. Paga, a atração conquista a atenção da meninada. A cerca de 6 km do centro da cidade fica o complexo turístico Macaquinhos, com piscina, área para piquenique, animais de fazenda e, claro, macaquinhos que deram nome e fama ao lugar.

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    4 | Holambra

    DISTÂNCIA DE SP: 150 KM

    De todas as cidades pertencentes ao Circuito das Águas, Holambra é certamente a mais conhecida no território brasileiro. O município fundado por imigrantes holandeses depois da Segunda Guerra é o principal centro produtor de flores do país. Para admirar a beleza das espécies cultivadas na região não é necessário esperar pela Expoflora festa que atrai milhares de turistas anualmente, entre setembro e outubro. Durante o ano todo, o Garden Center é um shopping de plantas e flores, que tem restaurante e parquinho infantil.

    No centrinho, os traços da colonização holandesa se fazem presentes nas casinhas coloridas que abrigam cafés, lojas e restaurantes, bem como no moinho dos povos unidos (cartão postal da cidade) e nas festas organizadas pela comunidade formada por cerca de 11 mil pessoas, a maioria descendentes dos imigrantes que fundaram Holambra — junção das iniciais de Holanda, América e Brasil.

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    5 | Pedreira

    DISTÂNCIA DE SP: 140 KM

    A fama de Pedreira vem da porcelana, fartamente vendida em uma sequência de lojas do centrinho. E que ainda integra o acervo do Museu Histórico da Porcelana, atração para quem deseja ver fotos dos primeiros imigrantes italianos que chegaram à região, entre outros objetos que ajudam a recontar a história dessa cidade às margens do Rio Jaguari. O restaurante Peixada do Lago é imã de turistas há muitos anos.

    Porcelana: produtos típicos de Pedreira – Foto: Miguel Schincariol/Divulgação

    6 | Amparo

    DISTÂNCIA DE SP: 135 KM

    O charmoso casario colorido é símbolo da prosperidade vivida por Amparo durante o ciclo cafeeiro paulista, entre os séculos 19 e 20. As calçadas largas facilitam o passeio a pé pelo centro histórico. Restaurados, edifícios como o Mercado Municipal e o Museu Bernardino de Campos (antiga sede da prefeitura) são pontos turísticos, bem como a estação de trem de 1875, responsável por escoar a produção de café. O grão ainda é produzido em fazendas centenárias, como a Boa Esperança, aberta a visitação. Propriedades como as fazendas Engenho da Palmeira e Cascata serviram de cenário para a novela o Rei do Gado, da TV Globo, nos anos 1990.

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    Amparo, no Circuito das Águas
    Amparo, no Circuito das Águas – Foto: Miguel Schincariol

    7 | Socorro

    DISTÂNCIA DE SP: 135 KM

    Na região da Serra da Mantiqueira, Socorro tornou-se um dos principais destinos de turismo ecológico do Brasil. O rafting pelo rio do Peixe é uma tradição da cidade, que também oferece a tirolesa de 1 km de extensão — sem esquecer da versão voadora, em que o visitante desce deitado de barriga para baixo. O turismo de aventura para portadores de necessidades especiais também é um dos destaques do destino. De queijo a cervejas, passando por cachaças e doces, muitas mercadorias artesanais estão à venda em lojas e restaurantes.

    Propriedades abrem suas porteiras para quem deseja ver de perto estes produtos serem fabricados. Lugares como o Rancho Pompéia servem o típico café caipira. As fontes de água mineral seguem atraindo visitantes, assim como as cerca de 200 malharias que fazem de Socorro um importante polo produtor do estado desde os anos 1960.

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    Arvorismo em Socorro – Fotos: Divulgação

    8 | Monte Alegre do Sul

    DISTÂNCIA DE SP: 130 KM

    Os italianos que se estabeleceram em Monte Alegre do Sul no fim do século 19 aproveitaram o clima frio da região, no vale do Rio Camanducaia, para plantar morangos e uvas. Com as últimas, além de vinho, eles produziam a grappa, aguardente tipicamente italiano feito com bagaços. A partir do cultivo da cana de açúcar, o destilado produzido passou a ser a cachaça, o que explica os cerca de 25 alambiques locais abertos à visitação e a oferta da bebida em sua forma artesanal nos bares e restaurantes do centro histórico.

    As águas da cidade são dotadas de propriedades medicinais e empregadas em tratamentos oferecidos no Balneário Municipal, um dos pontos turísticos da cidade ao lado do Santuário do Senhor Bom Jesus. Uma mini cidade faz a alegria das crianças assim como a réplica da maria fumaça que fica na velha estação ferroviária da cidade.

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    9 | Jaguariúna

    DISTÂNCIA DE SP: 120 KM

    Uma visita a Jaguariúna deve incluir o passeio de maria fumaça rumo a Campinas. Na ida ou na volta, pare um pouco na estação restaurada, onde estão o Museu Ferroviário e o Botequim da Estação, cuja especialidade é picanha na pedra. Cortada por 3 rios, a cidade tem um parque para a prática de esportes aquáticos — como wakeboard e esqui — e colchões infláveis sobre a água, para crianças e adultos pularem e escorregarem a valer. Jaguariúna faz parte do Circuito Nacional de Rodeio, cuja etapa na cidade completa 30 anos em 2018.

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    Maria-fumaça de Jaguariúna – Foto: Miguel Schincariol/Divulgação

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  • Porto de Galinhas (Pernambuco): pontos turísticos, hotéis e mais

    Porto de Galinhas (Pernambuco): pontos turísticos, hotéis e mais

    Porto de Galinhas está localizada no sul de Pernambuco, a 60 km da capital, Recife. Tem mar calmo, com águas claras e morninha e sua geografia favorece a formação de piscinas naturais. O verde claro do mar em contraste com o colorido das velas das jangadas virou um cartão-postal clássico desse destino, visitado por cerca 1,2 milhão de turistas, sendo 98% deles casais com filhos — nadar e ver de perto peixinhos coloridos é uma atividade tentadora, ainda mais para quem tem crianças.

    Além de batizar a vila local, Porto de Galinhas é também uma das sete praias do município de Ipojuca. O nome teria origem no período posterior ao fim da escravidão no Brasil. Quando os navios que traziam negros cativos na África aportavam na região, surgia a notícia de que havia galinhas novas (escravos) no porto. Hoje, a ave é símbolo do turismo local, está em todas as formas e tamanhos nas lojas artesanato e suas simpáticas estátuas espalhadas pelo centrinho figuram nas selfies dos viajantes.

    Ficar na vila de Porto de Galinhas é estar no meio do agito. Nela estão os principais bares, restaurantes e as pequenas pousadas. É bom ainda pelas opções de compras, de vida noturna e por estar a 5 minutos das famosas piscinas naturais. As praias vizinhas têm perfis diferentes e estão ligadas ao centro pela Rodovia Tronco. 

    Escorada por arrecifes, Muro Alto é território dos resorts e seu mar é quase um lago, ideal para o mergulho das crianças. No Cupe, as ondas são mais fortes e os hotéis de médio porte se misturam com acomodações menores, boas para os casais. Ao sul da vilinha, Pontal do Maracaípe é point de surfe.

    Especialistas e viajantes sempre incluem o destino em Pernambuco entre os 10 melhores de praia no Brasil — veja pacotes para Porto de Galinhas.

    Confira abaixo o que fazer, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | PORTO DE GALINHAS

    PONTOS TURÍSTICOS

    No centro da vila, há movimento dia e noite por causa das pousadas, dos restaurantes, dos bares (alguns com música ao vivo) e de casas noturnas como a Birosca da Cachaça. O passeio às piscinas é bem concorrido — máscara e snorkel podem ser alugados. Siga as orientações dos jangadeiros para andar com segurança pelos arrecifes.
    De bugue, desbrave os 18 km de litoral nos passeios de ponta a ponta, parando para mergulhos nas praias de Muro Alto, Cupe e Pontal de Maracaípe. A Associação de Bugueiros de Porto de Galinhas oferece tours de 3 a 6 horas de duração, com possibilidade de saída e chegada no seu hotel — para melhor aproveitar o tour, tome café cedo e embarque às 9 horas da manhã, no máximo. Há cerca de 300 veículos credenciados e identificados por placas de cor vermelha.
    Protegido por corais, o mar praticamente sem ondas de Muro Alto favorece as práticas de stand-up paddle, de caiaque e de mergulho. A criançada brinca sem sustos enquanto papais podem descansar na faixa de areia fina e branca. Maior praia da região, Cupe tem ondas mais fortes. Em alguns trechos há piscinas naturais com menos muvuca do que no centro de Porto de Galinhas.
    A elevação do mar chega perto de 3 metros em Maracaípe, palco de campeonatos de surfe. Para quem gosta de kite, os ventos fortes sopram a favor nesse trecho do litoral onde o mar encontra o rio. Considere navegar a partir do Pontal do Maracaípe para ver caranguejos e cavalos-marinhos. O passeio fica mais bonito com o pôr do sol. Com duração de 40 minutos, o tour pelo manguezal é feito por jangadeiros que também ajudam na preservação da biodiversidade local. Para ver e conhecer mais sobre os cuidados com cavalos-marinhos, visite o Projeto Hippocampus.
    Outubro a março é a melhor época em termos de visibilidade para a prática do mergulho autônomo em Porto de Galinhas. As saídas variam entre 2 horas (batismo, para iniciantes) e 4 horas, com visitação aos 2 pontos de naufrágio de até 32 m de profundidade (indicados aos mais experientes).

    Piscinas naturais de Porto de Galinhas, em frente à vila nordestina
    Acomodações charmosas para a viagem: apartamento do Hotel Armação

    HOTÉIS

    Para economizar com hotéis em Porto de Galinhas, em qualquer época do ano, a dica é hospedar-se no centro, onde só existem pousadas, com preços que chegam a menos da metade dos valores dos hotéis e resorts. Outra vantagem de se hospedar na vila é estar próximo do comércio e da praia. As pousadas Quatro Estações e Lua Azul ficam a 5 minutos a pé dos famosos restaurantes da Rua Beijupirá. E 2 minutos de caminhada separam a Pousada Porto Verde do mar.

    Ao sul da vila, a Pousada Maracabana oferece quartos com varanda voltados para Praia de Maracaípe, imã de esportistas radicais. A Flor de Maraca é uma pousada mais afastada da orla e que compensa a falta de piscina com uma hidro na cobertura.

    No inverno, a hospedagem no destino pernambucano sai mais em conta. Em julho, as diárias ficam entre 20 e 30% mais baratas em comparação com as férias de janeiro, segundo o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau. Para uma descrição detalhada das principais opções de hotel em Porto de Galinhas, veja nosso texto com todos os estilos e preços. Numa viagem especial, vale investir numa acomodação mais charmosa ou até luxuosa.

    Cupe, primeira praia ao norte de Porto de Galinhas, alterna pousadas intimistas como a Tabajuba (pé na areia que só aceita crianças a partir de 12 anos), grandes complexos como o Enotel (com parque aquático infantil) e caçulas que ficam a 300 metros do mar, como o Tabaobí Smart Hotel, onde todos os quartos estão voltados para a piscina. Ou então radicalize e passe uma temporada em uma das Casas do Cupe, duas propriedades com toda a infraestrutura para férias com estilo e privacidade.

    Resorts pé na areia dominam Muro Alto, a praia mais afastada da vila de Porto de Galinhas. Se você gosta de mordomia, conforto e uma faixa de areia menos tumultuada, seu lugar pode ser aqui. O exclusivo Nannai Resort & Spa privilegia o clima de romance, enquanto o vizinho Summerville Beach Resort cai bem para quem está com os filhos a tiracolo.

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    RESTAURANTES

    Praticamente todo restaurante serve peixe, camarão e frutos do mar, variando apenas na pegada gastronômica, ora mais brasileira ora mais internacional. Pescada, cioba ou robalo chegam à mesa fartamente temperados e cobertos por queijo borbulhante no restaurante Peixe na Telha, que fica no caminho das piscinas naturais. O veterano Beijupirá combina produtos do mar com frutas da região. Seus vizinhos de rua são MaRdioca (de menu ítalo-nordestino), Domingos Restaurante (com música ao piano no jantar) e La Crêperie (43 versões de crepe, entre doces e salgados).

    No BarCaxeira, o produto em destaque é a macaxeira em versões gratinadas. O Barcelona Tapas é outro restaurante que usa ingredientes locais com pitadas catalãs do chef Marc Colominas. Adictos de carne e pasta se refugiam no La Tratoria, famoso também pelo risoto de frutos do mar. A carta de bebidas do Café da Moeda traz versões quentes e drinks refrescantes feitos com grãos selecionados. Para acompanhar, a casa que fica na rua das sombrinhas coloridas prepara sanduíches exclusivos e sobremesas bem nordestinas como cartola e bolo de rolo.

    De dia, o Bar da Praia Pontal do Cupe reina absoluto em frente às piscinas naturais. Petiscos e pratos para até 2 pessoas são servidos na varanda ou nas mesas na areia, tudo ao som de voz e violão. Em Maracaípe, o João Restaurante é conhecido por oferecer redes para os turistas tirarem uma soneca depois do almoço. Tem piscina e música ao vivo. Isso combinado com caipirinha e bolinhos de feijoada dá um soninho gostoso. Nessa região fica também a Vila de Todos os Santos, projeto que alia gastronomia e eventos culturais

    COMPRAS

    A feirinha da Rua Beijupirá pega no breu no fim de tarde. Seja paciente e não cairás na tentação de comprar suas lembrancinhas logo na primeira barraquinha. Galinhas, camisetas e outros objetos pequenos variam pouco de preço, mas variam. Procure com calma. Exclusivo dos pedestres, o calçadão da Rua Esperança também tem lojas e ateliês que seguem funcionando até mais tarde durante a alta temporada, tudo para aproveitar o vaivém de turistas. Gilberto Carcará é o artista por trás das galinhas que se encontram espalhadas pela vila. No seu ateliê, é possível comprar esculturas feitas de tronco de coqueiro e quadros de madeira reciclada.

    TRANSPORTE

    Porto de Galinhas fica no sul de Pernambuco, a menos de 1 hora da capital, Recife. A ligação é feita pela chamada Rota do Atlântico, estrada que foi reformada para atender ao intenso movimento de turistas pela região. Se o objetivo for só se deslocar entre a vila e as praias vizinhas, contrate um transfer de ida e volta para o aeroporto. O resto faça com bugues e táxis locais. Para quem deseja combinar Porto de Galinhas com escapadas rumo às praias dos estados vizinhos (Alagoas, por exemplo), vale investir no aluguel de carro. Fizemos assim quando percorremos todo o litoral da Paraíba e ainda visitamos a pernambucana Carneiros, 60 km ao sul de Porto de Galinhas.

    MOEDA

    As barracas de praia aceitam apenas dinheiro, então leve a quantia que julgue suficiente para curtir a praia sem ter de encarar fila para sacar grana a cada dia. Em abril de 2018, foram instalados 10 novos caixas eletrônicos da Rede 24 Horas na Rua Beijupirá. Deixe o cartão de crédito para restaurantes, passeios e, eventualmente, uma compra grande. Para imãs e lembrancinhas, carregue trocados.

    CLIMA

    Faz calor o ano inteiro em Porto de Galinhas, com 27°C de temperatura média. Para não dizer que o clima não esfria, julho tem mínima de 21°C, e olhe lá. A chuva fica abaixo dos 100 mm no período de outubro a janeiro, mês em que os termômetros vão além dos 30°C fácil, fácil. Protetor solar de fator alto, bonés, chapéus e afins são artigos de primeira necessidade para os visitantes mais branquelos.

    EVENTOS

    Porto Gastrô: festival gastronômico em novembro – Foto: Divulgação

    Carnaval e São João já são datas animadas no Nordeste. Além disso, Porto de Galinhas mantém uma feira literária (Flipojuca, em agosto) e um festival gastronômico (Porto Gastrô) que celebra um ingrediente a cada novembro, mês de desova das tartarugas marinhas, espetáculo natural que mexe com as crianças.

    MAIS DESTINOS

    O litoral pernambucano tem outras praias de tom esverdeado, água morna e piscinas. É preciso acordar cedo e cair na estrada para valer a pena. Calhetas e Gaibu ficam 40 km ao norte de Porto de Galinhas. Têm bem menos estrutura, mas mar tão belo quanto a vizinha mais famosa. Ainda no município de Cabo de Santo Agostinho fica o Engenho Massangana, fazenda onde viveu o escritor e abolicionista Joaquim Nabuco e que virou museu aberto à visitação.
    No sentido contrário ao centrinho, andando em torno de 20 km, você chega a Serrambi, praia selvagem, sem barracas e, por isso, praticamente sem tantos visitantes. Desça um pouco mais e encontre Carneiros, que resiste enquanto pode ao turismo de massa.
    Sobre a água cristalina, o passeio de catamarã leva a um mergulho nas piscinas naturais, ao lugar para banho de lama e até a famosa igrejinha que sai nas fotos de quem já esteve lá.

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  • Hotel perto do Aeroporto de Guarulhos: com transfer ou dentro

    Hotel perto do Aeroporto de Guarulhos: com transfer ou dentro

    Ficar em um hotel perto do Aeroporto de Guarulhos com transfer ou dentro do terminal é prático para quem está à espera de uma conexão demorada, ou porque vai embarcar rumo ao exterior de madrugada ou para não quer perder tempo em deslocamentos na capital. Há diversas possibilidades: no centro da cidade da Grande São Paulo (por exemplo, no Ibis Guarulhos), bem mais perto, na grande reta que leva aos terminais, no Hotel Pullman Guarulhos, ou até dentro do aeroporto, como o Slaviero Guarulhos.

    Todas elas são vantagem caso a necessidade seja economizar tempo até o embarque. Regiões como o Centro de São Paulo ou a Avenida Paulista estão a cerca de 45 minutos de carro sem trânsito, mas esse deslocamento pode levar mais do que o dobro nos horários de pico na Marginal Tietê, ligação entre a capital com o internacional GRU Airport. 

    Se a ideia é ficar num hotel próximo ao Aeroporto de Guarulhos com traslado, é bom saber que a maior parte dos estabelecimentos oferece esse serviço. Localizados na cidade da Grande São Paulo, o Hotel Panamby Guarulhos, o Hotel Bristol Guarulhos e o Mercure Guarulhos são sugestões com transfer disponível aos hóspedes.

    Na mão para pegar a estrada no dia seguinte

    Outro ponto a se levar em conta é que qualquer hotel próximo ao Aeroporto de Guarulhos também fica em um importante entroncamento de rodovias, como a Dutra (conexão com o Rio de Janeiro e o Vale do Paraíba), a Fernão Dias (acesso a Minas Gerais) e ainda a Ayrton Senna (ligação com o litoral paulista). Quem chega em um daqueles voos corujões e deseja conhecer Campos do Jordão, por exemplo, pode retirar o veículo contratado no aluguel de carro e descansar num desses hotéis. Depois, cai na estrada sem sequer botar os pés na cidade de São Paulo.

    Existem possibilidades de diferentes categorias para quem busca um hotel perto do Aeroporto de Guarulhos. Como fazemos em todas as nossas sugestões — caso das listas de hotel no interior de SP e de hotel no litoral de SP —, reunimos abaixo apenas opções com boa avaliação de hotel nos sites de reserva.

    Hotel dentro do Aeroporto de Guarulhos

    Slaviero Guarulhos

    Indicado para quem busca descanso e banho, o Slaviero Guarulhos aposta no conceito de fast sleep. Oferece 52 quartos e 13 cabines, equipadas com cama de casal ou beliche, ar e banheiro privativo. Valor cobrado por hora ou período. O hotel também aluga apenas o banheiro, para quem só precisa de uma ducha antes de prosseguir viagem. Fica na área do desembarque doméstico, asa D do terminal 2.

    Tryp Guarulhos

    Hotel de trânsito localizado no setor de desembarque do terminal 3, o Tryp Guarulhos, administrado pela rede Wyndham, é de uso exclusivo de passageiros com destino ao exterior ou em conexão de voos internacionais. Com janelas com isolamento acústico, os quartos que acomodam até 4 pessoas têm ar condicionado, wifi e banheiro. Restaurante, bar e solário são espaços à disposição dos hóspedes.

    Hotel perto do Aeroporto de Guarulhos

    Hotel Pullman Guarulhos

    Em condições normais de temperatura e pressão, chega-se ao Hotel Pullman Guarulhos em 5 minutos. O hotel oferece transporte gratuito e é indicado também a quem precisa descansar algumas horas antes de encarar um voo noturno ou esteja em conexão. A estrutura inclui piscina, quadra, academia de ginástica, spa, salão de jogos, bar e restaurante — o Base Bistrô & Bar também oferece cardápios especiais em datas temáticas, caso do Dia dos Namorados.

    Hotel Pullman Guarulhos tem cardápios temáticos em datas especiais

    Sleep Inn Guarulhos

    Com diárias que incluem café da manhã, o Sleep Inn Guarulhos é uma alternativa localizada a 15 minutos do aeroporto, de onde uma van sai de hora em hora (exceto às 2h e às 14 horas). Quartos para até 3 pessoas, restaurante, academia e loja de conveniência 24 horas.

    Marriott Guarulhos

    Das 6 da manhã à meia noite, o Marriott Guarulhos oferece transfer do Aeroporto de Guarulhos (o que dá mais ou menos 10 minutos). Opção tanto de day use quanto pernoite, o hotel oferece cerca de 300 quartos, sauna, piscina, bar e restaurante.

    Marriott Guarulhos, hotel perto do GRU Airport

    Hampton by Hilton Guarulhos Airport

    Vans fazem o transporte gratuito 24 horas entre o aeroporto e o Hampton by Hilton Guarulhos Airport, localizado a cerca de 15 minutos. Modernos, os 160 quartos têm ar split, internet sem fio e TV. Diária com café, servido a partir das 5 horas da manhã. É o antigo hotel Matiz Guarulhos.

    Hotel no Centro de Guarulhos

    Ibis Guarulhos

    Localizado no centro da cidade da Grande São Paulo, o Ibis Guarulhos está a 20 minutos do aeroporto internacional. É uma alternativa para quem precisa de um quarto básico, com cama (casal ou duas de solteiro) e banheiro privativo. O café da manhã é pago à parte.

  • Dicas de Curitiba: o que fazer, onde ficar e o que provar

    Dicas de Curitiba: o que fazer, onde ficar e o que provar

    ATUALIZADO EM 23 DE DEZEMBRO DE 2018

    No Brasil de municípios surgidos ao sabor do crescimento desordenado, Curitiba sempre foi aquele pontinho (de orgulho) fora da curva. A capital do Paraná ganhou o apelido de cidade modelo por causa do planejamento urbano que, desde os anos 1970, colocou bem-estar e qualidade de vida da população como prioridades, alinhado à preservação de seus mais de três séculos de patrimônio histórico e da manutenção de áreas verdes.

    Espaços como a Ópera de Arame simbolizam essa ideia de cidade. Um complexo cultural forjado em ferro e vidro sobre um lago em pleno Parque das Pedreiras. Inaugurado em 1992, o teatro com capacidade para cerca de 1.600 pessoas é rodeado por vegetação nativa e tem cascata artificial.

    Dessa harmonia entre o cinza urbano e a natureza nasceu o orgulho que os curitibanos têm de seus parques e bosques, indicados para passeios em Curitiba. A cidade conta com cerca de 30 deles e quase todo bairro tem o seu. O maior é o Parque Barigui, no bairro Mercês. Nesse pulmão da cidade, formado por 1,5 milhão de m² de vegetação, onde residem animais silvestres, dá para correr, pedalar, fazer ioga ou declarar amor eterno ao prender um cadeado na chamada ponte dos namorados. Instalado em uma pedreira desativada, o Parque Tanguá tem um mirante de onde se pode testemunhar o pôr do sol em Curitiba.

    Se a intenção for enxergar a cidade de um ponto de vista privilegiado, a sugestão é encarar os cerca de 95 metros de altura do mirante da torre panorâmica, mais um dos lugares para visitar e comprovar a presença dos bolsões verdes que cobrem a capital.

    Parque Tanguá: melhor pôr do sol em Curitiba – Foto: Nani Gois/Divulgação

    Em Curitiba, causar o menor impacto ao meio ambiente é tarefa que vem de longe. Em 1971, a cidade foi a primeira do Brasil a ter uma via pública destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres. Com cafés, bancas e lojas, a Rua XV de Novembro, a Rua das Flores, é famosa pelos canteiros coloridos e por um ponto de encontro que serve como termômetro dos ânimos curitibanos.

    A Boca Maldita não é um espaço delimitado fisicamente, mas um ajuntamento de rodas de conversa que tratam de temas do momento, com destaque para a política. No Natal, a agitação na região da XV é motivada pelas concorridas apresentações dos corais de crianças, que cantam nas janelas do Palácio Avenida, edifício art déco que fica ricamente decorado e iluminado nas festas de fim de ano.

    Cidade sem metrô por opção, Curitiba apostou, quase 45 anos atrás, em um sistema de ônibus que corresse por caminhos exclusivos, com paradas em futuristas estações-tubo, em que para embarcar fosse necessário ter em mãos um bilhete em vez de pagar a tarifa ao motorista ou ao cobrador. Revolucionário, o sistema inspirou outras cidades do mundo (o Rio e seu BRT é uma delas), virou símbolo de eficiência e alimentou o marketing da cidade verde e vanguardista.

    Expressos, ligeirões e outras linhas são responsáveis por deslocar quase metade da população por suas canaletas diariamente, mas já não conseguem manter a regularidade de passar a cada minuto, como antigamente. Mesmo assim, são a maneira mais rápida e econômica de conhecer a cidade sem apelar para o automóvel, táxi ou não.

    Descolados talvez torçam o nariz, achem aquele micaço, mas subir num ônibus de dois andares da Linha Turismo pode ser uma alternativa interessante ao visitante. Custa R$ 45 e permite ao viajante desembarcar em 4 pontos turísticos de Curitiba, podendo prosseguir viagem depois de visitar a atração com calma. Os ônibus circulam a cada 30 minutos e passam por 23 cartões-postais da cidade. É possível subir e começar o passeio em qualquer ponto do roteiro, que tem início na Praça Tiradentes, onde Curitiba foi fundada em 29 de março de 1893. Funciona de terça a domingo, das 9 horas às 17h30.

    Jardim Botânico e Museu do Olho

    O Jardim Botânico, um dos principais pontos turísticos de Curitiba, é uma das paradas do itinerário. A atração mais visitada da cidade é a soma de canteiros ao estilo geometrizado francês com uma estufa que nos remete aos palácios de cristal típicos da Inglaterra do século 19. No seu interior estão inúmeras espécies da nossa flora.

    Jardim Botânico é atração mais visita em Curitiba – Foto: Divulgação

    Mas em Curitiba não há espaço só para a inspiração europeia. O Museu Oscar Niemeyer (MON) carrega o nome do gênio da arquitetura brasileira. As cerca de 4.000 peças incluem trabalhos de artistas locais, como Alfredo Andersen, João Turin e Helena Wong, e obras de autores de expressão nacional, casos de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari. É neste edifício, cujo formato lembra o olho humano, que fizeram parte das mostras temporárias as peças de arte compradas com dinheiro de propina, apreendidas pela Operação Lava Jato.

    A área externa do MON recebe eventos como festivais de cervejas e de hambúrgueres artesanais. Aliás, se o tempo de viagem permitir, Curitiba tem tours de vinho e de cerveja em sua região metropolitana, em fábricas de São José dos Pinhais, a cerca de 40 km da capital paranaense.

    Museu do Olho, que leva o nome de Oscar Niemeyer – Foto: Nani Gois/Divulgação

    Batel, Rua 24 Horas e Santa Felicidade

    A dobradinha de cerveja com hambúrguer também é encontrada em outros restaurantes e bares da cidade, especialmente no Batel, bairro próximo ao centro histórico e sinônimo de boa-mesa, diversão e compras — além de lojas, há três shoppings na região (Curitiba, Cristal e Pátio Batel).

    As principais redes de hotéis em Curitiba estão no Batel, com hospedagem que alternam entre três e quatro estrelas (Ibis, Mercure, Pestana e Slaviero são alguns deles). No mesmo bairro, fica o cinco-estrelas Nomaa, famoso pelo brunch aos domingos, quando atrai tanto turistas quanto moradores da cidade. É um programa indicado para quem gosta de mimos e busca o que fazer em Curitiba no fim de semana.

    A lista de lugares onde comer tem aumentado. Nos últimos anos, novas opções abriram pela cidade, com propostas culinárias que atraem adeptos da comida de boteco, dos sanduíches gourmet ou da cozinha criativa. Se a fome bater em um momento inesperado, o visitante tem à disposição Rua 24 Horas. Uma praça de alimentação com 120 metros de extensão e coberta, que leva esse nome porque funcionava dia e noite sem parar quando foi criada, em 1991. Após ajustes e mudanças, atualmente ela fica aberta apenas metade do tempo idealizado inicialmente, com 12 de seus 16 boxes dedicados a saciar o apetite.

    Rua 24 Horas: para matar a fome inesperada – Foto: Priscilla Fiedler/Divulgação

    Santa Felicidade segue como importante polo gastronômico. Nos restaurantes do bairro fundado por imigrantes italianos não faltam o vinho nem a pasta. E nem vaga, como comprova o Madalosso. Um gigante com 4.645 lugares, onde se sentam cerca de 55 mil clientes por mês, responsáveis por consumir quase 40 mil quilos de frango em igual período. Números superlativos que conferiram ao Madalosso o recorde de maior restaurante das Américas, segundo o Guinness Book, em 1995.

    Italianos são parte da gente curitibana. A importância de outros imigrantes na construção da cidade está representada no Memorial Polonês (Bosque João Paulo II), no Memorial Ucraniano (Parque Tingui), no Bosque Alemão e na Praça do Japão. Preservadas, memória e natureza convivem em harmonia.

    Memorial Ucraniano – Foto: Curitiba CVB/Divulgação

    E, para conhecer ainda mais sobre as origens de Curitiba, não deixe de ver o casario de sobrados e prédios centenários do Centro, onde ficam a Igreja da Ordem e a Casa Romário Martins (as duas construções mais antigas do município), o Museu Paranaense (primeira instituição do gênero no Paraná) e as Ruínas de São Francisco (igreja inacabada do século 18). O centro de Curitiba também é um lugar bem procurado para hospedagem, especialmente em hotéis voltados para negócios como o Bourbon Curitiba Convention Hotel e o Hotel Deville Business Curitiba.

    Aos domingos, o calçadão de pedra do setor histórico é ocupado pela Feira do Largo da Ordem, com boa oferta de artesanato e comidinhas: empanadas, batata suíça e o pierogi, pastel típico da Polônia. Há barraquinhas que também se esparramam pelas praças Osório e Santos Andrade, famosas pelos mercados de Páscoa e de Natal que organizam todos os anos.

  • No Museu da Língua Portuguesa (SP), o ingresso vale seu preço

    No Museu da Língua Portuguesa (SP), o ingresso vale seu preço

    Não é preciso amar o idioma e a gramática para gostar dessa atração cultural de São Paulo. Barato, o ingresso do Museu da Língua Portuguesa tem um preço que vale a visita. Porque não é um lugar para conhecer regras e exceções, não. Interativo e audiovisual, o museu apresenta o idioma como um elemento vivo e em permanente transformação. Nath e eu costumamos sugerir o museu quando alguém nos pergunta o que fazer em São Paulo, assim como indicamos ficar nos hotéis da Avenida Paulista, ainda mais se for a primeira vez da pessoa na cidade.

    Quem compra o ingresso do Museu da Língua Portuguesa pela internet tem a chance de adquirir a entrada para o Museu do FuteboL (SP) pela metade do preço. Outra pedida é fazer a visita à instituição combinada com a Pinacoteca, sua vizinha de frente e dona de um belo acervo de quadros e esculturas. A Easy Travel Shop oferece um tour com Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca.

    Aliás, a região está no entorno da cracolândia, razão pela qual muita gente desiste de ir ao museu, o que é uma pena. Veja no serviço deste post (abaixo em Vale Saber) a maneira prática e mais segura de chegar e sair de lá.

    museu da língua portuguesa sp
    A linda fachada do Museu da Língua (SP), na Estação da Luz

    Como é o Museu da Língua Portuguesa

    Aberto pela primeira vez em 2006, o museu foi instalado no edifício da Estação da Luz. Nos primeiros 10 anos, ele recebeu quase 4 milhões de visitantes. Nath e eu estivemos lá nesse período e nos encantamos pela maneira lúdica utilizada para mostrar a construção da língua portuguesa a partir dos povos formadores do Brasil: indígenas, colonizadores e imigrantes.

    No fim de 2015, um incêndio interrompeu um ciclo que acumulava 30 mostras temporárias, retomadas depois de cinco anos de reconstrução. Voltei ao Museu da Língua Portuguesa em janeiro de 2023, para testemunhar que ele está ainda mais tecnológico, como convém aos dias atuais. E tive a chance de participar de uma visita mediada, disponível aos sábados (dia de entrada gratuita) e domingos.

    Bom e interativo acervo do Museu da Língua Portuguesa
    Acervo do museu é fotogênico

    O que fazer na instituição, na Estação da Luz

    Se eu descrever o que fazer no Museu da Língua Portuguesa, estaria roubando de você a chance de descobrir o hipnótico acervo. Recomendo que você não faça uma visita apressada. Porque cada parede, cada mesa, todos os cantos reservam alguma surpresa para o público. 

    É um museu para ver, ouvir, sentir. E até tatear as sílabas, formar palavras e descobrir seus significados, como se faz no Beco das Palavras.

    Beco das Palavras, na instituição
    Painéis lembram o estilo do Museu do Futebol

    A parceria com o Museu do FuteboL (SP) não é à toa. Além de ser equipamento cultural do estado de São Paulo, a concepção expositiva foi feita pelo mesmo grupo que trabalhou no museu do Estádio do Pacaembu. Tótens e mesmo alguns recursos audiovisuais são semelhantes. Qualidade que me faz recomendar fortemente a visita a ambos.

    Reserve um tempo também para fazer fotos e vídeos. Explore ângulos das salas, palavras e frases, inteiras ou pela metade. Como eu disse, não há regras no Museu da Língua Portuguesa que norteiam a visitação. Sinta-se livre para explorar os detalhes, as sutilezas e até as críticas contundentes presentes no acervo.

    O 1º andar é destinado às exposições temporárias, que com muita criatividade exploram temas específicos ou autores consagrados da língua portuguesa.

    Exposição temporária no Museu da Língua Portuguesa (SP)
    Espaço de exposição temporária no Museu da Língua Portuguesa

    De 14 de julho a março de 2024, a mostra Essa Nossa Canção aborda a relação da língua portuguesa com todos os estilos musicais presentes no Brasil. A instalação Palavras Cantadas é uma das mais interessantes, porque combina trechos de 54 canções, cantadas à capela, criando uma única poesia.

    Por fim, suba ao terraço para ver o clássico relógio da Estação da Luz. Na São Paulo de poucos prédios do início do século 20, era possível conferir as horas nele a partir de outros pontos da cidade.

    Ingresso do Museu da Língua Portuguesa

    O preço da entrada é R$ 20. Crianças de até 7 anos não pagam. Pagam meia (R$ 10) estudantes (com carteirinha, comprovante de matrícula ou boleto da escola), aposentados (com cartão do INSS ou holerite comprovando o benefício) e maiores de 60 anos. No sábado, o ingresso do Museu da Língua Portuguesa é grátis para todos; durante o mês de maio, também aos domingos.

    Na compra online do ingresso do Museu da Língua Portuguesa, o sistema oferece a entrada do Museu do Futebol pela metade do preço. Isso só acontece quando o processe é feito nessa ordem, ou seja, o bilhete adquirido antes deve ser o da instituição na Estação da Luz. A visita a ambos tem de realizada em até 30 dias.

    VALE SABER

    Endereço: Praça da Luz, s/n°

    Transporte: o metrô é o jeito mais prático e fácil de chegar, já que a stação da Luz faz parte das linhas 1 (azul) e 4 (amarela); o trem das linhas 7 (rubi) e 11 (coral) param na estação; para quem for de carro, o museu tem convênio com o estacionamento da Avenida Tiradentes, 248; carros de aplicativo também são uma alternativa

    Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h); segundas (fechado)

    Site: museudalinguaportuguesa.org.br

  • Bares na Tijuca: 10 botecos no bairro da zona norte do Rio

    Bares na Tijuca: 10 botecos no bairro da zona norte do Rio

    Para o carioca, boteco bom é aquele que fica perto da casa dele’. Quando Nathalia me disse isso, pensei que era apenas de uma frase de efeito. Entretanto, passados 13 anos, depois de muitas vindas e permanências na cidade, compreendi o sentido daquela afirmação. Quem busca bares na Tijuca geralmente mora na região, mas nada impede que você conheça alguns dos clássicos pontos de botequeiros nesse bairro da zona norte. Por outro lado, se a ideia for expandir o território, confira famosas opções de boteco no Rio de Janeiro.

    Em São Paulo, conheço muita gente que passa a mão no carro e vai atrás do bar da moda (recém-aberto ou não), do boteco que tem uma caipirinha assim ou assada, de uma novidade culinária assim ou assada. Ou frita. No Rio, contudo, esse processo não é tão comum. Antes de mais nada, o carioca prestigia os lugares do seu entorno. Portanto, vira freguês e entusiasta.

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    Na Tijuca, faça como os tijucanos

    Sendo assim, em uma de nossas aventuras etílico-baixo-gastronômicas pelo Rio, Nath e eu fomos à Tijuca, que eu conhecia de fama e do tanto que esse bairro da zona norte da cidade era (e ainda é) falado pelo José Trajano. Tijucano devoto, meu ex-companheiro de redação se empolgou quando soube que nós estávamos metidos pelas ruas do bairro onde foi criado.

    Ambiente de boteco nos bares clássicos da Tijuca
    Mistura de boteco com restaurante, no tijucano Na Brasa Columbia

    Uma vez que ele soube da nossa presença por lá, Trajano recheou meu Whatsapp com dicas de lugares para beber cerveja gelada, comer petiscos e até encarar pratos mais parrudinhos. O valor desses botecos está justamente nessa combinação, não no mobiliário que utilizam, na decoração que ostentam ou no maneirismo de seus cardápios. Sendo assim, juntando a nossa pesquisa de campo com o que ele nos indicou, elaboramos uma listinha para quem procura por bares e botequins na região da Tijuca.

    1 | Bar do Bode Cheiroso

    Deu medinho no momento em que você leu esse nome, deu? Bobagem, cheiroso mesmo é o molhinho de pimenta dos recipientes que descansam em cada mesa. Nesse boteco com B maiúsculo, fundado no fim dos anos 1940 e de nome Macaense, não é o bode quem reina, mas o porco. O pernil é servido de várias maneiras: em pratos, em sanduíches e em salgados, como o croquete acompanhado de molho de abacaxi. Releitura do famoso sanduba do Cervantes? A gente não crava, mas pode até ser. O fato é que a carne vem desfiadinha de um jeito que lembra muito o modo de se fazer bolinhos de bacalhau. Pudera, a origem dos donos é portuguesa, o que muito explica o jeitão de pé-sujo-luso-das-antigas, com direito a venda de aparelho de barbear descartável.

    Pertinho do Estádio do Maracanã, o Bar do Bode Cheiroso vira ponto de encontro, de esquenta e até de concentração de torcedores em dias de jogos — o escudo do Vasco na parede não deixa dúvida de que estamos em um botequim que respira futebol. Sem dúvida, é uma tabelinha para os dias de bola rolando ou depois de fazer o Maracanã Tour, a visita guiada. Mais: Instagram do Bode Cheiroso.

    Bar do Bode Cheiroso
    Croquete de pernil do Bar Bode Cheiroso

    2 | Bar do Momo

    O letreiro da entrada avisa: Bar do Momo, petisco e refeições. Mas bem que poderia estar escrito também ‘hambúrgueres sarados’ (e premiados). Diariamente, depois das 15h30, três opções do lanche podem ser pedidas pelos fregueses — o bar promove ainda festival do hambúrguer nas noites de quinta. Trajano recomenda: ‘peça o melhor bolinho de arroz da cidade’. A saber: ambiente sem um pingo de frescura, como convém aos botequins. Mais: Instagram do Bar do Momo.

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    3 | Restaurante Salete

    Tem muita comida para pedir nesse restaurante fundado em 1957 pelo espanhol Manolo. Mas chega a ser deselegante sair sem provar o carro-chefe do bar: empadas — de camarão, de frango ou de palmito, não importa se uma ou todas, que foi o que gente fez. Só para ilustrar, o cardápio do Salete tem outros campeões de saída, como o arroz de camarão. “Uma porção alimenta dois e meio”, revela Trajano. Ou seja, é comida na medida para forrar o estômago antes de tomar alguma(s) coisinha(s) gelada(s). Está nesta lista de bares da Tijuca porque é um clássico carioca e você pode apenas beber e petiscar. Mais: Instagram do Salete.

    Bares na Tijuca, o Salete
    Arroz de camarão do Salete, um dos bares da Tijuca

    4 | Bar do Pavão

    Adoradores de cozido, vosso lugar é aqui! Não faz muito tempo, o bar não tinha rede social, então o jeito era saber como chegar no boca a boca. Aqui o Trajano repassa a dica para comer essa receita portuguesa. Carnes, legumes e defumados estão separadinhos, só entra no prato o que você gostar. Para quem não é chegado no cozido, saiba que o bar oferece feijoada. Antes de mais nada, é sempre bom lembrar que a amável combinação dessas comidas com cerveja de garrafa resulta em soninho. O Pavão fica na Praça Comandante Xavier de Brito, 53, vulgo praça dos cavalinhos da Tijuca — o que vai facilitar (e muito) a sua localização. Mais: Instagram do Pavão da Tijuca.

    5 | Bar do Chico

    Se você for do tipo que gosta de tudo arrumadinho, piso hidráulico, mesinhas de mármore fazendo a linha Rio antigo que muito bar tenta imitar, provavelmente passará reto pelo Bar do Chico. Mas é daqui, onde as caixas de cervejas se avolumam nas portas, que o Zé Trajano repassa mais uma dica, quase uma senha sobre o que pedir para comer: carne seca com aipim. Aliás, foi nesse boteco que o Zé lançou seu segundo livro, Tijucamérica, fusão de duas grandes paixões da vida dele: o bairro e o América, o clube de futebol da Rua Campos Salles. Já o Bar do Chico fica na rua Afonso Pena, a poucos passos da nossa próxima sugestão.

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    6 | Bar Madrid

    Caçula dentre os bares e botequins da cidade, o Bar Madrid foi aberto em 2015. Com tão pouco tempo de vida, arrebatou paladares dos locais e dos tijucanos por adoção. Tem batidinhas que já caíram no gosto dos frequentadores, um sanduba de milanesa com queijo que dá fome só de ver a foto e um pastel de jiló com linguiça mineira que vale a visita — deixe seu preconceito em casa, porque o único amargor que você vai sentir é o da cerveja, se estiver bebendo uma (aliás, peça uma garrafa sem medo, pois estará no capricho). Fica na Almirante Gavião, uma rua estreita e curta, sossegada como testemunhamos numa tarde de terça.

    O ambiente é simples, mas convidativo. A origem espanhola dos donos do explica o nome do bar, as fotos do time do Real e do cantor Julio Iglesias como parte da decoração. Retratos da atriz espanhola Sarita Montiel e do ex-presidente Getúlio Vargas ajudam a preencher as paredes, onde também repousam flâmulas do América, o clube-símbolo da Tijuca. Mais: Instagram do Bar Madrid.

    Bar Madrid, na Tijuca
    Referências espanholas no Bar Madrid

    7 | Bar da Gema

    Não faltam petiscos de boteco nem comidinhas de adular coronárias, como porco atolado, pastel de camarão e rabada com batata e agrião. Portanto, não vá na mesma semana em que você tem consulta com o seu cardiologista. O bar fica já no fim da Tijuca, quase Andaraí, e só abre à noite. Mais: Instagram do Bar da Gema.

    8 | Na Brasa Columbia

    Haddock Lobo com Afonso Pena. Desde 1974, o Na Brasa Columbia funciona na mesmíssima esquina, servindo sua especialidade: galeto, coradinho e saboroso — o ponto da carne fica a critério do freguês. No passado, os clientes comiam em balcões com banquetas, que terminaram por dar ao lugar a sugestiva alcunha ‘bunda de fora’ — apelido de casas similares pela cidade. Não só dá para sentar do lado de fora, bem como no salão com ar refrigerado.

    Peça chope e fique atento ao tec-tec-tec da tesoura que destrincha os galetinhos antes de eles desembarcarem nas mesas da clientela. Depois que criou fama, o Columbia ultrapassou as fronteiras tijucanas, podendo ser encontrado também em Copacabana, em Botafogo, na Barra e no Recreio. Mais: Instagram do Na Brasa Columbia.

    Galeto na Tijuca, no bar Na Brasa
    Galetos do bar Na Brasa

    9 | Bar Cantinho do Céu

    ‘Totalmente boteco’, resume Trajano. Ou seja, é lugar de beber cerveja de garrafa, jogar conversa fora com amigos ou ver o futebol na tela da TV. Se estiver aquele sol de rachar, as árvores da rua garantem boa sombra, completa o Zé. Fica na Maestro Villa Lobos (nº 2), travessa sem saída em frente ao Columbia.

    10 | Boteco do Peixe

    Para chegar a este boteco que não tem letreiro na fachada, conto com a ajuda do melhor aplicativo quando o assunto é Tijuca, o WaZé Trajano, que crava o endereço: Rua do Matoso, 125. Aqui se come pratos à base de frutos do mar, de casquinhas a moquecas, só para ilustrar. Gosta não? Eles também servem filé de frango ou de carne com fritas. Para conhecer durante o dia.

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  • Hotel no litoral de SP: norte ou sul, pé na areia ou perto da praia

    Hotel no litoral de SP: norte ou sul, pé na areia ou perto da praia

    Se você está pensando em viajar e procura hotel no litoral de SP, confira estas sugestões de hospedagem incríveis para relaxar, algumas delas pé na areia ou perto da praia. Seja no litoral norte ou sul do estado, as opções vão de resort a hotel boutique. Distantes até 200 km da capital, caem bem tanto para uma viagem de férias quanto para um de fim de semana.

    Listamos abaixo algumas ideias, apresentadas pela distância aproximada em relação à capital paulista. Assim como ocorre com a lista de hotéis românticos em SP —, a relação é frequentemente atualizada e inclui opções com uma boa avaliação em sites de reserva.

    Hotel no litoral norte de SP

    Hiu Hotel

    Inaugurado em 2021, e destinado a casais, o Hiu Hotel fica na praia de Juquehy. São 17 modernas suítes, com menu de travesseiros e amenities L’Occitane. Algumas unidades têm banheira de imersão e o frigobar de todos os quartos é abastecido com bebidas da preferência do hóspede. Um carrinho elétrico faz o transfer até a praia, onde há ombrelones, toalhas e opções de petiscos e coquetéis. O hotel oferece passeios, como a visita e mergulho em Alcatrazes, arquipélago a 35 km de São Sebastião.

    Hiu Hotel, no litoral norte de São Paulo
    Novinho, Hiu Hotel abriu em 2021 – Foto: Roberto Ibrahim/Divulgação

    Nau Royal

    Há apenas 13 suítes nesse hotel pé na areia da praia de Camburi. Exclusividade é a marca do Nau Royal, que é voltado para casais e não aceita menores de 16 anos. Idealizado para ocasiões especiais, o hotel boutique conta com Spa L’Occitane, cujos tratamentos podem ser realizados em salas especiais ou de frente para o mar. Tanto amor e romance no ar explica por que o Nau Royal, que faz parte da Associação Roteiros de Charme, se tornou um destination wedding, com espaços voltados para a celebração de uniões.

    Villa Bebek

    O Villa Bebek Hotel fica a 200 m da praia de Camburizinho, mas talvez você nem sinta falta do mar neste hotel boutique envolto por jardins projetados em torno da piscina em forma de rio. Minimalistas e estilosas, todas as suítes apresentam cama box e terraço com rede. Pratos da cozinha caiçara estão na carta do Do Villa Bar e Restaurante. No menu do Bebek Health Spa estão massagens, saunas e salas de banho. Um tuk tuk leva os hóspedes à praia. Lá, o serviço de apoio vai de toalhas e cadeiras a bebidinhas e comidinhas. Aceita crianças acima de 10 anos.

    Maui Maresias

    Regido por vibrações do Havaí e com nome que remete a um semideus da ilha do Pacífico, o Maui Maresias alia a informalidade dos hotéis pé na areia com serviços exclusivos, como o café da manhã servido até o meio-dia. São apenas 18 suítes, todas com o minibar incluído e abastecido de acordo com a preferência dos hóspedes. A piscina garante momentos de refrescância enquanto o bem-estar fica a cargo do Maluhia Spa. No Guató Gastronomia, sabores brasileiros estão no centro do cardápio de inspiração caiçara. A praia fica a 30 metros de distância. Não aceita crianças. Leia sobre a nossa hospedagem no Maui Maresias.

    Ilha de Toque Toque Boutique Hotel

    Encravado em um rochedo, entre o mar e a montanha, o Ilha de Toque Toque Boutique Hotel é luxuoso, mas com menos ostentação e mais conexão à natureza e à sustentabilidade. Voltado para casais, ele tem apenas 14 suítes, todas com spa particular (ofurô ou piscina) e algumas com sauna seca. Para cuidados com o corpo, há o Spa L’Occitane. Só hóspedes têm acesso ao restaurante, cujo menu serve pratos de frutos do mar e dispõe de uma longa carta de vinhos. Fica de frente para a Baía de Toque Toque, a 10 minutos a pé da praia.

    Ilha de Toque Toque Boutique Hotel, no litoral de SP
    Hotel-boutique em São Sebastião: piscina com vista para o mar

    Porto Grande Hotel

    A construção em estilo colonial reforça o ar rústico do Porto Grande Hotel, localizado a 2 km do porto de São Sebastião e a 10 minutos do centro, onde estão os serviços e a programação cultural da cidade. Apartamentos de frente para o mar têm cama king, ar, TV e minibar — quartos da categoria standard ficam numa construção anexa, em frente ao prédio central. Dica: suítes voltadas para área interna sofrem menos com o movimento da principal avenida da cidade. Aberto em 1966, o Porto Grande opera em sistema de pensão completa e meia pensão (bebidas à parte nos dois casos).

    Barra do Piúva

    Casais são o foco do Barra do Piúva, localizado a 2 km da balsa de Ilhabela e cercado de Mata Atlântica. É possível avistar o Canal de São Sebastião e a Ilha das Cabras de praticamente todas as áreas comuns do hotel, especialmente das suítes Baepi e Piuva, que dispõem de deck e sacada, respectivamente. Todas as acomodações têm cama box, ar condicionado split, roupões e amenities de banho. Piscina, sauna e acesso a uma pequena faixa de areia particular compõem a infraestrutura do hotel, próximo a um dos principais pontos de mergulho de Ilhabela.

    Pousada Papaya Container

    A Pousada Papaya Container está localizada em um ponto estratégico de Ubatuba, perto do aquário da cidade, do Projeto Tamar e de restaurantes que podem ser frequentados a pé. Como o nome indica, os 18 quartos ficam em contêineres, equipados com ar split, cama box e banheiro. Tem piscina no centro da propriedade e estacionamento privativo. O café da manhã é servido em uma varanda.

    Pousada em Ubatuba, litoral norte
    A colorida Pousada Papaya Container, em Ubatuba – Foto: Divulgação

    Hotel no litoral sul de SP

    Novotel Santos

    O Novotel Santos fica a 500 m da Praia do Gonzaga e praticamente colado em dois shoppings da cidade. Como todo hotel da rede Novotel, recebe bem as famílias. Possui espaço kids com videogame e cardápio pensado para crianças. Hotel pet friendly, tem ainda piscina, sauna e academia de ginástica. O bar no 32º andar oferece visão panorâmica da cidade.

    Ibis Santos

    Em frente à Praia do Boqueirão, o Ibis Santos é opção espartana para quem deseja explorar as principais atrações da região e ainda curtir bares e restaurantes de um dos melhores bairros da cidade ao lado do vizinho Gonzaga. Todos os 160 apartamentos estão equipados com ar e TV tela plana. A 15 minutos de carro do terminal de cruzeiros.

    Casa Grande Hotel

    Instituição do Guarujá, o Casa Grande Hotel é um resort de traços coloniais situado em frente à Praia da Enseada. São oito classificações diferentes para os 265 apartamentos, alguns conjugados, indicados para famílias. Próximos à piscina, três chalés com cerca de 100 m² completam as opções de acomodação. Dos cinco restaurantes, destaque para o Thai, de pegada tailandesa e com vista para o mar.

    Casa Grande Hotel, no litoral sul de SP
    Casa Grande, tradição e serviço no Guarujá

    Sofitel Guarujá Jequitimar

    Aos pés da Praia de Pernambuco, o Sofitel Guarujá Jequitimar é um cinco-estrelas que atende bem às famílias que buscam sossego no litoral paulista. Todos os 301 quartos possuem varanda e cama king size. O clube infantil entretem crianças entre 3 e 12 anos. O hotel dispõe de três bares e mesmo número de restaurantes, sendo um deles no sistema de buffet e outros dois a la carte: o Les Épices funciona nas noites de sexta e de sábado; especializado em frutos do mar, o Mar Casado abre apenas no fim de semana.

    Hotel Doral Guarujá

    Com toda certeza, estar diante da Enseada é o primeiro fator de atração do Doral Guarujá. O hotel tem serviço de praia e apenas 78 apartamentos. Além disso, a infraestrutura é composta por piscina climatizada para adultos e uma infantil, spa, academia, sauna bem como jacuzzi. O hóspede tem bicicletas à disposição para percorrer os arredores. As refeições estão a serviço do restaurante La Vieiras. Se acaso você quiser levar seu pet, tudo bem. O hotel aceita animais de estimação.

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    Piscina do Hotel Doral, em frente à Praia da Enseada, no Guarujá – Foto: Divulgação

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  • Corcovado: como chegar no Cristo Redentor

    Corcovado: como chegar no Cristo Redentor

    Trem do Corcovado e van que sobe estrada das Paineiras são opções para turista. Saiba horário de funcionamento e preço do ingresso. Monumento é um dos cartões-postais mais visitados do Rio de Janeiro  

    ‘No Corcovado, quem abre os braços sou eu.’

    Autor de Paralelas, o cantor Belchior (1946-2017) não poderia imaginar que o verso da música composta por ele em 1976 fosse tão atual. Nos dias de hoje, visitar o Corcovado é se deparar com um batalhão de turistas de braços esticados, parados na escadaria aos pés do Cristo, tentando reproduzir a imagem do monumento às suas costas. E taca-lhe pau (de selfie) sobre ombros distraídos ou cabeças que se metam no enquadramento obtido à exaustão.

    CRISTO REDENTOR, UMA DAS 7 MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Se não for por discordância religiosa, ir ao Rio e não visitar o Cristo pode ser encarado como heresia turística. O fato de ser um santuário católico não impede que o ambiente seja descontraído e bem ruidoso na maior parte do tempo. São sotaques (daqui e de fora), todos maravilhados com o que se enxerga lá de cima.

    ATRAÇÃO MAIS VISITADA DO RIO. PRECISA DESENHAR?

    A subida ao Corcovado é o cartão-postal carioca preferido da Nathalia, que já esteve lá umas 5 vezes. Para ela, ver a cidade do alto ajuda a entender a formação do Rio e o porquê de morro e asfalto conviverem intimamente, conectados pela geografia que ao mesmo tempo encanta e assusta a quem é de outro lugar. Carioca, Nath morou em Laranjeiras (com o costado do Morro Dona Marta diante dos olhos), no limite físico com o Cosme Velho, bairro da zona sul do Rio de onde se parte para visitar o Cristo.

    A CARIOCA E SUA CIDADE

     

    Como chegar no Cristo Redentor

    Nathalia e eu consideramos que a maneira mais charmosa de subir o Corcovado é a bordo do trem que corta a estrada de ferro turística mais antiga do Brasil, ideia de D. Pedro II que começou a ser posta em prática em 1882 e que, dois anos depois, teve a inauguração de seu primeiro trecho, Cosme Velho-Paineiras. A parte que liga as Paineiras ao Corcovado foi concluída um ano mais tarde — a eletrificação da linha só foi feita em 1910.

    CHARME: TREM SURGE POR ENTRE CASAS DO COSME VELHO

    O trem rasga o Parque Nacional da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, em uma viagem que dura 20 minutos aproximadamente. Pela janela passam árvores e pés de jaca aos montes. Telhados despontam aqui e ali, revelando o tanto de gente de mora enfiado naquele pedaço de natureza.

    OLHA LÁ, TEM CASA NO MEIO DO MATO!

    Se possível, sente-se do lado direito da subida, para ver a cidade ir ficando lá embaixo, à medida que a composição se aproxima do Cristo. E também para ter a surpresa de ver a orla da zona sul e a Lagoa surgirem de repente na janela quando o trajeto está perto do ponto final.

    VISÃO DA SUBIDA A PARTIR DA JANELA DIREITA DO TREM

    Quando entrou em funcionamento, ainda no século 19, o trem deixava os visitantes a 40 metros do monumento. Nathalia pegou a época em que era necessário subir os 220 degraus para se chegar ao topo (para ela, sinal evidente de ‘penitência’) — o acesso foi modernizado a partir dos anos 2000 com a instalação de elevadores e de escadas rolantes.

    Durante uma hora é possível ver com calma as praias e os demais cartões-postais do Rio de um ângulo que só se tem sobrevoando. Painéis identificam os principais pontos da cidade. Se tiver a sorte de estar em companhia de um(a) carioca, melhor. Você entenderá muito mais sobre aquela paisagem.

    SE ORIENTE, RAPAZ!


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    O que ver no Corcovado

    A forma de você se orientar e de saber o que está vendo durante a visita ao Corcovado é entender para que lado fica cada parte do Rio. Olhe a partir da mesma perspectiva da estátua do Cristo (só não precisa abrir os braços, tá). Divirta-se caçando os destaques no horizonte.

    MARACANÃ, ZONA NORTE E PARTE DA ZONA PORTUÁRIA

    PORTO, CENTRO, AEROPORTO SANTOS DUMONT, GLÓRIA E CATETE. AO FUNDO, PONTE RIO-NITERÓI

    BAÍA DE GUANABARA, FLAMENGO, BOTAFOGO (INTERNAMENTE, LARANJEIRAS E HUMAITÁ)

    PÃO DE AÇÚCAR, MORRO DA URCA, URCA, PRAIA VERMELHA

    COPA, IPANEMA, LEBLON E LAGOA RODRIGO DE FREITAS

    HIPÓDROMO DA GÁVEA, JARDIM BOTÂNICO. AO FUNDO, MORRO DOIS IRMÃOS E PEDRA DA GÁVEA

    DIGNO DE APLAUSO

     

    Como é a estátua do Cristo e como foi instalada

    O monumento tem 30 metros de altura, além de 8 metros só de pedestal. Nathalia sempre relata que nota o impacto dessa grandiosidade ao começar a subir a escada em direção aos pés do Cristo. Segundo ela, sensação que ficou mais fluida desde a instalação da escada rolante, o que dispensa pausas para retomar o fôlego. Conforme se avança sob a lateral da estátua, fica mais intenso o ângulo em diagonal, embaixo do sovaco do Cristo. Já na base do monumento, o olhar da gente não sabe se vai para cima ou para baixo.

    ESCADA ROLANTE, ACESSO FINAL AO CRISTO REDENTOR

    VISÃO TÃO LINDA QUANTO ESTA? SÓ DE HELICÓPTERO

    Nas duas vezes em que estive lá no alto, confesso, fiquei mais impressionado com o que estava lá embaixo do que com a estátua propriamente dita. Nathalia e eu iríamos ao Corcovado, ainda que ali tivesse apenas um mirante, como nos tempos de D. Pedro I, que em 1824 organizou a primeira expedição ao morro por questões estratégicas — o ponto de observação serviria para proteger a costa brasileira.

    MIRANTE LOTADO ÀS 6 DA TARDE…

    …QUASE DESERTO 1 HORA DEPOIS

    A ideia de erguer um monumento no alto do Corcovado surgiu em 1859, por sugestão de um padre francês. Muitos anos se passaram até esse desejo virar projeto no papel e, finalmente, ganhar forma. Os brasileiros Heitor da Silva Costa, Carlos Oswald e o francês Paul Landowsky (que esculpiu a cabeça e as mãos da estátua) são considerados os autores do Cristo, inaugurado em 12 de outubro de 1931.

    Em 2007, em eleição realizada na internet, o Cristo foi eleito uma das 7 novas maravilhas do mundo moderno. É a atração mais visitada do Rio, seguida pelo Pão de Açúcar e pelo Maracanã.


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    Melhor horário para subir

    ENTRADA DA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Queríamos ir ao Cristo no fim de tarde, para que pudéssemos pegar o pôr do sol e as primeiras luzes acesas da cidade. Compramos os bilhetes 2 dias antes, pela internet, sem ter certeza se a meteorologia iria colaborar. Isso porque, mais ou menos no mesmo período, vimos gente comprar ingresso para subir de van, um temporal de verão despencar sobre a cidade bem na hora do almoço e o passeio ainda assim rolar, com uma milagrosa estiagem acontecendo no meio da tarde. A dica é consultar um site de previsão do tempo, se não quiser que a nebulosidade comprometa sua visita.

    Nossa subida estava programada para às 17h20. Levando-se em conta os 20 minutos do deslocamento, mais a duração da visita, além do tempo necessário para as fotos e de uma parada para beber água, daria certinho para testemunharmos o sol descer por trás do Morro Dois Irmãos.

    EMBARQUE NA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Acontece que nós e a torcida do Flamengo tivemos a ideia de subir no fim de tarde. O Cristo estava bem cheio, com muita gente amontoada na parte da frente da estátua, formando um paredão de selfies e mais selfies.

    CADÊ O CHÃO? CADÊ A MURETA?

    Era tentar desviar de um e aparecer no enquadramento do outro. Levei um susto quando vi pessoas estiradas no chão. Pensei que passavam mal por causa do forte calor, mas era gente que só queria fotografar o amigo/namorada/parente de um ângulo diferente.

    CENA COMUM: TURISTA DEITADA PARA FOTOGRAFAR O CRISTO

    Dá para imaginar a confusão que aqueles corpos estendidos causaram na movimentação de pessoas. Penamos um pouco também com a turma na vertical, em pé mesmo.

    POLUIÇÃO VISUAL

    O CÉU É O LIMITE

    Um turista dos Bálcãs se plantou na mureta que dá vista para o Pão de Açúcar e lá ficou fazendo fotos da mulher como quem realiza um ensaio da Elle. Ao lado deles, um turista italiano tentava convencer a própria esposa de que a solução para aquela bagunça seria adotar uma fila para obedecer à sequência entre-veja-fotografe-e-dê-a-vez-ao-próximo.

    Nathalia batalhou espaço para tirar as fotos que ilustram este texto, enquanto eu rodei com Joaquim de um lado para outro, erguendo nosso filho para que ele pudesse ver a cidade onde a mãe nasceu. À medida que o sol foi sumindo, o Cristo foi ficando mais vazio.

    CRISTO ESVAZIANDO AO ENTARDECER

    Conseguimos circular novamente pelo mirante e refizemos cliques — até me arrisquei a fazer um time-lapse do entardecer, gravação interrompida pelo grito de um funcionário da companhia de trem para informar que a última composição partiria em questão de minutos e que, por norma, a lotação precisava sair completa — algo que ninguém nos havia dito em momento algum.

    CRISTO ILUMINADO À NOITE – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Conforme informou o funcionário, a empresa calcula um período de 40 minutos para a visita dos últimos passageiros que subiram. No fim do dia, quando o número de visitantes lá em cima é grande, até dá para ficar mais tempo porque a empresa programa mais viagens para descer o povo todo lá de cima. Se o total de pessoas for suficiente para lotar um trem, serão só 40 minutos de visitas e babau.

    VALE TENTAR ATÉ O FIM

    Então recolhemos câmeras e celulares. E, com resignação, aceitamos o nosso destino. Voltamos para baixo, para a cidade que desde 12 de outubro de 1931 é guardada pela enorme figura de braços abertos sobre a Guanabara.

    SELFAMÍLIA

    Na saída, ao descermos na estação Cosme Velho, um cartaz chamava atenção para os que não conseguiram fazer a foto clássica, avisando que ainda era possível recriá-la com o auxílio da bendita tecnologia. Serviço pago oferecido aos turistas, o programa de computador permite inserir a imagem do visitante sobre uma foto que tem o Cristo como pano de fundo.

    No Corcovado, quem abre os braços é todo mundo.

     

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    VALE SABER

    Endereço: Morro do Corcovado, dentro do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro

    Transporte: O Cristo Redentor fica na zona sul do Rio. O transporte para subir o Corcovado está incluído no ingresso. Ele pode ser feito de trem ou van — veja em detalhes as opções disponíveis e o passo a passo para comprar seu ingresso

    Funcionamento: O monumento do Cristo Redentor abre diariamente, das 8 às 19 horas

    Preço: De trem, R$ 75, em fim de semana, feriado e alta temporada (em 2017, entre os dias 15 e 31 de dezembro) — R$ 62, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 24,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 49 — até 5 anos, grátis. Além de poder comprar bilhetes na bilheteria da Estação Cosme Velho, é possível adquirir os ingressos pela internet. Há ainda pontos de venda para o trem do Corcovado em quiosques da Riotur no Largo do Machado (Laranjeiras) e na Avenida Atlântica (próximo ao posto 3 em Copacabana) e ainda no 1º piso do Shopping Rio Sul (Botafogo). Agências dos correios do Rio de Janeiro também vendem ingressos, mas só aceitam pagamento em dinheiro

    POSTO DE VENDA NO RIOSUL – Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    O serviço de vans oficiais leva turistas até o centro de vistantes das Paineiras. O preço inclui transporte (ida e volta) e o ingresso para visitar o Cristo (há opções estendidas, com direito a almoço no centro de visitantes.

    ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DAS VANS NO CRISTO

    Dá para comprar ingresso com hora marcada pela internet. Ou então adquirir os bilhetes em qualquer um dos três pontos de saída do transporte: Largo do Machado (Laranjeiras), Praça do Lido (Copacabana) ou Barra da Tijuca (entrada do Shopping Città América). Na alta temporada, há risco de espera por uma vaga na van. Abaixo estão os preços do transporte de acordo com o ponto de partida:

    Copacabana ou do Largo do Machado: R$ 74, em fim de semana, feriado e alta temporada — R$ 61, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 40,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 48 — até 4 anos, grátis. As vans funcionam de segunda a sexta, das 8 às 16 horas (sábados, domingos e feriados, até 17 horas)

    Paineiras: R$ 41, em fim de semana, feriado e alta temporada — R$ 28, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 7,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 15 — até 4 anos, grátis.

    Barra da Tijuca: R$ 103, em fim de semana, feriado e alta temporada – R$ 90, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 69,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 77 — até 4 anos, grátis

    CAFÉ DO TREM, NA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Alimentação: Há quiosques na estão Cosme Velho, uma atrás da bilheteria, outra dentro do Centro Cultural que funciona na área de embarque do trem. Lá no Corcovado há uma lanchonete que vende sanduíches, sucos, refrigerantes e picolés. Cerveja, caipirinha e uísque estão entre as opções alcoólicas. Acredite, a água mineral estava mais barata no quiosque lá do alto. O bar e restaurante do Corcovado tem menu a la carte. Quem vai de van, tem a opção de comer no Centro de Visitantes Paineiras, onde há duas lanchonetes e um restaurante, que tem buffet de preço fixo por pessoa.

    LOJINHA NO ALTO DO CORCOVADO

    Compras: Se você é do tipo que não sai de uma atração sem levar uma lembrancinha do lugar visitado, a lojinha que fica no Cristo vai te atender. Tem camisetas que enaltecem o Rio ou declaram amor à Cidade Maravilha, tem estatuetas do Cristo e o que mais o bolso permitir trazer, já que os preços são bem turísticos

    Dica: Vale a regra de quem vai a praia. Use protetor, boné ou chapéu porque o sol pega lá no alto (o Cristo fica a 710 metros do nível do mar). Hidratação também é fundamental, principalmente se estiver com crianças. Se quiser beber algo na lanchonete que fica abaixo da escadaria, há uma varanda bem bacana para curtir a paisagem. Sentar para fazer um lanche por ali é gostoso, exceto no fim de tarde porque o sol brilha intensamente sobre as mesas

    Site do trem: tremdocorcovado.rio

    Site da van: paineirascorcovado.com.br


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  • Hotel-fazenda no interior de SP: pensão completa e natureza

    Hotel-fazenda no interior de SP: pensão completa e natureza

    Hotel-fazenda no interior de SP é sinônimo de viagem em família ou casal, com muitas atividades e fartura à mesa. São Paulo tem boas alternativas assim, ora perto da capital, ora mais distante. Algumas cidades concentram mais opções: é o que percebe quem busca por hotel-fazenda em Brotas. Em geral, as diárias dão direito a pensão completa (café da manhã, almoço e jantar, sem bebidas incluídas), mas não é comum encontrar hotel-fazenda all inclusive.

    No passado, muitas dessas propriedades foram fazendas de café. Hoje são empreendimentos com infraestrutura que vai de piscina aquecida e recreação infantil a atividades na natureza, como passeios a cavalo ou caminhadas. Há ainda opções de hotéis que aceitam pets.

    Assim como ocorre com as listas de hotel no litoral de SP e de hotel romântico em SP –, a relação abaixo é frequentemente atualizada e inclui apenas hotel-fazenda no interior de São Paulo com uma boa avaliação de viajantes em sites de reserva.

    Fazenda Capoava

    DISTÂNCIA DE SP: 95 KM (ITU)

    Hotel integrante da Associação Roteiros de Charme, a Fazenda Capoava ocupa uma propriedade histórica do século 18, em Itu. As acomodações estão divididas em 5 categorias, totalizando 36 casinhas que incluem facilidades como ar, wifi e lareira. A recreação infantil promove ações na natureza para crianças a partir de 3 anos – o projeto De Olho nos Bichos é monitorado por biólogos. O hotel-fazenda perto de SP tem duas piscinas climatizadas, sauna e salão de jogos. Alinhada com a proposta de valorização das raízes brasileiras, a renovada carta de vinhos da Capoava só oferece rótulos nacionais.

    Capoava, hotel-fazenda perto de SP
    Caminhadas na natureza, ao redor da Fazenda Capoava

    Hotel-Fazenda Dona Carolina

    DISTÂNCIA DE SP: 100 KM (ITATIBA)

    Unindo o charme da arquitetura colonial com o conforto de modernas acomodações, o Hotel-Fazenda Dona Carolina tem 94 apartamentos de padrão 5 estrelas, equipados com camas king size, TV, ar e produtos L’Occitane. Com pensão completa, seus três restaurantes combinam a alta gastronomia com a tradicional cozinha da fazenda. O lazer do hotel-fazenda em Itatiba inclui atividades equestres, aquáticas e monitoria infantil especializada. Os tours históricos do café e da cachaça ajudam a conhecer melhor a propriedade, que mantém produção própria destes dois itens. Há serviço de quarto 24 horas, copa do bebê, o Spa Dona Carolina.

    Hotel-Fazenda Village Montana

    DISTÂNCIA DE SP: 140 KM (SOCORRO)

    Para quem gosta do estilo country. Com a Serra da Mantiqueira como cenário, o Hotel-Fazenda Village Montana tem apartamentos com rede na varanda se a intenção for ficar de boa, só admirando a Mata Atlântica. Tirar leite de vaca, montar em touro e passear a cavalo são algumas atividades programadas pelo hotel. Piscina, quadras e salão de jogos garantem a cota de lazer clássico. Do queijo aos pães, passando pelos pratos servidos no almoço e no jantar, boa parte do que se come no hotel-fazenda em Socorro é produzido no próprio hotel.

    Hotel-Fazenda Colina Verde

    DISTÂNCIA DE SP: 195 KM (SÃO PEDRO)

    Com cerca de 150 apartamentos, o Hotel-Fazenda Colina Verde aposta nas opções de lazer que possui. Piscinas são 10, sendo quatro delas cobertas e aquecidas a 27° C. A diversão inclui salão de jogos, campo de futebol, quadra de areia, brinquedoteca e playground. Caminhadas por trilhas ou passeios a cavalo são organizados pelo hotel-fazenda no interior de SP. Os hóspedes saboreiam receitas mineiras e paulistas preparadas diariamente em fogão a lenha. É hotel pet friendly.

    Colina Verde, no interior de São Paulo
    Piscinas do Hotel-Fazenda Colina Verde

    Hotel-Fazenda Areia que Canta

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Tomar banho de rio, moer cana, comer fruta do pé, tirar leite de vaca, participar de brincadeiras infantis tradicionais. E, sim, praticar esportes e atividades de aventura. O Hotel-Fazenda Areia Que Canta orgulha-se de dizer que seus quartos são cerca de 10 m² maiores que a média da hotelaria (os da ala Paineiras são novos). Passeios guiados visitam a nascente cujo fundo é formado por quartzo, mineral que, quando manuseado, produz som que remete ao canto, de onde vem o nome do hotel. O hotel-fazenda em Brotas aceita pets.

    Hotel-fazenda em Brotas: Areia que Canta
    Nascente que batiza Hotel-Fazenda Areia que Canta

    Hotel-Fazenda Jacaúna

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Famílias entram em contato com a natureza pertinho do centro de Brotas. O clima de roça é sentido especialmente na comida farta feita em fogão a lenha. O Hotel-Fazenda Jacaúna dispõe de acomodações para famílias ou grupos de amigos com até 5 pessoas. Em viagens românticas, é possível solicitar decoração especial na suíte e preparar uma programação a dois. Crianças curtem o parquinho e os animais da propriedade (alguns soltos pelo jardim), como coelhos e aves, e ainda se divertem nas piscinas do hotel-fazenda em Brotas.

    Brotas Eco Hotel-Fazenda

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Um dos representantes da região especializada em turismo de aventura, conhecido como Brotas Eco Resort, o hotel no interior de SP funciona em regime de pensão completa – existem 3 restaurantes onde o forte é a comida de fazenda. Oferece 55 apartamentos, divididos em 5 categorias, todos com ar condicionado. Nos espaços comuns, há estrutura de copa e cozinha para quem vai com bebês e até dog park em área verde e sombreada para quem levar o cãozinho junto. Piscinas (3 delas climatizadas), play, quadra coberta, lago com tirolesa, escalada e mini fazenda estão no cardápio de diversão da criançada, que fica sob supervisão da monitora especializada. Atividades radicais como boia cross e rafting são organizadas por empresas parceiras. Tudo isso a apenas 10 minutos de carro do centro de Brotas, o que facilita as visitas à Casa da Cachaça, ao Parque dos Saltos e às quedas d’água do Rio Jacaré Pepira.

    Fazenda Santa Teresa Hotel & Spa

    DISTÂNCIA DE SP: 300 KM (BOCAINA)

    Ex-produtora de café dos anos 1960, a Fazenda Santa Teresa Hotel & Spa tem diária que inclui pensão completa e um passeio a cavalo por pessoa. Piscina aquecida e abastecida com água mineral, cachoeiras, pesqueiro e salão de jogos compõem o lazer. A criançada toma contato com animais da roça e prova fruta do pomar. Afetiva, a cozinha serve pratos com ingredientes produzidos na propriedade. Aceita pets.

    Barretos Country Resort

    DISTÂNCIA DE SP: 425 KM (BARRETOS)

    Este não é propriamente um hotel-fazenda, mas o espírito está mais do que presente no Barretos Country Resort, localizado a 7,5 km do parque da Festa do Peão. O próprio hóspede pode tirar o leite que vai beber no café da manhã, que tem delícias preparadas em fogão a lenha. A fazendinha tem animais como araras, lhamas e uma búfala. Há 70 opções de apartamentos simples e conjugados, todos com cama box e ar condicionado O parque aquático integrado possui piscina com ondas e toboáguas radicais, como o 8 segundos, cuja a descida em 46 graus dura o mesmo tempo que um peão precisa ficar sobre um touro.

    Apartamentos em Barretos – Foto: Divulgação
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