Ganhei! Costa Amalfitana, de ônibus foi escolhida Melhor Reportagem na Internet no Concurso CET de Jornalismo, prêmio da Comissão Europeia de Turismo para publicações sobre destinos na Europa. Há 4 anos venci na categoria Melhor Reportagem de Jornal, com a matéria sobre a rota dos pintores na Provença, no sul da França. A edição foi publicada no caderno Viagem do Estadão, onde eu trabalhava na época. O prêmio veio numa fase difícil da minha vida. Serviu de alento e me apresentou Portugal, num belo roteiro do Porto a Lisboa em ótimas companhias.
Chegar agora a finalista com a viagem pelo sul da Itália que escrevi aqui para o Como Viaja! já era muito bacana para alguém que resolveu empreender sozinha. Em 2008, decidi deixar o emprego de editora-assistente no Estadão, empresa que adoro e na qual mantenho vários amigos. Queria mudar de vida, sair por aí e me arriscar no mundo dos frilas, que traz liberdade, mas também impõe dificuldades. Por isso, ganhar este prêmio com meu blog tem sabor de sonho. Daqueles deliciosos, de creme de confeiteiro bem leve, para comemorar os 6 meses de Como Viaja! no próximo dia 29. Obrigada à Comissão Europeia de Turismo e aos professores da USP que me escolheram vencedora. Agradeço por essa felicidade e pelo incentivo a continuar sonhando e empreendendo.
A linha que liga o Museo del Prado, o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museo Reina Sofía tem pouco mais de 1 quilômetros de extensão em Madri. No Prado, os representantes da escola espanhola de pintura, como Diego Velázquez e Francisco de Goya são imperdíveis. É lindo ver As Meninas de Velázquez. Obras-primas de Degas, de Gauguin, de Caravaggio e de El Greco estão no Thyssen. Mas a emoção de estar diante da Guernica de Pablo Picasso, painel exposto no Reina Sofía, é insuperável para mim.
As três instituições podem ser vistas com o bilhete único Paseo del Arte, que custa 19,20 euros e é vendido nas bilheterias das instituições. Para seguir essa rota, faça download do folheto Madrid para Ti: Museos no site da capital espanhola. Além dos museus do Paseo Del Arte, 18 outros estão no roteiro, com informações para a visitação e mapa de localização.
Freud se explica na Europa. O pai da psicanálise tem um museu dedicado a ele em Londres, outro em Viena e um terceiro em Pribor (na República Tcheca). Todos estão instalados em casas onde ele morou ao longo de sua vida.
FREUD – Sigmund Freud Foundation/Div
SALA DE ESPERA DO CONSULTÓRIO – Foto: Florian Lierzer/Sigmund Freud Foundation/Div
Sigmund Freud nasceu em 6 de maio de 1865 em Freiberg, atual Příbor, na República Checa. Viveu em Viena e morreu em Londres, em 1939. Abaixo, museus na Europa que se dedicam a mostrar a vida e o legado do fundador da psicanálise:
Em Pribor (República Tcheca)
O Rodný dům Sigmunda Freuda – Muzeum Příbor funciona na casa onde Freud nasceu em 1856, em Freiberg, atual Příbor, na República Tcheca. Em 2006, o governo local comprou a propriedade e a restaurou de acordo com sua aparência na 2ª metade do século 19.
Foto: Jiri Jurecka/Divulgação
Quem guia o visitante é “o próprio Freud” pelo som do audioguia. Os ambientes mostram detalhes da sua vida pessoal e profissional e pretendem apresentar sua relação com o cotidiano como um homem comum.
Para ver mais sobre o fundador da psicanálise, vá ao Historie města Příbora, museu sobre a história de Příbor, que inclui o Memorial Hall de Sigmund Freud.
Em Viena
Freud morou em Viena desde os 4 anos. Nesta casa, onde viveu por 47 anos, foi instalado o Sigmund Freud Museum, que apresenta sua vida e o desenvolvimento da psicanálise. Na capital austríaca, Freud escreveu estudos como Interpretação dos Sonhos e Totem e Tabu. Anna Freud, a filha mais nova e também psicanalista (especializada em crianças), cuidou pessoalmente da decoração do museu, aberto em 1971.
Fotos: Zugmann/Divulgação
A mobília é original — a sala de espera do consultório de Freud é vista como quando era usada. Também estão expostas antiguidades e as primeiras edições de seus trabalhos. Um filme mostra família Freud nos anos 30. O museu tem ainda biblioteca, loja e sala de palestras.
Em Londres
Para fugir dos nazistas, em 1938, Sigmund Freud foi para a Inglaterra com a família. Esta casa em Londres foi habitada até Anna Freud morrer em 1982.
Fotos: Freud Museum London/Divulgação
No Freud Museum London, há mais de 2 mil itens, incluindo uma coleção de antiguidades, com objetos e tapeçaria do Egito, da Grécia e do Oriente, e móveis pintados dos séculos 18 e 19. Mas, sem dúvida, a peça mais marcante exposta ali é o divã usado pelos pacientes do pai da psicanálise. Ele é coberto por um tapete iraniano.
O museu conta ainda com uma loja, onde podem ser comprados livros sobre Freud e seus contemporâneos. E souvenir, é claro. Tem até fantoche de Freud com o divã. Pode ser útil nas sessões mais raivosas…
Se há um lugar nos Estados Unidos onde é possível ver o Cirque du Soleil sempre, esse lugar é Las Vegas. O grupo de circo nasceu no Canadá, onde também mantém durante o ano todo algum show em cartaz em diferentes cidades, mas a trupe é habitué em Las Vegas.
Para se ter ideia da forte presença do grupo na cidade americana, em outubro de 2016, havia 7 espetáculos do Cirque du Soleil com temporada em Las Vegas, em comparação com 2 em Nova York ou 1 em Orlando. O visitante podia escolher entre O (no Bellagio), Kà (no MGM Grand), Michael Jackson One (no Mandalay Bay), Criss Angel Mindfreak Live (no Luxor), Zumanity (no New York New York), Mystère (no The Treasure Island) e The Beatles Love (no The Mirage).
Se você gosta das acrobacias e das ousadias do grupo, então, vale conferir a agenda de espetáculos do Cirque du Soleil antes de embarcar para a cidade americana, pois é grande a chance de encontrar um show ao seu gosto.
A primeira viagem sozinha depois de ser mãe a gente nunca esquece. E o destino também não. Há um ano eu voltava do Canadá, onde cobri a Go Media, feira de turismo do país. Era para mim uma retomada profissional com força total. Quem me conhece sabe que trabalhei 10 anos no Grupo Estado e há 3 anos pedi demissão para ser frila. Minha ideia era ter mais tempo para viver. E viver incluía várias coisas simples e essenciais, viver incluía ter um filho. Engravidar e ter tempo para viver a gravidez. Ter meu filho e viver a maternidade.
Eu vivi. Até os 6 meses do meu filho, não conseguia me imaginar fazendo outra coisa que não fosse ser mãe. Quando me ocorriam pautas relacionadas a bebês, eu pensava ‘tomara que alguém faça, eu adoraria ler sobre isso’. Me ofereceram guia para editar, pautas para tocar, mas eu não tinha vontade de nada daquilo. A natureza é tão doida que, conforme meu filho se aproximou do 1º aniversário e foi ficando mais independente, eu fui sentindo falta de existir de outra maneira também.
Comecei, então, a fazer alguns frilas. E aí surgiu o Canadá. Surgiu mesmo porque, até então, o Canadá não me causava nenhuma palpitação. Mesmo trabalhando em turismo, nunca tive grande expectativa em relação ao país. Pois foi uma linda surpresa. A paisagem, as cidades, as pessoas, as comidinhas.
Vancouver, a bela canadense no Pacífico
Barcos em Vancouver, num dos muitos cenários bonitos na cidade canadense
Me apaixonei por Vancouver. Dizem que por lá chove muito, mas eu peguei um sol absurdo. Que cidade alto-astral! O lindo visual do Stanley Park, os táxis aquáticos. Depois de dias cruzando o Canadá de trem, que bom sentir a vida ao ar livre, e isso eles aproveitam ali. Quanta bicicleta, gente andando. Foi uma experiência complementar à viagem em que atravessei as impressionantes Montanhas Rochosas, após passar pelas pradarias canadenses. Durante o trajeto, não vi nenhum alce infelizmente. Mas o simpático bichinho é um símbolo nacional e sua figura está em tudo, até em bala de xarope de maple! Não pude deixar de comprar para o meu filho em Vancouver uma mochilinha com um alce de pelúcia pendurado.
Cheguei à cidade louca para falar com meu menininho. O trem não tinha wifi. Nas estações em que eles informavam que tinha internet, eu descia a hora que fosse. Numa parada saí da cabine às 5 da manhã com o computador na mão para tentar uma conexão, em vão. Em 3,5 dias, de Toronto a Vancouver, consegui internet apenas rapidamente na estação de Winnipeg. O cenário visto de trem foi incrível, e as companhias, maravilhosas, mas, para uma mãe que viajava pela primeira vez sozinha, foi algo duro de segurar.
Toronto, a maior cidade do Canadá em geral
CN Tower, entre outros pontos turísticos de Toronto
Toronto é uma grande pequena cidade, surpreendente. Cosmopolita com jeito de miúda. Com ótimos museus como o Royal Ontario Museum e sua coleção de dinossauros. No mega shopping Eaton Centre, comprei um Mickey e um Ursinho Pooh para meu filho na loja da Disney. Bem coisa de mãe em primeira viagem, praticamente tudo o que trouxe foi para o meu filho. E olha que não sou das mais consumistas. Mas, em Toronto, também não resisti a ideia de ver meu garotinho no fofo pijama com as folhas do Canadá que vi na lojinha da CN Tower, outro passeio bacana para ver a cidade de até 447 metros de altura.
Praticamente fiz o Canadá de ponta a ponta. Se você não for cruzar o país, uma boa ideia é dividir a viagem em duas. A oeste, Vancouver e as Rochosas. No centro-leste, Toronto, Montréal e uma esticada a Québec.
Montréal, a maior cidade do Canadá francês
Contato com o francês e um outro Canadá, em Montréal
Bem, eu fui com tudo já na primeira vez. De Vancouver, voei para Montréal, no leste do país. A parte antiga da cidade é linda, com suas vielas e o porto. O bairro de Plateau Mont-Royal também é um charme. Uma delícia se lambuzar com molho de poutine no La Banquise. O restaurante serve diversas variedades do prato típico de Montréal (na versão original, as batatas fritas são cobertas por molho e queijo). Não é balela dizer que a cidade tem de fato duas línguas. As pessoas falam francês, o primeiro idioma do lado leste, mas quem sabe só inglês é recebido sem aperto.
Québec, a única cidade murada acima do México
De Québec saiu a foto que era o símbolo do Como Viaja no início
Para terminar a viagem, peguei o trem para ir a Québec. Também me virei com o inglês, mas a história é outra: língua ali é o francês. A cidade parece mesmo uma francesinha na área dentro da antiga muralha. Naquelas lojinhas de souvenir de aeroporto, não resisti e comprei um último mimo para meu filhote: um casaquinho de moleton com um alce para puxar o fecho e várias letrinhas com alce. Mais Canadá impossível.
E os números de turistas brasileiros pelo mundo não param de subir. Agora foi a República Dominicana que divulgou o aumento de visitantes do Brasil por lá. Em setembro do ano passado, a projeção do país era de receber 50 mil brasileiros em 2011. Mas, até agosto, já foram 45.993, o que fez subir a expectativa para 62,5 mil turistas do Brasil até o fim do ano.
Por aqui, o Escritório de Turismo da República Dominicana investe em divulgação, roadshows e capacitação de agentes de viagem e também confirmou sua presença em feiras do setor de turismo como a Feira das Américas, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). Com tudo isso, mais o aumento no número de voos do Brasil para lá, o país já espera receber 150 mil turistas brasileiros em 2012.
As comidas típicas de Portugal são a perdição de qualquer viajante pelo país. É preciso ser muito enjoado para não se deliciar com receitas que esbanjam sabor e tradição. O bacalhau, o caldo verde, as alheiras, tudo isso está no imaginário do brasileiro quando se pensa no que o povo português nos deixou de legado culinário. Os pratos de Portugal vão da delicadeza do pescado (abundante em um país abraçado pelo oceano) ao vigor das carnes (grelhadas, assadas, ensopadas, deliciosas todas).
Certa vez, escrevi que dificilmente abandona-se a mesa em Portugal sem carregar nas papilas marcas de uma cozinha farta em paladar e quilos a mais na cintura por obra da gula. Como netos de portugueses, Nathalia e eu decidimos fazer esta lista de comidas típicas de Portugal sabedores de que você vai terminar de ler o texto com água na boca. A relação está destacada por região do país, indo rumo ao sul no mapa e incluindo a Ilha da Madeira e os Açores.
Comidas típicas do Porto e Norte
Portugal nasceu aqui, região que tem no Porto sua cidade mais conhecida. A região do Minho, de cidades como Braga e Viana, foi a que mais contribuiu para o fluxo migratório rumo ao Brasil. Porém, as comidas típicas do noroeste de Portugal nem de perto são conhecidas como as incontáveis versões de bacalhau que a mesma região nos brindou. Aliás, o bacalhau pode ser encontrado de todas as maneiras: fresco, salgado e ainda em conserva. Então, comecemos com as receitas que levam o ‘fiel amigo’, apelido do pescado mais famoso do país.
Bacalhau, prato típico de Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Bacalhau à Gomes de Sá
Tradicional receita do Porto feita com lascas de bacalhau marinadas em leite durante cerca de 2 horas antes de irem à panela. Os pedaços são preparados em azeite, com cebola e alho. Eles chegam à mesa com os acréscimos de azeitonas pretas e ovos cozidos. O nome foi dado em homenagem ao criador da receita, o comerciante José Luis Gomes de Sá
Bacalhau à Minhota
As postas de bacalhau são douradas dos dois lados em azeite quente. Sobre elas são colocadas cebolas e alho picado puxados no mesmo óleo. Batatas em rodelas, também fritas no azeite, acompanham o prato, que ainda leva tiras de pimentão vermelho.
Bacalhau ao Zé do Pipo
José Valentim, o Zé do Pipo, criou este prato para um concurso culinário no Porto. É a versão que mais aprecio à base de bacalhau. Aqui, o fiel amigo serve de recheio a uma massa que leva purê de batatas e maionese levada para gratinar. No meio dessa mistura vão temperos e ingredientes que tornam o prato ainda mais saboroso.
Tripas à moda do Porto
A história ensina que este prato passa pela tomada de Ceuta (1415) pelos portugueses, quando o exército precisou levar a bordo todo o estoque de carne da região do Porto, restando à população as tripas animais (daí os cidadãos portuenses serem apelidados de tripeiros). Trata-se de um grande cozido à base de vísceras, de enchidos (salsichas ou linguiças) e feijão branco. Qualquer semelhança com a nossa dobradinha não é mera coincidência. Prato de sabor intenso.
Tripas à moda do Porto, comida típica – Foto Porto Convention & Visitors Bureau
Rojões à moda do Minho
Prato forte à base de pedaços carne de porco sem osso aos quais se juntam posteriormente fígado suíno e tripas enfarinhadas (enchido típico do Norte de Portugal), ambos fritos. Depois, essa mistura é cozida lentamente. Acompanha batatas e castanhas na hora de servir.
Papas de sarrabulho
Por ser uma receita típica do Minho, ela é muitas vezes servida com os rojões. Leva sangue de porco, miúdos suínos, carnes de vaca e de galinha, cominho, farinha de milho, entre outros ingredientes. Prato para ser apreciado no inverno, sobretudo.
Arroz de lampreia
O protagonismo desse arroz está na lampreia, animal aquático de forma alongada e cilíndrica, como uma enguia. A cidade de Penacova, próxima a Coimbra, é considerada a capital portuguesa da lampreia, que tem um festival gastronômico dedicado a ela em fevereiro há cerca de 30 anos.
Posta mirandesa
Comida portuguesa da região de Trás-os-Montes feita à base de carne de vaca, temperada com sal grosso e levada à grelha. O acompanhamento fica a cargo das famosas batatas ao murro (cozidas e posteriormente esmagadas de forma grosseira) e grelos salteados (talos de hortaliças levados à frigideira sem gordura).
Alheira
Os judeus que queriam escapar da Inquisição driblaram o fato de não comerem carne de porco fazendo um enchido à base de aves e usando pão para dar consistência à massa. As tripas recheadas eram igualmente postas para defumar em varais, como os cristãos faziam com os enchidos de carne suína, não gerando assim suspeitas de sua origem religiosa.
Alheira de Mirandela – Foto: Turismo de Portugal/Divulgação
Francesinha
Sanduíche parrudo, típico da cidade do Porto. Dentro do pão vão salsicha, linguiça, presunto, bife de vaca, tudo coberto por queijo derretido e molho que mistura cerveja, caldo de carne e vinho do Porto. E, em alguns casos, cabe ainda um ovo frito por cima. É servido com batatas fritas. A bomba calórica ganhou esse nome por guardar alguma semelhança com o sanduba francês croque-monsieur.
Caldo verde
As sopas engrossam a lista de comidas portuguesas típicas. Mas é o caldo verde que parece simbolizar nossa relação com o país europeu. É pura tradição do Minho. Leva batatas, couves e chouriço (no Brasil, a linguiça Toscana cumpre este papel). É um prato de inverno, de comer suando.
Comidas típicas do Centro de Portugal
Fátima, Coimbra e Castelo Branco fazem parte do Centro de Portugal, onde se localiza a Serra da Estrela, o ponto continental mais alto do país e também a região em que se produz um dos queijos portugueses mais famosos.
Caldeiradas de peixe
O nome revela ser receita de uma panela. E é. No caso, uma invenção culinária de pescadores, que colocaram peixe, batatas, cebolas e tantos outros ingredientes em camadas dentro de um tacho.
Leitão da Bairrada
Crocante por fora, macio e suculento por dentro, essa receita de leitão típica da Bairrada, no Centro de Portugal, é muito consumida em dias de festa. Vai sempre muito bem com batatinha cozida sem pele e laranja em rodelas.
Cabrito estonado a Oleiros
O consumo do cabrito não se limita à Páscoa na Beira Baixa de Portugal. Nesta receita, típica da cidade pertencente ao distrito de Castelo Branco, a pele do animal é mantida na hora de assar em forno a lenha, a fim de garantir suculência e sabor.
Chanfana
A rigidez da carne de cabra velha é vencida pela marinada em vinho tinto e temperos. Uma dose de aguardente é acrescentada quando tudo vai à panela de barro, selada para ser esquecida no fogo por quase 5 horas de cozimento. o Resultado é um prato típico português da região da Bairrada, já eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, em 2011.
Única capital da Europa em que o sol se põe no mar, Lisboa oferece de restaurantes refinados a tascas mais simples. Em todos eles há pratos típicos de Portugal, ora em releituras, ora em verão ortodoxa, sem nunca dever em termos de qualidade e sabor.
Bacalhau à Brás
Diz a crença popular de que as raízes do prato estão no Bairro Alto, em Lisboa. A receita leva bacalhau desfiado e batata palha, ambos fritos com cebola em azeite. Ovos batidos com garfo são derramados sobre os ingredientes, dando uma textura cremosa ao prato. Azeitonas pretas picadas são o toque final.
Sardinhas assadas
Considerada a rainha do mar, a sardinha em sua versão assada vai à grelha apenas com sal grosso. Prato comum nas festas dos santos populares (Antônio e São João, no período junino), ele é servido com batatas cozidas e pão.
Bife à Marrare
Napolitano radicado em Lisboa, Antônio Marrare criou este prato, muito popular sobretudo nos cafés lisboetas do século 19. Trata-se de um bife coberto por molho à base de manteiga e natas (algo semelhante ao creme de leite). Feita na própria frigideira, a mistura cremosa adquire a coloração meio marrom do suco da carne. O restaurante Brilhante, no Cais do Sodré, é um dos poucos da cidade que revive este clássico.
Choco frito
Esse molusco é o principal ingrediente dessa receita comum à região de Setúbal (área metropolitana de Lisboa). Marinados em alho, limão e sal, os tentáculos do choco são ainda empanados em farinha de milho. Frito, o petisco é servido com limão para espremer por cima.
Peixinhos da horta
Na primeira metade do século 16, muito antes de as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) serem consumidas, surgiu este prato feito com vagem de feijão encapada por massa de farinha, frita em óleo. Sim, se você pensou em tempurá, acertou. Os portugueses apresentaram a novidade aos japoneses, durante o período das Grandes Navegações.
Castanhas assadas
A simplicidade está materializada nesta receita, que exige castanhas, forno a 200°C e cerca de 30 minutos de espera. Polvilhar sal grosso sobre o fruto seco é opcional. Sazonal, seu consumo se dá mais a partir do outono, quando é comum ver pessoas comendo castanhas na rua, preparadas em fogareiro a carvão.
Comidas típicas do Alentejo
O passado de carências fez surgir no Alentejo uma cozinha em que o pão e a água se converteram em base para uma série de receitas. A eles foram adicionadas ervas aromáticas, que enriqueceram de sabor as poucas quantidades de carnes ou pescados. Estão no mapa da região cidades como Évora, Santarém, Sines, Portalegre e Beja.
Sopa de tomate
A base deste caldo leva tomate, cebola, alho, temperos variados (louro, orégano, sal e pimenta) e água fervente. O que confere ponto mais viscoso à mistura é a batata. No Alentejo, os ovos são acrescentados para serem escalfados (fervidos no próprio líquido) antes de a sopa ser servida.
Açorda
Não há carne nem legumes nesta receita típica do Alentejo. Leva pão rústico picado, alho picado e coentro. Acrescenta-se água fervente aos poucos, criando uma papa. Por fim, adiciona-se uma gema de ovo, para ser cozida no calor dos ingredientes.
Migas
A primeira parte deste prato consiste em fritar carnes de porco e reservar. Então pega-se pedaços de pão rústicos para passar na mesma frigideira. O acréscimo de água faz surgir uma papa e, posteriormente, umas pelotinhas. É uma comida típica de Portugal no inverno, para ganhar quilos à mesa.
Ensopado de borrego
Pedaços de cordeiro novo estão na base deste prato, mais consumido na Páscoa. Suculenta, a receita ganha batatas cozidas no próprio molho da carne e um toque de hortelã fresca ao cozido. O pão alentejano tostado é um complemento indispensável na hora de saborear.
Carne de porco à Alentejana
Terra e mar em um prato criado por um cozinheiro do Algarve, mas que usa o porco típico do Alentejo. Marinados de um dia para o outro, os pedaços de carne suína são fritos e ganham a companhia das amêijoas. O calor da mistura faz cozinhar e abrir a concha deste molusco semelhante ao marisco. Nacos de batatas fritas fazem parte do resultado final.
Comidas típicas do Algarve
Sinônimo de sol e praia, o Algarve é destino de férias no sul de Portugal. Com o mar a seus pés, natural que as receitas típicas tivessem ingredientes vindos das profundezas do oceano. Da capital, Faro, às cidades de Tavira e Albufeira os pratos primam por frescor e traços da cultura árabe.
Amêijoas de Cataplana
O molusco mais famoso do Algarve é cozido na tradicional panela, originária dos anos de domínio árabe na região. Não faltam cebola, alho, tomate, louro e salsa na composição dessa iguaria, acrescida ainda de pequenas partes de chouriço e bacon. Come-se com pão, especialmente para molhar no caldo.
Carapaus alimados
Versão escabeche deste peixe. Limpo e cozido rapidamente em água fervente, ele é regado por azeite e suco de limão. Salsa e rodelas de cebola crua completam a receita, criada para ser consumida até mesmo dias depois do preparo.
Estupeta de Atum
As partes menos nobres do atum são chamadas de estupetas. Nesta salada típica do Algarve, a carne é dessalgada antes de ser misturada com cubos de cebola, tomate e pimentões verde e vermelho.
Polvo
O complemento deste título poderia ser grelhado, ensopado, à vinagrete, em forma de salada, assado… Come-se este molusco de todas as maneiras no país. O prato típico de Portugal é muito consumido, especialmente no Algarve, onde se destaca o polvo à lagareiro, temperado a sal e alho e fartamente regado por azeite. Para comer junto? Batatinhas, ora pois.
Comidas típicas da Ilha da Madeira e dos Açores
As ilhas situadas no meio do Oceano Atlântico guardam um certo ar tropical em seu clima. Há receitas semelhantes entre si e outras que remetem às comidas típicas de Portugal continental.
Cozido de Furnas
Comida de uma panela só. Nela vão carnes de porco, de vaca e de galinha, morcela, chouriço, inhame, repolho, couve, batata, cenoura e nabo. Os ingredientes são postos sem água nem gordura na panela, que é enterrada em buracos no solo vulcânico. Tudo é cozido no vapor a 110°C por cerca de 5 horas. Prato típico de Furnas, localidade na ilha açoriana de São Miguel.
Bolo lêvedo
Assim como ocorre com o bolo do caco da Ilha da Madeira, esta receita dos Açores está mais para pão, por causa do formato. E as semelhanças param por aí, já que o de lêvedo, à base de farinha e batata, tem sabor adocicado.
Bolo do caco
Entre as comidas típicas de Portugal está esse pão originário da Ilha de Porto Santo, com raízes árabes. Um dos segredos está na quantidade de dobras (3) da massa, que leva nada além de farinha de trigo, água, sal e fermento. O pão é assado sobre uma pedra (o caco) aquecida em brasa.
Bolo do caco, quase um pão pitta – Foto Holger Leue/Divulgação
Bifes de atum
Peixe abundante na região da Ilha da Madeira, o atum é temperado com vinagre, louro, alho e sal. Frito em azeite, ganha acompanhamentos de milho frito e molho vilão – à base de vinho branco, vinagre, cebola e segurelha (erva aromática).
Lapas
Este pequeno marisco da ilha é grelhado em manteiga derretida e alho por apenas 5 minutos (se passar disso, fica borrachudo). Serve-se com suco de limão. Prato sazonal, já que a lapa só pode ser apanhada no mar de outubro a abril.
Lapa, molusco da Ilha da Madeira – Foto Francisco Correia/Divulgação
Espetadas de carne
Pedaços de carne são temperados com sal grosso apenas e fincadas em espetos de loureiro, árvore comum na Madeira. Come-se com cubos de farinha de milho e couve.
Carne de vinha d’alhos
O segredo está na vinha d’alhos, marinada que combina vinho, vinagre, alho, louro, cravo-da-índia, pimenta do reino e sal. Pedaços de carne de porco ficam imersos nesta mistura por cerca de 6 horas (há receitas que falam em 2 ou 3 dias!). Depois de dourada em gordura, a carne é servida com pão frito em azeite ou batatas coradas.
Portugal tem 175 praias acessíveis a pessoas com dificuldade de locomoção. O projeto Praia Acessível – Praia para Todos já certificou 153 praias no continente, 8 na Ilha Madeira e 14 em Açores. Uma parceria entre o Instituto Nacional para a Reabilitação, o Instituto da Água, o Turismo de Portugal e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o projeto começou em 2004 e teve como objetivo garantir que o litoral esteja acessível a pessoas independentemente da idade e de problemas de mobilidade.
Das 175 certificadas, 95 oferecem cadeiras anfíbios, item que não é obrigatório para a certificação, mas que facilita o banho de pessoas com necessidades especiais. Uma praia é considerada acessível se tem as seguintes características: acesso fácil para os pedestres, vagas demarcadas para deficientes, acesso à área de banho por rampa ou com recursos mecânicos, passarela na areia e sanitários e posto de socorros acessíveis.
Nos últimos anos, o número de brasileiros que pedem visto para o Canadá vem crescendo. Para facilitar a vida de quem quer viajar para lá, em 2011 o país criou no Brasil os Centros de Solicitação de Vistos do Canadá (VAC, na sigla em inglês). Atualmente as unidades ficam em 5 cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre.
Esses escritórios são administrados pela VFS Global, empresa privada autorizada pelo departamento de Cidadania e Imigração do Canadá para operá-los no Brasil. As unidades do VAC Canada não são responsáveis por aprovar ou negar o visto, servem apenas para dar suporte ao viajante. Veja como para tirar visto canadense para turismo.
Os funcionários do VAC Canada conferem se o preenchimento dos formulários foi feito corretamente e se a documentação exigida está completa. Quando é necessário para o processo de visto, eles também colhem a biometria do viajante — desde 31 de dezembro de 2018, ela é exigida de brasileiros que tiram o visto pela primeira vez ou que tiveram visto válido há mais de 10 anos. Depois, os funcionários encaminham tudo para consulados canadenses. O serviço é pago à parte.
Centros de Solicitação de Vistos do Canadá
Em todas as unidades do VAC Canada no Brasil, o horário de atendimento é de segunda a sexta (exceto feriados), das 9 às 17 horas — a única exceção é São Paulo, cujo expediente se encerra às 16 horas. O telefone para contato é o mesmo para todo o sistema do VAC Canada no Brasil: (61) 3550-0700.
Veja abaixo as informações sobre as unidades no Brasil: