Categoria: Espanha

  • 9 museus de chocolate na Europa

    9 museus de chocolate na Europa

    A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas

    ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018

    Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.

    Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!

    A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.

     

    1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)

    Chocolate, Museu, Europa, Choco-Story, Bruges - Foto Divulgacao
    CHOCO-STORY, EM BRUGES – Fotos: Divulgação

    A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)

    Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas

    Sites: museeduchocolat.fr; choco-story.be; choco-story-praha.cz

    Chocolate, Bélgica, Bruges, Museu Choco-Story - Foto Divulgacao

    4 > SCHOKOMUSEUM (ÁUSTRIA)

    Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)

    Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis

    Site: schokomuseum.at

     

    5 > CADBURY WORLD (INGLATERRA)

    Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.

    VALE SABER

    Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30

    Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)

    Site: cadburyworld.co.uk

    Foto Visit Britain/Divulgação
    Foto: Visit Britain/Divulgação

    6 > BELGIAN CHOCOLATE VILLAGE (BÉLGICA)

    Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde

    Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros

    Site: belgianchocolatevillage.be/en/

     

    7 > MUSEU DE LA XOCOLATA (ESPANHA)

    Chocolate, Barcelona, Museu de la Xocolata - Foto Museu de la Xocolata. Divulgacao
    Foto: Museu de la Xocolata/Divulgação

    Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas

    Preço: 6 euros — crianças até 7 anos, grátis

    Site: museuxocolata.cat/

    Barcelona, Museu do Chocolate, Espanha - Foto Javier Miguélez Bessons, Divulgacao
    Foto: Javier Miguélez Bessons/Divulgação

     

    8 > MAISON CAILLER (SUÍÇA)

    Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.

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    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)

    Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis

    Site: cailler.ch

     

    9 > RITTER-SPORT (ALEMANHA)

    O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.

    VALE SABER

    Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas

    Preço: 9 euros

    Site: ritter-sport.de

  • Livro de colorir para crianças: lembrança de viagem divertida e educativa

    Livro de colorir para crianças: lembrança de viagem divertida e educativa

    Uma ótima ideia de lembrancinha de viagem é trazer um livro de colorir para crianças. Joaquim ganhou vários em diferentes etapas da infância, e gostou muito. Eu comecei essa brincadeira com um que comprei em Paris para ele colorir os desenhos de atrações turísticas e cenas cotidianas da capital francesa. Depois comprei vários em Whistler, com desenhos de diferentes povos originários do Canadá. Em família, já havíamos trazido alguns da Alemanha quando visitamos o Residenz, em Munique (Alemanha).

    Lojinhas de museu são especialmente boas para comprar um livro de colorir infantil. Mas não custa perguntar em lugares que vendem itens mais clássicos de souvenir com imãs. Livros, aliás, são ótimas lembrancinhas de viagem porque, além de divertidos, são educativos.

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    Para crianças, então, são ideais. Por menor que sejam, os pequenos acabam conhecendo outros lugares e costumes, o que sempre amplia o modo de ver o mundo e incentiva a tolerância com as diferenças. Os que eu trouxe do museu de Whistler tem vários símbolos aborígenes desenhados, com a explicação para a criança entender o significado do que está colorindo. Essas figuras são frequentemente vistas nessa região do país, como nos tótens do Stanley Park, principal parque de Vancouver (Canadá).

    Durante nossa viagem à Alemanha, encontramos diversos modelos de livro de colorir infantil com paisagens e lugares do país. Foi durante a nossa visita ao Residenz, palácio de Munique. Trouxe da lojinha um livro sobre cavaleiros e outro com palácios e castelos. Já sentamos váris vezes para colorir em família, uma atividade bem divertida.

    Livros de colorir infantil, com palácios e cavaleiros
    De Munique, palácios e cavaleiros

    Cenas de Paris para colorir

    O livrinho que trouxe de Paris achei no Musée de l’Orangerie. Pensei de cara que tinha tudo a ver com meu filho, era exatamente o presente que eu buscava para o Joaquim. Eu trouxe para apresentar a cidade a ele na sua linguagem, afinal, era a minha primeira viagem para Paris. O livrinho é bem bacana. Nessa mesma linha, existem outras opções nas lojinhas de museus de Paris. Mas no l’Orangerie foi onde vi mais variedade. É um presente divertido para crianças.

    Quando me levou ao aeroporto antes dessa viagem, chorou tanto… Queria embarcar comigo. No colo do pai, ele me estendia as mãos e desesperado gritava: ‘Eu quero ir pra Paris!!’. Foi a pior vez para eu conseguir ir adiante, entrei de coração apertado, contendo as lágrimas que escorriam. Quando me buscou no aeroporto com o pai, rimos os três lembrando da situação pelo lado cômico: um garotinho de 4 anos gritando ‘Eu quero ir pra Paris’.

    Conversando no carro, contei sobre as paisagens que tinha visto na viagem, especialmente as de neve durante o prêmio que ganhei da Comissão Europeia de Turismo (com uma série sobre Natal na Europa, que escrevi em formato de historinha para meu filhote, na época bem menorzinho).

    Como tinha visto algumas fotos, ele me disse sorrindo: ‘Fiquei com medo de você ficar congelada, mamãe’. Expliquei que existe roupa para neve e que um dia ele veria também. Daí sugeri: ‘Quem sabe a gente não vai a Bariloche no próximo ano?’ Ao que ele rapidamente retrucou: ‘Não quero ir pra Bariloche, mamãe, eu quero ir pra Paris!’

  • Parques e jardins da Espanha: o que fazer por cidade

    Parques e jardins da Espanha: o que fazer por cidade

    Site da Espanha mostra parques e jardins históricos. Para ver o que fazer em cada cidade, é possível buscar itens por localização. Pontos turísticos como Parc Güell e os jardins de Allhambra estão entre as opções

    Mudança de estação é sempre um momento inspirador. Para quem gosta de passeios ao ar livre e de jardins, especialmente na primavera europeia, uma página bem legal é a dos Parques y Jardines de España. Dá para fazer busca por localização para planejar o que fazer em cada cidade. Entre os itens se encontram pontos turísticos da Espanha como o Parc Güell, em Barcelona (na Catalunha), e os jardins de Alhambra, na Andaluzia.

     

    Fotos: Reprodução do site

    Numa dessas pesquisas por lugar, se você vai para Barcelona, por exemplo, pode saber que existem 18 jardins históricos na Catalunha toda. Dá uma espiada e de repente, além de visitar os de Barcelona, pode ver que outros estão em cidades próximas e valem o passeio até lá.

    Espanha, Jardins Históricos - Reprodução do Site

    Quando você cicla num tópico, vêm informações úteis para a visita: telefone, site e localização do jardim no país.

    Espanha, Jardins Históricos, Parque del Buen Retiro - Reprodução do Site2

    Também aparecem a descrição da história do jardim, os dias e horários de funcionamento e o mapa. O mais legal da página Parques y Jardines de España são os ícones abaixo do quadrinho, mostrando o que há próximo àquela atração (como pontos culturais, transporte e itinerários turísticos). Dados bem úteis na hora de planejar um roteiro dia a dia nas cidades espanholas.

    Espanha, Jardins Históricos, Parque del Buen Retiro - Reprodução do Site

  • Museu Picasso: auto-retratos e 50 anos em Barcelona

    Museu Picasso completa 50 anos em 2013. Os visitantes podem ver até o próximo ano as exposições que marcam a data. Ainda dá para ver La Colección, até 24 de novembro, e Las Exposiciones, de 6 de janeiro a 9 de março de 2014.

    Quem for a Barcelona até 1 de setembro tem também a chance de ver a primeira grande exposição de auto-retratos de Pablo Picasso. O museu dedicado ao artista apresenta a exposição Yo Picasso. Autorretratos, BarcelonaCom o auto-retrato, o artista espanhol foi além de seus momentos biográficos. Expressou sentimentos, preocupação e pensamentos. Eu adoraria ver.

  • Intercâmbio: pesquisa mostra destinos mais procurados

    Intercâmbio: pesquisa mostra destinos mais procurados

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    VANCOUVER, NO CANADÁ – Nathalia Molina @ComoViaja

    Quando se fala em intercâmbio, a maior procura no Brasil é por cursos de idioma, como mostra a pesquisa Mercado de Educação Internacional e Intercâmbio do Brasil, encomendada pela Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta). Durante o levantamento, foram consultadas 80 agências de intercâmbio.

    A edição de 2013 confirma alguns dados apontadas na mesma pesquisa feita em 2011. Desta vez, novamente pelo menos 60% das agências consultadas disseram que os cursos de idioma ainda são os mais procurados.

    Buenos Aires, Caminito, La Boca - Foto Secretaria de Turismo da Argentina, DivulgaçãoTambém permanecem os mesmos destinos entre os mais procurados para estudar fora do país. Veja onde o brasileiro buscar aprender:

    • Inglês: Canadá (66,3%), Estados Unidos (17,5%) e Reino Unido (15%)
    • Francês: (82,5%) e Canadá (13,8%)
    • Espanhol: Espanha (65,%), Argentina (23,8%) e Chile (1,3%)

     

    ​BUENOS AIRES – Divulgação

    NÚMERO DE VIAJANTES

    Em 2012, fizeram intercâmbio 175 mil viajantes do Brasil. O número ficou bem abaixo da expectativa relatada na pesquisa anterior — a previsão das empresas para 2012 era de enviar 282 mil brasileiros para estudar no exterior. Mas, ainda assim, superou o total de 2010, quando as agências registraram 167 mil pessoas em cursos fora do país.

  • Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    O Parque Güell é um dos lugares mais visitados de Barcelona, cidade que tem na genialidade de Antoni Gaudí a expressão máxima da arquitetura modernista. Primeiramente, a obra impressiona pelo uso de materiais de modo excepcional e pela harmonia da construção com a natureza. Fiquei passada (impossível não ficar) com todas as criações de Gaudí em Barcelona, como a Basílica da Sagrada Família e a Casa Batlló, entre outras. Estão entre as grandes atrações turísticas do mundo, caso dos Museus do Vaticano (colados em Roma) e da Estátua da Liberdade (em Nova York).

    Mas, entre todas as obras de Gaudí, o Parque Güell foi especial para mim. Imaginar que, na virada do século 19 para o 20, o arquiteto catalão já executava projetos pensando em reaproveitamento de água, como na praça principal do parque. E, principalmente, por causa da beleza dos mosaicos e das linhas das construções, que permanecem bem vivos na minha memória depois tantos anos. Irmã de uma arquiteta, na época eu só pensava como ela iria adorar ver tudo aquilo, sem dúvida.

    Para visitar, você pode comprar o ingresso para o Parque Güel com áudio num app que você baixa no celular – disponível em 4 idiomas; não tem português. Outra opção da empresa de atividades Get Your Guide é a visita guiada ao Parque Güell com acesso sem fila. Também parceira do Como Viaja, a Civitatis tem um free tour pelo Parque Güell com 1h30 de duração e guia que fala espanhol. Para isso, você precisa já ter o ingresso comprado (€10). Já a visita guiada da Civitatis inclui o preço da entrada e oferece guia em espanhol e inglês.

    Como é o Parque Güell

    Com mais de 17 hectares, o Parque Güell em Barcelona começou a ser construído em 1900, na esteira do grande plano de desenvolvimento urbano da cidade. A obra foi um pedido de Eusebi Güell ao arquiteto Antoni Gaudí, a quem o empresário já havia confiado outros projetos. Nasceu como um parque particular antes de virar, em 1926, atração pública e ponto turístico de Barcelona. Desde 1984, ele faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

    Vista de Barcelona, a partir do parque
    Vista de Barcelona, a partir do parque

    Uma visita completa ao Parque Güel demora até 3 horas. Contudo, esse tempo vai depender do que você pretende ver, já que é fácil gastar uns bons minutos admirando e, claro, fotografando alguns trechos. Portanto, chegue cedo se quiser curtir tudo sem pressa. O parque funciona das 9h30 às 17h30. Mais do que elencar uma a uma as atrações, eu digo o que vale prestar atenção. O modo mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descer nas estações Vallcarca ou Lesseps.

    O que fazer no projeto de Gaudí

    O impacto da visita ao Parque Güell começa logo que você cruza o portão de entrada. A elegância decorativa caracaterística de Gaudí está presente mesmo nas construções de cunho funcional, como a antiga portaria. A partir daí, o que se vê é o uso singular de ferro, pedra, vidro e cerâmica, principalmente. A arquitetura de Gaudí é orgânica porque aproveita as curvas naturais de alguns desses materiais e não cede à rigidez de outros.

    Pare para ver a Sala Hipostila, cujas 86 colunas são responsáveis por conduzir a água da chuva captada da praça acima desse espaço. O volume é armazenado em um tanque subterrâneo. Se acaso estiver cheio, ele transborda o excesso pela boca do dragão da escadaria de acesso. É ali também entre os degraus que está a salamandra feita de cacos de cerâmica, um símbolo do parque.

    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí
    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí

    Do mesmo modo, a Praça da Natureza é outra imagem que representa o Parque Güell. Parte dela fica acima da Sala Hipostila, enquanto a outra surgiu a partir da escavação de uma rocha. O extenso banco ondulado que caracteriza a praça é todo revestido de mosaico, aspecto que marca a obra de Gaudí a partir de desenhos e formas.

    Além de estar em uma posição central no parque, a praça oferece visão panorâmica de Barcelona. Sente-se por alguns instantes e admire natureza, arquitetura e arte em harmonia.

  • Tapas espanholas, tradicionais delícias em miniatura

    Tapas espanholas, tradicionais delícias em miniatura

    Sentar entre amigos, jogar conversa fora e provar, em miniatura, a culinária tradicional ou a alta gastronomia da Espanha: tapear. Frios ou quentes, as tapas espanholas (ou pintxos, assim chamadas no norte do país) são aperitivos preparados de maneira rápida, regados por um bom azeite, normalmente acompanhados por vinho ou cerveja. Portanto, tapa é toda pequena porção de alimento que escolte um trago, segundo a Real Academia da Língua Espanhola.

    tapas espanholas
    Ravioli de camarões com shitakes ao vinho de xerez, no Menys Bar – Foto: Divulgação

    Origem do nome

    Contudo, a origem do nome tapas espanholas é controversa, mas a teoria mais aceita é a de que, num passado distante e poeirento, era costume no país ibérico usar um pratinho com um pedaço de pão, presunto ou qualquer outro alimento para cobrir (tapar) o copo e, assim, evitar que algum inseto ou sujeira caísse dentro da bebida.

    Na Espanha, o conceito é comer e partir para o bar seguinte, para repetir esse ritual, “ir de tapas”, como eles dizem. A iguaria tem até um dia mundial, celebrado em 16 de junho. Em São Paulo, ir de bar em bar só “petiscando” ainda não é um hábito. Porém, as tapas espanholas já ganharam o gosto do paulistano. Uma oportunidade de levar à boca sabores únicos espanhóis, deixando uma pergunta na ponta da língua: vamos de tapas?

    Para conhecer um pouco mais dessa tradição e ver imagens de salivar, assista ao Giro Como Viaja abaixo. E lembre-se de que comer sem beber dá ruim. Portanto, aprendamos como os espanhóis! Se beber, não deixe de pedir algo mais para beliscar.

  • Um passeio pela arte em Madri

    Um passeio pela arte em Madri

    Museo Reina Sofía/Divulgação

    A linha que liga o Museo del Prado, o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museo Reina Sofía tem pouco mais de 1 quilômetros de extensão em Madri. No Prado, os representantes da escola espanhola de pintura, como Diego Velázquez e Francisco de Goya são imperdíveis. É lindo ver As Meninas de Velázquez. Obras-primas de Degas, de Gauguin, de Caravaggio e de El Greco estão no Thyssen. Mas a emoção de estar diante da Guernica de Pablo Picasso, painel exposto no Reina Sofía, é insuperável para mim.

    As três instituições podem ser vistas com o bilhete único Paseo del Arte, que custa 19,20 euros e é vendido nas bilheterias das instituições. Para seguir essa rota, faça download do folheto Madrid para Ti: Museos no site da capital espanhola. Além dos museus do Paseo Del Arte, 18 outros estão no roteiro, com informações para a visitação e mapa de localização.

  • Flamenco além da Andaluzia

    Reprodução

    Flamenco é quase sinônimo de Andaluzia, mas o ritmo pode ser ouvido também em outras partes da Espanha. Vizinha à Andaluzia, a região de Murcia tem eventos tradicionais com o canto flamenco. Os dois ocorrem neste mês. Hoje começou a 51ª edição do mais conhecido deles, o Festival Internacional del Cante de Las Minas. Realizado na cidade de La Unión até 13 de agosto, o evento inclui apresentações de cantores consagrados e um concurso de novos talentos. Há um ano, o festival ganhou um museu para registro de sua história. Funciona o ano todo, de segunda a sexta. No fim do mês, o canto flamenco toma conta do município de Torre Pacheco. De 22 a 28 de agosto, a 32ª edição do Festival de Cante Flamenco de Lo Ferro reúne cantores do sul da Espanha e dançarinos convidados.

  • Viagem em jogo

    Manchester e Barcelona se enfrentam hoje pelo título da UEFA Champions League, com estilos de jogo bem diferentes. Quando o assunto é turismo, a bola rola de forma semelhante ao que ocorre em campo.

    Carlos Sanchez Pereyra/Dreamstime.com

    Barcelona, como seu time, é quase unanimidade, uma das mais belas e interessantes cidades para se visitar no mundo. Difícil adversário a se enfrentar quando se pensa no Park Güell e na Casa Batlló, dois exemplos da genialidade de Antoni Gaudí. O arquiteto por si só, aliás, é motivo suficiente para a viagem até lá. Na cidade, pode-se aprofundar ainda em dois outros grandes artistas: Joan Miró e Pablo Picasso, em visitas à Fundació Miró e ao Museu Picasso. Barcelona, no entanto, não se contenta com a atenção garantida: promove um encantamento no turista.

    A catalã reúne características tão distintas quanto belas, como o Bairro Gótico, com suas vielas, e a Eixample, área do fim do século 19 com ruas caprichosamente desenhadas, num quadriculado preenchido por palacetes modernistas. A impressionante Sagrada Família, hotéis e restaurantes de qualidade, a visão e os sabores do Mediterrâneo, vida cultural intensa. Barcelona parece imbatível.

    De fato, com tudo isso, o favoritismo é praticamente inevitável. Mas, dependendo do tipo de viagem que se busca, a industrial Manchester pode surpreender. Forte na cena do rock inglês, revelou ao mundo Joy Division, The Smiths e Oasis. Tem vibrante vida noturna. Além de night clubs, concentra pubs históricos e modernos. Dá para fazer uma incursão por essas instituições seguindo um dos cinco roteiros criados pela Campaigning for Real Ale (Camra), organização que defende a boa qualidade da cerveja — os percursos estão no site da cidade.

    A história também pode entrar no roteiro em Manchester. Distrito protagonista na Revolução Industrial, Ancoats tem sido revitalizado, com projetos para restaurar fábricas e vilas operárias. O Imperial War Museum North mostra como as guerras afetaram a vida dos britânicos desde 1914. Desenhado pelo arquiteto Daniel Libeskind, o prédio fica na antiga região de docas The Quays, área hoje de cultura e entretenimento. Com essas e outras jogadas, Manchester também faz bonito.

    Uma ponte une as duas cidades. O arquiteto Santiago Calatrava deixou sua marca na inglesa: a Trinity Bridge, projetada pelo catalão, leva ao meio de Manchester. Uma pista de por onde começar a avançar sobre os ingleses?

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