Categoria: Portugal

  • Onde ficar no Porto: hotéis no Centro e em Vila Nova de Gaia

    Onde ficar no Porto: hotéis no Centro e em Vila Nova de Gaia

    Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem procura onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam de carro à cidade, por vezes vindos diretamente de Lisboa ou depois de percorrer outras cidades de Portugal para o turismo pelo caminho. Entre os hotéis do Porto sem vagas para estacionar estão os das áreas com restrição à circulação de veículos, como o Cais da Ribeira e a Rua das Flores.

    Opção a quem está de carro é onde o Douro desagua. Eu fiquei no Vila Foz, hotel no Porto de frente para o mar, a 20 minutos do centro e com estacionamento.

    Nathalia e eu já nos ficamos na Praça da Batalha, área com atrações e passeios da lista do que fazer no Porto, como a Estação São Bento (ricamente decorada por azulejo) e a Rua de Santa Catarina, a principal artéria comercial da capital no Norte de Portugal.

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    Rua de Santa Catarina é opção de onde ficar no Porto – Foto: Daniel Rodrigues Porto CVB

    Interessados na vida noturna, especialmente na Rua Galeria de Paris, devem considerar ficar em hotéis no Porto localizados na Avenida dos Aliados. Não muito distante dela estão cartões-postais da cidade, casos da Torre dos Clérigos e da Livraria Lello, famosa entre fãs de Harry Potter. Em breve, a cidade ganhará uma estação de metrô nessa avenida.

    Dormir feito o vinho que repousa nas tradicionais caves de Vila Nova de Gaia também é possível de uns anos para cá. Na margem oposta do Douro, a cidade vizinha ganhou hotéis requintados, como The Lodge e Hilton. Quase uma extensão do complexo vínico World of Wine, o luxuoso The Yeatman ostenta restaurante Michelin e visual deslumbrante do Porto.

    Ricardo Costa, o estrelado chef do Yeatman, hotel em Vila Nova de Gaia

    Confira nossa lista abaixo e olhe também hotéis no Porto na Booking, parceiro que indicamos quando o assunto é hospedagem.

    Mercure Porto Santa Catarina

    Uma curta caminhada separa o Mercure Porto Santa Catarina de cartões-postais da cidade, como a Torre dos Clérigos e o Cais da Ribeira. Há quartos com cama adicional para viajantes em família. As janelas antirruído garantem tranquilidade mesmo no agitado centro histórico.

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    Legendary Porto Hotel

    O antigo Quality Inn que funcionava ali (e onde nos hospedamos) deu lugar ao Legendary Porto Hotel. Fica na Praça da Batalha, a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas. Neste hotel no Porto os quartos têm decoração minimalista, sem excessos.

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    Ibis Porto Mercado do Bolhão

    Para quem ainda não sabe onde ficar no Porto, mas deseja uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica em um renovado prédio de esquina. A 5 minutos a pé da famosa Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços. É um hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios.

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    O remoçado Mercado do Bolhão é passeio obrigatório – Foto: Nathalia Molina

    Yotel

    Entusiastas da tecnologia e da modernidade vão se sentir em casa no Yotel, que tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs. A decoração segue a linha do menos é mais. E ainda fica coladinho à estação Trindade do metrô, algo a se considerar ao decidir onde ficar no Porto.

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    Tryp Porto Centro

    Da rede Wyndham, o Tryp Porto Centro dispõe de 62 quartos, alguns deles com cama de casal e beliches para crianças. Além do wifi, do bar e do restaurante, o hotel tem como diferencial um serviço de personal trainer virtual. Indicado para quem achar que o sobe e desce pelas ruas do Porto já não é exercício o suficiente.

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    Hotel Miradouro

    Fazendo jus ao nome, o Hotel Miradouro tem um restaurante panorâmico com vista para a cidade. A decoração dos quartos do 10º e do 12º andares remete aos anos 1960, com azulejos e papéis de parede originais. Localizado a cerca de 500 metros da Rua de Santa Catarina.

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    Decanting Porto House

    Em um edifício restaurado da Rua da Alegria, o Decanting Porto House é para quem quer entrar no espírito do vinho. Os quartos e os ambientes comuns reúnem elementos que celebram a bebida-ícone da cidade. Há desde acomodações individuais a unidades com três camas. Perto do Lift, que serve brunch em um charmoso terraço do shopping Via Catarina.

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    Intercontinental Porto Palácio das Cardosas

    Exemplo de onde ficar no Porto com estilo. Antigo convento do século 19, o Palácio das Cardosas é hoje ocupado pelo sofisticadíssimo Intercontinental. Mais um hotel no Porto de frente para a Avenida dos Aliados. Atenta ao bem-estar dos hóspedes, a unidade informa que as obras do metrô podem causar transtornos e barulhos durante os dias de hospedagem.

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    Hotel no Porto, o Intercontinental ocupa o antigo Palácio das Cardosas – Foto Porto CVB

    HF Tuela Porto

    Hotelão business, o HF Tuela fica no bairro da Boavista. Pode servir como base para explorar a cidade turisticamente, já que a estação Casa da Música do metrô está a 10 minutos de caminhada. Pequenos, os quartos da ala sul são mais econômicos.

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    Hotel Universal

    Inaugurado em 1944, o Hotel Universal foi ganhando ares mais modernos sem jamais perder sua principal virtude: a privilegiada localização em plena Avenida dos Aliados, reduto de alguns dos melhores hotéis do Porto. A partir dele é possível visitar atrações como a Torre dos Clérigos, ou a Estação de São Bento. E ainda desfrutar do comércio e serviço do entorno.

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    Avenida dos Aliados concentra muitos hotéis no Porto – Foto: Fernando Victorino

    The Zero Box Lodge

    Pense em curtir uma estada fora da caixa…dentro de uma caixa. É em uma delas que você vai dormir no The Zero Box Lodge. Não há janelas nas unidades, mas tem banheiro privativo. A modernidade inclui um quarto-instalação onde é possível dormir de graça, já que ele fica na entrada do hotel e tem laterais de vidro, que deixam o hóspede em permanente estado de BBB.

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    Torel Avantgarde

    Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um dos exemplos de hotéis do Porto com quartos de frente para o Douro. Acomodação ao estilo boutique, ele tem também suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo.

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    NH Collection Porto Batalha

    Não é raro escolher onde ficar no Porto e o hotel funcionar em um edifício restaurado. Caso do NH Collection Porto, antiga residência de uma família produtora de vinhos e, posteriormente, agência dos correios. Com 107 quartos, tem estacionamento fora do hotel, localizado na Praça da Batalha.

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    Hotel no Porto próximo à Praça da Batalha, NH Collection – Foto: Porto CVB

    Eurostars Aliados

    O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista da Avenida dos Aliados, próximo ao metrô. Tem facilidades como restaurante próprio (aberto de quinta a segunda), spa (acesso por 45 minutos, mediante reserva) e academia de ginástica (aberta 24 horas).

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    Porto Bay Flores

    Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores – via de uso exclusivo de pedestres, ela pode ser acessada excepcionalmente por táxis e carros de transfer. O pátio do jardim é um local de calmaria em meio ao vaivém do centro da cidade. 

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    Casa dos Lóios

    Na mesma Rua das Flores, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a mesma: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária). Há unidades com sacada voltada para a rua.

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    Andar a pé é prioridade na Rua das Flores, no Porto – Foto: Porto CVB

    Pestana Porto

    Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá da Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem 89 quartos em andares batizados com nomes de especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. O hotel funciona em cima da centenária Cafeteria A Brasileira e oferece ainda um pátio francês com jardim vertical.

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    Pestana Vintage

    Mais um dos hotéis do Porto pertencente à tradicional rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. No coração do Cais da Ribeira, ele faz parte do conjunto de 18 edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto. Localização perfeita para quem pensa fazer um passeio de barco pelo Douro.

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    Pestana (em amarelo), hotel no Porto às margens do Douro – Foto: Porto CVB

    Vila Galé Porto Ribeira

    No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à pintura. Dos 67 quartos, apenas 14 têm vista para o Douro. A caminhada até o centro histórico leva uns 30 minutos, mas pode ser feita à beira d’água em parte do trajeto.

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    Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton

    O Sé Catedral Hotel tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. E há unidades conjugadas, para grupos maiores.

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    The White Box Boutique House

    Quem disse que entre os hotéis do Porto só há edifícios seculares? Gente chegada em uma novidade talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.

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    Vila Foz Hotel & Spa

    Alternativa a se pensar na hora de decidir onde ficar no Porto. Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis. Fica em uma região mais tranquila, a 20 minutos do Centro. Leia sobre nossa hospedagem no Vila Foz, hotel no Porto de frente para o mar.

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    Café da manhã do Vila Foz, hotel no Porto – Foto: Fernando Victorino

    The Yeatman

    O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. Membro da associação Relais & Châteaux, seu restaurante é dono de 2 estrelas Michelin. Quartos e suítes remetem ao universo do vinho. E a localização do hotel coloca a seus pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine.

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    Hilton Porto Gaia

    Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão sem graça, impressão que se desfaz logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante. Tem piscina coberta e quartos com terraço para o Douro. 

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    The Lodge Hotel

    The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Nos ambientes comuns e nas acomodações prevalecem os tons pastéis mesclados ao azul, com uso de mármore para tornar tudo ainda mais opulento.

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    The Lodge, em Vila Nova de Gaia: elegância já no lobby – Foto: Fernando Victorino

    Ibis Porto Gaia

    Opção de hotel barato em Vila Nova Gaia. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia é indicado a quem quer gastar menos e confia no padrão da rede Accor. De carro, as caves de vinho do Porto estão a cerca de 15 minutos.

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    Ibis Budget Gaia

    Outra sugestão de hotel em Vila Nova de Gaia, também à beira da estrada, o Ibis Budget Gaia atende àqueles que estão viajando com orçamento mais baixo. Tem um quarto com vista para o encontro do Rio Douro com o mar. Café da manhã opcional.

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    Novotel Porto Gaia

    Completando o trio de hotéis econômicos em Vila Nova de Gaia ao redor da autoestrada, o Novotel Porto Gaia tem quartos com carpete e piso semelhante a madeira. Há um pequeno jardim com piscina e parquinho infantil.

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    Mercure Porto Gaia

    Do outro lado da estrada em relação aos Ibis, o Mercure Porto Gaia está localizado a quase 20 minutos de carro das principais atrações do centro histórico. Seus quartos são um pouco maiores (26m²) e podem acomodar até 3 pessoas em alguns casos. Vizinho ao shopping Arrábida, com opções de compras, cinemas e alimentação.

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    Pestana Palácio do Freixo

    Classificado como Monumento Nacional em 1910, o Palácio do Freixo foi escolhido pela rede portuguesa Pestana para abrigar este hotel, membro da associação de luxo Leading Hotels of the World. Afastado cerca de 15 minutos de carro do centro, tem estacionamento entre as suas comodidades.

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    Palácio do Freixo, casa do hotel Pestana – Foto Porto CVB
  • O que fazer em Lisboa: roteiros de 3, 5 e até 7 dias em Portugal

    O que fazer em Lisboa: roteiros de 3, 5 e até 7 dias em Portugal

    Parece inacreditável que descer vielas, subir em bondes ou visitar mirantes faça parte da lista do que fazer em Lisboa em 3 dias ou mais. Mas o visitante logo saberá ser essa a maneira mais fácil de mapear a cidade surgida entre as 7 colinas que ladeiam o Rio Tejo. O que ver em Lisboa pode estar presente nas paredes das casas, nos pórticos das igrejas, no emaranhado de becos da Alfama ou da Mouraria, no alinhamento perfeito das ruas da Baixa. Em todo canto da capital de Portugal, a história está escrita em pedra, em ferro. Em ruínas, até. Ela encabeça a relação das principais cidades de Portugal para turismo.

    Lisboa é um convite ao livre caminhar, ao flanar sem pressa nem amarras de compromissos. Dependendo então de onde ficar em Lisboa, você vai esbarrar nas principais atrações da cidade, quase sem querer. Tudo muito ao sabor de uma viagem de contemplação, em que cada rua estreita mais lembra um vilarejo do que uma cidade cosmopolita.

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    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Castelo de São Jorge
    Castelo de São Jorge com casas da Alfama abaixo – Foto: Turismo de Lisboa

    Um conjunto básico de atrações integra a 1ª vez de todo viajante na capital portuguesa. Separamos as dicas em roteiros do que fazer em Lisboa em 3, 5 e até 7 dias. Assim, aos debutantes, espaços como o Castelo de São Jorge, o circuito do Belém e mirantes como o de São Pedro de Alcântara figuram entre as visitas obrigatórias. A Easy Travel Shop, empresa brasileira parceira do Como Viaja, vende transfers, ingressos de atrações e tours em Lisboa, divididos em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito, em reais.

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    Roteiro em Lisboa de 3 dias: passeio no Centro – Foto: Turismo de Portugal

    Pontos turísticos de Lisboa

    Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade no caso de estar apenas de passagem, durante 1 dia. É pouco, então você vai ficar com vontade de voltar. Como ficam relativamente próximos, os pontos turísticos de Lisboa mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias vencidas com ajuda do transporte público, especialmente os tradicionais elétricos (como são chamados os bondinhos lá).

    Caso queira agilizar a visita, há um citytour de 4h que passa por muitos dos pontos turísticos de Lisboa citados abaixo. É importante saber que o Lisboa Card inclui a entrada gratuita da Torre de Belém, do Arco da Rua Augusta e do Mosteiro dos Jerônimos. Além disso, dá direito ao uso do transporte público, o que garante uma boa economia. Para um roteiro em Lisboa de 3 dias, existe o cartão de descontos da cidade com uma duração maior.

    Torre de Belém

    Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Torre de Belém foi erguida com o objetivo de proteger Lisboa. Isso porque no século 16 a cidade se tornou o centro de comércio mundial por conta dos descobrimentos. Dos detalhes externos chamam atenção o brasão de armas de Portugal e as inscrições das cruzes da Ordem de Cristo.

    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Torre de Belém
    No roteiro em Lisboa de 3 dias: Torre de Belém – Foto: Turismo de Lisboa

    Mosteiro dos Jerônimos

    Ao ouvir a expressão estilo manuelino (o gótico português), saiba que tem a ver com d. Manuel I, o rei que mandou construir no século 16 este mosteiro na região do Belém. Foi, então, cedido aos monges da ordem dos Jerônimos. Nele estão as sepulturas de dois heróis nacionais: Vasco da Gama, navegador que contornou o Cabo da Boa Esperança, em 1497; e Luís de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa.

    Mosteiro dos Jerônimos, no roteiro de 3 dias em Lisboa
    Jerônimos: joia da arquitetura manuelina – Foto: Turismo de Lisboa

    Castelo de São Jorge

    Erguido no século VII em local estratégico, no ponto mais alto da cidade, o castelo foi ocupado pelos portugueses após a expulsão dos mouros, sob o comando de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Tem-se uma das melhores vistas da cidade do alto das muralhas. É um dos lugares mais bonitos do alto da cidade. Por isso, considere ir até lá mesmo numa viagem menor do que um roteiro de 3 dias em Lisboa.

    Alfama

    Vielas tortas e estreitas conduzem o visitante a uma viagem ao tempo em que ali habitavam os mouros, árabes do norte da África. Sinais dessa presença ainda são encontrados principalmente nas fachadas das casas. Tascas e tabernas do bairro estão entre os lugares mais genuínos para assistir a um show de fado em Lisboa.

    Roteiro em Lisboa de 3 dias: Alfama é opção
    O que fazer em Lisboa em 3 dias: Alfama é a sugestão – Foto: Nathalia Molina

    Praça do Comércio

    Com o Tejo espraiado diante de si, o Terreiro do Paço (nome pelo qual é chamado pelos lisboetas) é ladeado por restaurantes com mesas ao ar livre. Pois, saiba, no fim dessa que é uma das maiores praças da Europa, bem à esquerda de quem olha o rio, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau (ver ingresso aqui). Lá, então, dá para descobrir como o pescado tornou-se símbolo de Portugal. O Terreiro do Paço também consta do itinerário do tour panorâmico por Lisboa.

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    Praça do Comércio diante do Tejo – Foto: Turismo de Portugal

    Arco da Rua Augusta

    Centro comercial mais agitado durante a semana, a Rua Augusta faz parte da região de Lisboa reconstruída depois do terremoto de 1755 e simbolizada pelo Arco da Rua Augusta. Além disso, desde 2013, é possível subir no monumento (grátis com o Lisboa Card) e admirar o Terreiro do Paço e demais vias da chamada Baixa Pombalina.

     

    O que fazer em Lisboa em 2 dias

    Se esse for seu tempo máximo na capital de Portugal, os 6 pontos turísticos listados acima podem compor a agenda. Nossa sugestão: pela manhã, visite as atrações do Belém – e faça uma parada na Pastéis de Belém, famosa por produzir o mais icônico dos doces portugueses típicos. Siga para o Castelo de São Jorge, pois o pôr do sol de lá é lindo.

    Depois, desça calmamente as vielas da Alfama e, quem sabe, conheça um pouco mais da tradição do fado em Lisboa, seja em uma casa de show ou em uma visita ao museu que celebra o ritmo musical marcadamente português. Assim, no dia seguinte, percorra sem pressa a dobradinha Chiado/Bairro Alto, perfeita se você procura onde comer em Lisboa e que concentra ainda lojas e parte expressiva da vida noturna na capital de Portugal.

    Elevador da Santa Justa

    Na cidade de colinas íngremes, o Elevador da Santa Justa conecta a Rua do Ouro (Baixa) com o Largo do Carmo (no Chiado, bairro renascido das cinzas depois de arder em chamas em 1988). Acima funciona um mirante. O charme do passeio, no entanto, está no ascensor com cabines de madeira e detalhes em latão.

    Ruínas do Convento do Carmo

    A estrutura neogótica criada na última década do século 14 foi severamente abalada pelo terremoto de 1755. Sua reconstrução foi interrompida com a extinção das ordens religiosas em Portugal (1834), deixando com que as ruínas virassem um monumento a céu aberto. Há na sacristia um museu arqueológico, que guarda coleção de epigrafia romana, múmias pré-colombianas, entre outras peças recolhidas desde que foi inaugurado, em 1864.

    Rua Garrett

    No passado, os intelectuais de Lisboa flanavam por esta rua do bairro do Chiado. Nela fica a Livraria Bertrand, reconhecida pelo Guinness Book como a mais antiga do mundo (1732). No interior da loja, há um café, com a porta bem na esquina com a Rua Anchieta (aos sábados, essa viela recebe uma feira de livros usados). Destinos de compras, a Rua Garrett abriga o tradicional centro comercial Armazéns do Chiado.

    Café A Brasileira

    Em atividade na Rua Garrett desde 1905, o café em estilo art déco foi criado por um imigrante português que casou com a filha de um grande cafeicultor de Minas Gerais. Ficou famoso, no entanto, porque suas mesas testemunharam discussões literárias, filosóficas e os anseios pela substituição da monarquia pela república, ocorrida em 1910. Você pode não entrar para provar um pica-pau ou um filé ao molho de café, porém tire ao menos a clássica foto com a estátua do poeta Fernando Pessoa, do lado de fora. Para quem for muito fã, há um tour que segue os passos do escritor português por Lisboa.

    Miradouro de São Pedro de Alcântara

    Para chegar a este mirante do Bairro Alto uma opção é tomar o Elevador da Glória, na Praça dos Restauradores. Trata-se de um dos terraços mais lindos da cidade, com o Castelo de São Jorge na linha dos olhos e a Baixa e a Avenida da Liberdade aos pés. Além do belo jardim, tem sombreado para escapar do sol forte e quiosque para matar a sede.

    Miradouro de São Pedro de Alcântara em noite de verão – Foto: Nathalia Molina

    Praça Luís de Camões

    A estátua do escritor é um bom ponto de encontro e de partida para curtir bares e restaurantes esparramados pelo Bairro Alto. A Rua do Norte e as paralelas Diário de Notícias, da Barroca e da Atalaia são cheias de opções para a diversão noturna.

    Praça Luís de Camões, no Chiado – Foto: Turismo de Lisboa

    Museu do Fado

    Aberta em 1998, a instituição conta os cerca de 200 anos de história do fado em Lisboa e em todo o país. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. O museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações do gênero de todas as épocas.

    O que fazer em Lisboa em 3 dias

    Muita gente reserva um período com essa duração para conhecer Lisboa. É tempo suficiente, então, para dedicar 1 dia inteiro à região do Belém, que tem outras atrações além da Torre de Belém e do Mosteiro dos Jerônimos. Uns 3 dias na cidade também é possível percorrer o bairro da Mouraria, vizinho ao Castelo de São Jorge. E conhecer a Sé de Lisboa.

    Padrão dos Descobrimentos

    Em alusão a uma caravela, o monumento diante do Rio Tejo, no bairro do Belém, homenageia os personagens que mudaram a história de Portugal quando o país lançou-se ao mar, a partir da metade do século 15, no chamado período das Grandes Navegações. Então Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1500, está entre as figuras esculpidas em pedra. Tem centro de visitação e terraço de onde se vê uma rosa dos ventos feita em mármore no chão da praça.

    Padrão dos Descobrimentos no roteiro de 3 dias em Lisboa
    Figuras representadas no Padrão dos Descobrimentos – Foto: Nathalia Molina

    Centro Cultural de Belém

    Basta sair do Mosteiro dos Jerônimos e cruzar a Praça do Império para chegar ao Centro Cultural de Belém, onde são realizadas exposições temporárias ligadas a temas que extrapolam as artes plásticas. Além disso, ao longo de 2023, a novidade é a abertura por etapas do Museu de Arte Contemporânea, cujo acervo incorpora obras do antigo Museu Berardo.

    Mouraria

    Bairro popular que completa a chamada zona histórica e medieval da cidade. Há na Mouraria uma mescla de múltiplas culturas de Lisboa, principalmente asiáticos hoje em dia. Algumas fachadas remontam ao período em que os árabes foram predominantes por ali. No futuro, o bairro vai ganhar um funicular, para ligar a Rua dos Lagares ao miradouro em frente à Igreja da Graça.

    Miradouro da Graça

    O mirante perdeu parte de sua vista devido a obras de construção do funicular que vai ligar o bairro da Mouraria à Graça. Atualmente, um pequeno pedaço do terraço ainda permite visão panorâmica de Lisboa. Fato curioso foi a descoberta ali de um sítio arqueológico medieval cuja função era de defesa da cidade.

    Miradouro Senhora do Monte

    Fica a poucos passos do Miradouro da Graça. Ele tem um painel de azulejos que ajuda a identificar outros pontos de Lisboa. O pôr do sol visto lá de cima é um dos mais lindos da capital portuguesa.

    Sé de Lisboa

    Foi erguida após a tomada de Lisboa do domínio mouro. Sua construção, então, teve início em 1147, sendo a igreja mais antiga da capital portuguesa. Um fato interesssante: Santo Antônio é o padroeiro da cidade; quando ainda era chamado de Fernando, ele foi batizado, iniciou seus estudos e fez parte do coro nesta catedral. Na parede de uma escadaria, há um sinal da cruz que, acredita-se, tenha sido desenhado por ele enquanto era criança, como forma de resistir a uma tentação exercida pelo demônio.

     

    O que fazer em Lisboa em 5 dias

    Com um bom planejamento é possível aproveitar as principais atrações listadas antes e acima (no roteiro de 3 dias em Lisboa), fazendo uma troca ou outra pelo que vem abaixo (incluir o Museu do Azulejo, por exemplo). A novidade do roteiro de 5 dias em Lisboa é poder visitar atrações do Parque das Nações, região revitalizada para a Expo 1998. É nessa área que fica o lindo Oceanário.

    Museu Nacional do Azulejo

    Arte surgida por influência árabe na Idade Média, o azulejo decorativo tornou-se símbolo de Portugal. O museu dedicado a essa expressão cultural funciona no antigo convento de Madre de Deus. Nath adorou e diz que vale muito a pena para quem gosta do assunto porque a coleção apresenta painéis que ajudam a entender sua história e a importância na concepção da arquitetura do país.

    O que fazer em Lisboa: Museu do Azulejo
    Azulejo: arte medieval presente até hoje em Portugal – Foto: Nathalia Molina

    Miradouro de Santa Catarina

    Para um fim de tarde de primavera ou verão, este miradouro contempla a foz do Rio Tejo e a Ponte 25 de Abril. Mesas cercam o quiosque que serve imperial (como é chamado o chope em Lisboa). Além disso, a escultura em granito de Adamastor remete à figura mítica e amedrontadora descrita por Camões em Os Lusíadas.

    Rua Cor de Rosa

    Esqueça o nome Nova do Carvalho, pois o asfalto tingido rebatizou essa rua que passou a rivalizar com as do Bairro Alto no quesito diversão noturna. Ela liderou a transformação do Cais do Sodré ao lado do Time Out Market.

    Roteiro em Lisboa pela Rua Cor de Rosa
    Bares da Rua Cor de Rosa ao entardecer – Foto: Nathalia Molina

    Time Out Market

    Em 2014, a revista Time Out ajudou a repensar como o Mercado da Ribeira poderia ganhar novos ares em uma região tão degradada da cidade. Ok, você quer saber o que fazer e não onde comer em Lisboa. Tudo bem, vá dar uma espiadinha lá dentro. Duvido você ir embora sem comer nada dos 26 restaurantes, 8 bares e outros tantos espaços comerciais. Seja num roteiro em Lisboa de 3 dias, menor ou maior que isso, não importa: um dos programas mais gostosos (literalmente) é comer.

    Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passada – Foto: Nathalia Molina

    Elevador da Bica

    Subir e descer ruas em Lisboa é atração, sim. Onde mais as vias são quase rampas de lançamento de tão íngremes? Pois a subida que começa na Rua de São Paulo termina no Largo Calhariz é vencida com mais facilidade a bordo do Elevador da Bica, considerado Monumento Nacional desde 2002.

    Palácio da Ajuda

    De estilo neoclássico, o Palácio da Ajuda abrigou a família real até o fim da monarquia em Portugal (1910). Desde então, os ambientes e a decoração estão preservados, com destaque para móveis, objetos de vidro e de cerâmica, além das coleções de pintura, gravura e fotografia. Estenda sua visita ao Jardim Botânico. De estilo italiano, abriga 1.600 plantas, entre elas, um dragoeiro, árvore de 400 anos nativa da Ilha da Madeira. O palácio abriga também o Museu do Tesouro Real (reserve seu ingresso).

    Palácio Nacional da Ajuda entre as opções do que fazer em Lisboa
    Pátio do Palácio Nacional da Ajuda – Foto: Turismo de Lisboa

    LX Factory

    Velhas fábricas do bairro da Alcântara foram ocupadas e ressignificadas pela economia criativa. O resultado foi o surgimento de um polo alternativo para comer, beber, consumir e compartilhar a cidade fora do eixo mais turístico. A LX Factory pode estar com os dias contados, afinal é grande a especulação imobiliária em Lisboa. Então, conheça antes que seja tarde.  

    Oceanário de Lisboa

    A Exposição Mundial de 1998 mudou a cara do Parque das Nações, localizado bem à esquerda em relação à Praça do Comércio. Por ano, o Oceanário de Lisboa recebe cerca de 1 milhão de visitantes, que se deslumbram com o impressionante aquário central. São cerca de 8 mil criaturas, entre espécies aquáticas e terrestres (ingresso neste link). Se você gosta muito de visitar aquários – ou se você viaja com crianças –, ainda que vá fazer um roteiro em Lisboa de 3 dias, pode ser interessante considerar trocar alguma atração do alto deste texto pelo Oceanário.

    Oceanário: opção até num roteiro de 3 dias em Lisboa – Foto: Pedro Pina/Divulgação

    Teleférico

    Correr as águas do Tejo por cima é o que encanta no passeio do teleférico (telecabine) de Lisboa (compre a entrada aqui). O percurso de 1.230 metros é feito dentro de uma das 40 cabines, com capacidade para 8 passageiros cada. Dura entre 8 e 12 minutos o passeio, a cerca de 30 metros da altura.

    Teleférico e Oceanário (direita) no Parque das Nações – Foto: Turismo de Lisboa

    Pavilhão do Conhecimento

    Ciência e tecnologia estão no centro das exposições do Pavilhão do Conhecimento, que traz ainda exposições temáticas das áreas de Física, Matemática, Química, Biologia e Ciências Sociais. Imersivas e interativas, as atividades estão voltadas às crianças, sobretudo.

     

    O que fazer em Lisboa em 7 dias

    Por um período tão longo dá para pensar em tirar a cidadania portuguesa logo. Até parece, há muito o que ver em Lisboa. Na verdade, um roteiro de 7 dias permite visitar museus e ir a destinos perto da capital portuguesa, num tour a Sintra (com Palácio da Pena), Cascais e Estoril e num passeio a Óbidos, Fátima, Batalha e Nazaré. Ou ainda ter uma experiência diferente dos clássicos pontos turísticos de Lisboa; por exemplo, uma aula de pastel de nata (2h), para aprender a fazer a iguaria portuguesa, ou um passeio de barco no pôr do sol com música e bebida.

    Museu da Marinha

    A relação de Portugal com o mar e seus feitos são revividos neste espaço, com cerca de 23 mil peças. Lá encontra-se o hidroavião usado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho na 1ª travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922. A dupla viajou ao Brasil para as comemorações do centenário da independência, criando assim as bases dos futuros voos ligando os continentes europeu e sul-americano.

    Museu dos Coches

    No prédio construído pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, estão expostos veículos de gala dos séculos 16 ao 19, pertencentes à Casa Real Portuguesa. Além disso, há objetos utilizados nos serviços de transportes do nobres, como lampiões, trompas de caça e roupas de arqueiro da guarda real.

    Quake

    Em 1755, um terremoto de 9 graus na escala Richter sacudiu Lisboa por 10 minutos. Mas deixou marcas na cidade e na memória dos habitantes para sempre. E virou atração turística. O Quake é uma atividade imersiva, que une tecnologia e informação para tratar dessa que é a maior tragédia da história da capital de Portugal (reserve seu ingresso neste link).

    Museu Calouste Gulbenkian

    Com quase 6 mil peças, a coleção pertencia ao empresário armênio que viveu em Lisboa até a sua morte, em 1955. Assim, do acervo fazem parte obras de arte egípcia, greco-romana, a maior coleção de arte portuguesa do século 20 e pinturas de mestres como Rubens, Renoir e Monet. O prédio da fundação, além disso, inclui biblioteca, espaço para apresentações de coro e orquestra, além do belo jardim com cafeteria.

  • Onde comer em Lisboa: 37 restaurantes no Centro e nos bairros

    Onde comer em Lisboa: 37 restaurantes no Centro e nos bairros

    Este é um texto que conta onde comer em Lisboa e também o que saborear na maior das cidades de Portugal para turismo. Cosmopolita desde sempre, ela reúne um leque gastronômico interessante. Há espaço para comida asiática, do Oriente Médio, dos vizinhos europeus e até de outros países lusófonos. São restaurantes no Centro de Lisboa e em bairros próximos, a maioria alcançada pelo metrô. 

    A nossa lista de onde comer em Lisboa segue os mesmos critérios utilizados para elaborar a relação de lugares onde ficar em Lisboa, isto é, se apoiam na experiência própria e na avaliação de outros viajantes. E ainda traz opções de restaurantes para ir antes ou após os programas escolhidos entre o que fazer em Lisboa. Muitos deles estão próximos a estações de metrô ou do elétrico, o clássico bondinho da capital portuguesa.

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    Antes de mais nada, é claro que o bacalhau, a mais conhecida das comidas típicas de Portugal, tem destaque à mesa juntamente com outros produtos do mar. Há também uma infinidade de carnes para comer de garfo e faca ou metidas em pão, todas preparadas à moda das diferentes regiões do país. É para provar Portugal de uma vez. E, se possível, arrematar a refeição com doces portugueses típicos.

    Restaurante em Lisboa no Centro: Casa Portuguesa
    Casa Portuguesa, restaurante em Lisboa no Centro – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Quanto custa para comer em Lisboa

    Existem restaurantes em Lisboa onde é possível comer por até €15 na hora do almoço (segunda a sexta, das 12h às 15h). Muitas são tascas simples, com menu do dia e frequentadas por gente da própria cidade. Costumam lotar porque são pequenas, então chegue cedo ou reserve mesa, quando necessário.

    Em geral, esses estabelecimentos onde comer em Lisboa servem entrada (não estranhe, sopa é comum), prato principal (uma especialidade da casa, em geral), bebida (às vezes) e sobremesa. E, caso o cardápio da ocasião não lhe apeteça, saiba que as opções à la carte não costumam orbitar a estratosfera em matéria de preço. Para saciar a fome da noite, existe sempre a opção de jantar durante um show de fado em Lisboa.

    O alto número de visitantes fez surgir, como praxe em destinos turísticos, péssimas práticas na hora de abordar fregueses dispostos a comer em Lisboa. Então, cuidado com restaurantes de Lisboa do Centro cujos garçons seduzem quem passa pela rua (a Portas de Santo Antão, perto da Avenida da Liberdade, é campeã no quesito).

    Não foram poucos os clientes ‘enredados’ por cardápios só com foto (sem preço), atendentes que decidem pratos e porções de modo despótico e, ao fim da refeição, apresentam a conta com valor muito acima das centenas de euros.

    Restaurantes do centro de Lisboa
    Restaurantes do Centro de Lisboa enchem no verão – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Uma boa ideia é pedir uma entrada e dividir o prato principal com alguém, para provar pratos diferentes e evitar o desperdício. A menos que o restaurante seja de cozinha de autor, as porções costumam satisfazer em situações como a descrita acima.

    A Gaiola

    Os afamados pastéis de bacalhau trazem muita gente (locais, principalmente) para esta casa especializada em comida portuguesa tradicional. A Gaiola ocupa o número 24 da Rua dos Bacalhoeiros. Sem sair do tema, a cerca de 400 metros, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau.

    Basílio

    Se seu hotel não incluir café da manhã na diária, o Basílio (Bacalhoeiros, 111) te salva. Afinal, todo dia é dia de brunch, a qualquer hora. Suco de laranja, iogurte com fruta e granola, panquecas ou ovos à escolha, café ou chá (€16). Serve também almoço e jantar.

    Tasca da Esquina

    Vítor Sobral acrescentou delicadeza à tradicionalmente bruta cozinha portuguesa, mas sem perder a essência. O restaurante envidraçado da Rua Domingos Sequeira é lugar para não se abandonar às pressas. Comece com camarão salteado com malagueta e alecrim (€14,80), avance ao lombo de bacalhau com aioli de açafrão e batatas assadas (€28,50) e conclua com pudim do abade de Priscos (€5,50). Opção de onde comer em Lisboa que funciona de quinta a segunda, mediante reserva.

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    Don Pablo

    Comer e compartilhar, pois eis uma arte incentivada no Don Pablo (Rua Silva Carvalho, 167). Os menus de grupo (mínimo de 8 pessoas) trazem à mesa especialidades da casa, entre elas, salada de polvo, chamuças de frango, croquetes de alheira, ovos mexidos com farinheira e mais (a partir de €25 por pessoa, com bebida não alcoólica incluída). A 500 metros da Casa Fernando Pessoa. Tem menu de almoço durante a semana a €10.

    Solar dos Presuntos

    O grande número de fregueses (vive cheio, faça reserva) rivaliza em número com os retratos de personalidades (muitos brasileiros) nas paredes dos salões. E são vários os cômodos do Solar dos Presuntos, restaurante em que o cabrito assado à moda de Monção (€25,85) e o bacalhau à lagareiro com batatas ao murro e grelos (€29,50) são para ser divididos sem miséria – ainda mais se você pedir de entrada as amêijoas à bulhão pato (€27,50), quase outra refeição. É um dos locais que visitamos já 3 vezes e indicamos a quem procura um restaurante no Centro de Lisboa.

    Solar dos Presuntos, um clássico restaurante em Lisboa
    Solar dos Presuntos, um clássico – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Madame

    Na Rua Braamcamp, perto do Marquês de Pombal (metrô Avenida, 800m). Com uma dupla de empresários franceses à frente, o bistrô serve pizzas ao estilo de Marselha. São 14 tipos, com massa que leva azeite (margherita, €10). Se acaso quiser algo mais substancial, saiba que há pratos do dia com pegada franco-portuguesa (€12) e receitas bem lusitanas, caso da posta mirandesa com batatas fritas e maionese caseira (€18).

    Malandro do Marquês

    Menu de almoço a € 10 inclui pão com manteiga, prato do dia, bebida, sobremesa e café. Receitas como a cachupa refogada, típica de Cabo Verde, terra natal do chef, Ademiro Almeida, dividem o menu com comidas de Angola, de Guiné-Bissau, do Brasil, entre outros países de língua portuguesa. Fica na Rua Camilo Castelo Branco, a poucos passos do Marquês de Pombal.

    Pastelaria 1800

    Aberta em 1857, no Largo do Rato, a casa é famosa pelos croquetes de carne de novilho e pelas empadas de galinha. Por isso, é lugar para se fartar de petisco. Se a fome for maior, peça o menu do dia que vai te fazer desembolsar uns €15 se tanto. O bitoque com ovo à cavalo, fritas e salada está entre os pratos mais pedidos. Metrô do Rato, ali, na cara do gol para te trazer ou levar embora.

    Chão de Pedra

    Apenas 1 minuto separa a estação de metrô do Rato do Chão de Pedra (Rua de São Filipe Neri 18), cujo menu de almoço inclui prato principal do dia, bebida, sopa ou sobremesa (€13). À la carte, há comidinhas de salivar sem dúvida, como a trouxa de bacalhau com farinheira (€9,50), o folhado de galinha com amêndoas torradas e o peito de pato com arroz de café, nozes, purê de nabo e ameixa seca (€11,50).

    Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau

    Tão importante quanto decidir onde comer em Lisboa é saber, de antemão, que pastel e bolinho de bacalhau são uma coisa só. É pela primeira forma que o petisco é chamado no sul de Portugal, enquanto a segunda denominação é usual no norte do país. De qualquer maneira, tudo quer dizer bacalhau, batata, ovo, salsa e azeite. Friturinha que nesta porta da Rua Augusta, 106 (presente em outros endereços em Lisboa) pode vir recheada de queijo Serra da Estrela.

    Restaurante em Lisboa para comer bolinho de bacalhau
    Bolinho do restaurante no Centro de Lisboa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Nadi! Bistro

    Embaixada informal da Geórgia na Rua de São Filipe Neri, no Rato. Khachapuri (€12). Chirbuli (€10). Chakhokhbili (€15). Gozinaki baklava (€6). Não se assuste com os nomes. Afinal, são pratos feitos com produtos familiares a todos nós (queijo, ovos, tomate, manjericão, frango, avelã, nozes etc). Então, Nadi! (vamos comer, em georgiano).

    Bairro do Avillez

    Conhecido dos brasileiros como jurado do reality Mestre do Sabor, José Avillez abriu no Chiado uma casa que são várias. Na Rua Nova Trindade, o Bairro do Avillez reúne então taberna (sabores portugueses), páteo (pescados), pizzaria (serve massas também) e mini bar (bar gastronômico, com menu degustação a €85).

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    Cervejaria Trindade

    Um antigo convento convertido em cervejaria, a mais antiga de Portugal (1836), transformou-se em opção de onde comer em Lisboa. O bife de lombo à Trindade (€25,40) é tradição, principalmente. As opções de mariscadas não ficam atrás nem os croquetes da casa (€2.20), perfeitos para quem só procura petiscar. Faça disso um programa, com pudim de cerveja (€4.95) ou sorvete com redução de cerveja (€3,90). Para beber? Pois há de cervejas industrializadas (Sagres a partir de €2,25) às artesanais (Profana IPA €5,10).

    Adega do Tagarro

    Desde 1977, a Adega do Tagarro serve primordialmente comida portuguesa típica, com peixes frescos exibidos orgulhosamente na vitrine do salão. Pataniscas de bacalhau com arroz de feijão estão entre as especialidades. Na esquina da Rua Luiz Soriano, perto da Praça Luís de Camões, ponto de encontro no Bairro Alto.

    By The Wine

    Com ampla oferta de vinhos (com destaque para os principais produtores portugueses), o cardápio do By The Wine (Rua das Flores, 41) alterna entre petiscos como patacones de atum picante (€17) a refeições de responsa, como o chuletón, com 700g de carne acompanhados de batata assada e maionese caseira (€45). Tem o teto de um de seus salões forrado por garrafas verdes, criando um efeito bacana nas fotos.

    Patacones, do By the Wine – Foto: Nathalia Molina

    Taberna da Rua das Flores

    Pequena. Não faz reservas. Assim, tem lista de espera só quando começa a encher (depois das 18 horas, segundo eles próprios). Lugar para comer Vieirinhas na brasa (€12), coelho à piri-piri com chips e salada (€13), meia desfeita de bacalhau (€9,50). Use o metrô Baixa-Chiado para alcançar o lugar.

    Pastelaria do Bairro Alto Hotel

    Pertence ao hotel, mas tem uma porta voltada para a Rua do Alecrim e aberta sempre a partir das 10 da manhã. O pastel de nata (€1,50) encabeça a lista que inclui torta de frango em vinha d´alhos (€3,50) e donut de chocolate negro e flor de sal (€3). Para comer enquanto se admira a Praça Luís de Camões.

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    Cantina das Freiras

    Nome informal para o restaurante da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina. Se não for por birra religiosa, suba ao terraço onde se almoça barato e com visão panorâmica do Tejo. O menu muda diariamente. Nele constam entrada (sopa), prato principal (peru guisado com cenoura, ervilhas e massa farfalle, por exemplo) e sobremesa (fruta ou doce). Endereço: Travessa do Ferragial, 1, um dos mais escondidos do Chiado. E um dos locais mais em conta onde comer em Lisboa.

    Bota Alta

    Bacalhau Real ou bife recheado. Desde 1976, o Bota Alta orgulha-se do que é preparado à luz da cozinha portuguesa básica, do dia a dia. Há quem diga que, se pedir algo de entrada, basta 1 prato principal para 2 pessoas (€23,50). Na Travessa da Queimada, perto do Miradouro de São Pedro de Alcântara.

    Jac Brunch & Concept Store

    Um pouco para cima do Miradouro de São Pedro de Alcântara, o Jac Brunch é para quem valoriza a primeira refeição do dia. Dessa maneira, o menu traz opções como o Benedict, com ovos escalfados, muffins caseiros, bacon, salada fresca e molho holandês (€8,90). Para beber, há de café expresso (€1,20) a mimosa (€4,20).

    Fidalgo

    Neste wine bar e restaurante do Bairro Alto há pratos clássicos (bacalhau à lagareiro com batatas ao murro, €19,50), tábuas de queijos e/ou embutidos para compartilhar (€18 a €39) e tapas para ‘picar’ de pouquinho (bolinhos de bacalhau, 2 unidades, €2,80). É provável que você só deixe o lugar quando estiver satisfeito.

    Amorino

    Quando o verão dá as caras e ‘Portugal fica a arder’ (pense na frase dita com sotaque), é provável que só um sorvete salve a pátria. Na Rua Garrett, ícone do Chiado, a Amorino se reinventa com sabores como chocolate branco com pimenta preta ou versões sazonais, caso de laranja sanguínea e gengibre. Em vez de bola, a massa gelada chega em formato de rosa nas casquinha. Tem unidade também na Rua Augusta.

    As Salgadeiras

    O forno da antiga padaria virou adega. As paredes de pedra e os arcos originais foram preservados como parte da estrutura do salão. Alheiras de Chaves com ovos mexidos a pratos como a trilogia de bacalhau (3 versões do pescado para 2 pessoas) são opções da casa, que tem ainda menu com entrada, 2 pratos principais, sobremesa e bebida. É fácil achar o restaurante, pois fica na Rua das Salgadeiras, 18. Dica: na paralela Rua do Loreto tem uma Manteigaria Lisboa, doce opção de onde comer em Lisboa.

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    Tantura

    Um mundo além do falafel. De alma mediterrânea, o Tanura apresenta receitas clássicas da cozinha israelense, como o Shakshuka: ovos estrelados com carne ou vegetais picados (versão vegetariana). Tem menu especial que muda a cada dia (confira com o garçom). Serve brunch aos fins de semana. A saber: o restaurante da Rua do Trombeta está a 400 metros do funicular da Bica, que liga o Bairro Alto ao Cais do Sodré.

    Fragoleto

    Manuela Carabina assina estes sorvetes artesanais 100% portugueses e orgânicos, primordialmente sem glúten e sem lactose. Mediterrânicos (alfarroba e avelã com amendoim e figo), tangerina, melancia, cereja e morango. A lista é grande e tem para comer no copinho, na casquinha ou em forma de picolé (figo da Índia, entre outros). Na Rua do Comércio, 15. Funciona de fevereiro a novembro.

    Estrela de Ouro

    O nome informal, Tasca do Cardoso, torna este lugar menos impessoal do que o letreiro exibe na fachada de número 22 da Rua da Graça. Rabiscado à mão, o cardápio do restaurante no Centro de Lisboa dá a ideia do quão raiz são o lugar e os pratos servidos, como o bife à moda do Cardoso para 2 pessoas (€19,80). Coma antes ou logo depois de visitar o Miradouro da Graça, a 700 metros do restaurante no Centro de Lisboa.

    Velho Macedo

    Restaurante para provar a cozinha típica portuguesa, isto é, do bacalhau ao cabrito. O Velho Macedo fica na inclinada Rua da Madalena. Ali perto (Mercado Chão do Loureiro) há a opção de subir o elevador gratuito que deixa menos cansativa a tarefa de chegar ao Castelo de São Jorge.

    As Bifanas do Afonso

    Para quem ama carne de porco, as bifanas são um prato cheio. Ou melhor, um pão crocante forrado com pedaços cozidos lentamente. Tem a versão simples (€2,70) e com queijo (€3,80). Mínimo, o balcão do restaurante em Lisboa no Centro mal dá conta de tantos fregueses. Então a Rua da Madalena vira salão improvisado, cheio de gente segurando sanduba em uma mão e cerveja na outra (ok, pode ser refrigerante).

    Zé dos Cornos

    Restaurante pequeno, tradicional, de decoração simples. Do que arde à grelha, o entrecosto acompanhado de arroz de feijão recebe elogios. Fica no bairro da Mouraria (Rua dos Surradores, 3), a uns 300 metros do mural Fado Vadio, grafite que faz sucesso em postagens nas redes sociais.

    Maçã Verde

    Afastado da Lisboa plenamente turística, o Maçã Verde remete ao almoço na casa da vovó. Baixelas opacas pelo tempo são cobertas por comida simples, porém elogiada por locais e visitantes. Em junho é tempo de sardinhas grelhadas. O restaurante da Alfama está na Rua dos Caminhos de Ferro, no ponto médio entre a Praça do Comércio e o Museu Nacional do Azulejo.

    O Churrasco

    “O melhor frango de Lisboa e provavelmente o melhor do mundo.” O Churrasco afirma isso com muita fé no taco (espeto, melhor dizendo). Ainda mais por estar na Portas de Santo Antão, rua de alguns enganos à mesa. As carnes grelhadas no carvão são a especialidade do restaurante. Mas há espaço também para lampreia, bacalhau e camarões. Aberto todos os dias.

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    Casa do Alentejo

    A maior região de Portugal possui um centro cultural na Rua Portas de Santo Antão. Na Casa do Alentejo coabitam um restaurante mais solene e uma descontraída taberna. O primeiro é para degustar a clássica carne de porco à alentejana com amêijoas e batatas fritas (€15,50); beliscar de pouquinho em pouquinho já é a regra na tasca, onde há de pastel de bacalhau (€1) a amêijoas à bulhão pato (€10), o prato mais caro do enxuto menu.

    Tasco Force

    No Alvalade, um quintal minúsculo com não mais que 20 mesas abriga este restaurante que oferece menu de almoço com sopa, prato principal (3 opções: carne, peixe e vegetariano), bebida e café. De quarta a sábado, o happy hour (17h às 19h) tem imperial (o chopinho lisboeta) a €1. Considere ir de metrô, já que o Tasco Force fica a 250 metros da estação Alvalade.

    Petisco Saloio

    Autêntica tasca portuguesa, pois valoriza todo produto possível: o rabo de boi vira recheio de empada servida com salada (€10,80) e a bochecha de porco pode ser gratinada com batata doce e queijo da ilha (€9,50). Ocupa a portinha 38 na Avenida Barbosa du Bocage, a 300 metros da estação Campo Pequeno.

    O Frade

    Dono da distinção Bib Gourmand (bom custo-benefício) no Guia Michelin, o restaurante O Frade foca na cozinha alentejana. Assim sendo, arroz de pato à Frade, rabo de boi estufado com legumes (indicado em dias frios) e outras receitas da maior região portuguesa são servidas no número 14 da Calçada da Ajuda (a 120 metros da parada Belém do elétrico) e na unidade dentro do Time Out Market.

    Tosco

    O nome assusta, mas é um restaurante que se assume “de cozinha portuguesa sofisticada, porém a preço bastante acessível”. O menu com prato do dia sai a €10. O Tosco está na Rua da Alcântara, 14. Chega-se a pé na alternativa LX Factory, localizada a 600 metros do restaurante.

    Time Out Market

    A publicação Time Out assumiu as rédeas da repaginação do tradicional Mercado da Ribeira, ocorrida em 2014. O resultado são 26 restaurantes, 8 bares e ainda bancas de produtos frescos, todos responsáveis por transformar o espaço em uma meca turística para visitar e, sobretudo, comer e beber. Ainda que sua estada em Lisboa dure 30 dias, você não dará conta de experimentar todos os boxes.

    Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passadinha – Foto: Nathalia Molina
  • Fado em Lisboa: casas de show e museu da música de Portugal

    Fado em Lisboa: casas de show e museu da música de Portugal

    Ritmo tipicamente português, o fado em Lisboa surgiu no início do século 19, dentro de tabernas boêmias. Passou a ser ouvido também pela aristocracia local na metade dos anos 1800, tornando-se a partir daí um símbolo nacional e sendo adicionado à lista de patrimônio cultural da Unesco em 2011. Uma das principais cidades de Portugal para turismo, Lisboa é reconhecida como a capital do fado, com casas de show e um museu dedicado ao gênero musical.

    Se esta for sua primeira vez na cidade, saiba que há um tour noturno pela capital portuguesa com jantar e espetáculo de fado. Em português, a atividade percorre alguns pontos turísticos, desfruta da culinária local e encerra a noite ao som de clássicos da canção lusitana. Para opções de hotéis, veja nossa lista com sugestões de onde ficar em Lisboa, com boa localização e custo-benefício.

    Caso o inglês não seja uma barreira para você, existe um free tour do fado por Lisboa – há ainda uma versão em espanhol do passeio gratuito sobre o ritmo na cidade.

    Taberna com fado na Alfama
    Taberna anuncia show de fado à noite – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Museu do fado, no bairro da Alfama

    De passado conectado ao domínio muçulmano, a Alfama é um dos lugares para ver espetáculos de fado juntamente com a Mouraria, onde o estilo foi entoado pela primeira vez por Maria Severa, cantora de sangue cigano que levou o ritmo das tabernas para as ruas do bairro medieval. Na mesma Mouraria, em 2013, foi inaugurada a Casa da Severa, um polo de divulgação e exaltação do fado instalado no lugar considerado a residência dessa pioneira do estilo musical.

    Espetáculo de fado em Lisboa
    Músicos fadistas durante apresentação – Foto: Turismo de Lisboa

    Esse espaço cultural surgiu com o apoio do Museu do Fado (€5), que desde 1998 conta os cerca de 200 anos de história do gênero. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h, o museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações de fado de todas as épocas. Fica no Largo do Chafariz de Dentro, 1. A estação de metrô Santa Apolônia está a cerca de 500 metros.

    Outro modo de reviver as origens do fado é fazer o tour do fado por Lisboa que inclui espetáculo com um aperitivo. O trajeto contempla uma visita aos bairros da Alfama e da Mouraria, na companhia de um guia fadista em português, enquanto petiscos tradicionais e vinho são saboreados.

    Tour a pé com visita à Casa Amália Rodrigues

    Expressão da cultura portuguesa, o fado ganhou dimensão internacional com Amália Rodrigues. Na voz da artista, canções como Foi Deus viraram grandes sucessos. “Não sei, não sabe ninguém. Porque canto o fado neste tom magoado de dor e de pranto.” A letra de Alberto Janes resume o espírito melancólico e triste que predomina no gênero musical, com raras aberturas à sátira e à alegria. Em geral, a saudade e o fatalismo são embalados pelas cordas da guitarra portuguesa e violas do fado.

    A pedido da cantora, a residência onde viveu por 44 anos converteu-se na Casa Amália Rodrigues. O museu compartilha com os visitantes a intimidade da grande estrela da música portuguesa; a visita (€7) precisa ser agendada. A casa é o ponto final de um tour sobre a Amália Rodrigues, com guia em português, pelas ruas de Lisboa. Com duração de 3h30, o passeio pode incluir a visita ao interior da residência da artista, localizada no encontro entre os bairros Campo de Ourique e Estrela.

    Amália Rodrigues, mais famosa cantora de fado de Portugal
    Amália: o rosto do fado – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Restaurantes e casas de show de fado em Lisboa

    As casas de show de fado em Lisboa já viram surgir talentos como Mariza, Carminho, Camané e António Zambujo, entre outros. Abaixo você encontra uma lista de lugares, incluindo tabernas e restaurantes da Alfama, da Mouraria e até do Bairro Alto, tradicional reduto da noite lisboeta que vai além do ritmo português. Existe a possibilidade de você assistir apenas a uma apresentação ou combiná-la com um jantar típico.

    Mesa de Frades

    Para uma experiência mais imersiva, uma visita ao Museu do Fado pode ser seguida de um jantar com espetáculo do ritmo no Mesa de Frades. A apenas 3 minutos de caminhada a partir do centro cultural, o restaurante ocupa o que já foi uma antiga capela, cujas paredes são revestidas com azulejos do século 18. O jantar inclui entrada, prato principal, sobremesa e bebidas. No cardápio, estão receitas que fazem parte das comidas típicas de Portugal. Fadistas novos e vozes consagradas se alternam em apresentações, em uma atividade com 6 horas de duração no total.

    Associação do Fado Casto

    Outra opção é o jantar e show de fado na Associação do Fado Casto, que funciona em um antigo palácio na encosta do Castelo de São Jorge (compre ingresso sem fila para o castelo). O show, de pouco mais de 1 hora, começa após a refeição, em que são servidas especialidades da cozinha portuguesa.

    Fado in Chiado

    Quem prefere ver apenas os músicos em ação pode assistir ao espetáculo no bairro do Chiado. Com 50 minutos, o show é realizado no Fado in Chiado, sala de concertos criada há 11 anos para apresentar o ritmo musical que exprime Portugal.

    Casa de show de fado em Lisboa: A Baiúca
    A Baiúca, na Alfama – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Casa de Linhares

    Neste palacete do século 18, há a opção de ver apenas o show ou também comer, de entradinhas a menu completo.

    A Baiúca

    O canto na tradicional taberna da Alfama corre por entre as mesas do diminuto salão iluminado por velas, como convém sempre que um fadista está em ação.

    Parreirinha da Alfama

    A Parreirinha nasceu das mãos da fadista Argentina Santos. Vozes de diferentes gerações se revezam nos shows, acompanhados de jantar.

    Clube do Fado

    É um mergulho no passado a visita ao Clube do Fado, sob as bênçãos da Sé de Lisboa. O show é cortesia da casa, para quem janta por lá.

    Maria da Mouraria

    No cantar de Hélder Moutinho há notas herdadas pelo fado da musicalidade moura, que empresta nome ao bairro. E o bairro repassa à casa.

    Adega Machado

    Ícones, Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro têm estreita ligação com a Adega Machado, inaugurada em 1937. Tem jantar combinado com show.

    Casa de show de fado em Lisboa
    Café Luso, no Bairro Alto – Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Café Luso

    O Café Luso soma 92 anos unindo fado a clássicos da cozinha portuguesa na Travessa da Queimada. Para jantar ou petiscar no intervalo das apresentações.

    A Severa

    Intitulada a casa de fados mais antiga de Lisboa (1955), A Severa faz jus ao nome e exige consumação mínima para quem quer ver o espetáculo.

    Tasca do Chico

    Vozes contemporâneas, Mariza e Cuca Roseta ainda dão as caras na Tasca do Chico, salão do Bairro Alto para petiscar e escutar do fado tradicional ao vadio (cantado por amadores).

    O Faia

    Aberto em 1947 (e com fado todas as noites do Bairro Alto), O Faia promove shows com jantar, de menu fechado, com entrada, prato principal e sobremesa.

  • Onde ficar em Lisboa: hotéis no Centro e nos principais bairros

    Onde ficar em Lisboa: hotéis no Centro e nos principais bairros

    À primeira vista, parece fácil achar onde ficar na capital portuguesa. Afinal, são muitos os hotéis em Lisboa no Centro e nos principais bairros turísticos. Por trás da oferta farta, no entanto, é preciso estar atento a detalhes na hora de reservar sua hospedagem. O principal deles tem a ver com as características do destino, uma das mais relevantes cidades de Portugal para turismo.

    Mesmo reconstruída após o terremoto que a sacudiu em 1755, Lisboa é uma cidade de edificações velhas, algumas convertidas em meios de hospedagem. Às vezes, sem elevador ou com cabine para subir 2 pessoas no máximo por vez. Instalados em ruas estreitas, há hotéis no Centro de Lisboa que são alcançados pelo barulho do dia a dia. Do bonde. De gente. E da janela do quarto tanto é possível ver o varal de roupas estendidas da casa vizinha quanto sentir o cheiro do almoço sendo preparado. O nome disso é vida urbana. Na região central, você está perto das muitas sugestões da nossa publicação sobre o que fazer em Lisboa.

    Para pagar menos de €100 de diária, o caminho é se afastar dos hotéis em Lisboa no centro. O Parque das Nações e o bairro de Avenidas Novas surpreendem com boas acomodações a preços razoáveis. No entanto, mesmo no miolo dos bairros, perto das atrações turísticas, é possível encontrar bom custo-benefício. Como faço sempre nas nossas sugestões de hospedagem, fui atrás de opções bem localizadas e com avaliações positivas de viajantes em sites de reserva. Segue lendo que abaixo tem uma lista completa.

    Você também pode (e deve) procurar hotéis de luxo em datas alternativas. Por exemplo, o Dom Pedro Lisboa – onde já fiquei e o café da manhã é excelente, como conto no texto sobre a minha hospedagem no Dom Pedro – podia ser encontrado a cerca de €150 em agosto. Se dinheiro não for problema, a clássica área de hotéis de luxo em Lisboa é a Avenida da Liberdade, com alternativas mais caras e tradicionais, como o Tivoli Avenida Liberdade e o Hotel Avenida Palace.

    No Chiado, não adianta chiar que os hotéis-boutique são caros. Boa parte está instalada em edifícios históricos do século 18, restaurados e adaptados para oferecer infraestrutura do terceiro milênio. As diárias são mais altas também porque eles ficam perto da diversão noturna e de lojas, cafés e restaurantes – ah, veja nossa extensa lista de comidas típicas de Portugal para abrir seu apetite com as iguarias locais.

    Café da manhã de hotel de luxo em Lisboa: Palácio Ludovice
    Delicioso café da manhã do Palácio Ludovice

    Por tradição, os bares e as discotecas são mais abundantes no vizinho Bairro Alto, que por outro lado tem baixa oferta de lugares para dormir. Ainda assim, é possível se deparar com algumas opções. A Nath experimentou e adorou a hospedagem no Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, charmoso hotel temático para quem gosta de vinho em Portugal, com ótimo café da manhã.

    Hotéis da Baixa Pombalina são mais caros, mas representam economia de tempo e deslocamento, já que é a região mais comercial e turística da capital portuguesa. Hospedagem na Alfama e na Mouraria não é o forte do lado medieval da cidade, embora haja agradáveis surpresas com boa relação custo-benefício. Esse pedaço é indicado para ver fado em Lisboa.

    Confira nossa lista abaixo e olhe também hotéis em Lisboa na Booking, parceiro que indicamos quando o assunto é hospedagem.

    Turim Restauradores Hotel

    Reformado em 2010, o antigo prédio manteve o traçado original. O elevador da Graça passa rente ao Turim Restauradores Hotel, que tem 97 quartos. As unidades mais altas permitem enxergar o Castelo de São Jorge no horizonte. O bar e o restaurante de pegada italiana completam a infraestrutura.

    Hotel Portuense

    Com quartos para 1, 2 ou até 3 pessoas, o espartano Hotel Portuense fica na Rua Portas de Santo Antão, paralela à Avenida Liberdade, e onde está um restaurante clássico da cidade, o Solar dos Presuntos, uma das nossas indicações de onde comer em Lisboa. Resolve-se tudo a pé (comer, beber, passear), inclusive pegar o mítico elétrico 28, cujo ponto inicial está a 650 metros, na Praça Martim Moniz.

    Hotel Lisboa Plaza

    Na Travessa do Salitre, acessível a partir da Avenida da Liberdade, o Hotel Lisboa Plaza tem 94 quartos e 12 suítes, algumas com carpete. Serve tanto a quem está em dupla ou em família pela cidade. Tem terraço para curtir o entardecer, academia e está a 10 minutos do Jardim Botânico de Lisboa.

    Turim Boulevard Hotel

    Na nobre zona hoteleira lisboeta, a Avenida da Liberdade, o Turim Boulevard Hotel desfruta do ar parisiense que esse pedaço da cidade ostenta. Ao todo, os 101 apartamentos esbanjam elegância na decoração em tons pastéis. Há uma pequena piscina no terraço. O metrô Liberdade fica em frente ao hotel e o Jardim Botânico de Lisboa demanda 15 minutos de caminhada.

    Dom Carlos Liberty

    Com 4 categorias para seus 59 quartos (alguns com varanda), o Dom Carlos Liberty tem academia de ginástica no 8º e último andar do prédio. Está próximo da estação Marquês de Pombal do metrô e a poucos passos do trio Cartier, Bulgari e Versace, templos do consumo de luxo.

    Ibis Lisboa Liberdade

    Com quartos renovados, o Ibis Lisboa Liberdade apresenta bom custo-benefício. Pertinho do Centro, ele é um veterano da Rua Barata Salgueiro. Ao deixar o hotel, desça para pegar o metrô na Avenida Liberdade. Na volta, desembarque na estação Rato e caminhe 500 metros da ladeira. Evite gastar panturrilhas à toa.

    Inspira Liberdade Boutique Hotel

    O Inspira Liberdade Boutique Hotel se orgulha de estar longe da vida noturna e se autodeclara o primeiro hotel sustentável de Lisboa. Cada uma com estilo próprio, as suítes foram pensadas para proporcionar uma hospedagem holística – a mais luxuosa delas é um verdadeiro spa particular. O restaurante do hotel tem a cozinha à parte para armazenar e produzir refeições sem glúten.

    Ibis Styles Marquês de Pombal

    O belo Parque Eduardo VII serve de quintal a quem se hospeda em família no Ibis Styles Marquês de Pombal. Aberto em 2019, o hotel é novo se levarmos em conta os quase 2 anos de baixo movimento devido à pandemia. Minha sogra ficou hospedada lá na viagem que fez no 1º semestre de 2023 e gostou muito da localização e do café da manhã.

    Ibis Styles Lisboa Liberdade

    É o padrão de acomodação e atendimento desta bandeira da Rede Accor em uma localização excelente na capital de Portugal, com estação do metrô a 5 minutos. Na avenida onde está o Ibis Styles Lisboa Liberdade há dois mercados, na medida para quem quiser economizar em parte das refeições diárias.    

    Lumen Hotel & Lisbon Show Light

    Novinho, o hotel foi aberto em 2021, tem diariamente um show de luzes para os hóspedes, no jardim interno. Seguindo a linha de cores e luzes em referência à luminosidade de Lisboa, o Lumen Hotel é bem modernoso e hi-tech. Os quartos têm uma série de comandos nos interruptores do quarto, tomadas USB e tablet. As camas são bem largas e confortáveis. De maio a outubro, abre a piscina do rooftop. O restaurante oferece um ótimo buffet no café da manhã, farto e diversificado. A Nath já ficou hospedada lá e aprovou a estrutura confortável e as refeições, com variedade também no buffet de almoço.

    Ibis Lisboa Saldanha

    Afastado do centro histórico, mas com transporte público por perto para chegar até lá. O Ibis Lisboa Saldanha cai bem para quem está viajando em duplas, pois tem opção de quarto com camas separadas ou de casal. O Museu Calouste Gulbenkian está a 1,5 km do hotel.

    Eurostars Lisboa Parque

    Com 83 quartos, o Eurostars Lisboa Parque atrai quem valoriza ter academia no hotel ou topa andar de metrô para cima e para baixo (o que faz todo sentido em Lisboa). O ônibus que leva ao Outlet em Lisboa, o Freeport Fashion sai diariamente da Praça Marquês de Pombal, a 500 metros do hotel.

    Dom Pedro Lisboa

    Hotel 5 estrelas das estrelas que tocam no Rock in Rio local, o Dom Pedro Lisboa tem quartos de decoração clássica. Há piscina, spa, academia e um restaurante de menu italiano. Em frente ao shopping Amoreiras, um dos maiores de Lisboa. O café da manhã é variado e delicioso; não deixe de provar a versão do pastel de Belém.

    Hotel de luxo em Lisboa: Dom Pedro
    Hotel de luxo em Lisboa: Dom Pedro

    Lutecia Smart Design Hotel

    Afastado do burburinho turístico (o que torna mais barato), o Lutecia Smart Design Hotel é composto por 8 pisos temáticos (Kiss, Disco e por aí vai). Com um total de 175 acomodações, há tanto suítes mais ‘caretinhas’ quanto quartos pensados para explorar os sentidos dos hóspedes. Perto do metrô e da Casa Piriquita, especializada em doces típicos portugueses.

    LX History Hotel

    Para o viajante solo, para quem vai a Lisboa em dupla e em família de até 5 pessoas. Entre as estações Anjos e Intendente do metrô, o LX History Hotel é acomodação do tipo econômica e sem elevador. Pontos turísticos como o Castelo de São Jorge, o Miradouro da Graça e os bairros da Mouraria e Alfama podem ser explorados a pé a partir do hotel.

    Turim Iberia Hotel

    Fica no bairro de Avenidas Novas, a 5 minutos da estação Campo Pequeno do metrô de Lisboa. O Turim Iberia Hotel tem 86 quartos clássicos com decoração sóbria e moderna. Próximo ao Museu Calouste Gulbenkian e do shopping El Corte Inglês.

    Hotel Lis Baixa

    O Hotel Lis Baixa tem quartos pequenos, pois está instalado em um antigo edifício do centro histórico. Conta a seu favor a localização, próxima a cartões-postais de Lisboa, como a Catedral da Sé (600m) e o Castelo de São Jorge (800m) e o Miradouro de Santa Luzia (900m). 

    My Story Lisbon Tejo

    A reforma aplicada em 2017 ao edifício do século 19 emprestou ao My Story Lisbon Tejo design interno contemporâneo à construção de estilo pombalino. Seus 135 quartos têm capacidade para acomodar entre 2 e 4 pessoas. Fica colado à Praça da Figueira, onde se toma o elétrico 28 para descobrir Lisboa.

    Hotel LX Rossio

    Com quartos bem sem frescura, altamente funcionais, o Hotel LX Rossio é para quem quer ficar no buxixo do Chiado, bairro de lojas, cafés e restaurantes. Tudo ao redor fica tão perto que essa acomodação é ideal para sair cedo da cama e só voltar tarde da noite, depois de explorar cada canto da cidade.

    Centro de Lisboa, , uma localização prática para se hospedar
    Hotel no Centro de Lisboa: localização prática

    Lisboa Carmo Hotel

    A cerca de 300 metros da clássica Rua Garrett, o Lisboa Carmo Hotel é muito bem avaliado pela localização (estação ferroviária do Rossio, 5 minutos) e por manter impecáveis quartos e ambientes comuns de mais um edifício histórico desse bairro. Isso tem um preço. Não é pouco nem inclui café da manhã.

    Hotel Convento do Salvador

    O elétrico 28 passa diante do Hotel Convento do Salvador, fruto da restauração de um prédio ocupado por freiras no passado. Ao todo, são 34 quartos e 9 suítes. Fica na Alfama, bairro medieval lisboeta, próximo (perto mesmo) aos miradouros de Santa Luzia e Santo Estêvão, do Museu do Fado e do Castelo de São Jorge.

    Pousada Alfama

    Hotel novo do grupo português Pestana, a Pousada Alfama oferece 43 quartos, divididos em 7 categorias e todos com janela anti ruído (lembre-se, você está em uma zona altamente turística). Além de um bar de coquetéis (Manifesto), tem um terraço para saborear o que der vontade, com o Tejo ao alcance dos olhos.

    Palácio Ludovice Wine Experience Hotel

    Aqui tudo remete ao vinho. A diária do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel inclui uma degustação comandada pela sommelière. Ela também dá sugestões do que harmonizar com os pratos do restaurante, instalado no vão central do prédio histórico no Bairro Alto. Possui 61 quartos, e o elevador e o carpete dos andares têm vinhas estampadas. As amenities nos banheiros são da francesa Caudalie, com produtos à base de uvas. A vinoterapia também está presente no spa do hotel e na unidade da marca de cosméticos, com porta para a rua. Ambos são abertos ao público, assim como uma loja com rótulos de Portugal, em especial de vinho do Porto. Nath, adorou o hotel, com destaque para a máscara no spa e o café da manhã excelente. Fica bem em frente ao Miradouro de São Pedro de Alcântara.

    Nau Palácio do Governador

    A casa do antigo Governador da Torre de Belém virou este hotel 5 estrelas com piscinas adulta e infantil. Os 60 quartos do Nau Palácio do Governador são diferentes entre si, mas todos decorados de maneira sóbria. Nos salões comuns os azulejos são originais do século 17. Todos o circuito histórico de Belém está a uma curta distância.

    Ibis Lisboa Parque das Nações

    Hotel mais barato porque, para começar, está a 30 minutos do centro histórico de Lisboa. O Ibis Lisboa Parque das Nações está mais perto de atrações como o Oceanário e o teleférico. Quartos dos andares mais altos oferecem vistas do Tejo.

    Ibis José Malhoa

    Fora do eixo hoteleiro turístico, mas a 10 minutos a pé do metrô (Praça de Espanha), o Ibis José Malhoa está bom para quem quer hospedagem por volta de € 100 e se basta em um hotel de rede, com quartos espartanos e serviço básico. Localizado a 9 minutos do aeroporto de Lisboa.

  • Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

    Quais são as principais cidades de Portugal para turismo? De bate pronto, a maioria talvez responda Lisboa, esprema a memória para lembrar do Porto e então já engasgue bastante para nomear um terceiro destino. Natural, afinal de contas a nossa lembrança é muito povoada pela capital do país e pelo vinho do Porto, que virou uma espécie de embaixador da cidade às margens do Rio Douro.

    Porto, no norte, entre as principais cidades de Portugal
    No Porto, casario e o vinho mais famoso do país – Foto: Divulgação

    Para um terceiro posto, arrisco dizer que alguém seja capaz de lembrar de onde veio a própria família. Eu tenho raízes em Seixo Amarelo, próximo à cidade da Guarda, no Centro de Portugal, abraçada à da Serra da Estrela. Assim como o vilarejo em que nasceu o meu avô, Portugal é cheio de vilas diminutas e cidades pequenas.

    Graciosas, todas compõem um mosaico cultural de um país de passado romano, muçulmano e cristão. Estão conectadas por uma rede de caminhos a serem percorridos sem pressa. De Lisboa ao Porto, por exemplo, a viagem pode ser feita explorando destinos menores como a cidade murada de Óbidos ou parando em cidades maiores como Coimbra.

    Pinhão: o Douro sem pressa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    As principais cidades do país, listadas abaixo, servem como ponto de partida para essa exploração turística, que deve se seguir à mesa, com as comidas típicas de Portugal e os doces portugueses, feitos de ovos, açúcar e amêndoas. Perder-se é parte da aventura de desbravar o território português. É um modo de acrescentar repertório para responder à pergunta inicial.

    Lisboa: a capital à beira do Tejo

    Cidade formada sobre 7 colinas naturais, a capital de Portugal pode começar a ser explorada a partir de um passeio no elétrico 28. O inconfundível bondinho de Lisboa amarelo é atração turística por si só, juntamente com clássicos como o circuito histórico do Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém e Padrão dos Descobrimentos) e a Alfama, onde a herança moura ainda se faz presente em paredes e costumes. O Museu Nacional do Azulejo ajuda a traduzir essa alma lusitana tanto quanto o fado embala uma eterna melancolia. Veja nossa lista de sugestões de onde ficar em Lisboa.

    A grande metrópole portuguesa oferece ainda um lado cosmopolita, efervescente e criativo, visível em lojas de design do Chiado e do Bairro Alto, este último o berço da diversão noturna de outros tempos. Porque hoje em dia a animação está espalhada por Lisboa inteira, em um movimento semelhante ao que ocorreu com suas opções de hospedagem, muito embora a luxuosa Avenida da Liberdade figure ainda como a principal zona hoteleira da cidade, sobretudo com hotéis e lojas de luxo. 

    Hospitaleira, a capital de Portugal é também território da boa mesa, das tascas mais simples a restaurantes estrelados, assim como muitas confeitarias para provar o pastel de Belém e receitas concorrentes à original, inventada no bairro de mesmo nome. Praças, parques, museus, tudo cabe na cidade que guarda um rico Oceanário e ainda tem o Rio Tejo como um doce abraço a envolvê-la. Difícil não se encantar.

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    Sintra: beleza de alto a baixo

    Ao avistar duas chaminés em formato cônico no horizonte, acredite, você chegou a Sintra. O par que se sobressai na paisagem integra o Palácio da Vila, antiga residência de verão dos reis de Portugal. A presença de nobres nesta cidade a 20 km de Lisboa (40 minutos de trem) fez surgir outras edificações de destaque, entre elas, o Palácio e Quinta da Regaleira e o Palácio da Pena, este último erguido coloridamente no alto da serra. Depois de apreciar a vista lá de cima, desça para perambular as diminutas ruas do centro de Sintra. E não vá embora sem entrar na secular Casa Piriquita, para comer queijadas e travesseiros, doces típicos portugueses.

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    Óbidos: charme cercado por muralhas

    A partir de Lisboa, em menos de 1 hora chega-se de carro a Óbidos. O charme de conhecer esta vila histórica é penetrar no passado medieval guardado por grossas muralhas. Se possível, durma uma noite dentro da fortaleza, para poder não só ver o castelo e as igrejas ali presentes como também perder-se por suas labirínticas e surpreendentes vielas de paralelepípedos. Feita a partir da fermentação da ginja (espécie de cereja), a ginjinha de Óbidos é uma bebida que não se recusa. Março é mês do tradicional Festival do Chocolate.

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    Évora: passado multicultural

    Pense em visitar um templo romano, uma catedral de traços góticos e, de quebra, pátios mouriscos. Évora é sinônimo de multiculturalidade. No centro da região do Alentejo, a cidade tem no Museu de Évora e na Capela dos Ossos outros dois pontos de parada obrigatórios. E tudo pode começar ou terminar nos cafés e restaurantes da Praça do Giraldo, antes ou depois de uma passada pelas lojas de artesanato da Rua Cinco de Outubro.

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    A partir de Lisboa, é possível visitar Évora
    Templo romano, um clássico nas fotos em Évora – Foto: Turismo de Portugal

    Porto: o vinho que conquistou o mundo

    A segunda maior cidade de Portugal é a capital da região norte do país. O Rio Douro que nasce em Trás-os-Montes atravessa todo o Porto. É possível percorrer suas águas em passeios de barco rabelo ou apenas admirar seu vagar em cafés e restaurantes da Ribeira, região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.

    Considerada uma das mais bonitas do mundo, a Livraria Lello é famosa entre os fãs de Harry Potter. Um ímã de turistas como também são as caves de vinho do Porto, programa essencial entre o que fazer no Porto. Na vizinha Vila Nova de Gaia, na margem oposta, adormece não só essa bebida fortificada como outros rótulos produzidos nas escarpas ao longo do Douro. É também nessa cidade da região metropolitana do Porto que está o World of Wine (WOW), complexo enoturístico com museus, restaurantes e lojas.

    O Porto e seus arredores são indicados a quem ama arquitetura e àqueles que sonham se fartar de bons pescados e frutos do mar. Uma escapada a Matosinhos revela aquela que é considerada a sala de jantar do Porto, dona do ‘melhor peixe do mundo’. Não é marketing ou cabotinismo, mas constatação.

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    Pinhão: entre as vinícolas do Douro

    A pequena vila ligada à cidade de Alijó é o centro da região demarcada do Douro, rodeada pelas principais quintas produtoras do famoso vinho do Porto e outros rótulos de destaque. Há cruzeiros que saem de Pinhão para explorar o famoso rio. A visitação às propriedades também faz parte do roteiro de enoturismo, que pode incluir a experiência da colheita (vindima) nos meses de setembro e outubro. A partir de Pinhão chega-se a cidades como Peso da Régua – onde estão o Museu do Vinho do Porto e o Solar do Vinho do Porto –, Lamego e ainda Vila Real. Destaque para a bela estação de trem de Pinhão, decorada por 25 painéis de azulejos que retratam a paisagem da região e a produção vinícola.

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    Coimbra: tradição de espírito jovem

    Uma das mais antigas universidades do mundo está em Coimbra desde 1537. Banhada pelo Mondego, esta cidade de vocação acadêmica guarda ligações com a época do domínio romano (ruínas encontram-se preservadas onde hoje se localiza o Museu Nacional Machado de Castro). 

    Berço de D. Afonso Henriques, primeiro rei português, Coimbra se confunde com a própria formação do território nacional. Em seu preservado Centro Histórico estão edificações como a Sé Velha e as igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, todas obras do tempo em que a cidade tornou-se a primeira capital do reino de Portugal. Em Coimbra, o fado soa jovial tal qual o espírito estudantil da cidade. E até mesmo a tradicional azulejaria portuguesa tingiu-se de novas cores e significados em peças vendidas em ateliês.

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    Aveiro: uma joia entre canais

    Para descobrir Aveiro, é indispensável fazer o passeio de moliceiro, o barco colorido característico desta cidade litorânea cortada por canais. Já neste trajeto a bordo é possível admirar o conjunto de edifícios em Arte Nova, estilo arquitetônico com roteiro e museu próprios. Em terra firme, monte em uma Buga, sigla para bicicleta de utilização gratuita de Aveiro, maneira democrática de explorar esta cidade totalmente plana. Visite o Museu de Aveiro e reponha as energias com os tradicionais ovos moles, mais um clássico da doçaria portuguesa do centro do país.

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    Viseu: história e áreas verdes

    Cidade-jardim. As áreas verdes e os canteiros floridos bem cuidados contrastam com o acinzentado das construções de pedra em Viseu, cidade na rota dos vinhos do Dão e já considerada a melhor em qualidade de vida pelos próprios portugueses. Localizada no Centro de Portugal, é uma terra orgulhosa de sua história, materializada na figura em bronze de Viriato. Núcleo da cidade, a Praça da República é um bom ponto de partida para explorar os principais cartões-postais, casos do Museu Grão Vasco (em alusão ao mestre da pintura portuguesa do século 16) e do Museu de História da Cidade, verdadeira viagem no tempo por 2.500 anos de formação de Viseu. Aproveite para percorrer a Rua Direita, principal artéria comercial da cidade. Viseu fica no caminho da Estrada Nacional 2, a mais extensa de Portugal, com quase 740 km e que conecta o sul ao norte do país.

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    Braga: a fé portuguesa

    A história de Braga começou muito antes de Portugal ser Portugal. Foi ainda no tempo do Império Romano, quando Bracara Augusta foi eleita a sede da igreja mais importante daquela região (hoje em dia, o norte português; naquela época, parte da Galícia). Para os interessados nos vestígios da presença romana, vale visitar o Museu Diogo de Sousa. Aos mais religiosos, Braga celebra com fervor a Semana Santa e o São João. Acrescente à lista a visitação de igrejas, especialmente a Sé de Braga (a mais antiga do país) e o Santuário de Bom Jesus do Monte, cujo acesso pode ser via funicular ou subindo sua monumental escadaria com quase 600 degraus. Se você não dispensa uma gostosura, prove o pudim do Abade de Priscos, doce com raízes locais.

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    Santuário de Bom Jesus e os quase 600 degraus – Foto: Turismo de Portugal

    Guimarães: o berço de Portugal

    D. Afonso Henriques nasceu em Guimarães. E foi a partir daqui que ele liderou a formação de Portugal, tornando-se seu primeiro rei. O conjunto patrimonial da cidade ajuda a construir esta narrativa dos tempos medievais, com destaque para o Castelo de Guimarães, localizado no Monte Alto, onde também se encontram a estátua do Rei Conquistador, a Igreja de São Miguel e o Palácio dos Duques de Bragança. O teleférico é outro programa obrigatório na cidade, unindo o Centro à Montanha da Penha. Localizada a 40 minutos do Porto, Guimarães tem uma extensa lista de sabores a serem experimentados, entre eles, o polvo à lagareiro, o caldo verde e as tortas de Guimarães.

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    Faro: passado mouro no litoral

    O aeroporto Gago Coutinho, em Faro, é uma das portas de entrada para o Algarve. É neste pedaço mais ao sul do território português que fica a cidade de casas caiadas, belas praias e clima de férias de verão. Essa estação do ano traz não só o aumento de temperatura como a elevação maciça no número de turistas, entre portugueses e estrangeiros. Alugar um carro e explorar a região é o recomendável, já que o litoral é recortado em cerca de 150 praias. Na capital do Algarve, sinta a presença da herança muçulmana percorrendo ruas e travessas, suba à torre da Catedral da Sé para melhor observar a cidade ou embarque no Cais da Porta Nova em um passeio de barco para as praias das ilhas de Faro, do Farol, Culatra e Deserta. 

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    Albufeira: sinônimo de verão e festa

    Distante cerca de 40 minutos a partir de Faro, a cidade de Albufeira é uma festa. Quase permanente no verão, quando muitos turistas teimam em ficar até mais tarde nas ruas. Oura ou The Strip é a mais animada delas, com seus clubes noturnos que só fecham ao amanhecer. De dia, não é preciso andar muito para encontrar praias de areia dourada, como a dos Pescadores e a do Túnel. As opções se avolumam, ora mais a leste ou a oeste pelo litoral do Algarve. Ao entardecer, meta-se por entre as pequenas ruas e explore a herança árabe ainda viva por todo este vilarejo. E então siga para a Baixa, de cafés, restaurantes e lojas que se enchem de vida com as primeiras luzes noturnas. E então a festa vai recomeçar em Albufeira.

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    Vilamoura: entres barcos, campos de golfe e hotéis

    É um pedaço do Algarve que nasceu para o turismo, com hotéis, campos de golfe, cassino e marina. Passeios de barco também saem daqui para outras áreas da região no sul de Portugal. Vilamoura é uma pedida para pegar uma praia e almoçar nos restaurantes pé-na-areia. O grupo Dom Pedro, com 4 hotéis no Algarve, mantém o Victoria, o Millennium e o Old Course para os golfistas. À noite a rua no entorno da marina fica movimentada, com bares, restaurantes, sorveterias e lojas.

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  • Doces portugueses típicos, com ovos, açúcar e amêndoas. E feijão

    Doces portugueses típicos, com ovos, açúcar e amêndoas. E feijão

    ‘Esse aqui é de quê?’, perguntamos à atendente na confeitaria em Coimbra. ‘Ovos, açúcar e amêndoas.’ Seguimos pelos doces portugueses indagando: ‘E esse? E aquele?’ A resposta alternava os 3 ingredientes, sempre. Confiante, Fernando apontou para o último, perguntando com um riso no canto da boca: ‘Esse é de amêndoas, ovos e açúçar?’ Ao que a funcionária contestou numa frase seca: ‘Esse é de feijão!’

    Aqui em casa temos algumas tantas histórias com essas delícias. Muitas delas literalmente experimentadas no país europeu. Provar uma iguaria típica num café ou numa confeitaria pode render deliciosas mordidas (e risadas), ao passar pelo périplo de descobrir o que é o que na vitrine sem identificação. Nunca mais esquecemos a história do doce de feijão no Centro de Portugal, vivida há pouco mais de 15 anos.

    Quando se fala de comidas típicas de Portugal no quesito doces, invariavelmente a doçaria conventual chega à mesa. Preparadas com aquela base de ingredientes cantada pela atendente de Coimbra – ovos, açúcar e amêndoas –, as receitas rendem uma infinidade de deliciosas combinações. Algumas de massa folhadas, outras com coco ou baunilha.

    Outro dado interessante para se saber é que confeitaria em Portugal se chama pastelaria. Por isso, pastel não tem nada a ver com a massa frita e crocante que conhecemos no Brasil. Nada mais é do que um doce. Confira a seguir algumas ideias para adoçar sua passagem por Portugal.

    Pastel de nata

    De todos os doces, o pastel de nata é o mais famoso. Para nós, praticamente um vício. Temos de provar do mais simples ao legítimo português. Também se conhece por pastel de Belém, em decorrência da fama mundial da confeitaria situada no bairro de Lisboa de mesmo nome. Depois de comermos muitos na viagem, já voltamos para São Paulo com caixinhas de pastéis de nata.

    Doces portugueses típicos
    Doces feitos em São Paulo – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Travesseiro de Sintra

    Doce típico feito com massa folhada e recheio de creme de amêndoas e ovos. O formato se assemelha ao de um travesseiro. Sua origem está ligada à casa Piriquita, em Sintra, cuja filha dos fundadores criou o doce após a 2ª Guerra, em virtude da escassez de insumos. Até hoje, nenhuma visita à vila pode ser considerada completa sem uma passagem pela pastelaria, aberta em 1862.

    Queijada de Sintra

    Outro ícone da doçaria de Sintra, surgido no período medieval. É uma torta que leva queijo fresco, ovos, açúcar, farinha a canela. O resultado é uma massa crocante por fora e cremosa por dentro.

    Sericaia

    É um doce típico de Elvas, no Alentejo. Tem o aspecto de um pudim, de consistência mais firme. Leva ovos, açúcar e canela e pode ser servido com ameixa em calda.

    Pastel de feijão

    Esse doce português é elaborado à base de amêndoas e feijão branco e assado numa forminha redonda, como a de empada. A receita foi inventada em Torres Vedras, cidade localizada no distrito de Lisboa (onde a capital é também a metrópole).

    Fofo de Belas

    Nós chamamos o nosso filho de fofo de Belas algumas vezes, quando ele era pequenino. Levamos o Joaquim para ver um espetáculo de teatro infantil no Sesc Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, e lá comemos pela primeira vez o doce. Olhando pode se parecer com um sonho. Mas, tirando o creme de baunilha do recheio, é completamente diferente após a mordida. É feito de pão de ló, levando a uma textura que torna seu nome totalmente adequado.

    Fofo de Belas, pão de ló com creme de baunilha no recheio
    Fofo de Belas, pão de ló – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Toucinho do céu

    Gemas e amêndoas estão na base da sobremesa, que lembra um pudim, mas já comemos também o doce assado dentro de uma massinha fininha redonda. Tem toucinho no nome porque originalmente levava banha de porco entre os ingredientes. Como é comum em outros doces de Portugal, ele pode ser encontrado no país inteiro, mas é bem famoso na parte norte de Portugal, em Guimarães e Trás-os-Montes.

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    Toucinho do céu, doce típico de Portugal
    Releitura do toucinho do céu – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Pudim do Abade de Priscos

    A cidade de Braga é o berço dessa receita, a única de autoria do monge Manuel Joaquim Machado Rebelo que se tornou de conhecimento popular. Chef vocacional, o padre elaborou um pudim que leva gemas, açúcar, toucinho de porco, vinho do Porto e outros segredos. 

    Dom Rodrigo

    Também nasceu num convento, mais precisamente o das Bernardas, em Tavira. O nome é homenagem a Rodrigo, um dos membros do clero local no século 14. Composto por fios de ovos, ovos moles, açúcar e amêndoas, recebe um toque de canela por fim. Está entre os mais doces.

  • O que fazer no Porto (Portugal): pontos turísticos e vinho

    O que fazer no Porto (Portugal): pontos turísticos e vinho

    A lista do que fazer no Porto, em Portugal, inclui subir a Torre dos Clérigos, descobrir cores e sabores do renovado Mercado do Bolhão, caminhar pelo Cais da Ribeira, fazer um cruzeiro sob as pontes do Rio Douro e visitar a Livraria Lello. É a terra do mais conhecido vinho de Portugal e a capital do norte do país. Existem pontos turísticos no Porto obrigatórios na visão dos próprios portuenses, como a visita às caves em Vila Nova de Gaia, cidade do outro lado do Rio Douro. Ali, o World of Wine (WOW) é uma atração que ainda cheira a vinho jovem.

    Na principal cidade do Portugal, o circuito básico pode ser feito em 3 dias, tempo suficiente para viver momentos incríveis na cidade que batizou o país e é sinônimo de sua bebida mais famosa internacionalmente.

    Pontos turísticos do Porto

    Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade. Como ficam relativamente próximos os pontos turísticos do Porto mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias de transporte público ou de carros de aplicativo. Confira:

    Mercado do Bolhão

    O centenário mercado reabriu em setembro de 2021, após quatro anos de restauração. Bancas e lojas – algumas antiquíssimas, como a Teresa das Azeitonas – ganharão em breve a companhia de restaurantes. Ou seja, dificilmente alguém sairá de barriga vazia após uma visita ao Mercado do Bolhão, que não funciona aos domingos. Dá só uma olhada nessa nossa publicação no Instagram @ComoViaja.

    Livraria Lello

    A fila na Rua das Carmelitas dá a dimensão do que virou a Livraria Lello, linda e famosa entre fãs de Harry Potter. A mística sobre ter servido de inspiração para a criadora da saga do aprendiz de bruxo transformou o dia a dia dessa loja centenária. Detalhes da decoração, como a escada vermelha, viraram cartão-postal. Para incentivar a leitura e evitar a superlotação, o valor do ingresso da visita é descontado na compra de livros.

    Entre os pontos turísticos do Porto, a Livraria Lello
    Lello – Foto: Fernando Victorino @Como Viaja

    Torre dos Clérigos

    Obra do século 18, o edifício de autoria do italiano Nicolau Nasoni tem 75 metros de altura. Para alcançar a vista panorâmica da cidade do Porto e do Rio Douro é preciso subir 240 degraus. Além do observatório, o conjunto dos Clérigos inclui igreja e museu. É possível visitá-los e ver não só objetos sacros como também saber de que forma se deu o meticuloso trabalho de restauração pelo qual a construção passou a partir de 2014.

    Palácio da Bolsa

    Uma atração merece mais tempo no Porto: a visita guiada ao Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Patrimônio Mundial da Unesco, é utilizado na maioria das solenidades oficiais do governo, dada a suntuosidade da construção, a mais visitada da região Norte do país. Nela, o restaurante O Comercial tem menu executivo que inclui couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.

    Estação de São Bento

    Dela partem hoje trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento do trem.

    Rua de Santa Catarina

    A via comercial mais movimentada do Porto concentra lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres. Tem ainda hotéis alternativos como The White Box Boutique House (reserva na The White Box Boutique House na Booking) cafés e restaurantes novos, caso do novato Gruta, de portas abertas desde 2021.

    Casa da Música

    O arrojado projeto do arquiteto holandês Rem Koolhaas é uma sala de concertos onde cabem todos os gêneros musicais, do clássico ao eletrônico. A programação de apresentações é farta de quinta a domingo, mas vale conhecer o prédio, que abre diariamente e oferece visitas guiadas em português pela manhã e à tarde. Tem ainda bares, café e restaurante (temporariamente fechado).

    O que fazer no Porto, em Portugal: Casa da Música
    Casa da Música, ponto turístico do Porto (Portugal) – Foto: Visit Porto

    Parque e Fundação de Serralves

    Os jardins geometrizados à francesa são, por si só, uma atração a ser desfrutada. Some-se aos bosques, ao lago e ao roseiral o Museu de Serralves – obra do arquiteto Siza Vieira e dedicado à arte contemporânea –, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira e a Casa de Serralves, em estilo art déco. O passadiço, conjunto de passarelas erguido a 15 metros do chão, em meio às árvores, também vale ser conhecido.

    Cais da Ribeira

    Sabe aquela sequência de casario à beira do Douro? Ali é o Cais da Ribeira, na cidade do Porto. Você pode caminhar ao longo do calçada ou admirar os prédios antigos colados a partir do rio, navegando num barco, ou do alto do Teleférico de Gaia.

    World of Wine (WOW)

    Inaugurado em 2020, o World of Wine foi fincado entre velhos armazéns de vinho do Porto. É um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto. Não cobra ingresso para entrar, apenas para vivenciar as experiências nas áreas de exposição. Tem uma praça que presenteia os visitantes com a linda visão da margem oposta do rio, do Cais da Ribeira.

    WOW, mundo do vinho em em Gaia: um dos pontos turísticos do Porto
    World of Wine (WOW) – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Cruzeiro no Douro

    O cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro é feito a bordo de um barco Rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. A travessia passa não só sobre as ligações entre as 2 cidades, como por edifícios históricos, entre eles, o Palácio da Bolsa e a Alfândega.

    Ponte Luiz I

    Uma das ligações entre o Porto e a vizinha Vila Nova de Gaia, a ponte Luiz I está presente em quase toda foto tirada a partir de alguma dessas cidades. Inaugurada em 1886, tem 395 metros de extensão e está dividida em dois segmentos. No tabuleiro inferior circulam veículos; metrô e pedestres cruzam o segmento mais alto, de onde se tem visão privilegiada.

    O que fazer no Porto em 3 dias

    Todos os pontos turísticos acima podem estar no roteiro do que fazer no Porto em 3 dias. Alguns podem ser substituídos ou combinados com os lugares listados abaixo, ao gosto do freguês, para ficar num estilo bem português. Inevitavelmente você irá passar por alguns deles e pode escolher se quer parar e se ater mais detalhadamente em cada um.

    Rua das Flores

    Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000. Hotéis-boutique e lojas tradicionais ficam nesta rua, entre elas, a Chaminé da Mota, especializada em livros raros, e a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão até hoje.

    Sé Catedral

    A rosácea da fachada, a azulejaria, as pinturas murais e o altar de prata se destacam neste edifício romano-gótico dos séculos 12 e 13. Fica no coração do centro histórico do Porto e testemunhou o casamento entre os reis D. João I e D. Filipa de Lencastre, em 1387.

    Funicular dos Guindais

    O meio de transporte é uma atração turística que conecta um desnível de 61 metros entre a região da Batalha e a Ribeira. A viagem dura cerca de 3 minutos, sendo mais uma oportunidade de observar o Porto a partir de uma nova perspectiva.

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    Teleférico de Gaia

    Faça da subida de teleférico um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar. O percurso de 600 metros é feito em cerca de 5 minutos. Você pode só ir e descer numa das extremidades da Ponte Luiz I, ou voltar e retornar à base em Vila Nova de Gaia.

    O que fazer no Porto em 5 dias

    Quem fica mais tempo no destino consegue explorar outras instituições culturais, igrejas e até o estádio do time de futebol local. Outra opção do que fazer no Porto em 5 dias é visitar sem pressa até a cidade vizinha de Matosinhos, de onde saem muitas das sardinhas em lata vendidas como souvenir no norte de Portugal.

    Estádio do Dragão

    A casa do Futebol Clube do Porto oferece tour guiado pelo estádio e pelo museu (inaugurado em 2013, seu acervo é composto por documentos, fotos e, claro, troféus, entre eles, as taças da Uefa Champions League e do Mundial Interclubes). Exposições temporárias e objetos especiais ficam em destaque ao longo do ano.

    Igreja dos Carmelitas

    Declarada Patrimônio Nacional, a igreja do século 17 se destaca pela parte atrás do altar, considerada inovadora para a época. O antigo convento dos frades carmelitas que fazia parte do conjunto arquitetônico original virou quartel com a extinção das ordens religiosas.

    Igrejas, entre os pontos turísticos do Porto (Portugal)
    Igrejas dos Carmelitas e do Carmo na lista do que ver

    Igreja do Carmo

    Aos devotos do Instagram, a fachada lateral de azulejos da construção tem desenhos que representam o culto à Nossa Senhora do Carmo. Vale o registro fotográfico, bem como da frente da igreja, exemplo do estilo barroco-rococó do Porto. É separada da Igreja dos Carmelitas pela pitoresca Casa Escondida.

    Casa Escondida

    Não faz muitos anos e gente desavisada não percebia a existência de uma casa entre as igrejas do Carmo e dos Carmelitos. Foi erguida no século 18 e sua função era abrigar membros da irmandade religiosa. Acolheu reuniões secretas durante a Revolução Liberal, levante militar ocorrido em 1820 e ligado à transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.

    Mosteiro da Serra do Pilar

    Erguido a partir de 1538, e concluído mais de um século depois, o conjunto abriga uma igreja em formato circular, que chama a atenção na paisagem. Patrimônio da Humanidade, o mirante do mosteiro atrai turistas nos fins de tarde ensolarados, já que permite linda vista do Douro. O teleférico de Gaia tem uma estação aos pés da Serra do Pilar.

    Um dos pontos turísticos do Porto (Portugal): Mosteiro da Serra do Pilar
    Visão do Mosteiro da Serra do Pilar a partir da Ponte Luiz I

    Museu Soares dos Reis

    O primeiro museu público de arte de Portugal tem uma importante coleção de pinturas dos séculos 19 e 20, com destaque para artistas da escola do Porto. O acervo reúne ainda porcelanas, cerâmicas, joias e esculturas como O Desterrado, obra-prima de António Soares dos Reis, que dá nome ao museu.

    Cidade de Matosinhos

    Colada ao Porto, Matosinhos tem praias para quem busca se refrescar; a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C. Também é a terra do arquiteto Siza Vieira, que deixou por lá diversas obras, caso da Casa de Chá da Boa Nova. Lá funciona o restaurante de mesmo nome, comandado pelo chef Rui Paula, com 2 estrelas no Guia Michelin.

  • Vila Foz: hotel no Porto de frente para o mar

    Vila Foz: hotel no Porto de frente para o mar

    É noite quando eu deixo a van e entro no Vila Foz, hotel no Porto. Sei que ele está de frente para o mar, mas a escuridão não é convidativa a contemplar nada àquela hora. Ainda assim, meus primeiros registros visuais são de um prédio moderno de um lado em contraposição a um palacete de época por onde adentro. O cansaço supera a curiosidade. Pois o corpo implora por repouso depois de um primeiro dia de visitas e experiências no World of Wine, uma das atrações contidas no guia da cidade do Porto, com pontos turísticos, hotéis em mais dicas.

    Atribuo ao cansaço a impressão de estar em um ambiente de luzes difusas, como em uma casa que está prestes a dormir. Quem dera. Cumprida as obrigações burocráticas de check-in, inicio o percurso até meu quarto. No caminho, antes de entrar em um elevador, salta-me aos olhos a distinção Michelin ao lado da inscrição Vila Foz Restaurante. Sigo adiante e, ao descer, meto-me por um túnel que lembra um bunker. Novo elevador conduz-me ao terceiro andar. O quarto, enfim. Banho, leitura, cama.

    A convidativa cama da Onice Sea View

    Como é o Hotel Vila Foz, no Porto

    A princípio, o número 236 da Avenida Montevidéu foi casa de praia e residência de famílias endinheiradas da região do Porto. Erguido nos anos 1900, o palacete reformado deu lugar ao Vila Foz Hotel & Spa, membro da Design Hotels. Fazem parte desse portfólio hotéis independentes, focados em experiências de qualidade e arquitetura de ponta. Aliás, esse pedaço de Portugal pode ser especialmente interessante a quem gosta o tema, a começar pela vizinha Matosinhos, berço do renomado Siza Vieira.

    Cores e texturas do lobby do Vila Foz

    A Manor House e a Vila Foz Suite ficam no casarão histórico. Foram concebidas e decoradas de modo a emanar a alma residencial da antiga construção – uma família ou um pequeno grupo de amigos podem ocupar todo o terceiro e último piso, que assume o caráter de hospedagem privativa.

    Banheiro da Manor House Room

    No prédio anexo, acessado por fora ou via “bunker”, fica a maior parte dos quartos. Mas nem por isso eles são menos agradáveis. Despertar na Onice Sea View é ter o privilégio de admirar o palacete e o Atlântico emoldurados pelo olhar. Quase uma fotografia de época, mas que é invadida lentamente por um cruzeiro a caminho do moderno terminal marítimo de Leixões.

    Retas e curvas do corredor que lembra um bunker

    Depois que descansei em uma cama ótima, o dia amanheceu claro, mudando radicalmente a impressão da véspera. Porque a luz da manhã que invade as janelas do Vila Foz Hotel & Spa amplia espaços, ressalta detalhes da restauração, revela a beleza e a grandiosidade da construção.

    O que fazer no Hotel Vila Foz & Spa

    A resposta está contida no título acima. No spa, cada hóspede tem à disposição terapias e jornadas de bem-estar personalizadas, bem como piscina coberta, sauna e banho turco. Todos os tratamentos utilizam produtos da marca francesa Codage. Pois eu, entusiasta de amenities, confesso que trouxe as de meu quarto para o Brasil, achei agradabilíssimas.

    Piscina do spa com visão para o jardim do hotel

    As sessões do spa integram o conjunto de experiências do hotel. Alimentar o corpo, também. O restaurante Vila Foz conquistou sua primeira estrela Michelin em 2022 com a proposta fine dining assinada pelo jovem chef Arnaldo Azevedo. Ele também supervisiona a cozinha do Flor de Lis, de menu sazonal. A bochecha com batatas e legumes que provei já não figura no cardápio nesse momento.

    Salão do Vila Foz, dono de uma estrela Michelin

    O almoço no Flor de Lis pode ser apreciado no salão onde igualmente é servido o café da manhã ou nas mesas do deck externo. À frente, a rua é um convite a um posterior passeio no calçadão ou pelas ruas tão cheias de casas quanto de paz nesse pedaço off-Porto longe do vaivém turístico, mas não menos encantador.

    Cores em profusão no buffet de café da manhã
  • Porto, Portugal

    Porto, Portugal

    Portugal nasceu no norte e foi batizado por causa do Porto, mas não foi na cidade banhada pelo Douro que sua realeza fincou raízes nem de onde homens bravios partiram em caravelas para achar o Novo Mundo. Ainda assim, ela conquistou reconhecimento internacional pela bebida que ostenta seu nome, o vinho do Porto. O destino, no entanto, oferece mais do que a visita às caves da renomada bebida portuguesa.

    Há muito para ver, sobretudo, contemplar a cidade do alto de seus miradouros. Para se planejar com antecedência, veja as nossas sugestões de onde ficar no Porto e o que fazer no Porto. A segunda maior cidade do país é dona de construções dotada do indefectível traço português (na Torre dos Clérigos, na Sé Catedral) e de edifícios influenciados por sua escola de arquitetura moderna (caso da Fundação Serralves, projeto do Prêmio Pritzker Siza Vieira).

    Arquitetura moderna da Casa da Música
    Arquitetura moderna da Casa da Música – Foto: Porto CVB

    A melhor época para visitar o Porto, em geral, é durante os períodos de clima mais ameno. No verão, hotéis e restaurantes se enchem de pessoas; as ruas, de sol e de vida. Nessa época, sentar à mesa para beber ou comer na beira do rio é básico de qualquer roteiro. 

    Não menos obrigatório do que visitar a centenária Livraria Lello, famosa entre os fãs de Harry Potter, responsáveis por transformar sua escada vermelha em um dos pontos mais instagramáveis da cidade. Andar a pé é uma forma de conhecer outros cartões-postais dignos de registro fotográfico, mas vale lembrar que a cidade tem ladeiras.

    Quando a curiosidade do olhar quiser enfim descobrir o que há do outro lado do Douro, hora de cruzar a Ponte Luiz I, ir ao encontro do icônico vinho, a repousar em Vila Nova de Gaia (faça um tour pelas caves). Cidade-extensão do Porto, lar do tawny e do vintage, ela abriga desde 2020 o World of Wine (WOW), complexo que se espraia por um conjunto de armazéns restaurados. Ali, come-se, bebe-se, aprende-se. Experimenta-se o Porto por uma nova perspectiva. 

    World of Wine (WOW) no Porto: produção de vinho
    World of Wine: produção de vinho – Foto: @ComoViaja

    Confira abaixo o guia gratuito do Porto (Portugal), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, clima, passagem aérea, compras, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossos guias gratuitos de viagem trazem informações práticas e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    Clima

    A melhor época para visitar a cidade do Porto é entre maio e setembro, quando o sol brilha mais e o calor pinta com intensidade (mínimas de 12°C, máximas de 25°C). Cheia de turistas, a cidade no mês de julho pode registrar dias de altas temperaturas – há casos em que os termômetros já chegam a encostar nos 40°C.

    Nessas situações, uma solução é se refrescar nas praias de Matosinhos, onde a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C, e beber um portonic (drink à base de Vinho do Porto branco, água tônica e limão).

    Historicamente, dezembro e janeiro são os meses mais chuvosos e frios no Porto e região, mas com pouco ou quase raros registros de temperaturas negativas ou de geadas.

    Preparativos

    Passagem aérea

    TAP mantém voos diretos do Porto para o Brasil, para os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) – veja passagem aérea para o Porto no Skyscanner. Localizado na área metropolitana, o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro fica a 15 quilômetros do centro da cidade. Em média, o táxi custa 20 euros para fazer esse percurso. Caso pretenda deixar o aeroporto de metrô, tome a linha E, violeta (Aeroporto – Estádio do Dragão), com saídas a cada 20 minutos (2 euros). Máquinas automáticas do aeroporto vendem bilhetes.

    Visto

    Não é exigido de turistas brasileiros.

    Carro

    Muitos viajantes chegam ao Porto de carro alugado, vindos de outras regiões do país. A ligação com a capital é feita pela estrada A1, em uma viagem de cerca de 3 horas. Consulte seu hotel para saber se o carro pode chegar o mais perto possível dele, já que há ruas da cidade com restrição à circulação de veículos. É ideal verificar também se existe vaga para parar no seu local de hospedagem ou estacionamento público ou particular nas redondezas.

    Trem

    A estação São Bento é a mais próxima do centro histórico. O tempo de viagem aproximado é de 3 horas, entre Lisboa e Porto a bordo de um trem da companhia Comboios de Portugal (preços entre 23,93 e 46,05 euros). Também há quem combine o destino com outras cidades da Europa usando os bilhetes de trem pela Rail Europe.

    Estação de São Bento: trem no Porto
    Estação de São Bento – Foto: @ComoViaja

    Transporte

    O metrô do Porto tem mais cinco linhas e adota tickets que variam conforme o número de zonas a serem percorridas (Z2 a Z12) e passes de um dia (7 euros) e três dias (15 euros), com direito a viagens ilimitadas, inclusive de ônibu (chamado de autocarro). Ao custo de 2 euros, a frota da cidade está conectada ao aeroporto pelas linhas 601, 602 e 3M (da meia-noite às 5h30 da manhã).

    O Porto Card com transporte de 1, 2, 3 ou 4 dias dá direito a metrô, ônibus e trens municipais e a entrada gratuita em 6 museus, entre outros benefícios.

    Moeda

    Compre euro antes da viagem ou saque nos caixas da rede Multibanco (MB), que funcionam 24 horas. Muitos ficam na rua, não dentro de agências. Tome os mesmos cuidados que você teria retirando dinheiro vivo no Brasil.

    Os principais cartões de crédito são aceitos em quase todos os negócios da cidade. A conta nos bares e restaurantes já vem acrescida da taxa de serviço, mas é de bom tom deixar de gorjeta entre 5 e 10% do valor total da despesa. Nos táxis, arredonde o preço da corrida para cima.

    Teleférico de Vila Nova de Gaia: vista do Porto
    Teleférico de Vila Nova de Gaia: linda visto do Porto

    Se for usar transporte público sem comprar o Porto Card, pague com moedas e na quantia exata quando possível. No Porto também existem os charmosos bondes (elétricos), com três linhas em funcionamento e passagem a ser paga ao condutor (3 euros). E o funicular conecta as regiões da Batalha e da Ribeira (2,50 euros).

    Ao visitar Vila Nova de Gaia, faça da subida de teleférico (6 euros) um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar, cujo terraço está de frente para o pôr do sol.

    Passeio de barco no Douro: pontes do Porto
    Passeio tradicional: de barco pelo Douro – Foto: @ComoViaja

    É possível fazer no Porto o cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro, travessia a bordo de um barco rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. Disponível em três turnos, o tour completo de tuk tuk pelo Porto virou um modo novo de visitá-la.

    Hotéis

    Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem está à procura de onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam à cidade de carro, em geral vindos diretamente de Lisboa ou percorrendo outras cidades portuguesas pelo caminho. Portanto, é bom saber que muitos hotéis no Porto não têm estacionamento, especialmente os que estão em áreas com restrição à circulação de veículos, casos do Cais da Ribeira e da Rua das Flores. Essas são duas regiões bem turísticas da cidade, conectadas a outras atrações que você certamente visitará durante sua permanência no Porto.

    Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um hotel boutique com quartos que dão de frente para o Douro e suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo. O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista na Avenida dos Aliados, próximo ao metrô.

    Rua das Flores: edifícios repaginados – Foto: @ComoViaja

    Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores. Na mesma via, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a igual: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária).

    Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem andares em alusão às especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. No coração da Ribeira, e pertencente à mesma rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. Faz parte do conjunto de edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto.

    No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à arte da pintura.

    Duas opções na Praça da Batalha são o Mercure Porto Santa Catarina e o Legendary Porto Hotel. O primeiro apresenta quartos com cama adicional para quem viaja em família. O segundo era um Quality Inn e foi recentemente reformado. Ambos estão a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas.

    Para uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica num renovado prédio de esquina. É o hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios. O minimalista Yotel tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs.

    O Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. Quem é aberto a novidades talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.

    Hotel Vila Foz, no Porto
    Piscina do spa com visão para o jardim do Vila Foz – Foto: @ComoViaja

    Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis.

    Quem opta por hospedar-se em Vila Nova de Gaia encontra todo tipo de oferta na margem oposta do Douro. O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. E ainda tem aos pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine. Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão feioso, impressão que se desfaz assim logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante.

    O The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia e o Mercure Porto Gaia são opções para quem quer gastar menos e confia no padrão das duas bandeiras da rede Accor.

    Passeios

    Um tour completo pelo Porto inclui a visita à região da Batalha, Mercado do Bolhão, Catedral da Sé e Estação de São Bento, o cruzeiro sob as pontes num barco rabelo e a ida a uma cave em Vila Nova de Gaia com degustação de vinho.

    Um bom ponto de partida para conhecer os principais pontos turísticos do Porto é a Livraria Lello, que tem fila de turistas na porta para visitá-la. Ao sair, suba em direção à praça onde estão a Fonte dos Leões, a Universidade do Porto, a Igreja dos Carmelitas e a vizinha Igreja do Carmo, cuja lateral é toda revestida de azulejos. Aproxime-se e descubra entre elas a casa mais estreita do Porto, habitada até os anos 1980, hoje aberta à visitação.

    Livraria Lello e sua escadaria: chamariz de fãs de Harry Potter
    Escadaria famosa da Livraria Lello – Foto: Porto CVB

    Alternativa ao deixar a livraria é descer a Rua das Carmelitas rumo à Torre dos Clérigos, miradouro de onde se enxerga a cidade em 360°. Siga posteriormente na direção da Praça da Liberdade, que guarda a estátua de D. Pedro IV (Pedro I, para os brasileiros). Admire os edifícios das primeiras décadas do século 20 localizados na Avenida dos Aliados antes de alcançar a Estação de São Bento.

    Dali partem trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento da locomotiva a vapor.

    Quem se interessa pela tradição do azulejo português pode participar do free tour dos azulejos do Porto, que passa pela Capela das Almas, Grande Bazar e Café A Brasileira, entre outros locais.
    Para uma viagem ao passado, meta-se pela Rua das Flores. Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000.

    Palácio da Bolsa, no Porto
    A riqueza do Palácio da Bolsa – Foto: Visit Porto

    Uma atração merece mais tempo é o Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Um deles é o escultor António Soares dos Reis, cujo sobrenome batiza um museu com coleções de cerâmica, joalheria, pinturas, entre outros trabalhos.

    A arte contemporânea está no centro da missão da Fundação Serralves, instituição localizada em um parque homônimo, com passarela entre as copas das árvores, a Casa de Cinema Manoel de Oliveira e um lindo edifício em art déco, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, ganhador do Prêmio Pritzker. Não muito distante dali fica a Casa da Música, arrojada obra do holandês Rem Koolhaas, voltada à difusão de todas as vertentes sonoras, do clássico à vanguarda, com visitas guiadas todos os dias.

    Após quatro anos de restauração, o centenário Mercado do Bolhão reabriu em setembro de 2022, com 81 bancas. Ali, moradores e turistas continuam encontrando produtos frescos diariamente. Sob a inspiração de aromas e sabores, você pode seguir em direção aos bares e restaurantes do Cais da Ribeira, não sem antes encontrar pelo caminho (que inclui parte da Rua de Santa Catarina e Praça da Batalha) mais dois ícones do Porto, a Igreja de Santo Ildefonso e a Sé Catedral.

    Em espanhol, o free tour noturno pelo Porto caminha por cenários como a Avenida dos Aliados (com seus edifícios lindamente iluminados) e o Jardim da Cordoaria.

    Restaurantes

    A região Norte do país ostenta cinco casas no prestigiado Guia Michelin, das quais três delas estão no Porto, com uma estrela: Antiqvvm, Pedro Lemos e Vila Foz (caçula, o restaurante do hotel homônimo entrou para a lista em 2022).

    Dono de duas estrelas com a sua Casa de Chá da Boa Nova, na vizinha Matosinhos, o chef Rui Paula serve o melhor da cozinha portuense no DOP: do bacalhau ao cabrito, de mariscos a enchidos.

    Conhecido entre os brasileiros como um dos primeiros jurados do reality Mestre do Sabor, José Avillez se faz presente com o descontraído Cantinho do Avillez. Já o In Diferente é um Bib Gourmand que une boa comida a preço bom.

    Para provar a cozinha portuguesa de raiz em salões sem maneirismos, o Zé da Braga é reconhecido pelo bacalhau à Braga, enquanto o Casa Nanda tem nas tripas à moda do Porto um dos destaques. E o pernil assado do Antunes é apontado por muitos como imbatível.

    A antológica francesinha (sanduíche de carne e embutidos coberto por queijo derretido) do Santiago colocou este café entre os 50 melhores sanduíches do mundo, segundo o site Big 7 Travel.

    Portuenses apreciam carnes, estrelas em lugares como Sala Meat.ing Point, Muu e Cúmplice. Já a Biferia é auto explicativa. O Honest Greens preza a cozinha sustentável ao passo que o Brick Clérigos trabalha produtos frescos e saudáveis em pratos comidos em mesa comunitária.

    Dos restaurantes em pontos turísticos, O Comercial, dentro do Palácio da Bolsa, tem menu executivo com couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.

    Na Ribeira, Fish Fixe e Chez Lapin combinam receitas típicas com a privilegiada visão do Douro, da Ponte Luiz I e do vaivém de turistas pelo cais. E o novato Gruta está de portas abertas na Rua de Santa Catarina desde 2021.

    A diária do hotel não inclui o pequeno almoço? Por que não um brunch? No Nola Kitchen ele é servido das 9 da manhã às 18 horas, de quinta a terça.

    Cafés são instituições na cidade e vão dos endereços históricos (Café Guarany, Café Majestic e Café Piolho – pertinho da Universidade do Porto) a espaços modernosos, entre eles, o Moustache Coffee House, o Berry, o Bop e o C’Alma.

    Eventos

    O Porto vibra com festivais de música por dias e dias, mas é um santo quem bota grande parte da cidade em uma alegre vigília sem descanso por 24 horas, naquela que pode ser apontada como o evento local. São João Baptista é comemorado em 24 de junho.

    Antes de tudo, é uma festa religiosa celebrada solenemente no interior das igrejas. Nas ruas ela é ruidosa. Na véspera do feriado, a animação vem regada a vinho, comidas típicas e música. Barracas espalham-se em pontos populares da cidade. E tudo converge para o Cais da Ribeira, de onde assiste-se ao espetáculo da queima de fogos, pontualmente à meia-noite.

    Festa de São João na Cidade do Porto
    Festa de São João em junho – Foto: Porto CVB

    Junho é também mês do Primavera Sound, com apresentações ao vivo de grandes nomes nacionais e internacionais no Parque da Cidade do Porto (em 2023, entre os dias 7 e 10). O próximo ano também terá o retorno do Essência do Vinho (23 a 26 de fevereiro). O Palácio da Bolsa recebe 19ª edição, que terá como novidade a Wine & Travel Week, feira internacional de enoturismo.

    Entre fim de setembro e o início de outubro, o calendário costuma ser reservado para o Festival de Francesinhas, época de saber quem prepara a mais célebre iguaria típica do Porto. No décimo mês do ano é realizado o Festival Internacional de Marionetas do Porto, que tem grande parte de suas apresentações no palco do Teatro Municipal.

    Compras

    A Rua de Santa de Santa Catarina é a via comercial mais movimentada do Porto, com lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres.

    A Livraria Lello é linda e famosa entre fãs de Harry Potter, principalmente por causa da mítica escada vermelha. Mas essa loja centenária vende clássicos da literatura mundial em edições super caprichadas (o ingresso cobrado na entrada pode ser deduzido do valor da compra).

    A especialidade da Chaminé da Mota são os livros raros. Fica na Rua das Flores, artéria aberta em 1521 com o nome de Santa Catarina das Flores. Os edifícios barrocos que abrigaram a burguesia emergente hoje são ocupados por hotéis-boutique, cafés, joalherias e lojas como a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão.

    Em matéria de tradição, o Bazar Paris (brinquedos tradicionais, desde 1903), a Casa Lima (malas, bolsas e artigos em couro vendidos há 144 anos) e a Pérola do Bolhão (mercearia aberta em 1917) são exemplos de comércio popular de rua, frequentados por gerações de portuenses.

    Mercado do Bolhão reformado: Porto
    Mercado do Bolhão reformado – Foto: @ComoViaja

    O lado contemporâneo da cidade está nas fachadas da Rua de Miguel Bombarda. O centro comercial que funciona no número 285 é sinônimo de inovação e experimentação made in Portugal.

    Há opções também no entorno e na transversal Rua do Rosário, onde lojas como a CRU (roupas e acessórios) e o Colectivo Besta (craft art) esbanjam criatividade.

    Com 106 lojas, o Shopping Cidade do Porto atende consumidores mais ortodoxos, adeptos de marcas internacionais, entre elas, Mango e Zara.

    Inaugurado em 2020, o World of Wine (WOW) é um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto – compre ingresso para um museu do WOW Porto.

    Garrafas da bebida fortificante podem ser adquiridas também em caves como Ramos Pinto, Sandman, Taylor’s, Ferreira e Calém, abertas à visitação seguida de degustação.

    Esticada

    Para adeptos de roteiros enogastronômicos, o tour pela região do Douro visita vinícolas e vai até Pinhão, de onde sai um cruzeiro por um trecho do rio. Já em Leça da Palmeira, a Piscina das Marés fica aberta ao público na alta temporada (junho a setembro). É mais uma das obras by Siza Vieira.

    Uma das novidades turísticas de Portugal está a cerca de 70 km do Porto. Declarado Patrimônio da Unesco, o Arouca Geopark é o lugar onde fica a maior ponte de pedestres suspensa do mundo, situada 175 metros acima do Rio Paiva.

    Para conhecer as origens de Portugal, uma alternativa é fazer a excursão a Guimarães e Braga. Uma é a terra do primeiro rei português. Já a outra cidade guarda a catedral mais antiga do país. Se houver disposição, suba a escadaria de 573 degraus do Santuário de Bom Jesus de Braga ou vá ao alto no icônico elevador.

    Vale conhecer também o vinho verde da região, os bordados de Viana do Castelo e Guimarães, as peças de barro figurado de Barcelos e artigos de cortiça.

    Vila do Conde é uma volta ao tempo na figura da Nau Quinhentista (visitas de terça a domingo) e no Museu das Rendas de Bilro, arte secular.

    Desde a época da ocupação romana, Chaves é reconhecida como estância termal, onde a água brota a cerca de 70°C, a mais quente da Europa. Junho a outubro é o período mais procurada para tratamentos e experiências nas termas locais.

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