Se você pensa em conhecer Manaus, saiba que a maior parte dos cartões-postais a serem visitados fica no centro histórico. Se você deseja hospedar-se o mais próximo possível desse circuito de atrações turísticas, fique sabendo que o Juma Ópera está diante da principal delas, o Teatro Amazonas.
Erguida no auge do Ciclo da Borracha, a grande casa de espetáculos da capital amazonense pode ser admirada de vários pontos do hotel-boutique, que ocupa um casarão tombado pelo patrimônio histórico. Apesar de a visão do teatro a partir da piscina no terraço ser totalmente desimpedida, a mais charmosa é de dentro do restaurante.
Se tiver chance, tome o café da manhã sentado na mesa com sofá bem no centro do salão, olhando de frente para a cúpula que carrega as cores da bandeira do Brasil. Sobre a nossa mesa, o conjunto de grandes luminárias de palha, feitas por artesãos indígenas, deixaram a Nath vivamente interessada.
Como é o Juma Ópera
Bom, agora que você já sabe que tem piscina e restaurante, resta informar que o Juma Ópera tem 41 acomodações, com áreas entre 27 m² e 70 m². As camas de casal são de tamanho king, e alguns quartos possuem banheiro com banheira. Há quartos dentro do prédio histórico restaurado.
Nós ficamos em uma suíte da ala nova, de onde podíamos ver o teatro sem sequer precisar levantar da cama. Se deixar as portas anti-ruído abertas, você chama quem estiver no vizinho ilustre com um simples assobio, tamanha a proximidade.
Inaugurado em 2020, o hotel combina decoração contemporânea com objetos e artesanato indígenas. Fotos da região amazônica, incluindo imagens do Juma Lodge, o hotel de selva dos mesmos donos do Ópera, estão espalhadas por corredores e também nas áreas comuns.
O que fazer no hotel no centro de Manaus
Se não for praticar exercícios físicos na academia no alto do casarão principal ou dar um mergulho na piscina, atravesse a rua e visite o Teatro Amazonas. Nath e eu fizemos isso antes mesmo do check in. Como havia muitas pessoas na recepção para dar entrada, deixamos nossa bagagem num canto, fomos à bilheteria e conseguimos entrar nas últimas vagas da visita guiada de uma tarde de sábado).
O Palácio Rio Negro (antiga sede do governo, hoje centro cultural) e o Mercado Adolfo Lisboa também fazem parte dessa Manaus histórica, surgida com o apogeu econômico proveniente da extração do látex, entre o fim do século 19 e a primeira década do 20.
A vizinhança do Juma Ópera inclui a Igreja de São Sebastião (1888) e o largo homônimo em frente, onde turistas e visitantes se concentram para tomar sorvete ou tacacá nos fins de semana, especialmente. É seguro sair do hotel e contornar o Teatro Amazonas mesmo à noite, passando por alguns bares, restaurantes, oficinas e lojas do entorno, como a Galeria Amazônica (que vende as luminárias que a Nath adorou). Aos domingos, dá pra descer a pé e curtir a feira da Eduardo Ribeiro, avenida que concentra um conjunto de barracas vendendo artigos pra casa, roupas, artesanato e comidas típicas.
A gente foi à feira antes de seguir para o Museu da Amazônia, um dos passeios mais legais da cidade. Se você não se hospedar em um hotel de selva durante sua viagem ao Amazonas, vá ao Musa para ver trechos de floresta primária dentro da cidade, aprender muito sobre fauna e flora com os guias especializados do museu e subir os 242 degraus da torre de observação. A gente fez isso, tirou fotos, mas não conseguiu localizar na paisagem o Teatro Amazonas. Pois é, o Juma Ópera nos deixou mal acostumados.