Tag: Cultura

  • Livro de colorir para crianças: lembrança de viagem divertida e educativa

    Livro de colorir para crianças: lembrança de viagem divertida e educativa

    Uma ótima ideia de lembrancinha de viagem é trazer um livro de colorir para crianças. Joaquim ganhou vários em diferentes etapas da infância, e gostou muito. Eu comecei essa brincadeira com um que comprei em Paris para ele colorir os desenhos de atrações turísticas e cenas cotidianas da capital francesa. Depois comprei vários em Whistler, com desenhos de diferentes povos originários do Canadá. Em família, já havíamos trazido alguns da Alemanha quando visitamos o Residenz, em Munique (Alemanha).

    Lojinhas de museu são especialmente boas para comprar um livro de colorir infantil. Mas não custa perguntar em lugares que vendem itens mais clássicos de souvenir com imãs. Livros, aliás, são ótimas lembrancinhas de viagem porque, além de divertidos, são educativos.

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    Para crianças, então, são ideais. Por menor que sejam, os pequenos acabam conhecendo outros lugares e costumes, o que sempre amplia o modo de ver o mundo e incentiva a tolerância com as diferenças. Os que eu trouxe do museu de Whistler tem vários símbolos aborígenes desenhados, com a explicação para a criança entender o significado do que está colorindo. Essas figuras são frequentemente vistas nessa região do país, como nos tótens do Stanley Park, principal parque de Vancouver (Canadá).

    Durante nossa viagem à Alemanha, encontramos diversos modelos de livro de colorir infantil com paisagens e lugares do país. Foi durante a nossa visita ao Residenz, palácio de Munique. Trouxe da lojinha um livro sobre cavaleiros e outro com palácios e castelos. Já sentamos váris vezes para colorir em família, uma atividade bem divertida.

    Livros de colorir infantil, com palácios e cavaleiros
    De Munique, palácios e cavaleiros

    Cenas de Paris para colorir

    O livrinho que trouxe de Paris achei no Musée de l’Orangerie. Pensei de cara que tinha tudo a ver com meu filho, era exatamente o presente que eu buscava para o Joaquim. Eu trouxe para apresentar a cidade a ele na sua linguagem, afinal, era a minha primeira viagem para Paris. O livrinho é bem bacana. Nessa mesma linha, existem outras opções nas lojinhas de museus de Paris. Mas no l’Orangerie foi onde vi mais variedade. É um presente divertido para crianças.

    Quando me levou ao aeroporto antes dessa viagem, chorou tanto… Queria embarcar comigo. No colo do pai, ele me estendia as mãos e desesperado gritava: ‘Eu quero ir pra Paris!!’. Foi a pior vez para eu conseguir ir adiante, entrei de coração apertado, contendo as lágrimas que escorriam. Quando me buscou no aeroporto com o pai, rimos os três lembrando da situação pelo lado cômico: um garotinho de 4 anos gritando ‘Eu quero ir pra Paris’.

    Conversando no carro, contei sobre as paisagens que tinha visto na viagem, especialmente as de neve durante o prêmio que ganhei da Comissão Europeia de Turismo (com uma série sobre Natal na Europa, que escrevi em formato de historinha para meu filhote, na época bem menorzinho).

    Como tinha visto algumas fotos, ele me disse sorrindo: ‘Fiquei com medo de você ficar congelada, mamãe’. Expliquei que existe roupa para neve e que um dia ele veria também. Daí sugeri: ‘Quem sabe a gente não vai a Bariloche no próximo ano?’ Ao que ele rapidamente retrucou: ‘Não quero ir pra Bariloche, mamãe, eu quero ir pra Paris!’

  • Sesc SP: programação infantil e adulta com bom preço e qualidade

    O Sesc SP é fortíssimo como polo de arte, entretenimento e qualidade de vida. Vinda do Rio, eu não podia imaginar que as unidades na região metropolitana de São Paulo pudessem ser tão bacanas. Por isso, resolvi escrever esse post para quem é de fora da cidade e vem à capital paulista. Basta consultar a programação infantil e adulta antes de viajar. As unidades oferecem muitas atividades. Teatro, oficinas, quadras, áreas com livros…

    Tem muitas unidades na capital. O Sesc Avenida Paulista reabriu em 2018, depois de quase 7 anos fechado. Eu cheguei a fazer ioga lá quando morava na região. Se você for conferir esse Sesc, não deixe de subir para apreciar a vista panorâmica da principal avenida de São Paulo. Outra unidade muito badalada na cidade é o Sesc 24 de Maio, inaugurado em 2017, em frente ao Theatro Municipal, no Centro. Veja hotéis em São Paulo no link ou no mapa abaixo.

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    O Sesc São Paulo lida com a cultura de forma muito democrática. Além de programação diversificada, não concentra as boas atrações apenas nas unidades mais centrais. Frequentemente, projetos como o anual Festival de Turismo oferecem atividades em todo o estado. Em datas especiais, como Carnaval, tem bailinho e apresentações de manifestações artísticas genuínas. 

    Meu filho, Joaquim, sempre volta extenuado de tanto brincar. Adoramos o Sesc Pompeia, na zona oeste de São Paulo, pertinho do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. Desde que ele era bebê vamos lá. O Joaquim adora o espaço de leitura no térreo, no prédio à direita. Ali vimos uma exposição linda sobre brinquedos, numa comemoração aos 30 anos da unidade, em 2014. Meu filho também se amarra no espaço de brincar, com um monte de coisas fofinhas para os pequeninos gastarem energia, bolas e camas-elásticas.

    Joaquim se divertindo na exposição sobre brinquedos no Sesc Pompeia

    O teatro tem duas plateias, muito bacana. O artista pode se apresentar com os dois lados abertos ou não. No show do Palavra Cantada que vimos lá, estavam as duas partes lotadas. Aos fins de semana, a programação ali exibe peças infantis, geralmente ao meio-dia.

    Ótimos shows com ingressos baratos

    Mas quem não tem filhos as unidades do Sesc também oferecem muita diversão, especialmente nos espetáculos. Fernando e eu já fomos a vários shows, com ótimos artistas. Vimos, por exemplo, Arnaldo Antunes no Sesc Pinheiros, também na zona oeste. O que dizer de um cara como ele? Somos muito fãs, então, por um valor pequeno de ingresso, tivemos uma noite muito bem guardada na lembrança. Outro show memorável foi da

    Fomos ver Zeca Baleiro no Sesc Belezinho, na zona leste da cidade, num sábado à noite. Foi maravilhoso. Inaugurada em 2010, a unidade é novinha e tem estacionamento embaixo. Na Comedoria, onde há o palco do show, tem uma lanchonete e o restaurante no esquema por quilo. Pegamos aipim (aqui em São Paulo, mandioca) frita para beliscar e umas cervejas. Com ingressos, estacionamento e besliquetes, gastamos menos de R$ 50.

  • Parques e jardins da Espanha: o que fazer por cidade

    Parques e jardins da Espanha: o que fazer por cidade

    Site da Espanha mostra parques e jardins históricos. Para ver o que fazer em cada cidade, é possível buscar itens por localização. Pontos turísticos como Parc Güell e os jardins de Allhambra estão entre as opções

    Mudança de estação é sempre um momento inspirador. Para quem gosta de passeios ao ar livre e de jardins, especialmente na primavera europeia, uma página bem legal é a dos Parques y Jardines de España. Dá para fazer busca por localização para planejar o que fazer em cada cidade. Entre os itens se encontram pontos turísticos da Espanha como o Parc Güell, em Barcelona (na Catalunha), e os jardins de Alhambra, na Andaluzia.

     

    Fotos: Reprodução do site

    Numa dessas pesquisas por lugar, se você vai para Barcelona, por exemplo, pode saber que existem 18 jardins históricos na Catalunha toda. Dá uma espiada e de repente, além de visitar os de Barcelona, pode ver que outros estão em cidades próximas e valem o passeio até lá.

    Espanha, Jardins Históricos - Reprodução do Site

    Quando você cicla num tópico, vêm informações úteis para a visita: telefone, site e localização do jardim no país.

    Espanha, Jardins Históricos, Parque del Buen Retiro - Reprodução do Site2

    Também aparecem a descrição da história do jardim, os dias e horários de funcionamento e o mapa. O mais legal da página Parques y Jardines de España são os ícones abaixo do quadrinho, mostrando o que há próximo àquela atração (como pontos culturais, transporte e itinerários turísticos). Dados bem úteis na hora de planejar um roteiro dia a dia nas cidades espanholas.

    Espanha, Jardins Históricos, Parque del Buen Retiro - Reprodução do Site

  • Cangaço Eco Parque, na rota do Xingó

    Cangaço Eco Parque, na rota do Xingó

    O Cangaço Eco Parque, entre Sergipe e Alagoas, dispõe de restaurante e passeio de barco. Veja onde fica a atração na rota do Xingó. Fica perto da alagoana Piranhas e de onde Lampião foi morto, na Grota do Angico

     

    ATUALIZADO EM 22 DE FEVEREIRO DE 2017

    Estive no Xingó do São Francisco em 2001 e fui à região de Sergipe onde Lampião foi capturado e morto, na Grota do Angico. Não havia nada lá, a não ser a caminhada até o último pouso do cangaceiro. Agora a região conta com o Cangaço Eco Parque, passeio em Sergipe, localizado do outro lado da margens do São Francisco em relação a Alagoas, onde está a cidade de Piranhas. A atração oferece restaurante, passeio de barco e pontos de sombra de frente para a água doce.

    Em 2015, meu pai, Luiz Augusto, e minha madrasta, Vania, estiveram na região e conheceram o Cangaço Eco Parque. Gostaram da estrutura que viram. Vestido de cangaceiro, o guia mostrou a eles a flora local. Na trilha pela caatinga, conheceram vários tipos de cactos, durante a caminhada de ida e volta até o lugar onde Lampião foi morto.

    MEU PAI COM O CANGACEIRO DURANTE O PASSEIO – Fotos: Vania Sady/Arquivo pessoal

    NA GROTA DO ANGICO

    Quando estive ali, fiz a caminhada até a Grota do Angico. Foi um passeio legal pela caatinga, mas não tinha estrutura nenhuma. Gostei mais de me deslocar de barco suavemente pelo Rio São Francisco e de conhecer os paredões rochosos do Xingó. Que delícia tomar banho naquela água verde!

    Cangaço Eco Parque, Sergipe - Foto Divulgação3
    Foto: Divulgação

    Sobre a realidade atual, os leitores Erica e Celso (ribeirinho, morador da cidade de Piranhas) deixaram relatos bem bacanas nos comentários abaixo — obrigada pela participação! Eles também destacam que a estrutura do Cangaço Eco Parque e o preparo dos guias valem o passeio, que pode ser complementado com um bom peixe frito e um banho de rio.

    Meu pai e Vania seguiram esse roteiro também. Depois da trilha guiada, relaxaram nas mesas diante do São Francisco. Comeram petiscos, beberam cerveja e tomaram muito banho de rio.

  • Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    O Parque Güell é um dos lugares mais visitados de Barcelona, cidade que tem na genialidade de Antoni Gaudí a expressão máxima da arquitetura modernista. Primeiramente, a obra impressiona pelo uso de materiais de modo excepcional e pela harmonia da construção com a natureza. Fiquei passada (impossível não ficar) com todas as criações de Gaudí em Barcelona, como a Basílica da Sagrada Família e a Casa Batlló, entre outras. Estão entre as grandes atrações turísticas do mundo, caso dos Museus do Vaticano (colados em Roma) e da Estátua da Liberdade (em Nova York).

    Mas, entre todas as obras de Gaudí, o Parque Güell foi especial para mim. Imaginar que, na virada do século 19 para o 20, o arquiteto catalão já executava projetos pensando em reaproveitamento de água, como na praça principal do parque. E, principalmente, por causa da beleza dos mosaicos e das linhas das construções, que permanecem bem vivos na minha memória depois tantos anos. Irmã de uma arquiteta, na época eu só pensava como ela iria adorar ver tudo aquilo, sem dúvida.

    Para visitar, você pode comprar o ingresso para o Parque Güel com áudio num app que você baixa no celular – disponível em 4 idiomas; não tem português. Outra opção da empresa de atividades Get Your Guide é a visita guiada ao Parque Güell com acesso sem fila. Também parceira do Como Viaja, a Civitatis tem um free tour pelo Parque Güell com 1h30 de duração e guia que fala espanhol. Para isso, você precisa já ter o ingresso comprado (€10). Já a visita guiada da Civitatis inclui o preço da entrada e oferece guia em espanhol e inglês.

    Como é o Parque Güell

    Com mais de 17 hectares, o Parque Güell em Barcelona começou a ser construído em 1900, na esteira do grande plano de desenvolvimento urbano da cidade. A obra foi um pedido de Eusebi Güell ao arquiteto Antoni Gaudí, a quem o empresário já havia confiado outros projetos. Nasceu como um parque particular antes de virar, em 1926, atração pública e ponto turístico de Barcelona. Desde 1984, ele faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

    Vista de Barcelona, a partir do parque
    Vista de Barcelona, a partir do parque

    Uma visita completa ao Parque Güel demora até 3 horas. Contudo, esse tempo vai depender do que você pretende ver, já que é fácil gastar uns bons minutos admirando e, claro, fotografando alguns trechos. Portanto, chegue cedo se quiser curtir tudo sem pressa. O parque funciona das 9h30 às 17h30. Mais do que elencar uma a uma as atrações, eu digo o que vale prestar atenção. O modo mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descer nas estações Vallcarca ou Lesseps.

    O que fazer no projeto de Gaudí

    O impacto da visita ao Parque Güell começa logo que você cruza o portão de entrada. A elegância decorativa caracaterística de Gaudí está presente mesmo nas construções de cunho funcional, como a antiga portaria. A partir daí, o que se vê é o uso singular de ferro, pedra, vidro e cerâmica, principalmente. A arquitetura de Gaudí é orgânica porque aproveita as curvas naturais de alguns desses materiais e não cede à rigidez de outros.

    Pare para ver a Sala Hipostila, cujas 86 colunas são responsáveis por conduzir a água da chuva captada da praça acima desse espaço. O volume é armazenado em um tanque subterrâneo. Se acaso estiver cheio, ele transborda o excesso pela boca do dragão da escadaria de acesso. É ali também entre os degraus que está a salamandra feita de cacos de cerâmica, um símbolo do parque.

    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí
    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí

    Do mesmo modo, a Praça da Natureza é outra imagem que representa o Parque Güell. Parte dela fica acima da Sala Hipostila, enquanto a outra surgiu a partir da escavação de uma rocha. O extenso banco ondulado que caracteriza a praça é todo revestido de mosaico, aspecto que marca a obra de Gaudí a partir de desenhos e formas.

    Além de estar em uma posição central no parque, a praça oferece visão panorâmica de Barcelona. Sente-se por alguns instantes e admire natureza, arquitetura e arte em harmonia.

  • Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Veja palavras e frases básicas em alemão para usar numa viagem à Alemanha. Experimentar na prática ajuda a aprender algo da língua. Já estive algumas vezes no país e reuni algumas observações e dicas

    Dizem que, para quem sabe inglês e consegue ler o alemão com a sonoridade correta, fica menos complicado entender alguma coisa. É verdade que ajuda, mas na hora H, com a situação real na sua frente, pode não ser lá de grande valia no alemão. E tem vezes em que o inglês não resolve nada mesmo, a não ser para falar na língua inglesa, que é falada por muita gente na Alemanha — aliás, se você pretende ir para destinos alemães, leia Alemanha: 11 melhores cidades turísticas para visitar no país.

    Mas não custa tentar associações para entrar totalmente no clima da viagem. Eu sempre apelo para todas as raízes de palavras parecidas que conheço. Quem sabe não dá certo? No fim é divertido, experimente!

    Atenção: isso não é uma aula de alemão, até porque eu não sei alemão! Apenas juntei alguns conceitos e palavras que aprendi com outras observações de viagens. São apenas formas que eu uso para brincar de me aventurar na língua.

    Eu te amo em alemão: Ich liebe Dich

    Dicas práticas do idioma

    Vão aí algumas noções que podem ajudar na leitura das palavras em alemão e até numa possível associação com o inglês, em viagens à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    ei> Tem som de ‘ai’. Lembre do joelho de porco, uma palavra já conhecida por brasileiros que frequentam restaurantes alemães: se escreve Eisbein e se lê ‘aisbain’, certo?

    ie> Tem som de ‘i’. Um exemplo é o verbo Liebe (amar). Para momentos fofos na viagem ou na volta para casa, talvez a frase mais famosa do mundo em todas as línguas: Ich liebe Dich (eu amo você).

    eu> Tem som de ‘ói’. A palavra Neu (novo), por exemplo, se lê ‘nói’

    v> Tem som de ‘f’. Olha aí o Volk (da Volkswagen, carro do povo, numa tradução livre). Quando você lê com som de ‘f’, chega ao Folk (povo, em inglês)

    w> Tem som de ‘v’.

    j> Tem som de ‘i’.

    s> Tem som de ‘z’ se estiver no começo da palavra ou entre vogais.

    ß> Se chama eszett e parece a letra beta, mas não é. Em muitos lugares vai estar escrito apenas ‘ss’. Mas, se topar com uma dessas pela frente, é só ler como ‘ss’. Um bom exemplo, que será muito útil na viagem, é Weiß ou Weiss. Significa branco. Então, Wiessbrot é pão branco; Weisswein, vinho branco; Weissbier, cerveja clara…

    Esta duplinha abaixo é de lascar, mas vale o esforço.

    Umlaut> É o trema do alemão. Pode aparecer como ä, ö e ü. Em muitos lugares, você vai encontrar as vogais a, o e u seguidas por e. como em Dankeschön ou Dankeschoen (muito obrigado). A pronúncia de palavras com Umlaut exige um certo bico.

    ch> Tem som de h misturado com r. Doido, né? É o mais difícil para mim. Fale do jeito que der, o que importa é tentar se comunicar. Ich (eu) sai algo como um ih, vindo lá da garganta.

    Palavras e frases úteis

    Não dá para engrenar conversa, mas é simpático ser educado. Então, vamos a umas expressões do dia a dia:

    Danke> Obrigado. Se lê ‘danque’. Lembra um pouquinho Thank, do inglês. Para a fina flor da educação (e do esforço da língua!), diga Dankeschön

    Bitte> Por favor. Tente pronunciar como em português, mas com consoantes e vogais ditas claramente – dica especial para cariocas, já que nós temos a tendência de ler com ‘i’ e chiado: bitchi. Se você só conseguir aprender uma palavra que seja essa. Salpique Bitte que dá tudo certo. Entschuldigung é uma forma bem complicada de dizer ‘com licença’, um Bitte será entendido e serve da mesma forma

    Gut> Bom. Olha a semelhança com o Good

    Tag> Dia

    Guten Tag> Bom dia. Dá para usar em qualquer hora, exceto à noite, que é Guten Abend para saudações

    Hallo> Oi. Se lê ‘ralô’

    Auf Wiedersehen> Até logo. Se pronuncia ‘auviderzên’

    Adeus em alemão: Auf Wiedersehen

    Eingang> Entrada

    Ausgang> Saída

    Kirche> Igreja

    Strasse> Rua

    Rathaus> Prefeitura

    Prost> Saúde, num brinde. Se lê com ‘o’ fechado como ‘ô’

    Nein> Não. Se lê ‘nain’

    Deutsch> Alemão. Se pronuncia ‘doitch’

    Ich bin aus Brasilien> Eu sou do Brasil. Além do ‘ih’ para Ich, o ‘en’ de Brasilien é lido como ‘an’

    Was kostet das?> Quanto custa isso? Se lê ‘vas costet das’. Quando a pessoa responder, você provavelmente não vai entender. Faça o sinal de escrever com a mão ou mande um Bitte seguido de Schreiben (‘escrever’, se pronuncia algo perto de ‘xiraiban’). Não importa a gramática errada. Nesse estilo ‘mim quer saber’, você vai conseguir se entender e comprar se o preço estiver bom

    Não importa quanto tempo eu passe na Alemanha vou pedir carne de porco ou salsichas com batatas e chucrute. Está bem, é o básico, mas é delicioso! Na Alemanha, a refeição é o momento de exercitar a língua, tanto no sentido literal quanto no figurado. Comer é experimentar a cultura do país, por meio de sua culinária, e também se perder num mundo de letras desse idioma fascinante — veja dicas de como se virar com o alemão em viagem à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    No alemão, a palavras vão se juntando como acompanhamentos do prato principal. Nesse caso, a palavra principal é o substantivo que vai sempre no fim daquela junção maluca de palavras. Por exemplo, Wurst é salsicha ou linguiça. As palavras adicionadas antes dela dizem como é aquele embutido. Se é Blutwurst, é a morcela, já que Blut é sangue.

    Pensa que eu entendo o cardápio na boa? Que nada. Faço aquela brincadeira de caça-palavras, que eu adorava na infância e que meu filho acaba de descobrir. Entendendo uma palavra ou outra, tenho uma ideia do que vem pela frente. O resto é surpresa. Afinal, parte da graça de descobrir um mundo novo está em se entregar ao desconhecido!

    Algumas palavras que podem aparecer na hora de comer:

    Afpel> Maçã

    Bier> Cerveja

    Blau> Fervido

    Braten> Assado

    Brot> Pão

    Eis> Gelo

    Eisbein> Joelho de porco

    Ente> Pato

    Fisch> Peixe

    Fleischkäse> Bolo de carne

    Gans> Ganso

    Kartoffeln> Batata

    Käse> Queijo

    Kuchen> Bolo

    Leber> Fígado

    Milch> Leite

    Reis> Arroz

    Salz> Sal

    Sauerkraut> Chucrute

    Senf> Mostarda

    Süß> Doce

    Tagskarte> Menu do dia

    Tee> Chá

    Wasser> Água

    Wein> Vinho

    Wurst> Salsicha ou lingüiça, o embutido

    Zucker> Açúcar

  • Tango em Buenos Aires, na Argentina

    Tango em Buenos Aires, na Argentina

    O tango é uma tradição argentina. Em Buenos Aires, shows, milongas e visitas guiadas embalam visitantes e moradores no ano inteiro. O ritmo é parte da cultura da cidade, com direito a um festival anual com competição mundial de bailarinos

    ATUALIZADO EM 3 DE MAIO DE 2017

    O ano todo tem tango em Buenos Aires. Não me refiro somente às apresentações de artistas de rua ou aos shows para turistas. Falo dos moradores e dos visitantes que fazem aulas e frequentam as milongas na capital argentina.

    O tango é uma instituição do país e, desde 2009, é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. É tão importante para a cultura portenha que a cidade decidiu reservar um espaço inteiramente dedicado ao estilo. Desde fevereiro de 2010, o Teatro de la Ribera foi declarado como lugar oficial e exclusivo de tango em Buenos Aires. A programação lá é totalmente voltada para ele, com espetáculos, milongas, aulas e exposições.

    FESTIVAL DE TANGO DE BUENOS AIRES – Fotos: Ministerio de la Cultura de Buenos Aires/Divulgação

    A origem do tango e o festival anual

    O estilo musical que deu fama mundial a Buenos Aires tem origem no século 19. Surgiu da mistura entre a cultura local (dos ‘gaúchos’) com influências da África, do Oriente Médio e da Europa, principalmente de imigrantes italianos e espanhóis que foram para essa região do Rio da Prata.

    Quem quiser se sentir dentro do clima integralmente deve marcar sua viagem para Buenos Aires para agosto. É o mês em que o calendário tangueiro tem seu ápice na capital argentina, com o famoso Festival de Tango de Buenos Aires. Entre abril e maio, o ritmo musical e muitas milongas também podem ser apreciados nos bairros de Buenos Aires durante a realização anual do Campeonato de Baile de la Ciudad.

    Onde ver shows e aprender sobre tango

    Quem quer saber mais sobre o ritmo pode se inscrever num roteiro de tango em Buenos Aires, com visita guiada grátis. Os passeios a pé percorrem tradicionais bairros tangueiros e mostram a história e a vida de importantes personalidades do estilo, como Carlos Gardel e Anibal Troilo. Há 3 rotas oferecidas pelo Turismo de Buenos Aires: Tango Y Abasto (também disponível em inglês) e Entre Tangos Y Milongas, com dois roteiros, Circuito Verde e Circuito Amarillo (com um espetáculo musical no encerramento do roteiro). Um passeio por conta própria por bairros como Balvanera (na região de Abasto) e Boedo permite sentir a atmosfera tangueira presente em Buenos Aires.

    O ano inteiro é irresistível ver também um show de tango em Buenos Aires, muitos deles com jantar. O passeio não é barato (talvez seja o maior investimento da viagem à capital argentina), mas vale a experiência. Entre as opções famosas estão os espetáculos realizados no El Viejo Almacén e no histórico Café Tortoni — um dos que ostenta o título de ‘bar notable’, dado pelo governo da cidade a lugares que tiveram significativa atividade cultural e que foram ponto de encontro de importantes personalidades. Se preferir um show de tango com produção mais moderna, vá ao Rojo Tango Show, bonito espetáculo apresentado no Faena Hotel.

  • 90 anos da Semana de Arte Moderna

    90 anos da Semana de Arte Moderna

    Em fevereiro de 1922, reinventou-se a arte no Brasil. Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Heitor Villa-Lobos foram alguns dos escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos que fizeram parte da Semana de Arte Moderna. Realizado nos dias 13, 15 e 17 no Theatro Municipal de São Paulo, o evento faz 90 anos neste mês. Eu amo esse assunto. Foram os modernistas que me fizeram olhar e gostar de São Paulo, ainda adolescente no Rio.

    O Theatro Municipal tem programação especial para celebrar a data. De 15 a 26 de fevereiro, estão previstas apresentações como Magdalena, opereta de Heitor Villa-Lobos, e execução de música de câmara, com Robert Schumann e Villa-Lobos (incluindo repertório executado por Guiomar Novaes na Semana de 22). O teatro completou 100 anos em setembro de 2011. Estou querendo voltar lá tem tempo, quem sabe não me animo.

    Theatro Municipal – Sylvia Masini/Divulgação

    Quando cheguei a São Paulo, morei por 2 meses no antigo hotel Othon, no Viaduto do Chá, no centro. Do alto, abria a cortina para ver o Theatro Municipal e começar bem o dia. Muitas vezes ia a pé para a Folha de S. Paulo, onde eu fazia o Programa de Treinamento, e passava em frente ao prédio. Me lembro que, ao entrar no teatro, achei muito bonito, mas me chamou atenção o tamanho, já que eu estava acostumada com o grande Teatro Municipal do Rio, aonde fui muitas e muitas vezes durante a infância e a adolescência para assistir a apresentações de balé com a minha mãe. Foi também a dança que me levou ao Municipal de São Paulo, num emocionante espetáculo de flamenco com a bailarina Sara Baras.

    Exposição sobre Oswald de Andrade – Dirceu Rodrigues/Divulgação

    Outro lugar a que pretendo voltar em breve é o Museu da Língua Portuguesa. Ainda não vi a exposição Oswald de Andrade: o Culpado de Tudo, sobre um dos criadores da Semana de Arte Moderna. Não poderia existir momento mais oportuno para ver essa temporária e quero aproveitar que ela foi prorrogada até 26 de fevereiro por causa das comemorações pelos 90 anos.

    Adoro o Museu da Língua Portuguesa, já perdi a conta de quantas vezes estive por lá, sozinha, em família, ou levando algum turista amigo. Me lembro especialmente das exposições temporárias sobre Machado de Assis e Fernando Pessoa. Além de ótimas, têm algo de pessoal para mim. Sou leitora de Pessoa desde nova e, por essas coincidências da vida, acabei me casando com um Fernando, que também gosta do poeta e de Portugal como eu. Foi bacana irmos juntos à exposição.

    Machado de Assis tem tudo a ver com o Rio de que gosto. Para completar, quando eu estava lá, morava na última rua de Laranjeiras, bairro vizinho ao Cosme Velho, onde o escritor viveu. Bem, meu filho se chama Joaquim. Acho que não preciso dizer mais nada, né?

    Voltando à celebração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna, além do Museu da Língua Portuguesa, outras instituições da Secretaria de Estado da Cultura se prepararam para a efeméride. A partir de 16 de fevereiro, o Museu Afro Brasil exibe a exposição Mário de Andrade, o Modernista de São Paulo — Sou um Tupi Tangendo um Alaúde na Semana de 22, com textos, objetos e pinturas.

    Casa das Rosas – Dirceu Rodrigues/Divulgação

    Também em 16 de fevereiro, na Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos, será relizado o sarau Semana de Arte Moderna: 90 Anos Depois, com música, poesia e arte, nas obras de escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida. Caminhar pela Avenida Paulista até a Casa das Rosas, no Paraíso, é um dos meus passeios preferidos perto de casa. O jardim é lindo, adoro ficar entre as flores. Meu filho gosta da fonte de água escondida entre as plantas. E acho o máximo que São Paulo tenha uma casa dedicada à poesia e à literatura.

    Casa Guilherme de Almeida – Elias Gomes/Divulgação

  • Musicais da Broadway, tickets e tours temáticos em Nova York

    Musicais da Broadway, tickets e tours temáticos em Nova York

    Os musicais da Broadway fazem parte do sonho de muita gente que tem Nova York entre seus desejos de viagem. Mesmo quem já esteve na metrópole dos Estados Unidos encontra novidades nos shows e espetáculos em cartaz. Atualmente é possível assistir, por exemplo, MJ Musical (sobre Michael Jackson), Aladdin e The Lion King (O Rei Leão). O New York Pass inclui o ingresso da Estátua da Liberdade e de cerca de 100 atrações, além de tours (entre eles, um sobre os bastidores da Broadway) e descontos em restaurantes, lojas e musicais.

    Uma das principais ruas da metrópole americana, a Broadway não segue o desenho quadriculado, característico do mapa de Nova York, porque a rua foi originalmente uma trilha aberta pelos Wecquaesgeek, nativos norte-americanos que habitavam a região, chamados também de Manhattoe e Manhattan. Quando os holandeses assumiram a ilha, a rua foi alargada (‘broad’ significa amplo em inglês). O atual nome foi dado no fim do século 19.

    Andando pela cidade, inevitavelmente você encontra a Broadway pelo caminho, já que a rua se alonga por 21 km da Ilha de Manhattan. Os musicais se concentram no Theatre District, em Midtown, o meio de Manhattan. Com muitas lojas, como uma Uniqlo com 3.350 m², existem muitas opções de compras na Broadway – para fugir de muvuca, especialmente na área da 34th Street, procure passear por lá de segunda a sexta, pela manhã.

    Tour temáticos e tickets com desconto

    Para quem busca uma experiência diferente, existem passeios temáticos por essa região da cidade que contam um pouco da história do teatro musical e da própria Broadway. Algumas das opções são o tour pelos bastidores e visita a um ensaio e visita a Broadway e Times Square com um ator profissional contando curiosidades.

    Nessa região central de Nova York, existem pontos de venda de tickets com desconto; a maioria deles para espetáculos no mesmo dia da compra ou para matinês no dia seguinte. A redução no valor das entradas gira entre 20% e 50%, para apresentações da Broadway e Off-Broadway. Procure pelo TKTS booth na Times Square (esquina da Broadway com a 47th Street). Há ainda 2 quiosques menores: no Lincoln Center (no David Rubenstein Atrium) e no South Street Seaport (esquina da Front Street com a John Street) .

    Na Times Square, o ponto de venda de ingressos com desconto funciona diariamente, das 15 às 20 horas – na terça, a partir das 14 horas; no domingo, até as 19 horas. Mas, atenção, alguns musicais aguardam até as 18 horas para liberar as entradas que sobraram. Para comprar entradas para matinês no dia seguinte, vá ao quiosque da Times Square na quarta, na quinta ou no sábado, entre 10 e 14 horas; e no domingo, das 11 às 15 horas.

    O quiosque no Lincoln Center funciona do meio-dia às 19 horas (no domingo, até as 17 horas), e o de South Street Seaport, entre 11 e 18 horas (no domingo, até as 16 horas).

    Broadway Week: 2 ingressos pelo preço de 1

    A Broadway Week é uma promoção realizada pelo NYC & Company, órgão oficial de turismo de Nova York, que oferece a chance de comprar 2 ingressos de um musical pelo preço de 1. O dia em que o desconto é válido muda de um espetáculo para outro. Já fizeram parte da oferta em diferentes anos espetáculos como Wicked, Harry Potter e a Criança Amaldiçoada e Chicago.

    A oferta é sazonal – no 1º semestre, costuma começar em meados de janeiro; no 2º semestre, geralmente ocorre no início do mês de setembro. No site da Broadway Week, é possível saber das datas e comprar pela internet os tickets na promoção 2-em-1. Desde o lançamento em 2011, em torno de 1.464.000 ingressos já foram vendidos por meio dessa iniciativa.

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