Tag: Serra da Mantiqueira

  • Destinos de inverno no Brasil: cidades para visitar no frio

    Destinos de inverno no Brasil: cidades para visitar no frio

    Enquanto os termômetros descem abaixo dos 10°C, muitos viajantes se animam com a possibilidade de ir para destinos de inverno no Brasil. Boas cidades para visitar no frio existem em vários estados do país, mesmo naqueles mais próximos da Linha do Equador, como Pernambuco e Paraíba. Mas, no Sudeste e no Sul, os municípios de Campos do Jordão (SP) e Gramado (RS) no inverno são sempre os mais lembrados pelos viajantes.

    Essas 2 cidades recebem milhares de turistas entre junho e agosto. Época de hotéis cheios, ruas cheias e restaurantes com espera. Cenário semelhante é visto em Monte Verde e Tiradentes (MG), além de Penedo e Petrópolis, na Serra Fluminense, todos eles clássicos destinos de inverno no Brasil.

    Todos esses lugares para viajar no inverno no Brasil estão na lista abaixo. No entanto, incluímos também outras sugestões de cidades para visitar no frio porque dispõem de boa infraestrutura turística. Porém, como menos aglomeração.

    Destinos de inverno no Sudeste

    Campos do Jordão (SP)

    Há pelo menos 50 anos, a cidade paulista na Mantiqueira instituiu um certo modelo de sucesso de um destino de inverno no Brasil. Porque consegue juntar a gastronomia de sabores regionais e internacionais, a natureza montanhosa ao redor explorada em passeios e atividades (veja o que fazer em Campos do Jordão) e o leque hoteleiro incluindo de pousadas charmosas a hotéis requintados (saiba onde ficar em Campos do Jordão). A Vila do Capivari sintetiza esse conceito turístico. Porém, pequenos bolsões nas bordas (bairro dos Mellos ou a região do Horto, por exemplo) merecem ser experimentados.

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    Monte Verde (MG)

    Distrito de Camanducaia, a mineira Monte Verde é uma cidades para visitar no frio mais indicadas aos viajantes. A trilha da Pedra Redonda e as lojas de doces, queijos e chocolate devem constar de uma lista básica de tours. Com 200 opções de hospedagem, a cidade só fica atrás de Belo Horizonte em número de leitos. Nos restaurantes dá para comer receitas típicas de Minas e da culinária internacional. Monte Verde fica a 1.600 metros de altitude, então, o frio pode chegar a abaixo de zero no ápice da estação.

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    Para onde viajar no inverno no Brasil: Monte Verde
    Para onde viajar no inverno no Brasil: Monte Verde – Foto: Divulgação

    Petrópolis (RJ)

    Sem dúvida, é um exemplo de destino de inverno clássico para os cariocas. Com 11°C de temperatura média nessa estação, o turismo em Petrópolis oferece atividades de montanha no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, visitas a edificações históricas, como o Museu Imperial, e tours de cerveja. Queijos, compotas e outros produtos artesanais também podem ser adquiridos nas propriedades rurais abertas ao público. Igualmente, passeios de jipe, quadriciclo ou a cavalo podem ser contratados para percorrer trechos da Estrada Real, antigo caminho entre Minas e Rio.

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    Tiradentes (MG)

    O Festival de Gastronomia de Tiradentes bota a cidade mineira para ferver em agosto. Mas durante todo o inverno esse destino é um saboroso convite a sentar-se à mesa (veja onde comer). Entre o que fazer em Tiradentes, quase tudo remete ao seu passado histórico ou à sua natureza, como museus, igrejas e banhos de cachoeira. Espalhada entre as edificações coloniais, há uma porção de pequenos hotéis e pousadas para decidir onde ficar em Tiradentes. A viagem ao passado fica completa com o passeio de maria-fumaça de Tiradentes a São João del Rei.

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    Casario colonial de Tiradentes – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Gonçalves (MG)

    Gonçalves é o plano B (de bom) à lotação de Monte Verde na alta temporada. A Serra da Mantiqueira abraça essas 2 cidades para visitar no frio. Tem na gastronomia um ativo importante, não apenas com a cozinha de roça, mas também com a mais refinada. Pequenos agricultores abastecem restaurantes e ainda vendem seus produtos (queijos, geleias, café) para os viajantes. E muitas pousadas inspiram a ideia de ter uma casa no campo.

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    Paraty (RJ)

    Entre o mar e a Serra da Bocaina, Paraty tem trilhas que remontam aos tempos do Caminho do Ouro, ligação entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro no século 17. Podem ser percorridas ainda hoje, mas com outro propósito: aproveitar as belas cachoeiras e os alambiques da região. Agências locais vendem outros passeios de aventura (canoagem e mountain bike, entre outros). O tour pelo casario histórico é tão gostoso quanto comer nos restaurantes que fizeram Paraty, Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco. Por fim, não hesite em dormir nas muitas pousadas das ruas de pedra, vetadas à circulação de carros.

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    Penedo (RJ)

    A região do município de Itatiaia ganhou em 2023 um roteiro turístico pela pequena Finlândia. A visita a esse destino de inverno no Brasil inclui edificações importantes e museus ligados à presença dos colonos vindos do Norte da Europa, há quase 100 anos. Além disso, Penedo mantém restaurantes de comida típica finlandesa e a profução de chocolate artesanal. Você pode tanto visitar fábricas quanto se fartar nas lojas que vendem trufas, bombons, fondue e quantas delícias mais forem possíveis produzir a partir do cacau.

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    Miguel Pereira (RJ)

    Uma cidade e seu sonho. Miguel Pereira aspira ao status de Gramado do estado do Rio. As ruas Coberta e Torta já foram providenciadas. Um parque de dinossauros, também. Enquanto uma roda-gigante, um bar de gelo ou algo similar não pinta por lá, dá para curtir atividades prosaicas, como passear de pedalinho no lago principal ou praticar esportes típicos de cidades de montanha (andar de bicicleta, mais exatamente).

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    Mar de morros em Miguel Pereira – Foto: Setur-RJ TurisRio

    Cunha (SP)

    O charme de Cunha está nos campos de lavanda e nos ateliês que fizeram da cidade a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura. Esses são programas essenciais do destino de inverno localizado entre as serras do Mar e da Bocaina. O pacote trilhas, rios e cachoeiras está disponível aos viajantes. E a boa culinária local ajuda a espantar o frio.

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    São Francisco Xavier (SP)

    Em São Francisco Xavier não cola a máxima do ver e ser visto. Porque esse pequeno distrito de São José dos Campos é lugar de descanso e reconexão com a natureza. Assim caminhadas na mata e terapias de bem-estar como as da Bruxinhas do Mato são recomendados a quem procura por essa paz de espírito.

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    Santo Antônio do Pinhal (SP)

    Entre os destinos de inverno no Brasil, a pequena Santo Antônio do Pinhal pode ser considerada um off-Campos do Jordão. Pois não fica tão lotada e tem excelentes hotéis que servem de refúgio à vizinha concorrida. Vale dar uma chegada à Estação Eugênio Lefrève (parada do bonde turístico que vai até Pindamonhangaba), subir ao Pico Agudo (1.703 metros) e ao menos conhecer a Cachoeira do Lageado (tomar banho na friaca vai depender da coragem). Mas não deixe a cidade antes de provar a truta e o pinhão. No Centro e em propriedades da zona rural, há ateliês de cerâmica, produtores de azeite, de queijos, cerveja e até sorvete.

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    Estação Eugênio Lefrève, em Santo Antônio do Pinhal – Foto: Divulgação

    São Bento do Sapucaí (SP)

    É provável até que você não saiba, no entanto, esta é a cidade da Pedra do Baú (muita gente pensa que fica em Campos). Mas conhecer esse monumento natural e seus irmãos, Bauzinho e Ana Chata, exige preparo físico e um guia experiente. A Cachoeira dos Amores cobra menos esforço e tem infraestrutura com lojas e banheiros. Além disso, o município possui polos de agricultura familiar, responsáveis pelo cultivo de azeitona (com produção de azeite local), shitake (do qual se faz até cerveja) e uvas (um trio de vinícolas representa a cidade). Há boas pousadas em toda a região, mais barata em relação à dupla Campos e Pinhal.

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    Serra Negra (SP)

    Inaugurada em maio de 2023, a Fontana di Trevi é uma homenagem à colonização italiana em Serra Negra, uma das nove cidades que formam o Circuito das Águas Paulista. Nessa estância hidromineral há rotas de turismo rural, incluindo visitas a produtores de queijo, vinho e café. Um giro pelo Centro serve para explorar as lojas especializadas no comércio de malhas e de outras roupas de frio. Para muitos, a subida de teleférico até Cristo Redentor é o ponto alto da viagem, literalmente.

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    Atibaia (SP)

    Atibaia um destino de inverno na medida para uma escapada em um fim de semana, já que está bem próximo a Saõ Paulo (apenas 65 km). A geografia colabora com a Pedra Grande, ponto de esportes radicais. Em atrações como o Orquidário Takebayashi, além de conhecer as variedades da planta, é possível colher morangos frescos e comê-los na hora. O casario arquitetônico do Centro inclui o Museu Municipal João Batista Conti e o Mercado Municipal. O Tauá Atibaia Resort tem parque aquático também aberto ao público. Previsto para o segundo semestre de 2023, o Bourbon Atibaia também vai inaugurar seu complexo indoor com piscinas aquecidas. Enquanto isso, o Canto do Irerê cai bem para uma viagem a dois,pois só aceita adultos.

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    Suíte do Canto do Irerê, em Atibaia – Foto: Divulgação

    Cidades para visitar no frio no Sul

    Gramado (RS)

    Ano a ano, o inverno em Gramado se consolida como opções certeira para curtir o frio (veja onde ficar em Gramado). A cidade da Serra Gaúcha tem de restaurantes temáticos a gastronomia regional, museus que exaltam todo tipo de assunto, chocolaterias espalhadas pelo Centro. Além disso, o que fazer em Gramado inclui na lista parques com piscinas de águas termais (Aquamotion) ou com neve de verdade (Snowland). Famosa pelo Natal Luz Gramado, a cidade ganhou no ano passado a Vila da Mônica, provando que sempre haverá novidades entre o que fazer por lá.

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    Canela (RS)

    Dá para fazer um passeio de um dia em Canela a partir de Gramado no inverno. Mas é pouco. Especialmente para sonha com praticar rapel, tirolesa e arvorismo na natureza, não em galpões fechados. A Cascata do Caracol impressiona de onde quer que seja vista: do mirante, da escadaria ou a bordo dos bondinhos. Com 65 metros de altura, a catedral de pedra se destaca na Praça Matriz. Ali no Centro ficam hotéis e pousadas aconchegantes, restaurantes de especialidades alemãs e o comércio de produtos artesanais.

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    Cascata do Caracol: esticada em Gramado no inverno – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    Foz do Iguaçu (PR)

    Só para exemplificar ver de perto as Cataratas do Iguaçu é razão o bastante para escolher Foz como destino de inverno. Some-se a isso a possibilidade de se encantar com o Parque das Aves, conhecer na prática a geração de energia na Usina de Itaipu e, ainda, aproveitar as atrações pop da cidade, como a roda-gigante. De quebra, dá para dar uma esticadinha nos vizinhos da Tríplice Fronteira, Argentina e Paraguai.

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    Destinos de inverno no Nordeste

    Bananeiras (PB)

    A ideia de que destino de inverno no Brasil não está no Nordeste faz parte dos estereótipos que ainda se tem sobre a região. Com temperatura média de 12° de julho a setembro, um grupo de cidades da Serra da Borborema compõe a Rota Cultural Caminhos do Frio. Entre elas está Bananeiras, cujo clima favorece até mesmo saborear o chá da tarde, servido diariamente na pousada Estação Bananeiras. Receitas tradicionais do Brejo Paraibano estão no menu de bistrôs e restaurantes da cidade. Além disso, o Goiamunduba, engenho onde 100 mil litros de cachaça são produzidos por ano, recebe visitantes. Por fim, o pôr do sol no Lajedo Preto é indicado aos visitantes.

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    Campina Grande (PB)

    Quando se pensa em festa junina no Nordeste, o nome de Campina Grande surge como responsável por ter o maior São João do mundo, animado por grandes shows, trios de forró e disputa de quadrilhas. No entanto, a cidade realiza há quase 5 décadas seu festival de inverno, com música, teatro e dança. Por lá, o clima é fresco no meio do ano, mas nada de temperaturas perto de 0°C. Um passeio pelo centro histórico percorre uma série de edificações em art déco, com destaque para o Largo das Boninas. Às margens do Açude Velho, o Museu de Arte de Arte Popular da Paraíba ocupa o último prédio assinado por Oscar Niemeyer.

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    Museu de Arte Popular da Paraíba – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Garanhuns (PE)

    Julho é o mês do Festival de Inverno de Garanhuns, que mescla diferentes estilos musicais com artes visuais, dança, literatura, teatro e cinema, durante 17 dias de realização. Aliás, a cidade do agreste pernambucano tem tanto orgulho desse evento quanto de suas fontes de água mineral e do relógio de flores, único do gênero em todo o Norte e Nordeste. Para contemplar a paisagem, suba ao Cristo instalado a 1.030 metros de altitude, na colina do Mangano, uma das 7 que cercam o município.

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    Gravatá (PE)

    Cidade do Planalto da Borborema, a cerca de 90 km de Recife, a pequena Gravatá costuma registrar 16°C de mínima durante seus meses mais frios, por isso é um bom destino de inverno no Brasil. A geografia favorece desde passeios a pé até em veículos off-road. Por isso, há roteiros rurais e ecoturísticos, ao lado de experiências gastronômicas. Destaque para doces como o bolo de rolo e o Souza Leão. Ainda que o clima ameno da ‘Suíça pernambucana’ tenha feito famoso o fondue invernal, a digital da cozinha nordestina é encontrada em pratos como o baião de dois e a buchada de bode. No Centro, vale admirar o colorido casario histórico e o Mercado Cultural de Gravatá.

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    Casarões antigos no centrinho de Gravatá – Foto: Divulgação
  • Botanique Hotel (Campos do Jordão): pós-luxo na serra de SP

    Botanique Hotel (Campos do Jordão): pós-luxo na serra de SP

    Emolduradas por vidro e aço, as montanhas da Mantiqueira me encaram firmemente. Não tomo aquela presença maciça como provocação. Sentado, estou bem acomodado demais para olhar os morros com cara de quem ousasse desafiá-los. O que havia para escalar dessa paisagem Nathalia, Joaquim e eu tínhamos acabado de fazer. Primeiro, por meios próprios, subindo a serra com o nosso carro; depois, na carona do carrinho elétrico do Botanique Hotel, em Campos do Jordão.

    Isso mesmo que você leu, Campos. Admito ter achado por muito tempo que o hotel boutique ficasse na junção dos municípios de São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão. Ele está mesmo é no Bairro dos Mellos, nas franjas da cidade sempre associada à badalação de seu centrinho turístico. Nessa mesma viagem, ficamos no Hotel Toriba, também ótima opção para se hospedar longe do movimento do Capivari.

    Montanhas da Mantiqueira: presença constante em vários pontos do hotel

    Viagem para Campos do Jordão

    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação nos sites de reserva.

    O que fazer em Campos do Jordão

    Onde ficar em Campos do Jordão

    Guia gratuito de Campos do Jordão

    A calmaria do hotel, entretanto, em nada lembra a agitação (e afetação) daquela região. Mal havíamos chegado e eu já estava com vontade de morar ali mesmo, no hall de entrada do Botanique. São 13h30 do domingo e o sol da serra arde do lado de fora. Apesar do dia quente, o calor da lareira às minhas costas me traz muito conforto, juntamente com o chá de capim limão e hortelã. Boas-vindas melhor, impossível.

    Como é o hotel em Campos do Jordão

    Tudo passa pelas características do terreno. O projeto arquitetônico privilegiou a visão da Serra da Mantiqueira, então, restaurante, spa e acomodações foram concebidos para valorizar a beleza natural. Além das suítes acima do prédio principal, o Botanique Hotel é composto por vilas espalhadas pela propriedade.

    Suítes do edifício principal do Botanique, em Campos do Jordão

    Estivemos lá logo na nossa primeira viagem após sairmos da quarentena, em 2021, na pandemia. Naquela época, ele havia virado uma unidade da rede Six Senses. O hotel deixou o portfólio da rede no ano passado. Agora, em março de 2023, reabriu após um retrofit, novamente com administração própria.

    Ficamos hospedados na Nodo, uma das vilas mais escondidas e próximas da recepção. Foi como ter sua própria casa de campo. Apesar de o vidro e a madeira estarem presentes na estrutura geral das vilas, a decoração e a configuração delas são diferentes entre si. A nossa tinha uma banheira de imersão dentro do quarto, diante da cama king. 

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    Um chuveirão ficava uns degraus abaixo da banheira, cercado por janelas com vista para a mata. Para quem está hospedado a dois, a ideia de contemplar o parceiro(a) com a Mantiqueira ao fundo pode soar sexy. Não há indícios de que alguém te veja do lado de fora, já que lá fica o quintal da vila.

    A suíte Nodo tem banheira diante da cama king; ao fundo, a visão da mata

    Separado por um corredor curto envidraçado, a sala de estar com lareira virou dormitório do Quim. Uma cama foi montada no canto. Diferentemente do nosso quarto, não havia blecaute nem cortina, então a luminosidade preencheu a sala nas primeiras horas da manhã. Por sorte, nosso filho estava tendo aula online, não chegando a ser um problema sair cedo da cama. Exceto pelas baixas temperaturas, típicas em Campos, ainda mais em agosto. 

    Na primeira noite no Botanique Hotel, sentimos um pouco de frio, Joaquim principalmente. Foi pura bobeira nossa mesmo, porque a lareira estava ali, carregada de lenha dentro e fora. E o staff do hotel estava à disposição para ajudar quem tenha dificuldade com o acendimento.

    Café quentinho aos pés da lareira para começar o dia frio na serra paulista

    Aquela ideia de casa de campo é reforçada quando você solicita o café da manhã no quarto, sem ter de tirar o pijama para fazer a primeira refeição do dia. Na noite anterior, deixamos uma lista do lado de fora com os itens que queríamos comer. Tudo era trazido nos carrinhos elétricos, no horário determinado pelo hóspede. Como a manhã estava gelada, trocamos o café na na varanda pela mesinha de centro, sentados nas poltronas, perto do fogo.

    O que fazer no Botanique

    O conceito de experiência está bem traduzido na hospitalidade oferecida pelo Botanique Hotel. Tomamos o café da manhã seguinte na agradável área externa do restaurante Mina, com o cantar dos pássaros da região. No almoço, as mesas próximas aos janelões do salão ampliam essa imersão à natureza, com a visão dos canteiros de onde alguns ingredientes saem diretamente para a cozinha. Ervas e plantas são cultivas em caixas dispostas de acordo com a topografia do terreno, na frente do hotel.

    O spa é um dos destaques do Botanique. Nós três ficamos na parte molhada da área de bem-estar do hotel, que inclui uma piscina isotônica. Com a mesma quantidade de sais minerais do corpo humano, ela proporciona a sensação de flutuar, você simplesmente não afunda. De quebra, admira a Mantiqueira pelo vidro.

    De uso exclusivo dos adultos, a sauna seca do Botanique Hotel também oferece visão das montanhas enquanto à vapor com chuva de floresta tropical faz desabar água do teto de tempos em tempos. Rola até um barulho da tubulação que lembra um trovão prenunciando a tempestade refrescante.

    Piscina isotônica, uma das áreas do spa do hotel na Mantiqueira

    A maior parte dos alimentos consumidos no Botanique vem de pequenos produtores locais, caso da sorveteria Eisland. Vizinha ao hotel, visitá-la é um programa a ser feito quando se está em Campos do Jordão.

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    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação de viajantes nos sites de reserva.

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    O próprio Botanique Hotel organiza, com pagamento à parte, tours a fazendas locais, passeios a cavalo e saídas para observar pássaros ou conhecer cervejarias artesanais. Também há mountain bikes à disposição dos hóspedes perto da casa de vidro, na parte baixa do terreno, na chegada ao hotel. É do seu interesse ver um filme na sala de cinema privativa? Acredite, isso também está disponível ali.

    Sombra e espumante fresco durante o piquenique

    E, quando estivemos lá, também fizemos um piquenique sob a sombra de um jatobá mirim, atividade paga separadamente. Foi muito especial. Pouco antes do nosso check out, a gente adorou a ideia de ficar por cerca de três horas saboreando queijos, frios, crepes e pães, encarando as montanhas com a mesma admiração da chegada.  

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  • A natureza de Campos

    A natureza de Campos

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Campos do Jordão é frequentemente associada apenas à badalação. A cidade, de fato, concentra ótimas atrações, mas a natureza da região merece um tantinho de tempo da viagem. Vários programas são em municípios vizinhos, mas a tão poucos quilômetros que nem dá para reparar que se saiu de Campos.

    Dentro da cidade, a pedida é o Horto Florestal. Leve a cesta com guloseimas e faça um piquenique entre araucárias e hortênsias. Com 8.340 hectares, o lugar tem trilhas e viveiros de plantas.

    Báu, Bauzinho e Ana Chata

    Pedra do Baú, Serra, São Paulo - Foto retirada do site da Prefeitura de São Bento do Sapucaí
    PEDRA DO BAÚ – Foto retirada do site da Prefeitura de São Bento do Sapucaí

    O relevo da Mantiqueira reserva bons picos para contemplar a região. O complexo mais famoso é o da Pedra do Baú, a 1.950 metros, em São Bento do Sapucaí, cidade vizinha a Campos. Chegar ao topo do Baú exige esforço e experiência. Quem quer só curtir o visual pode ir à Pedra do Bauzinho, parte do mesmo conjunto, formado ainda pela Ana Chata. Bonita vista no pôr-do-sol.

    Para ir ao Pico do Itapeva, a cerca de 2.000 metros de altitude, já no município de Pindamonhangaba, saia de manhã cedo para aproveitar o céu mais limpo. Dizem que, quando o tempo está bom, dá para ver cidades do Vale do Paraíba e até a Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida.

  • Campos antes do inverno

    Campos antes do inverno

    Se você é do tipo que foge de muvuca, a hora é agora de curtir Campos do Jordão antes do inverno, mas já com um certo friozinho. Com a bela paisagem da Serra da Mantiqueira, boa hotelaria e passeios agradáveis, a cidade é a preferida dos paulistanos para as férias de julho. Todo o pessoal que se espalha no verão pelas várias praias do litoral norte do Estado se concentra num único lugar quando o assunto é montanha. Dá para imaginar a consequência, né.

    Fora de temporada, é uma delícia passear pelo Capivari, sempre com movimento. Entre construções de arquitetura alpina, encontram-se restaurantes, bares e lojas. Aproveite para tomar um chope no bar da Baden Baden, onde conseguir uma mesa no inverno é uma façanha. Pode-se conhecer a fabricação na microcervejaria da Baden Baden, na Vila Santa Cruz. O tour é realizado a cada hora, das 10 às 17 horas, e tem de ser agendado. Na visita guiada, a R$ 10 por pessoa, o turista é apresentado aos 11 rótulos de cerveja da marca e faz uma degustação de dois tipos de chope.

    Outros ícones da cidade são os chocolates Montanhês e Araucária — as duas têm lojas no Capivari. Com mais de 25 anos em atividade, a Montanhês se consolidou em Campos, onde mantém três unidades, e já chegou à mineira Monte Verde, também na Mantiqueira. Na fábrica da Araucária, na Vila Jaguaribe, o viajante pode comprar os produtos e, através de uma parede de vidro, ver como barrinhas, trufas e ramas ganham forma. A visita não é cobrada e pode ser feita das 10 às 18 horas, sem agendamento.

    Para encerrar o dia com um bonito visual, suba o Morro do Elefante de carro ou teleférico. Lá do alto, a 1.700 metros, dá para ver o centrinho do Capivari e contemplar a vista da região.

    Leia mais sobre Campos e Santo Antônio do Pinhal em: Subindo a serra

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