Texto e fotos de Nathalia Molina
O lanche no voo de Buenos Aires para Mendoza vinha numa caixinha com biscoitos e minialfajor da marca Havanna. Eu estava fazendo uma alimentação sem glúten. Peguei o lanchinho e comentei em português com a colega no assento ao lado: ‘Não posso comer, mas vou guardar para meu marido que é louco por alfajor’. A aeromoça da LAN Argentina percebeu que havia algo errado e me perguntou: ‘sois celíaca?’
Respondi que sim porque existe a possibilidade de que eu sofra dessa doença autoimune ou seja intolerante ao glúten. A comissária, então, me deu pacotinhos de chips de mandioca e de batata e ‘alfajor’ fabricado com flocos de arroz. Vendido em supermercados do país, ele passa longe de ser o tradicional alfajor — é muito duro por causa da textura do biscoito de arroz –, mas caiu bem poder comer um docinho.
Fiquei muito feliz. Eu havia chegado na madrugada anterior a Buenos Aires, quase não tinha dormido e já voava cedinho em direção a Mendoza – havia sido convidada pelo Destino Argentina, pela LAN Argentina e pela vinícola Familia Zuccardi para um roteiro combinado entre para a cidade famosa pelos vinhos Malbec e a capital do país, Buenos Aires.
Aquela gentileza da aeromoça da LAN Argentina, portanto, foi meu primeiro contato com a realidade muito favorável que quem não pode comer glúten encontra no país. Aos poucos me dei conta de que a Argentina é o paraíso gluten free.
A demanda interna é tanta que a LAN Argentina mantém a opção de comida sem glúten nos voos domésticos. Se você não puder comer glúten e estiver viajando pela companhia entre cidades argentinas, lembre-se de avisar aos comissários.
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