Autor: Fernando Victorino

  • Berlim (Alemanha): pontos turísticos, hotéis e mais dicas

    Berlim (Alemanha): pontos turísticos, hotéis e mais dicas

    Há sempre muito o que fazer na capital da Alemanha. Por isso, dicas de Berlim são sempre bem-vindas para você montar seu roteiro. É uma cidade que pulsa dia e noite graças à mistura de intensa vida cultural, história em estado bruto, comida de primeira e apetite de sobra para ditar novos padrões de comportamento. É um lugar que transforma e se deixa transformar, então desconfie de quem diga que sabe tudo sobre Berlim. Na cidade nada é definitivo, sempre há algo de novo acontecendo.

    A maior cidade alemã é uma maravilha mutante que recebia uma média de meio milhão de turistas por dia antes da pandemia. É gente que está em visita ao Portão de Brandemburgo, à Cúpula do Reichstag (é possível tomar um café da manhã no restaurante Käfer na cúpula do parlamento alemão), à Torre de TV de Berlim (garanta ingresso sem fila) e ao Checkpoint Charlie. E também explorando ruas de bairros tradicionais como Mitte ou de distritos que caíram nas graças da gente hipster na última década, casos de Prenzlauer Berg, Kreuzberg e Neuköln (existe um tour de 4 horas pela Berlim alternativa que passa por esses bairros). Entre as atividades disponíveis na cidade, aliás, tem um pouco de tudo: de tour histórico a pé de 2 horas a passeio de barco pelo Rio Spree e até dar uma volta dirigindo um Trabant (o carro-símbolo da Alemanha Oriental).

    Berlim foi capital do Reino da Prússia, do Império Alemão, da República de Weimar e do Terceiro Reich antes de ser esquartejada em 4 zonas de ocupação depois da Segunda Guerra Mundial, embora seu território estivesse totalmente localizado na área de domínio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

    O êxodo de alemães, seduzidos pelas vantagens econômicas e sociais oferecidas pelo lado ocidental da cidade, levou o governo a fechar as fronteiras de forma definitiva. Com o apoio de Moscou, o Muro de Berlim foi erguido em 13 de agosto de 1961, separando a capital da futura República Democrática Alemã dos setores americano, britânico e francês, isolados em Berlim Ocidental.

    Novembro de 2019 marca os 30 anos da queda do Muro de Berlim. Desde então, a reunificação promoveu mudanças na paisagem e nos costumes, algo como não se registrou em nenhuma outra cidade da Europa. O lado cosmopolita e inovador se acentuou, as conexões com o passado não foram perdidas e as políticas públicas adotadas desde então focaram num futuro sustentável, na esperança de que as dores do crescimento sejam minimizadas.

    Por tudo isso, não importa se você planeja um roteiro em Berlim de 3 dias, por exemplo. Seja mais ou menos que isso, saiba que todo tempo sempre será pouco para descobrir a cidade, que estará diferente, maior e mais radiante quando você retornar.

    Confira abaixo o que fazer em Berlim, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série com opções de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | BERLIM

    Catedral de Berlim, perto da Ilha de Museus – Foto: @ComoViaja

    pontos turísticos

    Não é de hoje que um dos mantras de Berlim é o de cidade com 1.500 eventos diários para aproveitar, numa escala que compreende 24 horas por dia, 365 dias por ano. Por isso, antes de embarcar para a capital da Alemanha, vale checar as opções e garantir ingressos e tours em Berlim — este link é da GetYoutGuide, parceria do Como Viaja que trabalha vendendo serviços turísticos em diferentes cidades pelo mundo; como é uma empresa alemã, estão disponíveis muitas atividades turísticas na Alemanha.

    Para admirar sua grandiosidade de cima, suba os 368 metros de altura da Torre de TV de Berlim, cartão-postal do lado leste da cidade, na Alexanderplatz. Essa é uma das icônicas praças berlinenses juntamente com a Potsdamer, perto da qual as crianças podem se divertir brincando na Legoland Berlim. Os pequenos também curtem o Zoológico de Berlim, o mais antigo da Alemanha, as visitas ao AquaDom e ao SeaLife (que têm ingresso combinado com acesso prioritário) e ainda o rico acervo do Museu de Tecnologia (Technikmuseum), famoso pela carcaça de avião suspensa do lado de fora do prédio.

    Em matéria de museus, a capital da Alemanha tem uns 200. É possível visitar desde o inusitado museu dedicado à salsicha (currywurst) a programas clássicos, como o Museu de História Natural de Berlim (garante o ingresso com áudio guia). Nas instituições agrupadas às margens do Rio Spree, na chamada Ilha de Museus, se encontram preciosidades. O Portão de Ishtar e o Altar de Pérgamo, por exemplo, fazem parte do magnífico acervo do Pergamonmuseum.

    Berlim é uma aula prática sobre Guerra Fria, especialmente para quem cresceu em meio à polarização do mundo entre os blocos capitalista e socialista. Dos trechos do Muro que permanecem de pé, o maior deles (1.316 km) virou nas mãos de artistas locais e estrangeiros uma grande galeria a céu aberto, a East Side Gallery, monumento à liberdade.

    O interessante DDR Museum (compre entrada sem fila para o museu) mostra como era o cotidiano da Alemanha Oriental. Para quem gosta de história, o tour a pé sobre o Terceiro Reich e a Guerra Fria inclui paradas no Memorial dos Judeus Mortos e nos lugares onde ficam o bunker de Hitler e instituições como SS e Gestapo. Stasi Museum e Deutsches Spionagemuseum são espaços dedicados às atividades de espionagem e segurança praticadas pelos serviços secretos da Alemanha e do mundo.

    Em reconhecimento aos erros do passado nazista, o Memorial aos Judeus Mortos da Europa é um espaço de reflexão e alerta. Um tour pelo bairro judeu de 2,5 horas mostra arquitetura e história da fundação da cidade até a resistência ao nazismo. O pedido para que equívocos assim não se repitam é recorrente em passeios guiados em instituições ou atrações que tenham ligações com o regime de Adolf Hitler. Caso do Estádio Olímpico de Berlim, construído para ser um dos símbolos da propaganda nazista durante os Jogos de 1930.

    HOTÉIS

    Na hora de decidir onde ficar em Berlim lembre-se que Mitte (meio, em alemão) é a região mais central. Seu perímetro cobre os principais pontos turísticos da capital alemã e por isso reúne as principais opções de hotéis, quase todos localizados próximos a estações de trem ou metrô, aliados importantes nos deslocamentos pela cidade. Durante nossa viagem à Alemanha com criança, nos hospedamos por 5 noites no NH Berlin Collection am Checkpoint Charlie, em frente ao Museu da Comunicação, na Leipziger Strasse. E pernoitamos ainda no Novotel Berlin Mitte, que tem um lounge para crianças, com videogame, brinquedos e livros.

    Na efervescência cultural de Kreuzberg, o Mövenpick Hotel Berlin am Potdsdamer Platz é um 4 estrelas que funciona numa antiga unidade restaurada da empresa de eletrônicos Siemens. Fica em frente a um dos bunkers dos tempos do nazismo, hoje um museu com documentação aberta à consulta do público. O Hotel Johann é alternativa para orçamentos enxutos, localizado a 15 minutos dos bares, restaurantes e boutiques da Bergmannstrasse, território frequentado por moradores do bairro.

    Eco-friendly, sustentável, com oferta de comida vegetariana e orgânica, o Almodovar Hotel é a cara de Friedrichshain, distrito separado de Kreuzberg por um canal do Spree, mas unido em espírito: o de romper com convenções sociais. Fica próximo ao melhor da vida noturna da região da Simon-Dach-Strasse e a cerca de 20 minutos de metrô da Alexanderplatz.

    Em busca de algo que seja a cara de Berlim? Experimente se hospedar no Huttenpalast, onde um velho galpão de fábrica foi preenchido por trailers e cabanas de madeira transformadas em aconchegantes dormitórios. Há também a opção de suítes tradicionais para até 3 pessoas. Tudo isso em Neukölln, velho bairro operário que atualmente atrai jovens alternativos interessados em diversão até a alta madrugada.

    O Myer’s Hotel Berlin é o retrato de Prenzlauer-Berg: assim como o bairro, o prédio de estilo neoclássico do século 19 foi repaginado ao sabor da urbanidade local dos dias atuais. Todos os quartos são decorados de forma única. No entorno do hotel boutique estão cafés, ateliês e galerias que conferem ao coração da antiga Berlim Oriental um ar moderno e conectado com as principais tendências da moda e de comportamento. O Hotel Oderberger conservou a piscina que pertencia a uma centenária casa de banho pública em Prenzlauer Berg. Quando não está ocupada por eventos, ela é um dos atrativos desse hotel boutique de 70 quartos.

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    RESTAURANTES

    Saco vazio não para em pé, já dizia a vovozinha. Então fique sabendo que não faltam lugares onde comer em Berlim. A cidade tem em torno de 9.400 opções para saciar a fome, entre restaurantes, cafés, lanchonetes e food trucks. Tem cozinha asiática, do oriente médio, francesa, italiana, mediterrânea, vegana, vegetariana. Se você se delicia provando comidas nos lugares que visita, existem um tour gastronômico no Mitte e outro pelo bairro de Kreuzberg.

    Por ano, berlinenses e turistas devoram em torno de 70 milhões de currywursts, uma das comidas típicas da Alemanha. Aqui, a famosa salsicha da capital é servida com molho de tomate e curry, acompanhada de batata frita (pomme frite). Comida de rua basicona, ela é especialidade do Curry 36, que funciona a pleno vapor no número 36 da Mehringdamm, em Kreutzberg. No mesmo bairro, em um banheiro público restaurado sob a linha do metrô Schlesisches Tor, o Burgermeister serve hambúrgueres com molhos caseiros e fritas até tarde da noite.

    Clássicos como joelho de porco ou bulette (almôndegas de carne) com salada de batata e chucrute (sauerkraut) são parte do cardápio da rústica Brauhaus Lemke am Schloss, cervejaria que tem três endereços na cidade, um deles em frente ao Palácio de Charlottenburg, ponto turístico a ser visitado numa dobradinha (por que não?). Esses pratos que são a própria identidade alemã ganharam versões sofisticadas no PeterPaul, localizado no Mitte.

    Berlim tem 20 restaurantes que integram a edição mais recente do prestigiado Guia Michelin. De menu asiático, o Tim Raue foi uma das 6 casas a receber duas estrelas da publicação francesa, que no ano passado elegeu Sebastian Frank, do Horváth (2 estrelas desde 2015), o melhor chef da Europa, comprovando a importância da capital alemã no cenário mundial da alta gastronomia.

    A cidade também se destaca pela originalidade à mesa. Dono da primeira estrela Michelin em 2019, o Coda é um bar do distrito de Neuköll que só serve sobremesas para acompanhar seus coquetéis. No futurista Data Kitchen os pedidos são feitos num tablet e um e-mail avisa quando os pratos devem ser retirados das caixas individuais que formam uma parede do salão do restaurante, localizado no Mitte. Ainda no quesito peculiaridades, é possível tomar um café da manhã robusto a qualquer hora do dia ou da noite. Primeira filial fora de Israel, o Benedict explora o conceito de brinner (brunch + dinner), com especialidades matinais de várias partes do mundo.

    Feita de trigo e fermentada na própria garrafa, a cerveja típica de Berlim (Berliner Weiss) pode ser apreciada num biergarten (de abril a setembro) e em cervejarias clássicas alemãs, como Löwenbräu e Paulaner. Com cerca de 60 produtores locais, a capital também se tornou referência na fabricação de cerveja artesanal, com destaque para Brlo Brwhouse, Berliner Republik e Eschenbräu, pioneira micro cervejaria em funcionamento desde 2001.

    compras

    Até o mais respeitoso usuário de cartão crédito é seduzido pelo circuitinho básico de compras em Berlim. Centro importante da indústria da moda, a cidade oferece as últimas tendências em lugares como o Bikini Berlim, primeiro shopping center da Alemanha, perto da Igreja Kaiser Wilhelm.

    A poucos passos está localizada a Kurfürstendamm — Ku’damm, como a avenida é chamada pelos íntimos e por ortodoxos compradores que não dispensam grifes como Lagerfeld ou Tommy Hilfiger. A gigante loja de departamentos KaDeWe também vende moda internacional e tem um 6º andar que faz a alegria dos foodies que estejam pela Tauentzienstrasse, outra rua comercial bem movimentada.

    Na Alexanderplatz, coração da velha Berlim Oriental, a Galeria Kaufhof vende roupas, acessórios, presentes e tem um restaurante que salva a pátria da fome fora de hora. Peças feitas pelos melhores designers da cidade estão à venda na loja Boxoffberlin, na Zimmerstrasse, ao lado do museu dedicado ao Trabi, o carro-simbolo da Alemanha Oriental.

    Bonequinhos do farol de Berlim, os Ampelmännchen viraram uma marca bem sucedida de artigos diversos vendidos em unidades próprias, como as da Gendarmermarkt ou da Unter den Linden, a avenida mais importante de Berlim, onde construções famosas — Universidade Humboldt, Museu Histórico Alemão, entre outras — dividem espaço com restaurantes, cafés e lojas.

    O estilo multicultural de Prenzlauer-Berg, Kreutzberg e Neuköln se reflete no comércio local, composto por novos talentos do design, criadores de moda alternativa e sustentável, adeptos do estilo urbano e, muita vezes, na contramão da produção em larga escala e impessoal. Möon, Flagshipstore e Blank Etiquette são marcas que  traduzem o espírito dos jovens moradores profissionais que adotaram esses bairros da antiga Berlim Oriental.

    TRANSPORTE

    Berlim tem dois aeroportos conectados por trem com o centro da cidade: para deixar o Schönefeld (18 km), use as linhas S9 e S49 do S-Bahn ou o Airport Express — ambos param na estação central (Hauptbahnhof). Mesmo destino de quem desembarca nos terminais do Tegel (8km), de onde os ônibus 109, 128 e o Jet Express Bus TXL levam 15 minutos para chegar à principal parada de trens da cidade.

    Se optar por táxi (a partir de 3,50 euros), procure pelos pontos oficiais do aeroporto. Embarque em veículos que tenham número de matrícula escritos no vidro traseiro. Ou então esqueça o carro, contribua com o meio-ambiente e vá de transporte público. Berlim tem uma complexa rede de trens (S, verde), metrôs (U, azul) e ônibus que conecta a cidade de modo integrado.

    Nas estações, os bilhetes são vendidos em máquinas amarelas e vermelhas, de acordo com zonas tarifárias: A (zona central, mais turística), B (centro e aeroporto Tegel) e C (aeroporto Schönefeld e a cidade de Potsdam).

    Existem cartões que incluem transporte e dão desconto em atrações na capital alemã. Um deles é o EasyCity Pass, com S-Bahn, metrô, ônibus, bonde e trem regional. Já o Berlin WelcomeCard dá direito a transporte público nas zonas A e B e tem versões de 48 horas a 6 dias. Importante: valide seu tíquete antes de embarcar ou a multa será puxada.

    A linha de ônibus TX 100 conecta os lados leste e oeste da cidade e passa por cartões-postais num trajeto de 8 km que dura cerca de meia hora. Embarcar em um ônibus turístico de 2 andares pode ser um programa diferente, ainda mais se você estiver com criança. O ônibus hop on hop offpermite descer nos principais pontos turísticos e depois embarcar no veículo seguinte.

    Até 2020, Berlim tem planos para reduzir em cerca de 270 milhões de toneladas os níveis de poluição da cidade. Por isso, os deslocamentos de bicicleta são valorizados. Há estações de aluguel de bike e excursões guiadas de 3 ou 4 horas de bicicleta passando pelos destaques da cidade.

    MOEDA

    Em Berlim, o euro é bem aceito, obrigado. Cartões de débito e de crédito também são bem-vindos em lojas, restaurantes e hotéis. E carregue com você dinheiro vivo suficiente para as primeiras despesas assim que chegar à cidade.

    Se precisar trocar moeda, tem duas casas de câmbio (Wechselstuben) no terminal A do aeroporto Tegel: ReiseBank e Euro-Change — há unidades também nas grandes paradas de trens e metrô. Caixas eletrônicos ATM (Geldautomat) funcionam 24 horas em centros comercias e estações de transporte público.

    Cartões das bandeiras Visa e Mastercard são mais bem aceitos que Amex e Diner’s, mas pergunte antes de comprar ou comer, já que há estabelecimentos (especialmente os menores) que só aceitam pagamento em cash.

    Gorjetas: nos restaurantes, deixe 10% ou mais do total da conta, dê 1 ou 2 euros por dia ao pessoal que arruma os quartos e a mesma quantia por mala aos carregadores nos hotéis e acrescente entre 10% ao valor arredondado da corrida de táxi.

    CLIMA

    O clima de Berlim é temperado, com a temperatura oscilando ao longo do ano, criando uma atmosfera única na cidade para cada estação. O verão vai de maio a agosto, com os termômetros passando dos 20°C — com picos de 30°C, que levam turistas e moradores para os bares de praias montados na beira do rio.

    As cores do outono ficam mais evidentes na paisagem dos parques públicos, como Volkspark e do Tiergarten. De setembro a dezembro, as temperaturas mínimas ficam abaixo dos 10°C, podendo atingir marcas negativas no último mês do ano.

    Berlim enfrenta seu momento de inverno mais rigoroso entre janeiro e fevereiro, quando a neve tinge de branco a capital alemã, o Spree congela e o público se entoca em museus e cafés.

    A primavera traz de volta gente às ruas, mas de casaco, touca, luva e cachecol dependendo dos dias. Enfrentamos vento frio e cortante no fim de março, quando os termômetros apontavam 3°C nos fins de tarde e início de manhã.

    EVENTOS

    Dezembro é tempo do mercado de Natal da Gendarmenmarkt, em Berlim – Foto: Scholvien/Divulgação

    No calendário anual da cidade, fevereiro é mês do Festival de Cinema de Berlim, que já conferiu Urso de Ouro para Central do Brasil, em 1998. O verão é tempo de curtir a vida ao ar livre, seja em passeios de barco pelo Rio Spree ou sentado nos bares temporários montados à beira dele. O sol e o calor animam alemães e estrangeiros a se deitar no gramado de parques como o Tiergarten ou em outras tantas áreas verdes que recobrem 30% da cidade.

    A estação mais quente do ano reserva ainda um carnaval multicultural em Kreuzberg e concertos de música clássica a céu aberto na Gendarmenmarket. Nessa praça, no inverno, é montado um dos mais bonitos mercados de Natal de Berlim, em meio a maravilhas da arquitetura, como a Sala de Concertos, a Catedral Francesa e a Neue Kirche. A cidade também fica especialmente bonita à noite durante o Festival de Luzes em Berlim, quando rola uma excursão em ecotáxi numa espécie de riquixá, por um período de 1 a 2 horas.

    Mas não é preciso haver nenhuma data especial para se celebrar. A vida noturna de Berlim é cultuada como uma das melhores da Europa porque vai de segunda a segunda, com algumas festas se prolongando além dos primeiros raios de sol. Casas como Tresor, Berghain, Felix Club e Watergate são tão conhecidas pela música de qualidade tocadas por seus DJ’s quanto pelas concorridas filas para entrar. E não se aborreça se por acaso você não for aprovado pelo hostess de alguma dessas casas. Não é nada pessoal.

    MAIS DESTINOS

    Uma viagem a Berlim fica mais completa com uma excursão a Potsdam e seus castelos, a cerca de 40 minutos da capital alemã. Reserve um dia para conhecer as maravilhas arquitetônicas declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Com saída em Berlim, há tours guiados pelo Palácio de Sanssouci, construção em estilo rococó que possui um enorme e geometrizado jardim.

    Vale a pena também dar uma passada no centrinho de Potsdam para conhecer o bairro holandês, conjunto de casas de tijolinho construídas no século 18 para colonos holandeses, hoje ocupadas pelo comércio. Na História, a cidade foi palco de um encontro entre países vencedores da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Na Conferência de Potsdam, Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha decidiram o futuro da Alemanha, que havia se rendido.

    Em torno de 3 horas de trem separam Berlim de Dresden, uma das 11 principais cidades da Alemanha para turismo, situada no vale do Rio Elba. Segundo destino na Alemanha mais procurado por brasileiros (depois de Berlim), Munique está a 2 horas de voo da capital — leia Guia Munique, com dicas grátis e completas para sua viagem. Se quiser experimentar dirigir nas autobahns alemãs, parta para o aluguel de carro e caia nas ótimas estradas do país.

    De avião, Viena fica a pouco mais de uma hora de Berlim. Há 10 anos, a capital da Áustria é eleita a melhor cidade do mundo para se viver, segundo ranking da consultoria Mercer. Leia também o Guia Viena, para se planejar com nossas dicas gratuitas.

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  • Circuito das Águas (SP): o que fazer e onde ficar nas 9 cidades

    Circuito das Águas (SP): o que fazer e onde ficar nas 9 cidades

    Família paulistana que se preze não pode se considerar viajada nesta vida se não botou os pés no Circuito das Águas, o conjunto formado por 9 cidades do interior de São Paulo, todas a menos de 160 km da capital paulista. Se a ideia for passar uns dias pela região, para explorá-la com calma, veja hotéis no Circuito das Águas na Booking, com opções para vários perfis de viajantes. Por lá, fontes e balneários ainda atraem os que vão em busca de tratamentos medicinais alternativos.

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    Holambra e Socorro se destacam entre viajantes que gostam de flores e esportes na natureza, respectivamente. O artesanato e a moda em malha e em couro ainda são ativos importantes de cidades como Serra Negra. Tudo isso, ao que parece, não mudará. A Expoflora Holambra, por exemplo, faz mais sucesso a cada primavera. E, seja qual for o mês da viagem, a Civitatis, agência parceira do Como Viaja, vende tours e passeios em Holambra.

    De uns bons anos para cá, uma passadinha por Jaguariúna, Amparo ou Lindoia ganhou força e vitalidade graças a atividades esportivas em meio à natureza e ao turismo gastronômico, que permite a novos visitantes degustar cachaças, cafés e pratos regionais.

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    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação de viajantes nos sites de reserva.

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    Some-se a isso o acesso fácil pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes e pela Rodovia D. Pedro I (esta acessível também por Dutra e Fernão Dias), todas bem sinalizadas e com boas condições de dirigibilidade. A coisa, literalmente, entorta um pouco na estrada do Circuito das Águas, sinuosa e com poucos pontos de ultrapassagem. Ou seja, é preciso ter aquele espírito, digamos, mais maduro e menos impetuoso para aproveitar bem a viagem.

    A seguir, um resuminho básico do que fazer em cada uma das 9 cidades do Circuito das Águas de São Paulo e links para você ver onde ficar nos destinos do roteiro no inteior paulista.

    1 | Águas de Lindoia

    DISTÂNCIA DE SP: 160 KM

    Uma visita à capital brasileira do termalismo deve incluir a passagem pelo Balneário Municipal. Nele é possível tomar banho de piscina abastecida com água mineral ou se submeter a tratamentos alternativos que ajudam no combate a problemas que vão de ácido úrico à TPM. Massagens, ducha escocesa e o stangerbad (banho em que são emitidas pequenas correntes elétricas, classificado como acupuntura sem agulhas) estão entre os serviços oferecidos pelo balneário, que tem jardins de Burle Marx, responsável também pelo projeto paisagístico da Praça Adhemar de Barros, cartão-postal e ponto de encontro da cidade.

    Para admirar Águas de Lindóia do alto, suba ao Morro Pelado, a 1.400 metros de altitude. A visão é tão ampla que dá até para enxergar Monte Sião, município vizinho que fica em Minas Gerais.

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    2 | Lindoia

    DISTÂNCIA DE SP: 155 KM

    Saiba que 40% da água mineral bebida no Brasil vem de Lindóia. Razão pela qual uma garrafa gigante da marca de água que leva o nome da cidade tem valor de monumento. Lindóia está no centro do Circuito das Águas, envolta pela Serra da Mantiqueira, e é cortada pelo Rio do Peixe, que apresenta cachoeiras. Alimentado pelas nascentes que descem das montanhas, o lago da cidade tem 5 km de extensão e serve de palco para a prática de jet ski e wakeboard. A exemplo de Águas de Lindóia, o Cristo Redentor é o principal mirante do município. Alguns produtores rurais recebem visitantes interessados em provar vinho e cachaça locais.

    3 | Serra Negra

    DISTÂNCIA DE SP: 150 KM

    Uma das cidades mais verticais do circuito (os prédios do centro já rivalizam no horizonte com as montanhas), Serra Negra tem como é ponto mais alto o Pico do Fonseca, com 1.310 metros de altitude. O teleférico que sai da Praça Sesquicentenário é indicado para quem deseja registrar a cidade em fotos lá de cima. Em terra firme, dê um giro de 50 minutos a bordo do trenzinho maria fumaça (na verdade, são coloridas jardineiras abertas que rodam os principais pontos turísticos, entre eles as fontes Santo Agostinho e Santa Luzia — aproveite essas duas paradas para beber a água mineral que desce fresca da nascente.

    E gaste sola de sapato (o uso de tênis é recomendado) circulando pelas lojas que vendem malhas e artigos de couro do circuito da Rua Coronel Penteado e arredores. As lojas são muitas, os produtos se parecem e a solução é procurar o melhor preço. A Disneylândia dos Robôs é uma terra de brinquedos e engenhocas feitas a partir de sucata. Paga, a atração conquista a atenção da meninada. A cerca de 6 km do centro da cidade fica o complexo turístico Macaquinhos, com piscina, área para piquenique, animais de fazenda e, claro, macaquinhos que deram nome e fama ao lugar.

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    4 | Holambra

    DISTÂNCIA DE SP: 150 KM

    De todas as cidades pertencentes ao Circuito das Águas, Holambra é certamente a mais conhecida no território brasileiro. O município fundado por imigrantes holandeses depois da Segunda Guerra é o principal centro produtor de flores do país. Para admirar a beleza das espécies cultivadas na região não é necessário esperar pela Expoflora festa que atrai milhares de turistas anualmente, entre setembro e outubro. Durante o ano todo, o Garden Center é um shopping de plantas e flores, que tem restaurante e parquinho infantil.

    No centrinho, os traços da colonização holandesa se fazem presentes nas casinhas coloridas que abrigam cafés, lojas e restaurantes, bem como no moinho dos povos unidos (cartão postal da cidade) e nas festas organizadas pela comunidade formada por cerca de 11 mil pessoas, a maioria descendentes dos imigrantes que fundaram Holambra — junção das iniciais de Holanda, América e Brasil.

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    5 | Pedreira

    DISTÂNCIA DE SP: 140 KM

    A fama de Pedreira vem da porcelana, fartamente vendida em uma sequência de lojas do centrinho. E que ainda integra o acervo do Museu Histórico da Porcelana, atração para quem deseja ver fotos dos primeiros imigrantes italianos que chegaram à região, entre outros objetos que ajudam a recontar a história dessa cidade às margens do Rio Jaguari. O restaurante Peixada do Lago é imã de turistas há muitos anos.

    Porcelana: produtos típicos de Pedreira – Foto: Miguel Schincariol/Divulgação

    6 | Amparo

    DISTÂNCIA DE SP: 135 KM

    O charmoso casario colorido é símbolo da prosperidade vivida por Amparo durante o ciclo cafeeiro paulista, entre os séculos 19 e 20. As calçadas largas facilitam o passeio a pé pelo centro histórico. Restaurados, edifícios como o Mercado Municipal e o Museu Bernardino de Campos (antiga sede da prefeitura) são pontos turísticos, bem como a estação de trem de 1875, responsável por escoar a produção de café. O grão ainda é produzido em fazendas centenárias, como a Boa Esperança, aberta a visitação. Propriedades como as fazendas Engenho da Palmeira e Cascata serviram de cenário para a novela o Rei do Gado, da TV Globo, nos anos 1990.

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    Amparo, no Circuito das Águas
    Amparo, no Circuito das Águas – Foto: Miguel Schincariol

    7 | Socorro

    DISTÂNCIA DE SP: 135 KM

    Na região da Serra da Mantiqueira, Socorro tornou-se um dos principais destinos de turismo ecológico do Brasil. O rafting pelo rio do Peixe é uma tradição da cidade, que também oferece a tirolesa de 1 km de extensão — sem esquecer da versão voadora, em que o visitante desce deitado de barriga para baixo. O turismo de aventura para portadores de necessidades especiais também é um dos destaques do destino. De queijo a cervejas, passando por cachaças e doces, muitas mercadorias artesanais estão à venda em lojas e restaurantes.

    Propriedades abrem suas porteiras para quem deseja ver de perto estes produtos serem fabricados. Lugares como o Rancho Pompéia servem o típico café caipira. As fontes de água mineral seguem atraindo visitantes, assim como as cerca de 200 malharias que fazem de Socorro um importante polo produtor do estado desde os anos 1960.

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    Arvorismo em Socorro – Fotos: Divulgação

    8 | Monte Alegre do Sul

    DISTÂNCIA DE SP: 130 KM

    Os italianos que se estabeleceram em Monte Alegre do Sul no fim do século 19 aproveitaram o clima frio da região, no vale do Rio Camanducaia, para plantar morangos e uvas. Com as últimas, além de vinho, eles produziam a grappa, aguardente tipicamente italiano feito com bagaços. A partir do cultivo da cana de açúcar, o destilado produzido passou a ser a cachaça, o que explica os cerca de 25 alambiques locais abertos à visitação e a oferta da bebida em sua forma artesanal nos bares e restaurantes do centro histórico.

    As águas da cidade são dotadas de propriedades medicinais e empregadas em tratamentos oferecidos no Balneário Municipal, um dos pontos turísticos da cidade ao lado do Santuário do Senhor Bom Jesus. Uma mini cidade faz a alegria das crianças assim como a réplica da maria fumaça que fica na velha estação ferroviária da cidade.

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    9 | Jaguariúna

    DISTÂNCIA DE SP: 120 KM

    Uma visita a Jaguariúna deve incluir o passeio de maria fumaça rumo a Campinas. Na ida ou na volta, pare um pouco na estação restaurada, onde estão o Museu Ferroviário e o Botequim da Estação, cuja especialidade é picanha na pedra. Cortada por 3 rios, a cidade tem um parque para a prática de esportes aquáticos — como wakeboard e esqui — e colchões infláveis sobre a água, para crianças e adultos pularem e escorregarem a valer. Jaguariúna faz parte do Circuito Nacional de Rodeio, cuja etapa na cidade completa 30 anos em 2018.

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    Maria-fumaça de Jaguariúna – Foto: Miguel Schincariol/Divulgação

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  • Dicas de Curitiba: o que fazer, onde ficar e o que provar

    Dicas de Curitiba: o que fazer, onde ficar e o que provar

    ATUALIZADO EM 23 DE DEZEMBRO DE 2018

    No Brasil de municípios surgidos ao sabor do crescimento desordenado, Curitiba sempre foi aquele pontinho (de orgulho) fora da curva. A capital do Paraná ganhou o apelido de cidade modelo por causa do planejamento urbano que, desde os anos 1970, colocou bem-estar e qualidade de vida da população como prioridades, alinhado à preservação de seus mais de três séculos de patrimônio histórico e da manutenção de áreas verdes.

    Espaços como a Ópera de Arame simbolizam essa ideia de cidade. Um complexo cultural forjado em ferro e vidro sobre um lago em pleno Parque das Pedreiras. Inaugurado em 1992, o teatro com capacidade para cerca de 1.600 pessoas é rodeado por vegetação nativa e tem cascata artificial.

    Dessa harmonia entre o cinza urbano e a natureza nasceu o orgulho que os curitibanos têm de seus parques e bosques, indicados para passeios em Curitiba. A cidade conta com cerca de 30 deles e quase todo bairro tem o seu. O maior é o Parque Barigui, no bairro Mercês. Nesse pulmão da cidade, formado por 1,5 milhão de m² de vegetação, onde residem animais silvestres, dá para correr, pedalar, fazer ioga ou declarar amor eterno ao prender um cadeado na chamada ponte dos namorados. Instalado em uma pedreira desativada, o Parque Tanguá tem um mirante de onde se pode testemunhar o pôr do sol em Curitiba.

    Se a intenção for enxergar a cidade de um ponto de vista privilegiado, a sugestão é encarar os cerca de 95 metros de altura do mirante da torre panorâmica, mais um dos lugares para visitar e comprovar a presença dos bolsões verdes que cobrem a capital.

    Parque Tanguá: melhor pôr do sol em Curitiba – Foto: Nani Gois/Divulgação

    Em Curitiba, causar o menor impacto ao meio ambiente é tarefa que vem de longe. Em 1971, a cidade foi a primeira do Brasil a ter uma via pública destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres. Com cafés, bancas e lojas, a Rua XV de Novembro, a Rua das Flores, é famosa pelos canteiros coloridos e por um ponto de encontro que serve como termômetro dos ânimos curitibanos.

    A Boca Maldita não é um espaço delimitado fisicamente, mas um ajuntamento de rodas de conversa que tratam de temas do momento, com destaque para a política. No Natal, a agitação na região da XV é motivada pelas concorridas apresentações dos corais de crianças, que cantam nas janelas do Palácio Avenida, edifício art déco que fica ricamente decorado e iluminado nas festas de fim de ano.

    Cidade sem metrô por opção, Curitiba apostou, quase 45 anos atrás, em um sistema de ônibus que corresse por caminhos exclusivos, com paradas em futuristas estações-tubo, em que para embarcar fosse necessário ter em mãos um bilhete em vez de pagar a tarifa ao motorista ou ao cobrador. Revolucionário, o sistema inspirou outras cidades do mundo (o Rio e seu BRT é uma delas), virou símbolo de eficiência e alimentou o marketing da cidade verde e vanguardista.

    Expressos, ligeirões e outras linhas são responsáveis por deslocar quase metade da população por suas canaletas diariamente, mas já não conseguem manter a regularidade de passar a cada minuto, como antigamente. Mesmo assim, são a maneira mais rápida e econômica de conhecer a cidade sem apelar para o automóvel, táxi ou não.

    Descolados talvez torçam o nariz, achem aquele micaço, mas subir num ônibus de dois andares da Linha Turismo pode ser uma alternativa interessante ao visitante. Custa R$ 45 e permite ao viajante desembarcar em 4 pontos turísticos de Curitiba, podendo prosseguir viagem depois de visitar a atração com calma. Os ônibus circulam a cada 30 minutos e passam por 23 cartões-postais da cidade. É possível subir e começar o passeio em qualquer ponto do roteiro, que tem início na Praça Tiradentes, onde Curitiba foi fundada em 29 de março de 1893. Funciona de terça a domingo, das 9 horas às 17h30.

    Jardim Botânico e Museu do Olho

    O Jardim Botânico, um dos principais pontos turísticos de Curitiba, é uma das paradas do itinerário. A atração mais visitada da cidade é a soma de canteiros ao estilo geometrizado francês com uma estufa que nos remete aos palácios de cristal típicos da Inglaterra do século 19. No seu interior estão inúmeras espécies da nossa flora.

    Jardim Botânico é atração mais visita em Curitiba – Foto: Divulgação

    Mas em Curitiba não há espaço só para a inspiração europeia. O Museu Oscar Niemeyer (MON) carrega o nome do gênio da arquitetura brasileira. As cerca de 4.000 peças incluem trabalhos de artistas locais, como Alfredo Andersen, João Turin e Helena Wong, e obras de autores de expressão nacional, casos de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari. É neste edifício, cujo formato lembra o olho humano, que fizeram parte das mostras temporárias as peças de arte compradas com dinheiro de propina, apreendidas pela Operação Lava Jato.

    A área externa do MON recebe eventos como festivais de cervejas e de hambúrgueres artesanais. Aliás, se o tempo de viagem permitir, Curitiba tem tours de vinho e de cerveja em sua região metropolitana, em fábricas de São José dos Pinhais, a cerca de 40 km da capital paranaense.

    Museu do Olho, que leva o nome de Oscar Niemeyer – Foto: Nani Gois/Divulgação

    Batel, Rua 24 Horas e Santa Felicidade

    A dobradinha de cerveja com hambúrguer também é encontrada em outros restaurantes e bares da cidade, especialmente no Batel, bairro próximo ao centro histórico e sinônimo de boa-mesa, diversão e compras — além de lojas, há três shoppings na região (Curitiba, Cristal e Pátio Batel).

    As principais redes de hotéis em Curitiba estão no Batel, com hospedagem que alternam entre três e quatro estrelas (Ibis, Mercure, Pestana e Slaviero são alguns deles). No mesmo bairro, fica o cinco-estrelas Nomaa, famoso pelo brunch aos domingos, quando atrai tanto turistas quanto moradores da cidade. É um programa indicado para quem gosta de mimos e busca o que fazer em Curitiba no fim de semana.

    A lista de lugares onde comer tem aumentado. Nos últimos anos, novas opções abriram pela cidade, com propostas culinárias que atraem adeptos da comida de boteco, dos sanduíches gourmet ou da cozinha criativa. Se a fome bater em um momento inesperado, o visitante tem à disposição Rua 24 Horas. Uma praça de alimentação com 120 metros de extensão e coberta, que leva esse nome porque funcionava dia e noite sem parar quando foi criada, em 1991. Após ajustes e mudanças, atualmente ela fica aberta apenas metade do tempo idealizado inicialmente, com 12 de seus 16 boxes dedicados a saciar o apetite.

    Rua 24 Horas: para matar a fome inesperada – Foto: Priscilla Fiedler/Divulgação

    Santa Felicidade segue como importante polo gastronômico. Nos restaurantes do bairro fundado por imigrantes italianos não faltam o vinho nem a pasta. E nem vaga, como comprova o Madalosso. Um gigante com 4.645 lugares, onde se sentam cerca de 55 mil clientes por mês, responsáveis por consumir quase 40 mil quilos de frango em igual período. Números superlativos que conferiram ao Madalosso o recorde de maior restaurante das Américas, segundo o Guinness Book, em 1995.

    Italianos são parte da gente curitibana. A importância de outros imigrantes na construção da cidade está representada no Memorial Polonês (Bosque João Paulo II), no Memorial Ucraniano (Parque Tingui), no Bosque Alemão e na Praça do Japão. Preservadas, memória e natureza convivem em harmonia.

    Memorial Ucraniano – Foto: Curitiba CVB/Divulgação

    E, para conhecer ainda mais sobre as origens de Curitiba, não deixe de ver o casario de sobrados e prédios centenários do Centro, onde ficam a Igreja da Ordem e a Casa Romário Martins (as duas construções mais antigas do município), o Museu Paranaense (primeira instituição do gênero no Paraná) e as Ruínas de São Francisco (igreja inacabada do século 18). O centro de Curitiba também é um lugar bem procurado para hospedagem, especialmente em hotéis voltados para negócios como o Bourbon Curitiba Convention Hotel e o Hotel Deville Business Curitiba.

    Aos domingos, o calçadão de pedra do setor histórico é ocupado pela Feira do Largo da Ordem, com boa oferta de artesanato e comidinhas: empanadas, batata suíça e o pierogi, pastel típico da Polônia. Há barraquinhas que também se esparramam pelas praças Osório e Santos Andrade, famosas pelos mercados de Páscoa e de Natal que organizam todos os anos.

  • Bares na Tijuca: 10 botecos no bairro da zona norte do Rio

    Bares na Tijuca: 10 botecos no bairro da zona norte do Rio

    Para o carioca, boteco bom é aquele que fica perto da casa dele’. Quando Nathalia me disse isso, pensei que era apenas de uma frase de efeito. Entretanto, passados 13 anos, depois de muitas vindas e permanências na cidade, compreendi o sentido daquela afirmação. Quem busca bares na Tijuca geralmente mora na região, mas nada impede que você conheça alguns dos clássicos pontos de botequeiros nesse bairro da zona norte. Por outro lado, se a ideia for expandir o território, confira famosas opções de boteco no Rio de Janeiro.

    Em São Paulo, conheço muita gente que passa a mão no carro e vai atrás do bar da moda (recém-aberto ou não), do boteco que tem uma caipirinha assim ou assada, de uma novidade culinária assim ou assada. Ou frita. No Rio, contudo, esse processo não é tão comum. Antes de mais nada, o carioca prestigia os lugares do seu entorno. Portanto, vira freguês e entusiasta.

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    Na Tijuca, faça como os tijucanos

    Sendo assim, em uma de nossas aventuras etílico-baixo-gastronômicas pelo Rio, Nath e eu fomos à Tijuca, que eu conhecia de fama e do tanto que esse bairro da zona norte da cidade era (e ainda é) falado pelo José Trajano. Tijucano devoto, meu ex-companheiro de redação se empolgou quando soube que nós estávamos metidos pelas ruas do bairro onde foi criado.

    Ambiente de boteco nos bares clássicos da Tijuca
    Mistura de boteco com restaurante, no tijucano Na Brasa Columbia

    Uma vez que ele soube da nossa presença por lá, Trajano recheou meu Whatsapp com dicas de lugares para beber cerveja gelada, comer petiscos e até encarar pratos mais parrudinhos. O valor desses botecos está justamente nessa combinação, não no mobiliário que utilizam, na decoração que ostentam ou no maneirismo de seus cardápios. Sendo assim, juntando a nossa pesquisa de campo com o que ele nos indicou, elaboramos uma listinha para quem procura por bares e botequins na região da Tijuca.

    1 | Bar do Bode Cheiroso

    Deu medinho no momento em que você leu esse nome, deu? Bobagem, cheiroso mesmo é o molhinho de pimenta dos recipientes que descansam em cada mesa. Nesse boteco com B maiúsculo, fundado no fim dos anos 1940 e de nome Macaense, não é o bode quem reina, mas o porco. O pernil é servido de várias maneiras: em pratos, em sanduíches e em salgados, como o croquete acompanhado de molho de abacaxi. Releitura do famoso sanduba do Cervantes? A gente não crava, mas pode até ser. O fato é que a carne vem desfiadinha de um jeito que lembra muito o modo de se fazer bolinhos de bacalhau. Pudera, a origem dos donos é portuguesa, o que muito explica o jeitão de pé-sujo-luso-das-antigas, com direito a venda de aparelho de barbear descartável.

    Pertinho do Estádio do Maracanã, o Bar do Bode Cheiroso vira ponto de encontro, de esquenta e até de concentração de torcedores em dias de jogos — o escudo do Vasco na parede não deixa dúvida de que estamos em um botequim que respira futebol. Sem dúvida, é uma tabelinha para os dias de bola rolando ou depois de fazer o Maracanã Tour, a visita guiada. Mais: Instagram do Bode Cheiroso.

    Bar do Bode Cheiroso
    Croquete de pernil do Bar Bode Cheiroso

    2 | Bar do Momo

    O letreiro da entrada avisa: Bar do Momo, petisco e refeições. Mas bem que poderia estar escrito também ‘hambúrgueres sarados’ (e premiados). Diariamente, depois das 15h30, três opções do lanche podem ser pedidas pelos fregueses — o bar promove ainda festival do hambúrguer nas noites de quinta. Trajano recomenda: ‘peça o melhor bolinho de arroz da cidade’. A saber: ambiente sem um pingo de frescura, como convém aos botequins. Mais: Instagram do Bar do Momo.

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    3 | Restaurante Salete

    Tem muita comida para pedir nesse restaurante fundado em 1957 pelo espanhol Manolo. Mas chega a ser deselegante sair sem provar o carro-chefe do bar: empadas — de camarão, de frango ou de palmito, não importa se uma ou todas, que foi o que gente fez. Só para ilustrar, o cardápio do Salete tem outros campeões de saída, como o arroz de camarão. “Uma porção alimenta dois e meio”, revela Trajano. Ou seja, é comida na medida para forrar o estômago antes de tomar alguma(s) coisinha(s) gelada(s). Está nesta lista de bares da Tijuca porque é um clássico carioca e você pode apenas beber e petiscar. Mais: Instagram do Salete.

    Bares na Tijuca, o Salete
    Arroz de camarão do Salete, um dos bares da Tijuca

    4 | Bar do Pavão

    Adoradores de cozido, vosso lugar é aqui! Não faz muito tempo, o bar não tinha rede social, então o jeito era saber como chegar no boca a boca. Aqui o Trajano repassa a dica para comer essa receita portuguesa. Carnes, legumes e defumados estão separadinhos, só entra no prato o que você gostar. Para quem não é chegado no cozido, saiba que o bar oferece feijoada. Antes de mais nada, é sempre bom lembrar que a amável combinação dessas comidas com cerveja de garrafa resulta em soninho. O Pavão fica na Praça Comandante Xavier de Brito, 53, vulgo praça dos cavalinhos da Tijuca — o que vai facilitar (e muito) a sua localização. Mais: Instagram do Pavão da Tijuca.

    5 | Bar do Chico

    Se você for do tipo que gosta de tudo arrumadinho, piso hidráulico, mesinhas de mármore fazendo a linha Rio antigo que muito bar tenta imitar, provavelmente passará reto pelo Bar do Chico. Mas é daqui, onde as caixas de cervejas se avolumam nas portas, que o Zé Trajano repassa mais uma dica, quase uma senha sobre o que pedir para comer: carne seca com aipim. Aliás, foi nesse boteco que o Zé lançou seu segundo livro, Tijucamérica, fusão de duas grandes paixões da vida dele: o bairro e o América, o clube de futebol da Rua Campos Salles. Já o Bar do Chico fica na rua Afonso Pena, a poucos passos da nossa próxima sugestão.

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    6 | Bar Madrid

    Caçula dentre os bares e botequins da cidade, o Bar Madrid foi aberto em 2015. Com tão pouco tempo de vida, arrebatou paladares dos locais e dos tijucanos por adoção. Tem batidinhas que já caíram no gosto dos frequentadores, um sanduba de milanesa com queijo que dá fome só de ver a foto e um pastel de jiló com linguiça mineira que vale a visita — deixe seu preconceito em casa, porque o único amargor que você vai sentir é o da cerveja, se estiver bebendo uma (aliás, peça uma garrafa sem medo, pois estará no capricho). Fica na Almirante Gavião, uma rua estreita e curta, sossegada como testemunhamos numa tarde de terça.

    O ambiente é simples, mas convidativo. A origem espanhola dos donos do explica o nome do bar, as fotos do time do Real e do cantor Julio Iglesias como parte da decoração. Retratos da atriz espanhola Sarita Montiel e do ex-presidente Getúlio Vargas ajudam a preencher as paredes, onde também repousam flâmulas do América, o clube-símbolo da Tijuca. Mais: Instagram do Bar Madrid.

    Bar Madrid, na Tijuca
    Referências espanholas no Bar Madrid

    7 | Bar da Gema

    Não faltam petiscos de boteco nem comidinhas de adular coronárias, como porco atolado, pastel de camarão e rabada com batata e agrião. Portanto, não vá na mesma semana em que você tem consulta com o seu cardiologista. O bar fica já no fim da Tijuca, quase Andaraí, e só abre à noite. Mais: Instagram do Bar da Gema.

    8 | Na Brasa Columbia

    Haddock Lobo com Afonso Pena. Desde 1974, o Na Brasa Columbia funciona na mesmíssima esquina, servindo sua especialidade: galeto, coradinho e saboroso — o ponto da carne fica a critério do freguês. No passado, os clientes comiam em balcões com banquetas, que terminaram por dar ao lugar a sugestiva alcunha ‘bunda de fora’ — apelido de casas similares pela cidade. Não só dá para sentar do lado de fora, bem como no salão com ar refrigerado.

    Peça chope e fique atento ao tec-tec-tec da tesoura que destrincha os galetinhos antes de eles desembarcarem nas mesas da clientela. Depois que criou fama, o Columbia ultrapassou as fronteiras tijucanas, podendo ser encontrado também em Copacabana, em Botafogo, na Barra e no Recreio. Mais: Instagram do Na Brasa Columbia.

    Galeto na Tijuca, no bar Na Brasa
    Galetos do bar Na Brasa

    9 | Bar Cantinho do Céu

    ‘Totalmente boteco’, resume Trajano. Ou seja, é lugar de beber cerveja de garrafa, jogar conversa fora com amigos ou ver o futebol na tela da TV. Se estiver aquele sol de rachar, as árvores da rua garantem boa sombra, completa o Zé. Fica na Maestro Villa Lobos (nº 2), travessa sem saída em frente ao Columbia.

    10 | Boteco do Peixe

    Para chegar a este boteco que não tem letreiro na fachada, conto com a ajuda do melhor aplicativo quando o assunto é Tijuca, o WaZé Trajano, que crava o endereço: Rua do Matoso, 125. Aqui se come pratos à base de frutos do mar, de casquinhas a moquecas, só para ilustrar. Gosta não? Eles também servem filé de frango ou de carne com fritas. Para conhecer durante o dia.

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  • Montevidéu (Uruguai): pontos turísticos, hotéis e mais

    Montevidéu (Uruguai): pontos turísticos, hotéis e mais

    Montevidéu é um destino bom para brasileiros que desejam sentir o gostinho de uma viagem internacional pela primeira vez. A proximidade geográfica ajuda (dá para ir de carro, navio ou avião), o idioma não chega a ser um impedimento (os uruguaios entendem nosso português tão bem quanto podemos compreender o espanhol deles), o futebol também é uma paixão nacional no Uruguai e o povo mantém uma tradição culinária que muito nos agrada: a mania de churrasco.

    A despeito das crises de seus vizinhos Argentina e Brasil, o Uruguai fechou 2018 seu 15º ano de crescimento econômico consecutivo. Segundo dados do governo, o turismo é responsável por cerca de 10% do PIB nacional. Nesse período, o país ganhou visibilidade por conta das políticas sociais adotadas e das discussões de temas que o colocaram na vanguarda das nações democráticas. Elaborado anualmente pela consultoria Mercer, o ranking das cidades com a melhor qualidade de vida no mundo coloca Montevidéu (78ª posição) na liderança da América do Sul. 

    Montevidéu tem um centro histórico que abriga seus principais museus. Boas opções de compras, gastronomia e diversão estão localizados em bairros descolados como Punta Carretas e Pocitos. E ainda espaços que celebram a vida ao ar livre, como seus parques públicos e as famosas praias banhadas pelo Rio da Prata. E o melhor: para experimentar um pouco disso tudo, um feriado prolongado é tempo suficiente.

    Confira abaixo o que fazer em Montevidéu, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos internacionais e no Brasil.

    GUIA DE VIAGEM | MONTEVIDÉU

    pontos turísticos

    Desbrave Montevidéu a partir de sua origem, Ciudad Vieja, onde está uma espécie de santíssima trindade de instituições históricas e culturais, separadas por uma curta caminhada: o Museu Gurvich, o Museu Andes e o Museu Torres Garcia. Visite ainda o Museo del Carnaval e o vizinho Mercado del Puerto. Neste centro gastronômico peça um asado aos goles de medio y medio, bebida típica uruguaia, e então faça a digestão a caminho do Teatro Solís, jóia arquitetônica de 1856. Pertinho dali está o Museo La Cumparsita. Dedicado ao tango mais famoso do mundo, de autoria do uruguaio Gerardo Rodríguez, ele fica dentro do Palacio Salvo, edifício-símbolo da capital uruguaia que oferece tours guiados todos os dias.

    O prédio fica de frente para a Plaza Independencia, onde no centro repousa a estátua do líder nacional José Artigas. Em uma das laterais da praça, a Puerta de La Ciudadela é o que restou da antiga fortificação espanhola erguida na Ciudad Vieja. Daí em diante corre a principal avenida da capital uruguaia, a 18 de Julio, unindo Centro ao Parque Batlle. Na maior área verde da cidade estão o Estádio Centenário (palco da 1ª Copa do Mundo, em 1930, vencida pelos uruguaios) e o Museo del Fútbol, que narra a relação do país com esse esporte. Antes da viagem, você pode garantir ingressos de atrações e passeios em Montevidéu

    Além do time celeste, La Rambla é outro motivo de orgulho uruguaio. Com 30 km de extensão, este caminho que margeia o Rio da Prata contorna as famosas praias de Montevidéu, entre elas Pocitos, Ramírez e Buceo. O calçadão é perfeito para caminhar, andar de bicicleta ou para curtir o entardecer em lugares como Plaza de los Ingleses e Verde. Para quem viaja com crianças, uma alternativa de passeio é o Parque Rodó, que tem parque de diversão — com clássicos como roda-gigante — e onde também fica a sede do Mercosul. 

    Museu Gurvich, um dos passeios em Montevidéu – Foto: Divulgação
    Estádio Centenário, casa do futebol uruguaio em Montevidéu – Foto Enrique Pellurez/Divulgação

    HOTÉIS

    Os hotéis de Montevidéu no melhor trecho das ramblas estão concentrados principalmente em Punta Carretas e Pocitos. O primeiro é o bairro mais badalado, com infraestrutura de lazer e acomodações como o Sheraton Hotel Montevideo. Ele fica colado com o Shopping Punta Carretas e com o Aloft Montevideo, hotel novo e voltado ao segmento de jovens viajantes. Charmoso, o bairro de Pocitos ostenta a praia mais conhecida da capital, boas opções de restaurantes e boliches (como são chamadas as baladas por lá). My Suites é um hotel-boutique moderninho a cerca de 200 m da rambla. Na divisa com Punta Carretas fica o Armon Suites, quatro-estrelas todo repaginado. Território dos esportes náuticos, Buceo oferece tanto acomodação para famílias (Hilton Garden Inn) quanto hotel-boutique arrumadinho (Cottage Puerto Buceo), voltado para quem está na cidade a negócios ou a dois.

    Região das principais atrações, as ruas do Centro ficam mais desertas à noite e nos fins de semana. Se o objetivo for visitar o maior número possível de pontos históricos de Ciudad Vieja durante o dia, considere opções de hospedagem como o Alma Histórica Boutique Hotel, pertinho do Museu Pré Colombiano, do Mercado del Puerto e não muito distante do Teatro Solís. Hotel design localizado a poucos passos do calçadão, o Axsur Design Hotel tem quartos superiores com vista para o Rio da Prata. Nas noites de quinta a sábado, a diversão neste pedaço da capital uruguaia fica por conta de discotecas e de casas tradicionais de tango como o Baar Fun Fun.

    Para quem prefere isolamento e não liga de gastar mais tempo se deslocando para as atrações, Carrasco é um elegante bairro residencial onde estão hotéis-boutique e pousadas como a Alquimista Montevideo, de apenas 6 quartos e restaurante de mesmo nome. Pertíssimo do aeroporto, o Hampton by Hilton tem piscina e restaurante com vista panorâmica para o lago.

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    RESTAURANTES

    De dia, experimente comer nos mercados. Na Ciudad Vieja, visite o Mercado del Puerto, onde no lugar dos antigos boxes de frutas, verduras e legumes funcionam hoje restaurantes que servem a famosa carne uruguaia. Em quase todos você encontra a parrillada, prato que leva à brasa miúdos de boi e embutidos como a morcilla. Ainda no centro velho, perto da Plaza Zabala, o restaurante Jacinto tem menu de influência ítalo-espanhola, elaborado de acordo com os produtos de cada estação do ano.

    Outro secular entreposto de alimentos é o Mercado Agrícola de Montevideo, na região de Aguados. Reformado, seu galpão erguido em ferro foi reaberto em 2013 com a proposta de ser um centro gastronômico e cultural. Lá é possível comer churrasco, massa, provar sobremesas como o chaja (fala-se charrá) ou delícias recheadas de dulce de leche e ainda alimentar a alma com livros e apresentações ao vivo de música.

    Na zona turística de Punta Carreta e Pocitos ficam casas mais arrumadinhas (e caras), como o Francis Restaurant — cujo cardápio vai do tradicional asado em versão gourmet a sushi e risotos — e experiências como o Glück, combinação de arte com gastronomia. O vinho é sagrado em todo o Uruguai, que se tornou o maior produtor mundial da variedade Tannat, uva originária da França. Prova-se da safra nacional nos principais restaurantes e bares de Montevidéu, que também tem um festival inteiramente dedicado à bebida. Há ainda opção de pacote para Montevidéu com vinícolas.

    Cozido de origem espanhola, o puchero é comida típica do Uruguai, que também tem no chivito uma tradição. Combinação de filé, alface, tomate, ovo, pimentão e maionese, este sanduíche pode ganhar contornos ainda mais ogros com a adição de presunto, bacon, queijo e o que mais houver na geladeira. Um suma, um X-tudo acompanhado por batatas (papas fritas).

    compras

    De segunda a sexta, o passeio pelo Centro inclui entrar em lojas da Peatonal Sarandí — calçadão de acesso à Ciudad Vieja — ou da 18 de Julio, a avenida das grifes internacionais e dos artigos em couro. No lugar de uma antiga penitenciária, o Punta Carretas virou o principal shopping da cidade, frequentado por endinheirados e turistas. Gasta menos quem pechincha nas manhãs de domingo na Feira Tristán Narvaja, que ocupa a rua de mesmo nome e reúne vendedores de antiguidades, de discos e até de frutas e verduras.
    Para comer bem e comprar produtos típicos do Uruguai, visite o Mercado Agrícola, no bairro Goes. Patrimônio Histórico, ele foi foi remodelado e tem 107 boxes que abrem todos os dias. A cidade é reconhecida pelo alto número de livrarias: são cerca de 60, sendo que algumas delas possuem cafés ou jardins para curtir a leitura.

    TRANSPORTE

    Você chega a Montevidéu de carro, de ônibus, de avião ou de navio — a capital uruguaia é parada da temporada de cruzeiros no Brasil que partem do nosso litoral, entre novembro e março. Para sair do porto, use táxi ou Uber (o aplicativo é o mesmo daqui). Essas também são opções para deixar o Aeroporto Internacional Carrasco, a 20 km da cidade. Também existem vans coletivas e opções de carro para traslado de aeroporto ao centro de Montevidéu.

    A falta de metrô na cidade é compensada pelo uso de ônibus, com aplicativo próprio para traçar itinerários. Se investir no aluguel de carro, saiba que alguns hotéis antigos dispõem de poucas vagas de estacionamento (quando oferecem). Bikes são recomendadas para passeios pela rambla e o ônibus de 2 andares é um jeito de percorrer pontos turísticos da capital uruguaia durante 2 horas e meia.

    MOEDA

    Compre moeda estrangeira antes de viajar — a oficial é o peso uruguaio. Se precisar trocar dólar ou outra moeda, a maioria das casas de câmbio atende de segunda a sexta, das 13 às 18 horas — nos shoppings, das 9 às 22 horas, todo dia. A gorjeta (propina, como eles dizem) não é obrigatória, mas é bom dar 10% da conta para garçons e no táxi. A isenção de IVA em compras com cartão foi estendida até abril de 2019.

    O que comer no Uruguai: chivito, o sanduíche típico – Foto: Divulgação

    CLIMA

    O clima de Montevidéu é temperado, com os termômetros em média registrando 16°C. Banhada pelo Rio da Prata, a capital uruguaia costuma ter verões quentes e úmidos, geralmente na casa dos 23°C (janeiro é o pico da estação) e inverno em torno dos 10°C (julho é o mês mais frio). Mesmo nas noites de novembro a março, vale a pena ter um casaco leve à mão para se proteger do vento no fim de tarde.

    EVENTOS

    País vizinho também festeja seu Carnaval – Foto: Serrana Díaz/Ministério de Turismo do Uruguai/Divulgação

    Fevereiro em Montevidéu tem Carnaval, cujos os primeiros tambores são escutados ainda em janeiro, mês de um desfile inaugural e de homenagem a San Baltasar ao som do candombe, ritmo musical de raízes africanas. O tango é celebrado nos meses de abril (Semana de La Cumparsita), junho (etapas do Mundial de Tango), agosto (Festival Tango Vivo) e outubro (Festival Viva El Tango). No sexto mês do ano, o vinho é protagonista no Festival del Tannat e Cordero e na Noche de San Juan.

    Na véspera do feriado da independência, celebrado em 25 de agosto, não só a capital bem como todo o país dançam ao som de hits dos anos 60, 70, 80 e 90 na tradicional Noche de La Nostalgia (Noite da Nostalgia no Uruguai), quando bares, discotecas e casas noturnas organizam grandes bailes da saudade.

    MAIS DESTINOS

    Escala de cruzeiros que saem do Brasil, Punta del Este fica a 120 km da capital e pode ser acessada de carro ou de ônibus. Apesar da curta distância, o bate-volta é puxado. A alternativa é pernoitar num dos hotéis de Punta del Este e aproveitar mais as praias, os restaurantes, as casas noturnas, tentar a sorte nos cassinos e fazer passeios em Punta del Este. Distante do centrinho fica a Casapueblo, preciosidade erguida numa encosta e aberta à visitação. No verão, o sol brilha no balneário até perto das 9 da noite.

    Fundada por portugueses, a pequena Colonia del Sacramento (180 km de Montevidéu) é sossegada e atraente pelo valor histórico de sua arquitetura, tombada pela Unesco. O vilarejo também serve de parada numa dobradinha com Buenos Aires — um ferry boat (Buquebus) sai com destino à capital da Argentina.

    Cassinos em Punta del Este – Foto: Divulgação
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    Autor de Paralelas, o cantor Belchior (1946-2017) não poderia imaginar que o verso da música composta por ele em 1976 fosse tão atual. Nos dias de hoje, visitar o Corcovado é se deparar com um batalhão de turistas de braços esticados, parados na escadaria aos pés do Cristo, tentando reproduzir a imagem do monumento às suas costas. E taca-lhe pau (de selfie) sobre ombros distraídos ou cabeças que se metam no enquadramento obtido à exaustão.

    CRISTO REDENTOR, UMA DAS 7 MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Se não for por discordância religiosa, ir ao Rio e não visitar o Cristo pode ser encarado como heresia turística. O fato de ser um santuário católico não impede que o ambiente seja descontraído e bem ruidoso na maior parte do tempo. São sotaques (daqui e de fora), todos maravilhados com o que se enxerga lá de cima.

    ATRAÇÃO MAIS VISITADA DO RIO. PRECISA DESENHAR?

    A subida ao Corcovado é o cartão-postal carioca preferido da Nathalia, que já esteve lá umas 5 vezes. Para ela, ver a cidade do alto ajuda a entender a formação do Rio e o porquê de morro e asfalto conviverem intimamente, conectados pela geografia que ao mesmo tempo encanta e assusta a quem é de outro lugar. Carioca, Nath morou em Laranjeiras (com o costado do Morro Dona Marta diante dos olhos), no limite físico com o Cosme Velho, bairro da zona sul do Rio de onde se parte para visitar o Cristo.

    A CARIOCA E SUA CIDADE

     

    Como chegar no Cristo Redentor

    Nathalia e eu consideramos que a maneira mais charmosa de subir o Corcovado é a bordo do trem que corta a estrada de ferro turística mais antiga do Brasil, ideia de D. Pedro II que começou a ser posta em prática em 1882 e que, dois anos depois, teve a inauguração de seu primeiro trecho, Cosme Velho-Paineiras. A parte que liga as Paineiras ao Corcovado foi concluída um ano mais tarde — a eletrificação da linha só foi feita em 1910.

    CHARME: TREM SURGE POR ENTRE CASAS DO COSME VELHO

    O trem rasga o Parque Nacional da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, em uma viagem que dura 20 minutos aproximadamente. Pela janela passam árvores e pés de jaca aos montes. Telhados despontam aqui e ali, revelando o tanto de gente de mora enfiado naquele pedaço de natureza.

    OLHA LÁ, TEM CASA NO MEIO DO MATO!

    Se possível, sente-se do lado direito da subida, para ver a cidade ir ficando lá embaixo, à medida que a composição se aproxima do Cristo. E também para ter a surpresa de ver a orla da zona sul e a Lagoa surgirem de repente na janela quando o trajeto está perto do ponto final.

    VISÃO DA SUBIDA A PARTIR DA JANELA DIREITA DO TREM

    Quando entrou em funcionamento, ainda no século 19, o trem deixava os visitantes a 40 metros do monumento. Nathalia pegou a época em que era necessário subir os 220 degraus para se chegar ao topo (para ela, sinal evidente de ‘penitência’) — o acesso foi modernizado a partir dos anos 2000 com a instalação de elevadores e de escadas rolantes.

    Durante uma hora é possível ver com calma as praias e os demais cartões-postais do Rio de um ângulo que só se tem sobrevoando. Painéis identificam os principais pontos da cidade. Se tiver a sorte de estar em companhia de um(a) carioca, melhor. Você entenderá muito mais sobre aquela paisagem.

    SE ORIENTE, RAPAZ!


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    O que ver no Corcovado

    A forma de você se orientar e de saber o que está vendo durante a visita ao Corcovado é entender para que lado fica cada parte do Rio. Olhe a partir da mesma perspectiva da estátua do Cristo (só não precisa abrir os braços, tá). Divirta-se caçando os destaques no horizonte.

    MARACANÃ, ZONA NORTE E PARTE DA ZONA PORTUÁRIA

    PORTO, CENTRO, AEROPORTO SANTOS DUMONT, GLÓRIA E CATETE. AO FUNDO, PONTE RIO-NITERÓI

    BAÍA DE GUANABARA, FLAMENGO, BOTAFOGO (INTERNAMENTE, LARANJEIRAS E HUMAITÁ)

    PÃO DE AÇÚCAR, MORRO DA URCA, URCA, PRAIA VERMELHA

    COPA, IPANEMA, LEBLON E LAGOA RODRIGO DE FREITAS

    HIPÓDROMO DA GÁVEA, JARDIM BOTÂNICO. AO FUNDO, MORRO DOIS IRMÃOS E PEDRA DA GÁVEA

    DIGNO DE APLAUSO

     

    Como é a estátua do Cristo e como foi instalada

    O monumento tem 30 metros de altura, além de 8 metros só de pedestal. Nathalia sempre relata que nota o impacto dessa grandiosidade ao começar a subir a escada em direção aos pés do Cristo. Segundo ela, sensação que ficou mais fluida desde a instalação da escada rolante, o que dispensa pausas para retomar o fôlego. Conforme se avança sob a lateral da estátua, fica mais intenso o ângulo em diagonal, embaixo do sovaco do Cristo. Já na base do monumento, o olhar da gente não sabe se vai para cima ou para baixo.

    ESCADA ROLANTE, ACESSO FINAL AO CRISTO REDENTOR

    VISÃO TÃO LINDA QUANTO ESTA? SÓ DE HELICÓPTERO

    Nas duas vezes em que estive lá no alto, confesso, fiquei mais impressionado com o que estava lá embaixo do que com a estátua propriamente dita. Nathalia e eu iríamos ao Corcovado, ainda que ali tivesse apenas um mirante, como nos tempos de D. Pedro I, que em 1824 organizou a primeira expedição ao morro por questões estratégicas — o ponto de observação serviria para proteger a costa brasileira.

    MIRANTE LOTADO ÀS 6 DA TARDE…

    …QUASE DESERTO 1 HORA DEPOIS

    A ideia de erguer um monumento no alto do Corcovado surgiu em 1859, por sugestão de um padre francês. Muitos anos se passaram até esse desejo virar projeto no papel e, finalmente, ganhar forma. Os brasileiros Heitor da Silva Costa, Carlos Oswald e o francês Paul Landowsky (que esculpiu a cabeça e as mãos da estátua) são considerados os autores do Cristo, inaugurado em 12 de outubro de 1931.

    Em 2007, em eleição realizada na internet, o Cristo foi eleito uma das 7 novas maravilhas do mundo moderno. É a atração mais visitada do Rio, seguida pelo Pão de Açúcar e pelo Maracanã.


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    Melhor horário para subir

    ENTRADA DA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Queríamos ir ao Cristo no fim de tarde, para que pudéssemos pegar o pôr do sol e as primeiras luzes acesas da cidade. Compramos os bilhetes 2 dias antes, pela internet, sem ter certeza se a meteorologia iria colaborar. Isso porque, mais ou menos no mesmo período, vimos gente comprar ingresso para subir de van, um temporal de verão despencar sobre a cidade bem na hora do almoço e o passeio ainda assim rolar, com uma milagrosa estiagem acontecendo no meio da tarde. A dica é consultar um site de previsão do tempo, se não quiser que a nebulosidade comprometa sua visita.

    Nossa subida estava programada para às 17h20. Levando-se em conta os 20 minutos do deslocamento, mais a duração da visita, além do tempo necessário para as fotos e de uma parada para beber água, daria certinho para testemunharmos o sol descer por trás do Morro Dois Irmãos.

    EMBARQUE NA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Acontece que nós e a torcida do Flamengo tivemos a ideia de subir no fim de tarde. O Cristo estava bem cheio, com muita gente amontoada na parte da frente da estátua, formando um paredão de selfies e mais selfies.

    CADÊ O CHÃO? CADÊ A MURETA?

    Era tentar desviar de um e aparecer no enquadramento do outro. Levei um susto quando vi pessoas estiradas no chão. Pensei que passavam mal por causa do forte calor, mas era gente que só queria fotografar o amigo/namorada/parente de um ângulo diferente.

    CENA COMUM: TURISTA DEITADA PARA FOTOGRAFAR O CRISTO

    Dá para imaginar a confusão que aqueles corpos estendidos causaram na movimentação de pessoas. Penamos um pouco também com a turma na vertical, em pé mesmo.

    POLUIÇÃO VISUAL

    O CÉU É O LIMITE

    Um turista dos Bálcãs se plantou na mureta que dá vista para o Pão de Açúcar e lá ficou fazendo fotos da mulher como quem realiza um ensaio da Elle. Ao lado deles, um turista italiano tentava convencer a própria esposa de que a solução para aquela bagunça seria adotar uma fila para obedecer à sequência entre-veja-fotografe-e-dê-a-vez-ao-próximo.

    Nathalia batalhou espaço para tirar as fotos que ilustram este texto, enquanto eu rodei com Joaquim de um lado para outro, erguendo nosso filho para que ele pudesse ver a cidade onde a mãe nasceu. À medida que o sol foi sumindo, o Cristo foi ficando mais vazio.

    CRISTO ESVAZIANDO AO ENTARDECER

    Conseguimos circular novamente pelo mirante e refizemos cliques — até me arrisquei a fazer um time-lapse do entardecer, gravação interrompida pelo grito de um funcionário da companhia de trem para informar que a última composição partiria em questão de minutos e que, por norma, a lotação precisava sair completa — algo que ninguém nos havia dito em momento algum.

    CRISTO ILUMINADO À NOITE – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Conforme informou o funcionário, a empresa calcula um período de 40 minutos para a visita dos últimos passageiros que subiram. No fim do dia, quando o número de visitantes lá em cima é grande, até dá para ficar mais tempo porque a empresa programa mais viagens para descer o povo todo lá de cima. Se o total de pessoas for suficiente para lotar um trem, serão só 40 minutos de visitas e babau.

    VALE TENTAR ATÉ O FIM

    Então recolhemos câmeras e celulares. E, com resignação, aceitamos o nosso destino. Voltamos para baixo, para a cidade que desde 12 de outubro de 1931 é guardada pela enorme figura de braços abertos sobre a Guanabara.

    SELFAMÍLIA

    Na saída, ao descermos na estação Cosme Velho, um cartaz chamava atenção para os que não conseguiram fazer a foto clássica, avisando que ainda era possível recriá-la com o auxílio da bendita tecnologia. Serviço pago oferecido aos turistas, o programa de computador permite inserir a imagem do visitante sobre uma foto que tem o Cristo como pano de fundo.

    No Corcovado, quem abre os braços é todo mundo.

     

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    VALE SABER

    Endereço: Morro do Corcovado, dentro do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro

    Transporte: O Cristo Redentor fica na zona sul do Rio. O transporte para subir o Corcovado está incluído no ingresso. Ele pode ser feito de trem ou van — veja em detalhes as opções disponíveis e o passo a passo para comprar seu ingresso

    Funcionamento: O monumento do Cristo Redentor abre diariamente, das 8 às 19 horas

    Preço: De trem, R$ 75, em fim de semana, feriado e alta temporada (em 2017, entre os dias 15 e 31 de dezembro) — R$ 62, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 24,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 49 — até 5 anos, grátis. Além de poder comprar bilhetes na bilheteria da Estação Cosme Velho, é possível adquirir os ingressos pela internet. Há ainda pontos de venda para o trem do Corcovado em quiosques da Riotur no Largo do Machado (Laranjeiras) e na Avenida Atlântica (próximo ao posto 3 em Copacabana) e ainda no 1º piso do Shopping Rio Sul (Botafogo). Agências dos correios do Rio de Janeiro também vendem ingressos, mas só aceitam pagamento em dinheiro

    POSTO DE VENDA NO RIOSUL – Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    O serviço de vans oficiais leva turistas até o centro de vistantes das Paineiras. O preço inclui transporte (ida e volta) e o ingresso para visitar o Cristo (há opções estendidas, com direito a almoço no centro de visitantes.

    ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DAS VANS NO CRISTO

    Dá para comprar ingresso com hora marcada pela internet. Ou então adquirir os bilhetes em qualquer um dos três pontos de saída do transporte: Largo do Machado (Laranjeiras), Praça do Lido (Copacabana) ou Barra da Tijuca (entrada do Shopping Città América). Na alta temporada, há risco de espera por uma vaga na van. Abaixo estão os preços do transporte de acordo com o ponto de partida:

    Copacabana ou do Largo do Machado: R$ 74, em fim de semana, feriado e alta temporada — R$ 61, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 40,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 48 — até 4 anos, grátis. As vans funcionam de segunda a sexta, das 8 às 16 horas (sábados, domingos e feriados, até 17 horas)

    Paineiras: R$ 41, em fim de semana, feriado e alta temporada — R$ 28, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 7,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 15 — até 4 anos, grátis.

    Barra da Tijuca: R$ 103, em fim de semana, feriado e alta temporada – R$ 90, em baixa temporada. Pessoas acima de 60 anos pagam R$ 69,50; criança de 5 a 11 anos, R$ 77 — até 4 anos, grátis

    CAFÉ DO TREM, NA ESTAÇÃO COSME VELHO

    Alimentação: Há quiosques na estão Cosme Velho, uma atrás da bilheteria, outra dentro do Centro Cultural que funciona na área de embarque do trem. Lá no Corcovado há uma lanchonete que vende sanduíches, sucos, refrigerantes e picolés. Cerveja, caipirinha e uísque estão entre as opções alcoólicas. Acredite, a água mineral estava mais barata no quiosque lá do alto. O bar e restaurante do Corcovado tem menu a la carte. Quem vai de van, tem a opção de comer no Centro de Visitantes Paineiras, onde há duas lanchonetes e um restaurante, que tem buffet de preço fixo por pessoa.

    LOJINHA NO ALTO DO CORCOVADO

    Compras: Se você é do tipo que não sai de uma atração sem levar uma lembrancinha do lugar visitado, a lojinha que fica no Cristo vai te atender. Tem camisetas que enaltecem o Rio ou declaram amor à Cidade Maravilha, tem estatuetas do Cristo e o que mais o bolso permitir trazer, já que os preços são bem turísticos

    Dica: Vale a regra de quem vai a praia. Use protetor, boné ou chapéu porque o sol pega lá no alto (o Cristo fica a 710 metros do nível do mar). Hidratação também é fundamental, principalmente se estiver com crianças. Se quiser beber algo na lanchonete que fica abaixo da escadaria, há uma varanda bem bacana para curtir a paisagem. Sentar para fazer um lanche por ali é gostoso, exceto no fim de tarde porque o sol brilha intensamente sobre as mesas

    Site do trem: tremdocorcovado.rio

    Site da van: paineirascorcovado.com.br


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  • Projeto Tamar Praia do Forte (BA): preço, dicas e onde fica

    Projeto Tamar Praia do Forte (BA): preço, dicas e onde fica

    Em 1981, a Praia do Forte era um povoado de 500 moradores, época em que os biólogos do Tamar botaram os pés pela primeira vez naquela vila que nem energia elétrica conhecia. Desse encontro nasceu um dos pilares do projeto: a integração da comunidade local, conhecedora daquele mar, no processo de preservação de espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção.

    Nathalia conheceu a unidade da Praia do Forte no início dos anos 2000, no tempo da luz de lâmpada e da vila rústica. Voltou comigo e com nosso filho, Joaquim, outras duas vezes — já com a Alameda do Sol com aquele jeitinho de Búzios baiana —, e ficou espantada de ver como, em menos de uma década, a expansão imobiliária local “cercou” a faixa de areia onde está o Tamar.

    Da primeira vez que visitamos o Tamar, Joaquim era bem bebê, sofreu com o calor (nas fotos ele aparece quase o tempo todo com uma toalha de praia sobre a cabeça). Portanto, aí vai a dica para quem estiver com criança: se puder, visite o Tamar logo que abre, às 8h30, ou no fim da tarde, depois das 16 horas. Naquela oportunidade estávamos hospedados no Iberostar Praia do Forte, pegamos um transfer até a vila. Houve atraso na saída da van e o passeio só foi começar lá pelas 11 horas, com o sol pegando, sem uma nuvem no céu para dar refresco.

    Praia do Forte é ótimo destino para crianças

    Na segunda oportunidade, estávamos hospedados na Pousada Casa da Praia, que fica a poucos metros do Tamar, o que nos permitiu ir para lá em um horário mais agradável. Veja hotéis e pousadas na Praia do Forte neste link ou no mapa abaixo.

    [booking_product_helper shortname=”mapa praia do forte”]

    Como é o Tamar Praia do Forte

    O centro de visitantes que fica no Farol Garcia D’Ávila funciona desde 1982 e é a principal sede nacional do projeto. Em seus tanques e aquários vivem quatro das cinco espécies de tartarugas da costa brasileira (verde, cabeçuda, de pente e oliva). A unidade ainda abriga peixes, tubarões e arraias.

    Na sede do projeto, tanques de tartarugas diante da praia na Bahia

    Batemos ponto por lá nas duas vezes em que estivemos na Praia do Forte. Entre uma visita e outra percebemos que não foi só Joaquim que cresceu. O Tamar também expandiu suas instalações, se renovou. A transformação permanente é possível porque parte do dinheiro que alimenta o projeto vem do binômio visita + lojinha no fim do passeio. Não é um passeio de longa duração, ainda assim, ao comprar ingresso, você ganha um carimbo no braço que dá direito a entrar e sair do Tamar várias vezes no mesmo dia.

    Carimbo para entrar e sair

    O que ver no projeto no norte da Bahia

    Conselho número dois: não dispense percorrer os tanques na companhia do monitor (veja em Vale Saber sobre horários da visita orientada). Vale a pena porque você aprende sobre hábitos, cuidados e todo o trabalho de preservação das espécies de tartarugas que, anualmente, buscam a costa brasileira para desovar.

    Entre setembro e março, pico da desova, os visitantes podem acompanhar os biólogos manusearem os ninhos, especialmente os que se encontram em áreas de risco. Das praias, os ovos são levados para cercados sob a proteção do Tamar. Nem todos os filhotes conseguem romper a casca do ovo e seguir para o mar — o processo de nascimento (eclosão) se dá entre novembro e maio, sempre à noite. Recolhidos na manhã seguinte pelos biólogos, esses animais são verificados e liberados novamente na natureza ao entardecer (detalhes sobre a liberação das tartarugas no serviço do fim do texto).

    Abertura dos ninhos de tartarugas-marinhas

    Em nossa segunda passagem pela unidade da Praia da Forte, Joaquim, com quase 4 anos, acompanhou uma soltura. Não sem antes fazer carinho em um filhotinho de tartaruga que o monitor colocou na palma da mão de Nathalia. É o grande acontecimento para as crianças. Dos adultos, ouve-se uma infinidade de “oh, que fofo…ai, que lindinhas…”.

    Filhote recém-nascido, antes de ser levado ao mar

    Para se ter ideia de como aqueles pequenos e frágeis seres ficam quando adultos, há uma parede onde estão expostos apenas os cascos. Dá para tocar e sentir o quão dura, áspera, enorme e forte se tornam aquelas carapaças.

    Brincando de comparar o tamanho

    Em outro ponto da visitação, painéis verticais em formato de tartaruga mostram qual altura cada espécie pode atingir. Pais e filhos posam para as fotos e comparam seus tamanhos com os dos animais. Do lado dessa régua há representações de ovos com a casca rompida e um espaço aberto neles para as crianças se sentirem como tartaruguinhas vindo ao mundo. Joaquim, claro, não pensou duas vezes antes de brincar.

    Tartarugas e tubarões em harmonia

    Ver os animais de uma outra perspectiva é o que se faz no tanque onde estão os tubarões. Você desce uma rampa que leva a um tipo de gruta envidraçada. Através dessa parede dá para ver a movimentação dos peixes, adultos e filhotes. Detalhe: quando o tanque dos tubarões foi reformado, eles compartilharam o mesmo espaço das tartarugas. Como as duas espécies eram bem alimentadas, os tubarões não atacavam os répteis — fora esse caso, os tubarões normalmente habitam o próprio tanque. Eles são mansos e, acreditem, topam até um carinho dos visitantes.

    Tubarões na sede do Projeto Tamar

    Essa interação respeitosa, essa convivência mútua lembra um pouco a história do próprio Tamar. Após 35 anos, o projeto é um sucesso porque conseguiu envolver as comunidades das 25 localidades onde está presente. O corpo de biólogos e monitores conta com o apoio dos moradores locais.

    Nas lojas, os produtos vendidos são confeccionados na região. Há camisetas muito legais com estampas de tartarugas, por exemplo — eu já tive algumas, a malha é de ótima qualidade, bem bonitas. Tem ainda canecas, bolsas, agenda. Quim comprou uma tartaruguinha de pano, azul, que vinha guardada dentro de um ovo de tecido branco. Bom, essa capinha ficou para trás depois da ‘eclosão’. Já a tartaruguinha ainda está na nossa casa, na companhia do Scooby Doo, do Zakumi (mascote da Copa de 2010) e do Mickey, todos oriundos de viagens.

    Lojinha com produtos licenciados

    Conscientização e educação ambiental. Geração de emprego e renda. Visitar o Tamar é programa indispensável para quem está na Praia do Forte. Com criança, então… Fomos, voltamos e voltaremos tantas vezes conseguirmos.

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Farol Garcia D’Ávila, s/nº

    Transporte: A Praia do Forte fica no município de Mata de São João, a cerca de 70 quilômetros ao norte de Salvador. A ligação é feita pela BA-092, ou Estrada do Coco.

    Funcionamento: Diariamente, das 8h30 às 17h30 (no verão, até 18 horas)

    Preço: R$ 26 — grátis para crianças de até 5 anos, militares e funcionários da Petrobras, do ICMBio e do Ibama; pagam meia crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, idosos acima de 60 anos, estudantes e professores (mediante comprovação)

    Há pacotes promocionais: para família (2 adultos e 2 crianças), custa R$ 70

    Dicas: A programação do Tamar conta com várias atividades, entre elas a alimentação dos animais:

    11h30 — filhotes de tubarão (diariamente)

    16 horas — tartaruga (terça, quinta e sábado)

    16h30 — tubarões (diariamente)

    Cine Tamar: Vídeos de curta duração sobre diferentes aspectos da vida das tartarugas e do trabalho de preservação feito pelo Tamar são apresentados, diariamente, das 8h30 às 17h30 (no verão, até 18 horas)

    Visita guiada: 40 minutos de duração, com saídas às 9 horas, 11 horas, 14 horas, 15h30  (no verão, também às 17h30)

    Biólogo por 1 dia: terça, quinta e sábado, às 14 horas. Custa R$ 140

    Encontro com Biólogo: quarta e sexta, às 10 horas. A atividade, para crianças de 6 a 12 anos, sai por R$ 60

    Tartatuga by Night: sábado às 18h30. Custa R$ 80

    Abertura de ninhos: O período de reprodução e desova ocorre entre setembro e março. Os filhotes nascem geralmente à noite e são conduzidos naturalmente para o mar. Os animais que não conseguem romper os ninhos são recolhidos e avaliados pelos biólogos, sendo soltos na praia ao entardecer do dia seguinte, às 17 horas. Como o processo envolve a natureza, não é possível prever quando haverá a soltura das tartaruguinhas. Portanto, o melhor é ligar para (71) 3676-0321 e se informar sobre a data de abertura de ninho mais próxima.

    Alimentação: Como o ingresso permite entrar e sair do centro de visitantes várias vezes no mesmo dia, há sempre a opção de comer em algum restaurante da Alameda do Sol, por exemplo. Nas duas vezes em que estivemos lá notamos a presença do Bar do Souza. Nós até experimentamos o famoso bolinho de peixe dele, mas foi no restaurante maior, que fica na ponta oposta ao Tamar. Atualmente, o centro de visitantes conta com o Restaurante do Tamar. O cardápio é composto por frutos do mar e peixes. Quando há shows nas noites de sábado, ele funciona mesmo depois do fechamento do centro de visitantes. E o mais legal é que toda a renda obtida pelo restaurante é revertida para a preservação das tartarugas marinhas.

    Site: tamar.org.br

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  • Munique (Alemanha): pontos turísticos, hotéis e mais

    Munique (Alemanha): pontos turísticos, hotéis e mais

    Munique está no imaginário de muita gente como a terra da Oktoberfest na Alemanha, nada mais justo. Só que a capital da Baviera não se resume a hectolitros de cerveja, servidos tanto na famosa festa quanto o ano inteiro em cada biergarten e nas muitas cervejarias da cidade, como a tradicional Hofbräuhaus.

    Com os Alpes na moldura, no meio da Europa, Munique é capaz de agradar em cheio àqueles que buscam turismo com comidas típicas da Alemanha, atrações culturais variadas, hotéis de qualidade, tecnologia de ponta ou vida ao ar livre. Combinação que só fortalece o marketing da cidade onde tradição e vanguarda coexistem — com WiFi gratuito em lugares como a Marienplatz, o centro histórico é também indicado para comprar trajes típicos.

    Fundada em 1158, Munique é uma das principais cidades da Alemanha para o turismo e o segundo destino do país mais procurado por visitantes brasileiros, depois da capital — veja também o Guia Berlim. Não é sem razão. Trata-se de uma agradável cidade, de clima descontraído. Os pontos turísticos são acessados facilmente, seja numa caminhada ou com seus eficientes meios de transporte.

    Munique também é um conhecido ponto de partida para a mais visitada atração da Alemanha: o Castelo de Neuschwanstein, que atrai cerca de 1,5 milhão de turistas ao ano. A 120 km de Munique, o icônico palácio, que inspirou Walt Disney na criação do Castelo da Cinderela, pode ser visitado por conta própria (de trem, com o bayern ticket, ou de carro) ou numa excursão de 1 dia . É um roteiro perto Munique, muito cobiçado por viajantes do mundo todo, incluindo os brasileiros.

    Confira abaixo o que fazer em Munique, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    guia DE VIAGEM | MUNIQUE

    PONTOS TURÍSTICOS

    Alguns dos principais pontos turísticos estão próximos, então dá para fazer quase tudo a pé. A cidade é plana e agradável de ser percorrida numa caminhada. A partir da Marienplatz, em até 15 minutos, você chega a igrejas de Munique, como a Alter Peter Kirche (mais antiga da cidade, do século 12) e a Frauenkirche (igreja-símbolo, com torres de 100 metros), o Viktualienmarkt (histórico mercado de alimentos; faça um tour gastronômico de 2 horas pelo Viktualienmarkt), a Residenz (rico palácio da antiga realeza) e seus vizinhos, o Hofgarten (belo jardim real) e a Odeonplatz (praça onde são realizados eventos ao ar livre). 

    Para experimentar toda a atmosfera de grandeza da Residenz, existe as opções de assistir a um concerto na Residência de Munique, realizado na capela da corte, e a um concerto de gala no Teatro Cuvilliés, palco onde foram encenadas obras como La Finta Giardinera, de Mozart.

    Com uma caminhada de 30 minutos, é possível alcançar a Pinakothek (conjunto de três museus com seis séculos de arte), o Deutsches Museum (um dos maiores museus do mundo sobre ciência e tecnologia) e o Englischer Garten (parque urbano maior do que o Central Park de Nova York). Lá, é possível sentar-se em um dos 7.000 lugares do biergarten que fica aos pés da Chinesischer Turm (torre chinesa toda em madeira, erguida há mais de dois séculos).

    Quem gosta de pedalar pode explorar a cidade numa excursão guiada de bicicleta por 3 horas. Para conhecer os atrativos da cidade, você também pode tomar trem, bonde, ônibus ou metrô. Mas os meios de transporte são realmente valiosos para ir à Allianz Arena (casa dos dois times de futebol da cidade, o Munique 1860 e o Bayern de Munique, cujo museu funciona dentro do estádio); ao Palácio Nymphenburg (residência de verão da antiga corte). 

    Pelos trilhos se alcança facilmente o Olympiapark (construído para os Jogos de 1972; hoje um complexo esportivo e de entretenimento, onde fica o SeaLife de Munique (compre ingresso sem fila), ao BMW Welt (museu e fábrica da montadora alemã) ou ao Tierpark Hellabrunn,  o zoológico de Munique com parquinhos para crianças.

    Uma forma de chegar a todas as atrações é tomar o ônibus hop on hop off, com 3 circuitos, todos com duração de 1 horas: Cidade; Parque Olímpico e Nymphenburg; e Schwabing. Antes da viagem, você ainda pode garantir ingressos de atrações e passeios em Munique. Ou optar pelo Munich City Pass, com direito a usufruir de transporte público, do ônibus hop on hop off e de 45 atrações ou atividades na cidade no sul da Alemanha.

    HOTÉIS

    Quem fica nos hotéis em Munique no centro histórico tem a vantagem de estar colado a atrações como a Marienplatz e a Hofbräuhaus. Tem ainda boas alternativas para comer, beber e fazer compras, especialmente nas ruas onde só é permitido o trânsito de pedestres. O Mercure Hotel München Altstadt é um três-estrelas a poucos passos da Frauenkirche, catedral e símbolo de Munique. Nas regiões da Altstadt (Cidade Velha) e Lehel (onde começa o Englischer Garten) há cinco-estrelas como o Vier Jahreszeiten Kempinski München (situado na rua das grifes, a Maximilianstrasse), além dos igualmente requintados Mandarin Oriental e Bayerischer Hof — leia sobre nossa hospedagem no Bayerischer Hof, a 5 minutos a pé da Marienplatz.

    Se quiser ficar perto da Oktoberfest, a dica é se hospedar no distrito de Ludwigvorstadt, onde rola a tradicional festa da cerveja alemã. Nessa região — próxima da estação central de Munique (Hauptbahnhof) — existem alternativas de hotéis de três ou de quatro estrelas, como o Eurostars Book Hotel, com boas avaliações em sites de reserva. Reformado em 2017, o Sofitel Munich Bayerpost é opção de cinco-estrelas ali.

    No passado, escritores e artistas deram fama a Schwabing, distrito que hoje em dia ostenta luxuosas residências e que ainda mantém a boemia viva nos cafés e nos bares de sua rua principal, a Leopoldstrasse. Unidades de tradicionais redes de hotéis estão presentes no bairro, casos do Mercure Hotel München-Schwabing, instalado na própria Leopoldstrasse, do Pullman Münich e do Ibis München City Nord — entre os dois há uma estação de metrô (Nordfriendorf), a menos de 300 metros de distância. Entre o Rio Isar e o Englischer Garten, o Hilton Munich Park faz o principal parque de Munique parecer sua extensão, de tão próximo.

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    RESTAURANTES

    Munique não é só cerveja alemã. A cidade tem muito a oferecer, de comida típica a gourmet. O Viktualienmarkt é um mercado ao ar livre, com opções para tomar café, provar queijo ou beber nas mesas de seu biergarten.

    Não deixe de experimentar a atmosfera de lugares como o Grossmarkthalle (apontado como a melhor salsicha branca da cidade) ou os igualmente tradicionais Zum Spöckmeier, Augustiner e Hofbräuhaus (cervejarias de Munique onde não faltam receitas à base de carne de porco ou de vitela, muita batata e bretzel). Para uma noite de cerveja e gastronomia da Baviera, junte-se a uma excursão guiada por um morador da cidade. Ou conheça as cervejarias de Munique numa excursão de 3 horas.

    A culinária bávara com pitadas de refinamento e um toque internacional pode ser encontrada no Südtiroler Stuben. O chef Alfons Schuhbeck é uma lenda e conquistou sua primeira estrela Michelin há cerca de 30 anos. Ao todo, a cidade conta com 10 estabelecimentos no prestigiado guia francês.

    Munique tem ainda restaurantes internacionais, de cozinha afegã, grega, espanhola e russa, entre outras nacionalidades. Pela ligação histórica com a Itália, pasta e pizza são estrelas de alguns cardápios.

    compras

    Um bom roteiro de compras pode ser o calçadão que une Marienplatz, Kaufingerstrasse e Neuhauser Strasse. Há lojas de departamento (como a alemã Kaufhof), artigos esportivos, calçados e eletrônicos. Dá para descolar souvenir nas lojinhas perto da praça central e em ruas como a Tal. Também há lembrancinhas na Kaufhof, que vende ainda produtos do Bayern de Munique. A loja oficial do time fica na região.

    Sempre vale ver lojas de museus e atrações, em busca de lembrancinhas diferentes. No Residenz, por exemplo, são vendidas forminhas de biscoito com o contorno das torres da catedral da cidade e do Schloss Neuschwanstein (castelo mais conhecido da Alemanha), além de livros de colorir para crianças com paisagens alemãs.

    Grifes da alta costura e marcas de luxo se concentram na área da Brienner Strasse, da Odeonsplatz, da Theatinerstrasse (com seu complexo Fünf Höfe, de 60 lojas) e a Maximilianstrasse. O público GLS frequenta lojas e cafés ao redor da Gärtnerplatz e na região de Glockhenbach. Nesse colorido distrito, novos estilistas exibem as tendências.

    TRANSPORTE

    Do aeroporto de Munique, usando os trens S8 e S1, o trajeto até o centro leva cerca de 40 e 50 minutos, respectivamente. Os bilhetes podem ser comprados na plataforma de embarque, no nível 2. Há ainda a opção de pegar um traslado do aeroporto de ônibus, no Express Bus Lufthansa, que leva até a estação central de trem en Munique.

    O sistema de transporte da cidade é muito eficiente. Ônibus (Bus), bondes (Trams), trens de subúrbio (S-Bahn) e metrô (U-Bahn) funcionam de modo integrado. Você paga pela distância percorrida. A capital da Baviera é dividida em 4 zonas e possui 3 tipos de tickets para rodar a cidade várias vezes no mesmo dia: single day (passe individual), group day tickets (indicado para famílias ou amigos pois vale para até 5 adultos; se houver crianças entre 6 e 14 anos, duas contam como um adulto) e city tour card (cartão para circular, que dá desconto em atrações).

    Você pode comprar o ticket nas máquinas de autoatendimento nas estações de trem e de metrô. Ou então adquirir seu passe nos centros de visitantes, como os que funcionam diariamente na estação central (Hauptbahnhof) ou na Marienplatz, embaixo do prédio da nova prefeitura (Neues Rathaus).

    MOEDA

    Euro é a moeda da Alemanha — vá comprando moeda estrangeira antes de viajar. Cartões de crédito e débito são bem aceitos. Se precisar trocar dinheiro assim que chegar à cidade, casas de câmbio (Wechselstube) e bancos ficam no piso 3 do aeroporto de Munique. Para saques em Munique, há caixas eletrônicos (Geldautomat) em bancos, shoppings e estações de trem e de metrô.

    CLIMA

    A temperatura de Munique, em média, varia de – 6°C a 23°C ao longo do ano. De clima temperado, a cidade tem dias muito gelados no inverno e calor suportável para brasileiros no verão. Julho e agosto são os meses quentes, quando os termômetros podem atingir 30°C. Junho tem a maior quantidade de chuva (cerca de 140 mm).

    EVENTOS

    Carnaval em Munique, o Fasching – Fotos: Turismo de Munique/Divulgação

    Faça frio ou calor, a cidade faz festas ao ar livre. São celebrações centenárias, com tradições presentes na comida servida, no figurino, na música que anima o público. A Oktoberfest Alemanha é a mais famosa de todas, que atrair cerca de 6 milhões de pessoas. Quando o fim do ano se aproxima, Munique brilha com os mercados de Natal. O da Marienplatz é o maior deles e um dos mais famosos, juntamente com o instalado aos pés da Torre Chinesa, no Englischer Garten. Do fim de novembro até a véspera do Natal, é possível comprar presentes nas barracas e provar delícias como o vinho quente, o glühwein. Nessa época do ano, é possível fazer uma excursão guiada pelos Mercados de Natal, com direito a bilhete de transporte e lebkuchen (tradicional biscoito de gengibre). 

    Fevereiro é tempo do Fasching, Carnaval em Munique. Celebrado na mesma data da nossa folia, inclui desfiles e bailes. As estações são marcos para outros eventos: o Tollwood, festival musical no verão (organizado no Parque Olímpico) e no inverno (no espaço da Oktoberfest), e a Frühlingfest, festa da primavera, realizada entre abril e maio.

    MAIS DESTINOS

    Se você for esticar para cidades do sul da Alemanha, vale investir no aluguel de carro para seguir viagem, quem sabe, até Stuttgart ou à Floresta Negra. Mas a região no entorno de Munique oferece também conhecidos passeios de 1 dia. O mais desejado pela maior parte dos viajantes é a excursão ao Castelo de Neuschwanstein, ponto final da Rota Romântica da Alemanha (existe a opção do passeio de 1 dia combinado com o Castelo de Linderhof) . Esse famoso roteiro pode ser visitado de carro, parando pelas cidadezinhas no caminho, ou numa excursão de 1 dia à Rota Romântica, incluindo a visita à medieval Rothenburg ob der Tauber.

    Outro bate volta, indicado para quem se interessa por história, especialmente por nazismo e Segunda Guerra, é Dachau, primeiro campo de concentração da Alemanha. O tour ao Memorial de Dachau também está disponível a partir de Munique. Quem se interessa por história também pode pegar uma excursão de 1 dia a Nuremberg de trem saindo de Munique. Visita o centro histórico, onde fica o castelo, e a área de desfile do partido nazista.

    Mais famoso castelo da Alemanha: Neuschwanstein – Foto: Jim McDonald/ GNTB/Divulgação
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  • Melhores pizzarias de SP: 18 dicas de um paulistano da Mooca

    Melhores pizzarias de SP: 18 dicas de um paulistano da Mooca

    As melhores pizzarias de SP têm raízes na Itália. O que explica os paulistanos estufarem o peito com orgulho quando o assunto é pizza, em um sentimento parecido com o do nova-iorquino, que parece descobrir uma nova meca de slices a cada verão. A forte imigração italiana é o fato comum na formação das duas metrópoles. Portanto, está no DNA, como muitos dos estabelecimentos fazem questão de registrar em cardápio ou site oficial – veja hotéis em São Paulo.

    Algumas pizzarias de SP não só importaram como ‘exportaram’ segredos para lugares menos afeitos à tradição de se comer um disco redondo de massa coberto por molho de tomate, queijo e embutidos. No Rio, o ketchup foi banido do imaginário de quem se senta numa filial portentosa de alguma pizzaria paulistana, como a Bráz. Heresia tem limite.

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    Um giro de 5 minutos por São Paulo e logo percebe-se a quantidade de lugares que servem pizzas: portinhas que funcionam na base do delivery, padarias que fazem redondas mais saborosas do que o próprio pão francês que vendem, salões caducos, casinhas minimalistas.

    Por essa razão, cada paulistano (genuíno ou por adoção) carrega na ponta da língua (onde mais?) uma lista pessoal das melhores pizzarias de SP – as que frequenta, frequentou ou tem vontade que os outros frequentem. Eu também tenho a minha. Paulistano da Mooca, adoro um pizza e já morei em diferentes bairros das zonas sul e oeste de São Paulo. Na relação a seguir, estão contidos lugares em que estive sozinho ou com a Nath. Com ou sem o Quim, nosso filho. Bom apetite!

    1 | Marguerita

    Por termos morado nos Jardins, bairro na zona sul de São Paulo onde fica esta pizzaria, Nathalia e eu ficamos mal acostumados porque só pedíamos pizza lá. Razão pela qual deveríamos ter exigido participação nos lucros pelos anos em que fomos fiéis à Maguerita Pizzeria. Brincadeira. Além do sabor que batiza a casa, tem criações exclusivas, como as matadoras a Pizzalino (com calabresa artesanal e manjericão) e a Quattro Formaggi di Parma (4 queijos com presunto cru). Encontrar mesa vazia nos fins de semana é difícil. Fácil, fácil é trombar com boleiros da atualidade e das antigas nos fins de noite de domingo.

    2 | Bráz

    Orgulha-se de ter sido eleita uma das 10 melhores pizzarias do mundo, em lista dos jornais The Guardian, da Inglaterra, e do italiano Corriere della Sera. Nos 20 anos desde que abriu as portas, a Bráz Pizzaria atravessou seus domínios para além de Higienópolis, abrindo filiais por São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A massa é daquelas de borda grossa, capaz de suportar a robustez de sabores como a Carbonara, versão redonda do espaguete que leva panceta, pecorino, ovos e pimenta do reino. Ok, sabores tradicionais também estão no cardápio, não se assuste.

    3 | 1900

    A primeira unidade foi montada em um barracão erguido no início do século, daí o nome 1900. Nos últimos 35 anos, tornou-se uma rede presente em bairros como Jardins (zona sul), Perdizes (zona oeste) e Tatuapé (zona leste). A massa média pode ser aberta nas versões integral e sem glúten (à base de farinha de arroz). Novidades como a Amatriciana e a Caponata figuram no cardápio juntamente com as tradicionais Mussarela, Calabresa e Quatro Queijos, além das versões comemorativas — a TrentaCinque combina coração de alcachofra, burrata, tomatinhos, presunto Parma e rúcula.

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    Cinque Terre, um dos sabores da 1900 – Foto: Alan Simaro

    4 | Camelo

    Restaurante de especialidades árabes quando abriu as portas, a Camelo começou a servir discos de massa fina só alguns depois. Sua fachada ficou muito conhecida no noticiário político por causa do Rodrigo Rocha Loures, o deputado federal que saiu correndo pela Rua Pamplona com uma mala recheada de dinheiro. A boa reputação de suas pizzas não impede que a Camelo tenha algo de Brasília em seu caminho. À base de mussarela, calabresa levemente apimentada, manjericão e azeitonas pretas, a JK é uma das opções do cardápio, que na unidade do Rio ganhou um sabor especial, a Ipanema.

    5 | Speranza

    Tortano, pão de lingüiça assado no forno a lenha, é uma crueldade servida como entrada. Se bobear, a pizza acaba até sendo esquecida. Mas não cometa essa imprudência numa primeira visita à Speranza. Controle-se e peça uma Cinghiale (que leva calabresa de javali, menos gordurosa que a linguiça tradicional) ou a Margherita que, aliás, é o único sabor do cardápio que não pode ser pedido no esquema meio a meio. Em 2023, a casa-mãe no bairro do Bixiga completa 65 anos. A segunda unidade fica em Moema.

    6 | Monte Verde 

    Pioneira em servir pizzas de massa fina, a Monte Verde funciona, desde 1956, no tradicional bairro do Bom Retiro, no mesmo endereço. Experimente a pizza de brócolis com toque de anchova, coberta por mussarela. Pode soar estranho, mas é gostosa. Ligüicinha assada no forno à lenha para pedir de entrada, Charlotte para comer de saída. Aliás, não prove esta sobremesa clássica se não for na sua versão completa: com chantilly e calda quente de chocolate.

    7 | Pizzaria do Angelo

    Angelo é reduto da Mooca, frequentado por moradores tão antigos quanto a própria pizzaria. Mussarela e calabresa, básicas das básicas, disputam espaço no cardápio com extravagâncias como a Angelo, que leva iscas de filé mignon, catupiry, parmesão e azeitonas verdes. Vende pedaços no balcão, geralmente ocupado por fregueses que curtem ficar na resenha com os garçons.

    Pizza boa para vovó e para o netinho

    8 | Galpão da Pizza

    Em meio a um quarteirão residencial da Pompéia, a charmosa Galpão da Pizza oferece redondas clássica cobertas por mussarela, calabresa ou catupiry. E ainda aposta em ingredientes menos ortodoxos, como queijo brie e carne de jaca. Menu tem opções vegana, sem glúten e também pizzas individuais. O salão do fundo tem teto retrátil, convidativo em noites quentes e estreladas.

    9 | São Pedro

    Fundada em 1966, na véspera do dia do santo homônimo, a São Pedro forma uma espécie de Santíssima Trindade de um autêntico sábado no bairro da Mooca (os outros vértices são assitir a um jogo do Juventus e comer um legítimo canolli). Reduto familiar, onde falar alto é quase uma obrigação. Mussarela, Escarola e Bacalhau são sabores campeões da preferência. Vende pizza individual no balcão, para alegria da rapaziada que vai sair de rolê nas noites de sábado.

    10 | Todo Sabor

    Conceito que vale para botecos no Rio de Janeiro vale aqui também para pizzarias em São Paulo: a melhor é sempre aquela que fica perto da sua casa. A Todo Sabor foi descoberta quando nos mudamos para a Vila Romana. Diante de um janelão de vidro voltado para a rua, o forno a lenha funciona de chamariz. E a Castelões, com lascas de linguiça, queijo cremoso e alho poró, é pule de 10 aqui em casa. É possível comer no pequeno, mas bem ajeitado salão. Garçons trazem na mesa um pedaço de massa para a criançada brincar de pizzaiolo — e eles ainda assam o resultado dessa quase aula de educação artística.

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    11 | Castelões

    Trata-se da pizzaria mais antiga de São Paulo, aberta em 1924. Fachada e decoração interior não desmentem isso. O telefone fixo apresenta problemas (informação escrita no site oficial), o que talvez explique por que até hoje a pizzaria não aceita cartões. Esse jeitinho roots da Castelões divide opiniões entre os frequentadores. Há quem lamente, mas ame a tradição de morder uma fatia da clássica pizza de calabresa. E tem os que enxergam que o fim está próximo, mais próximo que o estacionamento mais próximo onde se possa guardar o carro em segurança. Afinal, fica em um trecho do bairro do Brás que, atualmente, é sinistro de andar à noite.

    12 | Forneria Napolitana

    “Chamar uma pizza”, como diz minha mãe, é algo natural na vida de qualquer paulistano. No Brooklin, a Forneria Napolitana tem ar moderninho, mas segue a tradição de preparar a legítima Marguerita Napoletana. Além dela, há pizzas como a Burrata Mamma Mia e a Dio Santo, com pesto de alcachofra. O chef Daniel Jorge Warda afirma que os segredos de suas redondas estão na massa de fermentação natural de 72 horas e no molho de tomate fresco, preparado diariamente. Apenas para delivery ou retirada na loja.

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    Massas da Forneria Napolitana descansam por 72 horas – Foto: Divulgação

    13 | Maremonti

    Originário do litoral norte de SP, o restaurante Maremonti espalhou-se em diversas filiais na capital paulista. Novidades como a Speciale Bolonha (molho de tomate, mussarela de búfala, mortadela de Bolonha e raspas de limão siciliano), Creativa Funghi Al Tartufo (mix de cogumelos, mussarela, parmesão, azeite trufado e flor de sal) se juntam a sabores como Zucchine (abobrinha com queijo brie) invenção local que se tornou um hit na casa matriz.

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    Speciale Bolonha, novidade na Maremonti – Foto: Divulgação

    14| Praça São Lourenço

    O nome dessa casa na Vila Olímpia não é por acaso. O jardim com jabuticabeiras e figueiras e o lago com carpas são convidativos para se sentar nas mesas ao ar livre. O menu noturno do Praça São Lourenço traz da clássica Marguerita ao sabor intenso da Chèvre (molho de tomate, abobrinha e berinjelas grelhadas, queijo à base de leite de cabra, tomilho, raspas de limão siciliano e azeite de oliva). Frequentado por muitas famílias nos fins de semana, o restaurante tem uma casa na árvore para a criançada.

    A clássica Marguerita do Praça São Lourenço – Foto: Divulgação

    15 | Lellis Pizzaria & Pasta

    Tradicional restaurante italiano dos Jardins, o Lellis Pizzaria & Pasta tem sua mais nova unidade no Itaim. O restaurante aposta em versões individuais e sabores como Di Parma, Zucchini (com cobertura de abobrinha) e Arrabiata (molho mais apimentado).

    Di Parma está as opções do Lellis Pizzaria & Pasta – Foto: Divulgação

    16 | A Pizza da Mooca

    Brasileira presente na lista das 50 melhores pizzarias do mundo, A Pizza da Mooca não nega a origem. Suas massas de fermentação natural são preparadas com farinha italiana e servem de base para sabores como Moocaipira (molho de tomate, queijo Serra da Canastra, guanciale, tomate cereja e manjericão) e Arrotolata (sem molho, apenas com fonduta de queijo grana padano, pancetta arrotolata finalizada com manjericão). A casa deu cria e abriu uma filial em Pinheiros.

    Panini, crostini e pizzas da Pizza da Mooca – Foto: Divulgação

    17 | Foglia Forneria Artigianale

    Neste restaurante da Vila Nova Conceição, as redondas são servidas a partir das 18 horas. No cardápio, há combinações como mussarela, queijo de cabra, pera assada e mel trufado ou a que leva o nome de Sophia Loren, diva do cinema italiano (mussarela, fonduta, mortadela e pesto). Na Foglia Forneria Artigianale as pizzas são individuais, de massa fina e aerada.

    18 | Padoca Filosófica

    O programa cinema + pizza faz mais sentido ainda na Padoca Filosófica, que só prepara os discos depois das 18 horas. Você define o sabor em uma sessão do cardápio chamada Máfia no Divã, com nomes de atores e diretores de filmes de gangsters. Escolha entre Marguerita Al Pacino, Berinjela a Scorsese e Castelões a Tarantino, entre outras opções da casa, localizada em Pinheiros.

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  • Comidas típicas da Alemanha: 13 pratos para provar na viagem

    Comidas típicas da Alemanha: 13 pratos para provar na viagem

    Na maioria dos cardápios dos restaurantes, as comidas típicas da Alemanha incluem salsicha (wurst) e muita carne de porco, como é o caso do joelho (eisbein).

    Outros dois pratos tradicionais também são encontrados com facilidade nas principais cidades da Alemanha para turismo: o sauerkraut (o chucrute, para nós) e o schnitzel (milanesa de vitela). 

    Apesar de ser uma dupla popular, nem uma nem outra receita é originária da cozinha alemã – veja abaixo de onde elas vêm.

    Como já foram ‘adotados’ por todo o país, não poderiam ficar de fora desta nossa lista com 13 comidas típicas da Alemanha.

    Se você não está com fome, prepare-se porque esta seleção vai abrir seu apetite.

    Salsicha alemã (wurst)

    É natural alguém dizer salsicha quando se quer saber qual a comida típica a Alemanha. Dá para ignorar a tradição do país que possui 1.500 variações do embutido?

    Toda região tem sua típica. A nossa preferida é a salsicha bratwurst, de Nuremberg. Em Berlim (Alemanha), não deixe de provar a currywurst, que já teve até museu em sua homenagem na cidade.

    Cada salsicha no país ostenta uma característica especial, tanto em sabor quanto em tamanho. Olha que bonito esse prato (na foto abaixo) de salsichas com chucrute que pedimos na cervejaria Hofbräuhaus em Munique.

    Chucrute (sauerkraut)

    Repolho azedo. Tradução que assusta à primeira vista. Mas talvez seja um dos pratos da Alemanha que mais remete ao país. Quase sempre como acompanhamento do einsbein (joelho de porco) e da salsicha.

    Confesso, eu tinha um certo bode de comer chucrute até desembarcar em solo alemão. Me amarrei na versão preparada com repolho roxo, que sempre me pareceu mais adocicado que o branco.

    Esse da foto abaixo comemos na nossa primeira noite em Berlim, com um bolo de carne (almôndega avantajada) e batatas. O restaurante é o centenário Alt Berliner Biersalon, na Kufürsterdamm.

    comidas típicas da Alemanha
    Repolho de responsa do Alt Berliner Biersalon – Foto: Nathalia Molina

    Uma curiosidade: o repolho em conserva tem raízes na região francesa da Alsácia, mas já virou parte da culinária alemã.

    Joelho de porco (einsbein)

    O joelho de porco é outro clássico entre as comidas típicas da Alemanha. Trata-se de um pedaço considerável de carne envolvido por uma respeitável camada de gordura.

    Olha, dá para dividir a porção se você não estiver com aquela fome de homem das cavernas. Há quem prefira a versão cozida. Quando frito ou grelhado, o eisbein fica com a parte externa escura e crocante – Nathalia prefere assim.

    Foi desse modo que ela se lambuzou em Frankfurt – vê só o tamanho de cada eisbein na foto! O chucrute e uma das dezenas de formas de servir batata acompanham esse prato.

    comidas típicas da Alemanha
    Os “joelinhos” servidos em Frankfurt – Foto: Nathalia Molina

    Schnitzel

    Estás na Alemanha? Bateu aquela fome? Não gostas muito de repolho, porco e afins? Basta dizer a palavra mágica schnitzel (pronuncia-se: xí-ní-tzel).

    Estou falando de um bom bife à milanesa, feito com vitela e encontrado com facilidade nos lugares que vendem comidas típicas da Alemanha. Além de pratos alemães de fato, eu provei schnitzel nas cinco cidades da nossa viagem.

    Até no antigo restaurante do DDR Museum, museu em Berlim que mostra como era a antiga Alemanha Oriental, eu comi schintzel. E ‘harmonizei’ com Vita Cola, a versão comunista da Coca-Cola.

    E nem precisa gastar saliva pedindo acompanhamento, já que uma porção de batatas (fritas ou em forma de salada) faz as vezes de escolta. Ah, e antes que alguém grite, explico que o schnitzel é alemão de coração, porque sua receita vem da Áustria.

    Comidas típicas da Alemanha
    Schnitzel, o amigo de toda fome

    Pretzel

    O pão em formato de laço não é só um costume da região da Baviera, onde surgiu há cerca de 500 anos, porque é consumido em toda a Alemanha. Pretzel, como conhecemos por aqui, tem aquele sal grosso sobre a massa.

    É consumido quase de modo obrigatório na Oktoberfest de Munique e no biergarten (jardim de cerveja na Alemanha), mantendo alimentado quem bebe um pouco mais.

    Na tradicional Hofbräuhaus, cervejaria em Munique, o garçom circula pelo salão com uma generosa cesta de pretzel para quem quiser comer entre um gole e outro.

    Comidas típicas da Alemanha
    Pretzel vai bem como tudo, até salsicha com repolho e batata

    Schwäbische Maultaschen

    A carne escondida dentro do ravióli teria sido uma transgressão de monges que não queriam jejuar na Sexta-feira Santa.

    Lenda ou não, o fato é que o Maultaschen se tornou uma das especialidades da cozinha da Suábia, região entre a Baviera e Baden-Württenberg.

    O espinafre picado também faz parte do recheio da massa, que pode ser servida regada por um caldo ou passada na frigideira e levada à mesa coberta por rodelas de cebola igualmente fritas.

    Provei essa delícia em Stuttgart, em um almoço seguido de visita ao Centro Histórico e ao Wilhelma, zoológico e jardim botânico da cidade.

    Comidas típicas da Alemanha
    Maultaschen, o ravióli da Suábia – Foto: Stuttgart Marketing

    Spätzle

    Assim como o Maultaschen, o Spätlze é mais um dos pratos da Alemanha que vem da Suábia. Perece nhoque, mas pode ser servido em formato comprido de macarrão.

    É protagonista de uma refeição, coberto por queijo e um toque de cebola frita. Também acompanha um bom goulash.

    A grande presença de imigrantes alemães no sul do Brasil resultou na receita do cless, uma variação do spätlze.

    Aspargos

    Adoradora de aspargos, Nathalia diz que comeu os melhores de sua vida numa viagem à Saxônia, quando visitou Dresden, Leipzig e cidades ao redor dessas duas.

    Burgdorf, Nienburg e Braunschweig são localidades da região com longa tradição no cultivo dessa hortaliça, que tem até uma rota de carro exclusiva para ser percorrida.

    Ao longo de 750 km de estrada, dá para admirar os campos de aspargo (spargel, em alemão) e provar receitas na época da colheita (entre abril e junho).

    Como não dispensa a chance de degustar aspargos, Nath pediu esses brancos numa das nossas refeições em Nuremberg.

    Comidas típicas da Alemanha
    Os aspargos que encantam Nathalia

    Kartoffelklösse

    Kartoffel é batata em alemão. Esta bola de massa de batata surgiu na Turíngia, estado no centro do mapa do país. Serve de acompanhamento para carne.

    Durante a nossa viagem, Nathalia e eu dividimos vários pratos para podermos experimentar um pouco de tudo em matéria de comidas típicas da Alemanha.

    Em Munique, num restaurante colado à Marienplatz, ela pediu Spanferkelbraten, generosos pedaços de carne de porco assados, que vieram acompanhados de molho de cerveja escura e kartoffelklösse.

    Admito, invejei este prato da Nath

    Sauerbraten

    O ingrediente principal é a carne de boi ou de vitela (novilho ainda jovem), que descansa por um mínimo de 3 dias em uma solução que leva vinho, vinagre, temperos e especiarias. Depois de ser frita rapidamente, ela é cozida por cerca de 2 horas. Esse tipo de carne assada alemã é um prato típico da Renânia, região oeste da Alemanha, banhada pelo rio Reno.

    Reibenkuchen mit Apfelmus

    A panqueca de batata é uma massinha saborosa por si só. Mas a tradição alemã pede o purê de maçã para lambuzá-la.

    O prato típico da Renânia também está entre as especialidades da Baviera. É possível encontrar esse mesmo prato com o nome de Kartoffelpuffer.

    A gente devorou umas boas panquequinhas num dos restaurantes da Legoland Alemanha. Veja se o purê não lembra aquelas papinhas para bebês que estão aprendendo a comer.

    Comida alemã para crianças pequenas

    Fischbrötchen

    Se dormir é para os fracos, o que dizer de quem levanta cedo num domingo de manhã para visitar o mercado de peixe de Hamburgo? Além de muita disposição, a razão para ir a um dos pontos turísticos da cidade portuária pode ser devorar sanduíches de arenque ou de salmão.

    Aos domingos, o café da manhã dos moradores e de muitos turistas é ali nas barracas do porto, a maioria delas de frente para o vaivém dos navios.

    Frankfurter Grüne Sosse

    A cor verde do molho se explica pela quantidade de ervas frescas que leva a receita: sete, ao todo. Elas são misturadas com gema, óleo e suco de limão.

    Era o prato preferido do escritor Göethe. O molho é normalmente servido com batatas e ovos ou panquecas. Mas é possível prová-lo com carnes e peixes também.

    Há releituras em que o molho verde é elegantemente apresentado, como no prato do Hotel Die Sonne Frankenberg, integrante da luxuosa associação Relais & Châteaux, localizado na cidade de Frankenberg, no estado de Hessen, onde fica Frankfurt.

    Aliás, como símbolo da gastronomia dessa última cidade, o molho verde tem até festival anual realizado em maio.

    Comidas típicas da Alemanha
    Molho verde, um clássico de Frankfurt
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