Autor: Nathalia Molina e Fernando Victorino

  • Onde ficar em Porto de Galinhas: pousadas, hotéis e resorts

    Onde ficar em Porto de Galinhas: pousadas, hotéis e resorts

    Na hora de decidir onde ficar em Porto de Galinhas, pense no tipo de viagem que você pretende. Tenha em mente que você está indo para um dos 5 destinos mais procurados do Brasil, com média de 1,2 milhão de visitantes por ano, a maior parte deles circulando pela região entre janeiro e março, auge da temporada de verão. Além da época do ano, outra escolha importante é o estilo da acomodação. Existem muitas opções, entre pousadas, hotéis e resorts, nesse badalado trecho do litoral de Pernambuco.

    Entre o Centro de Porto de Galinhas e a vizinha Praia do Cupe, estão o Village (com 3 restaurantes, sendo 1 com vista para a praia), o Armação (das 5 piscinas, 1 fica de frente para o mar), o Praia Hotel (pet friendly, com acesso direto para a areia), o Vivá (perto da praia, oferece serviço de bar e espreguiçadeiras para os hóspedes) e o Solar (pé na areia, com espreguiçadeiras e bar à beira mar). Enotel Acqua Club, Summerville, Enotel Convention & Spa e Nannai são alguns dos conhecidos resorts de Porto de Galinhas. Veja mais hotéis em Porto de Galinhas no link ou no mapa abaixo.

    Pousadas e hotéis no Centro de Porto de Galinhas ou perto

    Na vila de Porto de Galinhas, prevalecem as pousadas, geralmente acomodações simples, próximas ao circuito de restaurantes, bares e lojas. Vantagens: as pousadas ficam a poucos passos da praia do Centro e das piscinas naturais mais visitadas da região, suas diárias não são caras como as dos hotéis e o uso de um carro alugado é mínimo. O lado ruim é a grande circulação de pessoas dia e noite, o que pode atrapalhar seus planos se você busca descanso pleno.

    Pousada Ecoporto

    Pé na areia. Quartos frente mar. Proibido crianças. De modo telegráfico, estas são as credenciais da Pousada Ecoporto, localizada a 2 km do centro de Porto de Galinhas. Não faltam a tapioca e os bolos regionais no café da manhã incluído na diária. Fica a menos de 100 metros do ateliê de Gilberto Carcará, o homem por trás das famosas esculturas de galinhas espalhadas pela região.

    Hotel Vivá Porto de Galinhas

    Reformado, o Hotel Vivá Porto de Galinhas dobrou sua oferta de acomodações para 240 apartamentos, separados em 4 categorias: standard, superior, luxo e super luxo (com hidro na varanda). Duas unidades são adaptadas e outra comporta famílias de até 5 pessoas. Diárias podem incluir meia pensão ou pensão completa (bebidas à parte). Com 7 piscinas e espaço kids, o hotel promove shows de música e sessão de cinema todas as noites. Próximo à praia, mantém serviços de bar e espreguiçadeiras para hóspedes.

    Hotel em Porto de Galinhas: quarto do Vivá, na vila – Foto: Divulgação

    Pousada Porto Verde

    Parece um ateliê por causa da decoração colorida e rústica, com uso de madeira e outros materiais naturais. Ao todo, a Pousada Porto Verde possui 18 suítes, mas apenas a da categoria Bananeira acomoda 3 pessoas. Tem piscina e o Spa do Charme, para massagens terapêuticas. Café da manhã está incluído e o estacionamento tem vaga para até 8 veículos. O mar fica a 2 minutinhos a pé. Bares, lojas e restaurantes estão localizados a menos tempo do que isso.

    Kembali Hotel

    O Kembali Hotel orgulha-se de ser único hotel design de Porto de Galinhas e um dos poucos que não aceita menores de 18 anos. Com varandas de frente para o mar, seus 63 quartos são decorados de modo diferente, seguindo 4 propostas temáticas: estilos Bali, balneário, música e retrô.

    Hotel Solar Porto de Galinhas

    Pé na areia, o Hotel Solar Porto de Galinhas oferece espreguiçadeiras e bar de apoio à beira mar. Conta com uma equipe de recreação para crianças a partir de 6 anos e programação que inclui shows de música ao vivo à noite. Trabalha no regime de meia pensão e pensão completa. Têm 140 apartamentos divididos nas categorias standard, superior e luxo, todos com tv, ar refrigerado e frigobar.

    Hotel Armação Porto de Galinhas

    Voltado principalmente às férias em família, o Hotel Armação Porto de Galinhas não cobra diária de crianças até 10 anos. Essa é só uma das vantagens para os pequenos, que se divertem no espaço kids e no salão de jogos eletrônicos. Quem viaja com bebês têm à disposição copa e cozinha, além de fraldário. São 3 categorias de acomodação para 188 quartos. Das 5 piscinas, a principal está de frente para a Praia de Porto de Galinhas, que tem mar mais invocado neste trecho.

    Charme da Vila Suites

    Na quarteirão atrás da rua Beijupirá, portanto protegido da agitação dela, a Charme da Vila Suites é coloridamente decorada com peças de artesanato em madeira. Quartos com ar, TV e banheiro privativo. Diária com wifi e café da manhã incluídos. Tem piscina e aceita pagamento somente à vista, mediante depósito bancário.

    Pousada Iandê

    Dos 20 apartamentos da Pousada Iandê, 2 deles ficam no térreo e foram projetados para pessoas com dificuldade de locomoção. Quem fica nos quartos dos 2º e 3º andares (com vista para o mar) escapa do movimento provocado pela estrada que leva ao centro de Porto de Galinhas, distante 10 minutinhos dali. Cama box, ar e wifi presentes em todas as acomodações. Lazer inclui piscina e sauna. No café da manhã o pão francês é assado na hora.

    Pousada Luz Azul

    Para quem só precisa de um lugar para jogar o corpo ao fim de um dia cansativo. Espartana, a Pousada Luz Azul mantém 4 níveis de acomodação. São quartos de 20m², no máximo, com cama box e colchão de molas ensacadas e ar condicionado split. Diária com café e vaga de estacionamento. A praia está a 5 minutos de uma caminhada.

    Pousada Praia de Porto

    Próximo ao Projeto Hippocampus, a Pousada Praia de Porto exige carro para curtir a noite do centrinho. Seus 5 quartos são equipados com ar condicionado e podem acomodar entre 2 e 4 pessoas. Café da manhã e acesso à internet sem fio estão incluídos na diária. Há convênio com um estacionamento perto da pousada.

    Pousadas e hotéis na Praia do Cupe

    Ao norte, no trecho entre Porto de Galinhas e a Praia do Cupe, há pousadas que não aceitam crianças e hotéis com estrutura e recreação voltados para famílias. Alguns deles oferecem diárias com meia-pensão enquanto outros operam no regime de all inclusive. A maioria é pé na areia.

    Enotel Acqua Club

    Piscina de ondas, rio lento, escorregadores que caem na água e tudo mais que um parque aquático pode oferecer. Com tantas opções, a praia passa a ser um detalhe para hóspedes do Enotel Acqua Club em Porto de Galinhas, resort all inclusive que também oferece Day Use a quem desejar se refrescar por um dia e nada mais. Tem quartos com vista para o mar e mantém permanentemente uma equipe de recreação. Os hóspedes podem usufruir das instalações do vizinho, Enotel Convention.

    Enotel Convention & Spa Resort Porto de Galinhas All Inclusive

    Com alas recentemente reformadas, o Enotel Convention & Spa em Porto de Galinhas trabalha em sistema de all inclusive. Suas 348 suítes têm janelas do chão ao teto, ar, tv e decoração em tons de branco. Possui 4 restaurantes (3 deles à la carte) e entretenimento dia e noite para crianças e adultos. Além de curtir o conjunto de piscinas do resort, os hóspedes podem usufruir do complexo vizinho, o Enotel Acqua Club.

    Porto de Galinhas Praia Hotel

    Em dezembro de 2019, quando a reforma do Porto de Galinhas Praia Hotel for concluída, o número total de acomodações chegará a 182, algumas delas com terraço privativo e jacuzzi. Além disso, o hotel que tem acesso direto à Praia do Cupe ganhará um spa e um beach club. Pet Friendly, o empreendimento oferece a quem viaja com seu bichinho de estimação uma carta de boas-vindas. Tem restaurante que funciona no sistema de buffet e la carte. Destaque para o paisagismo que envolve as habitações.

    Quarto do Porto de Galinhas Praia Hotel, na Praia do Cupe – Foto: Divulgação

    Marupiara by GJP

    A recente reforma ampliou para 206 o número de quartos do Marupiara by GJP, que tem piscina de borda infinita de frente para o mar do Cupe, onde o hotel mantém exclusivo serviço de praia aos hóspedes. Spa, clubinho para crianças e jantares temáticos são atrativos. Estacionamento incluído na diária.

    Tabaobí Smart Hotel

    Apesar de não estar de frente para o mar, o Tabaobí Smart Hotel compensa com todos os seus 56 apartamentos voltados para a piscina. Os quartos estão equipados com ar, tv, armário, internet sem fio e frigobar, que pode ser abastecido pelo hóspede. À la carte, o cardápio do restaurante reúne opções de comida brasileira e internacional. Cerca de 300 metros de caminhada separam o hotel da Praia do Pontal do Cupe.

    Hotel Village Porto de Galinhas

    Com a reforma de 7 bangalôs, cada unidade passou a ter na varanda uma banheira de hidromassagem, um balanço rústico e duas espreguiçadeiras. No Hotel Village Porto de Galinhas há cerca de 180 apartamentos, 3 piscinas e mesmo número de restaurantes, sendo que o Vila da Praia tem visão para o mar. A Vila Brincante é um divertido espaço com brinquedos e monitoria para crianças e adolescentes. Todas as noites, a programação musical do Pernambuco Disco Bar apresenta ritmos regionais, pop & rock nacional e internacional.

    Pousada Tabapitanga

    Com 65 acomodações, todas com ar, tv e rede na varanda, a Pousada Tabapitanga fica no Pontal do Cupe, no limite com Muro Alto, em um trecho que garante certa privacidade. No menu do café da manhã não faltam sabores regionais (mungunzá, cartola e a tradicional tapioca). Tem piscina de frente para a praia, e a diária dá direito a estacionamento. Não aceita menores de 12 anos.

    Ocaporã All Inclusive Hotel

    Diante das piscinas naturais do Pontal do Cupe, o Ocaporã All Inclusive Hotel oferece diárias que incluem 4 refeições com direito a bebidas alcoólicas. Todos os apartamentos possuem varanda e comodidades como ar refrigerado, tv e acesso à internet sem fio. Academia, quadra de tênis e piscina ajudam a queimar as calorias ingeridas a mais. Uma chegadinha de carro ao centro de Porto de Galinhas leva em torno de 15 minutos.

    Resorts na Praia de Muro Alto

    Resguardada por arrecifes que transformam o mar em lago na maré baixa, Muro Alto é território de condomínios residenciais e dos resorts. São instalações que compensam a distância do centrinho oferecendo entretenimento dia e noite, restaurantes e serviços exclusivos como spa. Alguns empreendimentos dispõem de acomodações para o público que procura por privacidade e requinte.

    Summerville Beach Resort

    Comodidades não faltam ao Summerville Beach Resort, que acomoda hóspedes em 3 estilos de apartamentos e também em bangalôs (reformado, um deles inclui ofurô). Diárias com pensão completa ou apenas café da manhã e jantar incluídos. Para crianças a partir de 3 anos, o clubinho do Summervile em Porto de Galinhas possui espaço para brincadeiras monitoradas e um restaurante infantil. Quadra, piscina, 3 bares e spa são parte da infraestrutura deste resort em Muro Alto, a cerca de 10 km do centrinho de Porto de Galinhas.  

    Nannai Resort & Spa

    Sinônimo de sofisticação e serviços exclusivos em Muro Alto, o Nannai Resort & Spa reúne acomodações confortáveis o bastante para repensar se vale mesmo a pena botar o pé na areia — bangalôs e a suíte possuem piscina privativa. Neles há também cama super king size e varanda com vista para o mar ou jardim. Os níveis de bem-estar e de relaxamento podem ser ampliados em sessões de tratamento do Nannai Spa by L’Occitane, que atende aos hóspedes e ao público externo, atraído por seu Day Spa. Campo de golfe e quadra de tênis são atrativos a quem não deseja perder o pique só descansando. Em 2018, o Nannai em Porto de Galinhas recebeu o certificado de excelência tanto do guia de luxo Condé Nast Johansens quanto do site de avaliações Trip Advisor.

    Bangalôs do Nannai para uma viagem romântica – Foto: Nannai Resort & Spa/Divulgação

    Pousadas na Praia de Maracaípe

    Acomodações perto da Praia de Maracaípe, ao sul da vila, são rústicas como a região, procurada por amantes de esportes radicais (surfe, kite e afins) e por gente que deseja um certo distanciamento da muvuca.

    Xalés de Maracaípe

    Esparramadas em um gramado com coqueiros, as 7 categorias de acomodação da pousada Xalés de Maracaípe são o refúgio de quem ama o mar desta região de Pernambuco, mas dispensa grande concentração de gente. Na beira da Praia de Maracaípe, a pousada possui quartos simples, alguns deles equipados com cozinha e rede na varanda. Diária dá direito a café da manhã e internet sem fio. Com piscina e restaurante a la carte.

    Pousada Maracabana

    A localização da Pousada Maracabana é boa: a 600 metros da Praia de Maracaípe, point de ondas fortes, boas para o surfe. Alterna entre quartos com varanda e outros com hidro, mas todos equipados com ar condicionado.  Bangalôs contam com ampla cozinha e acomodam famílias de até 6 pessoas. Na pousada há um restaurante, 2 piscinas e uma banheira de hidro ao ar livre.

  • Praia do Forte (Bahia): pontos turísticos, hotéis e mais

    Praia do Forte (Bahia): pontos turísticos, hotéis e mais

    A Praia do Forte é um destino no município de Mata de São João, no litoral norte da Bahia, a 1 hora de Salvador. Por isso, o programa de fim de semana de muitos moradores da capital é rota de turistas durante o ano todo, que lotam hotéis e resorts da chamada Costa dos Coqueiros.

    O plantio de coco foi uma das primeiras atividades econômicas dessa região, desbravada pelo português responsável por erguer no século 16 um dos principais patrimônios locais. Visitar o castelo Garcia D’Ávila é só uma das atrações à disposição de quem viaja para esse destino baiano. Funcionam lá duas iniciativas de preservação da natureza: o Projeto Tamar e o Instituto Baleia Jubarte.

    No centrinho, sobram lojinhas de artesanato, bares e restaurantes. Piscinas naturais se formam na maré baixa — entre as mais famosas estão as da Praia de Papa Gente. Com boa oferta de pousadas, a Praia do Forte pode ser uma viagem com bom custo-benefício, especialmente fora do verão. Mas, se a ideia for se hospedar num resort com todo conforto, também não faltam opções de onde ficar. Bem perto da vila, há o Tivoli Ecoresort. No litoral ao norte, está uma dupla tradicional: Iberostar Bahia e Iberostar Praia do Forte.

    Para quem viaja com crianças, o destino é ótimo: pela infraestrutura (boas opções de hospedagem de estilos diferentes), pelo mar (águas calmas e piscinas naturais na beirinha, ao alcance dos pezinhos), pelas tartarugas-marinhas (área de desova, a região tem um dos maiores e melhores centros de visitantes do Tamar), pelos passeios light (voltinhas de bicitáxi e de tuk tuk) e pelo clima de vila de pescadores (rua principal só dos pedestres, sorveterias com sabores regionais, barcos de pesca ancorados em frente à simpática Igreja de São Francisco de Assis).

    Confira abaixo o que fazer na Praia do Forte, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | PRAIA DO FORTE

    PONTOS TURÍSTICOS

    Dê um pulo no Projeto Tamar para conhecer o trabalho de preservação das tartarugas-marinhas e ver o tanque com tubarões também mantido no local. As crianças costumam adorar o passeio. O Instituto Baleia Jubarte realiza atividade semelhante ao proteger esses mamíferos. Entre julho e outubro, os turistas podem participar de saídas de barco com a supervisão de biólogos — agências locais vendem esse passeio para ver as baleias.

    Os dois projetos são acessíveis a pé a partir da vila. No fim da Alameda do Sol, à beira-mar, as paredes brancas e as linhas azuis da Capela de São Francisco de Assis estão presentes em 10 de 10 fotos que mostram a Praia do Forte, com muitos barquinhos ancorados na Praia do Porto. De água calma e quentinha, essa quase baía tem estrutura para comer e beber.

    Caminhando pela orla, existem outros pontos para banho e, na maré baixa, muitas piscinas naturais. A vizinha Praia do Aquário reúne peixinhos na pequena piscina de água cristalina que se forma ali. A Praia do Lord fica pouco depois do muro de pedras do Tamar. Papa-Gente tem piscinas naturais mais fundas em relação às anteriores (ambulantes alugam máscara e snorkel). Vendedores passam oferecendo bebidas e comidinhas de praia.

    Mais afastados, dois outros passeios são tradicionais: a subida ao Castelo Garcia D’Ávila e a visita à Reserva Ecológica da Sapiranga. Uma das primeiras fortificações portuguesas do país, o castelo tem passarelas suspensas pelas ruínas e garante fotos bonitas do mar e dos coqueiros. O museu é interativo, com vídeos e outras explicações em formato eletrônico. Novidade, um show de luz e som projeta na fachada do castelo a história da construção. 

    Na Sapiranga, trilhas, passeios de caiaque, tirolesa e outras atividades esperam pelos aventureiros. São 600 hectares de Mata Atlântica e espécies como tamanduá e mico-estrela. 

    Piscina Natural de dentro da Praia de Papa Gente - Foto Nathalia Molina
    Piscina Natural de dentro da Praia de Papa Gente – Foto Nathalia Molina
    Projeto, tartarugas e a praia na Bahia
    Projeto, tartarugas e a praia na Bahia

    HOTÉIS

    Buscar hotéis da Praia do Forte depende de decidir o estilo de viagem que você deseja. O destino oferece de pousadas a resorts. Opção cinco-estrelas e alinhado à sustentabilidade, o Tivoli Ecoresort Praia do Forte fica dentro da Reserva Ecológica da Sapiranga e perto do centrinho.

    Em geral localizados fora da vila, os resorts costumam atrair famílias porque oferecem mix de conforto e variada programação de entretenimento. Esses complexos mais distantes costumam trabalhar com sistema de all-inclusive, com comida e bebida incluídos no preço da diária. Na Praia de Guarajuba, o Vila Galé Marés, da rede hoteleira portuguesa, é uma dessas opções procuradas por casais com filhos.

    Nós decidimos ir para o concorrente espanhol e ficamos satisfeitos com a nossa hospedagem no Iberostar Praia do Forte, nas duas ocasiões em que estivemos lá em família. Assim como o vizinho Iberostar Bahia, o hotel oferece transporte gratuito para a vila da Praia do Forte. Na segunda viagem à Bahia, ficamos também uns dias na Pousada Casa de Praia. Simples e pequena, é confortável e tem bom café da manhã. O restaurante, aberto ao público em geral, serve ótimas refeições — comemos lá uma das melhores da moquecas da viagem. Andávamos muito pouco para alcançar o mar, os restaurantes e as lojas.

    É outra pegada de viagem, sente-se mais a vida e o vaivém da vila. Hotel Via dos Corais, Pousada Casa do Forte e Pousada Rosa dos Ventos são exemplos de acomodações próximas a esse circuito básico, ora 1 minuto mais longe ou mais perto das atrações. A Porto da Lua é a única pousada pé na areia na Praia do Forte.

    [booking_product_helper shortname=”mapa praia do forte”]

    RESTAURANTES

    Não é preciso estar hospedado para comer nos restaurantes das principais pousadas da Praia do Forte. No menu da maioria, não faltam peixes e frutos do mar à moda baiana ou em criações exclusivas. Xica’s Bistrô e Papa Gente são dois dos mais bem avaliados por viajantes no TripAdvisor.
    Moquecas são especialidades do Donana, enquanto o bolinho de peixe garante ao Bar do Souza a fama de melhor lugar para provar esse petisco com cerveja gelada. Dividem a atenção de quem circula a pé opções de comida japonesa, mexicana, hambúrguer, churrasco e tapiocas (doces e salgadas). Atraem paladares mais italianados as pizzas e os gelatos.
    Sim, com o calor que faz, um sorvete cai bem. Melhor ainda se for elaborado com frutas típicas. Mangaba, cajá, graviola, umbu e jaca são algumas das opções da 60 Sabores. Provamos e aprovamos, só não contamos a quantidade anunciada. Ícone de Salvador, a Sorveteria da Ribeira tem uma unidade na Praia do Forte. Peça o de coco verde. O chocolate africano também está entre os mais pedidos pelos visitantes.

    compras

    Ande sem pressa pela Alameda do Sol, a principal rua de pedestres. Ateliês de artesanato convivem com joalherias e grifes como Osklen, Salinas e Richard’s.
    Algumas lojas vendem colares e brincos de pedras. E não faltam tendas com souvenir (pesquise porque um mesmo ímã ou chaveiro muda sensivelmente de preço de um lugar para o outro). Fique atento às ruas laterais, que também reservam surpresinhas boas. Foi assim que compramos doces e artesanato regionais. Por não estarem tão na cara do gol, o preço cai um pouco.
    Desde 2015, a Praia do Forte tem o Centro de Artesanato. Com cerca de 50 boxes, vende artigos feito de madeira e coco, colares de sementes, bolsas de palha, além de itens da culinária baiana. Em geral, são  produtos feitos por moradores da vila.
    Outras ideias de souvenir para colaborar com atividades locais são as peças vendidas na lojinha do Projeto Tamar. Entre as opções estão camisetas, bonés e bolsas. Ainda temos no quarto do Joaquim o peso de porta em forma de tartaruga-marinha.

    TRANSPORTE

    Caso você inclua no roteiro paradas ou visitas a destinos próximos, como Arembepe ou Mangue Seco, vale pensar no aluguel de carro porque o preço dos passeios a partir da Praia do Forte sobe, especialmente, na alta temporada. Além do mais, nada como ter liberdade para explorar e parar onde quiser. Se viajar de pacote, você pode comprar o traslado com a agência.
    O centro histórico de Salvador está a 80 km da Praia do Forte; o Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, cerca de 55 km. Dri Receptivo, Dendê Turismo e Luck Receptivo são opções de transfer do aeroporto para hotéis e pousadas.
    A Taxi Praia do Forte faz o mesmo serviço e ainda é uma opção para circular a partir da vila. Uber é alternativa para viagens locais.
    Quem se hospeda na vila (e só quer circular ali) quase não usa carro. Algumas ruas não permitem veículos. Para deslocamentos curtos, os pitorescos bicitáxi e tuk tuk são populares entre os visitantes. Costumam ser mais em conta do que o táxi (claro, sem o mesmo conforto).

    CLIMA

    O período das chuvas em quase toda a Bahia costuma ir de abril a julho — os meses mais críticos são maio e junho. Há pancadas principalmente no fim da tarde. O mau tempo leva a temperatura até algo em torno dos 23°C. Entre outubro e março, o sol é forte e os termômetros trabalham acima dos 30°C. É recomendável o uso de protetor solar e chapéu. Beba muita água.

    EVENTOS

    Férias e feriados lotam a Praia do Forte - Foto: Nathalia Molina
    Férias e feriados lotam a Praia do Forte – Foto: Nathalia Molina

    Em feriados como Réveillon e Carnaval, espere encontrar a Praia do Forte animada (e cheia), assim como nas férias escolares. Entre fevereiro e abril, não se assuste com a presença de figuras mascaradas e um tanto medonhas circulando pelas ruas do vilarejo. É tempo do tradicional Festival dos Caretas, festa popular surgida no tempo da escravidão. Nessa celebração, os disfarces não escondem só o rosto. Trapos, folhas e sacos cobrem o corpo, tornando ainda mais impressionante a manifestação popular.

    Como em muitas localidades do Nordeste, o São João também é festejado na vila, com muito forró e quadrilha na Praça da Alegria. Desde 2006, o festival Tempero no Forte mistura cultura e gastronomia, com a presença de chefs de várias partes do Brasil. Um ingrediente é escolhido para figurar em pratos criados para o evento, com demonstrações de cozinheiros renomados e lançamentos de livros. Em 2021, a 15ª edição foi realizada entre o fim de novembro e o início de dezembro, com 27 pratos participantes.

    mais destinos

    Se você não foi a Salvador na chegada, considere conhecer a capital baiana na volta. O famoso centro histórico, onde fica o Pelourinho, está a menos de 1 hora de carro da Praia do Forte. 

    Ao norte, outras praias são boas para uma esticadinha. Imbassaí fica 7 km adiante — para se hospedar lá, há o all-inclusive Grand Palladium Imbassaí Resort & Spa. Vila do Diogo e Praia de Santo Antônio vêm em seguida no litoral, antes da região da Costa do Sauípe. Suba no mapa mais um pouco, tire as roupas e entre em Massarandupió, a única praia de nudismo da Bahia. 

    Já na divisa com Sergipe, a 170 km do Forte, Mangue Seco teve suas dunas imortalizadas por Jorge Amado em Tieta do Agreste. Ao sul, a antiga aldeia hippie de Arembepe é alternativa para quem busca natureza já no caminho para Salvador.

    Elevador Lacerda e Baía de Todos os Santos, em Salvador – Foto: Nathalia Molina


    Facebook
    Twitter
    Pinterest
    Email
    WhatsApp

  • Onde ficar em Toronto: hotéis em Downtown e pelos bairros

    Onde ficar em Toronto: hotéis em Downtown e pelos bairros

    Os hotéis em Toronto se concentram especialmente em Downtown, que se estende por alguns bairros e abriga pontos turísticos do Canadá. Contudo, há outras regiões interessantes para viajantes na hora de escolher onde ficar em Toronto. De modo bem simples, então, separamos aqui a cidade em áreas de acordo com atrações e serviços disponíveis, estabelecendo como limite ruas ou avenidas principais.

    | Entre para o nosso gratuito no WhatsApp e receba dicas na palma da mão, sempre no fim do dia |

    A região central é uma das prediletas para hospedagem. Pois tem ampla oferta de hotelaria e restaurantes. Conta com o Path de Toronto, rede de caminhos subterrâneos, ligando regiões como o Financial District e o sul da cidade.

    Mas a metrópole não é gigantesca e tem uma rede de metrô eficiente, que passa perto dos principais pontos de turísticos. Perto do Lake Ontario, a CN Tower pode ser a primeira visão de quem descortina a janela do quarto ou a companhia para um drink à noite. É figura onipresente no horizonte da maior cidade do Canadá. Afastando-se um pouco do cenário ocupado por sua torre-símbolo (mas sem perdê-la de vista), hotéis-boutique e estabelecimentos históricos também integram cardápio de opções de onde ficar em Toronto.

    Como ocorre em outras listas do Como Viaja – entre elas, a de onde ficar em Vancouver –, a seleção é constantemente atualizada e inclui apenas sugestões bem avaliadas por viajantes nos sites de reserva. Também é possível buscar hotéis em Toronto na Booking.

    Hotéis em Toronto: perto da CN Tower

    Localizada abaixo da Front Street, essa porção sul da cidade é indicada para quem pensa em se hospedar perto da CN Tower e do Ripley’s Aquarium, entre os principais pontos turísticos de Toronto. Lojas, restaurantes e o visual do Lake Ontario são a combinação oferecida no Queen’s Quay Terminal, diante do lago.

    Fãs de esporte se dividem entre os que vão ao Rogers Centre (dos times de futebol e de beisebol locais) e à Scotiabank Arena (antigo Air Canada Centre), onde há jogos de basquete do Toronto Raptors e partidas do Maple Leafs, participante da liga profissional de hóquei no gelo (NHL). Na ausência de programação esportiva, no entanto, grande nomes da música mundial se apresentam neste ginásio multiuso.

    Delta Hotels by Marriott Toronto

    Esse 4 estrelas fica entre o Rogers Centre e a Scotiabank Arena (ex-Air Canada Centre). O Delta Hotels by Marriott Toronto está conectado diretamente ao Path de Toronto. Nath ficou hospedada aqui e gostou bem da suíte, pois era moderna e tinha cama muito confortável e bancada cheia de tomadas para todos os carregadores. Pet friendly, dispõe de academia de ginástica e piscina em ambiente fechado com visão da CN Tower. No restaurante Soco Kitchen, o menu é focado na cozinha mediterrânea e inclui coquetéis exclusivos. É muito bem localizado, por isso não faltam opções para comer e beber no entorno. O casual Luma fica a menos de 15 minutos a pé.

    Le Germain Hotel Mapple Leaf Square

    A avaliação constante em torno de 9,0 na Booking.com já dá ideia do que seja o Le Germain Hotel Maple Leaf Square. A começar pela localização: próximo à ciclovia, ao Harbourfront e à CN Tower, e praticamente em frente ao Scotiabank Arena. O hotel soma cerca de 170 acomodações, incluindo um quarto com cama redonda. O café da manhã em estilo continental faz parte da diária. Aceita animais de estimação.

    Toronto Marriott City Centre Hotel

    Até quem não entende nada de beisebol fica tentado a assistir a um jogo dos Blue Jays sem sair do Toronto Marriott City Centre Hotel, já que ele se localiza dentro do complexo esportivo Rogers Centre. Alguns quartos dão vista para o estádio, assim como o restaurante do empreendimento, que aceita pets, tem acomodações maiores para famílias.

    Hotel X Toronto by Library Hotel Collection

    A hospedagem e os serviços do Hotel X Toronto by Library Collection prometem deixar os viajantes nas alturas. Pois oferece uma visão desimpedida do Lake Ontario, mantém 3 bares entre o 27º e 28º andares, onde também fica a piscina. O luxo desse hotel em Toronto, que possui um Guerlain Spa, inclui 4 categorias de quartos e suítes, todos com decoração elegante. Entre as facilidades estão espaços para adultos, caso de quadras de tênis e squash e da área de golfe, mas também ambientes que podem ser desfrutados em família, como o cinema para 250 espectadores.

    Hotéis em Toronto diante do lago
    CN Tower vista do hotel em Toronto – Foto: Library Hotel Collection

    Hotéis em Toronto: Entertainment District

    Essa é a região da cultura, com cinema, teatro musical e concertos. No Entertainment District, está o TIFF Bell Lightbox, sede do prestigiado Festival de Cinema de Toronto. Só que a vocação cultural deste pedaço fica mais evidente quando teatros, salas de concerto e restaurantes da King Street West acendem seus letreiros. Clubes noturnos e cafés da Richmond completam a oferta em matéria de entretenimento.

    Intercontinental Toronto Centre

    Em um raio de 1km, é possível visitar quase uma dezena de atrações turísticas localizadas na região central. Pois é nesse cenário que se encontra o InterContinental Toronto Centre, com 584 quartos, alguns com vista panorâmica para o Lake Ontario. Spa e a piscina do terraço são alternativas para relaxar após um dia de passeios pela cidade. O restaurante Azure serve café da manhã, almoço e jantar.

    The Ritz-Carlton, Toronto

    The Ritz-Carlton, por si só, dispensa apresentações. Contudo, vale saber que as janelas do chão ao teto ampliam a visão panorâmica do Lake Ontario e da cidade ao redor. O classudo 5 estrelas tem 263 quartos e suítes. Ingredientes locais são a base da culinária italiana do Toca, único restaurante do Canadá que possui uma cave de queijo. No verão, o terraço do DEQ Terrace & Lounge é território de coquetéis tão criativos quanto os martinis com nitrogênio líquido servidos pelo Ritz Bar, outro ponto da mixologia local. O Ritz-Carlton Toronto conta com o Spa My Blend by Clarins, igualmente com vista para o horizonte de Toronto.

    Soho Metropolitan Hotel

    Bem localizado, pois fica próximo a espaços de entretenimento e esportes de Toronto, o SoHo Metropolitan Hotel oferece serviços exclusivos e funcionalidades típicas de um hotel-boutique. Sofisticados, seus 92 quartos e suítes têm banheiros revestidos com mármore do chão ao teto, banheira de imersão, piso aquecido e amenities Molton Brown. As amplas janelas do quarto permitem uma visão panorâmica da cidade, cuja multiculturalidade está expressa na culinária chinesa do Luckee, do chef e estrela de TV Susur Lee. Completam as opções gastronômicas do SoHo Metropolitan, o Senses Cafe e uma unidade do Wahlburger, lanchonete do ator Mark Wahlberg em sociedade com seus irmãos, Paul e Donnie.

    Shangri-la Hotel Toronto

    Fica bem no miolinho frenético da metrópole, próximo a teatros e cinemas. Os apartamentos do Shangri-La Hotel Toronto são espaçosos (a partir de 42m²) e com sutil ar asiático na decoração. Um iPad e uma máquina de Nespresso são facilidades encontradas nos quartos. entadores. Os hóspedes podem se deliciar com os tratamentos do Miraj Hammam Spa by Caudalie Paris e com os sabores do Bosk, o exclusivo restaurante do hotel, aberto diariamente para café da manhã, almoço e jantar.

    Hotel no Centro de Toronto
    Shangri-la Hotel Toronto – Foto: Divulgação

    Le Germain Hotel Toronto Mercer

    O Le Germain Hotel Toronto Mercer está bem no meio do Entertainment District. As diárias nas 8 categorias de quarto incluem café da manhã. No verão, o rooftop é ideal para um drink no fim de tarde. Golfistas ocasionais aprimoram a pontaria no putting green instalado no telhado. Reinterpretações de clássicos da gastronomia americana e receitas veganas estão na carta do elegante Victor Restaurant Bar.

    Hotéis em Toronto: Financial District

    Nessa parte de Downtown, estão os arranha-céus da cidade, aqueles prédios espelhados da metrópole. O Brookfield Place, com acesso para o Path de Toronto, inclui a Allen Lambert Galleria, passagem projetada pelo arquiteto Santiago Calatrava. Ali perto, é possível aprender mais sobre o esporte nacional do Canadá, no Hockey Hall of Fame.

    A região começa na Union Station, principal estação de conexão das linhas de metrô e trem, além de destino do Up, que traz os viajantes do aeroporto de Toronto. Dali, segue no mapa até a Nathan Phillip Square, praça da prefeitura e do famoso letreiro com o nome da cidade, onde há um rinque de patinação no gelo durante o inverno.

    Fairmont Royal York Hotel

    Com 1.363 quartos, a grandiosidade do Fairmont Royal York se impõe na paisagem da Front Street. Novas e luxuosas suítes, modernos equipamentos de ginástica e uma piscina repaginada fazem parte do pacote de mudanças no hotel em Toronto, cuja renovação terminou em 2019. Ainda assim será sempre possível desfrutar do melhor da hotelaria em matéria de conforto e requinte, como clássico chá tarde servido nos fins de semana.

    The St. Regis Toronto

    Um 5 estrelas com vista panorâmica entre os hotéis em Toronto. Os 256 quartos e suítes do The St. Regis Toronto são bem espaçosos, com camas king size, mobiliário estofado e facilidades do tipo TV embutida no espelho do banheiro – convidativa de ser assistida se a ideia for se largar por longos minutos em um banho de imersão. Em suma, são quartos que fazem você pensar sobre a necessidade de sair dali para fazer qualquer outra coisa. Só que nem 5 minutos de carro levam o hóspede aos principais pontos turísticos de Toronto na área central.

    Hotel Victoria

    Fica em um predinho bonito e original do início do século 20, na badalada Yonge Street, principal rua comercial de Toronto. Ao todo, o Hotel Victoria mantém 56 quartos, todos com piso laminado de madeira e decoração sóbria. Uma caminhada de menos de 5 minutos leva o visitante ao Hockey Hall of Fame; contudo, em menos tempo ainda acessa-se a estação de metrô King.

    Hotéis em Toronto: Downtown Yonge

    A área central de Toronto é praticamente dividida pela Yonge Street, que a reparte em leste e oeste. No meio desta faixa fica a Dundas-Yonge Square, praça que pulsa noite e dia com o vaivém de trabalhadores, de estudantes. Miolo frenético da cidade, ela é frequentemente comparada à Times Square de Nova York.

    Artistas de rua rivalizam em atenção com as vitrines. Pois, interessados em fazer compras em Toronto, saibam vocês que aqui estão o shopping Eaton Centre e grandes lojas de departamento, como a Hudson Bay e a Saks.

    The Saint James Hotel

    Pequeno e econômico, o Saint James Hotel é um hotel-boutique em Toronto que tem como trunfo estar colado à Yonge-Dundas Square. Dispõe de quartos com varanda ou hidro e oferece opção de acomodação para hóspedes com mobilidade reduzida. Pet friendly, tem café da manhã no valor da diária. O Freshii serve refeições rápidas e saudáveis, mas sem radicalismos; proteínas estão no cardápio, que inclui smoothies, saladas e wraps.

    Marriott Downtown at CF Toronto Eaton Centre

    Hotelão vizinho do Eaton Centre, meca das compras em Toronto, o Marriott Downtown at CF Toronto Eaton Centre tem também uma passarela que se conecta com o Path. A rede de caminhos subterrâneos da cidade, cheia de lojas e serviços, é essencial porque o inverno é rigoroso naquela parte do hemisfério. Quartos e suítes são acarpetados e têm TV de tela plana. Café da manhã é pago à parte e servido no Trios Bistro, restaurante de cozinha canadense contemporânea, com especial atenção para os frutos do mar frescos. Coberta, a piscina fecha tarde da noite, porém a academia de ginástica funciona 24 horas.

    Courtyard by Marriott Downtown Toronto

    Com quartos recentemente renovados, o Courtyard by Marriott Downtown Toronto fica a uma reta a pé da badalada (e iluminada) Yonge-Dundas Square. A estação College do metrô está a 2 minutos de caminhada. A internet da diária é de alta velocidade. O café da manhã no restaurante do hotel é pago à parte. No entanto, a 500 metros funciona uma unidade da Tim Horton’s, a rede de cafeterias mais famosa do Canadá.

    Hotéis em Toronto: Lawrence Market e Union Station

    Toronto nasceu neste trecho ao leste. O tour básico tem de ser pela Front Street, onde estão desde construções modernas como o Sony Centre (espaço dedicado às artes), a históricas como a Union Station (estação de trem e metrô) e o Flatiron Building (ícone do estilo vitoriano). Nessa rua, também está localizado o St. Lawrence Market, mercado de produtores locais, famoso pelo sanduíche de peameal bacon (lombo de porco empanado em farinha de milho).

    O Distillery Historic District, onde já funcionou a maior destilaria de uísque do Império Britânico, hoje condensa muita criatividade em galerias, estúdios, bistrô e boutiques. De quebra, abriga o melhor e mais concorrido mercado de Natal de Toronto.

    Novotel Toronto Centre

    O Novotel Toronto Centre está ao sul da Front Street, no entanto, localiza-se entre o Sony Center e o St. Lawrence Market (cerca de 5 minutos a pé de ambos as atrações), o que o deixa muito próximo do centro velho da cidade. O hotel em Toronto é um três-estrelas voltado ao público que está viajando a negócios ou em família. Coberta e aquecida, a piscina foi reaberta em abril de 2018 após passar por reformas.

    The Omni King Edward Hotel

    Erguido em 1903, o primeiro luxuoso entre os hotéis em Toronto não perdeu sua majestade. O Omni King Edward Hotel é um exemplo real de tradição e modernidade, distribuídos em 301 quartos e suítes de luxo, nos repaginados Victoria’s Restaurant e Consort Bar, na academia de ginástica com aparelhos de última geração e no spa. Tem chás da tarde às sextas e aos sábados e domingos. O hotel no Centro de Toronto, na área financeira da cidade, fica a 500 metros do Eaton Centre, maior shopping da cidade. A caminhada até o metrô mais próximo leva 2 minutos (estação King).

    The Ivy at Verity

    O Ivy at Verity ocupa um prédio restaurado que já foi uma fábrica de chocolate nos anos 1850, no distrito de Queen Street East. Um hotel-boutique de inspiração europeia, com camas king feitas à mão na Suécia e lençóis artesanais italianos. São apenas 4 quartos, decorados de modo distinto, mas todos com banheira de imersão, piso aquecido, TV’s 4K e tablets. Incluído na diária, o café da manhã é servido na própria suíte. Conta ainda com o restaurante George – 5 estrelas que serve pratos à base de produtos locais – e com o Sweetgrass Spa, exclusivo para mulheres. O wifi gratuito é bem avaliado pelos hóspedes na Booking.

    Hotéis em Toronto: Bloor-Yorkville

    Bairro movimentado, mas sem o frenesi de Downtown, Yorkville é o território onde estão instaladas marcas como Hermés, Chanel e Tiffany & Co. Natural, então, que o Bata Shoe Museum fizesse parte do cenário: um rico acervo em que sapatos usados por John Lennon, Elvis Presley e Marilyn Monroe têm o valor de arte. Maior museu do Canadá, o Royal Ontario Museum (ROM) guarda uma coleção de história natural e cultural em cerca de 6 milhões de objetos.

    Os hotéis desta região costumam hospedar as estrelas do festival de cinema, todo ano em setembro. Spas e um grupo seleto de restaurantes emprestam ainda mais charme ao bairro, onde se localiza também o Consulado do Brasil em Toronto.

    Kimpton Saint George Hotel

    Essa é a primeira unidade no Canadá da Kimpton, marca-boutique do Intercontinental Hotels Group. Inaugurado em 2018, o hotel fica entre a Bloor Street e a St. George Street (por isso, o nome do empreendimento). Com grafite na fachada e no lobby, o Kimpton Saint George Toronto dispõe de 188 acomodações e fitness centre, além de oferecer serviços pet friendly e empréstimo de bicicletas e colchonetes de ioga. O gastro pub The Fortunate Fox serve pratos, aperitivos e cervejas artesanais.

    Onde ficar em Toronto: Kimpton Saint George, hotel de luxo
    Kimpton Saint George – Foto: Intercontinental Group

    The Hazelton Hotel

    ‘Ícone de tudo que é chique, glamouroso e luxuoso’, segundo definição de seu site oficial, o Hazelton Hotel é sinônimo de Yorkville, a mais sofisticada das regiões. Seus 62 quartos e 15 suítes são amplos, equilibradamente decorados com madeira, granito verde e veludo. Ao lado do Valmont Spa, o exclusivo restaurante One materializa a faceta über-chic do hotel de Toronto, que fica ainda mais badalado durante o festival de cinema.

    Four Seasons Hotel Toronto

    Para quem não dispensa mordomia, o Four Seasons Hotel Toronto é destino certo. Porque, neste 5 estrelas, na esquina da Bay Street com Yorkville Avenue, todos os quartos têm camas king size e janelas do chão ao teto, com visão do horizonte dos lados leste ou oeste. Tenha a cidade a seus pés durante uma sessão de relaxamento no spa ou em um mergulho na piscina do 9º andar. O menu do Café Bouloud mostra as raízes francesas. A uma quadra do hotel em Toronto está a movimentadíssima Yonge Street, circuito de compras e principal rua da cidade.

    Windsor Arms Hotel

    Um 5 estrelas clássico, o hotel em Toronto tem decoração sóbria, com um instrumento musical (harpa, piano ou violão) em cada uma de suas 28 suítes. O wifi é gratuito, mas o café da manhã é pago à parte. Com menu de inspiração britânica, o restaurante The Living Room oferece premiada carta de vinhos e cerca de 60 marcas de cervejas artesanais locais. Ao lado do lobby, o Courtyard Cafe serve brunch aos domingos. O Windsor Arms Hotel está localizado a 500 metros do Royal Ontario Museum (ROM) e a 5 minutos a pé da estação Bay do metrô.

    Hotéis em Toronto: West Queen West

    Entre a University Avenue e o bairro de Parkdale, quanto mais se anda pela Queen Street em direção ao oeste, mais alternativo o bairro fica. O pedaço que vai da Bathurst Street à Gladstone Avenue é chamado de West Queen West. Ali descolados encontram galerias de arte, clubes noturnos, lojas alternativas e hotéis-boutique.

    Gladstone Hotel

    Do lado de fora, os tijolinhos à mostra do prédio produzem o efeito avermelhado que atesta o inconfundível estilo vitoriano. Dentro, artistas assinaram a concepção visual dos 37 quartos do Gladstone Hotel, situado entre dois dos bairros mais criativos da cidade: West Queen West e Parkdale. Pois há arte onde se dorme, onde se come e em 3 galerias que funcionam dentro do hotel, que ainda tem um animado karaokê.

    The Drake Hotel

    O Drake Hotel sintetiza o espírito de West Queen West. Pois é único e vibrante, notadamente marcado pela alma cultural da região, expressa no conceito despojado e urbano de cada quarto, suíte e studio. Seu restaurante e seu café apresentam uma cozinha criativa e de valorização de produtos locais. A arte está por todos os cantos, de cima a baixo.

  • Viena (Áustria): pontos turísticos, hotéis e mais

    Viena (Áustria): pontos turísticos, hotéis e mais

    Há 10 anos seguidos Viena é eleita a melhor cidade do mundo para se viver pela consultoria Mercer. Capital da Áustria, às margens do Rio Danúbio, Viena é uma linda cidade, com palácios barrocos, concertos e bailes. Antes palácio imperial dos Habsburgo e atual sede da presidência do país, o Hofburg ainda guarda a valsa de muitos casais em seus salões.

    Faz sentido Viena se intitular cidade da música e da cultura — entre outros, Mozart e Beethoven viveram lá. Uma noite ao ano, em junho, dá para sentir essa atmosfera sem pagar nada: no concerto de verão (Sommernachtskonzert) da Filarmônica de Viena, nos jardins do Schloss Schönbrunn. Desde 1996, esse imponente palácio é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco; já os cafés de Viena foram declarados Patrimônio Imaterial em 2011. Há em torno de 2.400 estabelecimentos do gênero por toda a cidade, de modernosos a elegantes e clássicas confeitarias.

    Outra bela tradição são os mercados de Natal de Viena, quando a cidade se ilumina. O prédio da prefeitura dá um toque especial à feira na Rathausplatz. Vilas natalinas embelezam ainda mais locais como o Belvedere e o Schönbrunn.

    Confira abaixo o que fazer em Viena e onde ficar na capital da Áustria, além de restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | VIENA

    PONTOS TURÍSTICOS

    Se você caminhasse apenas pela Ringstrasse, passaria por importantes atrações de Viena: a Staatsoper e a Musikverein (símbolos da música clássica), o Hofburg e os museus de história natural (Naturhistorisches Museum) e de história da arte (Kunsthistorisches Museum), com quadros de Rafael, Rembrandt e Bruegel.

    Há cerca de 100 museus em Viena. Matisse, Renoir e Miró estão no Albertina. Para ver obras de Gustav Klimt (entre elas, O Beijo) vá ao Belvedere, antiga residência de verão dos nobres. Egon Schiele também ocupa paredes ali, mas o artista tem presença maciça no Leopold, atração mais visitada do MuseumsQuartier. Com 90.000 m² e cerca de 60 instituições, o quarteirão junta construção histórica, arte contemporânea e design. Complete a visita com o Sigmund Freud Museum, dedicado ao pai da psicanálise.

    Caminhe pelo centro histórico, pare nos cafés e experimente o schnitzel (milanesa que é prato típico de Viena). Praça nessa área fechada para carros, a Stephansplatz é referência para desbravar a cidade, começando pela Stephansdom. Do século 12, a catedral gótica é coberta por 230.000 telhas que formam um mosaico. Na região, o show fica com os movimentos da Escola Espanhola de Cavalaria (Spanische Hofreitschule). Você pode se programar para essa e outras atrações antes da viagem, comprando ingressos de atrações e passeios em Viena.

    O barroco Schloss Schonbrünn, com a imperatriz Sissi como sua habitante mais famosa, está a meia hora de metrô do centro. No verão, chegue antes e explore o parque e os jardins. Considerado o melhor da Europa, o zoológico de Viena fica ali perto. Nos meses mais quentes, curta os muitos parques de Viena (quase metade da cidade é coberta de áreas verdes). No Prater, vá além: ande na lendária roda-gigante. Depois, aproveite o calor na pequena praia de verão à beira do Danúbio, numa mesa dos bares instalados em sua margem ou num passeio de barco.

    Palácio de Schönbrunn, entre os pontos turísticos da Áustria – Foto: Wien Tourismus/Divulgação
    Comida típica de Viena, o schnitzel – Foto: Robert Osmark/Turismo de Viena/Divulgação

    HOTÉIS

    Onde ficar em Viena próximo de pontos turísticos? Hospede-se no 1º distrito. Tome a Ringstrasse como limite. Nela e na área dentro do seu desenho estão os mais luxuosos hotéis de Viena. A tradição do Hotel Sacher Wien não se restringe à torta de receita original. Fica em frente à Staatsoper e é tão requintado quanto bem localizado. A pé se chega ao Hofburg ou às compras na Kärtnerstrasse. O Grand Hotel Wien e o Palais Hansen Kempinski Vienna oferecem serviços e acomodações impecáveis.

    Elegantemente criativos, The Guesthouse Vienna (vizinho do Museu Albertina) e Das Triest Hotel (perto do mercado Naschmarkt) levam a assinatura do designer Terence Conran, enquanto o Hotel Sans Souci Wien tem interior by Philippe Starck. Próximo do MuseumsQuartier, o 25hours Hotel reflete a atmosfera cool de Spittelberg, um dos mais antigos bairros de Viena, com bares e cafés em vielas do 7º distrito.

    Dono de uma suíte com visão para o Belvedere, o Hotel Daniel Vienna se orgulha de ter padaria própria e apiário no telhado do prédio que já foi um conjunto de escritórios dos anos 1960. No Grand Ferdinand, o rooftop é da piscina. O elegante hotel abriu em 2015 na região do Ritz-Carlton Vienna e do Intercontinental Wien. O trio está a curta distância do primeiro parque público da cidade, o Stadtpark, com monumentos em homenagem a compositores como Strauss e Schubert.

    O Hotel Wandl está a menos de 10 minutos a pé da Stephansplatz e do metrô, na própria praça da igreja. Nessa região, a rede Accor possui o Mercure Wien Zentrum e o Mercure Vienna First, perto do restaurante Motto am Fluss, no terminal dos barcos turísticos, às margens do Danúbio. Também da Accor, o Novotel Wien Hauptbahnhof atende bem a famílias e a quem chega a Viena de trem. Fica perto da estação central (Hauptbahnhof), assim como o econômico B&B Wien-Hbf, com janelas à prova de som, ar-condicionado, bancada de trabalho e alguns quartos para famílias (com 4 camas). Nos arredores de Schönbrunn, há o três-estrelas Hotel Viktoria e o Radisson Blu Park Royal Palace, uma categoria acima.

    [booking_product_helper shortname=”mapa viena”]

    RESTAURANTES

    A culinária de Viena se orgulha de pratos que carregam o nome da cidade, caso do popular wiener schnitzel. O escalope à milanesa e o appfelstrüdel, erradamente associados à Alemanha, nasceram em Viena assim como a sachertorte. As confeitarias Sacher, Gerstner e Demel são instituições que servem esse bolo e outros clássicos da doçaria vienense.

    Comida típica, preços menores e ambientes acolhedores são encontrados num biesl. Steman e Beim Czaak são representantes do estilo clássico de bistrô da capital austríaca. O Skopik & Lohn faz uma releitura afrancesada da culinária local, em Karmelitermarkt, o bairro da moda.

    Cosmopolita, a cidade reserva à cozinha mais ambiciosa lugares como Steirereck e Walter Bauer, estrelados pelo Guia Michelin. Já os quiosques de salsicha são reduto da simplicidade. A barraca da Bitzinger em frente ao museu Albertina é paradinha básica.

    Em matéria de tradição nada supera os cafés vienenses. Há praticamente um a cada esquina, dos antigos Café Central (com música ao vivo) e Prückel aos modernosos Balthasar e Caffè Couture, que apostam na inventividade de seus baristas.

    compras

    Exclusiva dos pedestres, a Kohlmarkt é a rua do centro histórico voltada ao luxo. Sua extensão, a Tuchlauben, forma com a Bognergasse e a praça Am Hof o Goldenes Quartier, quarteirão onde peças de Alexander McQueen, Miu Miu e Louis Vuitton valem ouro.

    Também ficam nos calçadões Mango, Forever 21 e H&M, com preços mais amigáveis. Para pagar um pouco menos, siga para a Mariahilferstrasse. Na maior rua de comércio, há lojas e os shoppings Gerngross e Generali Center, o mais antigo da capital da Áustria.

    Os mercados de pulgas são muitos e vendem do kitsch a antiguidades. Um dos maiores fica perto do Naschmarkt, principal mercado de alimentos da cidade e também uma atração turística. Nele é possível comprar iguarias ou se sentar num box para uma refeição. Aliás, para trazer comida e bebida de souvenir, o bombom Mozartkügel e os vinhos austríacos são boas ideias.

    Nos mercados de Natal, dá para achar lindos enfeites para árvore. Chocolaterias e supermercados oferecem artigos como o calendário do advento, com surpresas em janelinhas para as crianças abrirem até o Natal.

    TRANSPORTE

    City Airport Train é a ligação mais rápida entre o aeroporto e o centro de Viena. A viagem até o terminal Wien Mitte (com conexão para a estação central, a Hauptbahnhof) leva 16 minutos. A cada ano, Viena busca reduzir a circulação de automóveis.

    Se você é fã de bike, saiba que a capital austríaca é praticamente plana e conta com cerca de 1.400 km de ciclovias. O sistema Citybike Wien oferece em torno de 120 pontos de aluguel, a maioria localizada perto de estações de metrô. Também é possível fazer um tour guiado de bicicleta.

    Apenas 27,5% dos deslocamentos na cidade são feitos de carro, então o transporte público é a melhor opção para circular. Integrados, os serviços de ônibus, bonde e metrô aceitam o mesmo bilhete. Tíquetes podem ser comprados em estações, máquinas de autoatendimento, tabacarias, centros de visitantes ou pelo aplicativo da companhia Wiener Linien.

    Vienna City Card de 24, 48 ou 72 horas dá direito a viagens ilimitadas a partir da primeira validação e descontos em atrações e alimentação. Menor de 15 anos viaja de graça como acompanhante de um adulto portador desse cartão.

    MOEDA

    A moeda da Áustria é o euro — vá comprando moeda estrangeira antes de viajar.  Há máquinas de saque do lado de fora de agências bancárias em Viena, e cartões de crédito e débito são bem aceitos na cidade. Para trocar moeda, há casas de câmbio (o grupo Interchange tem filiais no aeroporto e na Stephansplatz) e bancos (como o Austrian National Bank). Eles abrem das 8h30 às 12h30 e retornam das 13h30 às 15 horas — na quinta, seguem até as 17h30.

    Museus em Viena incluem o Albertina – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    CLIMA

    Com estações bem definidas, Viena tem clima continental e sofre influências oceânicas. Durante o verão (de junho a setembro), a média é de 20°C, mas o calor pode chegar aos 30°C. A mínima raramente cai além de -5°C no inverno (entre dezembro e março), podendo nevar desde novembro. Primavera e outono têm vento frio (carregue sempre um casaquinho) e apresentam temperatura na média anual, 11°C.

    EVENTOS

    Baile em Viena, no Opera Ball – Foto: Wien Tourismus/Divulgação

    Concertos (em salas de música, cafés e igrejas), bailes e apresentações do Coral dos Meninos de Viena (Wiener Sängerknaben) reforçam a imagem de destino de música clássica. Em 2019, a cidade celebra 150 anos da Wiener Staatsoper, casa onde óperas e balés são apresentados, na Ringstrasse. Toda quinta anterior à Quarta-Feira de Cinzas, o lugar vira o mais imponente salão de baile de Viena para a valsa de 150 casais, numa festa de gala. Igualmente tradicionais, mas realizados nas praças, os mercados de Natal e de Páscoa enfeitam a cidade e são ótimos passeios em família. A festa de Réveillon toma a frente da prefeitura e se estende pelas vielas, enquanto o Hofburg recebe um requintado baile de Ano Novo. Em 1º de janeiro, o concerto da filarmônica é tradição no Musikverein.

    Mas Viena também tem vanguarda: o festival de dança (ImPulsTanz), de julho a agosto; a viennacontemporary (semana de arte contemporânea) e a Vienna Design Week (evento com foco em criatividade e experimentação no design), no outono; e a Vienna Art Week, em novembro. No mesmo mês, a cidade promove sua Vienna Bier Week — a Oktoberfest local (Wiener Wiesn-Fest) começa no fim de setembro. O inverno oferece pista de patinação, DJs e pubs durante o Winter im MQ, até dezembro no MuseumsQuartier. E, numa cidade repleta de cafés, o Vienna Coffee Festival ocorre em janeiro.

    mais destinos

    Pense em fazer uma refeição em meio aos vinhedos sem que seja necessário pegar vários quilômetros de estrada. Isso é possível em Viena, cidade que se orgulha de manter uma produção de vinho dentro da área urbana — em torno de 700 hectares de vinhedos cercam a capital austríaca, o que rende cerca de 2,4 milhões de litros anuais da bebida. As principais vinícolas (entre elas, a Mayer am Nussberg e a Weingut Wien Cobenzl) ficam a menos de 1 hora do centro histórico e recebem visitantes — veja aluguel de carro.

    Viena é um ótimo destino para ser combinado com outras cidades da Áustria, como numa excursão de 1 dia a Salzburgo. Ou com as capitais de países próximos. A eslovaca Bratislava (distante apenas 80 km) e a húngara Budapeste (a cerca de 240 km), por exemplo, estão na rota de embarcações que navegam pelo Danúbio e passam por Viena. Nathalia fez um cruzeiro fluvial assim e considera essa uma das suas viagens mais bonitas e inesquecíveis.

    Vinhedos de Viena, dentro da cidade – Foto: Lois Lammerhuber/Turismo de Viena/Divulgação

    Facebook
    Twitter
    Pinterest
    Email
    WhatsApp

  • Porto de Galinhas (Pernambuco): pontos turísticos, hotéis e mais

    Porto de Galinhas (Pernambuco): pontos turísticos, hotéis e mais

    Porto de Galinhas está localizada no sul de Pernambuco, a 60 km da capital, Recife. Tem mar calmo, com águas claras e morninha e sua geografia favorece a formação de piscinas naturais. O verde claro do mar em contraste com o colorido das velas das jangadas virou um cartão-postal clássico desse destino, visitado por cerca 1,2 milhão de turistas, sendo 98% deles casais com filhos — nadar e ver de perto peixinhos coloridos é uma atividade tentadora, ainda mais para quem tem crianças.

    Além de batizar a vila local, Porto de Galinhas é também uma das sete praias do município de Ipojuca. O nome teria origem no período posterior ao fim da escravidão no Brasil. Quando os navios que traziam negros cativos na África aportavam na região, surgia a notícia de que havia galinhas novas (escravos) no porto. Hoje, a ave é símbolo do turismo local, está em todas as formas e tamanhos nas lojas artesanato e suas simpáticas estátuas espalhadas pelo centrinho figuram nas selfies dos viajantes.

    Ficar na vila de Porto de Galinhas é estar no meio do agito. Nela estão os principais bares, restaurantes e as pequenas pousadas. É bom ainda pelas opções de compras, de vida noturna e por estar a 5 minutos das famosas piscinas naturais. As praias vizinhas têm perfis diferentes e estão ligadas ao centro pela Rodovia Tronco. 

    Escorada por arrecifes, Muro Alto é território dos resorts e seu mar é quase um lago, ideal para o mergulho das crianças. No Cupe, as ondas são mais fortes e os hotéis de médio porte se misturam com acomodações menores, boas para os casais. Ao sul da vilinha, Pontal do Maracaípe é point de surfe.

    Especialistas e viajantes sempre incluem o destino em Pernambuco entre os 10 melhores de praia no Brasil — veja pacotes para Porto de Galinhas.

    Confira abaixo o que fazer, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | PORTO DE GALINHAS

    PONTOS TURÍSTICOS

    No centro da vila, há movimento dia e noite por causa das pousadas, dos restaurantes, dos bares (alguns com música ao vivo) e de casas noturnas como a Birosca da Cachaça. O passeio às piscinas é bem concorrido — máscara e snorkel podem ser alugados. Siga as orientações dos jangadeiros para andar com segurança pelos arrecifes.
    De bugue, desbrave os 18 km de litoral nos passeios de ponta a ponta, parando para mergulhos nas praias de Muro Alto, Cupe e Pontal de Maracaípe. A Associação de Bugueiros de Porto de Galinhas oferece tours de 3 a 6 horas de duração, com possibilidade de saída e chegada no seu hotel — para melhor aproveitar o tour, tome café cedo e embarque às 9 horas da manhã, no máximo. Há cerca de 300 veículos credenciados e identificados por placas de cor vermelha.
    Protegido por corais, o mar praticamente sem ondas de Muro Alto favorece as práticas de stand-up paddle, de caiaque e de mergulho. A criançada brinca sem sustos enquanto papais podem descansar na faixa de areia fina e branca. Maior praia da região, Cupe tem ondas mais fortes. Em alguns trechos há piscinas naturais com menos muvuca do que no centro de Porto de Galinhas.
    A elevação do mar chega perto de 3 metros em Maracaípe, palco de campeonatos de surfe. Para quem gosta de kite, os ventos fortes sopram a favor nesse trecho do litoral onde o mar encontra o rio. Considere navegar a partir do Pontal do Maracaípe para ver caranguejos e cavalos-marinhos. O passeio fica mais bonito com o pôr do sol. Com duração de 40 minutos, o tour pelo manguezal é feito por jangadeiros que também ajudam na preservação da biodiversidade local. Para ver e conhecer mais sobre os cuidados com cavalos-marinhos, visite o Projeto Hippocampus.
    Outubro a março é a melhor época em termos de visibilidade para a prática do mergulho autônomo em Porto de Galinhas. As saídas variam entre 2 horas (batismo, para iniciantes) e 4 horas, com visitação aos 2 pontos de naufrágio de até 32 m de profundidade (indicados aos mais experientes).

    Piscinas naturais de Porto de Galinhas, em frente à vila nordestina
    Acomodações charmosas para a viagem: apartamento do Hotel Armação

    HOTÉIS

    Para economizar com hotéis em Porto de Galinhas, em qualquer época do ano, a dica é hospedar-se no centro, onde só existem pousadas, com preços que chegam a menos da metade dos valores dos hotéis e resorts. Outra vantagem de se hospedar na vila é estar próximo do comércio e da praia. As pousadas Quatro Estações e Lua Azul ficam a 5 minutos a pé dos famosos restaurantes da Rua Beijupirá. E 2 minutos de caminhada separam a Pousada Porto Verde do mar.

    Ao sul da vila, a Pousada Maracabana oferece quartos com varanda voltados para Praia de Maracaípe, imã de esportistas radicais. A Flor de Maraca é uma pousada mais afastada da orla e que compensa a falta de piscina com uma hidro na cobertura.

    No inverno, a hospedagem no destino pernambucano sai mais em conta. Em julho, as diárias ficam entre 20 e 30% mais baratas em comparação com as férias de janeiro, segundo o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau. Para uma descrição detalhada das principais opções de hotel em Porto de Galinhas, veja nosso texto com todos os estilos e preços. Numa viagem especial, vale investir numa acomodação mais charmosa ou até luxuosa.

    Cupe, primeira praia ao norte de Porto de Galinhas, alterna pousadas intimistas como a Tabajuba (pé na areia que só aceita crianças a partir de 12 anos), grandes complexos como o Enotel (com parque aquático infantil) e caçulas que ficam a 300 metros do mar, como o Tabaobí Smart Hotel, onde todos os quartos estão voltados para a piscina. Ou então radicalize e passe uma temporada em uma das Casas do Cupe, duas propriedades com toda a infraestrutura para férias com estilo e privacidade.

    Resorts pé na areia dominam Muro Alto, a praia mais afastada da vila de Porto de Galinhas. Se você gosta de mordomia, conforto e uma faixa de areia menos tumultuada, seu lugar pode ser aqui. O exclusivo Nannai Resort & Spa privilegia o clima de romance, enquanto o vizinho Summerville Beach Resort cai bem para quem está com os filhos a tiracolo.

    [booking_product_helper shortname=”mapa porto de galinhas”]

    RESTAURANTES

    Praticamente todo restaurante serve peixe, camarão e frutos do mar, variando apenas na pegada gastronômica, ora mais brasileira ora mais internacional. Pescada, cioba ou robalo chegam à mesa fartamente temperados e cobertos por queijo borbulhante no restaurante Peixe na Telha, que fica no caminho das piscinas naturais. O veterano Beijupirá combina produtos do mar com frutas da região. Seus vizinhos de rua são MaRdioca (de menu ítalo-nordestino), Domingos Restaurante (com música ao piano no jantar) e La Crêperie (43 versões de crepe, entre doces e salgados).

    No BarCaxeira, o produto em destaque é a macaxeira em versões gratinadas. O Barcelona Tapas é outro restaurante que usa ingredientes locais com pitadas catalãs do chef Marc Colominas. Adictos de carne e pasta se refugiam no La Tratoria, famoso também pelo risoto de frutos do mar. A carta de bebidas do Café da Moeda traz versões quentes e drinks refrescantes feitos com grãos selecionados. Para acompanhar, a casa que fica na rua das sombrinhas coloridas prepara sanduíches exclusivos e sobremesas bem nordestinas como cartola e bolo de rolo.

    De dia, o Bar da Praia Pontal do Cupe reina absoluto em frente às piscinas naturais. Petiscos e pratos para até 2 pessoas são servidos na varanda ou nas mesas na areia, tudo ao som de voz e violão. Em Maracaípe, o João Restaurante é conhecido por oferecer redes para os turistas tirarem uma soneca depois do almoço. Tem piscina e música ao vivo. Isso combinado com caipirinha e bolinhos de feijoada dá um soninho gostoso. Nessa região fica também a Vila de Todos os Santos, projeto que alia gastronomia e eventos culturais

    COMPRAS

    A feirinha da Rua Beijupirá pega no breu no fim de tarde. Seja paciente e não cairás na tentação de comprar suas lembrancinhas logo na primeira barraquinha. Galinhas, camisetas e outros objetos pequenos variam pouco de preço, mas variam. Procure com calma. Exclusivo dos pedestres, o calçadão da Rua Esperança também tem lojas e ateliês que seguem funcionando até mais tarde durante a alta temporada, tudo para aproveitar o vaivém de turistas. Gilberto Carcará é o artista por trás das galinhas que se encontram espalhadas pela vila. No seu ateliê, é possível comprar esculturas feitas de tronco de coqueiro e quadros de madeira reciclada.

    TRANSPORTE

    Porto de Galinhas fica no sul de Pernambuco, a menos de 1 hora da capital, Recife. A ligação é feita pela chamada Rota do Atlântico, estrada que foi reformada para atender ao intenso movimento de turistas pela região. Se o objetivo for só se deslocar entre a vila e as praias vizinhas, contrate um transfer de ida e volta para o aeroporto. O resto faça com bugues e táxis locais. Para quem deseja combinar Porto de Galinhas com escapadas rumo às praias dos estados vizinhos (Alagoas, por exemplo), vale investir no aluguel de carro. Fizemos assim quando percorremos todo o litoral da Paraíba e ainda visitamos a pernambucana Carneiros, 60 km ao sul de Porto de Galinhas.

    MOEDA

    As barracas de praia aceitam apenas dinheiro, então leve a quantia que julgue suficiente para curtir a praia sem ter de encarar fila para sacar grana a cada dia. Em abril de 2018, foram instalados 10 novos caixas eletrônicos da Rede 24 Horas na Rua Beijupirá. Deixe o cartão de crédito para restaurantes, passeios e, eventualmente, uma compra grande. Para imãs e lembrancinhas, carregue trocados.

    CLIMA

    Faz calor o ano inteiro em Porto de Galinhas, com 27°C de temperatura média. Para não dizer que o clima não esfria, julho tem mínima de 21°C, e olhe lá. A chuva fica abaixo dos 100 mm no período de outubro a janeiro, mês em que os termômetros vão além dos 30°C fácil, fácil. Protetor solar de fator alto, bonés, chapéus e afins são artigos de primeira necessidade para os visitantes mais branquelos.

    EVENTOS

    Porto Gastrô: festival gastronômico em novembro – Foto: Divulgação

    Carnaval e São João já são datas animadas no Nordeste. Além disso, Porto de Galinhas mantém uma feira literária (Flipojuca, em agosto) e um festival gastronômico (Porto Gastrô) que celebra um ingrediente a cada novembro, mês de desova das tartarugas marinhas, espetáculo natural que mexe com as crianças.

    MAIS DESTINOS

    O litoral pernambucano tem outras praias de tom esverdeado, água morna e piscinas. É preciso acordar cedo e cair na estrada para valer a pena. Calhetas e Gaibu ficam 40 km ao norte de Porto de Galinhas. Têm bem menos estrutura, mas mar tão belo quanto a vizinha mais famosa. Ainda no município de Cabo de Santo Agostinho fica o Engenho Massangana, fazenda onde viveu o escritor e abolicionista Joaquim Nabuco e que virou museu aberto à visitação.
    No sentido contrário ao centrinho, andando em torno de 20 km, você chega a Serrambi, praia selvagem, sem barracas e, por isso, praticamente sem tantos visitantes. Desça um pouco mais e encontre Carneiros, que resiste enquanto pode ao turismo de massa.
    Sobre a água cristalina, o passeio de catamarã leva a um mergulho nas piscinas naturais, ao lugar para banho de lama e até a famosa igrejinha que sai nas fotos de quem já esteve lá.

    CATEGORIAS
    TAGS
    COMPARTILHE

    Facebook
    Twitter
    Pinterest
    Email
    WhatsApp

    COMENTE
    LEIA TAMBÉM
  • Comidas típicas do Canadá: 15 pratos e produtos para provar

    Comidas típicas do Canadá: 15 pratos e produtos para provar

    ‘Não há uma comida típica do Canadá.’ A afirmação vem de ninguém menos que Justin Trudeau. Em bate-papo sobre culinária, gravado para o site Explore Canada, do órgão oficial de turismo, o primeiro-ministro do país justifica sua opinião baseado na incrível diversidade de seu povo. Do caldo formado por diferentes contribuições e tradições, pratos e ingredientes deram à cozinha canadense uma identidade nacional. Aqui listamos as principais comidas típicas do Canadá.

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

    Num país de inverno rigoroso, um prato típico do Canadá feito com batatas afaga o corpo e traz conforto. Criada em Québec, a poutine ganhou projeção nacional e é consumida em qualquer época do ano em toda parte. A receita de poutine original, com pedaços de queijo e molho de carne, recebeu releituras locais. Por exemplo, nas Províncias Marítimas, no litoral leste do país, a lagosta substitui a carne bovina no prato à base de batatas fritas e queijo. É essa calórica combinação que encabeça a lista de comidas típicas do Canadá, que ao lado de bebidas tradicionais formam um país saboroso.

    Entre os ingredientes, o xarope de maple talvez seja o caso mais conhecido. Extraído da árvore que tem estampada sua folha na bandeira do Canadá, ele é um legítimo produto local, consumido em todo o território. O icewine, vinho de uvas congeladas do Canadá, é outro orgulho nacional, ainda que Alemanha, Estados Unidos e Japão também se dediquem à fabricação desse produto.

    1 | Poutine

    Batata frita faz a alegria de muita gente, sem dúvida. Acrescente a essa maravilha pedaços de coalhada de queijo e molho de carne. Essa receita surgida em Québec virou mania nacional, mas é na província francesa que ela é realmente uma tradição. Aberto 24 horas, o La Banquise, no bairro Plateau-Mont-Royal, serve apenas poutine e oferece 30 versões do prato. Nathalia esteve lá na sua primeira viagem a Montréal. Em outra ocasião em 2017, também almoçou o prato típico do Canadá feito com batatas no La Belle et La Boeuf. Localizado na Rue Saint-Catherine, ele é uma opção de happy hour animada, com sua ampla carta de drinks. Além de hambúrgueres, unidades da rede Frite Alors! servem poutine, incluindo a versão com carne defumada (smoked meat) que Nathalia também comeu e recomenda (diz: é uma delícia!).

    2 | Maple

    Se fosse no Brasil, ele seria o produto perfeito para figurar num daqueles comerciais sobre o agronegócio. O maple está na bandeira do Canadá. Está presente no dia a dia de todos os habitantes do país. Está no café da manhã, no almoço e no jantar. Está na calda da panqueca, está no pirulito, no preparo do prato principal e na finalização da sobremesa. Maple é tradição. É produto exportação. É presente de viagem também. E Québec é o maior centro produtor do xarope de maple de todo o mundo. Carla, irmã da Nathalia, já contou aqui como é a visita a uma fazenda de maple no Canadá, um dos passeios para se fazer na primavera.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Dicas de viagem e destinos (@comoviaja) em

    3 | Icewine

    Comer sem beber é difícil, né? Na ida às Cataratas do Niágara e visita às vinícolas perto de Toronto, isso fica comprovado. Além de estar entre os pontos turísticos do Canadá, a região é uma das principais produtoras de vinho do país. Ao lado das quedas d’água, na pequena cidade de Niagara-on-the-Lake, a harmonia entre um bom prato e uma taça é celebrada a cada refeição. É lá também que se encontra uma bebida tipicamente canadense, o icewine, vinho de uvas congeladas, que Nathalia provou em 2 momentos diferentes da sua última visita a Ontario: no almoço da vinícola Two Sister e no bar de gelo da Peller Estates, em que vestiu casaco especial para encarar os 10 graus negativos do ambiente.

    4 | Peameal bacon

    Se for visitar o St. Lawrence Market, mercado de Toronto, não deixe de comer o sanduíche que é marca registrada do Carousel Bakery. O peameal bacon é composto por finas fatias grelhadas do genuíno lombo canadense envolto em farinha de milho — a receita original levava farinha de ervilha (pea, em inglês). Acompanha molho de mostarda com mel. É bem bom!

    5 | Butter tart

    É a chamada receita de vovó que atravessa gerações agradando sempre. A torta de manteiga tradicional é uma massa folhada com recheio que mistura açúcar, xarope de milho ou maple, ovo e manteiga (claro!). Registros comprovam que a primeira menção a este doce foi feita em um livro de receitas do século 19, cuja a venda ajudou a arrecadar fundos para um hospital da cidadezinha de Berrie, em Ontário. Desde 2013, outra cidade da província, Midland, promove o maior festival de tortas de manteiga do Canadá.

    6 | Canada Dry (Ginger Ale)

    Colonizados que somos pelos refrescos à base de cola e bebedores orgulhosos do legítimo guaraná, natural estranharmos o primeiro gole de um ginger ale. A bebida produzida pela Canadá Dry desde 1904 tem gengibre em sua fórmula, o que ajudou a suavizar a birita (e o flagrante) no tempo da Lei Seca. Hoje, além de puro, o refrigerante sai também de fábrica misturado com cranberry, blackberry e até chá verde. Como diriam os anúncios de antigamente, ginger ale está à venda nas boas casas do ramo.

    7 | Frutas vermelhas

    Se tem algo de que Nathalia sente falta quando volta do Canadá são as frutas vermelhas: cranberries, raspberries, blueberries, wild berries, todas sem exceção. Elas são frescas, suculentas e, principalmente, baratas. De tão abundantes no país, há supermercados e mercados de produtores que fazem promoção do tipo leve 3 pague 2. E Nathalia sempre compra, lógico. Sai com elas pelas ruas porque, além de tudo, são práticas para sacar da mochila e comer no intervalo entre uma atração e outra. Praticamente todos os mercados públicos do Canadá têm uma banca que vende frutas vermelhas frescas. Em Québec, tem ainda o Marché des Saveurs du Québec, em frente ao Marché Jean Talon, principal mercado público da cidade. Vende o que é fabricado na província e derivados de frutas vermelhas, com destaque para o mirtilo selvagem (bleuets sauvages). São geleias, xaropes, chás e tudo mais que possa ser convertido em pequenas porções de felicidade.

    8 | Bagel

    Existe muita discussão em torno do melhor bagel: se o de Nova York ou o de Montréal. Certo mesmo é que a receita tem laços com os imigrantes judeus que chegaram às duas cidades. A massa da versão canadense leva água adocicada com mel, o que se reflete no sabor final. É também mais crocante e tem tamanho um pouco maior do que o primo-irmão americano. Em Montréal, disputam o título de melhor bagel a Fairmount Bagel e a St. Viateur Bagel (cujos pãezinhos também são encontrados no Marché Jean-Talon).

    Bagel da Fairmount Bakery – Foto: Pierre-Luc Dufour/Tourisme Montréal/Divulgação

    9 | Carne defumada (smoked meat)

    Em Montréal, todos os caminhos levam à Deli Schwartz, restaurante judaico com 90 anos de tradição cuja especialidade é o sanduíche de smoked meat, ou carne defumada (peito de boi marinado por 10 dias em uma mistura de ervas finas e especiarias), servida com mostarda no pão de centeio. O poeta e cantor Leonard Cohen era fã dos sandubas preparados pela Main Deli Steak House, concorrente que também fica no Boulevard Saint-Laurent, praticamente em frente ao Schwartz. Na dúvida, prove um de cada endereço, mas saiba que o sanduíche é enorme, então vale a pena dividir se a fome não for grande. Na Vieux Montréal, parte do centro antigo da cidade, tem também o restaurante Brisket, que significa peito de boi e serve smoked meat.

    10 | Beaver tail

    Por causa do formato comprido e achatado, a tradução para essa ‘gordice’ é rabo de castor. É o carro-chefe da rede de confeitarias batizada com o nome do doce criado por ela em 1978. A massa se assemelha à de uma rabanada. Bem esticada é frita em óleo até ficar dourada. Não leva recheio. Em compensação, dá-lhe cobertura! Nathalia e nosso sobrinho, Caio, foram à unidade da Beaver Tails perto do Vieux Port, no centro velho de Montréal. Dividimos a versão com pasta de chocolate e avelã.

    11 | Nanaimo bar

    Doce em três camadas, típico da cidade de Nanaimo, na província de British Columbia. A base é composta por mistura de chocolate, biscoito moído e nozes; o meio leva um creme de manteiga e a cobertura de ganache de chocolate arremata tudo. O doce é o orgulho da cidade da costa oeste canadense, tanto que o centro oficial de turismo de Nanaimo criou a rota dos 39 melhores lugares para se provar nanaimo bar, o original e suas releituras. Não chore, dá para encontrar o doce em cidades como Toronto, onde provei nanaimo bar na Blackbird Bakin Co, em Kensignton Market e no St. Lawrence Market.

    12 | Lobster roll

    Por razões óbvias, nas províncias marítimas banhadas pelo Atlântico quem reina é a lagosta. Ela está presente em todos os pratos possíveis, durante o ano inteiro. Acha exagero? Pois saiba que até no Natal o peru perde o protagonismo para a lagosta. Na Nova Escócia, além de prová-la à moda roots (usando alicate para quebrar a casca e avental para estancar a sujeirada que os estilhaços provocam), Nathalia comeu ainda o lobster roll, icônico sanduíche em pão de leite recheado com salada de carne de lagosta e maionese. É um lanche que também pode ser encontrado em outras cidades canadenses e americanas.

    Lobster Roll, sanduíche de lagosta em Halifax – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    13 | Carne de bisão

    Fisicamente, o bisão se assemelha ao boi e ao búfalo. Nos primórdios do Canadá, sua carne desidratada e triturada servia de base para o preparo do Pemmican, comida rica em proteína e caloria, ideal para alimentar os caçadores de pele que enfrentavam meses e meses de temperaturas negativas. No jantar na CN Tower, em Toronto, Nathalia experimentou bisão de modo menos ortodoxo, grelhado com legumes de acompanhamento. Comi também na forma de sanduíche em Edmonton, no café do Royal Alberta Museum.

    Bisão no recheio – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    14 | Queijos de Québec

    Se há um traço marcante da cultura francesa em Québec, ele está redondamente materializado em uma paixão: queijo. A província canadense domina a produção nacional, sendo responsável por fabricar cerca de 500 variedades. Uma visita pelos mercados Jean Talon e Atwater, ambos de Montréal, comprovam estes números: há desde versões mais moles e suaves às mais duras e de sabor acentuado. Já em cidades como Toronto a dica é dar uma passada no Pusateri’s que funciona dentro da Saks’s Fifth Avenue. A unidade desse empório familiar tem uma sessão de queijos que também impressiona pela variedade e pela qualidade. Por toda a província de Québec, fazendas produtoras de queijo abrem suas instalações para visitas guiadas com direito à degustação.

    15 | Bannock

    Este pão de raízes escocesas foi incorporado à culinária de um dos primeiros povos que habitaram do Canadá, os inuits. De formato arredondado e baixinho, o bannock leva farinha, fermento, leite e óleo. Ele vai bem no café da manhã ou para acompanhar a refeição principal. Bannock é também o nome de um restaurante em Toronto onde Nathalia provou o pão e bebeu um maravilhoso suco de mirtilo, outra especialidade do Canadá.

  • DDR Museum (Berlim): museu sobre a vida na Alemanha Oriental

    DDR Museum (Berlim): museu sobre a vida na Alemanha Oriental

    A porta de entrada do DDR Museum, museu sobre a Alemanha Oriental em Berlim (garanta o ingresso sem fila), funciona como uma máquina do tempo. A viagem nos conduz direto para os anos 1970. Nascidos nessa década, vivíamos rodeados por objetos semelhantes na infância.

    Gravador com toca-fitas, escovas de cabelo e bobs de plástico, televisão com imagens desbotadas, ursinhos daquela pelúcia peluda (nada do macio plush). Nas cores, muito marrom — o máximo da ousadia em decoração era o uso de um certo laranja ou de tons pastéis. Estávamos novamente com 5 anos.

    A ideia é justamente promover a imersão do visitante no estilo de vida cotidiano de um cidadão da Alemanha comunista. Um museu elaborado para que os objetos estejam sempre ao alcance das mãos. São portas para abrir, vídeos para ver e até um Trabant, o carro-símbolo da Alemanha Oriental, para dirigir virtualmente pelas ruas de Berlim Oriental.

    Como é o DDR Museum

    O museu ocupa cerca de 1.000 m² de área e foi elaborado com a ajuda de historiadores. Altamente interativo, contém explicações em alemão e inglês. Desde a entrada, o visitante é convidado a vasculhar o passado, literalmente. Em torno de 250.000 objetos originais da Alemanha Oriental fazem parte do acervo do DDR Museum, para recompor a história do país a partir do cotidiano de seus habitantes.

    Nossa viagem ao passado começou assim que nos deparamos com a figura do Ampelmänn, o boneco do semáforo na Alemanha Oriental. São eles quem recebem os 500.000 visitantes ao ano na catraca do museu. Validado o ingresso, sinal verde para iniciar a visita.

    O sucesso do DDR Museum está no fato de ser acessível a todas as idades. A dica é explorar cada seção ao máximo, por isso mesmo vamos dar uma destrinchada em alguns setores legais de serem vistos.

    ddr museum
    Fila de espera do Trabi, para dirigir o carro da Alemanha Oriental

    De cara, aconselhamos dar uma chegadinha para o lado direito da entrada, onde fica o passeio virtual a bordo do Trabi, apelido do carrinho que existia na DDR. É melhor ir logo se não tiver fila. Exibidas em um monitor que fica no lugar do para brisa, as instruções para dirigir são tão simples quanto o veículo.

    Para quer saber mais da história do carro, dêum pulo no Berlin Trabi Museum (garanta seu ingresso). E se você quiser ir além do rolê virtual, a cidade oferece o tour de Trabi Limousine e o Trabi Safari, passeio de 1h15 em que de fato o viajante dirige o veículo pela capital.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Viagem e destinos imperdíveis (@comoviaja) em

    O que fazer no museu da DDR

    Desça um pequeno lance de escada. No piso abaixo do nível da entrada o visitante vê como foi construído o Muro de Berlim, a barreira de 155 km de extensão que tornou Berlim Ocidental uma ilha capitalista dentro da socialista República Democrática da Alemanha — em alemão, Deutsche Demokratische Republik (DDR), daí o nome do museu.

    Grande parte do acervo permanente está exposto em um mobiliário inspirado nos blocos do Wohnungsbauserie 70 (WBS 70), o conjunto habitacional típico da República Democrática da Alemanha. Portas e janelas deste imenso arquivo revelam usos e costumes do país. Joaquim curtiu ver os brinquedinhos de época.

    museu da ddr em berlim
    Criança sendo criança: vendo os brinquedos da antiga Alemanha

    Uma outra seção mostra as profissões mais ‘populares’ da Alemanha comunista, quase todas ligadas ao setores industrial, da construção civil e de serviços. Os mais jovens tinham seu destino profissional definido mais pela necessidade econômica do país do que por desejo próprio. No fim do anos 1970, ser vendedora em uma loja de departamentos era a atividade número um recomendada para moças, enquanto que receber noções de mecânica era garantia de emprego para os rapazes.

    ddr museum em berlim
    Principais profissões na Alemanha Oriental

    O que fazer no museu da Alemanha Oriental

    Para nós, um dos pontos altos da visita foi ver como era por dentro um legítimo apartamento da Alemanha Oriental. Foi como se estivéssemos no set de Adeus, Lênin (no filme de Wolfgang Becker, um filho recria uma RDA que deixou de existir durante os 8 meses em que a mãe, socialista convicta, esteve em coma).

    Ver trechos de um antigo programa de televisão (com sua estética engessada, um pouco como o dia a dia daquele período), dedilhar uma antológica máquina de escrever Erika (artigo vintage nos mercados virtuais dos dias de hoje), tudo estava ao alcance nesta área do DDR Museum.

    Joaquim até arriscou um alô num antiquado telefone de disco, enquanto Nathalia se divertiu ao ver objetos de decoração que lembravam muito a estética dos anos 1970, década em que nascemos.

    A diferença é que muitos daqueles utensílios fizeram parte da vida dos alemães orientais por mais tempo do que eles poderiam imaginar. Apesar de ser a economia mais forte dentre os países debaixo do guarda-chuva soviético, a Alemanha Oriental nem sempre conseguiu suprir todos os cidadãos com bens materiais, menos por ideologia e mais por limites à capacidade de produção.

    Diário da escassez na Alemanha Oriental

    Sem um Plano Marshall, ajuda econômica que despejou bilhões de dólares sobre a parte ocidental da Alemanha, a fim de ajudá-la em sua reconstrução no pós-Guerra, restou ao lado leste alemão alinhar-se às regras ditadas por Moscou. A planificação econômica permitiu à Alemanha Oriental dar boas condições de vida a seus cidadãos até início do anos 1970.

    Depois desse período, até havia produtos para o consumo, mas eles não chegavam a todos necessariamente. O museu conta que havia listas de espera para apartamentos, armários e automóveis —  ter um Trabi exigia de alguns compradores até 10 anos de espera!

    ddr museum em berlim
    Até 10 anos à espera de um Trabi

    No acervo do DDR Museum há um documento chamado de ‘diário da escassez’. A dona de casa Ingeborg Lüdicke anotou em um caderno absolutamente tudo o que estava em falta na pequena Wörlitz, cidade onde morava. Em meados dos anos 1980, não havia de alguns gêneros alimentícios a materiais específicos para que um dentista implantasse uma coroa na boca de um cidadão.

    ddr museum
    Sonhos de consumo na Alemanha Oriental

    Cortina de Ferro e a redenção no esporte

    Sistema social que procurou se afirmar como alternativa ao capital e ao consumo, o socialismo não restringiu sua luta ao plano das ideias. O esporte foi um campo oportuno para demonstrações de poder e superioridade das nações integrantes da chamada Cortina de Ferro.

    Como forma de propagandear o sucesso do regime, o investimento estatal feito na preparação de atletas rendeu à Alemanha Oriental inúmeras medalhas e recordes que perduram até hoje, ainda que muitos desses feitos tenham ficado sempre à sombra das suspeitas de doping, o que nunca ficou totalmente comprovado.

    A despeito disso, o museu exibe medalhas e a biografia de heróis que colocaram o país entre os primeiros colocados em três edições consecutivas dos Jogos Olímpicos: 1972 (3º), 1976 e 1980 (em ambas, terminou atrás da União Soviética).

    No DDR Museum, uma vitrine guarda também um dos momentos mais gloriosos do futebol da Alemanha Oriental, que participou de apenas uma Copa do Mundo: em 1974, justamente na Alemanha Ocidental. O sorteio colocou os dois países na mesma chave do torneio, com o confronto entre eles programado para a última rodada da fase de grupos.

    Relíquias da Copa de 1974: a bola e a flâmula do encontro entre Alemanhas

    Em 22 de junho, na cidade de Hamburgo, o meio-campista Sparwasser marcou o único gol do jogo, aos 32 minutos do 2º tempo. A vitória por 1 a 0 deu o primeiro lugar da chave aos alemães orientais, com os anfitriões terminando a fase classificatória logo atrás. Ambos passaram às quartas de final. A Alemanha Ocidental terminou campeã da Copa que organizou. Ganhou o campeonato, mas não o clássico.

    Símbolos do grande feito futebolístico da Alemanha Oriental, a camisa de Sparwasser, a bola utilizada no jogo e uma flâmula estão lá expostos no DDR Museum. Fernando e Joaquim se  aventuraram a reviver aquele jogo na pequenina mesa de pebolim que tem no museu.

    Cortina de fumaça para a transição

    Quando deixamos a parte do museu que trata do cotidiano da Alemanha Oriental, ficamos frente a frente com uma espécie de cortina de vapor, onde a imagem dos típicos conjuntos habitacionais de Berlim Oriental é projetada. Atravessamos aquela fronteira ilusória e caímos nas entranhas do poder.

    O peso dos móveis equivale à presença que o Estado tinha no cotidiano do país. Nas paredes, cores e símbolos que acompanhavam a falta de pluralidade do sistema político vigente. Sobre mesas interativas, explicações de como funcionava a estrutura de poder da Alemanha Oriental.

    ddr museum
    Ideais socialistas e a presença do Estado na Alemanha Oriental

    A rotina na República Democrática da Alemanha não incluía apenas comer pepinos Spreewald ou circular de Trabi. O permanente estado de vigilância fazia parte do dia a dia de seus cidadãos. A movimentação de pessoas era monitorada pela Stasi, o serviço de segurança e inteligência que operava com ampla rede de agentes e colaboradores (estima-se que até 170.000 pessoas trabalharam para o órgão de controle mantido pelo Estado).

    Ser apanhado pela Stasi representava ter de passar por horas de interrogatório e, não raro, ficar preso. No DDR Museum, Fernando passou pela experiência de entrar numa cela como a que muitos “inimigos” do regime foram colocados.

    Ele achou bem desagradável, assim como foi igualmente desconfortável quando entrou na sala de interrogatório, cuja experiência consiste em apoiar os cotovelos sobre a mesa e levar as mãos aos ouvidos para escutar perguntas gravadas. Não é preciso entender o se diz para sacar que o clima era pesado.

    Apesar disso, nem toda a repressão foi suficiente para calar os movimentos sociais que, com o respaldo da Igreja Protestante, acolheram os ideais de mudança política. Por detrás do grande armário adesivado pelo retrato de Mikhail Gorbatchev, os últimos objetos e documentos do DDR Museum estão ali para explicar como as mudanças políticas e econômicas implantadas pelo líder da União Soviética não poderiam ser ignoradas pela Alemanha Oriental. A pressão popular colocou o governo do então presidente Erich Honecker contra o Muro.

    Gorbatchev e Honecker, camaradas

    É nesse ponto de transição, quando as duas Alemanhas estão prestes a voltar a ser uma única nação que a visita chega ao fim. Deixamos o museu por um buraco aberto num pedaço recriado do Muro de Berlim, como tantos alemães fizeram na noite fria de 9 de novembro de 1989.

    VALE SABER

    Endereço: Karl-Liebknechtstrasse, 1, Berlim, Alemanha. O museu fica às margens do Rio Spree, bem atrás da Catedral de Berlim (Berliner Dom)

    Transporte: De trem (S-Bahn), use as linhas S3, S5, S7, S75 (desça na estação Hackescher Markt e pegue a saída para a Spandauerstrasse; de metrô (U-Bahn), use a linha 5 Museumsinsel, Rothes Rathaus; de bonde (tram), use as linhas M4, M5 ou M6, que também param na Spandauerstrasse; de ônibus, utilize as linhas 100, 200, 300 (parada Lustgarten). Nesses casos, você caminha um pouquinho, mas há placas do DDR Museum indicando o caminho. Um lance de escadas leva você à entrada do museu. Na porta do museu, há ainda a estação DomAquarée, parada dos passeios de barco pelo Rio Spree

    Funcionamento: Diariamente, das 9 às 21 horas

    Preço: € 13,50; crianças, € 8 — até 5 anos, grátis. Parceira do Como Viaja, a empresa de passeios alemã Get Your Guide vende ingressos pelo mesmo preço do museu (compre aqui)

    Compras: A lojinha do DDR Museum é uma perdição. Livros sobre aspectos políticos da Alemanha Oriental, vários exemplares que discorrem a respeito do Muro de Berlim e até publicações com receitas típicas da cozinha do leste estão à venda (naturalmente, todos em alemão ou inglês). Há também jogos de perguntas e respostas sobre a DDR, brinquedos vintage como um simpático patinho de pelúcia e a famosa trinca de suvenires: chaveiro, caneca e imã. Nós garantimos alguns magnéticos e uma miniatura de Trabi verde, que está na nossa sala de casa ainda hoje

    Site: ddr-museum.de

  • Hotel-fazenda no interior de SP: pensão completa e natureza

    Hotel-fazenda no interior de SP: pensão completa e natureza

    Hotel-fazenda no interior de SP é sinônimo de viagem em família ou casal, com muitas atividades e fartura à mesa. São Paulo tem boas alternativas assim, ora perto da capital, ora mais distante. Algumas cidades concentram mais opções: é o que percebe quem busca por hotel-fazenda em Brotas. Em geral, as diárias dão direito a pensão completa (café da manhã, almoço e jantar, sem bebidas incluídas), mas não é comum encontrar hotel-fazenda all inclusive.

    No passado, muitas dessas propriedades foram fazendas de café. Hoje são empreendimentos com infraestrutura que vai de piscina aquecida e recreação infantil a atividades na natureza, como passeios a cavalo ou caminhadas. Há ainda opções de hotéis que aceitam pets.

    Assim como ocorre com as listas de hotel no litoral de SP e de hotel romântico em SP –, a relação abaixo é frequentemente atualizada e inclui apenas hotel-fazenda no interior de São Paulo com uma boa avaliação de viajantes em sites de reserva.

    Fazenda Capoava

    DISTÂNCIA DE SP: 95 KM (ITU)

    Hotel integrante da Associação Roteiros de Charme, a Fazenda Capoava ocupa uma propriedade histórica do século 18, em Itu. As acomodações estão divididas em 5 categorias, totalizando 36 casinhas que incluem facilidades como ar, wifi e lareira. A recreação infantil promove ações na natureza para crianças a partir de 3 anos – o projeto De Olho nos Bichos é monitorado por biólogos. O hotel-fazenda perto de SP tem duas piscinas climatizadas, sauna e salão de jogos. Alinhada com a proposta de valorização das raízes brasileiras, a renovada carta de vinhos da Capoava só oferece rótulos nacionais.

    Capoava, hotel-fazenda perto de SP
    Caminhadas na natureza, ao redor da Fazenda Capoava

    Hotel-Fazenda Dona Carolina

    DISTÂNCIA DE SP: 100 KM (ITATIBA)

    Unindo o charme da arquitetura colonial com o conforto de modernas acomodações, o Hotel-Fazenda Dona Carolina tem 94 apartamentos de padrão 5 estrelas, equipados com camas king size, TV, ar e produtos L’Occitane. Com pensão completa, seus três restaurantes combinam a alta gastronomia com a tradicional cozinha da fazenda. O lazer do hotel-fazenda em Itatiba inclui atividades equestres, aquáticas e monitoria infantil especializada. Os tours históricos do café e da cachaça ajudam a conhecer melhor a propriedade, que mantém produção própria destes dois itens. Há serviço de quarto 24 horas, copa do bebê, o Spa Dona Carolina.

    Hotel-Fazenda Village Montana

    DISTÂNCIA DE SP: 140 KM (SOCORRO)

    Para quem gosta do estilo country. Com a Serra da Mantiqueira como cenário, o Hotel-Fazenda Village Montana tem apartamentos com rede na varanda se a intenção for ficar de boa, só admirando a Mata Atlântica. Tirar leite de vaca, montar em touro e passear a cavalo são algumas atividades programadas pelo hotel. Piscina, quadras e salão de jogos garantem a cota de lazer clássico. Do queijo aos pães, passando pelos pratos servidos no almoço e no jantar, boa parte do que se come no hotel-fazenda em Socorro é produzido no próprio hotel.

    Hotel-Fazenda Colina Verde

    DISTÂNCIA DE SP: 195 KM (SÃO PEDRO)

    Com cerca de 150 apartamentos, o Hotel-Fazenda Colina Verde aposta nas opções de lazer que possui. Piscinas são 10, sendo quatro delas cobertas e aquecidas a 27° C. A diversão inclui salão de jogos, campo de futebol, quadra de areia, brinquedoteca e playground. Caminhadas por trilhas ou passeios a cavalo são organizados pelo hotel-fazenda no interior de SP. Os hóspedes saboreiam receitas mineiras e paulistas preparadas diariamente em fogão a lenha. É hotel pet friendly.

    Colina Verde, no interior de São Paulo
    Piscinas do Hotel-Fazenda Colina Verde

    Hotel-Fazenda Areia que Canta

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Tomar banho de rio, moer cana, comer fruta do pé, tirar leite de vaca, participar de brincadeiras infantis tradicionais. E, sim, praticar esportes e atividades de aventura. O Hotel-Fazenda Areia Que Canta orgulha-se de dizer que seus quartos são cerca de 10 m² maiores que a média da hotelaria (os da ala Paineiras são novos). Passeios guiados visitam a nascente cujo fundo é formado por quartzo, mineral que, quando manuseado, produz som que remete ao canto, de onde vem o nome do hotel. O hotel-fazenda em Brotas aceita pets.

    Hotel-fazenda em Brotas: Areia que Canta
    Nascente que batiza Hotel-Fazenda Areia que Canta

    Hotel-Fazenda Jacaúna

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Famílias entram em contato com a natureza pertinho do centro de Brotas. O clima de roça é sentido especialmente na comida farta feita em fogão a lenha. O Hotel-Fazenda Jacaúna dispõe de acomodações para famílias ou grupos de amigos com até 5 pessoas. Em viagens românticas, é possível solicitar decoração especial na suíte e preparar uma programação a dois. Crianças curtem o parquinho e os animais da propriedade (alguns soltos pelo jardim), como coelhos e aves, e ainda se divertem nas piscinas do hotel-fazenda em Brotas.

    Brotas Eco Hotel-Fazenda

    DISTÂNCIA DE SP: 245 KM (BROTAS)

    Um dos representantes da região especializada em turismo de aventura, conhecido como Brotas Eco Resort, o hotel no interior de SP funciona em regime de pensão completa – existem 3 restaurantes onde o forte é a comida de fazenda. Oferece 55 apartamentos, divididos em 5 categorias, todos com ar condicionado. Nos espaços comuns, há estrutura de copa e cozinha para quem vai com bebês e até dog park em área verde e sombreada para quem levar o cãozinho junto. Piscinas (3 delas climatizadas), play, quadra coberta, lago com tirolesa, escalada e mini fazenda estão no cardápio de diversão da criançada, que fica sob supervisão da monitora especializada. Atividades radicais como boia cross e rafting são organizadas por empresas parceiras. Tudo isso a apenas 10 minutos de carro do centro de Brotas, o que facilita as visitas à Casa da Cachaça, ao Parque dos Saltos e às quedas d’água do Rio Jacaré Pepira.

    Fazenda Santa Teresa Hotel & Spa

    DISTÂNCIA DE SP: 300 KM (BOCAINA)

    Ex-produtora de café dos anos 1960, a Fazenda Santa Teresa Hotel & Spa tem diária que inclui pensão completa e um passeio a cavalo por pessoa. Piscina aquecida e abastecida com água mineral, cachoeiras, pesqueiro e salão de jogos compõem o lazer. A criançada toma contato com animais da roça e prova fruta do pomar. Afetiva, a cozinha serve pratos com ingredientes produzidos na propriedade. Aceita pets.

    Barretos Country Resort

    DISTÂNCIA DE SP: 425 KM (BARRETOS)

    Este não é propriamente um hotel-fazenda, mas o espírito está mais do que presente no Barretos Country Resort, localizado a 7,5 km do parque da Festa do Peão. O próprio hóspede pode tirar o leite que vai beber no café da manhã, que tem delícias preparadas em fogão a lenha. A fazendinha tem animais como araras, lhamas e uma búfala. Há 70 opções de apartamentos simples e conjugados, todos com cama box e ar condicionado O parque aquático integrado possui piscina com ondas e toboáguas radicais, como o 8 segundos, cuja a descida em 46 graus dura o mesmo tempo que um peão precisa ficar sobre um touro.

    Apartamentos em Barretos – Foto: Divulgação
  • Transfer no intercâmbio é indicado na chegada para sair do aeroporto

    No intercâmbio, como funciona o transfer do aeroporto na chegada? Saiba mais sobre o serviço de transporte oferecido a estudantes. Motorista é indicado, especialmente para quem não fala nada além do português

    Meu Deus, como eu saio desse aeroporto?  Essa é a dúvida mais comum entre os viajantes que estão fora do Brasil pela primeira vez. Para quem faz intercâmbio não é diferente. Ainda mais quando não se fala nada além do português. Vou de táxi? Onde eles param? Pego um ônibus? Como tudo isso funciona?

    É nessa hora que o transfer vira, literalmente, uma saída. O serviço de transporte particular ameniza esse primeiro contato com a terra estrangeira. O serviço é opcional, mas muito recomendado, segundo Filipe Bonavigo, gerente da loja Jardins/Faria Lima da Experimento Intercâmbio Cultural. Na volta para casa, o estudante já conhece bem o destino e consegue se virar mais facilmente. Mas, na chegada, quando a ansiedade do começo do intercâmbio pode se juntar à insegurança de estar num novo lugar, o traslado até o lugar de acomodação pode ser um fator tranquilizador.

    Quando o transfer de chegada é contratado, um motorista fica à espera do estudante na área de desembarque, segurando aquelas famosas plaquinhas com o sobrenome da pessoa escrito, a fim de facilitar a localização. Quando comprado na Experimento, o serviço é contratado pela escola onde o intercambista vai estudar, explica Filipe. “O transfer é um porto seguro naquele momento do desembarque, para começar bem a sua experiência”, ressalta.

    Filipe conversou com a Nathalia sobre este e outros assuntos antes da viagem para Montreal, onde ela vai estudar francês com gastronomia. Acompanhe isso e muito mais no perfil do @ComoViaja nas redes sociais.


    Viagem feita a convite da Experimento Intercâmbio Cultural, da EC Montreal e da Air Canada

  • Botecos no Rio de Janeiro: 17 bares famosos para você conhecer

    Botecos no Rio de Janeiro: 17 bares famosos para você conhecer

    Os botequins são uma instituição tão sagrada quanto as praias da zona sul. São muitos os botecos no Rio de Janeiro inteiro. Há bares na Tijuca, na Lapa, na Urca, no Leblon, em Ipanema e em Copacabana, entre outros bairros. Cada qual com uma característica que o torna especial, único. Um jeito de ser, um despojamento pretensamente imitado por estabelecimentos da noite paulistana e de outras cidades brasileiras. A expressão ‘buteco carioca’ virou selo de qualidade, sinônimo de chope gelado e petiscos bem feitos, em uma equação cujo produto final é casa cheia.

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

    Veja a lista a seguir para saber onde comer e beber no Rio de Janeiro e experimentar comidas de boteco de responsa com chope ou cerveja estupidamente gelada, como cariocas gostam de pedir. E até acompanhar a bebida com um bom prato, já que é comum bares no Rio de Janeiro serem bar e restaurante ao mesmo tempo.

    Para muitos, esses lugares abaixo estão entre os melhores bares do Rio de Janeiro. Não são barezinhos ou versões modernas de boteco. Têm tradição. Espontâneos como tudo na cidade, os botequins não têm hora certa para estar com muito ou pouco movimento. Botequim é lugar para se ir de dia, de noite, antes ou depois da praia. Ou para a saideira, quando todos os bares já baixaram as portas e apenas um, teimosamente como seus frequentadores, mantém-se de pé, iluminado pelas primeiras luzes da manhã.

    No Rio, chamar o garçom pelo nome, conhecer o bar por um apelido que em nada lembra o que está escrito na fachada ou pedir um prato que não está no cardápio são detalhes que dão alma aos botequins. E torná-los patrimônios cariocas, com direito a placa que reconheça tal virtude, foi a maneira encontrada para preservar esse espírito que diz tanto sobre a cidade.

    E, antes que alguém se apresse, avisamos que a relação de bares a seguir não se trata de uma lista fechada, definitiva. Até porque seguiremos bebendo e incluindo aqui muitos outros lugares. Vamos, então, à lista em construção:

    1 | Bar Urca

    A mureta que dá de frente para o Pão de Açúcar é o salão informal desse bar e restaurante especializado em comida portuguesa. Casquinhas de siri, bolinhos de bacalhau e pastéis de camarão são muito bem-vindos no Bar Urca quando acompanhados de cerveja a baixa temperatura. Essa combinação é recomendada para quem deseja testemunhar o pôr do sol. No tranquilo bairro da Urca, o movimento termina cedo, nunca ultrapassa as 23 horas. Mais: Instagram do Bar Urca.

    Bar Urca, um dos botecos carioca
    Mureta do Bar Urca – Foto: Alexandre Macieira/Riotur/Divulgação

    2 | Bar Bracarense (Leblon)

    ‘Braca’, para os íntimos, o bar ocupa um tradicional endereço do Leblon. Os bolinhos de aipim e de camarão com catupiry são campeões de saída, na maior parte do tempo acompanhados do chope trincando de gelado. Nathalia conheceu o bar com um antigo chefe seu no Jornal do Brasil, que depois, por coincidência, também foi chefe do Fernando, na ESPN Brasil — para uma dupla que se conheceu num bar em São Paulo, nada mais adequado que essas conexões etílicas.

    A parte bem legal do Bracarense é sua informalidade total, convite para uma parada na volta da praia no Leblon. Sente-se no balcão ou nas mesinhas na calçada. Nos dias de semana, o Bracarense serve almoço executivo. Nós dividimos para os três (Nathalia, Fernando e o pequeno Joaquim) dois pratos depois de uma rodada de bolinhos. Saímos bem satisfeitos. Mais: Instagram do Bar Bracarense. Mais: Instagram do Bracarense.

    3 | Bar Jobi (Leblon)

    Pequeno notável, o Jobi fica no coração do Baixo Leblon e é famoso pelo movimento que ostenta do lado de fora, na calçada. Culpa do acanhado salão e do chope cremoso e bem tirado. Para comer, pratos portugueses e petiscos como empada de camarão e bolinho de bacalhau. Abre às 11 horas e fecha tarde, por isso, o Jobi é opção para a saideira dos insones. Mais: Instagram do Jobi.

    Jobi, entre os bares do Rio abertos até madrugada
    Jobi, entre os bares do Rio abertos até madrugada – Foto: Divulgação

    4 | Galeto Sat’s (Copacabana)

    A coleção de 400 cachaças do proprietário, Sérgio Rabello, atrai apreciadores da bebida para o Galeto Sat’s. Um deles é um colega de profissão do Fernando, que se mudou para o Rio e vive explorando botequins dos bons. O chope também é uma boa razão para uma saideira no bar, que fica no limite entre Copa e Leme. Como beber sem comer dá ruim, como se diz, não se acanhe diante do galeto ou da porção de coração de galinha servida com cesto de pão de alho. Mais: Instagram do Galeto Sat’s.

    5 | Pavão Azul (Copacabana)

    A senha é a seguinte: patanisca. Nesse botequim sem frescura o petisco à base de bacalhau é campeão de venda. O arroz de polvo também está entre os preferidos do público, formado basicamente por gente de Copa e adoradores de pé-sujo. Se você acha que a calçada é o melhor salão de boteco que há, então seu lugar é aqui. Mais: Instagram do Pavão Azul.

    | Veja tours no Rio de Janeiro (alguns gratuitos) na Civitatis |

    Tradição entre os botecos do Rio de Janeiro: Pavão Azul
    ‘Butequim tradiça’: Pavão Azul – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    6 | Bip Bip (Copacabana)

    Em 2 de março de 2019, o silêncio encheu o salão do Bip Bip. Pela primeira vez não era o dono, Alfredo Melo, cobrando que os presentes falassem mais baixo para não atrapalhar os músicos, cena rotineira no bar que ele fundou em Copacabana no auge do regime militar. A morte de Alfredinho foi um duro golpe para uma legião de frequentadores. Cantores, políticos, intelectuais e jornalistas se sucederam em obituários nas redes sociais. E muitos desses amigos correram para o número 50 da Rua Almirante Gonçalves. Era preciso romper aquela ausência de som com o samba do adeus. A música sempre será uma prioridade no Bip Bip, seja choro, bossa-nova ou batuque de bambas. Lugar de resistência e militância, o bar segue de portas abertas, ainda mais necessário e do povo, como seu fundador. Mais: Instagram da roda do Bip Bip.

    Bares em Copacabana: Bip Bip
    Na calçada em Copa, o Bip Bip – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    7 | Cervantes Bar (Copacabana e Barra)

    Para dizer que você realmente esteve no Cervantes é preciso ter provado o sanduíche de pernil com abacaxi, um clássico do bar e restaurante que funciona em Copacabana há 60 anos. Como a porção é bem farta, muitos frequentadores do Cervantes matam a fome da madrugada ali, enquanto tomam aquele último chopinho. Até hoje Fernando não perdoa que Nathalia ainda não o levou até lá para provar essa combinação matadora de carne de porco e abacaxi com chope. Mais: Instagram do Cervantes.

    Comida nos botecos do Rio: sanduíche de pernil do Cervantes
    Sanduíche de pernil do Cervantes – Foto: Divulgação

    8 | Café Lamas (Flamengo)

    Aberto por Francisco Lamas em 1874, serviu de Machado de Assis a Getúlio Vargas. Mas são boêmios comuns e gente que aprecia comer e beber bem que ocupam o salão do Café Lamas diariamente, das 9h30 até alta madrugada. A canja de galinha, por exemplo, é conhecida entre os notívagos. Se estiver com fome, experimente o suculento filé à francesa — já entrou no texto que Nathalia escreveu aqui sobre o prato com a guarnição preferida dela. O Lamas é um dos bares preferidos da Nath, que morou no bairro vizinho de Laranjeiras. Ali bebe-se chope, cerveja e até café. Mais: Instagram do Lamas.

    9 | Armazém Cardosão (Laranjeiras)

    Na linha Nutella x Raiz, o Cardosão é capitão do segundo time. O armazém com cara de botequim de subúrbio fica num endereço lá no alto do bairro de Laranjeiras. O Armazém do Cardosão tem feijoada bem concorrida e uma agenda de shows que leva muita gente para tomar cerveja em garrafa muito gelada. Com sorte, dá para encontrar uns rostinhos conhecidos da música e da televisão. Mais: Instagram do Armazém Cardosão.

    Bar em Laranjeiras: Armazém Cardosão
    Bar em Laranjeiras – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    10 | Bar do Mineiro (Santa Teresa)

    Lembra aquelas vendas de interior, com suas portas de ferro altas. Da cozinha do Bar do Mineiro saem os famosos pastéis de feijão, friturinha a ser provada com cerveja em garrafa recoberta pela inconfundível ‘capa-branca’ de tão gelada. A porção de linguicinha mineira é outra receita a se provar, além dos croquetes de calabresa, queijo e de carne assada. No fim de semana, o povo sobe para Santa Teresa e faz fila em busca da feijoada, que tem versões para uma, duas e até três pessoas. Mineiro de Carangola, o proprietário, Diógenes Paixão, coleciona obras de arte que decoram o bar (só quadros de Alfredo Volpi ele tem 60). Recentemente, o bar inaugurou um rooftop. Mais: Instagram do Bar do Mineiro.

    Bares em Santa Teresa: Mineiro
    Caipirinhas do Bar do Mineiro – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    11 | Nova Capela (Lapa)

    O azulejo das paredes nos remete aos restaurantes mais tradicionais de Lisboa. Pudera. É uma casa portuguesa, com certeza, aberta em 1903 com o nome de Capela. Mudou em 1967 para Nova Capela, após um incêndio destruir o antigo bar. Viveu a fase da Lapa em baixa e segue firme no bairro, atraindo gente de teatro e os notívagos da região. O cabrito com arroz de brócolis, batatas coradas e coberto por alho frito serve duas pessoas. Se quiser o bicho na forma de quitute, experimente como recheio de pastel ou na forma de croquete. Mais: Instagram do Nova Capela.

    Bares da Lapa: Nova Capela
    Cabrito do Nova Capela, entre os bares da Lapa – Foto Alexandre Macieira/Riotur

    12 | Bar Brasil (Lapa)

    Um dos muitos bares brasileiros que teve de mudar seu nome durante a Segunda Guerra. O antigo Zepelin foi fundado em 1907, era de donos austríacos, foi repassado a um espanhol, e até hoje serve pratos da culinária alemã. Destaque para o kassler com salada de batatas do Bar Brasil. Mas no Alemão da Lapa dá para traçar também um bom bife com fritas numa boa. Tudo regado a chope que corre a serpentina tão cheia de histórias quanto as paredes do prédio de pé direito alto. Mais: Instragram do Bar Brasil.

    Bares do Rio na Lapa: Brasil
    No Bar Brasil, kassler com batatas – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    | Reserve hotéis no Rio de Janeiro na Booking |

    13 | Bar Luiz (Centro)

    Em matéria de tradição, o Bar Luiz extrapola. Abriu suas portas em 1887, no tempo em que D. Pedro II ainda mandava alguma coisa no Brasil. Na década de 1940, escapou de ser apedrejado porque levava o nome de um de seus donos, Adolph — o que que fez a turma anti-Hitler enxergar ali uma conexão esdrúxula com o nazismo. Virou então Bar Luiz, mas não perdeu sua essência germânica, especialmente nos pratos bem-servidos, como o kassler com batata e no chopinho tirado a baixa temperatura. Mais: Instagram do Bar Luiz.

    Botecos do Rio no Centro: Bar Luiz
    A comida alemã do Bar Luiz – Foto: Alexandre Macieira/Riotur

    14 | Restaurante Salete (Tijuca)

    Tem muita comida boa para se provar nesse restaurante fundado há 60 anos pelo espanhol Manolo. Mas chega a ser deselegante sair do bar na Tijuca sem provar o carro-chefe da casa: empadas (de camarão, de frango ou de palmito, não importa se uma ou todas). O cardápio do Salete tem outros campeões de saída, como carne assada com purê e o espaguete com frutos do mar. Comida para forrar antes de tomar alguma coisinha estupidamente gelada. Mais: Instagram do Salete.

    15 | Bar Madrid (Tijuca)

    Aberto em 2015, virou referência entre os bares da Tijuca. Em tão pouco tempo de vida arrebatou paladares dos locais e dos tijucanos por adoção. Tem batidinhas que já caíram no gosto dos frequentadores, um sanduba de milanesa com queijo que dá fome só de ver a foto e um pastel de jiló com linguiça mineira que vale a visita — deixe seu preconceito em casa, porque o único amargor que você vai sentir é o da cerveja, se estiver bebendo uma (aliás, peça uma garrafa sem medo, pois estará no capricho). Fica na Almirante Gavião, uma rua estreita e curta, sossegada como testemunhamos numa tarde de terça. O ambiente é simples, mas convidativo. A origem espanhola dos donos do Bar Madrid  explica o nome, as fotos do time do Real e do cantor Julio Iglesias como parte da decoração. Retratos da atriz espanhola Sarita Montiel e do ex-presidente Getúlio Vargas ajudam a preencher as paredes, onde também repousam flâmulas do América, o clube-símbolo da Tijuca. Mais: Instagram do Bar Madrid.

    Madrid, entre os bares da Tijuca
    Petisco do Madrid – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    16 | Bar do Bode Cheiroso (Tijuca)

    Deu medinho ao ler esse nome, deu? Bobagem, cheiroso mesmo é o molhinho de pimenta dos recipientes que descansam em cada mesa. Nesse boteco com B maiúsculo não é o bode quem reina, mas o porco. O pernil é servido de várias maneiras: em pratos, em sanduíches e em salgados, como o croquete acompanhado de molho de abacaxi. Releitura do famoso sanduba do Cervantes? A gente não crava, mas pode até ser. Mas o fato é que a carne vem desfiadinha de um jeito que lembra muito o modo de se fazer bolinhos de bacalhau. Pudera, a origem dos donos é portuguesa, o que muito explica o jeitão de pé-sujo-luso-das-antigas, com direito a venda de aparelho de barbear descartável. Pertinho do Maracanã, o Bar do Bode Cheiroso vira ponto de encontro, de esquenta e até de concentração de torcedores em dias de jogos — o escudo do Vasco não deixa dúvida de o ambiente respira futebol. Ideal para compor uma dobradinha em dias de bola rolando ou depois de fazer a visita guiada ao estádio. Mais: Instagram do Bode Cheiroso.

    17 | Na Brasa Columbia (Tijuca)

    Haddock Lobo com Afonso Pena. Desde 1974, o Na Brasa Columbia funciona na mesmíssima esquina, servindo sua especialidade: galeto, coradinho e saboroso — o ponto da carne fica a critério do freguês. No passado, os clientes comiam em balcões com banquetas, que terminaram por dar ao lugar a sugestiva alcunha de ‘bunda de fora’ — apelido de casas similares pela cidade. Hoje em dia dá para sentar do lado de fora ou no salão com ar-condicionado. Peça chope e fique atento ao tec-tec-tec da tesoura que destrincha os galetinhos antes de eles desembarcarem nas mesas da clientela. O Columbia ultrapassou as fronteiras tijucanas, podendo ser encontrado também na Barra, em Botafogo e no Recreio. Mais: Instagram do Na Brasa Columbia.

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

Pular para o conteúdo