Categoria: Comida e Bebida

  • Rio: 5 lugares para comer e beber até de madrugada

    Rio: 5 lugares para comer e beber até de madrugada

    BAR LAMAS - Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    CAFÉ LAMAS – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Dormir é para os fracos! No Rio de Janeiro, há opções para quem, assim como nós, adora a noite e a madrugada. De sandubas a galetos, passando por sopa e sucos e terminando quase sempre num último chope, separamos 5 lugares para comer e beber até altas horas na cidade, com alguns dos melhores e mais tradicionais bares cariocas.

    Para saber quais são esses lugares, aperte o PLAY na setinha vermelha abaixo e fique ligado nos podcasts do Como Viaja.

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  • Gastronomia na Dinamarca

    Gastronomia na Dinamarca

    GERANIUM – Fotos: Visit Denmark/Divulgação

    Há algo de saboroso no reino da Dinamarca. Essa parece ser a conclusão a que chegaram os especialistas em gastronomia. Nos últimos 10 anos, os chefs de cozinha do país nórdico voltaram seus olhos para dentro de seus quintais e de lá tiraram inspiração para recriar receitas tradicionais da Escandinávia.

    Como resultado desse movimento, a Dinamarca consolida sua posição de destaque no cenário gastronômico europeu com 26 estrelas no Guia Michelin 2016, sendo 3 delas dadas pela 1ª vez ao restaurante Geranium, que usa produtos orgânicos nos pratos de seu cardápio (desde 1987, a Dinamarca é pioneira na utilização de um sistema de selos para identificar alimentos livres de agrotóxicos e outros agentes químicos. Há 6 anos, essa certificação também é encontrada em muitos restaurantes).

    NOMA
    NOMA

    Copenhague detém o título de capital nórdica da boa mesa, com 16 casas estreladas pelo Michelin, entre elas o Noma. Eleito 4 vezes o melhor restaurante do mundo nos últimos 6 anos, a casa que funciona em um armazém do século 18, na orla do canal de Nyhavn, foi quem liderou a volta às origens da culinária escandinava.

    A tradição culinária do país também se estende a refeições rápidas de lugares como o novato Øl & Brød (Pão e Cerveja, em dinamarquês), que vende o autêntico smørrebrød — sanduíche aberto feito com pão de centeio coberto por frutos do mar defumados, frios, queijo e temperos — acompanhado por um dos 10 tipos de cerveja disponíveis. Em Copenhague, há espaço ainda para comida de rua em muitos foodtrucks que ocupam o antigo depósito de papel da cidade. Das panelas e chapas saem receitas italianas, tailandesas, marroquinas, entre outras nacionalidades.

    Direto da fonte

    Um dos segredos do sucesso da gastronomia dinamarquesa está enterrado no solo arenoso e rico de Lammenfjorden, pedaço de chão avançado sobre o mar, a pouco mais de 1 hora de carro de Copenhague. O caminho feito pelos chefs na hora de buscar a matéria-prima para seus menus agora é a rota apontada para visitantes que desejam experimentar o conceito farm-to-table (levar alimentos do campo à mesa no menor intervalo possível).

    No Dragsholm, castelo com mais de 800 anos de história transformado em hotel, os hóspedes consomem pratos feitos à base de legumes, raízes e folhas cultivadas na propriedade. E ainda podem participar de um tour guiado para procurar alimentos na floresta.

    Os visitantes podem experimentar o que de mais saboroso está sendo preparado na Dinamarca nos diversos festivais de comida organizados pelo país, eventos onde é possível comer e beber nos melhores restaurante a preços reduzidos ou ainda ir às compras nos mercados de alimentos. Conheça 2 deles:

    1 > COPENHAGEN COOKING

    O maior e mais importante festival gastronômico do norte da Europa promete novidades para a edição de 2016. A expectativa é ultrapassar a casa dos 150 eventos organizados, responsáveis por atrair 100 mil pessoas ao festival.

    VALE SABER

    Quando: Em 2016, de 19 a 28 de agosto

    Site: copenhagencooking.dk

    Dinamarca Gastronomia Cafes Aarhus - Foto Photopop VisitDenmark Divulgacao
    CAFÉ EM AARHUS

    2 > FOOD FESTIVAL (AARHUS)

    A 2ª cidade mais importante do país organiza anualmente, às margens de sua baía, o Food Festival. A parceria entre chefs de cozinha e produtores locais foi reconhecida pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo, que indicou Aarhus e seu entorno como Região Europeia da Gastronomia em 2017.

    VALE SABER

    Quando: Em 2016, de 2 a 4 de setembro

    Site: foodfestival.dk

     

  • Hotel & chocolate

    Hotel & chocolate

    Fotos: VisitBritain/Divulgação
    Fotos: VisitBritain/Divulgação

    A pequena Bournemouth, a 170 quilômetros de Londres, guarda um doce de lugar. The Chocolate Boutique Hotel dispensa tradução. Seus 15 quartos levam nomes das várias denominações de chocolate, e a decoração é toda em tons de caramelo, creme e, claro, chocolate.

    Quem se hospeda por lá ganha dose diárias de trufas nas suítes e prova deliciosas panquecas recheadas (você sabe com o quê) no café da manhã. Se a viagem for a dois, há um pacote romântico que inclui fonte de chocolate para mergulhar carnudos morangos, um par de “chocktails” (trocadilho mais que apropriado para coquetéis) e uma garrafa de espumante espanhol.

    Quem quiser botar a mão na massa e aprender a fazer trufas decoradas pode se inscrever nos vários workshops oferecidos pelo hotel e cobrados à parte.

    Na cidade de chocolate

    Já The Hershey Hotel leva o nome da família fundadora da empresa de chocolate criada no estado americano da Pensilvânia. De inspiração mediterrânea, a construção com 276 quartos fica no topo de uma montanha, com vista para a fábrica da marca, que hoje também dá nome à cidade, distante 2 horas de Washington e 3 de Nova York.

    O spa que funciona no hotel oferece diversos tratamentos, entre ele o que privilegia o produto que fez a fama da família Hershey. Banhos e massagens à base de cacau e chocolate estão disponíveis no espaço, que não aceita menores de 18 anos.

    O hotel faz parte da Hershey Entertainment & Resorts, proprietária também de um parque temático, de um museu da marca de chocolate e de vários outros meios de hospedagem.

    Muitos hotéis da cidade americana de Hershey fazem referência ao tema chocolate em seu nome, casos do Cocoa Motel e do Cocoa Country Inn Hershey At the Park.

    Reserve seu hotel em Hershey pelo Booking

  • 9 museus de chocolate na Europa

    9 museus de chocolate na Europa

    A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas

    ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018

    Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.

    Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!

    A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.

     

    1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)

    Chocolate, Museu, Europa, Choco-Story, Bruges - Foto Divulgacao
    CHOCO-STORY, EM BRUGES – Fotos: Divulgação

    A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)

    Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas

    Sites: museeduchocolat.fr; choco-story.be; choco-story-praha.cz

    Chocolate, Bélgica, Bruges, Museu Choco-Story - Foto Divulgacao

    4 > SCHOKOMUSEUM (ÁUSTRIA)

    Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)

    Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis

    Site: schokomuseum.at

     

    5 > CADBURY WORLD (INGLATERRA)

    Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.

    VALE SABER

    Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30

    Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)

    Site: cadburyworld.co.uk

    Foto Visit Britain/Divulgação
    Foto: Visit Britain/Divulgação

    6 > BELGIAN CHOCOLATE VILLAGE (BÉLGICA)

    Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde

    Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros

    Site: belgianchocolatevillage.be/en/

     

    7 > MUSEU DE LA XOCOLATA (ESPANHA)

    Chocolate, Barcelona, Museu de la Xocolata - Foto Museu de la Xocolata. Divulgacao
    Foto: Museu de la Xocolata/Divulgação

    Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.

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    Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas

    Preço: 6 euros — crianças até 7 anos, grátis

    Site: museuxocolata.cat/

    Barcelona, Museu do Chocolate, Espanha - Foto Javier Miguélez Bessons, Divulgacao
    Foto: Javier Miguélez Bessons/Divulgação

     

    8 > MAISON CAILLER (SUÍÇA)

    Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.

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    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)

    Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis

    Site: cailler.ch

     

    9 > RITTER-SPORT (ALEMANHA)

    O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.

    VALE SABER

    Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas

    Preço: 9 euros

    Site: ritter-sport.de

  • Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    O nome, Mozartkugel, já traz o formato — em alemão, ‘kugel’ é bola. A pequena delícia da Áustria, muito encontrada na capital, Viena, é espécie de símbolo de Salzburgo, cidade onde nasceu o compositor Wolfgang Amadeus Mozart. De um fabricante para outro, a receita do bombom muda levemente, mas a tradição é preparar o chocolate com marzipã e nougat. Na embalagem, a marca registrada é o rosto de Mozart estampado no papel.

    Inventada pelo chocolatier Paul Fürst em 1890, em Salzburgo, a guloseima se chamava inicialmente Mozartbonbon. Hoje em dia várias empresas produzem o doce, com receitas um pouco diferentes entre si. As embalagens também mudam de uma versão para outra, e alguns fabricantes fazem os bombons com a base plana.

    Mozartkugel Komposit
    Variações do Mozartkugel – Foto: Peter Gugerell/Domínio público/Wikimedia Commons 

    A história de Mozart no chocolate que virou souvenir

    A Fürst segue preparando a bolinha espetada num palitinho. Com miolo de marzipã, é coberta por uma camada de nougat e depois banhada com chocolate. No fim do processo, o palitinho é retirado, e o buraquinho no doce, preenchido com chocolate. O papel da embalagem é prateado, com escritos em azul.

    Bolinhas no palitinho Fotos: Fürst/Divulgação

    Quando estive na Áustria, experimentei o bombom embalado em papel dourado com contorno vermelho, fabricado pela empresa Victor Schmidt. No miolo, tem nougat, coberto com marzipã, antes de levar o chocolate. Mesmo não sendo o original, achei bem gostoso.

    Não fui a Salzburgo, onde fazer as bolinhas é uma tradição. Estive em Viena e em algumas pequenas cidades austríacas ao longo do Rio Danúbio, durante um cruzeiro fluvial por essa região europeia. Encontrei muitos estilos de Mozartkugel. Os bombons com o rosto de Mozart são facilmente encontrados pela Áustria, em diferentes versões, e servem como um delicioso souvenir, em bonitas caixinhas.

    Mozartkugel até como enfeite de Natal na Áustria

    Vi até uma árvore de Natal na capital austríaca em que as bolinhas douradas levavam a figura do compositor clássico e estavam com o escrito Echte Salzburger Mozartkugel (algo como o verdadeiro Mozartkugel de Salzburgo), da marca Mirabell. A empresa — que leva o mesmo nome do palácio e do jardim onde foram gravadas cenas de A Noviça Rebelde, em Salzburgo — faz parte do grupo Mondelez International, proprietário de outras famosas marcas de chocolate, como Toblerone e Milka.

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    Com produção em larga escola, a fábrica adaptou o método tradicional ao processo industrial. São 14 passos em 2 horas e meia para chegar às renomadas bolinhas. O recheio de marzipã recebe duas camadas de pralinê (uma delas de chocolates escuro), antes da cobertura. Com tantas composições diversas, o bombom inventado em homenagem a Mozart toca o paladar de viajantes em busca de experimentar os doces sabores da Áustria.

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  • Chocolate na Europa: 7 festivais para conhecer

    Chocolate na Europa: 7 festivais para conhecer

    O chocolate é a estrela de festivais na Europa. Há de degustações a tratamento estéticos nesses eventos em Óbidos, Perugia e Paris. Bélgica, Suíça, Inglaterra e Alemanha também estão na programação europeia

    ATUALIZADO EM 6 DE ABRIL DE 2017

    Os europeus são os maiores consumidores de chocolate do mundo. Por isso mesmo não espanta saber a quantidade de feiras e festivais temáticos organizados por eles durante todo o ano. Experimentar criações (leia-se comer, sem culpa nem frescura) ainda é o principal motivo que leva milhares de pessoas a lotarem praças e pavilhões nestes eventos.

    A cada edição, quem os organiza tem a preocupação de levar ao público algo novo, revelador. Daí que já não soa mais estranho ver chefes de cozinha preparando pratos do dia a dia com chocolate entre os ingredientes nem esteticistas aplicando massa de cacau na pele em caráter terapêutico.

    A seguir, listamos 7 festivais que fazem a alegria de muitos chocólatras:

     

    1 > SALON DU CHOCOLAT (FRANÇA) E SEUS EDIÇÕES ALÉM DE PARIS

    Salon du Chocolat, Paris, Desfile, Florencia Soerensen & Philippe Bernachon - Foto Divulgação
    Foto: Divulgação

    Renomado na indústria do chocolate, o Salon du Chocolat foi criado em Paris em 1994 e se espalhou pelas também francesas Marselha e Lyon e por Moscou, Bruxelas, Milão, Londres e Monaco. No total, incluído as edições em outros continentes também, o Salon du Chocolat já recebeu 7,4 milhões de visitantes em 31 cidades pelo mundo — chegou a ter uma edição em Salvador. Entre as atividades tem demonstrações de patisseriers e de chocolatiers, aulas, workshops, concursos de chocolatiers e até desfile de moda com roupas confeccionadas com a iguaria.

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    Quando: Em 2017, de 28 de outubro a 1 de novembro em Paris — de 13 a 15 de outubro em Londres, com o nome de The Chocolate Show London

    Site: salonduchocolat.fr

     

    2 > ANTWERP CHOCOLATE WEEK (BÉLGICA)

    Fotos: Antwerpen Toerisme en Congres/Visit Flanders/Divulgação
    Fotos: Antwerpen Toerisme en Congres/Visit Flanders/Divulgação

    Vários chocolatiers participam do evento na Antuérpia. É possível comprar um passe, que em 2016 custou 10 euros, e experimentar 10 unidades da iguaria. Com o livreto em mãos, o visitante passeia pelas ruas da cidade belga e vai parando nas chocolaterias.

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    Quando: Em 2017, de 3 a 12 de março

    Site: antwerpenkoekenstad.be

     

    3 > FESTICHOC (SUÍÇA)

    Entre Genebra e Lyon, a vila de Versoix abriga Le Festival du Chocolat, ou simplesmente Festchoc. Realizado desde 2005, o encontro tem participação maciça de fabricantes belgas e presença de alguns produtores da França. Demonstrações e degustações são as principais atrações do festival, que promove concurso de esculturas e um jogo de perguntas e respostas sobre chocolate.

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    Quando: Em 2017, em 1º e 2 de abril

    Site: festichoc.ch

     

     

    4 > CHOCOLATE WEEK (INGLATERRA)

    Dos mesmos organizadores do Salon du Chocolat, de Paris, o evento coloca lado a lado produtores artesanais e grandes fabricantes. Durante 7 dias, bares restaurantes e chocolatiers espalhados pelo Reino Unido criam produtos e receitas exclusivas com os melhores chocolates do mundo. O ponto alto do evento é o Chocolate Show, com palestras, workshops e demonstrações feitas pelos grandes nomes da arte do chocolate.

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    Quando: Em 2017, de 9 a 15 de outubro, por todo o Reino Unido

    Site: chocolateweek.co.uk

     

     

    5 > FESTIVAL INTERNACIONAL DE CHOCOLATE (PORTUGAL)

    Foto retirada do site do evento
    Foto retirada do site do evento

    Todo ano, perto da Páscoa, as ruas da pequena Óbidos exalam chocolate. Em 2016, a cidade portuguesa realiza a 14 ª edição do Festival Internacional de Chocolate. Adultos e crianças podem ver esculturas preparadas com a iguaria, assistir a shows de chefs executando receitas ou ainda participar de workshops.

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    Quando: Em 2017, de 10 de março a 2 de abril

    Site: festivalchocolate.cm-obidos.pt

     

    6 > EUROCHOCOLATE (ITÁLIA)

    A International Chocolate Exhibition, ou apenas Eurochocolate, exalta a combinação de música com chocolate na italiana Perugia. Nesta edição, o evento ganha uma área dedicada às crianças, com atividades e jogos. A loja online do festival vende, além de chocolates dos mais diferentes formatos, obviamente, capas para iPhone e iPad com forma de barras de chocolate.

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    Quando: Em 2017, de 13 a 22 de outubro

    Site: eurochocolate.com/ita/home.php

     

    7 > CHOCOLART (ALEMANHA)

    Todos os anos, a cidade universitária de Tübingen recebe produtores da África, das Américas do Norte e do Sul e vizinhos europeus para quatro dias de reverência ao chocolate. Come-se, bebe-se, aplica-se chocolate em massagens sobre a pele. O cacau ainda inspira pinturas, leituras sobre o tema e um teatro nada convencional.

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    Quando: Em 2017, de 5 a 10 de dezembro

    Site: chocolart.de

  • Berlim de chocolate: Fassbender & Rausch reproduz pontos turísticos

    Berlim de chocolate: Fassbender & Rausch reproduz pontos turísticos

    No nosso roteiro pela Alemanha, fomos à chocolateria Fassbender & Rausch, com os pontos turísticos de Berlim em forma de chocolate. Fica numa das esquinas da Gendarmenmarkt, bonita praça da capital alemã

    ATUALIZADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2017

    A união de duas famílias produtoras de chocolate fez surgir em Berlim um dos endereços mais gostosos da Alemanha. De frente para a Gendarmenmarkt fica a Fassbender & Rausch. De dia, o prédio por si só impõe respeito. À noite, as luzes que atravessam as grandes vidraças deixam a loja ainda mais bonita. Os pontos turísticos da capital alemã, como a Torre de TV de Berlim e o Portão de Brandemburgo, viraram esculturas de chocolate.

     

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    FACHADA NA PRAÇA DE BERLIM – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Fassbender & Rausch, Berlim, Chocolate, Alemanha, Gendarmenmarkt - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4) (754x1024)

    Lá dentro prevalece o requinte: nas prateleiras, nas vitrines, no uniforme dos funcionários (havia até um sujeito de cartola circulando pelo salão, solene como o ambiente).

    São caixas, tubos, saquinhos, latas. Bombons, trufas, finas placas (crocantes ou não), tudo feito com matéria-prima vinda da Venezuela, da Costa Rica ou de Papua Nova Guiné. Ao todo, em torno de 200 variedades de doces à base de chocolate estão disponíveis para quem quiser comer, beber ou simplesmente olhar.

    Fotos: Nathalia Molina @Como Viaja

    Chamam atenção as réplicas avantajadas de cartões-postais de Berlim. A Gedächtniskirche, igreja memorial do Kaiser Guilherme — quase destruída totalmente por bombas dos Aliados durante a Segunda Guerra — é rica em detalhes. O Portão de Bradenburgo, o Reichstag (prédio do parlamento alemão) e a Torre de TV também estão entre as esculturas da Fassbender & Rausch, que atraem visitantes.

    O que comer na Fassbender & Rausch

    Capricho e inventividade andam lado a lado. Um elegante sapato feminino de salto alto, em tamanho natural, é feito de chocolate escuro com detalhes em chocolate branco. E o que dizer então de um menu todo composto por receitas que levam chocolate, da entrada à sobremesa? Desde 2006, o restaurante capitaneado pelo chef Michael Meier serve pratos como o steak com palitos de babata doce e chocolate 65%, acompanhado de salada ao molho de cranberry.

    Nathalia, Joaquim e eu visitamos a chocolateria num fim de semana, quando o restaurante não abre. Tomamos um café e provamos as tortas de tiramissú com raspas de chocolate e de manga com chocolate branco.

    Fassbender & Rausch, Berlim, Chocolate, Alemanha, Gendarmenmarkt - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (18) (758x1024)

    Faltava um mês para a Páscoa, mas já havia caixinhas e coelhos à venda por toda a loja. Diferentemente do Brasil, é tradição na Alemanha presentear com ovinhos pequenos na hora de desejar Frohe Ostern (Feliz Páscoa).

    Fassbender & Rausch, Berlim, Chocolate, Alemanha, Gendarmenmarkt - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11) (931x1024)

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    Endereço: Charlottenstrasse, 60, Berlim — fica na esquina com Mohrenstrasse

    Transporte: De metrô, desça na estação Stadtmitte, pegue a saída da Friedrichstrasse e vá em direção à Kronenstrasse e vire nela à direita. Você vai andar pouco mais de 100 metros antes de virar à esquerda na Charlottenstrasse, a rua onde fica a Fassbender & Rausch

    Funcionamento: Diariamente, a loja abre das 10 às 20 horas — domingo abre 1 hora mais tarde.

    O café funciona todos os dias, entre 11 e 20 horas; e o restaurante, de terça a sábado, do meio-dia às 19 horas (fecha no domingo e na segunda)

    Site: rausch.de

  • Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Há mais de 500 anos existe a lei da pureza da cerveja alemã: a Reinheitsgebot, entrou em vigor em 1516 na Baviera. Na Alemanha tomar cerveja é parte do costume. Mas na Baviera, no sul do país, o canecão de 1 l é praticamente garantido à mesa. As cervejarias bávaras produzem diferentes tipos da bebida.

    Quando estivemos em família em Munique, provamos e comprovamos a dedicação dos bávaros em manter a tradição, a belos goles da bebida mais famosa do país, vendida em canecos no biergarten, jardim de cerveja, do Englischer Garten, o maior parque da cidade. Aos fãs de cerveja alemã, outro lugar para ir é a Hofbräuhaus, cervejaria que virou ponto turístico de Munique.

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    E a tradição cervejeira se estende por toda a Baviera. No norte, a Francônia, onde fica a cidade de Nuremberg, tem 1/4 das 600 cervejarias dessa região alemã. Pudera, os bávaros têm tudo a ver com a lei da pureza e com o tipo de cerveja que se toma maciçamente na Alemanha. Quer saber por quê? Leia essas 8 curiosidades sobre a regra quincentenária:

    1 | Criação na Baviera

    A lei original foi promulgada pelo duque Wilhelm IV, na cidade bávara de Ingolstadt, em 23 de abril de 1516. Ainda não tinha o nome de Reinheitsgebot — ‘Reinheit’, pureza, e ‘Gebot’, exigência ou mandamento, numa tradução livre do alemão.

    Baviera, a região da cerveja e seus canecões

    2 | Ingredientes permitidos

    O nome difícil é guardião de simplicidade na receita da bebida-ícone da Alemanha: deve levar apenas água, lúpulo, malte e levedura. O último ingrediente foi acrescentado posteriormente, quando no século 19 foram descobertas suas propriedades na fermentação.

    Em torno de 5.500 tipos de cerveja são produzidos pelas cerca de 1.350 cervejarias da Alemanha. Como então eles conseguem tanta variedade? A mão do mestre cervejeiro, a receita, a qualidade da água e até o método de moagem dos cereais influenciam no resultado que chega ao copo.

    Biergarten de Munique, no Viktualienmarkt

    Um dado recente na fabricação foi apontado pelo Instituto Ambiental de Munique em 25 de fevereiro de 2016, após testes realizados em 14 cervejas populares na Alemanha. Reportagem da Deutsche Welle Brasil, redação brasileira da empresa alemã de comunicação, informa que o órgão detectou um quinto elemento em todas as marcas avaliadas: o herbicida glifosato, em quantidades variando de 0,46 a 29,74 microgramas por litro. De acordo com o texto da Deutsche Welle, o Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos explicou que nessa quantidade o glifosato não oferece risco à saúde e que esse fato já era esperado pois o herbicida é usado em lavouras.

    Ler essa notícia me remeteu a uma das telas que vi com Fernando em nossa visita ao Museu do Amanhã, no Rio, um dos desafios da humanidade é resolver o dilema do uso de produtos químicos na agricultura, ou seja, descobrir como garantir a produção em larga escala sem usá-los.

    3 | Origem da Reinheitsgebot

    Cervejeiros da Turíngia alegam que a Reinheitsgebot deriva de uma portaria estabelecida nessa região alemã em 1434 — para você localizar no mapa, a Turíngia fica acima da Baviera. Seja como for, os bávaros têm tradição no assunto e celebram anualmente a bebida na Oktoberfest Munique.

    Lei local no mastro do Viktualienmarkt

    A lei da Baviera surgiu em 1516, com a reunificação dessa região alemã. Em Munique já existia uma lei de pureza desde 30 de novembro de 1487, instituída pelo duque Albert IV. O mastro do Viktualienmarkt, mercado da cidade, cita a Reinheitsgebot local.

    4 | Teste de qualidade

    Para a cerveja ser boa tem de cair bem na boca? Durante os séculos 15 e 16, os provadores oficiais da Baviera usam um teste mais prosaico. Jogavam a bebida em cima de um banco e, vestindo calça de couro, se sentavam ali por 3 horas. Aí se levantavam. Se o couro grudasse no banco, a cerveja era de qualidade. Caso contrário, o produtor podia ser penalizado.

    5 | Validade na Alemanha toda

    Apenas em 1906, a lei passou a valer em todo o território alemão, como uma exigência da Baviera para participar da unificação da Alemanha. Um purista (eu poderia escrever um ‘pé-da-letra’, mas vou me ater à temática) diria que a lei de pureza da cerveja alemã — como algo nacional, ou seja, referente à bebida fabricada em todas as regiões do país — completa 110 anos em 2016.

    6 | Cerveja de trigo

    Curiosamente, a cerveja de trigo é uma das especialidades da Baviera (e uma delícia!), embora o ingrediente não esteja listado na lei da pureza. Alguns dizem que um dos motivos para a Reinheitsgebot ter sido criada seria justamente garantir trigo para o pão.

    De trigo (à direita) ou não? Fernando não chegou à conclusão

    7 | A lei atual

    A Reinheitsgebot é a mais antiga regra de alimentos no mundo que ainda segue valendo. Mas deixou de ser obrigatória. Em 1987, a União Europeia acusou a lei alemã de ser reserva de mercado. Em 1993, foi criada a Lei Provisória da Cerveja Alemã, mais flexível, para permitir a entrada de outros fabricantes no país.

    8 | Marketing ou tradição

    Mesmo com essas mudanças, muitas cervejarias alemães se mantêm fieis à tradição da Reinheitsgebot. Há quem afirme que a escolha é uma jogada de marketing, para se diferenciar da concorrência com um imperial atestado de pureza. De fato, cai bem. Não só no rótulo, mas no copo também (como dá para ver por essa minha foto). Basta um gole (ou muitos) naquele colarinho para entender por quê.

  • Pão de queijo, o caseiro mineiro que ganhou o Brasil

    Pão de queijo, o caseiro mineiro que ganhou o Brasil

    ATUALIZADO EM 18 DE JUNHO DE 2019

    A necessidade é mãe de todas as invenções. Com o pão de queijo não foi lá muito diferente. Ninguém sabe precisar quando ele surgiu, mas todo mundo que se debruçou sobre o tema afirma que a origem do quitute está ligada ao Ciclo do Ouro no Brasil, entre os séculos 18 e 19.

    A descoberta de jazidas em Minas Gerais levou inúmeros portugueses para lá, fez explodir ainda mais o comércio de escravos e aumentou absurdamente a população brasileira, de aproximadamente 300 mil habitantes para incríveis 3 milhões de pessoas no curto espaço de 100 anos. Por causa do ouro, os cuidados com a terra foram deixados de lado.

    Para alimentar tantas bocas era preciso trazer alimentos de outras partes do país ou cultivar produtos que não exigissem tantos cuidados. Nesse cenário de pouca variedade de gêneros alimentícios, surgiu uma culinária caseira, baseada na agricultura de subsistência e no máximo aproveitamento dos ingredientes disponíveis.

    Abundante desde os tempos em que Cabral e sua esquadra deram com os burros nestas terras, a mandioca também salvou a pátria no Ciclo do Ouro — a raiz já tinha seduzido os lusos, que aprenderam com os índios a consumi-la sob a forma de tapioca, por exemplo. Nas Gerais, o polvilho azedo, derivado da mandioca, foi misturado a outros ingredientes, assado em forno a lenha e resultou no quitute que é sinônimo de Minas.

    Pão de Queijo - Foto Nathalia Molina @ComoViaja 3 (1024x768)
    Pão de queijo quentinho, huummm – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Onde comer em Belo Horizonte, caseiro ou gourmet

    Não ter detalhado acima os ingredientes foi proposital. É que cada pessoa (seja em Minas ou em outro lugar do Brasil) tem sua receita, seu segredo de família na hora de preparar pão de queijo — há os que usam leite ou água, outros que botam óleo ou banha na massa. Queijo? É consenso: quanto mais duro, curado, melhor. O da Serra da Canastra é o mais citado pelos puristas. Os abertos a experimentações relatam até o uso de gruyère.

    Na capital mineira — veja hotéis em Belo Horizonte no mapa abaixo —, cada venda, café ou lanchonete faz de um ingrediente seu diferencial no preparo do quitute. O Dona Diva, que fica no Mercado Central, se orgulha de utilizar o legítimo Serra da Canastra na fabricação de seu pães de queijos, que não ficam armazenados em estufas para melhor conservar seu sabor e sua textura.

    No bairro de Santa Tereza, o Bitaca da Leste, minúsculo empório e restaurante que ostenta cardápio enxuto e bem mineiro, tem pão de queijo de cor acentuada pelo acréscimo de manteiga de garrafa na receita. Ideia do chef Luiz Paulo Mairink, que recheia a iguaria com carne de lata e geleia de limão capeta.

    Pois é, fazer sanduíche usando o pão de queijo como base não é raridade em BH. A Pão de Queijaria, na Savassi, vende versão que tem como enchimento pernil envolto por uma generosa tira de bacon. Tem ainda uma opção para a sobremesa, com um naco de queijo coberto com doce de leite. Os pães são de fabricação própria e utilizam de queijo Serra do Salitre a Parmesão de Alagoa. Ah, o cafezinho servido por lá é escoltado por petit four de… pão de queijo!

    Pão de Queijo - Foto Nathalia Molina @ComoViaja 4 (800x724)
    Bonecos do artesanato de Tiradentes escoltam pão de queijo aqui em casa

    Barato, sem glúten e até com receita de liquidificador

    Em Tiradentes, Nathalia e eu sentimos a delícia que é começar o dia com uma cesta de pães de queijos quentinhos. E, sim, eles tinham qualquer coisa de diferente de tudo o que a gente já havíamos experimentado: eles eram leves, macios, revelando aquele sabor típico de um queijo de Minas meia-cura, com sal nem de mais nem de menos, na medida.

    Quando estamos em um aeroporto — à espera da saída do vôo ou de uma conexão — nosso lanchinho sempre passa por um pão de queijo. É relativamente barato, seguro (o risco de passarmos mal é baixo) e, até quando o quitute é ruim, ainda assim tem grande chance de ser melhor do que qualquer outra coisa que comermos. Ah, e em geral não contêm glúten (já encontramos alguns de marcas conhecidas têm).

    Bom, se você ficou salivando com esse texto, faça como eu: termine a leitura e bote um pacote de pão queijo para assar. Aqui em casa usamos muito uma prática receita de pão de queijo de liquidificador: agiliza o preparo e garante o lanchinho da tarde ou do Joaquim na escola. E deixam todo mundo um pouquinho mais próximo do sabor das Gerais.

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  • Acarajé, quente ou frio

    Acarajé, quente ou frio

    Prefere acarajé ‘quente’ ou ‘frio’? Leia sobre origem da receita e onde comer o quitute baiano em Salvador, no Rio e em São Paulo. Bola de fogo no idioma iorubá, o bolinho de raiz africana leva feijão fradinho e camarão

    ATUALIZADO EM 20 DE MARÇO DE 2017

    Aos 6 anos, Joaquim ainda não experimentou azeite de dendê, mas já sabe que o tempero da Bahia é forte. ‘Essa comida dos baianos é fogo!’, exclama nosso filho com voz caricata, lembrando da frase do personagem Stress, que passeia pelo país com o amigo Relax, na história do livro Brasil Animado, de Mariana Caltabiano. A receita típica, de origem africana, ganhou o Brasil e pode ser provada em cidades como Rio e São Paulo, além, é claro, de Salvador.

    É bom lembrar daquela história clássica de ‘quente’ e ‘frio’ quando a baiana perguntar como você deseja seu acarajé. É ‘quente’, na pimenta. Ou ‘frio’, se não gostar de tanta picância ou o corpo não aguentar.

    Foto: Rita Barreto/Setur Bahia/Divulgação
    Foto: Rita Barreto/Setur Bahia/Divulgação

     

    Origem do acarajé e receita

    O quitute tem um nome bem adequado. De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, a palavra tem origem no idioma africano iorubá. Vem da junção de ‘akará’ (‘bola de fogo’) com ‘jé’ (que significa ‘comer’). O bolinho de feijão fradinho é praticamente um ícone da gastronomia e da cultura da Bahia, mas se espalhou pelo país.

    Principal item do tabuleiro da baiana, o acarajé vem recheado com camarão seco, caruru (com quiabo cozido em pedacinhos) e vatapá (massa cremosa que leva fubá, amendoim e leite de coco, entre outros ingredientes). Se acrescenta ainda vinagrete ou molho a campanha. Todos os ingredientes vistos na foto acima deste texto, imagem de divulgação da Secretaria de Turismo da Bahia clicada por Solange Rossini.

    Acarajé - Foto Solange Rossini, Secretaria de Turismo da Bahia, Divulgação2
    Foto: Solange Rossini/Setur Bahia/Divulgação

    Onde comer acarajé

    Quando estiver em Salvador, rume para o Rio Vermelho, onde fica o mais famoso trio de baianas da cidade. No Largo da Mariquita, o acarajé da Cira (ou dE Cira, como dizem os locais) forma filas enormes. Ou experimente o bolinho no Largo de Santana, na barraca da Dinha ou na da Regina (o melhor, no gosto de Tereza Leal, minha amiga moradora do Rio Vermelho). Decida qual é o seu preferido, se conseguir.

    No Rio de Janeiro, a Barraca da Verinha tem fila na Feira Hippie de Ipanema, realizada aos domingos na Praça General Osório. Ao estilo Silvio Santos, eu não provei, mas minha mãe aprova. Ela costuma pedir com as amigas a iguaria, que vem no pratinho para quem conseguir lugar nas mesinhas se deliciar ali.

    ACARAJÉ NA FEIRA HIPPIE DE IPANEMA, NO RIO – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Cidade onde cabe o Brasil e o mundo, São Paulo também tem um lugar especial onde o acarajé é a grande estrela do cardápio. O Rota do Acarajé nasceu como um delivery do quitute baiano no bairro de Santa Cecília, região central da cidade. Fez fama, o que exigiu a abertura de um salão, e hoje serve porções regadas a cerveja gelada.

    Vistas em Salvador há pelo menos meio século, as baianas do acarajé são descendentes de escravos da cidade, de acordo com a Fundação Joaquim Nabuco. Eda Romio conta no livro 500 Anos de Sabor que, já no século 19, era comum ver negras alforriadas vendendo alimentos pelas ruas da capital baiana. Desde 2005, a profissão foi declarada patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    O tabuleiro das baianas de Salvador têm ainda as deliciosas cocadas, o abará (receita de massa de feijão fradinho cozida na folha de bananeira) e o bolinho de estudante. Uma curiosidade: feito com tapioca, o bolinho também é conhecido pelo nome sacana de ‘punhetinha’. Ah, essa Bahia é fogo…

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