Categoria: Comida e Bebida

  • Onde comer em Halifax: de lagosta a vegan

    Onde comer em Halifax: de lagosta a vegan

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Sem dúvida, lagosta é o prato principal em Halifax, capital da Nova Scotia. Afinal, essa é uma das 3 Províncias Marítimas do Canadá, conhecidas pela lagosta — as outras são New Brunswick e Prince Edward Island. Mas quem tem alergia não passa aperto.  Eu experimentei muita lagosta por lá, mas também comi vieras. Algo que não seja do mar? Bem, eu vi nos cardápios.

    Vão aqui algumas sugestões de lugares dos quais gostei, com diferentes propostas e preços:

    WOODEN MONKEY

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaEste é o endereço para uma refeição natureba deliciosa. Ingredientes orgânicos e frescos são usados na preparação dos pratos. O restaurante prestigia os produtores locais. O menu do Wooden Monkey indica ao lado dos nomes dos pratos se eles são sem glúten ou vegan (sem carne animal ou derivados). Quem me convidou para ir ao esse restaurante foi a Denyse Johnson, da Comissão Canadense de Turismo, adepta de chás e alimentação natural. Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaFui bem guiada, então.

    Pedi uma salada de vieira (scallop) com amêndoas e queijo feta. Custa 17 dólares canadenses. É enorme, não dá para pedir prato principal se o nível da fome for mediano. Bebi um suco gasoso de romã (pomegranate) com limão, a 3,47 dólares canadenses. Orgânico, é produzido na americana Califórnia (onde mais, né?).

    MCKELVIE’S

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaAqui eu comi o primeiro e mais gostoso Lobster Roll que eu experimentei na Nova Scotia (e olha que eu provei alguns…). O sanduíche frio tinha tanta lagosta com molho no recheio que derramava. O pão de massa fofa veio crocante por fora. Que gostoso! Paguei 18,95 pelo combinado do sanduíche com uma cambuquinha de seafood chowder, uma sopinha cremosa com frutos do mar. Duplinha delícia!

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaO McKelvie’s (na foto do alto da página) fica em frente ao Maritime Museum of the Atlantic, na Lower Water Street. E foi justamente a funcionária do museu marítimo que nos recomendou o restaurante. Eu estava com a Katya Presnal, do Skimbaco, e queríamos almoçar num lugar onde o povo de Halifax vai. Ainda andamos pelo porto antes de finalmente entrar no McKelvie’s, decisão acertada.

    Chegamos perto do meio-dia, e o restaurante ainda estava mais vazio. Quando saímos, pouco mais de 1 hora depois, as mesas estavam lotados de gente local, degustando o que há de melhor no mar da Nova Scotia.

    FIVE FISHERMEN

    É indicado para um banquete marinho. Um dos melhores restaurantes de Halifax, o Five Fishermen é especializado em lagostas e ostras. Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViajaServido no primeiro andar, o jantar começa com o bufê de saladas e mariscos (uma delícia molhar na manteiga temperada!). Esse bufê custa 25 dólares canadenses, mas está incluído para quem pede algum prato principal. Eu fui com a especialidade da casa, lagosta. Pedi à Thermidor, receita tradicional, em que a lagosta é gratinada com molho branco e queijo. Maravilhoso!

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

    Para o jantar, o restaurante oferece a possibilidade de menu a  preço fixo (em maio de 2013,  custava 49 dólares canadenses). Os pratos mudam mês a mês.

    Quem gosta de ostra pode aproveitar a Oyster Happy Hour, todos os dias, das 16 às 18 horas, no térreo. Nesse piso, o Five Fishermen funciona como grill e oyster & wine bar. Listada pela Wine Spectator (revista americana dedicada a  vinhos), a  adega do Five Fishermen esbanja garrafas de vinhos da Nova Scotia.

    O restaurante fica num prédio histórico na Argyle Street. A construção de 1817 surgiu como escola e abrigou uma funerária (que teve um papel importante durante o naufrágio do Titanic, em 1912, já que Halifax foi ponto de resgate).

    Para ler todos os meus textos sobre o Canadá, acesse a área do blog específica sobre o país: Como Viaja! no Canadá

    Canada, Halifax, Restaurantes, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja

  • Halifax: cafés na Barrington Street

    Halifax: cafés na Barrington Street

    Na minha visita a Halifax, na província canadense da Nova Scotia, encontrei alguns cafés deliciosos. Dá uma olhada nestes 2 lugares na Barrington Street, a principal rua de Halifax. Em todos, com uns 10 a 15 dólares canadenses dá para fazer um lanchinho gostoso:

    Canada, Halifax, Nova Scotia - Nathalia Molina @ComoViaja
    CAFÉ UNCOMMON GROUNDS – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Comi um pão de cebolinha maravilhoso na Uncommon Grounds, no número 1.237 da rua. Tudo que está à venda na vitrine foi assado com ingredientes frescos e prestigiando o que oferecem os produtores locais da Nova Scotia. Há também opções de salgados e sopas vegetarianas e produtos sem glúten. O café servido (não provei) é moído pela empresa dona do lugar.

    É um lugar para se sentar e relaxar sem pressa, nas poltronas e nos sofás ou nas cadeiras com mesinhas. Pedi a senha do wifi, me joguei no sofá de couro marrom e curti meu lanche sossegada por quase uma hora. Ah, aqui tomei a primeira San Pellegrino com sabor da viagem. Com é boa essa água com gás com suco de fruta!

    Os cafés Uncommon Grounds — além deste na Barrington, há outro na South Park Street e, de abril a outubro, também dentro do Historic Public Gardens — fazem parte do The Uncommon Group, companhia que trabalha apenas com produtos da Nova Scotia.

    KITCHEN DOOR

    Não conseguir resistir àquela vitrine lindinha, no número 1.276. A Kitchen Door não é um café, não tem lugar para se sentar. É na verdade uma empresa de catering, especializada em bufês de casamento. Na loja em Halifax, oferece lanches para se comprar e levar para comer no hotel, no parque ou na região do porto, por exemplo.

    É dessas lojinhas-delícia, indicada especialmente para quem é fã de um bom cupcake. Experimentei o de raspeberry and lemon. Vai framboesa na massa do bolinho, e o creme da cobertura leva limão. Tenho de confessar que fiquei na dúvida porque não sou muito chegada à limão, mas ai… Escrevendo me lembro do gostinho da combinação do creme com a massa…

    Comprei também um pacote de chips assados com pimenta e sal marinho, feito com pão árabe (ou sírio; dependendo de que parte do Brasil você seja, a nomeclatura pode variar). Ótimo para beslicar entre refeições ou à noite no quarto. Na geladeira da loja, estão à venda ainda saladas e sanduíches.

     

  • Comida di Buteco: bares com petiscos em votação

    Comida di Buteco: bares com petiscos em votação

    Votação dos melhores petiscos reúne bares de todo o país no Comida di Buteco 2018. São Paulo e Rio somam 119 receitas concorrentes. Ao todo, 21 cidades participam da 19ª edição do concurso, que tem Floripa como estreante

    ATUALIZADO EM 13 DE ABRIL DE 2018

    O que começou como um evento para valorizar comidinhas tradicionais em bares de Belo Horizonte se expandiu para as quatro regiões do país e está presente hoje em 21 cidades brasileiras. Nossa, e pensar que no início dos anos 2000, a gente cobriu lá pela editoria de Turismo do Jornal da Tarde as primeiras edições, ainda só na capital mineira. Mas a ideia é mesmo muito legal (bem, eu não sei beber sem comer).

    Cidades como São Paulo, Campinas, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Recife, além, claro, de Belo Horizonte, estão no mapa do Comida di Buteco, competição que elege os melhores petiscos entre frequentadores de botequins de todas as regiões do Brasil. Na edição deste ano, Florianópolis surge como estreante. Participam da 19ª edição do evento 600 bares, que venderam em torno de 390 mil tira-gostos. Cerca de 520 mil votos definiram o grande campeão. Pelo terceiro ano consecutivo, os petiscos que participam do concurso devem ser vendidos por, no máximo, R$ 25,90.

    O concurso não tem tema previamente escolhido para que os bares apresentem suas criações. Ou seja, em 2018, vale a criatividade das cozinhas. Em Belo Horizonte, o Bar Palhares decidiu homenagear o narrador esportivo Fernando Sasso com o prato Tá no Filó: iscas de pernil empanado, cebolas crocantes e molho de pimenta com rapadura e cachaça. E foi batizado com o bordão criado pelo locutor mineiro para narrar gol durante as transmissões esportivas.

    BAR PALHARES, EM BH: Tá no Filó — Homenagem a Fernando Sasso — Foto: Rodney Costa/Divulgação

    Os ‘butequeiros’ votam de acordo com quesitos determinados: tira gosto, higiene, atendimento e temperatura da bebida. A nota do público e a do júri valem 50% cada. Desde 2016, os 20 melhores bares participam da eleição nacional, em junho. Um júri especial visita cada estabelecimento para eleger então o grande campeão. Em 2017, o Bar do Jão, em São Paulo, faturou o título com o petisco Bacalhau da Dona Arminda. Em busca do bicampeonato, o boteco que fica na Penha, zona leste da cidade, apresenta o petisco ‘Entre um queijo e outro, que tal um filezinho?’.

    BAR DO JÃO, MELHOR BOTECO DE 2017: aposta deste ano é no filezinho com molho de queijo e pão italiano

    No site oficial do Comida di Buteco você clica na cidade, depois em ‘Butecos’ para escolher o seu. Tem ainda a possibilidade de ver os participantes marcados num mapa, para decidir aonde ir de acordo com a região da cidade. Em São Paulo, participam 58 estabelecimentos; no Rio, 58; em Belo Horizonte, 50.

    VALE SABER

    Quando: Em 2018, até 13 de maio

    Site: comidadibuteco.com.br

  • Dia Mundial da Tapa: gastronomia da Espanha em São Paulo

    Em São Paulo, Dia Mundial da Tapa traz gastronomia da Espanha em feira na Unibes Cultural. Tem azeite e vinho, além de DJs e dança. Crianças podem fazer oficinas de palmas e ouvir contação de histórias

    ATUALIZADO EM 8 DE JUNHO DE 2017

    Vamos de tapas? É como os espanhóis convidam os amigos para sair para comer tapas. Para quem não conhece, tapas são delícias da gastronomia espanhola em porções pequeninas. Eu contei um pouco sobre esse costume em Tapas espanholas, tradicionais delícias em miniatura.

    Nossa, me lembro claramente quando escrevi esse post pela primeira vez, em 2011. Achei a ideia de fazer a Tapas Week uma sacada: restaurantes com menus a preço fixo de delícias da gastronomia espanhola em miniatura. E era. A Tapas Week cresceu e teve 7 edições até 2015. Uma iniciativa da Embaixada da Espanha, o evento desde 2016 virou uma feira gastronômica espanhola. Realizada em parceria com o Unibes Cultural, tem comes, bebes e DJs.

    Fotos: Turismo da Espanha/Divulgação

    Nesta edição de 2017, a programação ganhou ainda exibição de filmes espanhóis, oficinas para crianças de palmas e de dança espanhola e contação de histórias. Há ainda degustação de azeites da Espanha, vendidos na feira, ao lado de vinhos, cervejas, queijos e embutidos do país europeu.

    DANÇA FLAMENCA
    VINHO DE LA RIOJA

    O aplicativo Cabify apoio o evento e oferece 2 promoções ao público. Novos usuários têm direito a 50% (com desconto máximo de R$ 20) nas 2 primeiras corridas com a Cabify na cidade de São Paulo — código: #TAPASDAY. Válida para todos os usuários, a outra promoção dá 25% (com desconto máximo de R$ 20) em 6 corridas com a Cabify atreladas ao Unibes Cultural (código: TAPASDAY). Quem usar a Cabify tem um benefício adicional: paga metade no ingresso da exposição Frida e Eu, voltada para crianças e em cartaz até 30 de junho no Unibes Cultural.

    VALE SABER

    Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500, São Paulo. Fica ao lado da estação de metrô Sumaré

    Data e horário de funcionamento: 15 de junho (das 15 às 20 horas), 16 de junho (das 17 às 21 horas), 17 de junho (do meio-dia às 21 horas) e 18 de junho (do meio-dia às 18 horas)

    Preço do ingresso: Grátis

    Site: Página sobre o Dia Mundial da Tapa no site do Turismo da Espanha

  • Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    7º capítulo
    A cidade das caixinhas de música
    O coral de Frankfurt deixou a mamãe do Joaquim totalmente no clima de Natal. Mas ela nem imaginava que mais música a esperava em Rüdesheim.
    Rüdesheim é uma adorável cidadezinha, perto de Frankfurt. Lá tem um museu de caixinhas de música. Uma moça que parece uma boneca mostra as peças aos visitantes. O museu tem caixinha de música de todo jeito. Não só pequenininha. As caixinhas de música são de muitos tamanhos e formas. Tem uma que é um armário grandão!
    O armário-caixa de música e a moça-boneca
    Fofura de vitrine
    O museu fica na rua principal de Rüdesheim. Quando a mamãe do Joaquim saiu de lá, deu de cara com lojinhas que vendem caixinhas de música. Muitas eram carrosséis, que giravam enquanto a música tocava. As caixinhas das lojas não eram grandes como aquele armário do museu. Eram pequeninhas e encantadoras.
    Doce melodia
    A mamãe ficou tonta, sem saber o que comprar. Ela queria uma caixinha delicada como seu pequeno Joaquim. Depois de ver várias, a mamãe escolheu um carrossel de cavalinhos brancos, que cabe nas mãozinhas do Joaquim. Ele roda o topo do carrossel e ele dá corda.
    Fez um dia lindo
    O centrinho de Rüdesheim tem ruas pequenas e tortinhas. Mesmo a pessoa mais distraída não consegue se perder naquela cidade. As ruas vão levando a gente, vão levando. . . quando a gente vê, voltou ao ponto de onde saiu.
    Caminhada gostosa
    Cantinho verde-e-amarelo
    Nessas andanças, a mamãe do Joaquim viu uma barraquinha bem brasileira. No meio da comida alemã, lá estavam o guaraná e a bandeirinha do Brasil.
    Rüdesheim é bonita até sem decoração, mas a cidade combina muito bem com uma vila de Natal. Ficou linda com as luzes coloridas.
    Cenário pronto
    Exagerado
    Os moradores também enfeitam suas casas. Teve um que exagerou tanto que a casa ficou igual a uma loja de Natal!
    Caixinhas de música
    Em Rüdesheim, a mamãe do Joaquim se deu conta de que todos os mercados podem parecer iguais, mas não são. Como acontece com as pessoas, eles têm sempre uma coisinha que faz um diferente do outro. Em cada mercado, a mamãe aprendeu sobre uma tradição do Natal na Terra de Reis e Rainhas.
    Aquela adorável cidadezinha da Alemanha foi o último lugar da viagem. Depois, a mamãe voltou para casa, cheia de saudade e de histórias para contar para o Joaquim.
    Viva o Natal, crianças!
    §§§
    • Onde: Centro da cidade
    • Site: w-d-n.de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaTradições natalinas (mercados, candelabro e calendário)Mercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha)Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

    Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    6º capítulo
    O Natal numa casinha de boneca
    O Joaquim se mudou para uma casa perto de uma igreja que toca Ave Maria todo dia às seis da tarde. Ele gosta de ouvir e imitar o cantor. O Joaquim adora música.
    A música tem superpoderes. Ela cria um momento especial e guarda a lembrança para sempre na nossa cabeça. Isso aconteceu com a mamãe do Joaquim no mercado de Natal de Frankfurt.
    Mágico…
    Era de noite quando a mamãe entrou na pracinha do mercado de Frankfurt. Ela se apaixonou logo pelo lugar. Tudo era mágico. A mamãe foi girando o corpo, acompanhando os prédios fininhos, com fachadas quadriculadas, até formar um círculo. Ali dentro, ela se sentiu numa casinha de boneca.
    Encantado
    Dá para resistir?
    Do lado das barraquinhas, uma loja vendia os mais encantadores enfeites de Natal. A mamãe comprou uma caixinha de música com o Papai Noel para o Joaquim. Na praça, também havia um bonito carrossel de dois andares. Um coral se apresentava no palco num canto do mercado. A melodia da canção natalina embalou aquele momento de sonho da mamãe do Joaquim.
    O carrossel de dois andares
    Ela ficou ali paradinha um bom tempo. Depois continuou caminhando pelas ruas enfeitadas de Frankfurt. As barraquinhas do mercado se espalhavam por tantas ruas, que acabavam ligando aquela pracinha a uma outra maior.
    Um caminho iluminado
    De todo jeito
    Em Frankfurt, as pessoas também vendiam vinho quente, salsichas e biscoitos de coração, e mais um monte de outras comidas. Como tinha comida! O mercado de Frankfurt foi o mais variado de todos. A mamãe viu barraquinha até de nhá benta, aquele doce fofinho coberto com chocolate.
    O bolinho de batata
    O mercado tinha também um bolinho achatado, feito de batata. A gente comia o bolinho, botando num molho de maçã.
    Quanta batata!
    O Joaquim ia se lambuzar na barraquinha de batata frita. Os moradores de Frankfurt se lambuzam. As pessoas fritam quilos e mais quilos de batata para a festa.
    A mamãe gostou muito desse mercado de Natal e da cidade. De lá, ela trouxe o calendário de 24 dias e o biscoito de coração com o nome do Joaquim.
    Até hoje a mamãe se pega cantarolando a melodia do coral de Frankfurt. E não é que ontem, depois da Ave Maria, a igreja perto da casa do Joaquim tocou aquela canção natalina para o Joaquim ouvir junto com a mamãe?
    O Joaquim ia amar uma volta nesse carrinho
    §§§

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

    Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    5º capítulo
    O mercado muito, muito, antigo
    A Terra de Reis e Rainhas tem castelos. Um deles fica no centrinho da cidade de Nuremberg, no alto de uma ladeira. A mamãe do Joaquim aproveitou para visitar o castelo. Lá de cima, ela viu as casinhas e a cidade toda iluminada. Nuremberg deve ter o Natal mais brilhante do mundo!
    As ruas estavam cheias de luzes. Alguns prédios tinham as fachadas inteirinhas iluminadas. A cidade parecia um imenso Natal.
    Fachada iluminada
    O mercado de Nuremberg é o mais famoso da Alemanha, o país onde fica essa cidade. O nome dela mesmo é Nürnberg, mas é tão difícil de falar que muita gente chama só de Nuremberg.
    Quando a mamãe do Joaquim esteve lá, não conseguiu saber se ali havia mais luzes de Natal ou pessoas. A cidade lembrava um formigueiro de tanta gente andando pelas ruas.
    Luz e gente
    A mamãe se espremeu para passar entre as fileiras de barraquinhas do mercado, e parou numa que devia de ter mais de 100 enfeitinhos de árvore de Natal. Eram renas, anjos, sinos e estrelas, feitos de madeira e pintados com cores alegres. A mamãe comprou uma menininha num trenó vermelho.
    Várias formas
    Com lâmpadas no lugar das velas
    Foi em Nuremberg que a mamãe do Joaquim viu sua primeira árvore de Natal de madeira. Ela tinha vários andares, com bonequinhos. A árvore começava grande e ia afinando até chegar lá em cima, e tinha lugar para acender velas em volta dela. Essa é uma árvore de Natal bem comum na Alemanha. O calor das velas faz girar a hélice no alto e também os bonequinhos nos andares.
    Delicada
    Mas a árvore de Natal mais linda de todas era a da praça de Nuremberg, onde ficava o mercado. A árvore era dourada e toda de pontinhas para o céu, como a igreja da praça. As duas faziam uma combinação perfeita!
    Pontinhas para o céu
    Delícia!
    Como nos outros mercados que a mamãe do Joaquim conheceu, as pessoas vendiam comidas, bebidas e várias coisas miúdas. Mas, em Nuremberg, todas as barraquinhas tinham o mesmo tipo de teto, feito com lona listrada em branco e vermelho.
    De carruagem, como reis e rainhas
    Dizem que o mercado de Natal de Nuremberg é o mais antigo da Alemanha. Existe há muitos e muitos anos, desde os tempos do muro que abraça o centrinho da cidade. Ele foi construído para proteger Nuremberg numa época beeem distante, antes até do castelo no alto do monte.
    Tudo de um tempo bem distante
    §§§

    Leia mais sobre Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Regensburg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    4º capítulo
    As salsichas e o carrossel maluco
    O mercado de Natal de Regensburg foi o mais divertido que a mamãe do Joaquim visitou. Regensburg é uma cidadezinha da Alemanha, um país onde o que não falta é mercado de Natal!
    A mamãe ficou emocionada de ter ido lá porque, no trabalho dela, já tinha lido histórias e visto fotos de mercados de Natal na Alemanha, mas nunca tinha visitado nenhum. Lá, as pessoas se importam bastante com o Natal. É bonito ver como se preparam para a festa como em nenhum outro lugar.
    Muita luz e muita gente A plaquinha do vinho
    Nas barraquinhas dos mercados de Natal da Alemanha, as pessoas vendem uma porção de coisas. Mas tem uma que tem sempre: o vinho quente, preparado com canela. O nome dele é glühwein. Olha aí outra palavra que enrola a língua. Os adultos levam sua caneca de casa ou compram uma no mercado para tomar o glüwein. Aí vão esvaziando e enchendo de novo com o vinho.
    Que gostosura
    As pessoas também vendem biscoitos, enfeites e até salsichas! Foi no mercado de Regensburg que a mamãe do Joaquim provou a salsicha caseira mais gostosa que experimentou na Alemanha. A família que fazia e vendia a salsicha era muito animada. Acho que aquela felicidade passava para o gosto da salsicha por que ela tinha um temperinho delicioso.
    Humm…
    A rua mais fininha de todas
    Regensburg é um lugar muito fofo. As ruas tortas e fininhas vão se emendando e levando a gente até as praças da cidade. Andando para lá e para cá, a mamãe viu a rena mais diferente de todas. Era dentuça e tinha os olhos esbugalhados. Que engraçada, o Joaquim ia adorar!
    Comidinhas e bebidinhas para esquentar
    O mercado que a mamãe visitou ficava espalhado na praça principal de Regensburg. Os adultos comiam e bebiam, enquanto as crianças rodavam nos carrosséis. E como rodavam! Eram dois carrosséis, um vermelho e outro amarelo. O amarelo girava muito, muito, rápido. As crianças gritavam de alegria e pediam outra volta.
    Gira, gira, gira
    No friozinho, vendo o carrossel maluco rodando e ouvindo a gritaria, a mamãe se lembrou da gargalhada gostosa do Joaquim. Ela se divertiu um bocado naquela tarde e, quando se deu conta, já estava rindo também.
    Um Natal feliz, pessoal!
    §§§
    • Onde: Neupfarrplatz
    • Site: ­christkindlmarkt­-­regensburg.­de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    3º capítulo

    O Natal com neve

    A mamãe do Joaquim se apaixonou por Viena. Nessa cidade, ela viu seu segundo mercado de Natal. Viena fica na Áustria, um país que já foi o miolinho de um reino enorme. Na verdade, era um império, que é como um reino bem grandão. No lugar do rei, tem o imperador para mandar num monte de gente.

    Esse império era muito rico, e as pessoas gostavam de construir casas e estátuas bonitas. Assim, os prédios de Viena têm tantos detalhes que parecem bolos confeitados. Por falar em doces, lá as tortas de verdade são deliciosas! Por isso, a mamãe do Joaquim chegou de barriguinha cheia ao mercado de Natal de Viena e nem reparou muito nas guloseimas.

    Viena tem tantos mercados de Natal que a mamãe teve de escolher um para ver. Ela foi visitar um bem na frente do prédio da prefeitura. Esse mercado tem as ruas arrumadinhas, como se fossem linhas desenhadas em cima de uma larga praça.

    Alto e brilhante

    Na pontinha das linhas está o prédio da prefeitura. A mamãe do Joaquim teve de entortar o pescoço todo para trás para alcançar com os olhos o topo da torre. Como era alto e brilhante o prédio da prefeitura!

    No mercado de Viena, tudo brilhava. Não eram só as luzes da decoração. Nas barraquinhas, senhoras vendiam bolinhas douradas, de todos os tamanhos. Lado a lado, elas formavam um borrão da cor do ouro.

    Embaixo do prédio da prefeitura, ficava outra rua de barraquinhas e também uma árvore cheia de corações vermelhos. A mamãe parou um pouquinho ali para ver o mercado todo. O prédio brilhante, as barraquinhas, a árvore de corações… Era lindo!

    De repente, começou a tocar uma delicada música e floquinhos de gelo caíram do céu. A mamãe imaginou como o Joaquim ficaria encantado de ver tudo aquilo, e chorou de mansinho. Não, ela não estava triste. Nem sempre quando a gente chora está triste. Ela estava feliz. Feliz por viajar com aqueles corações, levinha como um floco de neve, para junto do Joaquim.

    É só girar a manivela

    A mamãe do Joaquim passou o restinho da tarde vendo enfeites de Natal. Eram tantos, e tão fofos! Numa barraquinha, rodas-gigantes e trenzinhos se mexiam enquanto canções natalinas tocavam. Em outra, estavam montanhas de caixinhas de música porque Viena é conhecida como a cidade da música.

    Upa, cavalinho!

    Sonhando em arrumar a casa para o Natal com o Joaquim, a mamãe comprou um carrossel verde e também levou um Papai Noel sentado num trenó. Tudo para trazer na mala um pouquinho daquele momento especial.

    E ela conseguiu. Hoje, longe de Viena, no Natal do Joaquim, Papai Noel faz a mágica de nevar pertinho do Pão de Açúcar. Parece até coisa de cinema.

    Floquinhos pelo ar

    §§§

    Endereço: Rathausplatz (praça da prefeitura)

    Site: christkindlmarkt.at

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  • Mercados de Natal na Europa: Budapeste

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    2º capítulo
    O maravilhoso mundo do Natal
    A primeira cidade que a mamãe do Joaquim visitou tem um nome engraçado, meio tranquilo, meio danado. É que lá tem um rio, o Danúbio, que divide a cidade em dois pedacinhos, o Buda e a Peste. Aí alguém resolveu juntar tudo e chamar a cidade de Budapeste.
    Foi lá que ela viu pela primeira vez um mercado de Natal. Numa rua que não passava carro, havia um monte de barraquinhas de madeira. A mamãe do Joaquim ficou impressionada com os enfeites. Muitos tinham sido feitos à mão pelos artistas da Hungria, o país onde fica aquela cidade bonita, a tal da Budapeste.

    Uma barraquinha atrás da outra

    E os presentinhos? A mamãe tinha vontade de levar cada coisa para o Joaquim. Não que ele fosse ganhar tudo aquilo, nem cabia dentro da casa dele. O que a mamãe queria mesmo era poder transportar o Joaquim para aquele maravilhoso mundo do Natal.

    O J do Joaquim

    Foi quando ela viu uma barraquinha de brinquedos de madeira, cada um mais divertido que o outro. Leõezinhos, árvores e letrinhas eram como quebra-cabeças. O moço que fabricava os brinquedos queria que as crianças pudessem montar e desmontar as formas. Ele era muito criativo! Inventava letrinhas com desenhos dentro. A mamãe não resistiu e comprou o J com o palhacinho para o Joaquim.

    Que fofura…

    Numa outra barraquinha, tinha um doce grandão. A moça fazia uma minhoca de massinha e enroscava grudadinha num tubo. Depois, ela cobria de açúcar e botava para assar numa churrasqueira. O nome desse doce é kürtőskalács. Uma palavra esquisita. Mas isso era só o começo. Os nomes na Terra de Reis e Rainhas enrolaram a língua da mamãe do Joaquim muitas vezes.

    Primeiro, se enrosca a minhoca

    Depois, se põe para assar

    O mercado de Natal terminava (ou será que começava?) numa praça. Uma árvore de Natal gorducha, com fios e mais fios de luzinhas azuis, deixava ainda mais bonito o karácsonyi vásár. Era assim que as pessoas de lá chamavam o mercado de Natal. Eu não disse que as palavras ali enrolavam a língua?

    A árvore azul

    Lanchinho da tarde

    Nas mesinhas da praça, as pessoas provavam as delícias de Natal, aquecidas por gorros e casacos, alguns pareciam espaciais, como roupas de astronauta. Enquanto isso, do outro lado da praça, os músicos tocavam músicas natalinas e todos aproveitavam felizes aquela encantada tarde de domingo em Budapeste.

    Biscoitinhos: doces e lindos

    §§§
    • Onde: Váci Utca (rua de pedestres) e Vörösmarty Tér (praça no Centro de Budapeste)
    • Site: budapestinfo.hu

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

     

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