Categoria: Rio de Janeiro

  • Cenas cariocas

    O chinelo com livre acesso, a informalidade, a fala chiada. A cultura de botequim, o filé à francesa, os petiscos, a cerveja estupidamente gelada. Os táxis amarelos, o asfalto escaldante, o ar-condicionado cortante. A Lapa, os arcos, os casarões recuperados, a música. O Réveillon, o Carnaval, a Sapucaí, os blocos. O samba, o partideiro, a senhora que não espera par e se levanta.

    O subúrbio, o Maracanã, as ruas da Zona Sul velha, os vendedores com carrocinha. A Lagoa, o mar, a reverência antes de entrar na água sem choque térmico. A canga, o mate gelado, o biscoito Globo, o pôr-do-sol no Leblon com o Morro Dois Irmãos. O Jardim Botânico, as Paineiras, a fauna e a flora que se impõem entre o concreto. O Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, os pontos turísticos, os turistas, os cariocas.

     

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

     

    Reveillon de Copacabana 2012, Rio de Janeiro

     

  • Réveillon de Copacabana, no Rio: aquilo é que são fogos!

    Réveillon de Copacabana, no Rio: aquilo é que são fogos!

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    ABAIXO VEJA GALERIA DE FOTOS E NESTE LINK O VÍDEO DOS FOGOS

    A ida para o Réveillon de Copacabana, no Rio, funcionou bem com a compra de bilhetes de Metrô antecipada. Os vagões estavam bem cheios, mas já me espremi mais no rush em São Paulo. Na saída na estação Siqueira Campos, a massa assustava quem não está acostumado a eventos com sucesso de público.

    E sucesso definitivamente é o caso do Réveillon de Copa. Sempre lotou. Mas na areia se arruma sem tanto aperto um lugar para ver o espetáculo. Aquele é de fato um espetáculo. Já fui 4 vezes a essa festa, a última havia sido exatos 10 anos atrás, na estreia das balsas de fogos no mar. Os organizadores ainda estavam tentando entender como iriam fazer o show causar a mesma impressão de quando era feito a partir da areia. Eu tinha ido no ano anterior, o último no modelo antigo, e foi bem frustrante ver como havia ficado. Ao longo da década, descobriram o segredo. É maravilhosa a sensação de ver os fogos ‘caírem em cima da gente’, como numa bênção para o recomeço de tudo outra vez.

    Esse foi o ano em que os fogos foram mais bonitos entre todos os 31 de dezembro que passei em Copacabana. A sequência de 16 minutos dançou com a música em evoluções de estrelinhas, explosões de bolas em cores, corações, cobrinhas prateadas. Uma linda maneira de começar 2012. Feliz ano novo!

    CLIQUE NUMA FOTO PARA VER A GALERIA COM IMAGENS MAIORES:

  • Ponte aérea Rio-São Paulo: a melhor vista

    Ponte aérea Rio-São Paulo: a melhor vista

    Como escolher seu lugar no avião para ter a melhor vista nos voos da ponte aérea entre São Paulo (Congonhas) e Rio (Santos Dumont). Gosto de voar na janelinha e, depois de quase 20 anos fazendo esse trajeto, dou minha dica do lado da aeronave para aproveitar a paisagem

    ATUALIZADO EM 21 DE MARÇO DE 2017

    Reservo o lugar no voo pela internet para não correr o risco de chegar ao aeroporto e só achar assento no meio ou no corredor. Gosto de ir na janelinha, sempre gostei. Na ponte aérea, voo entre os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), procuro sempre o lado do avião com a melhor vista da paisagem. Gosto de ver as cidades de cima, dizer ‘tchau’ e ‘oi’ mentalmente. Me despedir ou me reencontrar com lugares queridos. Para mim, cidades são como pessoas.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Depois de quase 20 anos pegando a ponte aérea (sou do Rio e moro em São Paulo), tenho minhas preferências. Na ida, da capital paulista para a minha cidade natal, escolho uma janela do lado esquerdo do avião. Não me preocupo, no entanto, se apenas o lado contrário estiver disponível. Embora esta foto acima e algumas das imagens abaixo só tenham sido possíveis exatamente porque eu estava sentada à esquerda. O piloto sobrevoou o Aterro do Flamengo e contornou a Enseada de Botafogo para descer no Aeroporto Santos Dumont no sentido zona sul-Centro — leia sobre o VLT Rio, a nova opção para sair e chegar do aeroporto.

    Torço para pegar essa rota toda vez em que vou para o Rio, pois às vezes o avião chega à pista na direção oposta, passando por cima da Ponte Rio-Niterói. Até achei interessante esse trajeto uma vez. Passei tão perto da ponte que parecia que os carrinhos iam voar com o deslocamento de ar. Fiquei imaginando que o piloto deve fazer esse percurso de carro e resolveu acompanhar o movimento da ponte bem de pertinho.

    O leitor Yury me perguntou aqui nos comentários se a rota da ponte aérea São Paulo-Rio não está mais sendo feita pela zona sul. A dúvida me deixou intrigada porque, de fato, nas 2 últimas viagens aéreas que fizemos ao Rio (julho de 2016 e fevereiro de 2017), o avião foi pelo litoral até a zona oeste, passou por cima do Parque Olímpico e depois entrou no sentido da zona norte. Nós estávamos sentados do lado direito da aeronave, o que tinha disponível para irmos os 3 juntos. Pela janela, vimos o Estádio do Engenhão, a Baía de Guanabara, o Museu do Amanhã na Praça Mauá e a Ilha Fiscal, antes de descer no Santos Dumont. Não sei se os aviões da ponte aérea não fazem mais a rota pela zona sul, mas já procurei saber. Assim que tiver a resposta, acrescento no texto.

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    Na volta, as praias do Rio na janela

    Seja como for, na volta do Rio, para decolar do Santos Dumont, a janela tem de ser à direita do avião. Dentre as tantas coisas ditas imperdíveis em reportagens de viagem, rever o Rio do alto é certamente uma delas. Acompanho as curvas e revivo a cidade lá do alto, em praias, montanhas e cartões-postais.

    A Baía de Guanabara com o Cristo Redentor atrás, o bairro da Urca com o Pão de Açúcar de um ângulo incrível (com o Corcovado ao fundo). Depois o litoral: Copacabana, Arpoador, Ilhas Cagarras, Ipanema e Leblon (à frente da Lagoa), Morro Dois Irmãos, São Conrado, Barra, Recreio e o filete de terra da Restinga da Marambaia. É uma vista imbatível, que deixa saudade. Minha linda cidade, até breve.


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  • Para ver o Rio de bicicleta

    Para ver o Rio de bicicleta

    Percorrer o lindo visual do Rio de bicicleta. Essa é a proposta tentadora do Bike Rio, projeto da Prefeitura. As 60 estações, com 600 bicicletas, estão espalhadas pelo Centro e por bairros da Zona Sul (Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Urca e Flamengo).

    VALE SABER

    Funcionamento: Todos os dias, das 6 horas à meia-noite

    Preço: Existem duas opções de passe: diário (a R$ 5) e mensal (por R$ 10). Para usar as bicicletas do projeto por um mês, é preciso se cadastrar no site do programa. Já no passe diário, basta ir a uma das estações (no site um mapa mostra as que estão funcionando). Os passes dão direito a ilimitadas viagens de até 60 minutos (com intervalo mínimo de 15 minutos entre elas). Se o deslocamento durar mais do que isso, é cobrado o valor de R$ 5 por hora

    Dicas: No cadastro para o passe mensal, o usuário informa pelo site os dados do cartão de crédito. Para comprar o diário, deve telefonar do celular para 4003-6054 para passar as informações do cartão de crédito. Depois, na retirada da bike, liga para o mesmo telefone e digita os números da estação e da posição da bicicleta. Uma luz verde se acende confirmando a operação e liberando a magrela do Bike Rio

    Site: mobilicidade.com.br/bikerio.asp

  • Menu a preço fixo em várias cidades, na Restaurant Week Brasil

    Menu a preço fixo em várias cidades, na Restaurant Week Brasil

    São Paulo, Rio de Janeiro e outras 13 cidades realizam a Restaurant Week Brasil, com o melhor da gastronomia em menu a preço fixo. Evento tem uma data diferente para cada lugar onde é realizado; confira o calendário

    ATUALIZADO EM 15 DE ABRIL DE 2018

    Evento gastronômico que oferece menu a preço fixo, a Restaurant Week se espalhou pelo Brasil. Realizado em até 15 cidades, tem uma data para cada lugar onde ocorre. O cardápio dos restaurantes inclui entrada, prato principal e sobremesa.

    Algumas das cidades que fazem sua edição da Restaurant Week são São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador. São Paulo e Rio de Janeiro, além da edição tradicional, costumam ter também uma versão Premium do evento, com restaurantes que cobram um valor mais alto. Em todas as cidades os preços não incluem bebidas nem os 10% sobre o valor total da conta.

    Em 2018, o tema do evento é a Copa do Mundo, com as 32 seleções que vão disputar o torneio na Rússia servindo de inspiração para os chefs montarem seus menus a partir de ingredientes dos países participantes do mundial.

    No site do evento, são atualizadas as datas das edições por lugar. É possível clicar em cada cidade e verificar os restaurantes participantes da Restaurant Week.

    Foto: Divulgação
    Foto: Divulgação

     

    VALE SABER

     

    São Paulo (22ª edição)

    Data: Até 22 de abril

    Restaurantes: cerca de 200

    Preços Menu Week: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90

    Preços Menu Premium: Almoço desde R$ 68 e jantar a partir de R$ 89 (ambos, mediante reservas)

     

    Curitiba (17ª edição)

    Data: De 19 de abril a 12 de maio

    Restaurantes: 35

    Preços: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90

     

    Site: restaurantweek.com.br

  • Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    Tarsila do Amaral, no Rio, em Buenos Aires e em SP

    TELA ‘SÃO PAULO’, NA PINACOTECA – Foto: Divulgação

    Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, no interior paulista, em 1º de setembro de 1886. Eu adoro a pintora e suas obras. A São Paulo da década de 1920, os modernistas, mulheres incríveis como Tarsila, Anita Malfatti e Pagu, tudo sempre esteve muito presente na minha vida de adolescente, mesmo vivendo eu no Rio nesse período.

    Para quem quer revisitar a artista, que morreu em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973, a melhor forma é mesmo admirando seus quadros. Vão aqui algumas sugestões para conhecer mais sobre ela:


    Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires – Malba (Buenos Aires)

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    ‘ABAPORU’ – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Aqui está o mais famoso quadro da pintora, o Abaporu. Fiquei emocionada quando me vi diante dele no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. O Abaporu não é apenas uma tela linda, é carregada de significados, como símbolo que é do Movimento Antropofágico. Uns 10 anos depois, tive a felicidade de apreciá-la novamente, emprestada ao Museu de Arte do Rio — leia aqui sobre o MAR. Estava com meu filho, Joaquim, e tirei essa foto. Foi lindo poder mostrar a ele essa obra. Aos 6 anos, ele gostou de ver a pintura que já conhecia por fotos e reproduções em livros.

    Tarsila fez o quadro em 1928 para dar de presente a Oswald de Andrade, seu marido na época. Eduardo Costantini, o fundador do Malba, comprou a obra em 1995 num leilão da Sotheby’s em Nova York. Costantini abriu o museu em Buenos Aires seis anos depois e, desde então, a tela está exposta nele.

    Foto: Malba/Divulgação

    Museu de Arte Moderna – MAM (Rio de Janeiro)

    Em 1969, a exposição Tarsila — 50 Anos de Pintura foi apresentada no MAM-Rio. Atualmente o museu expõe uma de suas mais marcantes obras. Dentro da Coleção Gilberto Chateaubriand, o acervo inclui Urutu, tela de 1928.


    Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro)

    O quadro Auto-Retrato ou Le Manteau Rouge, de 1923, está no acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Fique atento ao noticiário para saber quando vai poder ver a obra, atualmente a instituição está fechada por causa da greve dos funcionários do Ministério da Cultura. A dois quarteirões dali, ainda na Avenida Rio Branco (na época conhecida como Avenida Central), Tarsila fez sua primeira exposição individual no Brasil. Infelizmente não é possível ver o lugar onde ela ocorreu já que o Hotel Palace foi demolido, nos anos 50, para dar lugar ao feioso Edifício Marquês do Herval, na esquina com a Avenida Almirante Barroso.


    Pinacoteca do Estado (São Paulo)

    Tarsila foi diretora da Pinacoteca como diretora até a queda de Júlio Prestes em 1930. A instutição tem 84 obras da pintora, entre elas, vários grafites sobre o papel. No acervo também, a tela São Paulo, de 1924.


    Museu de Arte de São Paulo – Masp (São Paulo)

    MASP - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
    MASP – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Em 1950, Tarsila ganhou uma exposição retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo, quando ele ainda funcionava num edifício no Centro da cidade. No ano seguinte, a artista participou da I Bienal de São Paulo, realizada num pavilhão na Belvedere Trianon. Era um espaço aberto em frente ao Parque Trianon, onde depois foi construída a atual sede do Masp. Atualmente Tarsila está entre os artistas cujas obras compõem a exposição Papéis Brasileiros: Gravura 1910-2008 – Coleção Masp, em cartaz até 2 de outubro no museu na Avenida Paulista.

     


    Palácio das Indústrias (São Paulo)

    Foto: B. Dias/Divulgação

    O prédio serviu de sede da Prefeitura de São Paulo depois de receber o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e departamentos do Instituto Médico Legal. Mas, quando concebido no início do século 20 pelo Escritório Ramos de Azevedo, era para ser espaço de exposições. Tarsila mostrou sua obra por lá, em 1922.

    Desde 2009, após restauração, a construção abriga o Catavento Cultural, com experiências científicas. Meu filho de 7 anos adora esse lugar — é ótimo programa para crianças — e o edifício ainda é lindo. Além de passar ali perto de vez em quando, me lembro de ficar boba com a beleza da arquitetura quando trabalhava como repórter cobrindo Prefeitura pelo Jornal da Tarde. E minha primeira entrevista em São Paulo também foi lá, com o antigo prefeito Celso Pitta, numa coletiva feita com os trainees da Folha (na época eu era um deles).

  • No Rio, o verão no inverno

    No Rio, o verão no inverno

    Fotos: Nathalia Molina

    O tempo anda tão maluco que virou loteria planejar uns dias de folga na praia. Quando estivemos no Rio em novembro, mês tradicionalmente quente, não conseguimos pôr o pé na areia. Desta vez, nada do chuvoso inverno carioca. O calorzinho até deu coragem de se molhar no congelante mar do Leblon. Eu adoro me sentar diante do mar só para ver as ondas quebrando, me dá uma paz… Mas acabo não resistindo a toda aquela água e molho nem que sejam as pernas. Pelo visto, meu filho de 2 anos vai pelo mesmo caminho. Vamos à praia, ele dizia com os pés sobre a areia, apontando para o mar. Joaquim, nós estamos na praia. Não vale. Para ele, praia é mar.

    Foi um delicioso dia de verão fora de época, fechado com aquele cansaço bom que bate depois do banho após uma ida à praia. Ainda mais considerando que, antes de ver o mar, fomos ao Bracarense e comemos um bobó de camarão. Às quartas, na hora do almoço, o prato bem farto no crustáceo sai a 30 reais para duas pessoas. Difícil foi fazer o revezamento cadeira-ondas durante a digestão.

  • Passeio de graça no Rio

    Fotos: Divulgação

    Reproduzo aqui a sugestão de programa da minha amiga Roberta Carvalho, que sempre divulga os Roteiros Geográficos do Rio. A iniciativa é do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

    Com circuitos de dia e à noite, o projeto é uma ótima pedida para turistas e cariocas que se interessem por geografia, história, arquitetura e artes. Os roteiros são gratuitos e mostram bairros como Centro, Flamengo e Copabacana.
     
    Leia mais sobre o Rio em: melhores destinos pelo Tripadvisor
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