Categoria: Destinos na Europa

Melhores destinos na Europa com dicas de viagem de cidades e regiões, sobre pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    Parque Güell (Barcelona): Gaudí e sua genialidade em obra-prima

    O Parque Güell é um dos lugares mais visitados de Barcelona, cidade que tem na genialidade de Antoni Gaudí a expressão máxima da arquitetura modernista. Primeiramente, a obra impressiona pelo uso de materiais de modo excepcional e pela harmonia da construção com a natureza. Fiquei passada (impossível não ficar) com todas as criações de Gaudí em Barcelona, como a Basílica da Sagrada Família e a Casa Batlló, entre outras. Estão entre as grandes atrações turísticas do mundo, caso dos Museus do Vaticano (colados em Roma) e da Estátua da Liberdade (em Nova York).

    Mas, entre todas as obras de Gaudí, o Parque Güell foi especial para mim. Imaginar que, na virada do século 19 para o 20, o arquiteto catalão já executava projetos pensando em reaproveitamento de água, como na praça principal do parque. E, principalmente, por causa da beleza dos mosaicos e das linhas das construções, que permanecem bem vivos na minha memória depois tantos anos. Irmã de uma arquiteta, na época eu só pensava como ela iria adorar ver tudo aquilo, sem dúvida.

    Para visitar, você pode comprar o ingresso para o Parque Güel com áudio num app que você baixa no celular – disponível em 4 idiomas; não tem português. Outra opção da empresa de atividades Get Your Guide é a visita guiada ao Parque Güell com acesso sem fila. Também parceira do Como Viaja, a Civitatis tem um free tour pelo Parque Güell com 1h30 de duração e guia que fala espanhol. Para isso, você precisa já ter o ingresso comprado (€10). Já a visita guiada da Civitatis inclui o preço da entrada e oferece guia em espanhol e inglês.

    Como é o Parque Güell

    Com mais de 17 hectares, o Parque Güell em Barcelona começou a ser construído em 1900, na esteira do grande plano de desenvolvimento urbano da cidade. A obra foi um pedido de Eusebi Güell ao arquiteto Antoni Gaudí, a quem o empresário já havia confiado outros projetos. Nasceu como um parque particular antes de virar, em 1926, atração pública e ponto turístico de Barcelona. Desde 1984, ele faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

    Vista de Barcelona, a partir do parque
    Vista de Barcelona, a partir do parque

    Uma visita completa ao Parque Güel demora até 3 horas. Contudo, esse tempo vai depender do que você pretende ver, já que é fácil gastar uns bons minutos admirando e, claro, fotografando alguns trechos. Portanto, chegue cedo se quiser curtir tudo sem pressa. O parque funciona das 9h30 às 17h30. Mais do que elencar uma a uma as atrações, eu digo o que vale prestar atenção. O modo mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descer nas estações Vallcarca ou Lesseps.

    O que fazer no projeto de Gaudí

    O impacto da visita ao Parque Güell começa logo que você cruza o portão de entrada. A elegância decorativa caracaterística de Gaudí está presente mesmo nas construções de cunho funcional, como a antiga portaria. A partir daí, o que se vê é o uso singular de ferro, pedra, vidro e cerâmica, principalmente. A arquitetura de Gaudí é orgânica porque aproveita as curvas naturais de alguns desses materiais e não cede à rigidez de outros.

    Pare para ver a Sala Hipostila, cujas 86 colunas são responsáveis por conduzir a água da chuva captada da praça acima desse espaço. O volume é armazenado em um tanque subterrâneo. Se acaso estiver cheio, ele transborda o excesso pela boca do dragão da escadaria de acesso. É ali também entre os degraus que está a salamandra feita de cacos de cerâmica, um símbolo do parque.

    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí
    Mosaicos coloridos da Praça da Natureza, na obra-prima de Gaudí

    Do mesmo modo, a Praça da Natureza é outra imagem que representa o Parque Güell. Parte dela fica acima da Sala Hipostila, enquanto a outra surgiu a partir da escavação de uma rocha. O extenso banco ondulado que caracteriza a praça é todo revestido de mosaico, aspecto que marca a obra de Gaudí a partir de desenhos e formas.

    Além de estar em uma posição central no parque, a praça oferece visão panorâmica de Barcelona. Sente-se por alguns instantes e admire natureza, arquitetura e arte em harmonia.

  • 13 de junho, dia de Fernando Pessoa e Santo Antônio

    Lisboa, Portugal - Nathalia Molina @ComoViaja

    LISBOA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Para mim, é um dia especial no calendário: 13 de junho junta dois ícones, um da literatura e outro da fé. Ambos nasceram em Lisboa:  Fernando Pessoa, em 1888; e Santo Antônio, em 1191.  Não apenas o dia 13 de junho e a cidade de Lisboa unem os dois. Também o nome. Sim, antes de ser santo, Antônio chamava-se Fernando, como o poeta-mór.

    Eu amo Fernando Pessoa. Hoje ele faria 125 anos, e muitos lugares levam o viajante a revistá-lo em Lisboa. Um muito famoso é o Café A Brasileira, com uma escultura do poeta em frente, onde muita gente se senta para tirar foto. Outro é o túmulo do poeta, no claustro do Mosteiro dos Jerônimos. Foi emocionante ler trechos da obra de Fernando Pessoa e seus heterônimos. Vê se não é quase uma reza?

    Fernando Pessoa, Lisboa, Portugal - Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Se passar pelo A Brasileira, ir ao Mosteiro dos Jerônimos ou simplesmente andar pelas ruas da cidade não bastar, dá uma lida na reportagem que a Priscila Roque, do Cultuga, fez para o Saraiva Conteúdo com 10 lugares relacionados ao escritor em Lisboa. As dicas são de 3 especialistas: Jerónimo Pizarro, estudioso e um dos responsáveis pelos volumes da coleção Edição Crítica de Fernando Pessoa; Fabrizio Boscaglia, pesquisador e guia do passeio temático Lisboa com Fernando Pessoa, da Lisboa Autêntica; e João Correia Filho, autor do livro Lisboa em Pessoa.

    Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro - Foto Retirada do Site Oficial3

    CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO, NO RIO — Foto retirada do site oficial

    No Brasil, para devotos ou simpatizantes de Santo Antônio, o lugar a ser visitado é o Santuário e Convento de Santo Antônio. Fica bem no alto do Largo da Carioca, com uma vista do Centro da cidade. As filas ficam imensas todo 13 de junho, mas minha mãe, que se casou na igreja do convento, sempre vai até lá.

    Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro - Foto Retirada do Site OficialNão pelo lado casamenteiro (até porque meus pais se separam depois, mas nada a ver com o santo, né?). E minha mãe detesta as maldades que fazem com o santo nas simpatias atrás de casório (eu também acho bem nada a ver). Ela vai até o convento para buscar o pãozinho de Santo Antônio, com a fé de que ele nos guarda para que nunca nos falte comida. Por causa da minha mãe e da minha avó materna, que passou essa fé a ela, acabei eu também virando uma simpatizante do santo. Já liguei para a minha mãe pedindo meu pãozinho de Santo Antônio.

    Foto retirada do site oficial

    Com isso, 13 de junho é uma data marcante no calendário para mim, um dia de celebrar os dois Fernandos (Pessoa e o depois Antônio). Para completar minha relação com a dupla, uma curiosidade: me casei com um Fernando! Nossa história começou num dia 13 também, mas um mês depois, em 13 de julho. Depois ainda tem gente que diz que 13 não é número de sorte…

  • Guia de turismo e literatura de Paris para uma viagem cultural

    Guia de turismo e literatura de Paris para uma viagem cultural

    Um dos grandes culpados pela minha frustração em cancelar a viagem que eu faria a Paris em abril de 2013 foi um livro. Empolgadaça com os preparativos, devorei À Luz de Paris — Guia Turístico e Literário da Capital Francesa, do jornalista João Correia Filho. Claro que o pobre do livro e muito menos o autor têm nada com o cancelamento.

    Minha ideia era fazer uma viagem sem pressa, reservei 10 noites de hotel. Como a capital francesa tem tudo a ver com literatura, pedi o livro de aniversário. Queria entrar no clima dos escritores, flanar como Baudelaire. Mas tinha medo do livro ser especificamente sobre literatura, intelectual em excesso.

    Com fotos lindas, o livro traz itinerários sugeridos bairro a bairro e atrações numeradas nos mapas locais. O Guia de Sobrevivência no fim da edição inclui dicas gerais e até os golpes mais comuns contra turistas. Amei as páginas duplas com fotografias e citações como a de Marcel Proust: “A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos”.

  • Dia da Europa: acompanhe as dicas sobre o continente

    Hoje é comemorado o Dia da Europa. Para marcar a data, estou publicando posts do Como Viaja! com dicas sobre o continente. Acompanhe no twitter do Como Viaja! e na página do facebook.

    Aqui no blog no link Europa você encontra todos os posts. Se quiser um país específico, basta buscar em Por Destino no menu. Você passa o mouse em Pelo Mundo e depois em Europa para abrir o cadárpio de opções no continente.

    Positano, Costa Amalfitana, Italia, Foto Nathalia Molina www.comoviaja.com.br

    Alemão, Palavras e Frases, Alemanha e Áustria - Foto Nathalia Molina, www.comoviaja.com (2)wpid-2011-11-24-15.19.27.jpg

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  • Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    7º capítulo
    A cidade das caixinhas de música
    O coral de Frankfurt deixou a mamãe do Joaquim totalmente no clima de Natal. Mas ela nem imaginava que mais música a esperava em Rüdesheim.
    Rüdesheim é uma adorável cidadezinha, perto de Frankfurt. Lá tem um museu de caixinhas de música. Uma moça que parece uma boneca mostra as peças aos visitantes. O museu tem caixinha de música de todo jeito. Não só pequenininha. As caixinhas de música são de muitos tamanhos e formas. Tem uma que é um armário grandão!

    O armário-caixa de música e a moça-boneca

    Fofura de vitrine

    O museu fica na rua principal de Rüdesheim. Quando a mamãe do Joaquim saiu de lá, deu de cara com lojinhas que vendem caixinhas de música. Muitas eram carrosséis, que giravam enquanto a música tocava. As caixinhas das lojas não eram grandes como aquele armário do museu. Eram pequeninhas e encantadoras.

    Doce melodia

    A mamãe ficou tonta, sem saber o que comprar. Ela queria uma caixinha delicada como seu pequeno Joaquim. Depois de ver várias, a mamãe escolheu um carrossel de cavalinhos brancos, que cabe nas mãozinhas do Joaquim. Ele roda o topo do carrossel e ele dá corda.

    Fez um dia lindo

    O centrinho de Rüdesheim tem ruas pequenas e tortinhas. Mesmo a pessoa mais distraída não consegue se perder naquela cidade. As ruas vão levando a gente, vão levando. . . quando a gente vê, voltou ao ponto de onde saiu.

    Caminhada gostosa

    Cantinho verde-e-amarelo

    Nessas andanças, a mamãe do Joaquim viu uma barraquinha bem brasileira. No meio da comida alemã, lá estavam o guaraná e a bandeirinha do Brasil.
    Rüdesheim é bonita até sem decoração, mas a cidade combina muito bem com uma vila de Natal. Ficou linda com as luzes coloridas.

    Cenário pronto

    Exagerado

    Os moradores também enfeitam suas casas. Teve um que exagerou tanto que a casa ficou igual a uma loja de Natal!

    Caixinhas de música

    Em Rüdesheim, a mamãe do Joaquim se deu conta de que todos os mercados podem parecer iguais, mas não são. Como acontece com as pessoas, eles têm sempre uma coisinha que faz um diferente do outro. Em cada mercado, a mamãe aprendeu sobre uma tradição do Natal na Terra de Reis e Rainhas.
    Aquela adorável cidadezinha da Alemanha foi o último lugar da viagem. Depois, a mamãe voltou para casa, cheia de saudade e de histórias para contar para o Joaquim.

    Viva o Natal, crianças!

    §§§
    • Onde: Centro da cidade
    • Site: w-d-n.de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaTradições natalinas (mercados, candelabro e calendário)Mercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha)Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

    Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    6º capítulo
    O Natal numa casinha de boneca
    O Joaquim se mudou para uma casa perto de uma igreja que toca Ave Maria todo dia às seis da tarde. Ele gosta de ouvir e imitar o cantor. O Joaquim adora música.
    A música tem superpoderes. Ela cria um momento especial e guarda a lembrança para sempre na nossa cabeça. Isso aconteceu com a mamãe do Joaquim no mercado de Natal de Frankfurt.

    Mágico…

    Era de noite quando a mamãe entrou na pracinha do mercado de Frankfurt. Ela se apaixonou logo pelo lugar. Tudo era mágico. A mamãe foi girando o corpo, acompanhando os prédios fininhos, com fachadas quadriculadas, até formar um círculo. Ali dentro, ela se sentiu numa casinha de boneca.

    Encantado

    Dá para resistir?

    Do lado das barraquinhas, uma loja vendia os mais encantadores enfeites de Natal. A mamãe comprou uma caixinha de música com o Papai Noel para o Joaquim. Na praça, também havia um bonito carrossel de dois andares. Um coral se apresentava no palco num canto do mercado. A melodia da canção natalina embalou aquele momento de sonho da mamãe do Joaquim.

    O carrossel de dois andares

    Ela ficou ali paradinha um bom tempo. Depois continuou caminhando pelas ruas enfeitadas de Frankfurt. As barraquinhas do mercado se espalhavam por tantas ruas, que acabavam ligando aquela pracinha a uma outra maior.

    Um caminho iluminado

    De todo jeito

    Em Frankfurt, as pessoas também vendiam vinho quente, salsichas e biscoitos de coração, e mais um monte de outras comidas. Como tinha comida! O mercado de Frankfurt foi o mais variado de todos. A mamãe viu barraquinha até de nhá benta, aquele doce fofinho coberto com chocolate.

    O bolinho de batata

    O mercado tinha também um bolinho achatado, feito de batata. A gente comia o bolinho, botando num molho de maçã.

    Quanta batata!

    O Joaquim ia se lambuzar na barraquinha de batata frita. Os moradores de Frankfurt se lambuzam. As pessoas fritam quilos e mais quilos de batata para a festa.
    A mamãe gostou muito desse mercado de Natal e da cidade. De lá, ela trouxe o calendário de 24 dias e o biscoito de coração com o nome do Joaquim.
    Até hoje a mamãe se pega cantarolando a melodia do coral de Frankfurt. E não é que ontem, depois da Ave Maria, a igreja perto da casa do Joaquim tocou aquela canção natalina para o Joaquim ouvir junto com a mamãe?

    O Joaquim ia amar uma volta nesse carrinho

    §§§

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

    Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    5º capítulo
    O mercado muito, muito, antigo
    A Terra de Reis e Rainhas tem castelos. Um deles fica no centrinho da cidade de Nuremberg, no alto de uma ladeira. A mamãe do Joaquim aproveitou para visitar o castelo. Lá de cima, ela viu as casinhas e a cidade toda iluminada. Nuremberg deve ter o Natal mais brilhante do mundo!
    As ruas estavam cheias de luzes. Alguns prédios tinham as fachadas inteirinhas iluminadas. A cidade parecia um imenso Natal.

    Fachada iluminada

    O mercado de Nuremberg é o mais famoso da Alemanha, o país onde fica essa cidade. O nome dela mesmo é Nürnberg, mas é tão difícil de falar que muita gente chama só de Nuremberg.
    Quando a mamãe do Joaquim esteve lá, não conseguiu saber se ali havia mais luzes de Natal ou pessoas. A cidade lembrava um formigueiro de tanta gente andando pelas ruas.

    Luz e gente

    A mamãe se espremeu para passar entre as fileiras de barraquinhas do mercado, e parou numa que devia de ter mais de 100 enfeitinhos de árvore de Natal. Eram renas, anjos, sinos e estrelas, feitos de madeira e pintados com cores alegres. A mamãe comprou uma menininha num trenó vermelho.

    Várias formas

    Com lâmpadas no lugar das velas

    Foi em Nuremberg que a mamãe do Joaquim viu sua primeira árvore de Natal de madeira. Ela tinha vários andares, com bonequinhos. A árvore começava grande e ia afinando até chegar lá em cima, e tinha lugar para acender velas em volta dela. Essa é uma árvore de Natal bem comum na Alemanha. O calor das velas faz girar a hélice no alto e também os bonequinhos nos andares.

    Delicada

    Mas a árvore de Natal mais linda de todas era a da praça de Nuremberg, onde ficava o mercado. A árvore era dourada e toda de pontinhas para o céu, como a igreja da praça. As duas faziam uma combinação perfeita!

    Pontinhas para o céu

    Delícia!

    Como nos outros mercados que a mamãe do Joaquim conheceu, as pessoas vendiam comidas, bebidas e várias coisas miúdas. Mas, em Nuremberg, todas as barraquinhas tinham o mesmo tipo de teto, feito com lona listrada em branco e vermelho.

    De carruagem, como reis e rainhas

    Dizem que o mercado de Natal de Nuremberg é o mais antigo da Alemanha. Existe há muitos e muitos anos, desde os tempos do muro que abraça o centrinho da cidade. Ele foi construído para proteger Nuremberg numa época beeem distante, antes até do castelo no alto do monte.

    Tudo de um tempo bem distante

    §§§

    Leia mais sobre Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Regensburg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    4º capítulo
    As salsichas e o carrossel maluco
    O mercado de Natal de Regensburg foi o mais divertido que a mamãe do Joaquim visitou. Regensburg é uma cidadezinha da Alemanha, um país onde o que não falta é mercado de Natal!
    A mamãe ficou emocionada de ter ido lá porque, no trabalho dela, já tinha lido histórias e visto fotos de mercados de Natal na Alemanha, mas nunca tinha visitado nenhum. Lá, as pessoas se importam bastante com o Natal. É bonito ver como se preparam para a festa como em nenhum outro lugar.

    Muita luz e muita gente

    A plaquinha do vinho

    Nas barraquinhas dos mercados de Natal da Alemanha, as pessoas vendem uma porção de coisas. Mas tem uma que tem sempre: o vinho quente, preparado com canela. O nome dele é glühwein. Olha aí outra palavra que enrola a língua. Os adultos levam sua caneca de casa ou compram uma no mercado para tomar o glüwein. Aí vão esvaziando e enchendo de novo com o vinho.

    Que gostosura

    As pessoas também vendem biscoitos, enfeites e até salsichas! Foi no mercado de Regensburg que a mamãe do Joaquim provou a salsicha caseira mais gostosa que experimentou na Alemanha. A família que fazia e vendia a salsicha era muito animada. Acho que aquela felicidade passava para o gosto da salsicha por que ela tinha um temperinho delicioso.

    Humm…

    A rua mais fininha de todas

    Regensburg é um lugar muito fofo. As ruas tortas e fininhas vão se emendando e levando a gente até as praças da cidade. Andando para lá e para cá, a mamãe viu a rena mais diferente de todas. Era dentuça e tinha os olhos esbugalhados. Que engraçada, o Joaquim ia adorar!

    Comidinhas e bebidinhas para esquentar

    O mercado que a mamãe visitou ficava espalhado na praça principal de Regensburg. Os adultos comiam e bebiam, enquanto as crianças rodavam nos carrosséis. E como rodavam! Eram dois carrosséis, um vermelho e outro amarelo. O amarelo girava muito, muito, rápido. As crianças gritavam de alegria e pediam outra volta.

    Gira, gira, gira

    No friozinho, vendo o carrossel maluco rodando e ouvindo a gritaria, a mamãe se lembrou da gargalhada gostosa do Joaquim. Ela se divertiu um bocado naquela tarde e, quando se deu conta, já estava rindo também.

    Um Natal feliz, pessoal!

    §§§
    • Onde: Neupfarrplatz
    • Site: ­christkindlmarkt­-­regensburg.­de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    3º capítulo

    O Natal com neve

    A mamãe do Joaquim se apaixonou por Viena. Nessa cidade, ela viu seu segundo mercado de Natal. Viena fica na Áustria, um país que já foi o miolinho de um reino enorme. Na verdade, era um império, que é como um reino bem grandão. No lugar do rei, tem o imperador para mandar num monte de gente.

    Esse império era muito rico, e as pessoas gostavam de construir casas e estátuas bonitas. Assim, os prédios de Viena têm tantos detalhes que parecem bolos confeitados. Por falar em doces, lá as tortas de verdade são deliciosas! Por isso, a mamãe do Joaquim chegou de barriguinha cheia ao mercado de Natal de Viena e nem reparou muito nas guloseimas.

    Viena tem tantos mercados de Natal que a mamãe teve de escolher um para ver. Ela foi visitar um bem na frente do prédio da prefeitura. Esse mercado tem as ruas arrumadinhas, como se fossem linhas desenhadas em cima de uma larga praça.

    Alto e brilhante

    Na pontinha das linhas está o prédio da prefeitura. A mamãe do Joaquim teve de entortar o pescoço todo para trás para alcançar com os olhos o topo da torre. Como era alto e brilhante o prédio da prefeitura!

    No mercado de Viena, tudo brilhava. Não eram só as luzes da decoração. Nas barraquinhas, senhoras vendiam bolinhas douradas, de todos os tamanhos. Lado a lado, elas formavam um borrão da cor do ouro.

    Embaixo do prédio da prefeitura, ficava outra rua de barraquinhas e também uma árvore cheia de corações vermelhos. A mamãe parou um pouquinho ali para ver o mercado todo. O prédio brilhante, as barraquinhas, a árvore de corações… Era lindo!

    De repente, começou a tocar uma delicada música e floquinhos de gelo caíram do céu. A mamãe imaginou como o Joaquim ficaria encantado de ver tudo aquilo, e chorou de mansinho. Não, ela não estava triste. Nem sempre quando a gente chora está triste. Ela estava feliz. Feliz por viajar com aqueles corações, levinha como um floco de neve, para junto do Joaquim.

    É só girar a manivela

    A mamãe do Joaquim passou o restinho da tarde vendo enfeites de Natal. Eram tantos, e tão fofos! Numa barraquinha, rodas-gigantes e trenzinhos se mexiam enquanto canções natalinas tocavam. Em outra, estavam montanhas de caixinhas de música porque Viena é conhecida como a cidade da música.

    Upa, cavalinho!

    Sonhando em arrumar a casa para o Natal com o Joaquim, a mamãe comprou um carrossel verde e também levou um Papai Noel sentado num trenó. Tudo para trazer na mala um pouquinho daquele momento especial.

    E ela conseguiu. Hoje, longe de Viena, no Natal do Joaquim, Papai Noel faz a mágica de nevar pertinho do Pão de Açúcar. Parece até coisa de cinema.

    Floquinhos pelo ar

    §§§

    Endereço: Rathausplatz (praça da prefeitura)

    Site: christkindlmarkt.at

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  • Mercados de Natal na Europa: Budapeste

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    2º capítulo
    O maravilhoso mundo do Natal
    A primeira cidade que a mamãe do Joaquim visitou tem um nome engraçado, meio tranquilo, meio danado. É que lá tem um rio, o Danúbio, que divide a cidade em dois pedacinhos, o Buda e a Peste. Aí alguém resolveu juntar tudo e chamar a cidade de Budapeste.
    Foi lá que ela viu pela primeira vez um mercado de Natal. Numa rua que não passava carro, havia um monte de barraquinhas de madeira. A mamãe do Joaquim ficou impressionada com os enfeites. Muitos tinham sido feitos à mão pelos artistas da Hungria, o país onde fica aquela cidade bonita, a tal da Budapeste.

    Uma barraquinha atrás da outra

    E os presentinhos? A mamãe tinha vontade de levar cada coisa para o Joaquim. Não que ele fosse ganhar tudo aquilo, nem cabia dentro da casa dele. O que a mamãe queria mesmo era poder transportar o Joaquim para aquele maravilhoso mundo do Natal.

    O J do Joaquim

    Foi quando ela viu uma barraquinha de brinquedos de madeira, cada um mais divertido que o outro. Leõezinhos, árvores e letrinhas eram como quebra-cabeças. O moço que fabricava os brinquedos queria que as crianças pudessem montar e desmontar as formas. Ele era muito criativo! Inventava letrinhas com desenhos dentro. A mamãe não resistiu e comprou o J com o palhacinho para o Joaquim.

    Que fofura…

    Numa outra barraquinha, tinha um doce grandão. A moça fazia uma minhoca de massinha e enroscava grudadinha num tubo. Depois, ela cobria de açúcar e botava para assar numa churrasqueira. O nome desse doce é kürtőskalács. Uma palavra esquisita. Mas isso era só o começo. Os nomes na Terra de Reis e Rainhas enrolaram a língua da mamãe do Joaquim muitas vezes.

    Primeiro, se enrosca a minhoca

    Depois, se põe para assar

    O mercado de Natal terminava (ou será que começava?) numa praça. Uma árvore de Natal gorducha, com fios e mais fios de luzinhas azuis, deixava ainda mais bonito o karácsonyi vásár. Era assim que as pessoas de lá chamavam o mercado de Natal. Eu não disse que as palavras ali enrolavam a língua?

    A árvore azul

    Lanchinho da tarde

    Nas mesinhas da praça, as pessoas provavam as delícias de Natal, aquecidas por gorros e casacos, alguns pareciam espaciais, como roupas de astronauta. Enquanto isso, do outro lado da praça, os músicos tocavam músicas natalinas e todos aproveitavam felizes aquela encantada tarde de domingo em Budapeste.

    Biscoitinhos: doces e lindos

    §§§
    • Onde: Váci Utca (rua de pedestres) e Vörösmarty Tér (praça no Centro de Budapeste)
    • Site: budapestinfo.hu

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