Categoria: Destinos na Europa

Melhores destinos na Europa com dicas de viagem de cidades e regiões, sobre pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • Uma viagem encantada pelo Natal na Europa

    Uma viagem encantada pelo Natal na Europa

    Conheci mercados e tradições de Natal na Europa e me encantei com o que vi na viagem a cidades da Alemanha, em Budapeste e em Viena. Que época especial para uma visita em família!

    ATUALIZADO EM 30 DE NOVEMBRO DE 2017

    Quando vi neve pela primeira vez, eu tinha 5 anos. Estava em Bariloche com meus pais e nevou tanto que, no trecho entre a Argentina e o Chile, o ônibus da excursão atolou. Na estação de esqui, não consegui convencer meus pais a esquiar. Eles pediram o esqui emprestado a alguém para que eu tirasse uma foto.

    Com 21 anos, eu morava em Nova York e peguei uma nevasca daquelas em que as calçadas ganham muretas com o gelo empurrado pelos tratores durante a limpeza das ruas. A neve era tanta que a escadaria perto do apartamento virou uma rampa. Eu me diverti enterrando a perna até o joelho.

    Mas, de todas as vezes, a que mais me emocionei foi aos 40 anos, em 2011. Fiquei tão encantada que os colegas de viagem não puderam entender tamanho entusiasmo e tiraram a maior onda com a minha cara ao me ouvir dizer “Neve!”. Eu não vi neve, eram apenas flocos no céu de Viena. Não importava. Nunca o gelinho flutuando pelo ar fez tanto sentido e foi tão adequado ao momento. Tive vontade de chorar de emoção. Me lembrei do meu filho, na época com 2 anos. Acho que me senti assim, pequenininha, criança.

    O NATAL QUE DURA MAIS DE 1 MÊS – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    QUE SONHO…

    Pensei em como o Joaquim ama Natal, em como ele ficaria feliz de estar ali. Em como eu ficaria feliz de estar ali com ele e com meu marido. Além do encantamento com o Natal, aquela era uma viagem-prêmio — leia mais em Como Viaja ganha prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Para mim, diferente de todas as outras que eu havia feito. E eles tinham tudo a ver com aquela realização.

    Era um fim de tarde escuro de novembro, o que só aumentava o brilho do mercado de Viena. Eu vinha de Budapeste, onde no dia anterior tinha visto meu primeiro mercado de Natal. Até então, como jornalista da área de turismo, só conhecia textos e fotos de divulgação sobre esses eventos na Europa. Em Budapeste, as barraquinhas apresentavam brinquedos e presentes originais, no entanto, nada que se comparasse com a ambientação do que eu via naquele momento em Viena. A música, os corações vermelhos pendurados nas árvores naturais, enfeites multicoloridos à venda e, como pano de fundo, o suntuoso prédio da prefeitura iluminado.

    É LINDO VER ESSE PRÉDIO ILUMINADO!

    Eu estava mesmo na Terra de Reis e Rainhas, maneira como expliquei ao meu filhote sobre os lugares que iria visitar naquela viagem (Hungria, Eslováquia, Áustria, República Tcheca e Alemanha). Sei lá como saiu isso, foi intuitivo, uma mistura de Império Austro-Húngaro com a Alemanha dos irmãos Grimm. Juntei tudo num reinado de fantasia, que meu filho entendeu muito bem e que casou perfeitamente com o espírito natalino. Por isso, é para o Joaquim que escrevi O Natal na Terra de Reis e Rainhas, apresentando mercados e tradições na Europa do jeitinho das histórias que eu invento para ele à noite, antes de dormir. Porque, no fim, ainda me sinto assim, pequenininha, criança.

    BRILHA, BRILHA, ESTRELINHA

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    1º capítulo: Os mercados, o candelabro e o calendário
    2º capítulo: O mundo encantado do Natal (mercado de Budapeste, na Hungria)
    3º capítulo: O Natal com neve (mercado de Viena, na Áustria)
    4º capítulo: As salsichas e o carrossel maluco (mercado de Regensburg, na Alemanha)
    5º capítulo: O mercado muito, muito, antigo (mercado de Nuremberg, na Alemanha)
    6º capítulo: O Natal numa casinha de boneca (mercado de Frankfurt, na Alemanha)
    7º capítulo: A cidade das caixinhas de música (mercado de Rüdesheim, na Alemanha)

     

  • Natal na Europa: os mercados, o candelabro e o calendário

    Natal na Europa: os mercados, o candelabro e o calendário

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    1º capítulo
    Os mercados, o candelabro e o calendário
    Essa história começa assim, ela é sobre o Joaquim.
    O Joaquim é um menino bonito que ama Natal. Ele adora os enfeites, as luzes, o Papai Noel e tudo de mágico que traz o Natal. A mamãe do Joaquim foi viajar para a Terra de Reis e Rainhas, bem pertinho do Natal, e lá viu muitas cidades enfeitadas e vários mercados. É que na Terra de Reis e Rainhas as pessoas amam Natal, como o Joaquim.
    As crianças adoram os mercados!
    Antes mesmo de chegar o dia 24 de dezembro, os moradores desse reino já vivem num Natal encantado. Em novembro, eles enfeitam as cidades e montam mercados cheios de barraquinhas. Nelas, as pessoas vendem comidas e bebidas bem quentinhas porque na Terra de Reis e Rainhas faz um frio de rachar!
    Luz, muita luz, nos prédios e nas ruas
    Caneca de vinho quente
    Os adultos bebem um vinho quente que vem numa caneca e comem um cachorro-quente com uma salsicha comprida e magrela. As crianças adoram os biscoitos de coração. Eles têm desenhos de Papai Noel e de flores, e uma palavra escrita bem no meio. A mamãe do Joaquim pediu para a moça escrever o nome dele no coração. O biscoito é durinho, e a mamãe carregou com muito carinho, então ele chegou para o Joaquim inteirinho. Ele adorou o coração e o gosto de canela!
    De fraldinha, feliz pelo biscoito com seu nome
    O quebra-noz parece brinquedo
    Com muito brilho e luzinhas, os mercados têm músicos e corais que cantam bonitas canções. Em alguns, também se apresentam dançarinos. É uma época de festa na Terra de Reis e Rainhas. Um tempo em que os enfeites se espalham nas ruas e nas casas, um tempo em que as pessoas festejam com a família e os amigos, enquanto esperam o Natal, que é o dia do nascimento do Menino Jesus.
    A cada domingo antes de 24 de dezembro, as famílias se reúnem, almoçam juntas e acendem uma das quatro velas do candelabro em cima da mesa. Candelabro é o nome de uma coisa que a gente usa para acender várias velas. E esse candelabro de quatro velas é conhecido em toda a Terra de Reis e Rainhas.
    Um candelabro de 4 velas gigante!
    Todas as casas têm também um calendário de 24 dias, com um bolsinho para cada dia até o Natal. As crianças da Terra de Reis e Rainhas ganham presentinhos em todos os dias de dezembro até o Natal.
    Com as janelinhas fechadas, aparecia o desenho do mercado de Natal de Frankfurt
    A mamãe trouxe um calendário desses para o Joaquim. Ele era de papel. Em vez de bolsinhos, tinha janelinhas para destacar. O Joaquim procurava o número do dia e abria a janelinha. Lá dentro, ele encontrava um chocolatinho. Cada um com um formato diferente. Tinha de sino, de anjo, de estrela, de tudo o que coisa que a gente vê na época do Natal.
    Com as janelinhas abertas, deliciosos e divertidos chocolates
    No dia 24 de dezembro, a janelinha era dupla, com um chocolate maior, para comemorar o nascimento do Menino Jesus.
    O Joaquim gostou muito do que a mamãe trouxe e contou sobre a viagem. Ele aprendeu sobre os costumes na Terra de Reis e Rainhas e ama ainda mais o Natal. Agora, enquanto toca Noite Feliz na caixinha de música que ganhou da mamãe na volta para a casa, ele vê a árvore de Natal girar na frente do Papai Noel e sonha com o reino encantado da Terra de Reis e Rainhas.
    Uma caixinha de música do tamanho das mãozinhas do Joaquim

    §§§

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaMercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Goulash (Hungria): prato típico em Budapeste, em sopa ou spätzel

    Goulash (Hungria): prato típico em Budapeste, em sopa ou spätzel

    Se você é fã de goulash, cuidado ao olhar o cardápio e fazer seu pedido em Budapeste. Pode acabar tomando sopa. O Gulyás (nome húngaro para o prato) é prato principal no Ocidente, com pedaços de carne no molho com páprica, acompanhados pelo macarrão spätzel, espécie de nhoque.

    Mas, na Hungria, se você disser apenas goulash, vão entender que quer a sopa, feita com carne e temperos como cebola e páprica. Pode ser degustada de entrada, como eu experimentei no Halászbástya — palavra em húngaro para o ponto turístico onde o restaurante fica: o Bastião dos Pescadores, no alto de Buda, umas das metades da cidade e do nome que a batiza.

    Em receita tradicional, líquido como sopa

    No menu do restaurante, basta procurar por Halászbástya derített bélszín gulyás (ou Halászbástya clarified beef goulash, na versão em inglês). É um caldo de carne de gosto marcante.No menu do restaurante, basta procurar por Halászbástya derített bélszín gulyás (ou Halászbástya clarified beef goulash, na versão em inglês). É um caldo de carne de gosto marcante.

    No restaurante no Bastião dos Pescadores, o prato típico da Hungria em forma de sopa

    O Halászbástya é ótima pedida para um jantar romântico. Ao som de violinos, é maravilhoso ver as luzes das pontes da cidade, conectando essa margem do Rio Danúbio à outra, chamada de Peste. Completa o cenário o Parlamento (Országház) iluminado. É para uma noite especial porque obviamente se paga também pelo serviço, pelo ambiente e pela localização. 

    Ou sólido, servido com spätzel

    Mas no fim como se chama aquela carne com macarrãozinho? Pörkölt. Quando quiser comer um goulash como conhece no Brasil, peça um pörkölt na Hungria. Eu comi um bem gostoso no descoladaço Menza — a foto do prato está no alto deste texto. Com mobília em estilo anos 1970, o ambiente é moderno, com uma boa seleção musical – a trilha do site dá uma ideia (eles avisam que vendem a sequência no restaurante). O Menza fica na agradável Liszt Ferenc ter, uma praça mais para rua de pedestres cheia de bares e restaurantes.

    Restaurante de Budapeste com visual anos 1970: o descolado Menza

    No menu do restaurante, procure por Marhapörkölt galuskával para comer a carne com spätzel. Se preferir outro prato principal e quiser experimentar a versão líquida de entrada, peça Gulyásleves, sopa de carne com páprica.

    Gulyás significa comida de vaqueiro em húngaro. O caldo forte, originalmente preparado num caldeirão sobre a fogueira, dava energia e mantinha o corpo quente. O costume se alastrou pelo antigo Império Austro-Húngaro. Ou seja, em Viena e adjacências também dá para provar goulash. Mas ali aperte a tecla sap de volta e peça goulash mesmo (ou gulasch, em alemão).

  • Trem na Itália: para viajar em alta velocidade

    Trem na Itália: para viajar em alta velocidade

    Fotos: Divulgação

    Nova opção para viajar em trens de alta velocidade na Europa: a Nuovo Trasporto Viaggiatori (NTV), conhecida pela marca Italo. Fundada em 2006, com o investimento de 1 bilhão de euros, a companhia opera trens de alta velocidade, conectando as principais cidades turísticas da Itália.

    Partindo de Roma, por exemplo, a viagem leva em torno de 3 horas e meia até Veneza, 1 hora até Nápoles e cerca de 1 hora e meia até Florença. Na chegada ou na partida de Roma ou de Milão, há 2 estações de trem para escolher em cada cidade: em Roma, Tiburtina e Ostiense; em Milão, Porta Garibaldi e Rogoredo. Entre elas, a viagem sem paradas dura aproximadamente 2 horas e 45 minutos.

    No Brasil, a distribuidora oficial dos bilhetes da NTV é a Rail Europe, mas também é possível comprar passagens por outras empresas.

  • Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Veja palavras e frases básicas em alemão para usar numa viagem à Alemanha. Experimentar na prática ajuda a aprender algo da língua. Já estive algumas vezes no país e reuni algumas observações e dicas

    Dizem que, para quem sabe inglês e consegue ler o alemão com a sonoridade correta, fica menos complicado entender alguma coisa. É verdade que ajuda, mas na hora H, com a situação real na sua frente, pode não ser lá de grande valia no alemão. E tem vezes em que o inglês não resolve nada mesmo, a não ser para falar na língua inglesa, que é falada por muita gente na Alemanha — aliás, se você pretende ir para destinos alemães, leia Alemanha: 11 melhores cidades turísticas para visitar no país.

    Mas não custa tentar associações para entrar totalmente no clima da viagem. Eu sempre apelo para todas as raízes de palavras parecidas que conheço. Quem sabe não dá certo? No fim é divertido, experimente!

    Atenção: isso não é uma aula de alemão, até porque eu não sei alemão! Apenas juntei alguns conceitos e palavras que aprendi com outras observações de viagens. São apenas formas que eu uso para brincar de me aventurar na língua.

    Eu te amo em alemão: Ich liebe Dich

    Dicas práticas do idioma

    Vão aí algumas noções que podem ajudar na leitura das palavras em alemão e até numa possível associação com o inglês, em viagens à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    ei> Tem som de ‘ai’. Lembre do joelho de porco, uma palavra já conhecida por brasileiros que frequentam restaurantes alemães: se escreve Eisbein e se lê ‘aisbain’, certo?

    ie> Tem som de ‘i’. Um exemplo é o verbo Liebe (amar). Para momentos fofos na viagem ou na volta para casa, talvez a frase mais famosa do mundo em todas as línguas: Ich liebe Dich (eu amo você).

    eu> Tem som de ‘ói’. A palavra Neu (novo), por exemplo, se lê ‘nói’

    v> Tem som de ‘f’. Olha aí o Volk (da Volkswagen, carro do povo, numa tradução livre). Quando você lê com som de ‘f’, chega ao Folk (povo, em inglês)

    w> Tem som de ‘v’.

    j> Tem som de ‘i’.

    s> Tem som de ‘z’ se estiver no começo da palavra ou entre vogais.

    ß> Se chama eszett e parece a letra beta, mas não é. Em muitos lugares vai estar escrito apenas ‘ss’. Mas, se topar com uma dessas pela frente, é só ler como ‘ss’. Um bom exemplo, que será muito útil na viagem, é Weiß ou Weiss. Significa branco. Então, Wiessbrot é pão branco; Weisswein, vinho branco; Weissbier, cerveja clara…

    Esta duplinha abaixo é de lascar, mas vale o esforço.

    Umlaut> É o trema do alemão. Pode aparecer como ä, ö e ü. Em muitos lugares, você vai encontrar as vogais a, o e u seguidas por e. como em Dankeschön ou Dankeschoen (muito obrigado). A pronúncia de palavras com Umlaut exige um certo bico.

    ch> Tem som de h misturado com r. Doido, né? É o mais difícil para mim. Fale do jeito que der, o que importa é tentar se comunicar. Ich (eu) sai algo como um ih, vindo lá da garganta.

    Palavras e frases úteis

    Não dá para engrenar conversa, mas é simpático ser educado. Então, vamos a umas expressões do dia a dia:

    Danke> Obrigado. Se lê ‘danque’. Lembra um pouquinho Thank, do inglês. Para a fina flor da educação (e do esforço da língua!), diga Dankeschön

    Bitte> Por favor. Tente pronunciar como em português, mas com consoantes e vogais ditas claramente – dica especial para cariocas, já que nós temos a tendência de ler com ‘i’ e chiado: bitchi. Se você só conseguir aprender uma palavra que seja essa. Salpique Bitte que dá tudo certo. Entschuldigung é uma forma bem complicada de dizer ‘com licença’, um Bitte será entendido e serve da mesma forma

    Gut> Bom. Olha a semelhança com o Good

    Tag> Dia

    Guten Tag> Bom dia. Dá para usar em qualquer hora, exceto à noite, que é Guten Abend para saudações

    Hallo> Oi. Se lê ‘ralô’

    Auf Wiedersehen> Até logo. Se pronuncia ‘auviderzên’

    Adeus em alemão: Auf Wiedersehen

    Eingang> Entrada

    Ausgang> Saída

    Kirche> Igreja

    Strasse> Rua

    Rathaus> Prefeitura

    Prost> Saúde, num brinde. Se lê com ‘o’ fechado como ‘ô’

    Nein> Não. Se lê ‘nain’

    Deutsch> Alemão. Se pronuncia ‘doitch’

    Ich bin aus Brasilien> Eu sou do Brasil. Além do ‘ih’ para Ich, o ‘en’ de Brasilien é lido como ‘an’

    Was kostet das?> Quanto custa isso? Se lê ‘vas costet das’. Quando a pessoa responder, você provavelmente não vai entender. Faça o sinal de escrever com a mão ou mande um Bitte seguido de Schreiben (‘escrever’, se pronuncia algo perto de ‘xiraiban’). Não importa a gramática errada. Nesse estilo ‘mim quer saber’, você vai conseguir se entender e comprar se o preço estiver bom

    Não importa quanto tempo eu passe na Alemanha vou pedir carne de porco ou salsichas com batatas e chucrute. Está bem, é o básico, mas é delicioso! Na Alemanha, a refeição é o momento de exercitar a língua, tanto no sentido literal quanto no figurado. Comer é experimentar a cultura do país, por meio de sua culinária, e também se perder num mundo de letras desse idioma fascinante — veja dicas de como se virar com o alemão em viagem à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    No alemão, a palavras vão se juntando como acompanhamentos do prato principal. Nesse caso, a palavra principal é o substantivo que vai sempre no fim daquela junção maluca de palavras. Por exemplo, Wurst é salsicha ou linguiça. As palavras adicionadas antes dela dizem como é aquele embutido. Se é Blutwurst, é a morcela, já que Blut é sangue.

    Pensa que eu entendo o cardápio na boa? Que nada. Faço aquela brincadeira de caça-palavras, que eu adorava na infância e que meu filho acaba de descobrir. Entendendo uma palavra ou outra, tenho uma ideia do que vem pela frente. O resto é surpresa. Afinal, parte da graça de descobrir um mundo novo está em se entregar ao desconhecido!

    Algumas palavras que podem aparecer na hora de comer:

    Afpel> Maçã

    Bier> Cerveja

    Blau> Fervido

    Braten> Assado

    Brot> Pão

    Eis> Gelo

    Eisbein> Joelho de porco

    Ente> Pato

    Fisch> Peixe

    Fleischkäse> Bolo de carne

    Gans> Ganso

    Kartoffeln> Batata

    Käse> Queijo

    Kuchen> Bolo

    Leber> Fígado

    Milch> Leite

    Reis> Arroz

    Salz> Sal

    Sauerkraut> Chucrute

    Senf> Mostarda

    Süß> Doce

    Tagskarte> Menu do dia

    Tee> Chá

    Wasser> Água

    Wein> Vinho

    Wurst> Salsicha ou lingüiça, o embutido

    Zucker> Açúcar

  • Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Conectadas por trem, as 11 principais cidades da Alemanha para turismo rendem bons roteiros no país europeu.

    Algumas combinações interessantes são Berlim com Dresden – a capital alemã é vibrante e moderna, e a outra, barroca – ou o trio Munique, Stuttgart e Nuremberg, uma viagem marcada por história, automóveis e cervejas pelo sul do território alemão.

    Os destinos mais visitados por brasileiros são Berlim, Munique e Frankfurt. Mas as maiores cidades para turismo na Alemanha, pela número de atrativos e pela excelente infraestrutura, vão além desse trio.

    Hamburgo, Stuttgart, Colônia, Nuremberg, Dresden, Leipzig, Hannover e Düsseldorf também recebem muitos turistas. Conheça um pouco dessas 11 cidades alemãs, suas curiosidades e principais pontos turísticos.

    Berlim, a virbrante capital da Alemanha

    O Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) e o Parlamento Alemão (Reichstag) são marcos da capital da Alemanha.

    A cidade que mais atrai visitantes brasileiros possui 400 galerias de arte e três casas de ópera em funcionamento.

    A agitada vida noturna, os 1.500 eventos diários e as exposições da Ilha de Museus, Patrimônio Mundial da Unesco desde 1999, fazem a festa dos turistas que buscam cultura e entretenimento.

    Berlim é dos bares, pubs e clubes noturnos que funcionam até de madrugada. E da gastronomia que não se limita ao currywurst (a típica salsicha com curry que, a propósito, merece ser saboreada).

    É das compras na KaDeWe e na tradicional Kurfürsterdamm, avenida que mantém vivo muito de seu charme.

    Não deixe de circular também pela antiga Berlim Oriental, onde ficam ícones da cidade, como a Torre de TV da Alexanderplatz e a catedral (Berliner Dom).

    Símbolos da era comunista viraram atrações na capital alemã: os Ampelmännchen, bonequinhos da sinalização de trânsito, e o Trabant, carro-padrão da República Democrática da Alemanha.

    Vá o DDR Museum, máquina do tempo que leva o visitante ao cotidiano na era comunista. É possível ainda ver um trecho do Muro em pé, hoje uma galeria de arte (a East Side Gallery) e um ponto de checagem da época em que a cidade estava dividida (o Checkpoint Charlie).

    E, não importa a direção a ser tomada, há uma Berlim a ser explorada também com crianças, em atrações como o Berlin Zoo, o mais antigo zoológico da Alemanha, e o Legoland Discovery Center, nas proximidades da Potsdamer Platz.

    | Reserve hotéis em Berlim |

    Munique: a terra da Oktoberfest

    A capital da Baviera é lembrada pela Oktoberfest, maior festa de cerveja do mundo, imitada em outros tantos países.

    No sul da Alemanha, Munique oferece área verde ao ar livre, museus, compras e bons lugares para comer e beber as delícias da Baviera, acompanhadas do Bretzel, pãozinho típico em formato de coração.

    Seus jardins de cerveja, os biergartens, são mundialmente famosos. De junho a setembro, tomam-se ali ótimos copões, com o líquido devidamente resguardado pela Lei da Pureza da Cerveja, escrita em 1516.

    A Marienplatz é praça principal desde a fundação da cidade. É considerada a sala de visitas de Munique e muito conectada por linhas de metrô e ônibus.

    Nas ruas de seu entorno estão lojas, restaurantes e cartões postais, como a Frauenkirche (igreja de inconfundíveis cúpulas verdes) e o Viktualienmarkt, o mercado de alimentos frescos.

    Antiga morada dos reis bávaros, o Residenz exibe ao público seus ambientes decorados e um bonito jardim, o Hofgarten.

    No Englischer Garten, um dos maiores parques urbanos do planeta, pode-se relaxar tomando cerveja no biergarten da Torre Chinesa (Chinesischer Turm), andar de pedalinho, caminhar ou observar o surfe nas margens do Isar, principal rio da cidade.

    Com 50.000 m² de área, o Deutsches Museum é um dos primeiros museus de ciência e tecnologia do mundo.

    Nele, as crianças têm um espaço só delas, o Kinderreich. Vale também ir até a Allianz Arena, fazer o tour pelo estádio e visitar o Museu do Bayern de Munique.

    Dê ainda um giro pelo moderno Museu da BMW, vizinho ao parque olímpico. Palco dos Jogos de 1972, o é estádio aberto à visitação. Ao lado, estão a torre de TV com vista panorâmica e um aquário SeaLife.

    | Reserve hotéis em Munique |

    Frankfurt: o centro financeiro da Alemanha

    Uma cidade, duas vertentes: riqueza cultural e financeira. Na margem sul do Rio Meno, Frankfurt é conhecida pela impressionante sequência de 13 museus (Museumsufer).

    Em prédios do século 19 restaurados funcionam preciosidades como o Städel, com obras de arte de sete séculos, e o Museum für Moderne Kunst, dedicado à arte moderna. No Centro, há até um museu para formar novos frequentadores de museu, o Kinder Museum Frankfurt.

    Os arranha-céus de Frankfurt contrastam com a arquitetura do Centro Histórico. A cidade é sede da Bolsa de Valores da Alemanha, do Euro e tem escritórios de 300 instituições financeiras internacionais.

    Suba à plataforma panorâmica da Main Tower para admirar a vista de Frankfurt.

    Um giro pela parte antiga da cidade inclui a visita à linda praça central, a Römerberg. A casa de Goethe, grande nome da literatura alemã, é outro ponto turístico no Centro.

    Ao fazer uma pausa para saborear pratos da culinária da Alemanha, prove o vinho de maçã, bebida típica da cidade.

    Dona do maior aeroporto da Alemanha, a cidade de Frankfurt é a porta de entrada para o turismo de negócios no país.

    No calendário de eventos da cidade, destaque para a anual Feira do Livro e o Salão Internacional do Automóvel, com as novidades do setor a cada dois anos.

    | Reserve hotéis em Frankfurt |

    Stuttgart: a cidade das fábricas de automóveis

    Arte e velocidade andam juntas em Stuttgart. Mercedes-Benz e Porsche possuem museus na cidade. Eles mantêm suas coleções e contam a história do automóvel, inventado na Alemanha em 1883.

    Essa paixão pelos carros fica ainda evidente durante a Retro Classics, a maior feira de automóveis antigos da Europa, realizada anualmente em março.

    Para ver arte, no sentido tradicional da palavra, visite a Staatsgalerie Stuttgart, com trabalhos de mestres modernos e contemporâneos, e o Stuttgart Kunstmuseum, onde estão guardadas cerca de 15 mil obras de arte moderna.

    Em Stuttgart, não deixe de visitar as coleções de arqueologia e de etnologia do Landesmuseum, que possui uma área específica para crianças, o Junges Schloss.

    Nos dias ensolarados, os passeios pela cidade pedem atrações ao ar livre. Estender-se pelo gramado da praça em frente à antiga residência real (Neues Schloss) é programa para turistas e locais.

    E inclua eu seu roteiro uma ida ao Wilhelma, o primoroso jardim botânico e zoológico criado pelo rei Guilherme I.

    Stuttgart faz parte de uma das 13 regiões produtoras de vinho da Alemanha, com rótulos premiados. As propriedades estão localizadas nas encostas da cidade e prontas para receber visitantes.

    Uma vassoura pendurada na porta é o sinal para você entrar e desfrutar de uma taça de Trollinger ou Lemberger, por exemplo. Se possível, saboreando o maultaschen, o ravióli da região da Suábia.

    | Reserve hotéis em Stuttgart |

    Nuremberg: a melhor salsicha e o Playmobil

    O centro antigo de Nuremberg fica dentro de uma muralha. Nele, destaca-se o Kaiserburg, castelo no alto da colina, de onde se tem plena vista da cidade.

    Nuremberg passou por uma enorme e meticulosa reconstrução depois de ser praticamente destruída pelos bombardeios dos Aliados, em 1945.

    Interessados na Segunda Guerra encontram pontos ligados ao assunto, casos do Centro de Documentação do Nazismo, que conta como foi a ascensão do regime liderado por Adolf Hitler, e do Memorial do Tribunal de Nuremberg, onde ocorreram os julgamentos dos crimes cometidos no conflito mundial.

    Não deixe de provar a bratwürst, deliciosa salsicha local que pode ser encontrada tanto em tabernas medievais como o Zum Gulden Stern ou em barraquinhas de rua, na forma do sanduíche drei im weggla. No inverno, experimente também o lebkuchen, pão de mel típico de Nuremberg.

    A cidade no norte da Baviera tem um dos mais famosos mercados de Natal da Alemanha. Ocupa todo o centro antigo, com uma área dedicada às crianças.

    Nuremberg é bem receptiva aos pequenos, que podem conhecer os trens da Alemanha na Kibala (área infantil do Deutsche Bahn Museum), visitar o zoológico Tiergarten e se divertir no Playmobil Fun Park, parque dos bonequinhos na vizinha Zirndorf.

    | Reserve hotéis em Nuremberg |

    Hamburgo: o porto do norte da Alemanha

    Maior cidade portuária da Alemanha, Hamburgo é banhada por dois rios, o Elba e o Alster. Não é à toa que o mercado de peixe é uma atração aos domingos.

    Na região de Speicherstadt, o conjunto de armazéns do século 19 abriga museus atualmente, caso do Miniatur Wunderland, a maior maquete de ferrovia do mundo.

    Bairro em transformação, Hafen City une opções de lazer e de serviços, em um cenário que alterna modernos prédios comerciais e residenciais com velhos galpões de tijolinho às margens do rio.

    O futurista prédio da Filarmônica do Elba é um dos marcos dessa revitalização do cais. Todo mês de maio, Hamburgo comemora o aniversário de seu porto, com festa em terra e desfile de navios.

    Por leitos e canais é possível descobrir um outro lado da segunda maior cidade da Alemanha tomando uma embarcação a partir de Landungsbrücken, píer que no verão europeu ganha ares de praia.

    Em solo firme, recomenda-se uma visita à Igreja de São Miguel, à prefeitura de Hamburgo e um giro pelo circuito de compras da região de Mönckebergstrasse.

    Zona boêmia da cidade, St. Pauli concentra bares e pubs, além de bordéis.

    Acredite, foi nesse pedaço de mal caminho de Hamburgo que os bem comportados Beatles fizeram seus primeiros shows.

    | Reserve hotéis em Hamburgo |

    Colônia: a catedral gótica e o perfume

    A cidade alemã de Colônia e sua catedral são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É na igreja em estilo gótico, famosa pela torres de 157 metros de altura, que está a urna com os restos mortais dos três reis magos.

    Em Colônia, existem 12 igrejas de arquitetura românica e 42 museus. Lá também fica a maior universidade da Alemanha (Universität zu Köln), o que confere à cidade espírito jovem e vida noturna agitada, especialmente nos bairros de Friensenvertel, Belgisches Viertel (o alternativo bairro belga), Südstadt e no antigo distrito industrial de Ehrenfeld.

    Outros destaques locais são o Carnaval, com desfiles pelas ruas, e o Luzes de Colônia, festival de fogos de artifício que iluminam a noite da cidade, todos os anos, no 2º fim de semana de julho. Colônia é ainda a cidade do perfume: lá são encontradas as sedes de fábricas bem antigas da Alemanha, como a Farina, fundada em 1792.

    Não deixe de provar a Kölsch. Mais do que uma cerveja artesanal, seu nome é sinônimo de um jeito de ser da maior cidade às margens do rio Reno. Essa vocação para celebrar a vida e liberdade faz de Colônia referência em matéria de eventos e atrações para a comunidade GLS.

    | Reserve hotéis em Colônia |

    Düsseldorf: o destino alemão da moda

    O assunto aqui é moda. Düsseldorf tem um luxuoso boulevard para compras, o Königsallee. Kö, para os íntimos, concentra vitrines de marcas como Armani, Jil Sander e Prada, entre outras grifes, internacionais. Hotéis de luxo e cafés completam o cena sofisticada da cidade.

    Se estiver em busca algo mais em conta, vá a uma das 120 lojas do Düsseldorf Arcaden, em Bilk. Em bairros como Flingern encontram-se moda alternativa e produtos de novos estilistas.

    Experimente também percorrer as ruelas do Centro Histórico. De dia, visite atrações como a Basílica de Lambertus e a Torre do Castelo. À noite, nessa mesma região da cidade, sente-se em um dos 260 restaurantes, bistrôs e pubs, que, alinhados, formam quase um único bar.

    Lugar de encontro, a orla do Rio Reno se estende do centro antigo à moderna área de MedienHafen. Ali, restaurantes e lounges agitam a região renovada por arquitetos como Frank Gehry e David Chipperfield.

    | Reserve hotéis em Düsseldorf |

    Dresden: a barroca reconstruída após a Segunda Guerra

    Dresden foi arrasada pelos bombardeios da Segunda Guerra. É impressionante ver o trabalho de reconstrução da Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), que reaproveitou parte dos tijolos originais.

    Situada no vale do Rio Elba — e chamada de Florença da Alemanha — a cidade possui maravilhas da arquitetura barroca, como o Palácio Zwinger, erguido no século 18.

    Possui ainda 12 museus imperdíveis no Palácio Real (Dresden Residenzschloss) e música de qualidade, ouvida no Semperoper (teatro para ópera, concerto e balé) ou em apresentações nos clubes de jazz que estão na Prager Straße, no centro histórico.

    No mercado de Natal mais antigo da Alemanha, a tradição fica por conta do stollen, o bolo típico de Dresden. Se tiver um tempinho a mais na viagem, faça um bate-volta até a vizinha Meissen, cidade famosa pela porcelana que fabrica.

    | Reserve hotéis em Dresden |

    Leipzig: a música clássica e seus mestres

    A trilha sonora aqui é clássica. A visita a Leipzig é embalada por Wagner, Schumann e Mendelssohn. Bons programas incluem apresentações na Leipzig Gewandhaus (a sala de concertos) e do Coral dos Meninos de São Tomás, fundado há 800 anos na igreja de mesmo nome (Thomaskirche) e que teve Bach como regente.

    Um tour de 5 km percorre outros locais onde esses mestres da composição viveram, trabalharam e frequentaram, como o Zum Arabischen Coffe Baum, um dos mais antigos cafés da Europa, aberto em 1711. Essa estreita ligação da cidade com a música também pode ser confirmada em uma visita ao Museu dos Instrumentos, com um dos maiores acervos do gênero.

    Do ponto de vista histórico, Leipzig teve um importante papel para a queda do Muro de Berlim e o consequente fim da divisão da Alemanha em duas, em 1989, a partir dos protestos pacíficos promovidos pela população, em especial na Igreja de São Nicolau (Nikolaikirche).

    | Reserve hotéis em Leipzig |

    Hannover: os parques e jardins

    A imagem de centro mundial das feiras de negócios é a face mais falada e divulgada de Hannover. A cidade, no entanto, começa a ficar igualmente conhecida pelos grandes espaços verdes e pelas políticas de sustentabilidade nas últimas duas décadas. Por isso, talvez uma boa maneira de explorar a cidade seja de bicicleta.

    Entre as atrações mais visitadas está o prédio da nova Prefeitura (Neues Rathaus), cuja cúpula de 55 metros de altura proporciona uma visão panorâmica. Uma opção para conhecer a cidade é seguir a Roter Faden, rota demarcada por uma linha vermelha, com 4 km de extensão e que passa por cerca de 36 atrações.

    Não deixe de ir ao Herrenhäuser Gärten — parque com jardins barrocos, onde são realizados festivais de fogos de artifício, espetáculos de teatro e concertos ao ar livre no verão — ou dê uma passada no zoológico número 1 da Europa, que reproduz desertos e savanas africanas.

    Para compras, circule pelo Centro Histórico e lojas da Georgstrasse e da Bahnhofstrasse. Já um dos principais mercados de pulgas da Alemanha fica à beira do Leine.

    | Reserve hotéis em Hannover |

  • Cruzeiro pelo Danúbio: minha viagem de barco pela Hungria, pela Áustria e pela Alemanha

    Cruzeiro pelo Danúbio: minha viagem de barco pela Hungria, pela Áustria e pela Alemanha

    Sabe o cruzeiro pelo Danúbio que eu ganhei no prêmio da Comissão Europeia de Turismo? O roteiro virou capa do caderno Viagem do Estadão.

    Na reportagem, eu conto como foi fazer um cruzeiro fluvial e descrevo o que vi nas paradas. O barco partiu de Budapeste e chegou à alemã Nuremberg, passando por Bratislava, Viena, Vale do Wachau e Regensburg.

    Para quem não conseguiu comprar o jornal, abaixo estão os links para ler as matérias:

    Apresentação do cruzeiro pelo Danúbio

    1º dia: Budapeste

    2º dia: Bratislava

    3º dia: Viena

    4º dia: Vale do Wachau (Dürnstein e Melk)

    5º dia: Linz/Salzburg

    6º dia: Regensburg

    7º dia: Nuremberg

    Leia mais sobre a premiação em: Melhor Reportagem na Internet (sobre o prêmio da Comissão Europeia de Turismo) e Costa Amalfitana, de ônibus (texto vencedor, que publiquei aqui no Como Viaja!).

  • Berlim ganha aeroporto com trem e ciclovia até o centro

    Berlim ganha aeroporto com trem e ciclovia até o centro

    Imagens: Reprodução do projeto do aeroporto

    O novo aeroporto de Berlim entra em funcionamento em 27 de outubro de 2013. Com o nome de Berlin Brandenburg Airport (BER), o espaço vai substituir os 2 aeroportos atuais, Berlin Tegel (TXL) e Schönefeld (SXF). O novo aeroporto de Berlim é amplamente servido por transporte público, com várias conexões regionais e até de longa distância por meio da malha ferroviária da Deutsche Bahn. O trajeto até o centro de Berlim leva meia hora.

    Além disso, segundo o representante do visitBerlin, Christian Tänzler, uma grande vantagem antenada com a tendência dos ciclo-turistas é a ciclovia que liga o terminal à cidade. Na parte aérea, a inauguração do BER também representa uma maior conectividade de Berlim com outros destinos. A Lufthansa prevê mais ligações diretas de Berlim com outras cidades, como Birmingham, Manchester, Valência, Bolonha e Gênova.

    No aeroporto, um grande Welcome Center vai dar as boas-vindas aos visitantes, aberto das 6 horas à meia-noite. Instalado no setor de desembarque, o centro de informação terá mapas e dados gerais sobre a cidade, mas também será um ponto de compra de ingressos para eventos, entre outros serviços.

    O BER foi projetado para atender inicialmente até 27 milhões de passageiros. Se a demanda aumentar, há capacidade de expansão para a capacidade de 45 milhões de passageiros. A cerimônia de abertura será realizada em 24 de maio. Nos dias 12 e 13, o terminal fica aberto à visitação pública.

    Inicialmente o aeroporto havia sido anunciado para 3 de junho de 2012, mas, por uma questão de segurança, devido a problemas técnicos relacionados à proteção contra incêndios, a inauguração teve de ser adiada.

  • Mercados e música clássica na Páscoa da República Tcheca

    Fotos: Divulgação

    O bolo de Páscoa na República Tcheca é fabricado em forma de carneiro. Um dos lugares para se prová-lo é a pequena Prerov nad Labem, cidade a 40 quilômetros de Praga. Na capital, até 15 de abril são vários os mercados de Páscoa, sendo que os mais famosos estão montados na Praça da Cidade Velha, na Praça Venceslau e na Praça da Paz. Durante o próximo fim de semana, castelos do país como o Krivoklat recebem mercados de Páscoa, com artesanato (incluindo os típicos ovos pintados). No Castelo Zleby há tours guiados e especialidades tchecas feitas pela cozinha do lugar.

    A música é outro ponto forte da Páscoa na República Tcheca. Igrejas e salas de concerto tem apresentações programadas em várias partes do país. Um festival de música sacra ocorre em Brno, com composições executadas em 6 igrejas da cidade (mais informações no site da Filarmônica de Brno). O Prague Easter Festival da Sinfônica de Praga inclui a execução de composições dos tchecos Gustav Mahler e Antonín Dvorak. Na cidade, também haverá concertos na biblioteca barroca Klementinum, que acaba de ser reaberta após 2 anos de restauração.

  • Europa Central 4-em-1

    Europa Central 4-em-1

    BUDAPESTE – Foto: Nathalia Molina

    Em 1335, os reis da Hungria, da Boêmia e da Polônia se encontraram em Visegrad para tratar de assuntos da região. Séculos depois, em 15 de fevereiro de 1991, essa reunião se repetiu de modo simbólico: Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia (estes 2 últimos formam o território da antiga Boêmia) criaram o Grupo de Visegrad, ou Grupo dos Quatro (V4), para juntar esforços e integrar esses países da Europa Central, então saídos do regime comunista.

    BRATISLAVA – Foto: Nathalia Molina

    O V4 atua em várias áreas. Em 2004, por exemplo, o quarteto entrou para a União Europeia depois de um trabalho em conjunto. Atualmente o grupo é bem ativo no segmento de turismo, em busca de novos visitantes em mercados distantes como o Brasil. A proximidade geográfica entre os países da Europa Central facilita a visita de mais de um deles numa única viagem. Para se ter uma idea, eu parti de Budapeste para um cruzeiro pelo Danúbio numa noite e, na manhã seguinte, já estava em Bratislava. Foi dormir para sair da Hungria e chegar à Eslováquia — esse cruzeiro fluvial foi o prêmio que ganhei da Comissão Europeia de Turismo por ter vencido a premiação anual da Europa na categoria Melhor Reportagem na Internet.

    Uma boa é consultar o site do Quarteto Europeu durante o planejamento da viagem. Lá estão as principais atrações e cidades dos 4 países e também sugestões de rotas por essa região europeia — herança judaica, spa, castelos ou patrimônios da Unesco são alguns dos itinerários.

    O número de brasileiros na região cresceu nos últimos anos, mas ainda é pequeno. O país que recebeu mais turistas do Brasil em 2011 foi a República Tcheca, com 40 mil, seguida pela Hungria, com 20 mil. Polônia e Eslováquia registraram apenas 5 mil e 3 mil visitantes, respectivamente. Para aumemtar o fluxo de brasileiros para os 4 países, eles promovem a região como V4 em eventos do setor de turismo.

Pular para o conteúdo