Categoria: Destinos na Europa

Melhores destinos na Europa com dicas de viagem de cidades e regiões, sobre pontos turísticos, hotéis, passeios, comidas, festas e outros destaques

  • 9 museus de chocolate na Europa

    9 museus de chocolate na Europa

    A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas

    ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018

    Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.

    Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!

    A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.

     

    1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)

    Chocolate, Museu, Europa, Choco-Story, Bruges - Foto Divulgacao
    CHOCO-STORY, EM BRUGES – Fotos: Divulgação

    A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)

    Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas

    Sites: museeduchocolat.fr; choco-story.be; choco-story-praha.cz

    Chocolate, Bélgica, Bruges, Museu Choco-Story - Foto Divulgacao

    4 > SCHOKOMUSEUM (ÁUSTRIA)

    Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)

    Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis

    Site: schokomuseum.at

     

    5 > CADBURY WORLD (INGLATERRA)

    Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.

    VALE SABER

    Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30

    Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)

    Site: cadburyworld.co.uk

    Foto Visit Britain/Divulgação
    Foto: Visit Britain/Divulgação

    6 > BELGIAN CHOCOLATE VILLAGE (BÉLGICA)

    Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde

    Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros

    Site: belgianchocolatevillage.be/en/

     

    7 > MUSEU DE LA XOCOLATA (ESPANHA)

    Chocolate, Barcelona, Museu de la Xocolata - Foto Museu de la Xocolata. Divulgacao
    Foto: Museu de la Xocolata/Divulgação

    Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas

    Preço: 6 euros — crianças até 7 anos, grátis

    Site: museuxocolata.cat/

    Barcelona, Museu do Chocolate, Espanha - Foto Javier Miguélez Bessons, Divulgacao
    Foto: Javier Miguélez Bessons/Divulgação

     

    8 > MAISON CAILLER (SUÍÇA)

    Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)

    Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis

    Site: cailler.ch

     

    9 > RITTER-SPORT (ALEMANHA)

    O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.

    VALE SABER

    Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas

    Preço: 9 euros

    Site: ritter-sport.de

  • Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    O nome, Mozartkugel, já traz o formato — em alemão, ‘kugel’ é bola. A pequena delícia da Áustria, muito encontrada na capital, Viena, é espécie de símbolo de Salzburgo, cidade onde nasceu o compositor Wolfgang Amadeus Mozart. De um fabricante para outro, a receita do bombom muda levemente, mas a tradição é preparar o chocolate com marzipã e nougat. Na embalagem, a marca registrada é o rosto de Mozart estampado no papel.

    Inventada pelo chocolatier Paul Fürst em 1890, em Salzburgo, a guloseima se chamava inicialmente Mozartbonbon. Hoje em dia várias empresas produzem o doce, com receitas um pouco diferentes entre si. As embalagens também mudam de uma versão para outra, e alguns fabricantes fazem os bombons com a base plana.

    Mozartkugel Komposit
    Variações do Mozartkugel – Foto: Peter Gugerell/Domínio público/Wikimedia Commons 

    A história de Mozart no chocolate que virou souvenir

    A Fürst segue preparando a bolinha espetada num palitinho. Com miolo de marzipã, é coberta por uma camada de nougat e depois banhada com chocolate. No fim do processo, o palitinho é retirado, e o buraquinho no doce, preenchido com chocolate. O papel da embalagem é prateado, com escritos em azul.

    Bolinhas no palitinho Fotos: Fürst/Divulgação

    Quando estive na Áustria, experimentei o bombom embalado em papel dourado com contorno vermelho, fabricado pela empresa Victor Schmidt. No miolo, tem nougat, coberto com marzipã, antes de levar o chocolate. Mesmo não sendo o original, achei bem gostoso.

    Não fui a Salzburgo, onde fazer as bolinhas é uma tradição. Estive em Viena e em algumas pequenas cidades austríacas ao longo do Rio Danúbio, durante um cruzeiro fluvial por essa região europeia. Encontrei muitos estilos de Mozartkugel. Os bombons com o rosto de Mozart são facilmente encontrados pela Áustria, em diferentes versões, e servem como um delicioso souvenir, em bonitas caixinhas.

    Mozartkugel até como enfeite de Natal na Áustria

    Vi até uma árvore de Natal na capital austríaca em que as bolinhas douradas levavam a figura do compositor clássico e estavam com o escrito Echte Salzburger Mozartkugel (algo como o verdadeiro Mozartkugel de Salzburgo), da marca Mirabell. A empresa — que leva o mesmo nome do palácio e do jardim onde foram gravadas cenas de A Noviça Rebelde, em Salzburgo — faz parte do grupo Mondelez International, proprietário de outras famosas marcas de chocolate, como Toblerone e Milka.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Dicas de viagem e destinos (@comoviaja) em

    Com produção em larga escola, a fábrica adaptou o método tradicional ao processo industrial. São 14 passos em 2 horas e meia para chegar às renomadas bolinhas. O recheio de marzipã recebe duas camadas de pralinê (uma delas de chocolates escuro), antes da cobertura. Com tantas composições diversas, o bombom inventado em homenagem a Mozart toca o paladar de viajantes em busca de experimentar os doces sabores da Áustria.

    [booking_product_helper shortname=”mapa viena”]

  • Chocolate na Europa: 7 festivais para conhecer

    Chocolate na Europa: 7 festivais para conhecer

    O chocolate é a estrela de festivais na Europa. Há de degustações a tratamento estéticos nesses eventos em Óbidos, Perugia e Paris. Bélgica, Suíça, Inglaterra e Alemanha também estão na programação europeia

    ATUALIZADO EM 6 DE ABRIL DE 2017

    Os europeus são os maiores consumidores de chocolate do mundo. Por isso mesmo não espanta saber a quantidade de feiras e festivais temáticos organizados por eles durante todo o ano. Experimentar criações (leia-se comer, sem culpa nem frescura) ainda é o principal motivo que leva milhares de pessoas a lotarem praças e pavilhões nestes eventos.

    A cada edição, quem os organiza tem a preocupação de levar ao público algo novo, revelador. Daí que já não soa mais estranho ver chefes de cozinha preparando pratos do dia a dia com chocolate entre os ingredientes nem esteticistas aplicando massa de cacau na pele em caráter terapêutico.

    A seguir, listamos 7 festivais que fazem a alegria de muitos chocólatras:

     

    1 > SALON DU CHOCOLAT (FRANÇA) E SEUS EDIÇÕES ALÉM DE PARIS

    Salon du Chocolat, Paris, Desfile, Florencia Soerensen & Philippe Bernachon - Foto Divulgação
    Foto: Divulgação

    Renomado na indústria do chocolate, o Salon du Chocolat foi criado em Paris em 1994 e se espalhou pelas também francesas Marselha e Lyon e por Moscou, Bruxelas, Milão, Londres e Monaco. No total, incluído as edições em outros continentes também, o Salon du Chocolat já recebeu 7,4 milhões de visitantes em 31 cidades pelo mundo — chegou a ter uma edição em Salvador. Entre as atividades tem demonstrações de patisseriers e de chocolatiers, aulas, workshops, concursos de chocolatiers e até desfile de moda com roupas confeccionadas com a iguaria.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 28 de outubro a 1 de novembro em Paris — de 13 a 15 de outubro em Londres, com o nome de The Chocolate Show London

    Site: salonduchocolat.fr

     

    2 > ANTWERP CHOCOLATE WEEK (BÉLGICA)

    Fotos: Antwerpen Toerisme en Congres/Visit Flanders/Divulgação
    Fotos: Antwerpen Toerisme en Congres/Visit Flanders/Divulgação

    Vários chocolatiers participam do evento na Antuérpia. É possível comprar um passe, que em 2016 custou 10 euros, e experimentar 10 unidades da iguaria. Com o livreto em mãos, o visitante passeia pelas ruas da cidade belga e vai parando nas chocolaterias.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 3 a 12 de março

    Site: antwerpenkoekenstad.be

     

    3 > FESTICHOC (SUÍÇA)

    Entre Genebra e Lyon, a vila de Versoix abriga Le Festival du Chocolat, ou simplesmente Festchoc. Realizado desde 2005, o encontro tem participação maciça de fabricantes belgas e presença de alguns produtores da França. Demonstrações e degustações são as principais atrações do festival, que promove concurso de esculturas e um jogo de perguntas e respostas sobre chocolate.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, em 1º e 2 de abril

    Site: festichoc.ch

     

     

    4 > CHOCOLATE WEEK (INGLATERRA)

    Dos mesmos organizadores do Salon du Chocolat, de Paris, o evento coloca lado a lado produtores artesanais e grandes fabricantes. Durante 7 dias, bares restaurantes e chocolatiers espalhados pelo Reino Unido criam produtos e receitas exclusivas com os melhores chocolates do mundo. O ponto alto do evento é o Chocolate Show, com palestras, workshops e demonstrações feitas pelos grandes nomes da arte do chocolate.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 9 a 15 de outubro, por todo o Reino Unido

    Site: chocolateweek.co.uk

     

     

    5 > FESTIVAL INTERNACIONAL DE CHOCOLATE (PORTUGAL)

    Foto retirada do site do evento
    Foto retirada do site do evento

    Todo ano, perto da Páscoa, as ruas da pequena Óbidos exalam chocolate. Em 2016, a cidade portuguesa realiza a 14 ª edição do Festival Internacional de Chocolate. Adultos e crianças podem ver esculturas preparadas com a iguaria, assistir a shows de chefs executando receitas ou ainda participar de workshops.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 10 de março a 2 de abril

    Site: festivalchocolate.cm-obidos.pt

     

    6 > EUROCHOCOLATE (ITÁLIA)

    A International Chocolate Exhibition, ou apenas Eurochocolate, exalta a combinação de música com chocolate na italiana Perugia. Nesta edição, o evento ganha uma área dedicada às crianças, com atividades e jogos. A loja online do festival vende, além de chocolates dos mais diferentes formatos, obviamente, capas para iPhone e iPad com forma de barras de chocolate.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 13 a 22 de outubro

    Site: eurochocolate.com/ita/home.php

     

    7 > CHOCOLART (ALEMANHA)

    Todos os anos, a cidade universitária de Tübingen recebe produtores da África, das Américas do Norte e do Sul e vizinhos europeus para quatro dias de reverência ao chocolate. Come-se, bebe-se, aplica-se chocolate em massagens sobre a pele. O cacau ainda inspira pinturas, leituras sobre o tema e um teatro nada convencional.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 5 a 10 de dezembro

    Site: chocolart.de

  • Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Há mais de 500 anos existe a lei da pureza da cerveja alemã: a Reinheitsgebot, entrou em vigor em 1516 na Baviera. Na Alemanha tomar cerveja é parte do costume. Mas na Baviera, no sul do país, o canecão de 1 l é praticamente garantido à mesa. As cervejarias bávaras produzem diferentes tipos da bebida.

    Quando estivemos em família em Munique, provamos e comprovamos a dedicação dos bávaros em manter a tradição, a belos goles da bebida mais famosa do país, vendida em canecos no biergarten, jardim de cerveja, do Englischer Garten, o maior parque da cidade. Aos fãs de cerveja alemã, outro lugar para ir é a Hofbräuhaus, cervejaria que virou ponto turístico de Munique.

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

    E a tradição cervejeira se estende por toda a Baviera. No norte, a Francônia, onde fica a cidade de Nuremberg, tem 1/4 das 600 cervejarias dessa região alemã. Pudera, os bávaros têm tudo a ver com a lei da pureza e com o tipo de cerveja que se toma maciçamente na Alemanha. Quer saber por quê? Leia essas 8 curiosidades sobre a regra quincentenária:

    1 | Criação na Baviera

    A lei original foi promulgada pelo duque Wilhelm IV, na cidade bávara de Ingolstadt, em 23 de abril de 1516. Ainda não tinha o nome de Reinheitsgebot — ‘Reinheit’, pureza, e ‘Gebot’, exigência ou mandamento, numa tradução livre do alemão.

    Baviera, a região da cerveja e seus canecões

    2 | Ingredientes permitidos

    O nome difícil é guardião de simplicidade na receita da bebida-ícone da Alemanha: deve levar apenas água, lúpulo, malte e levedura. O último ingrediente foi acrescentado posteriormente, quando no século 19 foram descobertas suas propriedades na fermentação.

    Em torno de 5.500 tipos de cerveja são produzidos pelas cerca de 1.350 cervejarias da Alemanha. Como então eles conseguem tanta variedade? A mão do mestre cervejeiro, a receita, a qualidade da água e até o método de moagem dos cereais influenciam no resultado que chega ao copo.

    Biergarten de Munique, no Viktualienmarkt

    Um dado recente na fabricação foi apontado pelo Instituto Ambiental de Munique em 25 de fevereiro de 2016, após testes realizados em 14 cervejas populares na Alemanha. Reportagem da Deutsche Welle Brasil, redação brasileira da empresa alemã de comunicação, informa que o órgão detectou um quinto elemento em todas as marcas avaliadas: o herbicida glifosato, em quantidades variando de 0,46 a 29,74 microgramas por litro. De acordo com o texto da Deutsche Welle, o Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos explicou que nessa quantidade o glifosato não oferece risco à saúde e que esse fato já era esperado pois o herbicida é usado em lavouras.

    Ler essa notícia me remeteu a uma das telas que vi com Fernando em nossa visita ao Museu do Amanhã, no Rio, um dos desafios da humanidade é resolver o dilema do uso de produtos químicos na agricultura, ou seja, descobrir como garantir a produção em larga escala sem usá-los.

    3 | Origem da Reinheitsgebot

    Cervejeiros da Turíngia alegam que a Reinheitsgebot deriva de uma portaria estabelecida nessa região alemã em 1434 — para você localizar no mapa, a Turíngia fica acima da Baviera. Seja como for, os bávaros têm tradição no assunto e celebram anualmente a bebida na Oktoberfest Munique.

    Lei local no mastro do Viktualienmarkt

    A lei da Baviera surgiu em 1516, com a reunificação dessa região alemã. Em Munique já existia uma lei de pureza desde 30 de novembro de 1487, instituída pelo duque Albert IV. O mastro do Viktualienmarkt, mercado da cidade, cita a Reinheitsgebot local.

    4 | Teste de qualidade

    Para a cerveja ser boa tem de cair bem na boca? Durante os séculos 15 e 16, os provadores oficiais da Baviera usam um teste mais prosaico. Jogavam a bebida em cima de um banco e, vestindo calça de couro, se sentavam ali por 3 horas. Aí se levantavam. Se o couro grudasse no banco, a cerveja era de qualidade. Caso contrário, o produtor podia ser penalizado.

    5 | Validade na Alemanha toda

    Apenas em 1906, a lei passou a valer em todo o território alemão, como uma exigência da Baviera para participar da unificação da Alemanha. Um purista (eu poderia escrever um ‘pé-da-letra’, mas vou me ater à temática) diria que a lei de pureza da cerveja alemã — como algo nacional, ou seja, referente à bebida fabricada em todas as regiões do país — completa 110 anos em 2016.

    6 | Cerveja de trigo

    Curiosamente, a cerveja de trigo é uma das especialidades da Baviera (e uma delícia!), embora o ingrediente não esteja listado na lei da pureza. Alguns dizem que um dos motivos para a Reinheitsgebot ter sido criada seria justamente garantir trigo para o pão.

    De trigo (à direita) ou não? Fernando não chegou à conclusão

    7 | A lei atual

    A Reinheitsgebot é a mais antiga regra de alimentos no mundo que ainda segue valendo. Mas deixou de ser obrigatória. Em 1987, a União Europeia acusou a lei alemã de ser reserva de mercado. Em 1993, foi criada a Lei Provisória da Cerveja Alemã, mais flexível, para permitir a entrada de outros fabricantes no país.

    8 | Marketing ou tradição

    Mesmo com essas mudanças, muitas cervejarias alemães se mantêm fieis à tradição da Reinheitsgebot. Há quem afirme que a escolha é uma jogada de marketing, para se diferenciar da concorrência com um imperial atestado de pureza. De fato, cai bem. Não só no rótulo, mas no copo também (como dá para ver por essa minha foto). Basta um gole (ou muitos) naquele colarinho para entender por quê.

  • Hotel & mel

    Hotel & mel

    Mais de 3/4 das plantações de alimentos no mundo dependem, de alguma maneira, da polinização animal, e o aumento do risco de extinção de espécies como abelhas pode ter forte impacto sobre a fauna e a flora no futuro e sobre a obtenção de comida para o consumo humano. O alerta foi feito por pesquisadores ligados à ONU, em relatório divulgado em 26 de fevereiro de 2016. Alinhados com a ideia de servir a seus hóspedes alimentos de origem local e atentos à necessidade de promover um mundo mais sustentável, alguns hotéis mantêm há anos a criação de abelhas em várias partes do planeta, em parceria com apicultores regionais.

    Mapa do mel Relais & Châteaux

    Fotos: Divulgação
    Fotos: Divulgação

    Nos estabelecimentos da Relais & Châteaux, associação que reúne 540 luxuosos hotéis e restaurantes pelo mundo, o mel consumido no café da manhã dos hóspedes vem de apiários mantidos dentro das propriedades. No Saint James Paris, por exemplo, as colmeias foram instaladas no centro do jardim, perto da varanda do restaurante na capital francesa. No mesmo país, na cidade de Salieu, 200 mil abelhas negras da Borgonha vivem nos telhados do Relais Bernard Loiseau.

    Relais & Chateau, Holanda, St Gerlach, Mel - Foto Divulgação
    RELAIS & CHÂTEAUX ST. GERLACH, NA HOLANDA

    Hóspedes do Château St. Gerlach, membro da associação na Holanda, provam sobremesas preparadas pelo chef e apicultor certificado Otto Nijenhui, e ainda acompanham o trabalho das abelhas da raça Carnica — em 2015, as 6 colmeias renderam 150 kg de mel ao hotel. Na Alemanha, os proprietários do Bareiss im Schwarzwald apostam no uso da geleia real como um dos principais tratamentos do spa do hotel, localizado na Floresta Negra.

    No espanhol Abadía Retuerta LeDomaine, também Relais & Châteaux, é possível se sentir apicultor num passeio em que os hóspedes usam roupa especial para se aproximam das colmeias. O San Maurizio, na região italiana do Piemonte, produz o Mel da Abadia, mantendo a tradição iniciada pelos monges cistercienses no século 17.

    Relais & Chateaux, Hotel, Italia, San Maurizio, Mel - Foto Divulgação
    RELAIS & CHÂTEAUX SAN MAURIZIO, NA ITÁLIA

     

    Na Fairmont, 360 kg de mel em Toronto

    FAIRMONT ROYAL YORK - Foto retirada do site da rede
    ROYAL YORK, NO CANADÁ – Foto retirada do site da Fairmont

    Desde 2008, a rede de hotéis Fairmont mantém apiários em mais de 20 unidades, situados especialmente no Canadá e nos Estados Unidos — veja imagem da produção, acima deste texto (em foto retirada do site da rede hoteleira). No outono de 2011, foram colhidos pouco mais de 360 kg de mel na cobertura do histórico Fairmont Royal York, na canadense Toronto.

    O programa conhecido como Bee Sustainable fornece mel para os bares e os restaurantes da rede e também contribui para a polinização de parques e jardins localizados próximos aos hotéis. No tradicional Château Frontenac, na cidade de Québec, o mel fabricado por 70 mil abelhas que vivem em quatro colmeias três vezes ao ano serve de base para pratos especiais preparados no Le Champlain, requintado restaurante do hotel no Canadá.

     

  • Travessia entre Brasil e Europa 2017/2018: cruzeiros da temporada

    Travessia entre Brasil e Europa 2017/2018: cruzeiros da temporada

    Que tal fazer um cruzeiro entre Brasil e Europa? Saiba que companhias e navios oferecem viagem de travessia na temporada 2017/2018. Empresas oferecem roteiros que duram de 12 a 21 noites

    ATUALIZADO EM 2 DE FEVEREIRO DE 2018

    Quem gosta de fazer viagem de navio em roteiros longos pode embarcar nos cruzeiros marítimos entre Europa e Brasil. Opostas aos minicruzeiros — muito buscados por viajantes que experimentam pela primeira vez um cruzeiro pelo Brasil —, essas viagens duram entre 12 e 21 noites, na temporada 2017/2018.

    Na hora de trazer os navios para a temporada de cruzeiros no Brasil, companhias oferecem esses cruzeiros. Para embarcar num cruzeiro para a Europa saindo do Brasil, o momento é o fim da temporada, entre março e abril de 2018, quando as companhias marítimas encerram suas atividades por aqui. Seja qual for a direção da viagem, vale pesquisar porque algumas empresas oferecem pacotes de cruzeiros que incluem a passagem aérea em um dos trechos.

    Vêm para o verão no Brasil os navios Sovereign (Pullmantur), Costa Favolosa, Costa Fascinosa, MSC Preziosa, MSC Magnifica e MSC Musica — a Royal Caribbean, após muitos anos seguidos de presença no Brasil (até 2015/2016), não participa novamente da temporada brasileira.

    COSTA FASCINOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    Saiba que roteiros de cruzeiros transatlânticos fazem as embarcações da temporada 2017/2018:

    Sovereign (Pullmantur)

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Cádiz (Espanha)

    Data da partida: 27 de novembro

    Total de noites: 12

    Escalas: Lanzarote e Tenerife (ambas na Espanha)

    Cidade de chegada: Recife

    BEBIDAS A BORDO DO NAVIO SOVEREIGN – Foto: Pullmantur/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Salvador

    Data da partida: 12 de março

    Total de noites: 14

    Escalas: Recife, Tenerife (Espanha)

    Cidade de chegada: Barcelona (Espanha)

     

    Costa Favolosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Savona (Itália)

    Data da partida: 24 de novembro

    Total de noites: 20

    Escalas: Barcelona, Cádiz, Arrecife e Las Palmas (todas na Espanha), Recife, Maceió, Salvador, Ilhéus (BA), Rio de Janeiro

    Cidade de chegada: Santos (SP)

    CABINE DO COSTA FAVOLOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de março

    Total de noites: 19

    Escalas: Rio de Janeiro, Ilhéus (BA), Salvador, Maceió, Recife, Casablanca, Tenerife, Valência e Barcelona (as três na Espanha), Marselha (França)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    Costa Fascinosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Savona (Itália)

    Data da partida: 19 de novembro

    Total de noites: 15

    Escalas: Barcelona e Tenerife (ambas na Espanha), Casablanca (Marrocos), Recife, Maceió, Salvador

    Cidade de chegada: Rio de Janeiro

    BAR DO COSTA FASCINOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 14 de março

    Total de noites: 15

    Escalas: Salvador, Maceió, Tenerife e Málaga (ambas na Espanha), Marselha (França)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    MSC Preziosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Gênova (Itália)

    Data da partida: 1º de dezembro

    Total de noites: 18

    Escalas: Barcelona, Cádiz e Tenerife (as três na Espanha), Lisboa e Funchal (ambas em Portugal), Salvador, Búzios (RJ), Rio de Janeiro

    Cidade de chegada: Santos (SP)

     

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 8 de abril

    Total de noites: 20

    Escalas: Salvador, Tenerife e Vigo (ambas na Espanha), Lisboa e Ponta Delgada (Portugal), Southampton (Inglaterra), Le Havre (França), Zeembrigue (Bélgica), Kiel (Alemanha)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    MSC Magnifica

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Gênova (Itália)

    Data da partida: 24 de novembro

    Total de noites: 16

    Escalas: Villefranche sur Mer e Marselha (ambas na França), Tenerife e Valência (ambas na Espanha), Gibraltar, Casablanc (Marrocos), Salvador

    Cidade de chegada: Santos (SP)

    RESTAURANTE NO MSC MAGNIFICA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de março

    Total de noites: 20

    Escalas: Rio de Janeiro, Búzios (RJ), Salvador, Funchal e Cascais (Portugal), La Coruña (Espanha), Southampton (Inglaterra), Le Havre (França)

    Cidade de chegada: Hamburgo (Alemanha)

     

    MSC Musica

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Veneza (Itália)

    Data da partida: 12 de novembro

    Total de noites: 21

    Escalas: Bari (Itália), Valeta (Malta), Málaga (Espanha), Funchal (Portugal), Fortaleza, Recife, Maceió, Salvador, Búzios (RJ)

    Cidade de chegada: Rio de Janeiro

    CASSINO DO MSC MUSICA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 4 de março

    Total de noites: 21

    Escalas: Santos (SP), Cabo Frio (RJ), Salvador, Tenerife, Málaga e Palma de Mallorca (as três na Espanha), Funchal (Portugal), Valeta (Malta), Split (Croácia), Palermo (Itália)

    Cidade de chegada: Veneza (Itália)

  • Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    ATUALIZADO EM 31 DE MARÇO DE 2019

    Meu coração é de Maria, mas viajo com Mercedes. A frase me saltou aos olhos quando a li em um para-choque de caminhão no meu tempo de criança. Essa gaiata declaração de amor feita à base de um trocadilho é para mim o melhor texto de publicidade escrito fora da publicidade. Ideia simples, um paradoxo em se tratando de uma marca luxuosa como Mercedes–Benz. Vencidos mais de 130 anos da invenção do automóvel, os carros da estrela de três pontas permanecem como símbolo de status, de algo para poucos. Já o museu da montadora, em Stuttgart, na Alemanha, anda na contramão da suposta imagem elitista.

    [ppromo_passagens origin=”SAO” destination=”FRA” limit=”02″ month=”04″ tags=”museu mercedes”]

    Como é o Museu Mercedes-Benz

    Instalado em um lindo prédio futurista, que chama atenção à medida que você se aproxima dele, o acervo do museu de nove andares está dividido em duas exposições: Legend Rooms e Collection Rooms. Ao todo, são 160 veículos e cerca de 1.500 objetos expostos. Circulando por seus 16.500 m², você não esbarra tanto em potenciais compradores nem machos clássicos, daqueles que entendem tudo sobre quatro rodas.

    O Museu Mercedes é um espaço bem bacana para quem se interessa por história. Isso faz dele um programa ideal para adultos e crianças, como nós comprovamos durante nossa viagem em família pela Alemanha.

    O que fazer no Museu Mercedes

    O tour começa pelo alto. O elevador com pinta de cápsula do tempo leva o visitante a 1886, ano em que Götlib Daimler e Karl Benz buscavam criar, cada um em um canto da Alemanha, o primeiro automóvel movido por motor de combustão interna.

    A partir do salão onde estão expostos veículos pioneiros como o Benz Velo, de 1894, você é levado a percorrer os andares do museu por meio de rampas — super viável para cadeirantes. Painéis localizados à esquerda da descida contam de forma cronológica passagens da história da Mercedes — da junção dos rivais Benz e Daimler ao papel inovador que a marca sempre exerceu no mercado automobilístico, sem se esquecer do contexto mundial em que os fatos transcorreram.

    Nathalia e eu, que adoramos história, concluímos que se não houvesse um mísero carro exposto a visita teria valido a pena mesmo assim. Já o nosso filho, Joaquim, que ainda não sabia ler,  ficou atento às fotos. Quando reconheceu os Beatles — associados em um painel a uma determinada passagem da trajetória da Mercedes — ele parou e quis saber o que faziam naquela imagem os caras que cantam Don’t Let Me Down (“Du lé mi daun”, como dizia o Quim aos 3 anos).

    Nas sete Legend Rooms são apresentados lendários carros que ilustram um período histórico a partir de um tema central: da invenção do automóvel às inovações no campo da segurança — a Mercedes foi pioneira na criação do air-bag e do sistema de freio ABS, por exemplo.


    Booking.com

    Um piso inteiro conta o nascimento da marca Mercedes, batizada com o nome da filha de Emil Jèllinek, homem de negócios e piloto vocacional, cujas vitórias nas pistas ajudaram a impulsionar as vendas dos primeiros veículos da empresa na Europa.

    O que ver no museu na alemã Stuttgart

    Mais do que modelos de passeio, a Mercedes também se especializou na fabricação de veículos pesados, de serviços de emergência e para transporte de massa. Nas áreas chamadas de Collection Rooms estão expostos táxis, vans, ônibus, carros de polícia e de bombeiro, ambulâncias e até o papamóvel, tudo o que for capaz de fazer a criançada ficar vidrada naqueles brinquedinhos avantajados. Quando visitamos, havia lá também um caminhão parecido com o que vi na infância, mas sem a frase antológica no para-choque. Merecia estar escrita.

    Collection Rooms e Legend Rooms são exposições independentes, mas conectadas a cada andar. À direita fica o espaço dos veículos Collection. Se preferir ver apenas os Legend, vá para a esquerda e desça a rampa. O acervo completo consome duas horas de tour, aproximadamente.

    Os dois percursos terminam numa curva fechada intitulada Flechas de Prata — Corridas e Recordes. Nessa área comprova-se o poder da Mercedes em diversas categorias do automobilismo, das provas do turismo europeu à Fórmula 1, com destaque para os carros pilotados nos anos que antecederam a Segunda Guerra — tempo em que surgiu o mito das Flechas de Prata, assim chamados pela imprensa devido à ausência de pintura na lataria dos carros. Vê-se ainda os modelos que levaram o argentino Juan Manuel Fangio a dois de seus cinco títulos mundiais, e os carros que marcaram o retorno da Mercedes à Fórmula 1 com uma equipe própria, ocorrido em 2010, depois de 55 anos de ausências das pistas.

    Museu Mercedes, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (14) (800x457)
    Mercedes-Benz, um mito das pistas de corrida

    VALE SABER

    Endereço: Mercedesstrasse, 100

    Transporte: A partir da estação central de Stuttgart, pegue a linha 1 do S-Bahn no sentido Kirchheim (Teck), desça em NeckarPark (Mercedes-Benz) e siga as placas que indicam o caminho do museu, a uns 15 minutos de caminhada. Em dias de jogos do Stuttgart, cujo estádio fica próximo, o acesso ao museu pode estar restrito. Portanto, use o transporte público para chegar ao Mercedes-Benz Museum

    Horário: De terça a domingo, das 9 às 18 horas (a bilheteria fecha 1 hora antes)

    Ingresso: adultos, 10 euros; jovens entre 15 e 17 anos e pessoas acima de 60 anos, 5 euros (menores de 14 anos entram de graça, se estiverem acompanhados por um adulto). A taxa inclui o áudio-guia, disponível em oito idiomas. Não há versão em português.

    Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Mercedes terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Porsche, mediante apresentação do bilhete. E vice-versa

    Alimentação: O café-bar do 1° andar (terça a domingo, das 9 às 18 horas) oferece de refeições rápidas a sanduíches. Durante o verão, sentar-se no terraço do restaurante (terça a domingo, das 10 às 19 horas) é ideal para saborear pratos da cozinha regional e internacional enquanto se admira a bela arquitetura do museu

    Site: mercedes-benz-classic.com/museum


    *
    Visita feita a convite do Museu Mercedes e do Turismo de Stuttgart



    Booking.com

  • Berlim: museu lembra fim da guerra e reunificação

    Berlim: museu lembra fim da guerra e reunificação

    Berlim, Museu Historico, Exposicao Fim da Guerra, Foto Carl Weinrother na Exposicao - Foto VisitBerlin, Divulgacao
    Fotografia de Carl Weinrother exposta no Museu Histórico – Foto: visitBerlin/Divulgação

    O ano de 2015 marca a comemoração de duas datas importantes para a história da Alemanha: os 70 anos do fim da Segunda Guerra, que começou com a rendição dos nazistas em 8 de maio, e a reunificação do país, que completa 25 anos em 3 de outubro.

    O Deutsches Historisches Museum (Museu Histórico), em Berlim, apresenta 2 exposições dedicadas a esses momentos.

    ‘1945. Derrota. Libertação. Novo Começo’

    A mostra 1945. Niederlage. Befreiung. Nueanfang. detalha os efeitos do pós-guerra não só na Alemanha como em outros 11 países da Europa: Áustria, Polônia, Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, França, Grã-Bretanha e as antigas União Soviética e Tchecoslováquia. Objetos e fotografias apresentam a vida durante os cinco anos seguintes ao fim do conflito. Os visitantes podem conhecer ainda a história de 36 cidadãos dessas diferentes nacionalidades.

    Berlim, Museu Historico, Exposicao Fim da Guerra, Foto do Sino da Vitoria - Foto Divulgacao
    Foto: Divulgação

    A exposição reúne também objetos, como um sino da vitória, que simboliza a coalizão anti-nazista, formada por Churchill, Roosevelt e Stalin, cujo dinheiro obtido com a venda foi revertido para as vítimas da guerra.

    Até 25 de outubro de 2015 — sextas, às 15 horas, há tour de 1 hora em inglês, por 4 euros além do preço do ingresso do museu

    ‘Unificação. Sociedade alemã em transição’

    Berlim, Museu Historico - Foto Wolfgang Scholvien, visitBerlin, Divulgacao
    Foto: visitBerlin/Divulgação

    A exposição Alltag Einheit. Porträt Einer Übergangsgesellschaft aborda as profundas mudanças ocorridas após a reunificação das Alemanhas capitalista e socialista, ocorrida em outubro de 1990. A mostra tem fotografias e salas interativas, com textos em alemão, inglês e, pela primeira vez, em braile.

    De 28 de maio de 2015 até 3 de janeiro de 2016

     

    VALE SABER

    Endereço: Unter den Linden, 2, Berlim

    Preço: 8 euros – grátis até 18 anos

    Funcionamento: diariamente, das 10 às 18 horas

    Site: dhm.de

  • Tulipas na Holanda: Keukenhof, parada das flores e mercado flutuante

    Tulipas na Holanda: Keukenhof, parada das flores e mercado flutuante

    Saiba onde ver tulipas na Holanda em 3 passeios no país: o parque Keukenhof, a Parada das Flores e o mercado flutuante de Amsterdã. A primavera convida a conhecer arações e campos de plantio na maior produtora mundial

    ATUALIZADO EM 17 DE ABRIL DE 2017

    Pensou tulipa, lembrou da Holanda. As primeiras mudas vieram da Turquia. Floresceram, coloriram, viraram símbolo do país que fez das tulipas e de outras espécies commodity. Responsável por 60% da produção mundial de flores, a Holanda celebra a chegada da primavera com diversas atrações. Conheça aqui 3 dos principais passeios: o icônico parque Keukenhof, a anual Parada das Flores e o mercado flutuante de Amsterdã.

    KEUKENHOF, O PARQUE DAS TULIPAS, PERTO DE AMSTERDÃ – Fotos: Divulgação

    Tudo começou há 400 anos, durante a Era de Ouro da Holanda, quando o país enriqueceu com o comércio mundial. Foi aí que as primeiras tulipas foram importadas do Império Otomano. A flor ainda é cultivada na Turquia, para onde foi levada por povos que antes viviam na região montanhosa de Tian Shan. Localizada na Cordilheira do Himalaia, ela é originalmente o lugar das tulipas.

    Atualmente a Holanda responde pela produção de 4,2 bilhões de unidades por ano, em plantações de tulipas sobre uma extensão de aproximadamente 100 km². Para quem deseja ver de perto os famosos e coloridos campos, a melhor época para visitar o país é da segunda metade de abril até o fim de maio. É nesse período do ano que a mais conhecida flor holandesa desabrocha, formando imensos e coloridos jardins, juntamente com jacintos, orquídeas, narcisos, cravos, lírios, entre outras espécies.

    Keukenhof vanuit de Dakota

    1 > KEUKENHOF: O PARQUE COM JARDINS DE TULIPAS

    Anualmente, um tema serve de inspiração para paisagistas criarem os coloridos canteiros do Keukenhof, o maior parque de flores do mundo, localizado na cidade de Lisse. Com cerca de 100 variedades de tulipas florescendo, o jardim, que funciona apenas durante a primavera, é um dos principais pontos turísticos da Holanda.

    Com cerca de 320.000 m² de área e 7 milhões de mudas plantadas anualmente, o Keukenhof é composto por jardins e 4 pavilhões. Atrai em torno de 1 milhão de visitantes ao longo de suas 8 semanas de funcionamento.

    Em 2017, o tema da exposição preparada para o público é o design holandês, com seus destaques na arquitetura, no design gráfico e de móveis e na moda. O pavilhão Oranje Nassau foi inteiramente projetado para exibir várias aspectos do assunto abordado neste ano na temporada do parque. Dois jardins inspiradores do Keukenhof também estão dedicados ao tema, sendo um deles em homenagem a Piet Modrian. Canteiros com flores vermelhas, azuis e amarelas lembram os traços do artista holandês em suas coloridas pinturas.

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, até 21 de maio

    Site: keukenhof.nl

    Reserve seu hotel na Holanda pelo Booking*

    2 > PARADA DAS FLORES: DESFILE COM CARROS TEMÁTICOS

    O Blomencorso Bollenstreek percorre 42 quilômetros entre as cidades holandesas de Noordwijk e Haarlem, uma região produtora de flores. O desfile conta com cerca de 20 carros alegóricos criativos e em torno de 40 veículos decorados, especialmente com tulipas. Bandas animam o público da parada.

    Como o trajeto passa pelo Keukenhof, a sugestão é combinar os dois programas e visitar o parque no sábado da parada, em abril. O design holandês também serve de tema em 2017 para o desfile.

    TRAJES TÍPICOS E TRADIÇÕES NOS CARROS DE FLORES PASSANDO PELO KEUKENHOF

    BANDAS ANIMANDO O PÚBLICO DO PARQUE – Fotos: Divulgação

    No dia seguinte à travessia pela Bollenstreek, algo como ‘região dos bulbos’, os carros alegóricos ficam expostos na praça do mercado de Haarlem.

    Holand, Flores, Desfile - Foto Erwin Martens, Divulgação
    Foto: Erwin Martens/Divulgação

    Holand, Flores, Desfile - Foto Malou Evers, Divulgação
    Foto: Malou Evers/Divulgação

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, a programação do evento se estende de 19 a 23 de abril, mas a parada é realizada no sábado dia 22, com início às 9h30 em Noordwijk. Para quem pretende ver o desfile em 2018, ele será realizado em 21 de abril — em 2019, em 13 de abril

    Site: bloemencorso.info

     

    3 > MERCADO FLUTUANTE: VENDA DE PLANTAS EM AMSTERDÃ

    Amsterdã, Holanda, Flores, Mercado - Foto Divulgação (3)
    BOTÕES DE TULIPAS NO MERCADO EM AMSTERDÃ

    Mercado de flores mais famoso da Holanda, o Bloemenmarkt funciona em Amsterdã desde 1862. Fica no canal Singel, entre Koningsplein e Muntplein, e seu charme são as barcaças flutuantes repletas de flores. No passado as embarcações eram responsáveis por trazer as plantas para serem vendidas na cidade

    Na área do mercado, também são encontradas tulipas de madeira para quem quiser trazer um souvenir bem típico da Holanda.

    VALE SABER

    Quando:  Funciona durante o ano inteiro, de segunda a sábado, das 9 às 17h30 — domingo, a partir das 11 horas

  • Muro de Berlim: após a queda, minhas 2 viagens

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Era 1992. O Muro tinha caído havia três anos, mas Berlim seguia visualmente dividida. Era clara a diferença quando se caminhava pelas ruas. O lado leste estava detonado.

    Me lembro de ir a duas festas underground em prédios meio abandonados na antiga Berlim Oriental. O carimbo fluorescente na mão me garantia a entrada nos ambientes que se equilibravam num sobe-e-desce de escadas. Eu, com 21 anos, me equilibrava no alto do copo daquela gigante cerveja alemã, em temperatura ambiente – fria, era início de abril.

    Minha tia (e madrinha) morava em Berlim e eu fui visitá-la. De dia, ela me levou a todos os pontos turísticos do lado ocidental, como a Potsdamer Platz. Dividida pelo Muro de Berlim, a praça começava a se reerguer como símbolo de uma cidade que queria se tornar uma novamente. Hoje a Potsdamer Platz é enorme e moderna.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViajaUma das construções marcantes na minha memória era a Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, igreja de torre bombardeada no comecinho da Kurfürstendamm, principal avenida do lado oeste de Berlim. Não vi em 2014 a gente de roupa preta e cabelo colorido sentada na escadaria da igreja marcada pela Segunda Guerra. Após 22 anos, voltei a Berlim em família, com meu marido, Fernando, e meu filho, Joaquim.

    Durante os dias da minha primeira visita à cidade, caminhei muito pela Kurfürstendamm. Estive com a minha madrinha na KaDeWe, loja de departamento que segue funcionando na principal avenida do lado ocidental de Berlim. Também conheci o zoológico. Em 2014, estive no Berlin Zoo com meu pequeno de 5 anos.

    Em 1992, o Reichstag não tinha metade do glamour atual entre os turistas, nem a belíssima cúpula de vidro. Afinal, foi exatamente em 1992 que decidiram que o prédio do parlamento alemão devia ser reconstruído. Lá dentro uma exposição mostrava num enorme mapa suspenso, com luzinhas coloridas, o avanço do domínio alemão na Europa durante a Segunda Guerra e sua consequente derrocada. Adorei ver aquela representação da evolução dos acontecimentos – naquele tempo, interatividade não era palavra-de-ordem; acho mesmo que nem existia como palavra.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)

    Lembranças de Berlim Oriental

    Agora em 2014 o verde do gramado diante do Reichstag se contrapôs à lembrança de uma praça feiosa de 22 anos antes. Bem, a memória pode estar me pregando uma peça, até porque a cidade não tinha passado por um planejamento urbano após a queda do Muro e ninguém podia sonhar com Google Maps para dar aquela ajudinha na hora de se localizar.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)Naquele largo, havia gente vestida com trajes típicos russos, tocando no asfalto ou dançando num palco armado ali para uma festa de rua. Em banquinhas vendiam matrioshkas. Foi ali que conheci as bonequinhas russas que se metem uma dentro da outra.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 1992 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Seguimos caminhando para ver o Portão de Brandemburgo. A imagem da antiga porta da cidade, com aquele monte de gente festejando, é vista em dez entre dez reportagens sobre a queda do Muro de Berlim. E lá estava eu, 3 anos depois de ver o Branderbuger Tor pela televisão.

    Ele também teve um papel marcante na nossa viagem em família em 2014. É ver a foto ou o desenho do monumento que nosso filho, Joaquim, exclama feliz: “É o Portão de Brandemburgo!” Nossa visita foi um momento tão festivo entre nós que consegui registrar um instante lindo dele com Fernando, saltando diante do vão da porta.

    Quando decidimos ir em família à Alemanha, eu sabia que veria uma outra cidade. Por ler muito sobre turismo e trabalhar em caderno de viagem de jornal, acompanhei as mudanças da capital alemã ao longo desses anos. Tinha muita curiosidade para voltar a Berlim e descobrir o que daquelas memórias de 22 anos atrás encontraria par com a realidade.

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10)Na Berlim Oriental de 1992, não havia o maravilhoso acervo da Ilha dos Museus (Museuminsel), uma das atrações mais conhecidas atualmente por quem aprecia cultura. Estive, sim, na Alexanderplatz e tirei a clássica foto, embaixo do relógio com horários de várias cidades — feito repetido em 2014 com meu filhote.

    Ali na praça comi currywurst, salsicha típica de Berlim. Me chamou a atenção o tamanho do pão. “Aqui na Alemanha o pão é praticamente para segurar a salsicha. Eles gostam mesmo é da salsicha”, me ensinou minha madrinha.

    Também subi com ela até o observatório da Torre de TV para ver Berlim do alto. Repeti a dose em 2014. Impressionante a diferença na organização e na sinalização que encontrei na atração agora.

    Reserve seu hotel em Berlim pelo Booking

    Enfim, diante do Muro de Berlim

    Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)Nenhuma sensação, no entanto, foi para mim mais impactante que me ver cara a cara com o Muro de Berlim pela primeira vez. Tantas representações, ideais, vidas estampadas ali. Hoje sempre lembradas pelos visitantes pelas imagens do segmento eternizado na East Side Gallery, trecho do Muro com várias pinturas coloridas.

    Na minha memória, segue vivo o preto no branco da contagem de mortos estampada sobre concreto em 1992. Gente que havia tentado transpor a barreira física que se estabeleceu entre dois mundos.

    A emoção me tomou por estar ali, pela primeira vez, diante da história viva. Ainda por cima era minha estreia na Europa. E logo com Berlim. Eu que sempre me interessei por história, especialmente pelos acontecimentos do século 20. Nazismo, Segunda Guerra, Muro de Berlim. Tudo isso sempre me intrigou. Adolescente dos anos 1980, eu vivi o planeta rachado pela Guerra Fria, cujo ícone máximo era aquela cidade dividida.

    Muro de Berlim 1992 Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)

     

    Pedaços do Muro eram vendidos em todo canto em 1992. Ninguém sabia se, de fato, originais. Hoje o assunto é tão bem explorado pelo VisitBerlin, responsável pela promoção turística da cidade, e tudo o que se refere à antiga barreira está tão estruturado (como só os alemães sabem fazer) que é possível comprar online um pedaço certificado do Muro.

    Foi por meio de um daqueles pedaços (verdadeiros ou não) que meu marido teve contato pela primeira vez com o Muro. Muro de Berlim, Queda, Viagem 2014 - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)Pouco depois do fim da divisão de Berlim, uma vizinha dele esteve na Alemanha e voltou para São Paulo com um fragmento da história. Ele conta que ficou impressionado. Não mais do que ao se deparar com o Muro ao vivo na nossa viagem em 2014.

    Hoje, neste 9 de novembro histórico, quando a capital alemã celebra 25 anos da queda do Muro, nós dois passamos o dia com a cabeça em Berlim. Ah, como seria lindo estar lá para ver as 8.000 luzes demarcando 15 quilômetros do risco que partia a cidade. Para depois comemorar o simbolismo de ver tudo aquilo se apagar nos balões soltos no ar. Festejando o futuro. O que aconteceu nesse quarto de século e o que ainda está por vir.

Pular para o conteúdo