Categoria: Montréal

  • Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    ATUALIZADO EM 17 DE MAIO DE 2019

    Maple no Canadá é parte da cultura. O xarope é produzido da seiva retirada das árvores de maple, aquelas com a folha da bandeira do Canadá. Dele, são fabricados produtos como açúcar, balas, manteiga e outros tantos que levam o xarope como um de seus ingredientes.

    Sempre que vou ao Canadá reforço meu estoque de maple, para usar em receitas quando volto para casa e também em cima de panquecas (como eles comem no Canadá) ou tapioca (numa adaptação bem brasileira). Se você também é fã de maple, vai encontrar o xarope no Canadá chamado por duas maneiras, já que o país é bilíngue: maple syrup (inglês) ou sirop d’érable (francês).

    De acordo com o produtor, varia o gosto do xarope. Já provei alguns superdoces! Mas comprei um muito bom (até agora sinto o gostinho) na Les Délices de L’Érable, loja da Maple Delights na cidade de Québec. Em outra viagem ao Canadá, também estive numa loja da rede, só que em Montréal. Fica na bela Rue St. Paul, no centro histórico, Vieux-Montréal. Lá comprei temperos com maple, incluindo uma gostosa mostarda, e tomei um sorvete delicioso de pistache, adoçado com xarope de maple.

    Loja de produtos feitos com maple, em Québec – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A história do xarope de maple

    Foram os povos nativos que ensinaram os colonos a extrair a seiva das árvores e a fervê-la para fazer o xarope. Até 1875 o único açúcar disponível no leste da América do Norte era o de maple.

    O Canadá responde por 85% do xarope de maple feito no mundo, segundo o Departamento de Agricultura e Ago-Alimentos do Canadá. A produção se concentra no lado direito do mapa, a área centro-leste do país. As principais províncias produtoras são Québec, Ontario, New Brunswick e Nova Scotia.

    A temporada de xarope de maple começa na primavera, quando o gelo do inverno derrete e a extração da seiva se inicia. Nessa época do ano, é possível fazer uma visita a uma fazenda de maple em Quebéc para conhecer como é a produção do xarope, nas chamadas cabanes à sucre (em inglês, o nome é sugar shack). Minha irmã costuma levar meus sobrinhos, e eles se divertem bem, especialmente com os pirulitos feitos no contato do xarope com o gelo, uma tradição do inverno no Canadá.

    Na fazenda de maple com as crianças – Foto: Carla Molina/Arquivo pessoal

    O xarope é amplamente usado nas receitas do Canadá e até em outros produtos. Um dos mais curiosos que já provei foi um espumante com toque de maple na província da Nova Scotia.

    Dependendo do xarope e da combinação feita na cozinha, o resultado pode ser bem doce. Mas se acertar na mão… hummmm… Eu tomei um milkshake de maple delicioso no Deville Dinerbar em Montréal! A decoração do lugar ainda é linda, com detalhes típicos de diners americanos e vibrantes tons de rosa. 

    Montréal, Milkshake de Xarope de Maple, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Milkshake de xarope de maple no Canadá
    Montréal, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Restaurante no centro de Montréal, perto da Rue Sainte-Catherine: Deville Dinebar
  • Passeio de bicicleta em Montréal

     

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Nem me lembrava da última vez em que tinha subido numa bicicleta. Certamente mais de 20 anos. Mas a ideia de pedalar em Montréal era muito sedutora. Por vários aspectos.

    Sabe aquelas situações em que os fatos fluem na mesma direção? Pois é, foi o que aconteceu. Eu já tinha ido a Montréal e não tinha pedalado. Mas agora estou gradativamente retomando a atividade física na minha vida e também ando com muita vontade de experimentar, de uma nova forma, coisas que já fiz um dia. Bem nesse momento, volto a Montréal.

    Eu poderia ter pedalado em muito lugares, até mesmo em São Paulo, onde moro e há espaço para isso — tanto que na volta me animei e fui em família pedalar no Parque Villa-Lobos. Mas o reencontro com uma bike foi em Montréal, uma cidade intimamente ligada às duas rodas. Ciclovia ali não é enfeite, tampouco foi feita só para constar, para a cidade se dizer politicamente correta. Lá bicicleta é assunto sério, é meio de transporte.

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    As pessoas se locomovem de bike. Na porta de escritórios, bares e restaurantes, é comum ver bicicletas estacionadas. Ao todo, Montréal conta com 500 quilômetros de ciclovia. A prefeitura incentiva essa prática entre os moradores com o sistema BIXI, cujo foco é na locomoção. Paga menos quem não retém a bicicleta por muito tempo e quem comprar passes mais longos — neste post eu falo mais sobre o BIXI.

    Assim, quando eu soube que nosso grupo de blogueiros faria um tour de bike, fiquei animada e apreensiva ao mesmo tempo. Eu estava mais do que enferrujada, e não conhecia ninguém antes da viagem. Fiquei com vergonha com a possibilidade de atrapalhar o passeio. Será que eu iria conseguir subir na bicicleta e pedalar sem nenhum constrangimento? Resolvi tentar. E digo que ainda bem! Foi um dos passeios mais emocionantes da minha mais recente viagem ao Canadá.

    Está bem, o que tem de tão especial? Sendo bem franca, é um passeio de bike numa cidade bonita muito bem estruturada para isso. Até aí, normal? Sim, tudo depende de como você sente o lugar. E eu costumo sentir, mas do que pensar as coisas. Em Montréal, as pessoas respiram bicicleta, cultivam a cultura da bike como estilo de vida. Aí está o toque especial para mim. E, como experiências nunca são compostas apenas pelos lugares, entrou nessa química meu momento de vida também. Eu tinha saído de uma crise forte de fibromialgia. Resultado: uma manhã marcante.

    O dia amanheceu azul. Depois de eu pegar temperaturas abaixo dos 10 graus nas províncias da Nova Scotia e de New Brunswick, no leste do Canadá, finalmente fazia um calorzinho. Saímos do hotel em direção à região do porto, onde fica a Ça Roule Montréal. Desde 1995, André Giroux organiza passeios de bike. Sua empresa mantém 3 opções formatadas, com a duração de cerca de 4 horas, ao preço de 65 dólares canadenses por pessoa. Para quem prefere alugar a magrela e sair pedalando, a hora começa em 8 dólares canadenses – a Ça Roule fornece mapas com ideias de circuitos.

    NOSSA PEDALADA

    Na frente da loja, vestimos capacete e colete luminoso. Depois testamos as bicicletas. Era muita marcha! Ai, que vergonha… Algo tão básico para aquele povo. Todo mundo sabia usar, menos eu. Mas aprendi.

     

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    Todas as minhas dúvidas perguntei à guia e ao grupo, e eles foram muito compreensivos comigo. Ao longo do percurso, sempre faziam questão de saber seu estava bem, se estava dando conta.

    Dei conta da parte inicial. Pedalamos ao longo do porto, paramos para contemplação – e fotos, é claro! Diante de nós, o rio e as ilhas. Mais exatamente Fleuve Saint-Laurent e Ilês Sainte-Hélène e Notre-Dame (onde fica o circuito de F1 Gilles-Villeneuve). Que lindeza de visão com o céu azul!

    Seguimos e paramos de novo mais adiante, na Plage de L’Horloge, para apreciar os barcos na marina com a Vieux-Montréal ao fundo. Bonito ver as construções da parte antiga da cidade. Naquele ponto, diante da torre do relógio, uma praia é montada no verão, de 22 de junho a 2 de setembro, das 11 às 17 horas. Sem direito a banho de rio, mas com chuveiro e guarda-sol.

    Foi um desafio chegar até a parada seguinte. Quase morri pedalando na subida da Place Jacques Cartier, ponto turístico na parte antiga de Montréal – a ladeira é cercada por bares e restaurantes lindinhos. Me senti poderosa por conseguir.

    Retomei o fôlego enquanto tirava fotos com o prédio da Prefeitura de Montréal (Hotêl de Ville) atrás de mim, na Rue Notre-Dame. Daquele ponto em diante, ficamos mesmo pelas ruas de Montréal. A faixa da ciclovia está claramente desenhada em todo o centro e é de fato respeitada pelos motoristas. Delícia viver isso.

    Em grupo, segui pedalando e até me empolguei na velocidade. Sabe aquela pedalada mais forte para depois você só aproveitar o ventinho do embalo? Não me lembrava dessa sensação de criança…

    Nossa direção era a Pont Jacques-Cartier, ponte que liga Montréal a Longueuil, cidade na outra margem do Saint-Laurent. No caminho, a Jacques-Cartier atravessa a Île Sainte-Hélène, lugar onde o grupo seguiria pedalando.

    Antes de chegar a subida da ponte, passamos pelo Village, bairro gay de Montréal, localizado em torno da estação de metrô Beaudry. Paramos na Rue Sainte-Catherine para ver a decoração de verão da rua e para descansar um pouco. De maio a setembro, a Sainte-Catherine vira rua de pedestres e fica enfeitada. Está toda rosa neste ano, uma graça.

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    Dali, partimos para a ponte. Eu cheguei a começar a subir, mas resolvi respeitar meu limite (àquela altura, meu joelho direito já acusava existência). Parei a bike e dei uma olhada na vista.

    Esse rosinha no horizonte é a Sainte-Catherine, onde tinha acabado de estar.

    Voltei para a Ça Roule Montréal para devolver a bicicleta. Meus colegas me disseram que o passeio segue leve pelo plano depois da parte inicial de subida da Jacques-Cartier. Tudo bem, na próxima eu tento chegar ao circuito da F-1, no Parc Jean-Drapeau.

    Por ora, me contento com minhas 2 horas de bike com paradas estratégicas. Fazer esse passeio de certa forma mudou minha vida. Me emocionei ao ver que podia sim voltar a pedalar. Dizem que a gente nunca esquece como se anda de bicicleta. Aos 42 anos, posso atestar que isso é verdade.

    Viajei a convite da Comissão Canadense de Turismo e da VIA Rail na aventura #ExploreCanada Blogger Train

  • Canadá: 3 roteiros de trem

    Na rota do trem The Canadian, o trem sai de Toronto às terças, às quintas e aos sábados. De Vancouver, as partidas são às terças, às sextas e aos domingos. Mas não é preciso cruzar o país nem gastar a partir de 1.900 dólares canadenses, por pessoa em cabine dupla, para viajar de trem no Canadá — preço de outubro de 2010, quando foi publicada minha reportagem sobre a viagem que fiz atravessando o país, de Toronto a Vancouver. Há roteiros menores, a maioria pela VIA Rail (viarail.ca), que detém 90% das rotas de passageiros no país. São 12.500 quilômetros de trilhos percorridos por 503 trens a cada semana.

    Trem Toronto-Vancouver, Canada
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    1> TORONTO E MONTRÉAL

    Dos 503 trens da VIA Rail que circulam por semana, 420 são usados no Corridor, como o nome indica, um corredor no mapa que inclui as maiores cidades das Províncias de Ontário e Quebec. Entre as rotas disponíveis está a conexão entre as duas metrópoles canadenses, Toronto e Montreal. O percurso entre elas, com duração de cerca de cinco horas e meia, está disponível em seis frequências diárias em ambos os sentidos. A dupla também se liga pelos trilhos à capital do país, Ottawa, numa viagem que leva em torno de quatro horas e meia a partir de Toronto e aproximadamente duas horas saindo de Montreal.

    2 > NIAGARA FALLS

    Um bom passeio para quem visita Toronto é pegar o trem para Niagara Falls. Curtinho, o caminho até a cidade das famosas cataratas leva em torno de duas horas. A VIA Rail oferece duas saídas diárias em direção a Niagara e três para o retorno a Toronto. Se você dispõe de mais tempo, fique por lá. Além de ver as quedas d”água, a rota do vinho em Ontário inclui diversas vinícolas na região, que realiza festivais sobre o tema ao longo do ano. O próximo, de 14 a 30 de janeiro, é centrado no icewine, vinho feito com uvas congeladas.

    3 > ROCHOSAS COM LUXO

    Quem busca requinte pode fazer um dos roteiros da Rocky Mountaineer. A travessia das Rochosas (Vancouver-Banff), em vagões de vidro, dura dois dias. À noite, os passageiros são levados para um hotel. O trem funciona de abril a outubro. Em 2011, a classe GoldLeaf, com refeições e bebidas, custará a partir de 1.589 dólares canadenses por pessoa (em reservas para dois). Inclui uma noite em hotel e dois almoços. A RedLeaf, mais simples, sai desde 789 dólares canadenses.

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    Este texto foi publicado no caderno Viagem do jornal Estado de S.Paulo, dentro da reportagem de capa com o título Epopeia Canadense (edição de outubro de 2010).

    Os outros textos dessa reportagem são: Canadá: a viagem de trem de Toronto a VancouverComo é a rotina no The CanadianVancouver: roteiro na cidade, Toronto e Montréal: as duas grandes, Toronto e Montréal: Museu do Hóquei e Parque Olímpico, Québec: roteiro na cidade


     

  • Toronto e Montréal: Museu do Hóquei e Parque Olímpico

    Toronto e Montréal: Museu do Hóquei e Parque Olímpico

    Canadá, Toronto - Nathalia Molina @ComoViaja

    ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO CADERNO VIAGEM, DO JORNAL ESTADO DE S. PAULO, COMO PARTE DA REPORTAGEM DE CAPA COM O TÍTULO ‘EPOPEIA CANADENSE’ — edição de outubro de 2010

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Canadá, Toronto - Nathalia Molina @ComoViajaO hóquei e a Olimpíada de 1976: dois clássicos que movem paixões em Toronto e Montréal. Mesmo quem não entende nada do esporte mais popular do país se diverte na visita ao Hockey Hall of Fame, em Toronto. À mostra, os maiores times da América do Norte, uniformes atuais e vintage, além de medalhas e troféus.

    Canadá, Toronto - Nathalia Molina @ComoViajaUma sala expõe em vídeo, com orgulho, a vitória do Canadá sobre os Estados Unidos na Olimpíada de Inverno deste ano, em Vancouver. Arrisque dar suas tacadas na área interativa do museu, um barato. Quem sabe dá uma sorte de principiante e consegue enganar o goleiro do telão? O gol tem até vibração da torcida e replay do lance.

    Em Montréal, tour guiados no Parc Olympique mostram as instalações e contam a história dos jogos realizados na cidade em 1976. Suba na torre inclinada, a 165 metros do chão, para ter uma panorâmica da cidade.

    Leia mais sobre Canadá

    Canadá, Montréal - Nathalia Molina @ComoViaja

  • Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    A primeira viagem sozinha depois de ser mãe a gente nunca esquece. E o destino também não. Há um ano eu voltava do Canadá, onde cobri a Go Media, feira de turismo do país. Era para mim uma retomada profissional com força total. Quem me conhece sabe que trabalhei 10 anos no Grupo Estado e há 3 anos pedi demissão para ser frila. Minha ideia era ter mais tempo para viver. E viver incluía várias coisas simples e essenciais, viver incluía ter um filho. Engravidar e ter tempo para viver a gravidez. Ter meu filho e viver a maternidade.

    Eu vivi. Até os 6 meses do meu filho, não conseguia me imaginar fazendo outra coisa que não fosse ser mãe. Quando me ocorriam pautas relacionadas a bebês, eu pensava ‘tomara que alguém faça, eu adoraria ler sobre isso’. Me ofereceram guia para editar, pautas para tocar, mas eu não tinha vontade de nada daquilo. A natureza é tão doida que, conforme meu filho se aproximou do 1º aniversário e foi ficando mais independente, eu fui sentindo falta de existir de outra maneira também.

    Comecei, então, a fazer alguns frilas. E aí surgiu o Canadá. Surgiu mesmo porque, até então, o Canadá não me causava nenhuma palpitação. Mesmo trabalhando em turismo, nunca tive grande expectativa em relação ao país. Pois foi uma linda surpresa. A paisagem, as cidades, as pessoas, as comidinhas.

    Vancouver, a bela canadense no Pacífico

    Barcos em Vancouver, num dos muitos cenários bonitos na cidade canadense

    Me apaixonei por Vancouver. Dizem que por lá chove muito, mas eu peguei um sol absurdo. Que cidade alto-astral! O lindo visual do Stanley Park, os táxis aquáticos. Depois de dias cruzando o Canadá de trem, que bom sentir a vida ao ar livre, e isso eles aproveitam ali. Quanta bicicleta, gente andando. Foi uma experiência complementar à viagem em que atravessei as impressionantes Montanhas Rochosas, após passar pelas pradarias canadenses. Durante o trajeto, não vi nenhum alce infelizmente. Mas o simpático bichinho é um símbolo nacional e sua figura está em tudo, até em bala de xarope de maple! Não pude deixar de comprar para o meu filho em Vancouver uma mochilinha com um alce de pelúcia pendurado.

    Cheguei à cidade louca para falar com meu menininho. O trem não tinha wifi. Nas estações em que eles informavam que tinha internet, eu descia a hora que fosse. Numa parada saí da cabine às 5 da manhã com o computador na mão para tentar uma conexão, em vão.  Em 3,5 dias, de Toronto a Vancouver, consegui internet apenas rapidamente na estação de Winnipeg. O cenário visto de trem foi incrível, e as companhias, maravilhosas, mas, para uma mãe que viajava pela primeira vez sozinha, foi algo duro de segurar.

    Toronto, a maior cidade do Canadá em geral

    CN Tower, entre outros pontos turísticos de Toronto

    Toronto é uma grande pequena cidade, surpreendente. Cosmopolita com jeito de miúda. Com ótimos museus como o Royal Ontario Museum e sua coleção de dinossauros. No mega shopping Eaton Centre, comprei um Mickey e um Ursinho Pooh para meu filho na loja da Disney. Bem coisa de mãe em primeira viagem, praticamente tudo o que trouxe foi para o meu filho. E olha que não sou das mais consumistas. Mas, em Toronto, também não resisti a ideia de ver meu garotinho no fofo pijama com as folhas do Canadá que vi na lojinha da CN Tower, outro passeio bacana para ver a cidade de até 447 metros de altura.

    Praticamente fiz o Canadá de ponta a ponta. Se você não for cruzar o país, uma boa ideia é dividir a viagem em duas. A oeste, Vancouver e as Rochosas. No centro-leste, Toronto, Montréal e uma esticada a Québec.

    Montréal, a maior cidade do Canadá francês

    Contato com o francês e um outro Canadá, em Montréal

    Bem, eu fui com tudo já na primeira vez. De Vancouver, voei para Montréal, no leste do país. A parte antiga da cidade é linda, com suas vielas e o porto. O bairro de Plateau Mont-Royal também é um charme. Uma delícia se lambuzar com molho de poutine no La Banquise. O restaurante serve diversas variedades do prato típico de Montréal (na versão original, as batatas fritas são cobertas por molho e queijo). Não é balela dizer que a cidade tem de fato duas línguas. As pessoas falam francês, o primeiro idioma do lado leste, mas quem sabe só inglês é recebido sem aperto.

    Québec, a única cidade murada acima do México

    De Québec saiu a foto que era o símbolo do Como Viaja no início

    Para terminar a viagem, peguei o trem para ir a Québec. Também me virei com o inglês, mas a história é outra: língua ali é o francês. A cidade parece mesmo uma francesinha na área dentro da antiga muralha. Naquelas lojinhas de souvenir de aeroporto, não resisti e comprei um último mimo para meu filhote: um casaquinho de moleton com um alce para puxar o fecho e várias letrinhas com alce. Mais Canadá impossível.

  • Bicicleta em Montréal: preço e informações para aluguel no Bixi

    Bicicleta em Montréal: preço e informações para aluguel no Bixi

    Bicicleta em Montréal é meio de transporte. A cidade canadense conta, desde 2009, com um sistema público de bikes, o Bixi. O nome vem da junção das duas primeiras letras de bicicleta com as duas últimas de táxi. O objetivo é incentivar o uso da magrela para se deslocar na cidade. O ciclista pega uma bike, pedala até onde pretende ir e devolve na estação do Bixi mais próxima.

    Por isso, o programa prevê taxas extras se o ciclista permanecer um período maior do que o inicial incluído por viagem — meia hora nos passes comprados por visitantes e 45 minutos para quem se torna membro do programa de transporte da cidade. Existem os planos mensal e anual, mais indicados para moradores, e passes que servem bem a visitantes: One Way (meia hora de bike), 1 Day (24 horas) e 3 Days (72 horas).

    Fiquei impressionada com a quantidade de estações que vi de aluguel de bicicleta em Montreal. Também são 7.250 bikes espalhadas em 600 pontos de Montréal e das vizinhas Longueuil e Westmount. Além de francês e inglês, línguas oficiais do Canadá, os usuários do Bixi podem ler as instruções também em espanhol. É preciso ter no mínimo 14 anos e 1,24 m de altura para alugar uma bicicleta.

    VALE SABER

    Funcionamento: De 15 abril a 15 de novembro

    Preço: No One Way, meia hora de bike por CAD$ 2,95; no 1 Day, 24 horas a CAD$ 5,25; no 3 Days, 72 horas por CAD$ 15. Em todos esses passes, o usuário paga 1,75 dólar canadense pela primeira hora adicional e 3 dólares canadenses por cada 15 minutos seguintes.

    Site: montreal.bixi.com

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