Tag: British Columbia

  • Esqui em Whistler, no Canadá: estação tem maior área esquiável

    Esqui em Whistler, no Canadá: estação tem maior área esquiável

    Veja o que fazer na estação Whistler Blackcomb, no Canadá: a maior área de esqui na América do Norte oferece visual e ação na neve. As atividades vão de aulas a um passeio na Peak 2 Peak, gôndola de 4,4 km de extensão. Entre as novidades: a estação teve sua área de principiantes renovada e foi comprada pela americana Vail Resorts e incluída no Epic Pass

    Duas montanhas, com aproximadamente 200 pistas no total, ligadas por uma super gôndola e riscadas morro acima morro abaixo por 37 meios de elevação. Eleita 3 vezes pelos leitores da revista Ski Magazine como a melhor estação da América do Norte, Whistler Blackcomb, no oeste do Canadá, é o principal centro de esqui do país.

    O bônus: aos pés da estação está a pequenina Whistler, vila na província de British Columbia, com charme e atividades para garantir diversão mesmo para quem não pratica nenhum esporte na neve.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A região ganhou projeção mundial com a realização da Olimpíada de Inverno em 2010 no Canadá. O evento se dividiu entre Vancouver e Whistler. Com isso, a vila nas montanhas recebeu novos atrativos, como uma unidade do Scandinave Spa (com sessões quentes e frias alternadas) e o Squamish Lil’wat Cultural Centre (sobre Squamish e Lil’wat, primeiros povos que habitavam a região de Whistler). Mais recentemente, foi a vez do Audain Art Museum, museu aberto em março de 2016.

    Whistler Blackcomb, o centro de esqui batizado com a junção dos nomes de suas 2 montanhas, também usa bem o legado dos Jogos. Os visitantes podem esquiar ou praticar snowboard, por exemplo, na pista oficial de esqui alpino. A capacidade de produzir neve praticamente dobrou após investimento de 17,5 milhões de dólares canadenses pelo comitê durante uma parceria de 4 anos. Isso possibilitou antecipar o começo da temporada e estender sua duração.

    Como é a estação do Canadá

    Localizada na província de British Columbia, distante em torno de 125 km de Vancouver, Whistler Blackcomb tem a maior área esquiável da América do Norte. São cerca de 33 quilômetros quadrados (ou 8.171 acres). Isso é aproximadamente 55% a mais do que a americana Vail oferece a seus visitantes: em torno de 21 quilômetros quadrados (ou 5.289 acres) de área esquiável.

    Aliás, em 17 de outubro do ano passado, as duas passaram a pertencer à mesma companhia: a Vail Resorts comprou o centro de esqui canadense. Todas as renovações feitas na estação para a temporada 2016/2017 já estavam previstas antes disso. O grupo americano ainda está tomando pé de Whistler Blackcomb para decidir o que vem por aí. Já incluiu, no entanto, a estação canadense em seu Epic Pass, passe válido para os centros de esqui americanos da Vail Resorts.

    A área de principiantes do centro de esqui, que completou 50 anos em 2016, acaba de ser renovada, com melhorias no terreno, 2 novas esteiras e mais canhões de neve. A administração investiu 2,4 milhões de dólares canadenses na atualização desse trecho.

    Antenado com as novas tecnologias, o centro de esportes na neve desenvolveu uma ferramenta online para o usuário ter acesso a serviços e promoções, acompanhar sua desenvoltura na temporada e até brincar de competir com os amigos. O WB+ pode ser acessado por meio de um link no site da estação ou por aplicativo para celular.

    O que fazer em Whistler Blackcomb

    COM AÇÃO

    Esqui e snowboard são, sem dúvida, o forte por ali. Radicais da neve tem a possibilidade de fazer heli skiing, com o uso de helicóptero para deixar os esquiadores em regiões de floresta, perto dos picos.

    Na área de principiantes, eu pude desfrutar das novas esteiras durante a aula que fiz no centro de esqui. Whistler Blackcomb organiza turmas de até 4 pessoas no programa MAX4. As classes podem ser de meio dia (half day) ou inteiro (full day).

    Como só havia esquiado em 2 viagens na vida, fiquei com medo de não conseguir acompanhar o grupo. Então, me inscrevi no nível 1, totalmente iniciante. No entanto, me transferiram lá para a etapa seguinte, pois eu já sabia como frear e fazer curva.

    Tudo com acompanhamento da atenciosa professora Dawn. Algo que me chamou atenção foi a preocupação constante manifestada pelos professores de que a segurança vem em primeiro lugar. Dawn repetia os fundamentos dos movimentos que me ensinava até ter certeza de que eu havia aprendido. Sem me incentivar a fazer manobras além do que eu podia, mas sempre me motivando a conseguir cumprir o proposto. Com a neve que começou a cair durante a aula, o céu ficou cinza, mas a sensação dos flocos caindo e a floresta de pinheiros ao lado criaram um clima especial.

    Aliás, dá para esquiar em Whistler no verão. Isso mesmo, mas só para quem é expert no assunto porque a prática rola bem no pico da montanha Blackcomb, na Geleira Horstman.

    Famílias com ou sem crianças se acabam nas bóias do Coca-Cola Tube Park. A região, na base da montanha Blackcomb, tem 7 pistas para brincar de escorregar. Pelo vídeo do site, parece uma delícia. Infelizmente não experimentei isso por lá porque esse parque abria no dia seguinte à minha partida.

    Outra que ficou para a próxima foi a tirolesa Ziptrek (viu como Whistler tem um zilhões de coisas para se fazer?). Há ainda a chance de dirigir uma moto de neve ou ser puxado num trenó por huskies. Whistler Blackcomb certamente oferece uma gama enorme de opções para a prática de atividades na neve, no entanto, existem também passeios para quem nem pensa em encarar o frio na barriga no gelo.

    COM CONTEMPLAÇÃO

    O principal deles (e que eu recomendo fortemente) é o passeio na gôndola Peak 2 Peak. Mais longo meio de elevação do mundo, ela se estende por 4,4 km, a 436 m de altura, ligando o topo da montanha de Whistler à vizinha Blackcomb. Peguei o tempo limpo, com céu azul, foi uma das experiências mais bonitas que já tive no Canadá, em se tratando de paisagem.

    Outra atividade para quem curte registrar o visual como pano de fundo para os anéis olímpicos e a sequência de bandeiras do Canadá, no alto da montanha Whistler. Ambos ângulos são oportunidades irresistíveis para fotos — algumas com você em cima do pódio.

     

    No topo da montanha em frente, Blackcomb, existe a chance de ter outro momento memorável, dessa vez à mesa. O restaurante Christine’s harmoniza gostosos pratos com vinhos regionais, da província de British Columbia. A saborosa degustação ganha um tom especial com o branco das montanhas ao redor.

    VALE SABER

    Endereço: Do centro da vila de Whistler, parte a gôndola que leva ao topo da montanha nevada

    Funcionamento: Em 2017, a montanha Whistler e a gôndola Peak 2 Peak seguem abertas na temporada de inverno até 23 de abril; Blackcomb funciona 1 mês mais, até 22 de maio. O horário de abertura varia de acordo com o período, mas a estação costuma abrir umas 8 horas ou 8h30 e fechar entre as 15 e as 16 horas.

    Preço: No site da estação, é possível comprar pacotes, vagas em aulas e tickets para os meios de elevação, que mudam de preço de acordo com o período (no fim da temporada, em abril, sai mais barato)

    Alimentação: A estação oferece de espaços despojados para se comer um lanche ou almoço — com estações de pratos preparados de acordo com o tipo de comida; tem até sem glúten — a restaurantes para quem aprecia gastronomia. Há 10 opções na montanha Whistler e 7 em Blackcomb.

    Para aproveitar as pistas desde cedo, é possível começar o dia com o Fresh Tracks Breakfast, café da manhã no topo de Whistler (o ticket da refeição, com frutas, iogurte, pães e ovos, dá direito a pegar a gôndola entre 7h15 e 8 horas)

     

    Compras: Whistler Blackcomb tem uma loja no centro de visitantes na vila (ao lado da gôndola para subir) e também lojas no altos das 2 montanhas. Na cidade de Squamish, a cerca de 60 km de Whistler, o outlet da estação vende artigos de conhecidas marcas de esportes de neve com até 70% de desconto

    Dicas: Alugue roupa e acessórios no dia anterior à prática na neve. Na temporada, as lojas costumam ter fila e, pela falta de familiaridade com o assunto, pode demorar para você encontrar os itens adequados, especialmente a bota. Também convém retirar com antecedência passes e tickets no centro de visitantes da vila

    A garotada louca por videogame conta com 3 lounges da Nintendo na estação, 1 na área social no topo de cada montanha e um no Wizard Grill, na base de Blackcomb

    Site: whistlerblackcomb.com


    Viagem feita a convite do Destination Canada e do Tourism Whistler

  • Natal em Vancouver: onde ver luzes e fazer compras

    Saiba onde Vancouver, no Canadá, reúne luzes de Natal e boas compras: do Stanley Park, principal parque, à ponte suspensa Capilano. Lojas e mercados perto do Canada Place e no Granville Market completam o clima de festa

    ATUALIZADO EM 1 DE DEZEMBRO DE 2017

    Quando desembarquei em Vancouver em dezembro do ano passado, o Natal se apresentou ainda no aeroporto. Logo nas primeiras lojas, dei de cara com chocolates natalinos, de embalagens especiais ao calendário do advento de chocolate, com janelinhas a serem abertas na contagem regressiva para o 24 de dezembro.

    Regiões da cidade como Gastown e Coal Harbour — a área do porto, onde fica o centro de convenções Canada Place — têm suas árvores iluminadas. Cartões-postais da cidade, como Stanley Park, Granville Market, Capilano Suspension Bridge e Grouse Mountain ganham mais cores e atrações para toda a família, especialmente para as crianças.

    Num domingo em que visitei o Granville Island Public Market, fui surpreendida pelo coral que entoava clássicos de Natal no mezzanino. Teve de Let it Snow a Santa Claus is Coming to Town. Muito gostoso sentir esse clima na cidade.

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    Para você saber onde Vancouver se enfeita com luzes e oferece opções de boas compras para o Natal, listo a seguir alguns pontos para você ficar ligado.

    Capilano Bridge Park: ponte e parque iluminados

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    Para mim, é a atração mais bela de Natal pertinho de Vancouver — conto neste texto como é capilano com as luzes de natal, a menos de meia hora de Vancouver. A decoração é incrível, com luzes coloridas no parque inteiro, não apenas ao longo da ponte sobre o Capilano River. Bolas e fios iluminados estão por toda parte. Chegue mais cedo para conseguir apreciar a natureza durante o dia e fique até escurecer, quando o clima natalino toma conta do lugar.

    A magia do Canyon Lights, evento de fim de ano realizado nesta edição até 28 de janeiro, pode ser sentida desde a entrada, onde há um jardim com totens das Primeiras Nações do Canadá (como são chamados os habitantes do território antes da chegada dos europeus). Segue pelo Capilano Suspension Bridge Park tanto na ponte sobre o rio, como no CliffWalk (passarela sobre o penhasco), num lago e no circuito de arvorismo. Uma banda toca clássicas canções de Natal. As crianças podem realizar diversas atividades, como decoração de biscoitos e de enfeites de madeira para a árvore de Natal.

    Grouse Mountain: casa do Papai Noel, renas e floresta iluminada

    natal-em-vancouver-casa-do-papai-noel-em-grouse-mountain-no-canada-foto-nathalia-molina-comoviajaVizinha ao Capilano Suspension Bridge Park, um pouco mais acima na mesma estrada, Grouse Mountain proporciona clima de Natal na neve. Adorei! Em 2018, até 7 de janeiro, o alto da montanha ao norte de Vancouver vira o Polo Norte. Papai Noel recebe a garotada no Santa’s Workshop, numa casinha ao lado da pista de patinação no gelo e do cantinho onde duas renas moram renas até as comemorações natalinas terminarem.

    Entre as diversas atividades disponíveis estão, além de esqui e snownboard, o tobogã para deslizar sentada e a caminhada na neve (snowshoeing) entre pinheiros e iluminação natalina. Eu experimentei as duas últimas e recomendo para a diversão em família. Grouse Mountain foi uma das cenas de neve mais lindas que já vi.

    Flyover Canada: uma viagem pelo país em versão natalina

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    Eu estive na atração durante a temporada natalina, quando eles projetam uma versão especial de fim de ano. O voo simulado passa sobre paisagens do Canadá. O mesmo filme exibido o ano todo recebe toques de Natal para as festas, com a participação especial de Papai Noel. Quando fui ao FlyOver Canada, foi ele quem deu as boas vindas aos visitantes, seguido na outra sala por Mamãe Noel. Entre árvores de Natal e enfeites da época, rolou até uma representação de neve antes de entrar no espaço de projeção.

    Durante a minha experiência no Flyover Canada Christmas Ride, uma turma de escola de crianças em torno de 4 anos foi com as professoras para fazer o voo simulado sobre as paisagens do Canadá. Conforme as imagens apareciam na tela, a meninada gritava para ajudar Papai Noel numa missão proposta no início da brincadeira: encontrar os duendes entre as imagens.

    De Niagara Falls (as cataratas na província de Ontario) às vinícolas de British Columbia, chegando até a aurora boreal, a viagem virtual sobrevoa o território canadense. Na versão natalina, a aventura termina no Polo Norte.

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    Vancouver Aquarium: Papai Noel mergulhador e expresso para o Polo Norte

    Papai Noel caminha pelas salas do aquário falando com as crianças e faz um show como mergulhador, na apresentação Scuba Claus (até 7 de janeiro). Quando estive no Vancouver Aquarium, localizado dentro do Stanley Park, todos os funcionários usavam gorrinhos vermelhos de pompom.

    Em Rudolph & Polar Express 4-D, os visitantes pegam um trem para o Polo Norte, numa aventura de cerca de 20 minutos que inclui o geladinho da neve e o aroma de chocolate quente.

    Stanley Park: trenzinho festivo e 3 milhões de luzes

    Um trenzinho encantado passeia pelo principal parque de Vancouver. Até 6 de janeiro, Bright Nights at Stanley Park anima famílias com decoração natalina e apresentações ao vivo, num passeio de cerca de 15 minutos. Existe a opção de um trem durante o dia, sem o brilho da iluminação e a performance. O Bright Nights Christmas Train e a Stanley Park Train Plaza reúnem em torno de 3 milhões de luzes.

    Bloedel Conservatory e VanDusen Botanical Garden: plantas e cores

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    ESTUFA TROPICAL COM LUZES DE NATAL

    Nos dois lugares, próximos e administrados pelo departamento de parques da cidade de Vancouver, a iluminação natalina realça a beleza das plantas. O VanDusen Festival of Lights enfeita o jardim botânico até 7 de janeiro com cerca de 1 milhão de luzes. Completam o clima um carrossel, o show Dancing Lights, gnomos e Papai Noel.

    Para o Holiday Hights at Bloedel, a estufa com plantas tropicais e aves ganhou fortes tons vermelhos, que pintam a atmosfera dentro do círculo quando estive lá no fim de 2016. Na área externa, estavam 3 bonecos de neve, para divertidas fotos com a criançada, e uma roda-gigante (daquelas tradicionais, com as linhas destacadas em neón), para ver a vista da cidade lá embaixo. O Bloedel Conservatory fica no ponto mais alto de Vancouver, no topo do Queen Elizabeth Park. Em dezembro do ano passado, nevou, algo raro para o inverno em Vancouver. Conforme a roda-gigante subia, o horizonte azulado da noite ganhava partes esbranquiçadas.

    Pacific Centre e Hudson Bay: roupas, eletrônicos e brinquedos

    Para comprinhas diversas, siga para o shopping Pacific Centre, um complexo na região de Downtown. Entre as lojas tem, por exemplo, os tênis da Skechers; Apple, Best Buy e Wirelesswave (para smartphones, tablets, eletrônicos e equipamentos de fotografia); e os cosméticos da Shepora e da The Body Shop. Lá também é o endereço do Four Seasons Hotel de Vancouver.

    Dei uma espiada na Disney Store no ano passado. Fiquei tentada, mas parti em busca de Lego. Então com 7 anos, nosso filho estava totalmente no mundo das pecinhas. Como a Lego Store fica mais distante do centro de Vancouver, fui até a Hudson Bay. Do Pacific Centre, basta atravessar a praça de alimentação para chegar à loja vizinha, que, além de roupas, passou a vender brinquedos.

    Robson Street: butiques e marcas conhecidas

    São 3 quarteirões tentadores para quem gosta de comércio de rua. Eu me amarro. Gap, Swarovski, Lush, Aldo e Guess, entre outras marcas, mantêm lojas na Robson Street, cuja associação reúne em torno de 200 estabelecimentos. Indico comprar lá barrinhas do Rocky Mountain Chocolate Factory, originalmente criada em Whistler, cidade de neve e esqui em British Columbia.

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    LUZES E LOJAS NA ROBSON STREET

    Mercado de Natal: festa na praça da Olimpíada de Inverno

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    NO MERCADO DE NATAL DE VANCOUVER, ATÉ O GUARDA-CHUVA AJUDOU A COMPOR O CENÁRIO

    Até o clássico carrossel (que as crianças adoram) visto nas feiras de fim de ano na Europa está no mercado de Natal de Vancouver. Barraquinhas vendem enfeites, comidinhas e bebidas típicas, como o vinho quente. Há ainda músicas natalinas em apresentações ao vivo.

    A diferença em relação aos mercados europeus é que é preciso pagar para entrar na área do Vancouver Christmas Market (10 dólares canadenses; crianças entre 7 e 12 anos, 5 dólares canadenses; até 6 anos, grátis), instalado até 24 de dezembro na Jack Poole Plaza. Localizada no harbor front, área do porto da cidade. Essa praça concentrou os eventos da Olimpíada de Inverno de 2010 e abriga a pira em forma de tripé.

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    PIRA DA OLIMPÍADA DE INVERNO EM VANCOUVER

    Viagem a convite do Destino Canadá e do Tourism Vancouver

  • Revista Viagem e Turismo: minhas dicas sobre o Canadá

    Revista Viagem e Turismo: minhas dicas sobre o Canadá

    Minhas dicas do Canadá saíram publicadas na revista Viagem & Turismo, na edição de janeiro de 2014.

    A publicação tem uma seção chamada Favoritos, na qual cada pessoa destaca um assunto numa página. Falei sobre destinos canadenses de costa a costa: Vancouver, Montanhas Rochosas, Toronto, Montréal e Bay of Fundy.

    Para quem não conseguiu ver a revista, está aqui a reprodução da página com as minhas dicas do Canadá.

    Dicas do Canadá, Nathalia Molina, @ComoViaja, Revista Viagem e Turismo

  • Canadá: a viagem de trem de Toronto a Vancouver

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A fala do guia turístico de Vancouver dá a medida exata do que o trem significa para o Canadá: “Muitos países lutaram, fizeram revoluções para se tornar uma nação. Nós construímos uma ferrovia.” Graças aos trilhos, o extenso país, esparramado em 5.600 km do Atlântico ao Pacífico, se manteve unificado — a construção de uma linha transcontinental foi a exigência de British Columbia para se tornar a sexta província canadense. Atualmente, essa malha ferroviária corta os seis fusos horários existentes no país e conecta as principais cidades. Uma cobiçadíssima viagem.

    A bordo de um trem, o caminho de Toronto a Vancouver ganha ares de epopeia: cortar pradarias, percorrer pontes sobre lagos contornados por coníferas, dar a sorte de ver animais típicos e, por fim, atravessar as marcantes Montanhas Rochosas, cordilheira que se estende até os Estados Unidos. O espírito dessa rota, batizada de The Canadian e operada pela VIA Rail durante o ano inteiro, é desbravar o país continental à moda antiga, por terra.Trem Toronto-Vancouver, CanadaPara se atrasar o relógio em quatro horas, já no Pacífico, um voo de duas horas seria suficiente. Pelos trilhos, são necessários quatro dias. Tudo a seu tempo. Uma hora para trás por dia, assim que mais uma província é vencida.

    Os dois primeiros dias atravessam pradarias das Províncias de Manitoba, Saskatchewan e Alberta, entremeadas por fazendas e rios. Apesar do visual chapado, as pradarias têm lá suas surpresas. Rolos de feno parecem ter sido arrumados no horizonte. Montinho aqui, montinho ali, estão dispostos com uma poética displicência. Os campos de trigo nos fazem depreender a intensidade daquele amarelo-Van Gogh, tão vivo nas paisagens europeias pintadas pelo mestre.

    O visual no caminho

    Conforme as Rochosas se aproximam, o cenário vai mudando devagar. O ponto crucial é Edmonton, cidade na região de Alberta onde há uma parada na manhã do terceiro dia. Aí, é inserido no meio do trem um vagão com teto e paredes de vidro, da altura da cintura para cima. Esteja preparado. Limpe seu cartão de memória na véspera e separe bateria extra para a máquina. A paisagem inspira uma quantidade interminável de fotos. Qualquer câmera simples serve.

    O serpentear da subida mostra ângulos impressionantes. Nas confortáveis poltronas do vagão de vidro, a visão de 360 graus alucina. Pedras imensas, bem claras, quase encostam na janela. Montanhas escuras de picos nevados contrastam fortemente com os vales de pinheiros e, o mais deslumbrante, com o verde-esmeralda que banha as Rochosas.

    O caminho para a bela cidadezinha de Jasper, ainda em Alberta, pode ser tranquilizador, um verdadeiro entorpecente. Ou ter o efeito contrário, dependendo do viajante. A sucessão de cenas maravilhosas tem algo de inquietante, garantindo boas doses daquela adrenalina de criança à espera da próxima surpresa. E ela sempre vem.

     

     

    Jasper, a parada seguinte, encontra-se na famosa cordilheira. Uma gigante montanha branca serve de pano de fundo para o trem estacionado na estação. Ali, tem-se perto de uma hora e meia para comer e fuçar lojinhas. Nas de souvenir, alces e folhas de maple estampam pijamas e até pacotes de chocolate quente instantâneo.

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    Borbulhas para brindar a viagem

    Todos de volta ao trem para novo espumane de boas-vindas – no começo da viagem, os passageiros da classe turística também são recebidos com borbulhas. Tonalidades de verde nas montanhas pinTrem Toronto-Vancouver, Canadatam a tarde em degradê: escuro, muito claro, de tom médio. Quilômetros de pinheiros vão escoltá-lo de Alberta até British Columbia, com o sobe-e-desce de um grande tapete. Até a noite, quando o trem começa a descer em direção a Vancouver, os trilhos desenham muitas curvas entre picos, rios e lagos. Nunca é demais se impregnar de beleza.

    Trem Toronto-Vancouver, CanadaA ansiedade mal deixa dormir. O nascer do dia traz o restinho da viagem. Diante da fina névoa que envolve a manhã, as panquecas de mirtilo podem esperar. Hora de fechar a mala. No desembarque em Vancouver, desejos de boa viagem, trocas de contatos e amizades que, quem sabe, vão torná-lo mais assíduo às propagadas redes sociais. Após conviver quatro dias com as provocações bem-humoradas entre uma britânica e uma québécoise (canadense da província francesa), você se dá conta de que fez uma imersão metafórica no Canadá. Entre as duas línguas, as duas culturas, não poderia haver melhor forma de conhecer o país.

    Trem Toronto-Vancouver, Canada


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    Este texto foi publicado no caderno Viagem do jornal Estado de S.Paulo, dentro da reportagem de capa com o título Epopeia Canadense (edição de outubro de 2010).

    Os outros textos dessa reportagem são: Como é a rotina no The Canadian, Diversos roteiros de trem pelo país, Vancouver: roteiro na cidade, Toronto e Montréal: as duas grandes, Toronto e Montréal: Museu do Hóquei e Parque Olímpico, Québec: roteiro na cidade

  • Canadá: 3 roteiros de trem

    Na rota do trem The Canadian, o trem sai de Toronto às terças, às quintas e aos sábados. De Vancouver, as partidas são às terças, às sextas e aos domingos. Mas não é preciso cruzar o país nem gastar a partir de 1.900 dólares canadenses, por pessoa em cabine dupla, para viajar de trem no Canadá — preço de outubro de 2010, quando foi publicada minha reportagem sobre a viagem que fiz atravessando o país, de Toronto a Vancouver. Há roteiros menores, a maioria pela VIA Rail (viarail.ca), que detém 90% das rotas de passageiros no país. São 12.500 quilômetros de trilhos percorridos por 503 trens a cada semana.

    Trem Toronto-Vancouver, Canada
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    1> TORONTO E MONTRÉAL

    Dos 503 trens da VIA Rail que circulam por semana, 420 são usados no Corridor, como o nome indica, um corredor no mapa que inclui as maiores cidades das Províncias de Ontário e Quebec. Entre as rotas disponíveis está a conexão entre as duas metrópoles canadenses, Toronto e Montreal. O percurso entre elas, com duração de cerca de cinco horas e meia, está disponível em seis frequências diárias em ambos os sentidos. A dupla também se liga pelos trilhos à capital do país, Ottawa, numa viagem que leva em torno de quatro horas e meia a partir de Toronto e aproximadamente duas horas saindo de Montreal.

    2 > NIAGARA FALLS

    Um bom passeio para quem visita Toronto é pegar o trem para Niagara Falls. Curtinho, o caminho até a cidade das famosas cataratas leva em torno de duas horas. A VIA Rail oferece duas saídas diárias em direção a Niagara e três para o retorno a Toronto. Se você dispõe de mais tempo, fique por lá. Além de ver as quedas d”água, a rota do vinho em Ontário inclui diversas vinícolas na região, que realiza festivais sobre o tema ao longo do ano. O próximo, de 14 a 30 de janeiro, é centrado no icewine, vinho feito com uvas congeladas.

    3 > ROCHOSAS COM LUXO

    Quem busca requinte pode fazer um dos roteiros da Rocky Mountaineer. A travessia das Rochosas (Vancouver-Banff), em vagões de vidro, dura dois dias. À noite, os passageiros são levados para um hotel. O trem funciona de abril a outubro. Em 2011, a classe GoldLeaf, com refeições e bebidas, custará a partir de 1.589 dólares canadenses por pessoa (em reservas para dois). Inclui uma noite em hotel e dois almoços. A RedLeaf, mais simples, sai desde 789 dólares canadenses.

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    Este texto foi publicado no caderno Viagem do jornal Estado de S.Paulo, dentro da reportagem de capa com o título Epopeia Canadense (edição de outubro de 2010).

    Os outros textos dessa reportagem são: Canadá: a viagem de trem de Toronto a VancouverComo é a rotina no The CanadianVancouver: roteiro na cidade, Toronto e Montréal: as duas grandes, Toronto e Montréal: Museu do Hóquei e Parque Olímpico, Québec: roteiro na cidade


     

  • Vancouver: roteiro pelos bairros da cidade

    Vancouver: roteiro pelos bairros da cidade

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO CADERNO VIAGEM, DO JORNAL ESTADO DE S. PAULO, COMO PARTE DA REPORTAGEM DE CAPA COM O TÍTULO ‘EPOPEIA CANADENSE’ — edição de outubro de 2010

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Céu azul e sol a pino. Todo mundo na rua, com suas bicicletas. O clima de Vancouver não poderia ser mais perfeito. “Espere até chover”, dizem as línguas-de-trapo. Que gente estraga-prazer! Não há o menor sinal de nuvens.

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    De fato, Vancouver tem fama de chuvosa, especialmente no inverno. A temperatura fica entre zero e cinco graus e raramente neva. Em compensação, chove muito, o que rendeu à cidade o apelido de Raincouver (na linha do trocadilho infame, algo como Vanchover, em português). O tempo é mais seco no período de junho a setembro.

    Chova ou faça sol, as bicicletas dominam a cidade. O roteiro natural é seguir para o Stanley Park, alugar a magrela numa loja na entrada e pedalar. O trajeto circular tem vistas lindas: o skyline da cidade, as montanhas ao norte, as praias da English Bay ali no parque e os barquinhos que vão e voltam com pessoas para outros bairros. Basta ir ao píer e esperar o próximo ônibus aquático.

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViajaUma das linhas leva a Granville Island, onde um simpático mercado é a atração. Há bancas de frutas e verduras e lojas de queijos, além de uma pequena ala com artesanato e invencionices como porta-retratos feito apenas com duas bolinhas de ímãs.

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViajaNas lanchonetes, a quantidade de olhos puxados não deixa dúvida sobre a influência asiática em Vancouver. Eles vendem até pão e pizza. A cidade tem a terceira maior Chinatown da América do Norte, atrás de Nova York e São Francisco.

    Outra rota liga a ilha a Yaletown. Antiga área de armazéns, hoje é o bairro da moda, com hotéis-boutique e cafés com varandas. É endereço ainda de restaurantes de cozinha contemporânea, como o C Restaurant (www.crestaurant.com). À beira d”água, de frente para Granville Island, serve peixes e frutos do mar comprados diretamente dos pescadores. Nos saborosos pratos, eles vêm acompanhados de ingredientes como foie gras.

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViajaVancouver é pequena e plana, ótima para se conhecer a pé. Em Gastown, percorra a Water Street, rua de pedra que corta o bairro onde a cidade começou. Cafés e lojas ocupam as casas vitorianas. Às 15 horas, os turistas se aglomeram em torno do relógio a vapor. Um dos poucos exemplares no mundo, solta fumaça enquanto apita.

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

    No humor para umas comprinhas? Butiques e lojas descoladas estão na Robson Street, na área central. A pausa para o almoço. Para a sobremesa, perdições enchem as prateleiras da Rocky Mountain Chocolate. Maçãs cobertas com os confeitos ganham formatos como o de uma gatinha

    Há sempre um Starbucks pelo caminho para o café. Os moradores de Vancouver são tarados pela cafeteria. Chega ao cúmulo de existirem duas lojas no mesmo cruzamento, uma em diagonal a outra, na Robson com a Thurlow Street. Vá lá, um café cai bem se pintar uma chuvinha.

    Leia mais sobre Canadá

    Canadá, Vancouver - Nathalia Molina @ComoViaja

  • Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    Destino: Canadá, mãe em 1ª viagem

    A primeira viagem sozinha depois de ser mãe a gente nunca esquece. E o destino também não. Há um ano eu voltava do Canadá, onde cobri a Go Media, feira de turismo do país. Era para mim uma retomada profissional com força total. Quem me conhece sabe que trabalhei 10 anos no Grupo Estado e há 3 anos pedi demissão para ser frila. Minha ideia era ter mais tempo para viver. E viver incluía várias coisas simples e essenciais, viver incluía ter um filho. Engravidar e ter tempo para viver a gravidez. Ter meu filho e viver a maternidade.

    Eu vivi. Até os 6 meses do meu filho, não conseguia me imaginar fazendo outra coisa que não fosse ser mãe. Quando me ocorriam pautas relacionadas a bebês, eu pensava ‘tomara que alguém faça, eu adoraria ler sobre isso’. Me ofereceram guia para editar, pautas para tocar, mas eu não tinha vontade de nada daquilo. A natureza é tão doida que, conforme meu filho se aproximou do 1º aniversário e foi ficando mais independente, eu fui sentindo falta de existir de outra maneira também.

    Comecei, então, a fazer alguns frilas. E aí surgiu o Canadá. Surgiu mesmo porque, até então, o Canadá não me causava nenhuma palpitação. Mesmo trabalhando em turismo, nunca tive grande expectativa em relação ao país. Pois foi uma linda surpresa. A paisagem, as cidades, as pessoas, as comidinhas.

    Vancouver, a bela canadense no Pacífico

    Barcos em Vancouver, num dos muitos cenários bonitos na cidade canadense

    Me apaixonei por Vancouver. Dizem que por lá chove muito, mas eu peguei um sol absurdo. Que cidade alto-astral! O lindo visual do Stanley Park, os táxis aquáticos. Depois de dias cruzando o Canadá de trem, que bom sentir a vida ao ar livre, e isso eles aproveitam ali. Quanta bicicleta, gente andando. Foi uma experiência complementar à viagem em que atravessei as impressionantes Montanhas Rochosas, após passar pelas pradarias canadenses. Durante o trajeto, não vi nenhum alce infelizmente. Mas o simpático bichinho é um símbolo nacional e sua figura está em tudo, até em bala de xarope de maple! Não pude deixar de comprar para o meu filho em Vancouver uma mochilinha com um alce de pelúcia pendurado.

    Cheguei à cidade louca para falar com meu menininho. O trem não tinha wifi. Nas estações em que eles informavam que tinha internet, eu descia a hora que fosse. Numa parada saí da cabine às 5 da manhã com o computador na mão para tentar uma conexão, em vão.  Em 3,5 dias, de Toronto a Vancouver, consegui internet apenas rapidamente na estação de Winnipeg. O cenário visto de trem foi incrível, e as companhias, maravilhosas, mas, para uma mãe que viajava pela primeira vez sozinha, foi algo duro de segurar.

    Toronto, a maior cidade do Canadá em geral

    CN Tower, entre outros pontos turísticos de Toronto

    Toronto é uma grande pequena cidade, surpreendente. Cosmopolita com jeito de miúda. Com ótimos museus como o Royal Ontario Museum e sua coleção de dinossauros. No mega shopping Eaton Centre, comprei um Mickey e um Ursinho Pooh para meu filho na loja da Disney. Bem coisa de mãe em primeira viagem, praticamente tudo o que trouxe foi para o meu filho. E olha que não sou das mais consumistas. Mas, em Toronto, também não resisti a ideia de ver meu garotinho no fofo pijama com as folhas do Canadá que vi na lojinha da CN Tower, outro passeio bacana para ver a cidade de até 447 metros de altura.

    Praticamente fiz o Canadá de ponta a ponta. Se você não for cruzar o país, uma boa ideia é dividir a viagem em duas. A oeste, Vancouver e as Rochosas. No centro-leste, Toronto, Montréal e uma esticada a Québec.

    Montréal, a maior cidade do Canadá francês

    Contato com o francês e um outro Canadá, em Montréal

    Bem, eu fui com tudo já na primeira vez. De Vancouver, voei para Montréal, no leste do país. A parte antiga da cidade é linda, com suas vielas e o porto. O bairro de Plateau Mont-Royal também é um charme. Uma delícia se lambuzar com molho de poutine no La Banquise. O restaurante serve diversas variedades do prato típico de Montréal (na versão original, as batatas fritas são cobertas por molho e queijo). Não é balela dizer que a cidade tem de fato duas línguas. As pessoas falam francês, o primeiro idioma do lado leste, mas quem sabe só inglês é recebido sem aperto.

    Québec, a única cidade murada acima do México

    De Québec saiu a foto que era o símbolo do Como Viaja no início

    Para terminar a viagem, peguei o trem para ir a Québec. Também me virei com o inglês, mas a história é outra: língua ali é o francês. A cidade parece mesmo uma francesinha na área dentro da antiga muralha. Naquelas lojinhas de souvenir de aeroporto, não resisti e comprei um último mimo para meu filhote: um casaquinho de moleton com um alce para puxar o fecho e várias letrinhas com alce. Mais Canadá impossível.

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