Categoria: Destinos na Europa

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  • Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Era um dia de sol daqueles que a gente pede quando pensa em passear com crianças. Céu azul, muito verde ao redor e bichos: trio animador para um gostoso passeio em família, especialmente quando se tem um filho de 5 anos. Mas o zoológico de Munique, o Tierpark Hellabrunn, guardava bem mais à nossa espera.

    Não apenas pela variedade de animais, mas pela estrutura do parque. O Hellabrunn foi 1 dos 4 zoológicos que visitamos na Alemanha. Todos excelentes programas para crianças.

    Nosso Joaquim estava animadíssimo com a ideia de ver os ursinhos polares gêmeos que nasceram no zoológico de Munique naquela época, no fim de 2013. Pinguim, leão, girafa e elefante também estavam na lista de desejos do nosso filhote.

    Chegamos lá facilmente de metrô a partir da Marienplatz, a principal praça de Munique. Passamos pelo portão da entrada Isar, paramos na lojinha para garantir um boné para o filhote (lembra do sol?) e caminhamos livremente.

    Volta ao mundo com a bicharada

    Plano, o Hellabrunn é uma delícia para andar e se perder. Se quiser. Porque a sinalização é muito eficiente e mostra de forma clara como se chegar até cada bicho que se quer ver. Nós tínhamos aquela missão a cumprir: ver os pequenos gêmeos polares.

    Pegamos o caminho à direita e seguimos toda vida, já espiando as atrações pelo trajeto. Urso de montanha, alce e rinoceronte. Tomamos um atalho e fizemos uma visitinha à dona zebra, sempre um sucesso aqui em casa.

    Depois vimos outro astro predileto, o pinguim. Joaquim se parou diante do tanque e, encantado, acompanhou a movimentação. Com os olhos grudados no fofucho nadador, nosso menino foi seguindo com o rosto até a quina. Um encontro mágico aconteceu. Nariz com nariz os dois pareciam se comunicar. Muito doido. E claro que a mamãe aqui achou lindo.

    Joaquim pinguim
    Comunicação narigal

    Visitamos depois  os leões marinhos — em 26 de junho, depois da nossa visita, nasceu lá o bebê Otti; não deixe de conferir se for ao Hellabrunn. Aí, finalmente, o momento esperado.

    Nela e Nobby estavam dormindo quando chegamos à área onde a dupla de ursinhos polares vive com a mãe, Giovanna. Ao ar livre, o lugar estava rodeado de gente. Mas é grande o bastante para todo mundo ver os gêmeos. Cercado por vidro, o espaço permite uma boa visualização por todos os lados. Esperamos uns minutos atrás de duas fileiras de pessoas e logo conseguimos ficar de frente para os filhotes. Fofurice em grau máximo!

    Ursos polares no zoológico de Munique

    Depois de muito cuti-cuti, continuamos caminhando. Agora sem rumo certo. Curtimos o sol que vazava por entre as folhas das árvores à beira do rio. Balançamos em família ao atravessar a molenga ponte suspensa — leia outros textos sobre viagem à Alemanha com criança.

    Joaquim na ponte suspensa, só no balanço

    Com um ambiente de fato de parque, as alamedas do zoológico são muito bonitas. Com a vantagem de ‘se esbarrar’ nas áreas dos animais naturalmente.

    O Hellabrunn se orgulha de ter sido o primeiro geo-zoo do mundo, ou seja, um zoológico que exibe os animais de acordo com sua distribuição geográfica no globo. Aberto em 1911, expõe a bicharada de modo a promover uma volta ao mundo passando por diversos habitats.

    As espécies ficam em espaços amplos. Em vários pontos, existem binóculos ou lunetas pagos para aproximar os visitantes dos animais, como numa experiência de safári. Joaquim viu as girafas de pertinho assim. Um mirante de madeira fica ao lado do espaço das elegantes pescoçudas. Subimos e, lá em cima, depositamos a moeda para nosso menino apreciar as simpáticas, que fizeram o favor de comer folhas num ponto próximo.

    Girafas vistas do alto

    Brinquedos, parquinhos e vários shows

    Para quem curte mais do que simples contemplação, o Hellabrunn oferece vários shows com animais, muitos deles durante a temporada da primavera ao outono, do desfile de leões marinhos à apresentação de elefantes. Tem ainda o show com o falcão. Nós passamos por lá no horário, e achamos muito bonito o animal. Mesmo curiosos, era hora do almoço e a fome batia forte. Partimos, então, para o restaurante principal do Hellabrunn.

    Soneca no meio do dia, com plateia

    Almoçamos ali, com nosso filhote de olho na hora de correr para brincar. O maior parquinho do zoológico fica bem ao lado do restaurante principal. Depois da última colherada, quem segurou Joaquim? O lugar tem um brinquedão de madeira com escorregas e parede de escalada.

    Ao lado, redes embalam a garotada. Todo esse espaço montado no chá de terra diverte de bebês a crianças maiores. Um super escorrega atrai os mais velhos.

    Extensa área verde tem também parquinhos para criança

    Os parquinhos para a meninada fazem do zoológico de Munique um passeio completo para a família. Eles vão surgindo ao longo da caminhada pelo zoológico e possuem brinquedos de madeira e corda, integrados ao clima do entorno.

    A alegria não para por aí. A garotada não sossega enquanto não experimenta também os brinquedos do enxuto parque de diversões, bem pertinho do restaurante principal (a região é o epicentro da felicidade infantil).

    Entre as atrações pagas, é possível ir no carrossel ou na motoca motorizada. Joaquim arrastou o pai para esse circuito. Depois que Fernando deu umas voltinhas com ele, foi a minha vez de ajudar nosso filho a catar pedra. Me saí uma boa operadora de escavadeira.

    Na escavadeira, treinando a habilidade com a mecânica

    Terminamos nossa visita ao Hellabrunn de um jeito bem mais rural. O recinto é fedido, mas popular. A área das cabras fica lotada de crianças correndo atrás dos bichos, que correm atrás da ração que os visitantes compram em maquininhas.

    A cada tanto de euro cai uma porção de grãos. Basta você se aproximar do recipiente que elas já enfiam a cara na saída. Para seres urbanos como nós, chegou a ser meio aflitivo o contato tão próximo. Saímos de fininho, atentos ao chão (sabe como é, se elas comem tanto…). Rimos da situação e fomos em direção à saída. Havia sido um grande dia, a diversão em família estava completa.

    Visual no caminho do metrô ao zoológico de Munique

    VALE SABER

    Endereço: Tierparkstrasse 30

    Transporte: Há 2 entradas. O metrô leva até a 1ª, e o ônibus, à outra. Nós fomos de metrô. Na estação Marienplatz pegamos a linha U3 na direção Fürstenried West e descemos em Thalkirchen (Tierpark). Após uns 10 minutos de caminhada, chegamos à Isar Entrance.

    Sinalizado, o caminho até o zoológico passa por uma ponte com aqueles cadeados de namorados (de Paris, parece que a moda se espalhou pelo mundo todo, né?). É bonito o visual do Rio Isar, das árvores e da ciclovia lá embaixo.

    A outra entrada do zoológico é a Flamingo. O ônibus 52, que também parte de Marienplatz (o ponto fica em frente à sorveteria), leva até Tierpark, na Alemannenstrasse.

    Funcionamento: O Hellabrunn abre o ano inteiro, todos os dias, mas o horário muda segundo a temporada. Em geral, abre às 9 horas, mas fecha entre 16 e 18 horas, conforme a época do ano. O site oficial sempre informa logo na home o horário que está valendo naquele dia.

    Preço: € 15 — crianças de 4 a 14 anos, € 6; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece 2 possibilidades de family ticket: 1 dos pais mais as crianças por € 19 ou os 2 pais mais as crianças a € 33.

    Alimentação: Há quiosques em várias áreas do zoológico. As crianças (e muitos adultos) vão à loucura com os quiosques de doces. Pipocas, nozes carameladas, sucos coloridos congelados para sugar em copos compridos…

    O site official do Hellabrunn informa o horário de funcionamento de restaurantes e lanchonetes. Durante o verão, abrem das 9 às 18 horas

    Dicas: Durante o ano todo, dá para observar certos animais sendo alimentados; veja os horário no site antes de ir.

    Site: www.hellabrunn.de

  • Zoológico de Berlim, o mais antigo da Alemanha

    Zoológico de Berlim, o mais antigo da Alemanha

    Minha lembrança do zoológico de Berlim era um portal vermelho no meio da cidade. Um lugar movimentado, com ônibus passando por perto. Após 22 anos – estive lá em 1992 na primeira vez –, mais do que a imagem de animais, na minha memória se manteve em cores vibrantes o desenho de um portão em estilo oriental.

    Quando decidimos ir a Berlim em família, imediatamente pensei na ideia de voltar ao Zoo Berlin. Agora com meu filho, Joaquim, de 5 anos. O zoológico foi um dos quatro zoos que visitamos na Alemanha.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Descemos do metrô na estação Kurfürstendamm, pegamos a rua à esquerda e andamos seguindo a indicação das pessoas locais para o trajeto mais curto até o zoológico. Chegando lá estranhei a falta daquele agito frenético que eu tinha guardado na lembrança.

    Segundo estranhamento: o portão não era vermelho, tampouco em estilo oriental. Comentei com meu marido, Fernando: ‘Nossa, sempre tive uma memória de elefante, será que me enganei tanto? Um portão daquele não iria mudar.’ Curiosidade à parte, compramos os ingressos e entramos.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaLogo paramos diante de um painel com o mapa do zoológico. Se guiando pelos desenhos dos animais, Joaquim apontou os bichos que queria ver. Nem parei para ver o mapa. Primeiro porque a emoção de estar ali de volta era tanta (aquele domingo era nosso primeiro dia de passeio na viagem à Alemanha, e eu estava em Berlim depois de 22 anos e acompanhada do meu marido e do nosso filho!).

    Depois porque eu gosto de saber que existe um mapa, mas não curto ficar seguindo tudo, de ter ideia sempre de onde estou. Acho ótimo me perder e seguir os impulsos, o desejo de ir em alguma direção. E ali quem estava no comando era o pequenino e decidido Joaquim. Saímos em busca dos macacos.

    Visão geral: o mais antigo, o mais urbano

    Muito bonito passar pelo lago com aquelas árvores choronas e suas folhas verdes quase tocando a água. Vimos muitos patos e flamingos. O Zoo Berlin se orgulha de ter a maior área dedicada a aves na Europa.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Ainda da série títulos ostentados, ele é também o mais antigo zoológico da Alemanha, fundado em 1844.

    Num dos prédios na área do Zoo Berlin, fica o Aquarium Berlin (o ingresso é vendido separadamente ou em forma de combo com o zoológico). Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAs duas atrações juntas recebem em torno de 3 milhões de visitantes por ano.

    Nós escolhemos ver só o Zoo Berlin. Já era bastante para uma visita, impossível de se dar conta mesmo com um dia completo. Atualmente o zoológico mantém 16 mil animais de cerca de 1.500 espécies.

    Uma curiosidade: na época da Segunda Guerra, dos 3.700 animais existentes no zoo, apenas 91 sobreviveram ao conflito. Com a cisão de Berlim, o antigo zoológico ficou do lado ocidental. Foi criado, então, o Tierpark Berlin, aberto em 1955. Hoje tem 7.800 bichos de 900 espécies.

    Achou pouco se comparado ao Zoo Berlin? Bem, o Tierpark também tem seu título: maior zoológico da Europa, com uma extensão de 1,6 quilômetros quadrados. Outra informação de almanaque (mas na linha fofa): 15 elefantinhos nasceram lá desde 1999.

    Elefantes foram logo os primeiros bichos que vimos no Zoo Berlin, à direita do Löwentor, o portão do leão.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNo nosso caminho até os macacos, estavam ainda animais de montanha, como cabras. Joaquim adorou subir as escadas e, curioso, entrar na casa de pedra. Do alto, além das construções do zoológico, é possível avistar prédios no entorno. O Zoo Berlin é o mais antigo da Alemanha, mas também é o mais urbano dos zoológicos que visitamos na nossa viagem.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Apenas no espaço dos cangurus – já do outro lado do Landwehrkanal, o canal que separa o zoo do Tiergarten, parque de Berlim – fica difícil perceber a cidade em volta. Nós andamos até lá.

    Bem, meu marido e eu caminhamos. Porque nosso filhote correu. A longa alameda que passa pela área das zebras e segue sobre a ponte é um convite para a criançada gastar energia. Se pintar fome ou sede no percurso, há quiosques na alameda antes da ponte.

    Olha a ponte na minha foto de 1992 (jisus, que cabelo é esse?!). Dá para ver lá no fundinho a Coluna da Vitória (Siegessäule), no meio do Tiergarten.

    Berlim, Viagem à Alemanha em 1992, Jardim Zoológico - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)

    No restante do zoológico, especialmente nas regiões próximas ao muro, você vê que a cidade cresceu até bem perto da borda de seu velho zoo. Pudera, ele fica colado à Kurfürstendamm, uma das principais avenidas de Berlim.

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    Destaque: visita em qualquer clima ou hora do dia

    Algumas casas de animais, de certo modo, também lembram que se está numa metrópole. Frio, neve, chuva. Nada estraga a visitação no Zoo Berlin. Essas áreas cobertas permitem ver os animais em qualquer clima ou hora do dia.

    Primatas têm sua casa, com gorilas e chimpanzés. Felinos, também. Nela estão leões, onças ou panteras. Na região dos macacos, painéis mostram os existentes no mundo. Embora as explicações sejam em alemão, pelos desenhos e pela diferença de tonalidade de verde dá para descobrir qual é originário de onde.

    Apenas um senão sobre as casas de animais: as jaulas internas parecem pequenas, especialmente no caso dos felinos.

    Passeamos pela parte interna da casa e flagramos o leão ao acordar de uma soneca depois de devorar uns quilos de carne. O bicho rugiu tão alto para os humanos que assistiam a seu despertar. O ronco ecoou pelas paredes frias no fim de tarde. Gelou a espinha. Com susto e tudo, Joaquim curtiu e, vira e mexe, comenta sobre a cena aqui em casa — leia mais sobre viagem à Alemanha com criança.

    O leão foi o último animal que vimos no Zoo Berlin. Seguimos, então, a indicação de saída. Uma breve caminhada e… surpresa! Lá estava o portão vermelho. Tiramos a foto para registrar o momento. Em que apresentei, enfim, ao meu filho o zoológico que havia conhecido em 1992. Em que minha lembrança encontrou o presente.

    Dois elefantes sustentam as colunas do portal. Maravilha, 22 anos depois, minha memória segue como a dos amigos mamíferos. Ah, detalhe, se quiser visitá-los – os elefantes de verdade –, eles ficam perto do Löwentor, o portão dos leões. E onde está aquele ruidoso felino? Colado ao Elefantentor, o portão de elefantes. Digno de dar nó na memória!

    Berlim, Viagem à Alemanha em 1992, Jardim Zoológico - Foto Nathalia Molina @ComoViajaBerlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    VALE SABER

    Endereço: Hardenbergplatz 8

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: As linhas de metrô U2 e U9 levam ao Zoo Berlin. Se for usar o S-Bahn (trem urbano), pegue a linha S-5, S7 ou S75. Em todas essas possibilidades citadas, a parada é Zoologischer Garten, que dá acesso à entrada principal do zoológico, a Efantentor.

    Nós estávamos na linha U1 do metrô, por isso, descemos na estação Kurfürstendamm e caminhamos até a entrada lateral, a Löwentor

    Funcionamento: O horário muda conforme a época do ano.

    1 de janeiro a 14 de março: das 9 às 17 horas

    15 de março a 23 de março: das 9 horas às 17h30

    24 de março a 7 de setembro: das 9 às 19 horas

    8 de setembro a 26 de outubro: das 9 às 18h30

    27 de outubro a 31 de dezembro: das 9 às 17 horas – 24 de dezembro, fecha às 14 horas

    Preço: 13 euros – crianças de 5 a 15 anos, 6,50 euros; abaixo de 5 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 22 euros ou 2 adultos com suas crianças por 35 euros). O bilhete que inclui o zoológico e o aquário custa 20 euros – crianças de 5 a 15 anos, 10 euros. Nos family tickets, os preços são 33 euros e 50 euros, respectivamente

    Alimentação: Assim como no zoológico de Stuttgart, a empresa Schuler‘s GastZoonomie responde pela alimentação disponível no Zoo Berlin. O restaurante principal funciona durante o ano inteiro Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajae serve tanto especialidades locais quanto pratos internacionais.

    De março a novembro, há ainda outra opção, o Woodland Pub. A casinha de madeira fica perto do parquinho infantil. No cardápio, comida caseira e tortas. A empresa também administra os quiosques que vendem lanches (alguns deles na alameda próxima à área das zebras) e sorvetes pelo zoológico, além do Aquarium bistrô, localizado no aquário

    Dicas: Diariamente, de manhã ou à tarde, é possível ver bichos serem alimentados – abaixo estão alguns horários:

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja10h30 – urso polar

    11h30 – gorila

    13h45 – pinguim

    14h15 – hipopótamo

    15h30 – carnívoros (exceto às segundas; tigres e leões também não são alimentados às quintas)

    16 horas – macaco

    Segundo o site oficial, os horários costumam ser respeitados, mas, como ‘animais não são máquinas, pode haver alteração’

    Site: zoo-berlin.de/zoo.html

  • Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Texto de Fernando Victorino

    Resolvemos visitar o Zoológico de Nuremberg no dia em que ele fazia 102 anos. Uma história marcada por três reconstruções, duas devido às guerras. Da terceira vez em que precisou ser reerguido, o Tiergarten foi instalado na parte leste da cidade alemã, a 20 minutos de trem da estação central (Hauptbahnhof).

    Durante nossa viagem à Alemanha, visitamos quatro zoológicos imperdíveis. O zoo de Nuremberg foi um deles.

    Era domingo e, como nos disseram, o aniversário do zoológico seria um dia dedicado às famílias. Ao longo do nosso trajeto de bonde, era fácil notar pais e mães carregando mochilas, garrafas de água e pacotes de biscoito, acompanhados dos filhos. Mesmo sem entendermos nada do que eles conversavam, a sensação que passavam era a de que todos – tal como nós – estavam animados com aquele dia especial. Gostosa alegria sob o sol que teimava aquecer a manhã fria de 11 de maio de 2014.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    No dia da nossa visita, o zoológico estava em festa pelo aniversário. As famílias ganhavam um vale-foto, e estandes espalhados pelas alamedas ofereciam atividades para as crianças. Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaEra possível, por exemplo, personalizar uma casinha para passarinhos.

    O Tiergarten é um orgulho para a gente de Nuremberg. Em 1934, o governo de Hitler decidiu que a área do zoo seria usada para a ampliação do espaço onde eram realizados os comícios nazistas. Deslocado para o lugar onde funciona até hoje, em 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra, o zoológico foi mais uma parte da cidade alemã dizimada pelo conflito.

    Com o fim da Segunda Guerra, o zoológico atravessou longos e progressivos períodos de reconstrução, sempre com o apoio (financeiro ou não) da população local. Isso segue até hoje, em eventos como o concerto beneficente realizado neste ano na lagoa dos golfinhos, cuja renda foi revertida para a preservação de espécies ameaçadas de extinção.

    Aos 102 anos, o zoológico de Nuremberg encontra formas de sobreviver à estupidez humana, que o obrigou a renascer três vezes e até hoje o leva a se reinventar. Tudo para manter seus habitantes vivos e suas portas abertas, a fim de que famílias ruidosas desfrutem de domingos de sol como o que vivenciamos durante nossa visita.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Visão geral: um bosque no meio da cidade

    Localizado em um terreno de topografia irregular, o Tiergarten exige do visitante disposição para caminhar por subidas em certos momentos. O mapa do zoo mostra desde uma rota plana, voltada principalmente para cadeirantes – mas que não contempla todos os animais – até caminhos com perfis de inclinação diferentes: ligeiro, moderado ou acentuado.

    Não raro, vemos pais levando filhos de cavalinho por ladeiras. Uma alternativa para minimizar o cansaço das crianças são carrinhos de puxar que podem ser alugados no portão principal.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaO relevo que castiga bípedes sedentários permite aos animais de montanha condição de vida próxima à do seu habitat. Entre a visita a uma espécie e outra, a caminhada não é penosa porque é feita por alamedas cercadas por árvores. Em uma delas flagramos um esquilo descendo o tronco em busca de comida.

    Diferentemente de zoológicos encravados no centro da cidade, o Tiergarten reúne fauna e flora de modo quase selvagem. A sinalização tira um pouco do fator surpresa que é perambular por um caminho e se deparar com o bicho mais adiante. Mas as placas são úteis em um parque dessa dimensão.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A propósito, é bom escolher o que você pretende ver porque pode ser difícil observar todas as espécies com a devida calma. Instalado em uma área de 670 mil metros quadrados, o zoológico de Nuremberg foi inaugurado em 1912, com 1.200 animais. Atualmente, possui 3.000 bichos de 300 espécies.

    Nosso filho, Joaquim, de 5 anos, queria ver o leão, então, nossa visita incluiu uma parada nos felinos. Encontramos o bicho preguiçoso, deitado sobre uma pedra como se desejasse que o mundo acabasse em barranco (que no caso dele se encontrava a uns 5 metros de distância).

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaJá o tigre mostrou-se indócil com tanta gente dentro da gruta de onde se pode observá-lo mais de perto. A foto tirada num raro momento em que ele se pôs quieto foi prejudicada pelo reflexo do vidro (santo vidro!) que nos separava.

    Também através de vidros vimos os pinguins nadando em um espaçoso parque aquático. Algumas crianças não precisam do colo dos pais para admirar o balé da turma de fraque porque a plataforma de observação fica a certa altura, com um vidro de proteção que desce até o chão. A visão fica tão desimpedida, que nosso pequeno Joaquim alternou entre uma lambida no sorvete e uma espiadinha para baixo.

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    Destaque: show com leões-marinhos e golfinhos

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Deixamos a área dos pinguins e aproveitamos a descida para apertar o passo rumo à lagoa dos golfinhos, cujo show iria começar em poucos minutos.

    Ponto alto do Tiergarten e atração rara para um zoológico, o show existe desde os anos 1970 e é bastante disputado pelos visitantes. Mas há um bom espaço para acomodar o público nas arquibancadas em volta dos tanques.

    Apesar de a apresentação ser feita toda em alemão, é possível apreciar os truques de golfinhos e leões-marinhos numa boa. Nosso filho não desgrudou os olhos da exibição, acompanhando as acrobacias feitas pelos animais.

    Não se trata de uma superprodução ao melhor estilo parques de Orlando, mas distrai bem crianças e adultos durante meia hora. As apresentações ocorrem diariamente, de acordo com a tabela do site oficial do zoológico: todos os dias, às 14 horas e às 15h30; de segunda a sexta, também às 10h30 e ao meio-dia; aos sábados e domingos, também às 11 horas e às 12h30.

    VALE SABER

    Endereço: Am Tiergarten 30

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: Nós usamos a linha 5 do bonde elétrico (tram), que pegamos em frente ao Grand Hotel Le Méridien, na Bahnstrasse, perto da Hauptbahnhof, estação central de trem. O ponto final do bonde nos deixou muito perto da entrada. Outra opção é usar a linha 65 de ônibus, com destino ao Tiergarten

    Funcionamento: O horário muda conforme a época do ano.

    1 de janeiro a 2 de março: das 9 às 17 horas

    3 de março a 29 de março: das 9 às 18 horas

    30 de março a 3 de outubro: das 8 horas às 19h30

    4 de outubro a 26 de outubro: das 9 às 18 horas

    27 de outubro a 31 de dezembro: das 9 às 17 horas

    Preço: 13,50 euros – crianças de 4 a 13 anos, 6,50 euros; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 18 euros ou 2 adultos com suas crianças por 31, 50 euros)

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlimentação: Após a entrada, há quiosques para comprar um lanche rápido. Ao longo do zoológico, outros quiosques vendem lanches, sorvete e água.

    Dois quiosques maiores (que estão mais para lanchonete) ficam um à beira da lagoa dos golfinhos – do terraço, dá para assistir à apresentação, do lado oposto à plateia – e outro na área do petzoo. Escolhemos comer nesse segundo, que serve combos de salsicha ou schnitzel acompanhados por variações de batata (salada, cozida ou frita). O movimento é grande, mas não foi complicado achar mesa. Há banheiros e fraldário na parte de baixo do restaurante.

    Durante o inverno, é feito um revezamento na abertura dos quiosques. Já o restaurante Waldschänke , no ponto mais alto do zoológico, funciona o ano inteiro, das 9 às 19 horas (diariamente)

    Compras: Lembrancinhas como simpáticos macaquinhos de pelúcia também são encontrados em quiosques

    Dicas: É possível ver os animais serem alimentados. A maioria deles no período da tarde, de acordo com a tabela do site oficial:

    14h15 – urso polar (diariamente)

    14h30 – leões e tigres (exceto segunda e quinta)

    14h45 – lontra (diariamente)

    15h15 – pinguins (diariamente)

    O Tiergarten dispõe de carrinho de madeira para você levar sua cesta de piquenique, mochilas ou as crianças quando elas estiverem cansadas do passeio. Custa 3 euros mais um depósito de 20 euros que serve como caução. Pelos mesmos valores alugam-se cadeiras de rodas (mediante reserva pelo telefone 44-911-5454-825)

    Site: www.tiergarten.nuernberg.de

  • Zoológico de Stuttgart: Wilhelma, com jardim botânico

    Em Stuttgart, zoológico e jardim botânico se juntam no Wilhelma. Essa união faz do espaço um belo passeio com crianças na Alemanha. Flores e animais Ele foi um dos quatro zoos imperdíveis para crianças, que visitamos na Alemanha

    Não fosse o elefante como símbolo na entrada, você demoraria a entender que o Wilhelma, em Stuttgart, é também um zoológico. Porque a primeira visão que salta aos olhos nesse parque da Alemanha é a das cores nos canteiros, da beleza de um espaço concebido originalmente como um jardim botânico.

    O Wilhelma foi um dos quatro zoos que visitamos na nossa viagem à Alemanha. Quatro zoológicos da Alemanha, cada um a seu modo. O visual do Willhelma está certamente entre os mais bonitos.

    CANTEIRO DE FLORES NA ENTRADA DO WILHELMA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Assim que entramos, nosso filhote, Joaquim, encontrou os pinguins à direita da lojinha. Observou os bichos de pertinho. A altura do lugar é excelente para crianças, bate na cintura de um adulto.

    Foto Nathalia Molina @ComoViaja - pinguins

    Depois brincou num painel que relaciona habilidades humanas com animais. A criança olha a atividade física, aí gira a figura e vê que bicho faz aquilo também. Com 5 anos, Joaquim gostou de suas pequenas descobertas.

    Antes de nos aventurarmos pelo restante da bicharada, visitamos as estufas de flores e atravessamos o histórico jardim mourisco, criado a pedido do rei Guilherme I. O governante inventou o Wilhelma para ele mesmo desfrutar na forma de palácio real, tendo Alhambra, na Espanha, como inspiração.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (30)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (43)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (51)

    Em nossa visita, além da flora, demos um giro no que consideramos o primeiro escalão do reino animal: elefante, girafa, zebra, leão e macaco. Pelo menos para o nosso filho, eles são imprescindíveis numa ida ao zoológico.

     

    Como é o Wilhelma

    O próprio site do Wilhelma explica que é impossível ver tudo em um só dia e recomenda ao visitante escolher regiões do parque por área de interesse.Diante de 300.000 m² de extensão, facilita muito a empreitada se você der uma olhada antes no site, que oferece sugestões de roteiro para fãs de botânica, adoradores de aquário, amantes das árvores ou para quem simplesmente quer dar um passeio por suas alamedas no fim de tarde. Até roteiro para dias de mau tempo tem.

    Em casos assim, recomenda-se visitar espaços fechados, como a Casa da Amazônia (Amazonienhaus), que reúne 2.000 plantas de 350 espécies da floresta mais famosa do mundo. Você se sente cercado pela vegetação em um ambiente em que a temperatura oscila entre 25 e 28 graus, com umidade em torno de 80%. Tivemos de tirar os casacos para aguentar a sensação.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (52)

    Para quem se interessa por aranhas, centopeias e outros pares, outro lugar coberto é o insetário (Insektarium). Não é o nosso caso.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (56)Curtimos mesmo visitar uma única área dele: o salão das borboletas (Schmetterlingshaus). Não dê bobeira com a porta aberta ao entrar e sair. Elas voam livremente pelo jardim e pousam nos bancos e no chão. Cuidado ao se sentar ou pisar.



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    Um vidro mantém as borboletas que estão para sair do casulo. É lindo poder ver essa transformação, e mais bonito ainda ser agraciado pelo delicado pouso de uma das borboletas em seu corpo. Convenhamos, experiência bem mais agradável e menos aflitiva do que ver tarântulas e lacraias (ainda que pelo vidro).

    Nós pegamos tempo bom. Na parte baixa do Wilhema, perto da Casa da Amazônia e das borboletas, vimos ainda ao ar livre a região dos cangurus.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (60)

    Joaquim ficou feliz de se medir na régua dos bichos e saber que está da altura de um cachorro. Também gastou energia pulando no piso elástico ali ao lado.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (59)

    Para ver animais maiores como leões, zebras, girafas e elefantes, é preciso ir até a área mais alta do Wilhelma, depois dos jardins. Nós vimos todos esses, a visita mais marcante, porém, foi à onça. Ela caminhava de forma imponente ao longo da grade, passando bem diante de nós. Ainda na linha dos bichos que costumam ser mais cobiçados pelas crianças num zoológico, visitamos vários tipos de macacos.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (32)

     

    O que fazer no zoológico de Stuttgart

    Os bonobos são estrelas no Wilhelma e têm uma casa bacana para chamar de sua. Aberta em maio de 2013, a Affenhaus abriga bonobos e gorilas, separadamente. Os bonobos são os símios que apresentam maior semelhança com os seres humanos, daí tantas câmeras apontadas para registrar o cafuné da mamãe no filho ou a pose do macho descansando sobre um monte de palha, como quem se joga num sofá depois de um dia de muito trabalho.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (36)

    Os animais são vários e bem expostos, mas lembre-se, antes de tudo, você está em um jardim botânico. Por essa razão, reserve um tempinho para visitar as estufas localizadas à esquerda da entrada principal. Fizemos isso logo de cara e não nos arrependemos da escolha.

    Chama atenção o cuidado que as estufas recebem, como se o cenário estivesse pronto para uma sessão de fotos. Não há aquela cara de canteiro da vovó ou aquele cheiro de terra molhada o tempo todo. Do lado de fora, sequências de flores formam um colorido tapete sobre o gramado verdejante. Minha mulher, Nathalia, adora flores e se perdeu pelas estufas. Joaquim a acompanhou tirando muitas fotos. Em algumas, foi ele que registrou a mãe em meio ao jardim. O iPad virou filmadora porque a profusão de cores exigiu registro de cada tonalidade encontrada em azaleias, orquídeas e demais espécies.

    O jardim mourisco, no caminho de quem sobe para ver os animais, estava carregado de magnólias na época do ano em que passamos por lá. Deu vontade de sentar num dos vários bancos no entorno e ficar de papo para o ar.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (28)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (27)

     

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    VALE SABER

    Endereço: Wilhelmaplatz 13

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Transporte: A partir da Hauptbahnhof, a estação central de Stuttgart, o caminho mais rápido é pegar a linha U14 do metrô, sentido Remseck Neckargröningen, e descer na parada Wilhelma.

    Nós voltamos por esse percurso, mas chegamos pela linha U13 porque estávamos em outra área da cidade. Descemos na estação Rosensteinbrücke, na rua lateral do Wilhelma. Voltamos contornando o muro e viramos à direita para chegar à entrada.

    De ônibus, as linhas 52, 55 e 56 são indicadas pelo site oficial, que sugere descida também na parada Rosensteinbrücke

    Funcionamento: Abre 365 dias por ano com horários de entrada que variam conforme os meses:

    Novembro a fevereiro: das 8h15 às 16 horas (fechamento às 17 horas)

    Maio a agosto: das 8h15 às 18 horas (fechamento às 20 horas)

    Março e outubro: das 8h15 às 17 horas (fechamento às 18h30)

    Abril e setembro: das 8h15 às 17h30 (fechamento às 19h30)

    Preço: 14 euros – crianças de 6 a 17 anos, 7 euros; abaixo de 6 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 21 euros ou 2 adultos com suas crianças por 35 euros)

    Alimentação: Nossa visita ocorreu após o almoço, mas há três lugares para matar fome, todos da rede Schuler’s GastZoonomie, que mantém unidades também nos zoológicos de Berlim e Kalrsruhe. Em Stuttgart, o maior deles é o restaurante Wilhelma. Fica perto da entrada principal (entre o insetário e o espaço dos cangurus) e oferece pratos locais.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (57)

    Opção localizada no extremo oposto é o restaurante próximo à mini-fazenda. É ideal para ir com crianças, já que fica perto do zoológico e ainda possui área com Lego e quebra-cabeças. Tem cardápio semelhante ao do Wilhelma, incluindo menu infantil. Quem estiver com bebês pode solicitar aquecimento de mamadeira, como sugere o próprio site do zoo.

    Entre abril e setembro, o Bistrô Belvedere funciona como uma opção para pratos rápidos, massas e pizza. Café e bolos também fazem parte do menu. Um restaurante pequeno, num ponto alto, de onde, como o nome em italiano sugere, se tem bela vista

    Dicas: Além de ver alguns bichos comendo, as crianças podem acompanhar o banho dos elefantes, diariamente, em horário indicado na própria casa do animal. Outras espécies têm sua rotina de alimentação assim indicada pelo site oficial.

    11 e 15 horas – leões-marinhos (exceto quintas)

    11h30 – tigres (exceto segundas e sextas)

    14 horas – crocodilos (às segundas)

    14 horas – aves de rapina (exceto segundas e sextas)

    14h30 – pinguins (diariamente)

    Site: www.wilhelma.de

  • Sem glúten: um mês na Alemanha e uma descoberta

    Sem glúten: um mês na Alemanha e uma descoberta

    Sem glutén, Viagem à Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Quando dizem que viajar faz bem para a saúde, pode acreditar, não é força de expressão. A incursão de quase um mês pela Alemanha me trouxe benefícios que vão além da cultura e da beleza do país. Me levou a perceber que eu poderia ter um problema com glúten.

    Já vinha me sentindo mal havia tempos, com períodos de melhora e piora. Mas durante os primeiros 20 dias na Alemanha fiquei melhor. Nem me dei conta (quando está bem, quem se lembra de problema, né?). Além disso, em viagens sempre caminho muito, tomo bastante água. Tendo, então, a acreditar que esses efeitos são os responsáveis pelo bem-estar. Sem contar, é claro, na quantidade imensa de serotonina que a felicidade de viajar deve liberar em mim.

    Sem glutén, Viagem à Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaMas no fim da viagem, já em Frankfurt, voltei a me sentir mal. Também tomada pelo prazer da visita à Alemanha em família, não parei para pensar sobre o assunto. De fato, essas observações só vieram depois, já no Brasil. E pelo meu marido, Fernando: ‘Você se deu conta de que quase não passou mal na Alemanha? Só em Frankfurt, quando começamos a comer massa, você voltou a ter problema.’

    Nossa, era verdade. Na visita a Berlim, Munique, Nuremberg e Stuttgart, eu havia comido basicamente comida alemã. Sem glutén, Viagem à Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaMuita carne de porco e salsichas mil, acompanhadas de repolho e batata em muitas variações. Especialmente a salsicha de Nuremberg, minha preferida. Comi em vários lugares da Alemanha. Em Nuremberg, alguns foram o restaurante medieval Zum Gulden Stern e barracas nas ruas, no formato drei im weggla. Afpelstrudel, aquela maravilha de torta de maçã, só experimentamos uma vez, em Berlim.

    Alergia à cerveja alemã?!

    Além disso, tinha outra constatação revelada ainda antes de sair do Brasil: eu não conseguia mais tomar cerveja alemã. Custei muito a acreditar nessa ideia, que parece mais uma praga. Logo eu, tão cervejeira. Eu amo cerveja alemã!

    Há dois anos tomei meio copo e, em questão de minutos, minha cara parecia estar pegando fogo de tanto que queimava. Uma mancha vermelha foi pintando meu rosto todo e chegou ao pescoço. Fui parar no pronto-socorro. Fato inesquecível. Até hoje me dói o lugar onde o enfermeiro do São Camilo me aplicou uma injeção para estancar a crise alérgica.

    Na ocasião, meu marido e eu pensamos que pudesse ter sido algum problema com a garrafa da cerveja. Será que tínhamos lavado direito? Quase um ano depois, resolvi fazer um teste. Dois goles na cerveja, e corri para o comprimido de corticoide para parar a vermelhidão galopante.

    Sem glutén, Viagem à Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaFui para a Alemanha – viagem que incluía a minha primeira visita a Munique – lamentando que não poderia entornar os canecos como fazem os locais, mas ainda esperançosa de que poderia bebericar. Afinal, eu já tinha ido ao país várias vezes e sempre tinha bebido cerveja alemã!

    Sem glutén, Viagem à Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaChegando lá, até conseguia tomar uns golinhos de cerveja, da mais clarinha, amarelinho quase bebê. Ficava vermelha, nada alarmante. Mas só uns golinhos. Fernando pedia um canecão para ele, e eu bebericava, como fiz no Löwenbräu em Berlim (primeiro restaurante onde comemos na viagem) ou no biergarten do Viktualienmarkt em Munique (jardim de cerveja na praça do mercado). Valeu para tirar as tradicionais fotos segurando o caneco.

    Na nossa ida à Hofbrauhaus, a cervejaria mais famosa de Munique, me rebelei: pedi uma cerveja de trigo. ‘Vou pedir a que eu gosto mais. Se não der para beber, você toma, Fê?’. Proposta difícil de topar, né?

    Quase me emocionei com aquele copão quando a garçonete colocou nossos pedidos à mesa. Minha alegria foi embora depois de dois goles. O comprimidinho de corticoide estava na bolsa para me salvar. Pronto, não dava mais para tentar tomar. Melhor era procurar entender no Brasil o que estava acontecendo. Pelo menos valeu o brinde com Fernando de chope tradicional e Joaquim de suco de maçã espumado. Vê só as caras engraçadas na foto do alto deste texto.

    Em comum entre massa e cerveja: o glúten

    Em casa, quando Fernando chamou atenção para minha melhora nos primeiros 20 dias na Alemanha, juntei lé com cré. O que havia em comum entre massa e cerveja? O glúten! A proteína é encontrada no trigo, na cevada e no centeio.

    Resolvi, então, testar uma alimentação sem glúten. Durante 40 dias, me senti outra pessoa. Nesse período, estive na Argentina, onde não encontrei nenhuma dificuldade para manter a opção gluten free, lá tem até voo da LAN com lanche especial sem glúten.

    Interessante ver que, mais do que descobertas turísticas ou gastronômicas, viajar proporciona tantas sensações e experiências que podem mudar sua vida. Comigo tem sido assim. Não só pelo glúten. O contato com os muitos mundos com que topo me traz vários benefícios. Agora efetivamente até para a saúde.


    *

    Depois que escrevi este texto em 2014, passei por um longo período de testes, exames e consultas. Isso porque voltei a me sentir mal, mesmo sem comer glúten. Agora, em 2016, estou bem e de volta à ativa! Ao que parece, o glúten me prejudicava por causa do intestino irritável, um dos sintomas da minha fibromialgia, descoberta nos últimos anos. Tudo ainda é novidade para mim. No entanto, já voltei a comer glúten gradativamente. Ah, e já tomei cerveja algumas vezes! Ainda não testei a alemã 

     

  • Salsicha na Alemanha: a bratwurst de Nuremberg é a melhor

    Salsicha na Alemanha: a bratwurst de Nuremberg é a melhor

    Salsicha é uma das comidas típicas da Alemanha. Em Nuremberg, a bratwurst local é pequena, saborosa e crocante, a melhor para nós. Provamos essa delícia em barraquinhas de rua e num restaurante da Idade Média

    ATUALIZADO EM 6 DE ABRIL DE 2017

    Salsicha na Alemanha é assunto sério. E, claro, divide gostos e opiniões. Eu tenho minha preferida: a Nürnberger Rostbratwurst, original de Nuremberg, na Baviera. Grelhadinha, é para mim a mais gostosa salsicha alemã.

    É produzida desde o século 14 na cidade da região histórica da Francônia, que ocupa parte do norte da Baviera. A receita leva basicamente carne de porco, sal e especiarias, responsáveis pelos pontinhos pretos característicos. Em 2003, a União Europeia deu às denominações Nürnberger Bratwurst e Nürnberger Rostbratwurst o registro de Indicação Geográfica. Ou seja, reconheceu que a salsicha é uma especialidade europeia de tradição e produzida apenas em determinado lugar. Para levar esse nome, só sendo produzida nos arredores de Nuremberg.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    A GENUÍNA NÜRNBERGER ROSTBRATWURST – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Pequenina, tem entre 7 e 9 centímetros e pesa de 20 a 25 gramas. Várias histórias explicam esse tamanho nada usual entre as salsichas da Alemanha. Uma delas diz que as tabernas da Idade Média tinham de fechar cedo e as salsichas pequenas eram práticas pois passavam pelo buraco da fechadura. Assim clientes do lado de fora podiam continuar comendo a especialidade apesar do restaurante fechado. Engraçado imaginar as pessoas enfrentando as leis rígidas e o frio intenso no inverno para comer salsichas.

    Pensando bem, até que não seria uma má ideia. Ah, que saudade do café da manhã de hotel na Alemanha! A Rostbratwurst sempre estava entre as opções na área quente do bufê. De cor clarinha com uns pontinhos escuros (das especiarias usadas no preparo), quando grelhada, fica com a casquinha crocante e dourada.Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    ONDE COMER NA CIDADE
    Pode-se degustar essa maravilha em uma das barraquinhas nas praças e ruas do centro histórico de Nuremberg, que vendem o sanduíche drei im weggla, o mais pedido pelos locais.

    SAI UM DREI IM WEGGLA NO CAPRICHO!

    Ou num dos restaurantes históricos que ainda fabricam suas salsichas seguindo receitas medievais, como o Zum Gulden Stern, onde tivemos o prazer de almoçar na chegada a Nuremberg. Tradicionalmente é acompanhada de salada de batata e/ou chucrute (sauerkraut).

    E para você? Qual é a sua salsicha alemã preferida?

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Restaurante medieval de salsicha, em Nuremberg

    Restaurante medieval de salsicha, em Nuremberg

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Cabral nem tinha dado com os burros nas águas brasileiras, e o Zum Gulden Stern já servia salsichas em Nuremberg. Fundado em 1419, o restaurante prepara e serve a legítima Nürnberger Rostbratwurst.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAssim que chegamos à cidade alemã fomos almoçar no Zum Gulden Stern, a convite do Turismo de Nuremberg. Foi uma ótima recepção, tanto pela qualidade da comida quanto pelo aspecto histórico do lugar. Depois, ao longo dos dias, comemos a salsicha de Nuremberg também na versão drei im weggla, sanduíche de rua.

    Logo na chegada ao Zum Gulden Stern, a arquitetura se destaca. A casinha é linda. Nem parece que teve de ser reerguida após a Segunda Guerra, assim como quase todo o centro histórico de Nuremberg – 90% foi destruído com os bombardeios. Por dentro, também mantém o clima de Idade Média, com muita madeira e pedra na decoração.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNA BRASA

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaDá para ver as salsichas sendo feitas na grelha sobre o fogo. O restaurante não cozinha ou frita nada previamente. O calor da chama prepara a salsicha e deixa a casquinha crocante, uma delícia!

    O Zum Gulden Stern batizou a salsicha de Nuremberg de ‘röstla’. Como rost significa ‘grelhar’ em alemão e esse é o modo tradicional de preparo, o restaurante resolveu chamar assim. A salsicha ainda é fabricada lá mesmo, seguindo a receita original dos velhos tempos. Daí esse tipo de restaurante ser chamado de Bratwursthaus, algo como ‘casa que faz Bratwurst, a salsicha de Nuremberg’.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPedimos a porção com 6 röstlas (7,20 euros). O Zum Gulden Stern oferece ainda a opção de 8 salsichas (a 8,90 euros), 10 (por 10,60 euros) ou 12 (a 12,30 euros).

    A salada de batatas estava deliciosa. Huumm… Os pedacinhos desmanchavam. Não faltou o chucrute (em alemão, sauerkraut). Os dois acompanhamentos custam 2,10 euros cada e são feitos por produtores locais. O restaurante prestigia os fazendeiros da região de Nuremberg, comprando legumes e verduras.

    COZIDA COM VINHO

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTambém é possível pedir a salsicha cozida, chamada de saure zipfel (em português, algo como ‘fim azedinho’). Preparada lentamente com água, vinagre, cebola, vinho e especiarias, essa genuína versão tem sabor acentuado. Se come acrescentando mostarda amarela. Fica bem interessante.

    Paladares mais ortodoxos provavelmente vão gostar da salsicha na brasa. Nós achamos a grelhada mais gostosa, mas aprovamos as duas maneiras.

    VALE SABER

    Endereço: Zirkelschmiedsgasse,26

    Horário: Todos os dias, das 11 às 22 horas

    Site: www.bratwurstkueche.de

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Comida de rua na Alemanha, com salsicha de Nuremberg

    Comida de rua na Alemanha, com salsicha de Nuremberg

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Para comer como um local em Nuremberg, na Baviera, procure uma das várias barraquinhas espalhadas pelo centro histórico da cidade da Alemanha ou um restaurante histórico de salsichas (nós fomos ao Zum Gulden Stern). Nas ruas, as barraquinhas vendem um delicioso sanduíche feito com salsicha: o drei im weggla. Significa algo como ‘três no pão’ – drei é ‘três’ em alemão. O trio do sanduíche é de Rostbratwurst, salsicha típica de Nuremberg.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaEu já tinha provado o drei in weggla em 2011, quando estive na feira de Natal da cidade, a mais famosa da Alemanha. Agora em 2014 fiz questão de voltar com meu marido, Fernando, e nosso filho, Joaquim, à mesma barraquinha da praça central de Nuremberg. Queria dividir com eles o prazer e a lembrança daquele momento especial. Não sabia se ela estaria lá porque não havia feira de Natal – era abril. Mas estava!

    Essa barraquinha fica no lado da praça oposto à igreja, bem em frente ao supermercado local. O drei in weggla custa 3 euros, preço médio cobrado pelas outras vistas nas praças e ruas de pedestre do centro histórico.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPrimeiro, comi do modo tradicional, com chucrute. A moça abre o pão, põe três salsichas (no plural, Bratwürste) e, sobre elas, o preparo de repolho. Quem não curte pode pedir sem. A mostarda fica lá para se servir à vontade.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNo repeteco, fiquei só no pãozinho com Rostbratwurst porque sabia que teria um sócio. Não é que Joaquim espichou o olho assim que viu nosso drei im weggla?

    Pós Viagem, Alemanha - Nathalia Molina @ComoViaja (5) Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    O Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha, fica colado à estação de trem e oferece um bom desconto na compra do ingresso até 2020. Veja como foi nossa visita a esse santuário da esportividade na terra do automóvel

    ATUALIZADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2017

    Você salta do trem e, da plataforma, escuta o berro grave de um motor que rasga a aparente tranquilidade daquela região. Um som uniforme, de respeito, um alerta para que você tenha a exata noção de onde foi parar. Você identifica um vulto azul como responsável por aquela ruidosa saudação de boas-vindas.

    Em frente à estação um prédio futurista parece flutuar. Você está a poucos metros do Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha. Da saída da Neuwirtshaus não são necessários mais do que dois minutos de caminhada para se alcançar a entrada desse santuário da esportividade.

    MUSEU PORSCHE, EM STUTTGART, ALEMANHA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Como é o Museu Porsche

    O clima é de devoção. Pelo menos foi a impressão que eu, sujeito não aficionado por carros, tive quando visitei os mais de 5.000 metros quadrados do acervo, que reúne 80 exemplares.

    Diante de cada modelo em exposição, homens feitos parecem crianças em frente a uma vitrine de brinquedos. Máquinas profissionais ou celulares à mão, fotografam cada ângulo daqueles automóveis. Procuram um clique diferente, inédito, revelador. Nem um motor exposto escapa da sanha das lentes. Perdoai-vos, senhor! Eles são adoradores de Porsche.

     

    O que fazer no Museu Porsche

    Percorre-se o museu em pouco mais uma hora se você não for do tipo que lê cada explicação contida nas placas ao lado dos carros. Notei que a turma do flash quase não fez isso. Provavelmente sabem tudo sobre a história daquelas máquinas. Já meu conhecimento sobre Porsches vem do cinema. A propósito, nunca vi um desses carros estacionados ou guiados abaixo da linha dos 120 por hora nos filmes.

    Minto. Sally, a charmosa Porsche Carrera do filme Carros não demonstra pressa na maior parte das cenas da animação produzida em parceria pela Pixar-Disney. E foi calmamente que Sally chegou a Stuttgart, em fevereiro de 2014, e permaneceu em exposição por três meses, para alegria do meu filho, Joaquim, fã da animação. Era parte das mostras especiais criadas pelo museu, maneira encontrada pela Porsche para mostrar seu espírito inquieto, de constante renovação.

    Em 2018, a montadora comemora os 70 anos da criação do primeiro carro esporte batizado com a marca Porsche, o 356 Roadster. A exposição especial 70 Years Porsche Sportscars será aberta em 9 de junho.

    Tive a sorte de ver em cartaz a mostra 24 horas para a Eternidade, dedicada a contar a história da Porsche nas 24 horas de Le Mans, tradicional corrida de resistência disputada na França desde 1923. A exposição marcava o retorno da montadora de Stuttgart à prova depois de 15 anos. Dispostos como se estivessem em uma pista, mais de 20 carros ajudavam a repassar a participação da Porsche na prova, da qual é recordista com 19 títulos.

    Naquele fim de semana da corrida, o museu ficou aberto pela primeira vez de forma ininterrupta, das 9 horas da manhã de sábado às 6 da manhã do domingo. Fãs puderam assistir à prova em monitores dentro e fora do prédio. A entrada no fim de semana especial foi gratuita.

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A primeira vitória da montadora em Le Mans ocorreu em 1970, mesmo ano em que foi produzido filme homônimo, estrelado por Steve McQueen, notório fã de automobilismo. O ator norte-americano tinha intenção de disputar a corrida para valer ao lado do piloto Jackie Stewart, mas McQueen apenas conduziu o modelo 908, equipado com câmeras que captaram cenas da corrida. Lançado no ano seguinte, o filme não fez sucesso.

    Em 1979, o também ator Paul Newman conseguiu um 2º lugar guiando um Porsche 935 na categoria que reunia pilotos profissionais e amadores. Amante da velocidade, Newman montaria sua própria escuderia anos mais tarde, mais especificamente na Fórmula Indy.

    O primeiro carro

    O nascimento de um mito como Porsche poderia perfeitamente estar nas telas do cinema. Conceitos de velocidade, potência e design sempre estiveram entre os desafios a serem vencidos pelo fundador da marca, Ferdinand Porsche. Austríaco nascido numa cidade que hoje faz parte da atual República Tcheca, ele esteve envolvido com inúmeros projetos da Daimler, empresa que daria origem à Mercedes-Benz, em 1929. Dois anos mais tarde, Porsche abriria seu próprio escritório de engenharia, com uma equipe que incluía seu filho, Ferdinand Anton Porsche, ou Ferry, como ficou conhecido.

    MUSEU DA PORSCHE – Foto: Porsche AG/Divulgação

    O velho Ferdinand foi o homem que deu vida ao Fusca, veículo popularizado na Alemanha de Hitler. De suas pranchetas nasceram também duas máquinas de guerra: os tanques Tiger e Elefant.

    Por sua ligação com os nazistas, Ferdinand Porsche terminou preso na França ao fim da Segunda Guerra. Nos quase dois anos em que esteve detido, Ferry foi quem levou adiante a fábrica em ritmo quase artesanal, e criou em 1948 o primeiro carro identificado com o nome Porsche: o 356, modelo nascido a partir de conceitos do Fusca, como o motor traseiro, por exemplo.

    Produzido até meados dos anos 1960, o carro ainda não era veloz e potente como seu sucessor, o 911, lançado no Salão do Automóvel de Frankfurt, em 1963.

    De lá para cá, o modelo 911 passou por evoluções. Concebido para corridas, o Carrera foi criado nos anos 1970. Virou um mito. O som de seu motor é rouco e alto, com um chiado ao fundo que lembra um assobio, como quem convoca alguém a dar uma volta. Num dos vários pontos interativos do museu, é possível ouvir o motor do 911 e de outros modelos pisando abaixo de círculos com áudio. 

     

    Outro momento interativo que faz sucesso é a possibilidade de entrar num Porsche.

    Em Carros, Sally Carrera convida o protagonista Relâmpago MacQueen, um promissor e veloz carro de corrida, a dar uma volta pela Rota 66. Antes de deixá-lo comendo poeira na lendária rodovia dos Estados Unidos, a simpática personagem usa uma frase que poderia servir de provocação para quem ficou com vontade de visitar o Museu da Porsche em Stuttgart: ‘E aí, você vem ou não vem?’

    Reserve seu hotel em Stuttgart pelo Booking

    VALE SABER

    Endereço: Porschplatz, 1

    Transporte: O museu fica ao lado da estação Neuwirtshaus (Porscheplatz). A linha que leva até lá é a S6, no sentido Weil der Stadt — fique atento pois também servem os trens com o letreiro escrito Leonberg ou Renningen, estações anteriores ao ponto final, mas posteriores à parada do museu. Da Hauptbanhof (estação central), são apenas quatro estações, nem 20 minutos de trajeto

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Funcionamento: De terça a domingo, das 9 às 18 horas

    Preço: adultos, 8 euros; crianças até 14 anos, 4 euros (menor de 14 anos, grátis, desde que acompanhado por um adulto). Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Porsche terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Mercedes, em Stuttgart, na Alemanha

    Alimentação: Há um café e um restaurante no museu (não comemos por lá)

    Compras: Na loja, miniaturas, camisetas, pôsteres e livros estão à venda. É legal a vitrine com carrinhos entre as listras

    Dicas: Na entrada do museu, ventava muito em abril. Há armários para guardar mochilas, casacos ou bolsas. Tenha moeda de 1 euro para encaixar atrás da fechadura e destravar a chave. Ela pode ser retirada de volta na saída

    Site: www.porsche.com/museum

     

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)


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    As entradas nos foram dadas como cortesia, a convite do Museu Porsche e do Turismo de Stuttgart

  • Playmobil: 7 curiosidades sobre os bonecos

    Playmobil: 7 curiosidades sobre os bonecos

    Quando e onde os bonecos Playmobil tiveram origem, recorde de vendas, temas do brinquedo, novidades previstas: leia 7 curiosidades. Conheça também a evolução das figuras e as novidades para 2017

    ATUALIZADO EM 9 DE ABRIL DE 2017

    Nós estivemos no Playmobil FunPark, na cidade alemã de Zindorf, e nos divertimos muito em família. Por isso, recomendamos o parque do Playmobil na Alemanha para um passeio pertinho de Nuremberg com crianças. Mas se prepare para resistir às compras. Foi impossível não passar na lojinha no fim do passeio e trazer uns sets para casa. Desde então, os bonecos estão entre os brinquedos preferidos do nosso filho, Joaquim. Se você também curte Playmobil, descubra quando e onde tiveram origem, recorde de vendas, temas e novidades previstas para 2017, entre outras curiosidades sobre o brinquedo, que já passou dos 40 anos, celebrados em 2014.

    JOAQUIM BRINCANDO COM PLAYMLOBIL NO HOTEL EM NUREMBERG, NA ALEMANHA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

     

    1 > ORIGEM DO BRINQUEDO

    Os bonecos Playmobil surgiram na Alemanha e até hoje são fabricados pela geobra Brandstätter GmbH & Co.KG, empresa da Baviera. A matriz da companhia está localizada na cidade de Zindorf (vizinha a Nuremberg), onde também fica o Playmobil FunPark. O brinquedo foi desenhado por Hans Beck a pedido de Horst Brandstätter, e lançado em fevereiro de 1974, durante a renomada Feira Internacional de Brinquedos de Nuremberg. Na ocasião, o holandês Hermann Simon esteve no evento e se encantou com os bonequinhos.

    2 > RECORDE DE VENDAS DE PLAYMOBIL

    O holandês fez uma encomenda equivalente a 1 milhão de marcos alemães. Um visionário aquele vendedor de brinquedos. Em 2016, a empresa registrou 611 milhões de euros em vendas em todo o mundo. O brinquedo é encontrado atualmente em cerca de 100 países — 70% da produção é exportada.

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    3 > QUANTIDADE DE BONECOS FABRICADOS

    Desde a criação do Playmobil, foram vendidos aproximadamente 2,9 bilhões de bonequinhos. Se estivessem de mãos dadas, dariam a volta ao mundo 3,6 vezes. São encontrados atualmente em cerca de 100 países, e a cada segundo 3,2 figuras de Playmobil são fabricadas.

    SETS COMPLETOS OU SÓ BONECOS INDIVIDUAIS SÃO VISTOS NAS PRATELEIRAS

     

    4 > PRODUÇÃO DOS BRINQUEDOS NA EUROPA

    Em torno de 70% dos brinquedos do mundo são produzidos na Ásia. A Brandstätter contraria essa tendência e mantém suas 5 fábricas na Europa: na Alemanha (são 2: em Zindorf e Selb), em Malta, na República Tcheca e na Espanha. Dos 4.283 funcionários da Brandstätter no mundo, 2.405 deles trabalham na Alemanha. Além do escritório-matriz em Zindorf, a companhia mantém subsidiárias em 13 países, localizados na Europa e na América do Norte.

    Um Playmobil tradicional tem 7,5 centímetros de altura e é composto por sete peças (sem contar acessórios). Desde 1976, essas figuras básicas são fabricadas em Malta – cerca de 100 milhões por ano.

     

    TRIO DE ARBITRAGEM: ACESSÓRIOS INCORPORADOS AO BONECO BÁSICO, COM 7,5 CM DE ALTURA

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    5 > EVOLUÇÃO DAS FIGURAS E NOVIDADES PREVISTAS

    Os primeiros bonecos eram construtores, cavaleiros e indígenas originários dos Estados Unidos. As figuras e os acessórios foram se diversificando ao longo dos anos — os de praia, por exemplo, vieram apenas em 2010. Com a evolução da tecnologia, já em 1982, os bonecos puderam ganhar também tons de pele e mãozinhas que giram. Mas a primeira figurinha barriguda apareceu em 1987, com o capitão dos piratas (que usa um chapéu típico). O Papai Noel do Playmobil foi lançado em 1995, 5 anos depois da linha 1.2.3, indicada para pequeninos a partir de 1 ano e meio.

    Ano a ano, a marca lança edições temáticas. Para 2017, estão previstos bonecos Playmobil nas versões dos filmes Como Treinar seu Dragão e Os Caça-Fantasmas.

    PAREDE COM VERSÕES DE BONECOS NA LOJINHA DO PLAYMOBIL FUNPARK, EM ZINDORF

     

    6 > TEMAS E VERSÕES ENCONTRADOS

    As crianças dispõem de brinquedos Playmobil em aproximadamente 30 temas, em cerca de 5.100 versões. Os temas incluem assuntos como vida urbana (City Life e City Action), Velho Oeste (Western), férias de verão (Summer Fun) e esportes (Sports & Action).

    A linha de futebol, com os bonecos capazes de chutar uma bolinha, foi lançada em 2006, ano da Copa do Mundo da Alemanha. Já a de hóquei — que diverte meu sobrinho Rafael no Canadá; aos 4 anos, já muito fã do esporte nacional de seu país — surgiu no primeiro semestre de 2015.

    CRIANÇAS JOGANDO FUTEBOL DE PLAYMOBIL NA ÁREA COBERTA DO PARQUE, PERTO DE NUREMBERG

     

    7 > PLAYMOBIL PARA MENINAS

    No Brasil, os bonecos Playmobil estão muito associados ao universo dos meninos. Mas há até bonecas com vestidinhos para trocar, criadas em 2013. O primeiro boneco com figura feminina foi lançado pela empresa alemã muito antes, em 1976. Depois de 5 anos, a companhia passou a fabricar meninos e meninos, com 5,5 cm de tamanho, e bebês, de 3,5 cm. Mas a boneca grávida surgiu apenas em 2012.

    Quando estivemos na Alemanha, em 2014, as prateleiras estavam cheias de caixas com sets femininos. Trouxemos umas caixinhas para dar de presente. Princesas e mães com bebês eram algumas das bonequinhas à venda. Os temas onde o rosa predomina são Princess (Castelos e Princesas), Fairies (Contos de Fada) e Dollhouse (Casa de Boneca). No Brasil, esses brinquedos já aparecem nas lojas.

    CAIXINHAS COM 1 UNIDADE, TANTO COM BONECOS QUANTO COM BONECAS, À VENDA NO PLAYMOBIL FUNPARK


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