Categoria: Passeio

Passeio é uma parte fundamental do roteiro de viagem. Confira pontos turísticos, museus, atrações e mais atividades para escolher o que fazer em destinos no Brasil e no exterior. Nestas publicações, falamos de tudo que pode ser interessante nos lugares. Isso inclui tanto cartões-postais como opções fora da lista básica de atrativos.

Alguns exemplos do que você encontra em destinos brasileiros são: o Aquário do Rio de Janeiro, o Planetário do Ibirapuera (São Paulo) e o Projeto Tamar (Praia do Forte, na Bahia). No exterior, há ideias tão distintas quanto a área de Harry Potter nos parques da Universal (Orlando) e o Reichstag (Parlamento Alemão, em Berlim).

Entre as listas do que fazer nas cidades estão Jericoacoara (Ceará), Campos do Jordão (SP) e Porto (Portugal), entre outros.

  • Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Era um dia de sol daqueles que a gente pede quando pensa em passear com crianças. Céu azul, muito verde ao redor e bichos: trio animador para um gostoso passeio em família, especialmente quando se tem um filho de 5 anos. Mas o zoológico de Munique, o Tierpark Hellabrunn, guardava bem mais à nossa espera.

    Não apenas pela variedade de animais, mas pela estrutura do parque. O Hellabrunn foi 1 dos 4 zoológicos que visitamos na Alemanha. Todos excelentes programas para crianças.

    Nosso Joaquim estava animadíssimo com a ideia de ver os ursinhos polares gêmeos que nasceram no zoológico de Munique naquela época, no fim de 2013. Pinguim, leão, girafa e elefante também estavam na lista de desejos do nosso filhote.

    Chegamos lá facilmente de metrô a partir da Marienplatz, a principal praça de Munique. Passamos pelo portão da entrada Isar, paramos na lojinha para garantir um boné para o filhote (lembra do sol?) e caminhamos livremente.

    Volta ao mundo com a bicharada

    Plano, o Hellabrunn é uma delícia para andar e se perder. Se quiser. Porque a sinalização é muito eficiente e mostra de forma clara como se chegar até cada bicho que se quer ver. Nós tínhamos aquela missão a cumprir: ver os pequenos gêmeos polares.

    Pegamos o caminho à direita e seguimos toda vida, já espiando as atrações pelo trajeto. Urso de montanha, alce e rinoceronte. Tomamos um atalho e fizemos uma visitinha à dona zebra, sempre um sucesso aqui em casa.

    Depois vimos outro astro predileto, o pinguim. Joaquim se parou diante do tanque e, encantado, acompanhou a movimentação. Com os olhos grudados no fofucho nadador, nosso menino foi seguindo com o rosto até a quina. Um encontro mágico aconteceu. Nariz com nariz os dois pareciam se comunicar. Muito doido. E claro que a mamãe aqui achou lindo.

    Joaquim pinguim
    Comunicação narigal

    Visitamos depois  os leões marinhos — em 26 de junho, depois da nossa visita, nasceu lá o bebê Otti; não deixe de conferir se for ao Hellabrunn. Aí, finalmente, o momento esperado.

    Nela e Nobby estavam dormindo quando chegamos à área onde a dupla de ursinhos polares vive com a mãe, Giovanna. Ao ar livre, o lugar estava rodeado de gente. Mas é grande o bastante para todo mundo ver os gêmeos. Cercado por vidro, o espaço permite uma boa visualização por todos os lados. Esperamos uns minutos atrás de duas fileiras de pessoas e logo conseguimos ficar de frente para os filhotes. Fofurice em grau máximo!

    Ursos polares no zoológico de Munique

    Depois de muito cuti-cuti, continuamos caminhando. Agora sem rumo certo. Curtimos o sol que vazava por entre as folhas das árvores à beira do rio. Balançamos em família ao atravessar a molenga ponte suspensa — leia outros textos sobre viagem à Alemanha com criança.

    Joaquim na ponte suspensa, só no balanço

    Com um ambiente de fato de parque, as alamedas do zoológico são muito bonitas. Com a vantagem de ‘se esbarrar’ nas áreas dos animais naturalmente.

    O Hellabrunn se orgulha de ter sido o primeiro geo-zoo do mundo, ou seja, um zoológico que exibe os animais de acordo com sua distribuição geográfica no globo. Aberto em 1911, expõe a bicharada de modo a promover uma volta ao mundo passando por diversos habitats.

    As espécies ficam em espaços amplos. Em vários pontos, existem binóculos ou lunetas pagos para aproximar os visitantes dos animais, como numa experiência de safári. Joaquim viu as girafas de pertinho assim. Um mirante de madeira fica ao lado do espaço das elegantes pescoçudas. Subimos e, lá em cima, depositamos a moeda para nosso menino apreciar as simpáticas, que fizeram o favor de comer folhas num ponto próximo.

    Girafas vistas do alto

    Brinquedos, parquinhos e vários shows

    Para quem curte mais do que simples contemplação, o Hellabrunn oferece vários shows com animais, muitos deles durante a temporada da primavera ao outono, do desfile de leões marinhos à apresentação de elefantes. Tem ainda o show com o falcão. Nós passamos por lá no horário, e achamos muito bonito o animal. Mesmo curiosos, era hora do almoço e a fome batia forte. Partimos, então, para o restaurante principal do Hellabrunn.

    Soneca no meio do dia, com plateia

    Almoçamos ali, com nosso filhote de olho na hora de correr para brincar. O maior parquinho do zoológico fica bem ao lado do restaurante principal. Depois da última colherada, quem segurou Joaquim? O lugar tem um brinquedão de madeira com escorregas e parede de escalada.

    Ao lado, redes embalam a garotada. Todo esse espaço montado no chá de terra diverte de bebês a crianças maiores. Um super escorrega atrai os mais velhos.

    Extensa área verde tem também parquinhos para criança

    Os parquinhos para a meninada fazem do zoológico de Munique um passeio completo para a família. Eles vão surgindo ao longo da caminhada pelo zoológico e possuem brinquedos de madeira e corda, integrados ao clima do entorno.

    A alegria não para por aí. A garotada não sossega enquanto não experimenta também os brinquedos do enxuto parque de diversões, bem pertinho do restaurante principal (a região é o epicentro da felicidade infantil).

    Entre as atrações pagas, é possível ir no carrossel ou na motoca motorizada. Joaquim arrastou o pai para esse circuito. Depois que Fernando deu umas voltinhas com ele, foi a minha vez de ajudar nosso filho a catar pedra. Me saí uma boa operadora de escavadeira.

    Na escavadeira, treinando a habilidade com a mecânica

    Terminamos nossa visita ao Hellabrunn de um jeito bem mais rural. O recinto é fedido, mas popular. A área das cabras fica lotada de crianças correndo atrás dos bichos, que correm atrás da ração que os visitantes compram em maquininhas.

    A cada tanto de euro cai uma porção de grãos. Basta você se aproximar do recipiente que elas já enfiam a cara na saída. Para seres urbanos como nós, chegou a ser meio aflitivo o contato tão próximo. Saímos de fininho, atentos ao chão (sabe como é, se elas comem tanto…). Rimos da situação e fomos em direção à saída. Havia sido um grande dia, a diversão em família estava completa.

    Visual no caminho do metrô ao zoológico de Munique

    VALE SABER

    Endereço: Tierparkstrasse 30

    Transporte: Há 2 entradas. O metrô leva até a 1ª, e o ônibus, à outra. Nós fomos de metrô. Na estação Marienplatz pegamos a linha U3 na direção Fürstenried West e descemos em Thalkirchen (Tierpark). Após uns 10 minutos de caminhada, chegamos à Isar Entrance.

    Sinalizado, o caminho até o zoológico passa por uma ponte com aqueles cadeados de namorados (de Paris, parece que a moda se espalhou pelo mundo todo, né?). É bonito o visual do Rio Isar, das árvores e da ciclovia lá embaixo.

    A outra entrada do zoológico é a Flamingo. O ônibus 52, que também parte de Marienplatz (o ponto fica em frente à sorveteria), leva até Tierpark, na Alemannenstrasse.

    Funcionamento: O Hellabrunn abre o ano inteiro, todos os dias, mas o horário muda segundo a temporada. Em geral, abre às 9 horas, mas fecha entre 16 e 18 horas, conforme a época do ano. O site oficial sempre informa logo na home o horário que está valendo naquele dia.

    Preço: € 15 — crianças de 4 a 14 anos, € 6; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece 2 possibilidades de family ticket: 1 dos pais mais as crianças por € 19 ou os 2 pais mais as crianças a € 33.

    Alimentação: Há quiosques em várias áreas do zoológico. As crianças (e muitos adultos) vão à loucura com os quiosques de doces. Pipocas, nozes carameladas, sucos coloridos congelados para sugar em copos compridos…

    O site official do Hellabrunn informa o horário de funcionamento de restaurantes e lanchonetes. Durante o verão, abrem das 9 às 18 horas

    Dicas: Durante o ano todo, dá para observar certos animais sendo alimentados; veja os horário no site antes de ir.

    Site: www.hellabrunn.de

  • Zoológico de Berlim, o mais antigo da Alemanha

    Zoológico de Berlim, o mais antigo da Alemanha

    Minha lembrança do zoológico de Berlim era um portal vermelho no meio da cidade. Um lugar movimentado, com ônibus passando por perto. Após 22 anos – estive lá em 1992 na primeira vez –, mais do que a imagem de animais, na minha memória se manteve em cores vibrantes o desenho de um portão em estilo oriental.

    Quando decidimos ir a Berlim em família, imediatamente pensei na ideia de voltar ao Zoo Berlin. Agora com meu filho, Joaquim, de 5 anos. O zoológico foi um dos quatro zoos que visitamos na Alemanha.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Descemos do metrô na estação Kurfürstendamm, pegamos a rua à esquerda e andamos seguindo a indicação das pessoas locais para o trajeto mais curto até o zoológico. Chegando lá estranhei a falta daquele agito frenético que eu tinha guardado na lembrança.

    Segundo estranhamento: o portão não era vermelho, tampouco em estilo oriental. Comentei com meu marido, Fernando: ‘Nossa, sempre tive uma memória de elefante, será que me enganei tanto? Um portão daquele não iria mudar.’ Curiosidade à parte, compramos os ingressos e entramos.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaLogo paramos diante de um painel com o mapa do zoológico. Se guiando pelos desenhos dos animais, Joaquim apontou os bichos que queria ver. Nem parei para ver o mapa. Primeiro porque a emoção de estar ali de volta era tanta (aquele domingo era nosso primeiro dia de passeio na viagem à Alemanha, e eu estava em Berlim depois de 22 anos e acompanhada do meu marido e do nosso filho!).

    Depois porque eu gosto de saber que existe um mapa, mas não curto ficar seguindo tudo, de ter ideia sempre de onde estou. Acho ótimo me perder e seguir os impulsos, o desejo de ir em alguma direção. E ali quem estava no comando era o pequenino e decidido Joaquim. Saímos em busca dos macacos.

    Visão geral: o mais antigo, o mais urbano

    Muito bonito passar pelo lago com aquelas árvores choronas e suas folhas verdes quase tocando a água. Vimos muitos patos e flamingos. O Zoo Berlin se orgulha de ter a maior área dedicada a aves na Europa.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Ainda da série títulos ostentados, ele é também o mais antigo zoológico da Alemanha, fundado em 1844.

    Num dos prédios na área do Zoo Berlin, fica o Aquarium Berlin (o ingresso é vendido separadamente ou em forma de combo com o zoológico). Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAs duas atrações juntas recebem em torno de 3 milhões de visitantes por ano.

    Nós escolhemos ver só o Zoo Berlin. Já era bastante para uma visita, impossível de se dar conta mesmo com um dia completo. Atualmente o zoológico mantém 16 mil animais de cerca de 1.500 espécies.

    Uma curiosidade: na época da Segunda Guerra, dos 3.700 animais existentes no zoo, apenas 91 sobreviveram ao conflito. Com a cisão de Berlim, o antigo zoológico ficou do lado ocidental. Foi criado, então, o Tierpark Berlin, aberto em 1955. Hoje tem 7.800 bichos de 900 espécies.

    Achou pouco se comparado ao Zoo Berlin? Bem, o Tierpark também tem seu título: maior zoológico da Europa, com uma extensão de 1,6 quilômetros quadrados. Outra informação de almanaque (mas na linha fofa): 15 elefantinhos nasceram lá desde 1999.

    Elefantes foram logo os primeiros bichos que vimos no Zoo Berlin, à direita do Löwentor, o portão do leão.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNo nosso caminho até os macacos, estavam ainda animais de montanha, como cabras. Joaquim adorou subir as escadas e, curioso, entrar na casa de pedra. Do alto, além das construções do zoológico, é possível avistar prédios no entorno. O Zoo Berlin é o mais antigo da Alemanha, mas também é o mais urbano dos zoológicos que visitamos na nossa viagem.

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Apenas no espaço dos cangurus – já do outro lado do Landwehrkanal, o canal que separa o zoo do Tiergarten, parque de Berlim – fica difícil perceber a cidade em volta. Nós andamos até lá.

    Bem, meu marido e eu caminhamos. Porque nosso filhote correu. A longa alameda que passa pela área das zebras e segue sobre a ponte é um convite para a criançada gastar energia. Se pintar fome ou sede no percurso, há quiosques na alameda antes da ponte.

    Olha a ponte na minha foto de 1992 (jisus, que cabelo é esse?!). Dá para ver lá no fundinho a Coluna da Vitória (Siegessäule), no meio do Tiergarten.

    Berlim, Viagem à Alemanha em 1992, Jardim Zoológico - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)

    No restante do zoológico, especialmente nas regiões próximas ao muro, você vê que a cidade cresceu até bem perto da borda de seu velho zoo. Pudera, ele fica colado à Kurfürstendamm, uma das principais avenidas de Berlim.

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    Destaque: visita em qualquer clima ou hora do dia

    Algumas casas de animais, de certo modo, também lembram que se está numa metrópole. Frio, neve, chuva. Nada estraga a visitação no Zoo Berlin. Essas áreas cobertas permitem ver os animais em qualquer clima ou hora do dia.

    Primatas têm sua casa, com gorilas e chimpanzés. Felinos, também. Nela estão leões, onças ou panteras. Na região dos macacos, painéis mostram os existentes no mundo. Embora as explicações sejam em alemão, pelos desenhos e pela diferença de tonalidade de verde dá para descobrir qual é originário de onde.

    Apenas um senão sobre as casas de animais: as jaulas internas parecem pequenas, especialmente no caso dos felinos.

    Passeamos pela parte interna da casa e flagramos o leão ao acordar de uma soneca depois de devorar uns quilos de carne. O bicho rugiu tão alto para os humanos que assistiam a seu despertar. O ronco ecoou pelas paredes frias no fim de tarde. Gelou a espinha. Com susto e tudo, Joaquim curtiu e, vira e mexe, comenta sobre a cena aqui em casa — leia mais sobre viagem à Alemanha com criança.

    O leão foi o último animal que vimos no Zoo Berlin. Seguimos, então, a indicação de saída. Uma breve caminhada e… surpresa! Lá estava o portão vermelho. Tiramos a foto para registrar o momento. Em que apresentei, enfim, ao meu filho o zoológico que havia conhecido em 1992. Em que minha lembrança encontrou o presente.

    Dois elefantes sustentam as colunas do portal. Maravilha, 22 anos depois, minha memória segue como a dos amigos mamíferos. Ah, detalhe, se quiser visitá-los – os elefantes de verdade –, eles ficam perto do Löwentor, o portão dos leões. E onde está aquele ruidoso felino? Colado ao Elefantentor, o portão de elefantes. Digno de dar nó na memória!

    Berlim, Viagem à Alemanha em 1992, Jardim Zoológico - Foto Nathalia Molina @ComoViajaBerlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    VALE SABER

    Endereço: Hardenbergplatz 8

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: As linhas de metrô U2 e U9 levam ao Zoo Berlin. Se for usar o S-Bahn (trem urbano), pegue a linha S-5, S7 ou S75. Em todas essas possibilidades citadas, a parada é Zoologischer Garten, que dá acesso à entrada principal do zoológico, a Efantentor.

    Nós estávamos na linha U1 do metrô, por isso, descemos na estação Kurfürstendamm e caminhamos até a entrada lateral, a Löwentor

    Funcionamento: O horário muda conforme a época do ano.

    1 de janeiro a 14 de março: das 9 às 17 horas

    15 de março a 23 de março: das 9 horas às 17h30

    24 de março a 7 de setembro: das 9 às 19 horas

    8 de setembro a 26 de outubro: das 9 às 18h30

    27 de outubro a 31 de dezembro: das 9 às 17 horas – 24 de dezembro, fecha às 14 horas

    Preço: 13 euros – crianças de 5 a 15 anos, 6,50 euros; abaixo de 5 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 22 euros ou 2 adultos com suas crianças por 35 euros). O bilhete que inclui o zoológico e o aquário custa 20 euros – crianças de 5 a 15 anos, 10 euros. Nos family tickets, os preços são 33 euros e 50 euros, respectivamente

    Alimentação: Assim como no zoológico de Stuttgart, a empresa Schuler‘s GastZoonomie responde pela alimentação disponível no Zoo Berlin. O restaurante principal funciona durante o ano inteiro Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViajae serve tanto especialidades locais quanto pratos internacionais.

    De março a novembro, há ainda outra opção, o Woodland Pub. A casinha de madeira fica perto do parquinho infantil. No cardápio, comida caseira e tortas. A empresa também administra os quiosques que vendem lanches (alguns deles na alameda próxima à área das zebras) e sorvetes pelo zoológico, além do Aquarium bistrô, localizado no aquário

    Dicas: Diariamente, de manhã ou à tarde, é possível ver bichos serem alimentados – abaixo estão alguns horários:

    Berlim, Alemanha, Zoológico, Crianças - Foto Nathalia Molina @ComoViaja10h30 – urso polar

    11h30 – gorila

    13h45 – pinguim

    14h15 – hipopótamo

    15h30 – carnívoros (exceto às segundas; tigres e leões também não são alimentados às quintas)

    16 horas – macaco

    Segundo o site oficial, os horários costumam ser respeitados, mas, como ‘animais não são máquinas, pode haver alteração’

    Site: zoo-berlin.de/zoo.html

  • Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Texto de Fernando Victorino

    Resolvemos visitar o Zoológico de Nuremberg no dia em que ele fazia 102 anos. Uma história marcada por três reconstruções, duas devido às guerras. Da terceira vez em que precisou ser reerguido, o Tiergarten foi instalado na parte leste da cidade alemã, a 20 minutos de trem da estação central (Hauptbahnhof).

    Durante nossa viagem à Alemanha, visitamos quatro zoológicos imperdíveis. O zoo de Nuremberg foi um deles.

    Era domingo e, como nos disseram, o aniversário do zoológico seria um dia dedicado às famílias. Ao longo do nosso trajeto de bonde, era fácil notar pais e mães carregando mochilas, garrafas de água e pacotes de biscoito, acompanhados dos filhos. Mesmo sem entendermos nada do que eles conversavam, a sensação que passavam era a de que todos – tal como nós – estavam animados com aquele dia especial. Gostosa alegria sob o sol que teimava aquecer a manhã fria de 11 de maio de 2014.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    No dia da nossa visita, o zoológico estava em festa pelo aniversário. As famílias ganhavam um vale-foto, e estandes espalhados pelas alamedas ofereciam atividades para as crianças. Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaEra possível, por exemplo, personalizar uma casinha para passarinhos.

    O Tiergarten é um orgulho para a gente de Nuremberg. Em 1934, o governo de Hitler decidiu que a área do zoo seria usada para a ampliação do espaço onde eram realizados os comícios nazistas. Deslocado para o lugar onde funciona até hoje, em 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra, o zoológico foi mais uma parte da cidade alemã dizimada pelo conflito.

    Com o fim da Segunda Guerra, o zoológico atravessou longos e progressivos períodos de reconstrução, sempre com o apoio (financeiro ou não) da população local. Isso segue até hoje, em eventos como o concerto beneficente realizado neste ano na lagoa dos golfinhos, cuja renda foi revertida para a preservação de espécies ameaçadas de extinção.

    Aos 102 anos, o zoológico de Nuremberg encontra formas de sobreviver à estupidez humana, que o obrigou a renascer três vezes e até hoje o leva a se reinventar. Tudo para manter seus habitantes vivos e suas portas abertas, a fim de que famílias ruidosas desfrutem de domingos de sol como o que vivenciamos durante nossa visita.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Visão geral: um bosque no meio da cidade

    Localizado em um terreno de topografia irregular, o Tiergarten exige do visitante disposição para caminhar por subidas em certos momentos. O mapa do zoo mostra desde uma rota plana, voltada principalmente para cadeirantes – mas que não contempla todos os animais – até caminhos com perfis de inclinação diferentes: ligeiro, moderado ou acentuado.

    Não raro, vemos pais levando filhos de cavalinho por ladeiras. Uma alternativa para minimizar o cansaço das crianças são carrinhos de puxar que podem ser alugados no portão principal.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaO relevo que castiga bípedes sedentários permite aos animais de montanha condição de vida próxima à do seu habitat. Entre a visita a uma espécie e outra, a caminhada não é penosa porque é feita por alamedas cercadas por árvores. Em uma delas flagramos um esquilo descendo o tronco em busca de comida.

    Diferentemente de zoológicos encravados no centro da cidade, o Tiergarten reúne fauna e flora de modo quase selvagem. A sinalização tira um pouco do fator surpresa que é perambular por um caminho e se deparar com o bicho mais adiante. Mas as placas são úteis em um parque dessa dimensão.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A propósito, é bom escolher o que você pretende ver porque pode ser difícil observar todas as espécies com a devida calma. Instalado em uma área de 670 mil metros quadrados, o zoológico de Nuremberg foi inaugurado em 1912, com 1.200 animais. Atualmente, possui 3.000 bichos de 300 espécies.

    Nosso filho, Joaquim, de 5 anos, queria ver o leão, então, nossa visita incluiu uma parada nos felinos. Encontramos o bicho preguiçoso, deitado sobre uma pedra como se desejasse que o mundo acabasse em barranco (que no caso dele se encontrava a uns 5 metros de distância).

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaJá o tigre mostrou-se indócil com tanta gente dentro da gruta de onde se pode observá-lo mais de perto. A foto tirada num raro momento em que ele se pôs quieto foi prejudicada pelo reflexo do vidro (santo vidro!) que nos separava.

    Também através de vidros vimos os pinguins nadando em um espaçoso parque aquático. Algumas crianças não precisam do colo dos pais para admirar o balé da turma de fraque porque a plataforma de observação fica a certa altura, com um vidro de proteção que desce até o chão. A visão fica tão desimpedida, que nosso pequeno Joaquim alternou entre uma lambida no sorvete e uma espiadinha para baixo.

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    Destaque: show com leões-marinhos e golfinhos

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Deixamos a área dos pinguins e aproveitamos a descida para apertar o passo rumo à lagoa dos golfinhos, cujo show iria começar em poucos minutos.

    Ponto alto do Tiergarten e atração rara para um zoológico, o show existe desde os anos 1970 e é bastante disputado pelos visitantes. Mas há um bom espaço para acomodar o público nas arquibancadas em volta dos tanques.

    Apesar de a apresentação ser feita toda em alemão, é possível apreciar os truques de golfinhos e leões-marinhos numa boa. Nosso filho não desgrudou os olhos da exibição, acompanhando as acrobacias feitas pelos animais.

    Não se trata de uma superprodução ao melhor estilo parques de Orlando, mas distrai bem crianças e adultos durante meia hora. As apresentações ocorrem diariamente, de acordo com a tabela do site oficial do zoológico: todos os dias, às 14 horas e às 15h30; de segunda a sexta, também às 10h30 e ao meio-dia; aos sábados e domingos, também às 11 horas e às 12h30.

    VALE SABER

    Endereço: Am Tiergarten 30

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: Nós usamos a linha 5 do bonde elétrico (tram), que pegamos em frente ao Grand Hotel Le Méridien, na Bahnstrasse, perto da Hauptbahnhof, estação central de trem. O ponto final do bonde nos deixou muito perto da entrada. Outra opção é usar a linha 65 de ônibus, com destino ao Tiergarten

    Funcionamento: O horário muda conforme a época do ano.

    1 de janeiro a 2 de março: das 9 às 17 horas

    3 de março a 29 de março: das 9 às 18 horas

    30 de março a 3 de outubro: das 8 horas às 19h30

    4 de outubro a 26 de outubro: das 9 às 18 horas

    27 de outubro a 31 de dezembro: das 9 às 17 horas

    Preço: 13,50 euros – crianças de 4 a 13 anos, 6,50 euros; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 18 euros ou 2 adultos com suas crianças por 31, 50 euros)

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlimentação: Após a entrada, há quiosques para comprar um lanche rápido. Ao longo do zoológico, outros quiosques vendem lanches, sorvete e água.

    Dois quiosques maiores (que estão mais para lanchonete) ficam um à beira da lagoa dos golfinhos – do terraço, dá para assistir à apresentação, do lado oposto à plateia – e outro na área do petzoo. Escolhemos comer nesse segundo, que serve combos de salsicha ou schnitzel acompanhados por variações de batata (salada, cozida ou frita). O movimento é grande, mas não foi complicado achar mesa. Há banheiros e fraldário na parte de baixo do restaurante.

    Durante o inverno, é feito um revezamento na abertura dos quiosques. Já o restaurante Waldschänke , no ponto mais alto do zoológico, funciona o ano inteiro, das 9 às 19 horas (diariamente)

    Compras: Lembrancinhas como simpáticos macaquinhos de pelúcia também são encontrados em quiosques

    Dicas: É possível ver os animais serem alimentados. A maioria deles no período da tarde, de acordo com a tabela do site oficial:

    14h15 – urso polar (diariamente)

    14h30 – leões e tigres (exceto segunda e quinta)

    14h45 – lontra (diariamente)

    15h15 – pinguins (diariamente)

    O Tiergarten dispõe de carrinho de madeira para você levar sua cesta de piquenique, mochilas ou as crianças quando elas estiverem cansadas do passeio. Custa 3 euros mais um depósito de 20 euros que serve como caução. Pelos mesmos valores alugam-se cadeiras de rodas (mediante reserva pelo telefone 44-911-5454-825)

    Site: www.tiergarten.nuernberg.de

  • Zoológico de Stuttgart: Wilhelma, com jardim botânico

    Em Stuttgart, zoológico e jardim botânico se juntam no Wilhelma. Essa união faz do espaço um belo passeio com crianças na Alemanha. Flores e animais Ele foi um dos quatro zoos imperdíveis para crianças, que visitamos na Alemanha

    Não fosse o elefante como símbolo na entrada, você demoraria a entender que o Wilhelma, em Stuttgart, é também um zoológico. Porque a primeira visão que salta aos olhos nesse parque da Alemanha é a das cores nos canteiros, da beleza de um espaço concebido originalmente como um jardim botânico.

    O Wilhelma foi um dos quatro zoos que visitamos na nossa viagem à Alemanha. Quatro zoológicos da Alemanha, cada um a seu modo. O visual do Willhelma está certamente entre os mais bonitos.

    CANTEIRO DE FLORES NA ENTRADA DO WILHELMA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Assim que entramos, nosso filhote, Joaquim, encontrou os pinguins à direita da lojinha. Observou os bichos de pertinho. A altura do lugar é excelente para crianças, bate na cintura de um adulto.

    Foto Nathalia Molina @ComoViaja - pinguins

    Depois brincou num painel que relaciona habilidades humanas com animais. A criança olha a atividade física, aí gira a figura e vê que bicho faz aquilo também. Com 5 anos, Joaquim gostou de suas pequenas descobertas.

    Antes de nos aventurarmos pelo restante da bicharada, visitamos as estufas de flores e atravessamos o histórico jardim mourisco, criado a pedido do rei Guilherme I. O governante inventou o Wilhelma para ele mesmo desfrutar na forma de palácio real, tendo Alhambra, na Espanha, como inspiração.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (30)

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    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (51)

    Em nossa visita, além da flora, demos um giro no que consideramos o primeiro escalão do reino animal: elefante, girafa, zebra, leão e macaco. Pelo menos para o nosso filho, eles são imprescindíveis numa ida ao zoológico.

     

    Como é o Wilhelma

    O próprio site do Wilhelma explica que é impossível ver tudo em um só dia e recomenda ao visitante escolher regiões do parque por área de interesse.Diante de 300.000 m² de extensão, facilita muito a empreitada se você der uma olhada antes no site, que oferece sugestões de roteiro para fãs de botânica, adoradores de aquário, amantes das árvores ou para quem simplesmente quer dar um passeio por suas alamedas no fim de tarde. Até roteiro para dias de mau tempo tem.

    Em casos assim, recomenda-se visitar espaços fechados, como a Casa da Amazônia (Amazonienhaus), que reúne 2.000 plantas de 350 espécies da floresta mais famosa do mundo. Você se sente cercado pela vegetação em um ambiente em que a temperatura oscila entre 25 e 28 graus, com umidade em torno de 80%. Tivemos de tirar os casacos para aguentar a sensação.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (52)

    Para quem se interessa por aranhas, centopeias e outros pares, outro lugar coberto é o insetário (Insektarium). Não é o nosso caso.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (56)Curtimos mesmo visitar uma única área dele: o salão das borboletas (Schmetterlingshaus). Não dê bobeira com a porta aberta ao entrar e sair. Elas voam livremente pelo jardim e pousam nos bancos e no chão. Cuidado ao se sentar ou pisar.



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    Um vidro mantém as borboletas que estão para sair do casulo. É lindo poder ver essa transformação, e mais bonito ainda ser agraciado pelo delicado pouso de uma das borboletas em seu corpo. Convenhamos, experiência bem mais agradável e menos aflitiva do que ver tarântulas e lacraias (ainda que pelo vidro).

    Nós pegamos tempo bom. Na parte baixa do Wilhema, perto da Casa da Amazônia e das borboletas, vimos ainda ao ar livre a região dos cangurus.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (60)

    Joaquim ficou feliz de se medir na régua dos bichos e saber que está da altura de um cachorro. Também gastou energia pulando no piso elástico ali ao lado.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (59)

    Para ver animais maiores como leões, zebras, girafas e elefantes, é preciso ir até a área mais alta do Wilhelma, depois dos jardins. Nós vimos todos esses, a visita mais marcante, porém, foi à onça. Ela caminhava de forma imponente ao longo da grade, passando bem diante de nós. Ainda na linha dos bichos que costumam ser mais cobiçados pelas crianças num zoológico, visitamos vários tipos de macacos.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (32)

     

    O que fazer no zoológico de Stuttgart

    Os bonobos são estrelas no Wilhelma e têm uma casa bacana para chamar de sua. Aberta em maio de 2013, a Affenhaus abriga bonobos e gorilas, separadamente. Os bonobos são os símios que apresentam maior semelhança com os seres humanos, daí tantas câmeras apontadas para registrar o cafuné da mamãe no filho ou a pose do macho descansando sobre um monte de palha, como quem se joga num sofá depois de um dia de muito trabalho.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (36)

    Os animais são vários e bem expostos, mas lembre-se, antes de tudo, você está em um jardim botânico. Por essa razão, reserve um tempinho para visitar as estufas localizadas à esquerda da entrada principal. Fizemos isso logo de cara e não nos arrependemos da escolha.

    Chama atenção o cuidado que as estufas recebem, como se o cenário estivesse pronto para uma sessão de fotos. Não há aquela cara de canteiro da vovó ou aquele cheiro de terra molhada o tempo todo. Do lado de fora, sequências de flores formam um colorido tapete sobre o gramado verdejante. Minha mulher, Nathalia, adora flores e se perdeu pelas estufas. Joaquim a acompanhou tirando muitas fotos. Em algumas, foi ele que registrou a mãe em meio ao jardim. O iPad virou filmadora porque a profusão de cores exigiu registro de cada tonalidade encontrada em azaleias, orquídeas e demais espécies.

    O jardim mourisco, no caminho de quem sobe para ver os animais, estava carregado de magnólias na época do ano em que passamos por lá. Deu vontade de sentar num dos vários bancos no entorno e ficar de papo para o ar.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (28)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (27)

     

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    VALE SABER

    Endereço: Wilhelmaplatz 13

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Transporte: A partir da Hauptbahnhof, a estação central de Stuttgart, o caminho mais rápido é pegar a linha U14 do metrô, sentido Remseck Neckargröningen, e descer na parada Wilhelma.

    Nós voltamos por esse percurso, mas chegamos pela linha U13 porque estávamos em outra área da cidade. Descemos na estação Rosensteinbrücke, na rua lateral do Wilhelma. Voltamos contornando o muro e viramos à direita para chegar à entrada.

    De ônibus, as linhas 52, 55 e 56 são indicadas pelo site oficial, que sugere descida também na parada Rosensteinbrücke

    Funcionamento: Abre 365 dias por ano com horários de entrada que variam conforme os meses:

    Novembro a fevereiro: das 8h15 às 16 horas (fechamento às 17 horas)

    Maio a agosto: das 8h15 às 18 horas (fechamento às 20 horas)

    Março e outubro: das 8h15 às 17 horas (fechamento às 18h30)

    Abril e setembro: das 8h15 às 17h30 (fechamento às 19h30)

    Preço: 14 euros – crianças de 6 a 17 anos, 7 euros; abaixo de 6 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 21 euros ou 2 adultos com suas crianças por 35 euros)

    Alimentação: Nossa visita ocorreu após o almoço, mas há três lugares para matar fome, todos da rede Schuler’s GastZoonomie, que mantém unidades também nos zoológicos de Berlim e Kalrsruhe. Em Stuttgart, o maior deles é o restaurante Wilhelma. Fica perto da entrada principal (entre o insetário e o espaço dos cangurus) e oferece pratos locais.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (57)

    Opção localizada no extremo oposto é o restaurante próximo à mini-fazenda. É ideal para ir com crianças, já que fica perto do zoológico e ainda possui área com Lego e quebra-cabeças. Tem cardápio semelhante ao do Wilhelma, incluindo menu infantil. Quem estiver com bebês pode solicitar aquecimento de mamadeira, como sugere o próprio site do zoo.

    Entre abril e setembro, o Bistrô Belvedere funciona como uma opção para pratos rápidos, massas e pizza. Café e bolos também fazem parte do menu. Um restaurante pequeno, num ponto alto, de onde, como o nome em italiano sugere, se tem bela vista

    Dicas: Além de ver alguns bichos comendo, as crianças podem acompanhar o banho dos elefantes, diariamente, em horário indicado na própria casa do animal. Outras espécies têm sua rotina de alimentação assim indicada pelo site oficial.

    11 e 15 horas – leões-marinhos (exceto quintas)

    11h30 – tigres (exceto segundas e sextas)

    14 horas – crocodilos (às segundas)

    14 horas – aves de rapina (exceto segundas e sextas)

    14h30 – pinguins (diariamente)

    Site: www.wilhelma.de

  • Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    O Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha, fica colado à estação de trem e oferece um bom desconto na compra do ingresso até 2020. Veja como foi nossa visita a esse santuário da esportividade na terra do automóvel

    ATUALIZADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2017

    Você salta do trem e, da plataforma, escuta o berro grave de um motor que rasga a aparente tranquilidade daquela região. Um som uniforme, de respeito, um alerta para que você tenha a exata noção de onde foi parar. Você identifica um vulto azul como responsável por aquela ruidosa saudação de boas-vindas.

    Em frente à estação um prédio futurista parece flutuar. Você está a poucos metros do Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha. Da saída da Neuwirtshaus não são necessários mais do que dois minutos de caminhada para se alcançar a entrada desse santuário da esportividade.

    MUSEU PORSCHE, EM STUTTGART, ALEMANHA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Como é o Museu Porsche

    O clima é de devoção. Pelo menos foi a impressão que eu, sujeito não aficionado por carros, tive quando visitei os mais de 5.000 metros quadrados do acervo, que reúne 80 exemplares.

    Diante de cada modelo em exposição, homens feitos parecem crianças em frente a uma vitrine de brinquedos. Máquinas profissionais ou celulares à mão, fotografam cada ângulo daqueles automóveis. Procuram um clique diferente, inédito, revelador. Nem um motor exposto escapa da sanha das lentes. Perdoai-vos, senhor! Eles são adoradores de Porsche.

     

    O que fazer no Museu Porsche

    Percorre-se o museu em pouco mais uma hora se você não for do tipo que lê cada explicação contida nas placas ao lado dos carros. Notei que a turma do flash quase não fez isso. Provavelmente sabem tudo sobre a história daquelas máquinas. Já meu conhecimento sobre Porsches vem do cinema. A propósito, nunca vi um desses carros estacionados ou guiados abaixo da linha dos 120 por hora nos filmes.

    Minto. Sally, a charmosa Porsche Carrera do filme Carros não demonstra pressa na maior parte das cenas da animação produzida em parceria pela Pixar-Disney. E foi calmamente que Sally chegou a Stuttgart, em fevereiro de 2014, e permaneceu em exposição por três meses, para alegria do meu filho, Joaquim, fã da animação. Era parte das mostras especiais criadas pelo museu, maneira encontrada pela Porsche para mostrar seu espírito inquieto, de constante renovação.

    Em 2018, a montadora comemora os 70 anos da criação do primeiro carro esporte batizado com a marca Porsche, o 356 Roadster. A exposição especial 70 Years Porsche Sportscars será aberta em 9 de junho.

    Tive a sorte de ver em cartaz a mostra 24 horas para a Eternidade, dedicada a contar a história da Porsche nas 24 horas de Le Mans, tradicional corrida de resistência disputada na França desde 1923. A exposição marcava o retorno da montadora de Stuttgart à prova depois de 15 anos. Dispostos como se estivessem em uma pista, mais de 20 carros ajudavam a repassar a participação da Porsche na prova, da qual é recordista com 19 títulos.

    Naquele fim de semana da corrida, o museu ficou aberto pela primeira vez de forma ininterrupta, das 9 horas da manhã de sábado às 6 da manhã do domingo. Fãs puderam assistir à prova em monitores dentro e fora do prédio. A entrada no fim de semana especial foi gratuita.

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A primeira vitória da montadora em Le Mans ocorreu em 1970, mesmo ano em que foi produzido filme homônimo, estrelado por Steve McQueen, notório fã de automobilismo. O ator norte-americano tinha intenção de disputar a corrida para valer ao lado do piloto Jackie Stewart, mas McQueen apenas conduziu o modelo 908, equipado com câmeras que captaram cenas da corrida. Lançado no ano seguinte, o filme não fez sucesso.

    Em 1979, o também ator Paul Newman conseguiu um 2º lugar guiando um Porsche 935 na categoria que reunia pilotos profissionais e amadores. Amante da velocidade, Newman montaria sua própria escuderia anos mais tarde, mais especificamente na Fórmula Indy.

    O primeiro carro

    O nascimento de um mito como Porsche poderia perfeitamente estar nas telas do cinema. Conceitos de velocidade, potência e design sempre estiveram entre os desafios a serem vencidos pelo fundador da marca, Ferdinand Porsche. Austríaco nascido numa cidade que hoje faz parte da atual República Tcheca, ele esteve envolvido com inúmeros projetos da Daimler, empresa que daria origem à Mercedes-Benz, em 1929. Dois anos mais tarde, Porsche abriria seu próprio escritório de engenharia, com uma equipe que incluía seu filho, Ferdinand Anton Porsche, ou Ferry, como ficou conhecido.

    MUSEU DA PORSCHE – Foto: Porsche AG/Divulgação

    O velho Ferdinand foi o homem que deu vida ao Fusca, veículo popularizado na Alemanha de Hitler. De suas pranchetas nasceram também duas máquinas de guerra: os tanques Tiger e Elefant.

    Por sua ligação com os nazistas, Ferdinand Porsche terminou preso na França ao fim da Segunda Guerra. Nos quase dois anos em que esteve detido, Ferry foi quem levou adiante a fábrica em ritmo quase artesanal, e criou em 1948 o primeiro carro identificado com o nome Porsche: o 356, modelo nascido a partir de conceitos do Fusca, como o motor traseiro, por exemplo.

    Produzido até meados dos anos 1960, o carro ainda não era veloz e potente como seu sucessor, o 911, lançado no Salão do Automóvel de Frankfurt, em 1963.

    De lá para cá, o modelo 911 passou por evoluções. Concebido para corridas, o Carrera foi criado nos anos 1970. Virou um mito. O som de seu motor é rouco e alto, com um chiado ao fundo que lembra um assobio, como quem convoca alguém a dar uma volta. Num dos vários pontos interativos do museu, é possível ouvir o motor do 911 e de outros modelos pisando abaixo de círculos com áudio. 

     

    Outro momento interativo que faz sucesso é a possibilidade de entrar num Porsche.

    Em Carros, Sally Carrera convida o protagonista Relâmpago MacQueen, um promissor e veloz carro de corrida, a dar uma volta pela Rota 66. Antes de deixá-lo comendo poeira na lendária rodovia dos Estados Unidos, a simpática personagem usa uma frase que poderia servir de provocação para quem ficou com vontade de visitar o Museu da Porsche em Stuttgart: ‘E aí, você vem ou não vem?’

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    VALE SABER

    Endereço: Porschplatz, 1

    Transporte: O museu fica ao lado da estação Neuwirtshaus (Porscheplatz). A linha que leva até lá é a S6, no sentido Weil der Stadt — fique atento pois também servem os trens com o letreiro escrito Leonberg ou Renningen, estações anteriores ao ponto final, mas posteriores à parada do museu. Da Hauptbanhof (estação central), são apenas quatro estações, nem 20 minutos de trajeto

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Funcionamento: De terça a domingo, das 9 às 18 horas

    Preço: adultos, 8 euros; crianças até 14 anos, 4 euros (menor de 14 anos, grátis, desde que acompanhado por um adulto). Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Porsche terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Mercedes, em Stuttgart, na Alemanha

    Alimentação: Há um café e um restaurante no museu (não comemos por lá)

    Compras: Na loja, miniaturas, camisetas, pôsteres e livros estão à venda. É legal a vitrine com carrinhos entre as listras

    Dicas: Na entrada do museu, ventava muito em abril. Há armários para guardar mochilas, casacos ou bolsas. Tenha moeda de 1 euro para encaixar atrás da fechadura e destravar a chave. Ela pode ser retirada de volta na saída

    Site: www.porsche.com/museum

     

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)


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    As entradas nos foram dadas como cortesia, a convite do Museu Porsche e do Turismo de Stuttgart

  • Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    ‘A sessão vai começar em 5 minutos’, avisa uma moça à porta de uma sala de onde saem acordes que me soam familiares. Aceito o convite e entro. Na tela, uma orquestra sinfônica executa o hino oficial da Uefa Champions League, o principal torneio de clubes da Europa. Justo, já que estou no estádio do Bayern de Munique, último campeão da competição. O time da moda, do técnico mais incensado dos últimos tempos: Pep Guardiola. Quando visitamos o museu dedicado ao time alemão, a equipe era treinada pelo espanhol.

    Natural da Catalunha, o treinador pode repetir na Alemanha a trajetória de sucesso que obteve comandando o Barcelona. Por ora, desfruta de um display com sua imagem em tamanho natural na área onde também estão posados os jogadores do atual elenco. Para que Guardiola deixe de ser aquela figura estática em alumínio e ocupe outros espaços mais nobres do museu será necessário tempo. E ganhar títulos.

    Ninguém na Alemanha venceu mais que o Bayern — vale visitar também a Allianz Arena Munique, estádio que vimos nesse mesmo dia. São 24 salvas de prata, como é chamado o troféu dado ao campeão nacional. Na área denominada Via Triunphalis elas estão dispostas lado a lado em estantes envidraçadas. Lembram uma equipe de futebol perfilada durante a execução de um hino. Admito que essa foi sensação que tive ao vê-las, talvez por vício profissional. Inspecionar cada taça, copa e salva demanda tempo pois, definitivamente, informação a respeito de cada conquista não falta.

    Conquistas do Bayern expostas nas vitrines

    E se você for chegado a números, escalações e toda sorte de conhecimento de almanaque, eles estão disponíveis em telas ao alcance do dedo. Toque e tenha acesso a dados do passado e presente, de Ludwig Hymon (jogador dos anos 30) a Manuel Neuer, atual goleiro titular do Bayern.

    A propósito, se quiser testar seus reflexos como se fosse o próprio arqueiro titular da seleção alemã, há 2 tótens com luzes que se acendem de forma alternada. Ganha quem tocar as lâmpadas o maior número de vezes no menor tempo. Se, como eu, você for melhor com os pés experimente o desafio do painel luminoso com três níveis de dificuldade. Capriche e acerte a cruz em vermelho que pisca de modo aleatório. Ok, meu resultado foi satisfatório.

    Chute a gol, treinando a pontaria no museu

    Para um leigo, não há mistério para explorar o Museu do Bayern de Munique. Arrisco dizer que dá até para dispensar o áudio-guia.

    Principais jogadores do Bayern de Munique

    A rica história do clube é dividida em sete marcos a partir de 1900, data de sua fundação. Com explicações escritas em alemão e inglês, o visitante consegue entender o contexto histórico do período em questão, vê lances de jogos e conhece atletas que simbolizaram cada era.

    Camisa de jogadores do Bayern que fizeram história

    Franz Beckenbauer é o maior deles. Foi contemporâneo de Pelé e seu companheiro de time no fim da carreira do brasileiro, no Cosmos, dos Estados Unidos. Como o Rei, ganhou apelido equivalente: Kaiser (Imperador, em alemão). Seu nome, sua figura esguia e seu mito estão presentes em três ambientes do Museu: na Calçada de Fama, ao lado do goleiro Sepp Meier e do artilheiro Gerd Muller, parceiros de clube nos chamados Anos Dourados (1966 a 1979, quando o time enfileirou três títulos europeus em sequência a partir de 74); no espaço dedicado aos treinadores, Beckenbauer figura entre os que se destacaram à beira do gramado; e na antiga sala de reuniões da presidência recriada no museu, onde um vídeo gravado reúne Willi Hoffmann, Fritz Scherer e Franz Beckenbauer, que dirigiu o clube entre 1994 e 2009.

    Na parede, ídolos do clube do sul da Alemanha

    Outra semelhança com Pelé é que Beckenbauer também se aventurou a cantar. Nada de composição própria como o Rei do Futebol, mas duas canções gravadas em compactos em meados de 1960, cujas capas têm a foto de Beckenbauer ao melhor estilo Chega de Saudade, o disco-símbolo de João Gilberto lançado em 1959, marco da bossa nova.

    Frank Beckenbauer: do sucesso como craque no gramado à tentativa de cantar

    Em uma parede, estão expostos demais LPs, inspirados ou que contaram com o talento musical de outros ídolos do Bayern, como Gerd Muller e Rummenigge, que teve seus ‘joelhos sexies’ homenageados pela dupla pop inglesa Alan e Denise, em 1983.

    Você pode ouvir todo esse material. Eu dei meu voto de confiança a Beckenbauer na faixa Nada vai separar grandes amigos (Gute Freund kann Niemand Trennen). Empata em carisma com Pelé e seu antológico refrão ABC, ABC, toda criança tem que ler e escrever.

    No filme mencionado por mim no início do texto, Beckenbauer nem aparece tanto. Também é um dos poucos personagens, do passado e do presente, que não usa a palavra família para descrever o ambiente que caracteriza o clube. Sentimento que não exigiu muito esforço de tradução na hora de explicar para o filho de 5 anos. Sentado ao meu lado durante os 15 minutos de projeção, ele quase não piscou os olhos. Mesmo para uma criança que não fala alemão, ouvir uma narração em que o locutor se esgoela gritando ‘Tor, Tor, Tor’ deixa claro o que aquelas três letrinhas significam.

    Vibração da torcida do Bayern de Munique, em filme no museu

    Antes de o filme começar, ainda com a tela escura, meu filho ficou entusiasmado com o som da torcida gritando o nome do time a plenos pulmões. Saiu da sala imitando aquele canto, dizendo que queria torcer para o Bayern.

    Joaquim, o novo pequeno torcedor do Bayern

    Desejo que pôde ser estimulado um pouco mais quando atravessamos a loja de produtos oficiais, a caminho da saída.

    Antes, demos uma passadinha pela área dedicada aos torcedores. Aderimos à onda selfie em uma máquina digital posicionada de frente para um banner com o escudo do clube.

    Nossa selfie em família com o Bayern: ‘Tor, tor’

    Em questão de segundos nossa imagem foi parar no painel eletrônico com fotos de outros visitantes. De alguma forma também estamos imortalizados naquele museu.

  • Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Dentro do estádio, no nível intermediário das cadeiras, a visão que se tem do gramado da Allianz Arena Munique lembra muito a do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, onde, às vezes, é possível escutar os jogadores falando, principalmente nos jogos com pouca torcida, tamanha proximidade da plateia com o campo.

    No estádio construído para a Copa do Mundo de 2006 é quase impossível ouvir o falatório dos atletas, já que seus 57 mil lugares são tomados durante o ano todo por fãs do Bayern e do rival Munique 1860. Vazio durante a visita que fiz durante uma manhã de primavera, o silêncio reinante foi quebrado pelo som da máquina de cortar grama.

    ‘Nosso atual técnico, Pep Guardiola, é muito exigente. Quer que o gramado seja sempre aparado de modo que fique bem rente. Exige também que a grama seja molhada para que a bola role mais depressa’, explica a guia, que arremata com certa ironia: ‘Bem, nosso treinador gosta de ter o controle de tudo por aqui’. Pep Guardiola era, então, treinador do Bayern de Munique, hoje comandado pelo croata Niko Kovač.

    Não foi à toa que Pep mandou instalar uma sofisticada e moderna aparelhagem para fazer suas prelações ao time antes dos jogos, no vestiário. É no ambiente mais sacrossanto do futebol que ouvi o nome de Guardiola vir acompanhado de uma pequena maldade associada com feng shui, expressão chinesa que relaciona fluxo de energia com a harmonia de um espaço. Difícil é acreditar que com um gramado daqueles e um vestiário amplo e organizado a harmonia não prevaleça.

    Ida ao vestiário durante o tour pela Allianz Arena

    No vestiário do Bayern de Munique

    No tour os visitantes têm direito de escolher qual dependência querem visitar. Formado por outros brasileiros, dois argentinos e um chinês, nosso grupo escolheu o lado do Bayern. De acordo com a guia, o Munique 1860 usa espaço com características semelhantes, mas sem a cor vermelha — vale visitar o Museu do Bayern, que vimos nesse mesmo dia.

    Passeio em família até o estádio do Bayern

    A divisão do estádio entre os rivais inclui mudança de cor do revestimento externo, em plástico fino, leve e resistente. Por fora, a Allianz Arena lembra um pneu de carro. Nos jogos do Bayern, luzes vermelhas se acendem. O azul dá o tom em partidas do 1860.

    Vermelho do Bayern ilumina o estádio nos jogos do time – Foto: Markus Dlouhy/Turismo de Munique/Divulgação

    Quando é a seleção da Alemanha que joga por lá, prevalece a neutralidade do branco. Só não há divisão na ampla sala de imprensa, onde adotou-se o neutro cinza para as cadeiras dos técnicos e dos jornalistas.

    Sala de imprensa na Allianz Arena

    A visita passa por vestiários e corredores internos e termina no corredor que leva à subida ao gramado. Excepcionalmente, a porta que dá acesso ao campo estava aberta, fato raro. Pudemos então percorrer o caminho que Dante, Lahm, Ribéry, Robben e outros passam antes de cada jogo.

    Famosa escadaria até o campo, vista pela TV nos jogos do time alemão

    Ponto alto do tour, essa entrada simbólica fica mais emocionante quando a guia põe para tocar o hino oficial da Uefa Champions League. Ao contrário do que fazem os atletas, nossa subida termina no último degrau, onde uma fita não nos permite pisar o gramado que segue sendo cuidadosamente cortado, como manda Pep Guardiola.

    Ver de perto o gramado da Allianz Arena é o ponto alto da visita
  • Atrações e transporte em Londres

    Se você vai viajar para a Inglaterra ou para outros países da Grã-Bretanha, pode comprar online entradas de atrações e passes de transporte. O Como Viaja mantém uma parceria com a VisitBritain Shop, loja do Visit Britain, responsável pela divulgação turística da Grã-Bretanha. É só você clicar abaixo nos banners ou nos links de atrações e serviços oferecidos pela VisitBritain Shop para ser direcionado para a loja online oficial.

    Lá estão à venda mapas, entradas para atrações e passes de transporte, tudo o que pode facilitar sua viagem antes de sair do Brasil. Alguns produtos disponíveis para a compra:

     

    ATRAÇÕES

    London Eye

    Madame Tussauds

    Chá da tarde em Londres

    Tour no Palácio de Buckingham e pela Londres Real

    Abadia de Westminster

    Castelo de Windsor

    Aquário de Londres

    Zoológico de Londres

     

    ESPORTE

    Tour no estádio do Arsenal

    Tour no estádio do Manchester United

    Tour no estádio do Chelsea

    Tour no Estádio de Wembley

     

    TRANSPORTE, INTERNET E MAPA

    London Visitor Oyster Card

    Wifi móvel válido em toda a Grã-Bretanha

    Mapa de Londres

     

    PASSEIOS TEMÁTICOS

    Tour Beatles Story Liverpool

    Tour Downton Abbey Village Blenheim Palace e Cotswolds

    Tour Game of Thrones e Giants Causeway

    Tour a pé pelo parque olímpico de Londres

    Passeio de helicóptero em Londres

    Tour Harry Potter – Estúdio

    Tour Harry Potter – Locações de Filmagem

    Tour Harry Potter – Londres a pé

    Tour Harry Potter – Londres de ônibus

    Shakespeare Houses and Gardens

    Shakespeares Globe Theatre

    Sherlock Holmes Walking Tour of London

    Churchill War Rooms

     

    OUTROS TOURS E PASSES

    Tour guiado Best of London

    Tour de bicicleta em Londres

    Tour em Oxford e Cambridge

    Legoland em Windsor

    Passeio de helicóptero em Londres

    Tour em Stonehenge


    *Esta publicação é parte da parceria com a VisitBritain Shop, que prevê um percentual para o Como Viaja sobre as vendas efetuadas a partir das nossas publicações ou páginas.

    Está planejando sua viagem? Saiba mais sobre as parcerias do Como Viaja

  • Compras, história e gastronomia na Galeries Lafayette, em Paris

    Para compras ou não, ir à Galeria Lafayette, em Paris, vale muito. Leia sobre a história da loja, marcas, endereço e funcionamento. A linda cúpula do prédio no Boulevard Haussman rende foto na certa e o rooftop no verão tem gastronomia com vista

    ATUALIZADO EM 7 DE MAIO DE 2018

    Depois do Musée du Louvre, a Galeries Lafayette é o lugar mais visitado da capital francesa. Com 70.000 m² de área, a primeira loja de departamento da Europa recebe em torno de 100.000 visitantes por dia em seu endereço, no Boulevard Haussmann. Não é para menos, a loja de departamento — chamada em francês de magasin — é mais do que um lugar de compras. Fez história e é de fato um ponto turístico de Paris. O ano inteiro vale a pena entrar no prédio nem que seja para apreciar a beleza (e tirar muitas fotos) de sua linda cúpula. E espiar as novidades em moda e cultura.

    CÚPULA DA GALERIES LAFAYETTE – Foto: Rémy Marion/Divulgação

    Para a temporada 2018 do verão europeu, já está aberto o restaurante La Paillote, no terraço da loja de departamento. O menu enxuto propõe os sabores frescos do Mediterrâneo, com saladas, queijos, tortas e sobremesas. A atmosfera do La Paillote pretende recriar o clima da ensolarada Riviera Francesa. O Cube Bar, também na cobertura, é um ótimo lugar para assistir ao pôr do sol com um drink.

    VISTA DE PARIS DO TERRAÇO DA GALERIA LAFAYETTE – Foto: Divulgação

    Valorizar a tradição não impede a Galeries Lafayette de inovar constantemente. A loja de departamento abre outra unidade parisiense em janeiro de 2019, conforme divulgado em evento em São Paulo, em outubro de 2017. O novo endereço será na elegante Avenue des Champs-Élysées. No mesmo mês, a Galeries Lafayette passa a ter um ponto de venda na Eataly, em São Paulo.

     

    Dicas e compras na Galeria Lafayette

    Veja os destaques da tradicional loja de departamento de Paris para conferir na sua próxima visita à capital francesa:

    MARCAS DESEJADAS E MUITOS SAPATOS

    Ao todo, a loja exibe 3.500 marcas, entre as mais famosas e cobiçadas do mundo. Só a área de calçados femininos ocupa 3.000 m² dos 15.000 m² voltados à moda. O espaço para lingerie, inaugurado em 2013, dispõe de 50 marcas de moda íntima, meias e roupas de banho, além de uma área para tratamentos de beleza.

    Galeries Lafayette, Paris, Moda Feminina, França - Foto Retirada do Site Oficial

    Galeries Lafayette, Paris, Calçados Femininos, França - Foto Retirada do Site Oficial

    Galeries Lafayette, Compras, Paris, La Suite, França - Foto Divulgação

    La Suite, apartamento de 400 metros, recebe clientes que buscam conselhos de moda personalizados num espaço particular, sem ter a impressão de estar dentro de uma loja de departamento. Enquanto escolhem suas compras, podem comer macaron e beber champanhe.


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    Com 8.000 m², a área dedicada aos homens está distribuída em três pisos, que vendem roupas, calçados e perfumes. No 2° andar da Lafayette Homme, um pedacinho onde o Paris Saint-Germain, atual time do craque brasileiro Neymar, dita a moda.

    ESPAÇO DO PARIS SAINT-GERMAIN

    DECORAÇÃO E VITRINES DE NATAL

    Se sua viagem a Paris for em dezembro, saiba que as vitrines de Natal nas lojas da capital francesa são imperdíveis. Na Galeries Lafayette, além de ver os enfeites e a animação nas vitrines, entre para ficar de queixo caído com a árvore montada no centro da loja, bem embaixo da deslumbrante cúpula.

    ARTIGOS PARA CASA

    Em cada um dos 5 pisos do espaço Maison et Gourmet, os artigos estão relacionados a casa e decoração. Uma aldeia com mercearia e açougue foi montada no subsolo, que explora o hábito de ir à feira.

    CASA E DECORAÇÃO NA LOJA

    GASTRONOMIA E VINHOS FRANCESES

    A loja tem em torno de 20 espaços para quem quer desfrutar da boa mesa, de um lanche a uma refeição de fato. No terraço, por exemplo, além de comer, é possível ver Paris e sua famosa Torre Eiffel durante o verão. O La Pailotte, restaurante com pratos frescos inspirados na gastronomia do Mediterrâneo, já está em funcionamento para 2018.

    RESTAURANTE NO TERRAÇO, COM A TORRE EIFFEL NO HORIZONTE

    Renomados chocolatiers, como Alain Ducasse, vendem seus produtos na Galeries Lafayette. Para apreciadores de vinho, cerca de 1.000 rótulos de Bordeaux estão na Bordeauxthèque, inspirada no desenho de uma biblioteca do século 17. Na Lafayette Gourmet, com 3.500 m², estão à venda sofisticados produtos de mercearia.

    Galeries Lafayette, Paris, Vinho Bordeaux, Bordeauxthèque, França - Foto Retirada do Site Oficial

     

    História e arte na loja de Paris

    Chamar a Galeries Lafayette de loja de departamento, uma tradução livre para o português, tira parte do glamour e da elegância que o endereço detém. Foi inaugurada em 1893, na Rue La Fayette, pelos primos Alphonse Kahn (1864-1927) e Théophile Bader (1864-1942), vindos originalmente da região da Alsácia. Se parecia mais com um armarinho, que apresentava as novidades à clientela em seções (galerias), o que acabou dando origem à expressão Aux Galeries Lafayette.

    Localizada na esquina com a Rue de la Chaussée d’Antin, a loja ficava próxima da ópera e dos grandes boulevards de Paris. O que começou com 70 m² já ocupava o número 1 inteiro da La Fayaette em 1896 e se expandiu por outros imóveis do Boulevard Haussmann e da Rue de la Chaussée d’Antin em 1903. Virou um símbolo de luxo em 1912, após a renovação do prédio da Haussmann.

    Na década de 1980, o térreo da loja foi reformado e passou a ter produtos de marcas de renome. De então até 1999, os prêmios do Festival da Moda, criado para a Galeries Lafayette, escolheram modelos desenhados para a loja. O magasin convidou famosos diretores artísticos como Karl Lagarfeld para expor suas produções.

    A Galeries Lafayette reforçou seu vínculo com a criação contemporânea, inaugurando a Galerie des Galeries em 2001. Com entrada livre, o espaço no 1º andar junta arte e design com moda. Em 2013, os 3 pisos da loja foram restaurados para que o visitante tenha uma visão geral da Galeries Lafayette lá dentro.

    VITRINE DA GALERIES LAFAYETTE

    VALE SABER

    Endereço: 40 Boulevard Haussmann, Paris

    Horário de funcionamento: De segunda a sábado, das 9h30 às 20h30 — a Lafayette Gourmet abre 1 hora antes e fecha 1 hora depois. Aos domingos, todas as áreas da loja funcionam das 11 às 19 horas.

    Dica: A loja oferece visitas guiadas gratuitas para grupos de 10 a 20 pessoas. Com 45 minutos de duração, devem ser reservadas pelo email patrimoine@galerieslafayette.com.

    Site: galerieslafayette.com/pt-br



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  • Sesc SP: programação infantil e adulta com bom preço e qualidade

    O Sesc SP é fortíssimo como polo de arte, entretenimento e qualidade de vida. Vinda do Rio, eu não podia imaginar que as unidades na região metropolitana de São Paulo pudessem ser tão bacanas. Por isso, resolvi escrever esse post para quem é de fora da cidade e vem à capital paulista. Basta consultar a programação infantil e adulta antes de viajar. As unidades oferecem muitas atividades. Teatro, oficinas, quadras, áreas com livros…

    Tem muitas unidades na capital. O Sesc Avenida Paulista reabriu em 2018, depois de quase 7 anos fechado. Eu cheguei a fazer ioga lá quando morava na região. Se você for conferir esse Sesc, não deixe de subir para apreciar a vista panorâmica da principal avenida de São Paulo. Outra unidade muito badalada na cidade é o Sesc 24 de Maio, inaugurado em 2017, em frente ao Theatro Municipal, no Centro. Veja hotéis em São Paulo no link ou no mapa abaixo.

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    O Sesc São Paulo lida com a cultura de forma muito democrática. Além de programação diversificada, não concentra as boas atrações apenas nas unidades mais centrais. Frequentemente, projetos como o anual Festival de Turismo oferecem atividades em todo o estado. Em datas especiais, como Carnaval, tem bailinho e apresentações de manifestações artísticas genuínas. 

    Meu filho, Joaquim, sempre volta extenuado de tanto brincar. Adoramos o Sesc Pompeia, na zona oeste de São Paulo, pertinho do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. Desde que ele era bebê vamos lá. O Joaquim adora o espaço de leitura no térreo, no prédio à direita. Ali vimos uma exposição linda sobre brinquedos, numa comemoração aos 30 anos da unidade, em 2014. Meu filho também se amarra no espaço de brincar, com um monte de coisas fofinhas para os pequeninos gastarem energia, bolas e camas-elásticas.

    Joaquim se divertindo na exposição sobre brinquedos no Sesc Pompeia

    O teatro tem duas plateias, muito bacana. O artista pode se apresentar com os dois lados abertos ou não. No show do Palavra Cantada que vimos lá, estavam as duas partes lotadas. Aos fins de semana, a programação ali exibe peças infantis, geralmente ao meio-dia.

    Ótimos shows com ingressos baratos

    Mas quem não tem filhos as unidades do Sesc também oferecem muita diversão, especialmente nos espetáculos. Fernando e eu já fomos a vários shows, com ótimos artistas. Vimos, por exemplo, Arnaldo Antunes no Sesc Pinheiros, também na zona oeste. O que dizer de um cara como ele? Somos muito fãs, então, por um valor pequeno de ingresso, tivemos uma noite muito bem guardada na lembrança. Outro show memorável foi da

    Fomos ver Zeca Baleiro no Sesc Belezinho, na zona leste da cidade, num sábado à noite. Foi maravilhoso. Inaugurada em 2010, a unidade é novinha e tem estacionamento embaixo. Na Comedoria, onde há o palco do show, tem uma lanchonete e o restaurante no esquema por quilo. Pegamos aipim (aqui em São Paulo, mandioca) frita para beliscar e umas cervejas. Com ingressos, estacionamento e besliquetes, gastamos menos de R$ 50.

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