Autor: Nathalia Molina

  • Nova York e suas neighbohoods

    Nova York e suas neighbohoods

    Nova York - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Metrópoles como Nova York podem ser complicadas de explorar, por causa do excesso de opção. Não há viagem que esgote uma cidade assim, então estude o destino e escolha. Não tem jeito, tem de deixar muita coisa de fora para conseguir aproveitar o que escolheu.

    Nova York - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brUma vez eu escrevi uma reportagem de uma capa sobre Nova York para o Turismo do Jornal da Tarde brincando com exatamente com essa abundância. Peguei uma foto que tirei do alto do Empire State Building e apliquei um desenho de quebra-cabeça. Eu dizia que a paisagem que você vai ver na viagem é você que monta, como numa quebra-cabeça, mas nesse caso quem escolhe as peças (atrações) é você.

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    Uma ótima maneira de conhecer as peças e decidir qual vai formar a paisagem da sua viagem é visitar a área de Neighborhoods do site oficial da cidade, com dicas também fora do circuito turístico tradicional. Dos 5 boroughs de Nova York — Manhattan, Brooklyn, Bronx, Queens e Staten Island –, o  projeto chamado de Neighbohood x Neighbohood começa pelo Brooklyn, que já tem seu guia bairro-a-bairro. Mas no link de cada borough já é possível ver os destaques de cada pedaço:

    Nova York - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brManhattan

    Brooklyn

    Bronx

    Queens

    Staten Island
    Nova York - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br

  • Viagem cotidiana

    Viagem cotidiana

    Foto Nathalia Molina - www.comoviaja.com.br

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    A poesia que vemos em lugares distantes também pode estar pertinho da gente. Mesmo sem mudar de rua, dá para viajar. No dia-a-dia, em palavras, imagens, cenas cotidianas. Dentro da nossa cidade e até do bairro. Tudo pode ser poesia.

    E, como hoje é o Dia Nacional da Poesia, resolvi reproduzir aqui uma que eu escrevi sobre 2 bairros onde morei.

    Vizinhança

    Já morei numa rua que tinha tripeiro. As senhoras iam até a carrocinha comprar as tripas dos bichos que se comiam.

    A feira aos sábados não deixava uma vaga na rua para estacionar. Deslocava o ponto final do ônibus e exalava um fedor forte de peixe.

    Isso no fim da rua. No início, era flor com fritura de pastel. A praça que cortava a rua sumia, embaixo do povo do chorinho, animado por cerveja em lata.

    Durante toda a semana, eu caminhava na rua olhando para o chão, um campo minado nas calçadas de pedra portuguesa. Era tanto cachorro por lá, que tinha até babá-cão passeando com os bichos.

    Na minha antiga rua, havia uma padaria de pão ruim e caixa mal-humorada. O português se dava bem porque era a única na área.

    Delícias se encontravam na delicatessen, com pastinhas e vinhos metidos à besta. Excelente cardápio para um Natal sem quorum.

    O bar do seu Max mandava cerveja gelada elevador acima. Bastava interfornar. Então, na minha antiga rua, ficava o melhor boteco do Rio. Mas tive de me mudar.

    Na rua em que moro hoje, tem um jornaleiro baiano que fala do neto Bem. (Ou seria Ben, americanizado?) O jornaleiro adora o Bem. Diz que parece o Gilberto Gil quando pequeno.

    O atendente da farmácia foi pai na mesma época que fui mãe. Desconfiado, verifica no meu filho o desenvolvimento do dele.

    Na minha rua, o baleiro não vende fiado nem dá bala de lambuja. Mas deixa pagar depois quem mora perto e esqueceu o cartão de débito.

    Os folheados exalam pela grade da patisserie. O francês é bravo, e as atendentes ainda não decidiram se são simpáticas. Me contenta o delicado creme do mil-folhas.

    Na rua ao lado, tem um florista. Vende rosas vermelhas e amarelas. De óculos, todo sorriso, monta os buquês enquanto dá boa tarde.

    Os taxistas da outra rua sabem da minha vida mais do que eu gostaria de contar. Insistem em reclamar do trânsito de São Paulo, e do calor se não têm ar no carro.

    Da minha rua dava para ver a antena em arco-íris. Me acompanhou por uma década. No último ano, o néon se apagou das cores, uma a uma. Já posso me mudar.

    12 de janeiro de 2011

    Eu me mudei. E sigo observando minha vizinhança, viajando no dia-a-dia. Você vê poesia em cenas cotidianas?

    Foto Nathalia Molina - www.comoviaja.com.br

    Foto Nathalia Molina - www.comoviaja.com.br

    Foto Nathalia Molina - www.comoviaja.com.br

    Foto Nathalia Molina - www.comoviaja.com.br

  • Argentina: fim do mundo e Glaciar Perito Moreno

    Argentina: fim do mundo e Glaciar Perito Moreno

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (2)

    Estas dicas e fotos são da Maria Filomena Rego, uma viajante incansável, que desta vez foi conhecer o fim do mundo bem no auge daquela história do possível fim do mundo em dezembro de 2012. Ela esteve na Argentina, visitando Ushuaia (chamada de fim do mundo) e o Glaciar Perito Moreno, em El Calafate.

    Leia a seguir as impressões da Maria Filomena sobre Ushuaia e Perito Moreno:

    USHUAIA

    Pinguins, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal“Fiz Rio-Buenos Aires com conexão para Ushuaia (Aerolineas Argentinas), Lá, fiz um passeio pelo Parque Nacional da Terra do Fogo, com uma volta no trem do fim do mundo, que faz uma parte do parque. À tarde, passeio de barco pela Baía de Ushuaia, Canal de Beagle, com leões marinhos, aves típicas, pinguins…. Retornamos às 21 horas, ainda com sol.

    Tivemos uma manhã para bater pernas por Ushuaia. A cidade é lindinha, cercada de montanhas nevadas, com casinhas coloridas, todas com jardins floridos.”

     

    PERITO MORENO

    “À tarde partimos, de avião, para El Calafate. Caminhamos pela cidade, que é pequena e muito bonita. Fomos ao Museu do Brinquedo (crianças adoram).

    No dia seguinte fomos ver o Glaciar Perito Moreno, que é impressionante. Fiz um passeio de barco até bem pertinho dele. Depois, numa outra perspectiva, enormes passarelas que permitem uma vista global do glaciar. Maravilhoso, tirei inúmeras fotos, fiquei extasiada.

    No dia seguinte, fomos ao Museu do Gelo. Muito interessante, com painéis, filmes, maquetes. Ainda há um bar de gelo que se paga uma taxa extra para visitar e tem roupas especiais. pois a temperatura lá é negativa. Há um ônibus no centro que sai a cada hora e retorna a cada hora e meia.”

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (3)Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal

     

    OS HOTÉIS

    “Fiquei no Hostal del Bosque, em Ushuaia, e no Hotel Sierra Nevada, em El Calafate. Muito bons, com jardins floridos. No Hostal del Bosque (na 1ª foto abaixo), o apartamento é ótimo. Na verdade é um apart-hotel, com um sala grande, mesa com 4 lugares, um sofá-cama com outra cama embutida, pia, micro-ondas, geladeira, quarto e banheiro. Tudo de muito bom gosto em madeira trabalhada. Cabe uma família com conforto.”

    Hostal del Bosque, Ushuaia, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo PessoalHotel Sierra Nevada, El Calafate, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal

     

    DE PACOTE

    “Viajei de pacote porque acho que fica mais prático e barato, pois são 5 voos. São 6 dias, 3 em cada cidade. Você sempre pode contratar os passeios lá, mas acho mais prático ir com tudo pago daqui. Tudo por lá é muito caro, não podemos esquecer que lá é o fim do mundo.”

    Glaciar Perito Moreno, Argentina - Foto Maria Filomena Rego, Arquivo Pessoal (4)

     

    TEMPO BOM

    “O glaciar é imperdível, as cidades também são muito bonitas e agardáveis, pequenas, com lojinhas, cafés. Demos sorte de pegar tempo ótimo durante toda a viagem. Em Ushuaia, 15 graus durante o dia; em Calafate, mais de 20 graus, com dias lindos. O guia que nos levou ao glaciar disse que fomos privilegiados, pois era raro ter um dia tão claro para ver todo o glaciar e mais as montanhas ao seu redor. Tudo muito lindo e diferente. O mundo não acabou, mas eu adorei o fim do mundo.”

    E você? Tem dicas da sua viagem ou cidade? Manda para mim no e-mail comoviaja@gmail.com, que eu publico como Dica de Viajante ou Morador.

    Leia outras dicas de viajante ou de morador

  • Passeio de 1 dia em Ilhabela, entre a praia e o centro

    Passeio de 1 dia em Ilhabela, entre a praia e o centro

    Ilhabela, São Paulo- Nathalia Molina comoviaja.com.br (9)

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Eu já tinha ido a Ilhabela umas 2 outras vezes, mas nunca tinha dado a sorte de pegar 1 dia inteiro de sol. Por isso, fiquei bem animada ao ver o tempo bom antes de desembarcar na escala do Ibero Grand Mistral, no litoral paulista. Eu fiz um roteiro de 3 noites a convite da Ibero Cruzeiros, com saída de Santos e paradas em Ilhabela (SP) e Ilha Grande (RJ) — leia em minicruzeiro no Grand Mistral.

    Caminhei pelo píer e parei para apreciar o visual da ilha. Depois andei pelo centrinho, antes de decidir que passeio faria em Ilhabela. Entrei em lojinhas de artesanato da vila, comprei uma garrafinha de água para aplacar o calor e voltei ao ponto onde as agências locais se concentram em busca dos viajantes de cruzeiros. Durante a temporada, há uma tenda onde elas estão reunidas, bem na área de desembarque dos navios. Lá os transatlânticos ficam atracados e os passageiros chegam à cidade em barquinhos dos navios.

    Ilhabela, São Paulo, Centro da Ilha- Nathalia Molina comoviaja.com.br (5)Ilhabela, São Paulo- Nathalia Molina comoviaja.com.br (22)Ilhabela, São Paulo, Centro da Ilha- Nathalia Molina comoviaja.com.br (9)

    Ilhabela, São Paulo, Terminal de Passeios- Nathalia Molina comoviaja.com.br (3)O preço dos passeios, pelo que pesquisei, é meio tabelado. Muda apenas de acordo com o roteiro e com o meio de transporte – em veículo 4 x 4 é mais caro do que em van (que depende de um número maior para sair). Eu queria mesmo era ir até a Praia de Castelhanos, do outro lado da ilha, mas os funcionários das agências que ali estavam me informaram que não fazem esse passeio com turistas de cruzeiros para não correr risco de não conseguir voltar – para chegar lá é preciso atravessar o Parque Estadual de Ilhabela, com estradas indicadas para veículos 4 x 4.

    Ilhabela, São Paulo- Nathalia Molina comoviaja.com.br (49)Após minha pesquisa de preços, quando me aproximei de novo do balcão, a funcionária me avisou que eu poderia aproveitar um grupo que estava saindo. Paguei os 45 reais e subi na caminhonete adaptada. Partimos para o sul da ilha, para a Praia do Curral. No caminho, o motorista parou no mirante em frente à Ilha das Cabras.

    Um detalhe: o grupo que estava comigo tinha de embarcar até o meio da tarde porque o navio deles zarpava antes do meu. Com isso, combinaram com o motorista apenas 1 hora para ficarmos na praia. Ou seja, vai aqui uma dica: não conte com a prestatividade alheia, sempre pergunte antes se o grupo a que você vai se juntar tem hora marcada para voltar porque a empresa pode não te avisar isso antes de você comprar o passeio.

    Ilhabela, São Paulo, Praia do Curral- Nathalia Molina comoviaja.com.br (3)

    Tratei de aproveitar, então, a minha hora na Praia do Curral. O motorista tinha indicado o Restaurante Baleia Azul. Dei uma olhada no cardápio, mas segui caminhando pela praia para reconhecer o terreno e também para checar os preços em outros restaurantes. Infelizmente nem sempre as indicações são norteadas pela qualidade – muitas vezes, no Brasil vale só a comissão…

    Ilhabela, São Paulo, Praia do Curral, Camarão, Restaurante Baleia Azul- Nathalia Molina comoviaja.com.br (4)Desta vez, foi pela qualidade mesmo. O Baleia Azul tinha os melhores preços entre os lugares por onde passei e, como pude comprovar depois, um camarão empanado delicioso.

    Ilhabela, São Paulo, Praia do Curral, Camarão, Restaurante Baleia Azul- Nathalia Molina comoviaja.com.br (44)Eu estava sozinha, mas não quis nem saber! Pedi uma garrafa de cerveja (8 reais), que veio beeem gelada (e olha que eu sou exigente quanto à temperatura de cerveja). Também pedi uma porção de camarão empanado (40 reais) para acompanhar. Comi inteirinha, e essas fotos me fazem lembrar que hora gostosa foi aquela na Praia do Curral. Com mergulhos para refrescar, entre um gole e outro camarão. Como a vida pode ser boa, né?

    Ilhabela, São Paulo- Nathalia Molina comoviaja.com.br (46)Dali, voltamos à caminhonete para seguir até a Cachoeira dos Três Tombos. Foi decepcionante porque as pessoas desciam a escadinha, viam o pocinho e voltavam. O grupo com que eu estava não fez diferente. Ainda tentei tomar banho, mas estava bem seco o poço. Pelo que li na internet depois, a cachoeira até é bacana, mas tem de caminhar até os outros 2 tombos (avisam que as pedras são escorregadias). Pode até ser, mas não me animo a voltar lá não. Na próxima vez em Ilhabela, vou à Cachoeira da Toca ou do Gato (neste caso, preciso ir primeiro até Castelhanos).

    Saldo do passeio: valeu pela 1 hora no Curral. Considerando que paguei 45 reais basicamente para ir e voltar da praia, talvez tivesse sido mais vantajoso pagar um táxi? Pelo menos, eu poderia ficar quanto tempo quisesse. Se alguém já fez isso e sabe quanto custa a corrida de táxi do centro à Praia do Curral, por favor deixe o valor nos comentários.

    Ilhabela, São Paulo, Centro da Ilha- Nathalia Molina comoviaja.com.br (10)De volta ao centro, segui olhando artesanato e comprei uns presentinhos no Espaço do Artesão. O bacana de lá é que os artesãos estão ali representados nas prateleiras, com diversos trabalhos. Além de prestigiar o trabalho do artista local, ainda dá para economizar nas lembrancinhas. É possível achar vários itens por até 20 reais. E tem de tudo por lá: brinquedo educativo, caneca, abajur, boneca, barquinho, porta-retrato, descanso de prato…

    Ilhabela, São Paulo, Centro da Ilha, Artesanato- Nathalia Molina comoviaja.com.br (8)Ilhabela, São Paulo, Centro da Ilha, Artesanato- Nathalia Molina comoviaja.com.br (9)

    Adorei meu passeio em Ilhabela. Deixou um gostinho com vontade de voltar.

  • Passeio no Rio: Flamengo e Catete

    Passeio no Rio: Flamengo e Catete

    Aeroporto Santos Dumont, Chegada ao Rio - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A viagem no fim de 2012 ao Rio começou bem. Na chegada ao Aeroporto Santos Dumont, descemos de escadinha. Muita gente odeia essa ideia pelo calor e pela caminhada. Eu amo a sensação de passar pela porta do avião e ver a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar do alto da escada. Sinto como se o Rio me desse um grande abraço de boas-vindas.

    A passagem pelo Rio foi bem rápida, nem cheguei a ir à praia. Como ficamos hospedados no Catete — leia aqui como foi a nossa hospedagem no Windsor Florida –, passeamos na região em torno do Largo do Machado. Me amarro nesses bairros da Zona Sul velha do Rio: Catete, Flamengo, Laranjeiras e Cosme Velho. Antes de vir para São Paulo, morava ali e minha mãe segue nessa área.

    Largo do Machado, Rio de Janeiro - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br-8É uma parte do Rio que fica entre o Centro e a Zona Sul mais conhecida pelos turistas, a dos bairros à beira-mar. Na região em torno do Largo do Machado, os bairros não recebem tanta atenção dos turistas tampouco das autoridades da cidade. Então, não espere cenário de novela — se bem que as novelas também mudaram; quem sabe a próxima mocinha não sai do Catete para o mundo?

    O jeito de Rio Antigo da parte velha da Zona Sul sempre me cativou. Futuramente vou continuar escrevendo sobre meus programas favoritos por ali, mas neste post a ideia é mostrar o que consegui fazer em poucos dias de passeio, alternados com muito encontro em família em Laranjeiras. Ou seja, são programas de fácil acesso e muito perto uns dos outros. A região é ligada por 3 estações de metrô, que levam os nomes dos bairros (Catete, Largo do Machado e Flamengo), mas dá para se conhecer a pé durante uma boa caminhada de dia.

    Hotel no Rio, Windsor Florida, Palácio do Catete Visto da Piscina - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br

    Logo do lado do hotel Windsor Florida, onde ficamos hospedados, está o Palácio do Catete (olha a foto da visão lá da área da piscina, na cobertura). Já fiz muitas caminhadas por aquele jardim e visitei o Museu da República — saiba como é a visita. Tem sempre algo rolando ali. Vale checar a programação do museu e do entorno, que pode incluir atividades para as crianças.

    Andamos no sentido contrário, em direção ao Largo do Machado. Como era hora do almoço e não da sobremesa, não paramos para o nosso pitstop tradicional na Rua do Catete: a sorveteria Itália. Lá, costumo me deliciar com uma bola de sorvete de queijo (huuuummm…). Seguimos em direção ao Flamengo em busca de comes e bebes mais substanciais.

    Filé à Francesa, Rio - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br Toda vez em que vou ao Rio como filé à francesa — se não conhece, leia sobre o prato. A batata palha com presunto, cebola e ervilha é a minha guarnição preferida para acompanhar a carne grelhada. E, além do mais, nunca vi em São Paulo! Então, tenho uma ótima desculpa para me enfiar nos restaurantes de bairro do Rio no estilo Garota-daquele-bairro atrás de filé à francesa. Pois fomos ao Garota do Flamengo, na Rua Senador Vergueiro, provar o filé à francesa de lá. Não está entre os meus preferidos (a carne estava um pouco salgada e a batata podia ser mais molhadinha), mas valeu a experiência.

    Ali pertinho costumamos ir ao Lamas, tradicionalíssimo. O Café Lamas, nome oficial, existe há 135 anos e já serviu muita gente boa, entre artistas e intelectuais. Mas, como na viagem anterior, tínhamos ido lá (advinha comer o quê?!), resolvemos variar desta vez. Também a ideia era ir a um lugar onde a gente visse o dia ensolarado, e o Lamas é totalmente fechado, sem janelas. Dia ou noite, tanto faz, o negócio ali é comer, beber e papear.

    Rua Paissandu, Flamengo, Rio - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brUma caminhada curta liga os dois restaurantes, localizados nas principais ruas do Flamengo. Numa o trânsito vai, e na outra volta. O primeiro fica na Senador Vergueiro, rua que dá mão rumo ao Largo do Machado, e o outro, na Marquês de Abrantes, que vai no sentido da Praia de Botafogo. Cortando as duas está a bonita Rua Paissandu, com suas palmeiras imperiais.

    Não deu tempo de esticar até o Belmonte, na Praia do Flamengo, para checar se aquele bolinho de aipim com camarão continua bom no boteco original, depois da proliferação de franquias da marca pelo Rio. Pode ser que me anime a voltar lá na viagem seguinte. Tem de ser com calma porque o lugar é pequeno e estava cheio em todas as vezes em que fui. Não tem problema, fica para uma próxima.

    Problema na viagem? Só mesmo a falta de ar-condicionado no Aeroporto Santos Dumont na volta para casa.

  • Windsor Florida: hotel no Catete, no Rio

    Windsor Florida: hotel no Catete, no Rio

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Sou carioca e moro em São Paulo há uns 15 anos. Vou ao Rio com alguma frequência, mas a viagem no fim de 2012 foi bem diferente do usual: dei uma de turista na própria cidade e fiquei num hotel.

    Eu queria um que fosse perto da casa da minha mãe, em Laranjeiras, colado ao Largo do Machado. Isso facilitaria os deslocamentos com meu filho para ele encontrar os primos na farra familiar. Já tínhamos desembarcado no Rio quando eu procurei no Booking.com uma opção ali pela Zona Sul velha da cidade, o pedaço que fica entre o Centro e a Zona Sul da praia. Encontrei o Windsor Florida, pertinho do Palácio do Catete.

    Hotel no Rio, Windsor Florida3 - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brSabia que a rede Windsor tinha assumido vários hotéis da cidade (incluindo o antigo Le Méridien, em Copacabana, que tinha virado Windsor Atlantica, mas depois foi rebatizado como Hilton Copacabana) . Resolvi, então, experimentar o Windsor Florida. Fiz a reserva para um casal e uma criança de 3 anos pelo celular e peguei um táxi para a Rua Ferreira Viana, no Catete. Na recepção (que aparece depois de um corredor em formato de L na entrada), a funcionária verificou os dados da reserva pelo e-mail na tela do meu celular, já que o setor de reservas estava sem ninguém naquele momento. Prontamente, ela providenciou um quarto para nos acomodar.

    Hotel no Rio, Windsor Florida, Banheiro - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brO quarto era novinho, com móveis e instalações modernas. O banheiro tinha revestimento em mármore, secador, aquele espelho com aumento e um super box (ótimo para banhos com criança). Gostamos logo de cara.

    Pela janela, a Rua do Catete com a estação de metrô logo em frente. Não tinha barulho, sempre um temor num andar baixo virado para uma rua movimentada onde passa ônibus.

    Na cobertura, piscina com Corcovado

    Quando reservei, nem me dei conta de que o hotel tinha piscina. Foi uma excelente surpresa quando descobrimos que poderíamos aliviar o calor e ainda curtir a vista da cobertura. No primeiro dia, o tempo ficou nublado, mas, no seguinte, deu para ver o Cristo Redentor de longe, enquanto dávamos um mergulho. Eu não resisti e pedi uma caipiroska de frutas vermelhas. Do que é feita a felicidade, senão, desses pequenos prazeres? Passei uma tarde deliciosa com meu marido e meu filho.

    Hotel no Rio, Windsor Florida, Pão de Açúcar Visto da Sala de Ginástica - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brNo mesmo andar da piscina, fica a sala de ginástica. Fui lá fuxicar mais para checar se conseguia ver o Pão de Açúcar pela janela dos fundos. De uma pequena fresta, mas dá. Não que fosse suficiente para me animar a fazer algum exercício. A caipiroska era mais tentadora…

    Já o café da manhã tinha um pouco de tudo (frutas, iogurte, cereais…), mas poderia ser melhor para ficar mais de acordo com a estrutura do hotel. Faltaram mais tipos de pães, fora francês e forma. Opções gostosinhas como croissant e integral cairiam bem. Também poderiam ser mais variados os sabores dos iogurtes (só havia natural e morango). Para quem curte um doce, o bufê tinha sempre diversas opções de sobremesa, como torta e mousse. Achei tudo muito doce e dispensável àquela hora da manhã. Última observação matinal: as cadeiras do restaurante eram pequenas, me fizeram lembrar as cadeiras de algumas casas de festa infantil em que você fica metade para fora da cadeira (mesmo quem é magro!). De um modo geral, o café da manhã foi o ponto fraco da hospedagem.

    Hotel no Rio, Windsor Florida, Palácio do Catete Visto da Piscina - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br

    Do lado do Palácio do Catete, em frente ao metrô

    Hotel no Rio, Windsor Florida, Rua do Catete Vista da Piscina - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brO Windsor Florida é muito bem localizado. Fica na esquina com a Rua do Catete, em frente à estação Catete do Metrô (olha a rua e a entrada do metrô na foto). Logo ali do lado, o comércio resolve a vida de quem quer evitar os altos preços de frigobar de hotel — uma garrafinha de água custava 5,50 reais; com isso dá para comprar quase 3 garrafonas no supermercado ali do calçadão do Catete.

    A Ferreira Viana, rua do hotel, é do lado do Palácio do Catete, onde fica o Museu da República. Desta vez, apesar da proximidade, acabamos não indo passear pelo jardim com palmeiras e parquinho para crianças (só vimos lá da cobertura quando estávamos na piscina; olha a foto horizontal acima). Além das visitas à casa da minha mãe para os encontros em família, fomos caminhar para os lados do Flamengo — leia sobre programas na região do Catete e do Flamengo.

    Hotel no Rio, Windsor Florida - Nathalia Molina www.comoviaja.com.brFoi o melhor presente de Natal que a gente poderia se dar: cama gostosa, boa localização para a nossa necessidade e piscina olhando para o Corcovado.

    Reserve no Windsor Florida pelo Booking

  • #ViajanteSecreto: o presente é um cartão-postal

    #ViajanteSecreto: o presente é um cartão-postal

    Com ou sem fim do mundo, todo dezembro é uma maluquice, não? Pois meu último mês de 2012 não foi diferente. Embarquei para alguns cruzeiros pelo litoral do Brasil, fui ao Rio de Janeiro para o Natal em família e resolvi um monte de coisas (e deixei outras tantas para 2013, é claro!).

    Como correria nunca é demais, participei também do #ViajanteSecreto, brincadeira feita entre blogueiros de viagem cujo presente é um cartão-postal. A brincadeira é organizada pelo Jodrian Freitas, do Aventura Mango, e o sorteio foi feito pelo site www.amigosecreto.com.br — para mim foi ótimo pois sempre usamos em família para fazer nosso amigo oculto (eu sou do Rio, lembra?).

    Fiquei muito feliz quando recebi o e-mail avisando que eu tinha tirado a Sut-Mie, do Viajando com Pimpolhos. A Sut foi uma das primeiras pessoas que conheci virtualmente entre os blogueiros de viagem. Adoro o trabalho dela e recomendo para quem viaja com seus filhotes. Ela é antenadaça no assunto — acaba de voltar com as pimpolhas da Tailândia. Fiquei na dúvida de que cartão-postal mandar para a Sut porque queria alguma coisa diferente. Apesar de não conhecê-la fora da internet, tenho um carinho por ela, sempre muito bacana comigo. Fiquei matutando o que enviar sobre a cidade de São Paulo que tivesse um significado especial para mim.

    Volta pra casa - Como Viaja!Enquanto isso, segui viajando. Entre idas e vindas, num retorno à minha casa, encontrei o cartão-postal do Michel Zylberberg, do Rodando pelo Mundo, em cima da minha mesa de trabalho. Estava ao lado de um bilhetinho lindo, assinado pelo meu marido e pelo meu filho. Foi uma volta para casa cheia de afeto. O blog do Michel é bem bacana e adorei saber que ele tinha me tirado no #ViajanteSecreto. Ele tem uma marca registrada nos posts, terminando sempre com desejos de ‘paz’ aos leitores. Uma gentileza neste mundo tão malucão, né?

    Fiquei feliz com a preocupação dele ao escolher meu cartão-postal e ao redigir a mensagem. Como sou jornalista, ele me mandou um cartão-postal do jornal onde ele trabalha, na Suíça — sim, ele mora lá, e a próxima aventura que vai realizar é uma viagem à Noruega. Ele se preocupou em escrever no cartão que somos dois cariocas que viajamos mesmo quando não saímos do lugar, uma menção ao fim da minha descrição em A Viajante, aqui no Como Viaja!. Obrigada pela delicadeza, Michel.

    Bem, eu segui sem saber o que mandar para a Sut. Até que li as dicas de blogueiros que tinham usado o www.iPostal.com.br. De cara, achei que era para mandar uma foto qualquer do banco de dados do site. Não achava muita graça nessa ideia, mas resolvi checar do que se tratava. Achei super bacana! Eu criei um postal personalizado, com uma foto que eu tirei do meu filho na nossa rua. O cartão mostrava muito verde numa cidade conhecida pelo concreto e meu filhote (afinal, ela escreve sobre pimpolhos, né?). Estava aí a São Paulo especial que eu queria mandar com carinho para a Sut.

    São Paulo Especial - Nathalia Molina www.comoviaja.com.br

  • Voo direto entre Brasil e Equador

    A Tame Airlines iniciou a ligação direta entre Equador e Brasil, com a rota Quito-Guaiaquil-São Paulo. O avião parte às 3h15 de São Paulo às terças, às quintas e aos sábados. A chegada a Guaiaquil (na foto acima, retirada do site oficial do Equador) é prevista para as 6h15 e a Quito, às 9 horas. No trajeto de volta, o voo sai de Quito às 17h05, às segundas, às quartas e às sextas. Faz escala em Guaiaquil, partindo às 20h15, e chega a São Paulo às 2h05.

    No Brasil, a companhia equatoriana é representada pelo AWT Group. Além das novas frequências para a capital paulista, a Tame deve começar a voar para a Argentina, em fevereiro de 2013, e para os Estados Unidos, em maio.

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  • Como Viaja! entre os 10 blogs indicados pelo Time Out

    Como Viaja! entre os 10 blogs indicados pelo Time Out

    Como Viaja! no Time Out - lista de blogs

    Êêêêêêêêêêêê, não poderia ter melhor forma de começar 2013 do que encontrar o Como Viaja! entre os 10 blogs indicados pelo guia Time Out. Num dia xexelento como este, um típico 1º de janeiro, essa notícia me fez acordar de vez para o ano que acaba de chegar.

    Eu tenho experimentado muito no Como Viaja!, desde a criação do blog em abril de 2011. Meti a cara num mundo sobre o qual não conhecia nada. Criei sozinha o que está por aqui, a todo momento aprendendo um pouco mais sobre a internet e suas ferramentas. Então, ler no texto do Time Out que o Como Viaja é ‘modernoso’ me deixou toda prosa.

    Durante esse aprendizado, tive vários momentos de angústia e outros tantos de felicidade. Nada no Como Viaja é sabido, líquido ou certo, e eu me sinto viva assim. Mas trabalhar sozinha traz dúvidas: ‘Será que é esse o caminho?’, ‘Eu gosto tanto de fazer isso, mas será que é por aí?’… Por isso, receber um retorno sobre seu trabalho sempre traz satisfação.

    Gosto de interagir com os leitores e sentir que essa resposta, apesar de virtual, é bem mais palpável do que quando eu escrevia para um jornal. ‘Olha, as pessoas estão lendo e usando as informações.’ Parece óbvio (afinal, é para isso que a gente escreve, né), mas não é tão claro assim para quem vem do jornalismo impresso. Então, são essas pistas, esses momentos que dão alegria e me impulsionam a seguir experimentando.

    Foi assim que me senti também quando ganhei o prêmio da Comissão Europeia de Turismo com o texto aqui do blog sobre um roteiro de ônibus que fiz com meu marido na Costa Amalfitana. Foi assim que me senti ao ver o Como Viaja! nessa lista do Time Out. A reportagem, assinada por Luciana Mendes, traz uma seleção de primeira (passa lá para ver). E estar entre tanta gente boa só me dá mais ânimo para seguir adiante com força total.

    Agora sim, um feliz 2013!

  • Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    7º capítulo
    A cidade das caixinhas de música
    O coral de Frankfurt deixou a mamãe do Joaquim totalmente no clima de Natal. Mas ela nem imaginava que mais música a esperava em Rüdesheim.
    Rüdesheim é uma adorável cidadezinha, perto de Frankfurt. Lá tem um museu de caixinhas de música. Uma moça que parece uma boneca mostra as peças aos visitantes. O museu tem caixinha de música de todo jeito. Não só pequenininha. As caixinhas de música são de muitos tamanhos e formas. Tem uma que é um armário grandão!
    O armário-caixa de música e a moça-boneca
    Fofura de vitrine
    O museu fica na rua principal de Rüdesheim. Quando a mamãe do Joaquim saiu de lá, deu de cara com lojinhas que vendem caixinhas de música. Muitas eram carrosséis, que giravam enquanto a música tocava. As caixinhas das lojas não eram grandes como aquele armário do museu. Eram pequeninhas e encantadoras.
    Doce melodia
    A mamãe ficou tonta, sem saber o que comprar. Ela queria uma caixinha delicada como seu pequeno Joaquim. Depois de ver várias, a mamãe escolheu um carrossel de cavalinhos brancos, que cabe nas mãozinhas do Joaquim. Ele roda o topo do carrossel e ele dá corda.
    Fez um dia lindo
    O centrinho de Rüdesheim tem ruas pequenas e tortinhas. Mesmo a pessoa mais distraída não consegue se perder naquela cidade. As ruas vão levando a gente, vão levando. . . quando a gente vê, voltou ao ponto de onde saiu.
    Caminhada gostosa
    Cantinho verde-e-amarelo
    Nessas andanças, a mamãe do Joaquim viu uma barraquinha bem brasileira. No meio da comida alemã, lá estavam o guaraná e a bandeirinha do Brasil.
    Rüdesheim é bonita até sem decoração, mas a cidade combina muito bem com uma vila de Natal. Ficou linda com as luzes coloridas.
    Cenário pronto
    Exagerado
    Os moradores também enfeitam suas casas. Teve um que exagerou tanto que a casa ficou igual a uma loja de Natal!
    Caixinhas de música
    Em Rüdesheim, a mamãe do Joaquim se deu conta de que todos os mercados podem parecer iguais, mas não são. Como acontece com as pessoas, eles têm sempre uma coisinha que faz um diferente do outro. Em cada mercado, a mamãe aprendeu sobre uma tradição do Natal na Terra de Reis e Rainhas.
    Aquela adorável cidadezinha da Alemanha foi o último lugar da viagem. Depois, a mamãe voltou para casa, cheia de saudade e de histórias para contar para o Joaquim.
    Viva o Natal, crianças!
    §§§
    • Onde: Centro da cidade
    • Site: w-d-n.de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaTradições natalinas (mercados, candelabro e calendário)Mercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha)Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha)

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