Autor: Nathalia Molina

  • Site de Toronto para criança

    Site de Toronto para criança

    Imagens capturadas do site Yo-Toronto
    Imagens capturadas do site Yo-Toronto.com

    Canada Toronto Viagem com Crianca - SiteSempre contei das minhas andanças pelo Canadá para o Joaquim. A superalta CN Tower, o divertido Hockey Hall of Fame, o interessante Royal Ontario Museum. Mas, ao ver os vídeos do novo site do Toronto Tourism para criança com o chão de vidro no alto da torre, as tacadas na casa do hóquei e os dinossauros do museu canadense, meu filho de 7 anos se empolgou ainda mais. “Olha isso, mamãe! Adorei!”, exclamava ao ver em ação crianças como ele.

    Toronto Viagem com Crianca Video - SiteDos desenhos às atividades propostas, o Yo-Toronto.com usa muita cor e a linguagem de uma geração acostumada a lidar com a tecnologia. Os vídeos, curtinhos, evitam cansar e dão uma ideia da cidade sob a ótica infantil. A Casa Loma vira uma aventura em um castelo medieval, e a área do porto (Harbourfront), um passeio lúdico diante do Lake Ontario, o lago que banha a cidade.

    Canada Toronto Viagem com Crianca Atividades - SiteAté eu conheci atrações sobre as quais não tinha ouvido falar ainda. Minha lista para levá-lo um dia já incluía o Ripley’s Aquarium of Canada, aquário na região da CN Tower. Mas acrescentei mais uma: Ontario Science Centre, com experiências científicas que fizeram Joaquim se lembrar dos cabelos arrepiados com que ficou na visita ao paulistano Catavento Cultural.

    O site é todo em inglês, o que dificultou a compreensão de Joaquim das curiosidades e dos trocadilhos feitos com a língua inglesa, nas piadinhas infantis. Eu fui traduzindo o que ele sentiu necessidade de informação adicional. No entanto, por meio dos vídeos e de atividades (como desenhos para colorir após download e quebra-cabeça de dinossauro), ele entendeu o que Toronto tem para oferecer a alguém da idade dele.

  • Museu em Montréal: dia grátis com transporte

    Museu e transporte grátis no mesmo dia em Montréal. Rotas de ônibus públicos levam os visitantes até as instituições participantes. Belas Artes, Mc Cord, Biosphère e Biodôme são alguns dos destaques da programação

    ATUALIZADO EM 17 DE MAIO DE 2017

    La Journée des Musées de Montréalais, o Dia dos Museus de Montréal, celebra sua 31ª edição em 28 de maio, com a participação de mais de 30 museus. É um dia em que as instituições participantes abrem suas portas sem cobrar entrada e o transporte público até elas também é grátis.

    MUSÉE MCCORD E AS BICICLETAS DE MONTRÉAL – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    O evento é organizado pela MTL Museums, ou Société des Musées de Montréal, que reúne 41 instituições, como o Musée des Beaux-Arts de Montréal (o de Belas Artes) e o Pointe-à-Callière (sobre arqueologia e história). Além da entrada franca nos museus participantes, o visitante conta com transporte. Para esse dia especial, a companhia de transporte da cidade — a STM (do nome em francês, Société de Transport de Montréal) — mantém 5 rotas de ônibus gratuitas.

    A festa se espalha pela cidade, mas as atividades fora de museus se concentram no Promenade des Artistes, no Quartier des Spectacles, das 9 às 16 horas. Os visitantes podem participar da criação de um mural coletivo com artistas. Para quem vai ao evento em família, há pintura facial para as crianças. Como Montréal comemora seus 375 anos em 2017, esta edição terá a representação de Jeanne Mance e Paul de Chomedy (conhecido como Sieur de Maisonneuve), contando histórias sobre como os dois fundaram a cidade em 1642. A organização promete ainda a chance de “tirar uma foto com a dupla”.

    Destaques para você conferir

    Se sua ideia for visitar 2 das principais atrações culturais da cidade, embarque na linha amarela e desça nas paradas do Musée McCord (com objetos, fotografias e documentos conta a história do Canadá e de Montréal, seu povo e costumes) e do Musée des Beaux-Arts de Montréal. Tive a sorte de ver uma temporária sobre Fabergé no Beaux-Arts e também uma interessante exibição sobre a história da música no McCord.

    A azul segue rumo ao leste e leva ao Biodôme de Montréal e ao Planétarium Rio Tinto Alcan, na região do Parque Olímpico. São programas divertidos para se fazer também com crianças: o 1º apresenta ecossistemas do mundo; e o 2º, o universo em 2 experiências de imersão. Ambos fazem parte do Espace pour la Vie, que reúne ainda O Jardin Botanique e o Insectarium, que não participam do Dia dos Museus de Montréal — portanto, será cobrado ingresso para o Jardim Botânico e para o Insetário.

    Meio ambiente é o assunto do Biosphère, um dos últimos pontos da rota vermelha.Instalado na grade esfera que se vê no Parc Jean-Drapeau, o museu aborda temas como recursos hídricos, clima e qualidade do ar. Logo no início do trajeto, o Pointe-à-Callière e o Château Ramezay são paradas para quem deseja conhecer a história da cidade.

     

    Pointe a Calliere Montreal Museu Historia Canada - Fotos Nathalia Molina @ComoViaja

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, será realizado em 28 de maio

    Transporte: Desça na estação de metrô Places-des-Arts e pegue a saída para a Rue Jeanne-Mances.
    As 5 rotas especiais de ônibus também saem daí. Conheça os trajetos, que funcionam das 9h30 às 16 horas:

    • Rota azul: Musée Régimentaire des Fusiliers du Mont-Royal > Château Dufresne (Dufresne-Nincheri Museum) > Biodôme de Montréal e Planétarium Rio Tinto Alcan > Studio Nincheri (Dufresne-Nincheri Museum) > Centre d’Exposition La Prison-des-Patriotes > Ecomusée du Fier Monde > Cinémathèque Québécoise > Musée d’Art Contemporain de Montréal
    • Rota verde: Galerie d’art Stewart Hall > Musée d’Histoire et du Patrimoine de Dorval > Musée de Lachine (Pavillon de l’Entrepôt) > Lieu Historique National du Commerce-de-la-Fourrure-à-Lachine > Musée de Lachine (Pavillon principal)
    • Rota amarela: Musée du Rock’n’Roll > Musée des pompiers de Montréal > McCord Museum > Musée Redpath > Musée des Beaux-Arts de Montréal e Guilde Canadienne des Métiers d’Art >  Maison Saint-Gabriel > Maison Nivard-De Saint-Dizier > Musée des ondes Emile Berliner > Musée des hôpitaux Schriners pour enfants-Canada
    • Rota vermelha: Centre d’Histoire de Montréal e DHC/ART Fondation pour l’Art Contemporain > Pointe-à-Callière e Centre des Sciences de Montréal > Musée de l’imprimerie du Québec > Château Ramezay, Musée Marguerite-Bourgeoys e Musée de la Mode > Musée Stewart > Biosphère > Galerie de l’UQAM
    • Rota roxa: Musée des Hospitalières de l’Hôtel-Dieu de Montréal > Centre d’Exposition de l’Université de Montréal > Musée Eudore-Dubeau > Musée de l’Oratoire Saint-Joseph du Mont-Royal > Musée de l’Holocauste à Montréal > Musée des Maîtres et Artisans du Québec > Centre d’exposition Lethbridge

    Site: museesmontreal.org/en/museums-day

  • Construção do Muro de Berlim e a cidade dividida: Die Mauer

    Construção do Muro de Berlim e a cidade dividida: Die Mauer

    1ª dúvida: Seria adequado para uma criança de 5 anos visitar Die Mauer, exposição no Checkpoint Charlie? 2ª: Com tantas opções de lugares para conhecer mais sobre a construção do Muro de Berlim e a cidade dividida (e sempre insuficiente tempo para todas), valeria ir além dos clássicos?

    A curiosidade move jornalistas, e foi ela que nos levou, Fernando e eu, juntamente com nosso filho, Joaquim, até a entrada da caixa cilíndrica de 15 m de altura que abriga o panorama da cidade alemã dividida criada pelo artista Yadegar Asisi. Perguntas feitas na bilheteria, passamos adiante. Die Mauer – Das Asisi Panorama zum Geteilten Berlin (O Muro – Panorama Asisi de Berlim Dividida) começa com uma exibição de fotos e vídeos; garanta seu ingresso

    São cenas da construção do Muro de Berlim, como janelas sendo fechadas com tijolos e pessoas vendo seu horizonte sumir tapado pelo concreto tão de perto. Os vídeos também mostram depoimentos de gente que teve a vida impactada por aquela fronteira forçada. Entre as aproximadamente 100 fotos está essa imagem de Heidemarie Beyer com a família diante do Portão de Brandemburgo fechado.

    Placas com escritos e desenhos dos visitantes ilustram as paredes. No centro desse foyer, 2 placas soltas da altura do Muro (3,6 m) lembram as de concreto pintadas vistas por Berlim. Pretendem causar no visitante a sensação de estar ali pequeno e poder expressar isso em formas ou palavras. Ao lado dos painéis, canetas para quem quiser deixar sua mensagem. Joaquim quis logo pegar uma. Como ainda não sabia escrever (tinha acabado de completar 5 anos quando fomos à Alemanha), pediu ao pai para deixar alguma coisa para ele copiar. Ficou satisfeito por participar.

    Nossa participação

    Visão de Berlim Ocidental para Oriental

    Atravessamos a porta para ver o panorama que batiza o subtítulo da exposição. Fomos completamente tomados pela ambientação. No escuro, saltam as cores em tons arroxeados da pintura. À música de Eric Babak se misturam efeitos especiais, como sons do cotidiano e falas históricas. A rispidez do alemão deixa o clima ainda mais intenso para quem não entende nada da língua. Entre os áudios está a fala de Walter Ulbricht, presidente do Conselho de Estado da Alemanha Oriental, negando a intenção do regime comunista de construir o Muro de Berlim, numa gravação de 15 de junho de 1961, pouco menos de 2 meses antes de ele ser erguido.

    O enorme painel, realizado enfatizando profundidade e forma, apresenta a vida perto da barreira física, num dia qualquer do outono da década de 1980. A visão a partir de Kreuzberg, com Mitte no horizonte, mostra a Torre de TV ao fundo e a Faixa da Morte (temor de quem do lado de lá se arriscava a furar o bloqueio). Do lado de cá, acampamentos e os tipos que habitavam aquela região suburbana no oeste da cidade. Em Kreuzberg, lugar do movimento punk em Berlim Ocidental, Iggy Pop e David Bowie eram vistos nos anos de 1970 na casa noturna que leva o nome do distrito, a SO36.

    Do alto da plataforma de 4 m de altura, os visitantes se confundem com as pessoas pintadas diante do Muro de Berlim. Como bem definiu Joaquim, o cenário é muito ‘realista’. Vê se consegue encontrar Fernando e nosso filho na foto abaixo. A imagem aqui foi um pouco clareada para mostrar os desenhos do artista. Lá, com a penumbra e com o clima instaurado, tudo se confunde.

    Onde está Wally?

    O cilindro de Yadegar Asisi guarda um dos trabalhos mais tocantes que vimos sobre o Muro, pela maneira como retrata a vida nos tempos da cidade partida e proporciona ao visitante uma imersão nela.

    Artigos vintage e cilindro da exposição

    Panorama Asisi: cenas em 360°

    Natural da Saxônia (região do leste da Alemanha), Asisi vive em Berlim. Desde 2003, o arquiteto e pintor cria panoramas 360°, alguns chegando a medir 32 m de altura e a ter até 110 m de circunferência. O trabalho iniciado numa exposição dentro de um antigo gasômetro de Leipzig se expandiu e hoje se materializa em diversas pinturas panorâmicas expostas em cidades alemãs.

    Para nosso filho, a representação deu forma a explicação simplificada que demos a ele quando Joaquim se deparou pela primeira vez com o Muro, num dos nossos passeios por Berlim Oriental. Usamos elementos da nossa realidade para tentar torná-lo algo um pouco mais compreensível para nosso pequeno menino: ‘Seria como se, de uma hora para outra, a gente não pudesse mais visitar seu tio, que mora a poucas ruas de casa. Tudo isso porque os 2 times que mandam, um de cada lado, não gostam um do outro’. Foi o jeito que encontramos, compatível com a simplicidade emocional dele. Parece que ele entendeu porque, 2 anos depois, ainda sabe que Berlim foi dividida por um Muro e que as pessoas não podiam atravessá-lo livremente.

    Quim, Fê & Die Mauer

    Em outros lugares da capital alemã, é possível chegar perto de restos do monumento histórico, para conhecer como era a vida em Berlim Oriental e para aprender mais sobre a construção da barreira física pela Alemanha Oriental e como se chegou à sua destruição. Mas em nenhum outro dá para experimentar a sensação (ainda que simulada) de estar numa cidade dividida.

    Não resta dúvida: uma criança é capaz de entender a história (por mais dura que ela seja) quando contada numa linguagem acessível, e Die Mauer merece entrar na lista de atrações da sua viagem.

    VALE SABER

    Endereço: Friedrichstrasse 205, Berlim

    Transporte: A pé (muito se caminha na capital alemã), de metrô (descer na estação Kochstrasse/Checkpoint Charlie do U-Bahn) e até de ônibus de turismo (as linhas no estilo hop on hop off passam por lá), há várias maneiras de se chegar ao Checkpoint Charlie, lugar onde a exposição está instalada.

    Funcionamento: Todo dia, das 10 às 18 horas (última entrada às 17h30)

    Preço: € 10 — crianças até 5 anos, grátis; entre 6 e 16 anos, € 4; ticket para pais e filhos (até 2 adultos e 4 crianças entre 6 e 16 anos), € 27. A GetYourGuide, empresa alemã parceira do Como Viaja, vende ingresso para o Panorama Asisi.

    Site: die-mauer.de

  • Torre de TV de Berlim, a Fernsehturm

    Torre de TV de Berlim, a Fernsehturm

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    O que foi criado para ser uma demonstração da força e da eficiência do regime comunista se tornou um símbolo da Berlim reunificada. Agora um cartão-postal da capital da Alemanha, ao lado do Portão de Brandemburgo, a Torre de TV (em alemão, Fernsehturm) foi erguida na antiga Alemanha Oriental, em 3 de outubro de 1969, para transmitir os programas da televisão estatal.

    A ideia de construir a torre surgiu no começo da década de 1950. Ela seria instalada na colina de Müggelberge, longe do miolinho da cidade, mas o governo da Alemanha Oriental percebeu que ficaria na rota do Aeroporto de Schönefeld. Decidiu por erguê-la ali, colada à Alexanderplatz, praça central de Berlim. Seria facilmente vista.

    E é. Com a localização central, no distrito de Mitte, a Fernsehturm aparece no céu a quarteirões de distância da Alexanderplatz. Com 368 metros até a pontinha da antena, a torre recebe em torno de 1,2 milhão de pessoas por ano, procedentes de 86 países. Todas loucas para ver a cidade do alto.

    Para garantir sucesso na empreitada, a principal dica é: vá num dia limpo e ensolarado. Esse é o melhor dos mundos. Com bom tempo, dizem que a visibilidade pode alcançar 40 km de distância. Em nossa viagem em família pela Alemanha, nós não conseguimos isso. Acompanhamos o clima durante alguns dias, mas não havia um com céu totalmente limpo para a visita, por causa da época do ano. Era fim de março. Resolvemos subir no dia em que a previsão era mais otimista, parcialmente nublado.

    BERLIM DO ALTO DA TORRE DE TV

    Pudemos ver a região perto da Alexanderplatz, só que a visibilidade ficou um pouco prejudicada. Mas valeu ver Berlim do alto e localizar algumas atrações que visitamos lá embaixo. Joaquim gostou da brincadeira de ir rodando e caçando os lugares no horizonte. Eu adorei subir a torre novamente, com ele e com Fernando. Na primeira vez em que estive em Berlim, em 1992, também esteve no topo da Fernsehturm. Mas não me lembro de ver painéis com indicações detalhadas, que dão a volta completa no andar de observação. Tudo bem sinalizado.

    A estrutura para visitantes na torre, aliás, mudou muito, assim como o entorno da atração. E seguia mudando quando estivemos lá em 2014. Largos e ruas estavam sendo recompostos, com muitas gruas em ação.

    Como é a área de visitação

    A Torre de TV tem 2 andares para visitação: um piso panorâmico com bar, a 203 m de altura, e um restaurante, 4 m acima. Não se preocupe com vento porque não existe área externa no alto da Torre de TV. Em 40 segundos o elevador vai do chão ao andar com vista da cidade — um painel interno mostra uma luz subindo enquanto se vence metro a metro.

    Berlim Torre de TV Informacao Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTorre de TV Berlim Informacoes Vista Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAo longo da circunferência, de 32 m de diâmetro no centro, painéis com fotos apontam os principais pontos que podem ser vistos naquela direção. Junto com textinhos de apresentação para os distritos de Berlim, estão mapinhas com atrações numeradas.

    Torre de TV Berlim Bar Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPelo deck de observação, binóculos que funcionam com moedas ajudam quem quiser ver mais de perto algum lugar descoberto na paisagem urbana. Para embalar o visual, há drinques e lanches no Bar 203, nesse piso.

    Do deck de observação, uma escadaria leva ao restaurante, com capacidade para até 200 pessoas por vez. O lugar é giratório, a cada 1 hora dá uma volta completa. Nós não comemos lá, mas me parece interessante a ideia, para se sentar e jogar conversa fora. No melhor esquema, food with a view.

    Mesmo que você não queira ir ao restaurante, eu recomendo comprar pela internet a entrada para visitar a torre. Há diversas categorias de bilhete. Nós escolhemos uma que dava acesso a fila expressa, para evitar a espera que no fim de março estava em três horas para subir. Preferimos comprar online, gastar um pouco mais, mas economizar nosso tempo para passear pela linda Berlim.

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    VALE SABER

    Endereço: Panorama­strasse 1a, Berlim. Essa é uma rua paralela à grande Karl-Liebknecht Strasse, bem na região da Alexanderplatz

    Alexanderplatz Transporte Berlim Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: Provavelmente, como a gente, você vai passar diversas vezes pela Alexanderplatz se ficar uns dias em Berlim. Vários meios de transporte se cruzam ali.

    De U-Bahn, pegue U2, U5 ou U8. À estação Alexanderplatz Hauptbahnhof do S-Bahn chegam os trens S5, S7 e S75. Para ir de bonde elétrico (tram), pegue os números M4, M5 ou M6. Se preferir ir de ônibus, tome 100, 200, 248, N2, N5, N8, N40, N42, N65 ou TXL (as linhas passam nos diferentes lados da praça)

    Funcionamento: diariamente, das 9 horas à meia-noite – de novembro a fevereiro, abre às 10 horas. A última subida ocorre às 23h30, e a entrada no restaurante é até as 23 horas.

    A torre fecha para manutenção sempre 2 dias ao ano: em 2016, não funcionou em 11 de abril e não abrirá em 14 de novembro

    Torre de TV Ingresso Celular Berlim Fernsehturm Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPreço: A partir de 13 euros — crianças de 4 a 16 anos, a partir de 8,50; até 3 anos, grátis.

    Há outros diferentes tipos de tickets, com preços mínimos  entre 13 e 24 euros (crianças de 4 a 16 anos, a partir de 8,50 ou 16 euros).

    Quem compra o Berlin WelcomeCard, cartão de descontos da cidade, paga 25% menos na entrada da Torre de TV, mas apenas se comprá-la na bilheteria da atração. A redução não é válida para tickets premium, aqueles especiais, vendidos pela internet.

    Dependendo da total de dias e de seu roteiro na cidade, vale considerar a compra de tickets premium, já que a espera pode ser grande com o ingresso tradicional. Nós compramos online, e eu explico passo a passo como garantiro ingresso online. É bem prático e garante a entrada sem uma fila enorme.

    Se optar pelo ticket padrão (standard), para evitar ficar de bobeira lá embaixo até subir, envie pelo celular uma mensagem de texto para o número +49 151 15 16 39 22 com o código (SMS code) que está impresso no seu ticket. Isso feito, a administração da Torre de TV informa que envia uma mensagem para seu celular meia hora antes de chegar sua vez

    Souvenir de Berlim Torre de TV e Urso Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlimentação: No deck de observação, há o Bar 203. Funciona todo dia do meio-dia às 23 horas.

    Para fazer reserva no restaurante Sphere, você precisa comprar o Premium Ticket Restaurant, que varia de preço de acordo com a localização da mesa (na janela ou não) — saiba mais sobre os tipos de ingresso disponíveis no link do passo a passo acima. Funciona até meio-dia para café da manhã; do meio-dia às 16 horas, para almoço; e das 18 horas às 22h30, para jantar

    Berlim Souvenir Torre de TV Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaCompras: No bar, a torre toma forma de copos coloridos. No térreo, uma lojinha vende o cartão-postal em formas diversas de souvenir. Também estão lá artigos com o Portão de Brandemburgo, o Urso de Berlim e os homenzinhos do trânsito — saiba mais sobre os Ampelmännchen, os famosos bonecos verde e vermelho

    Dicas: Há wifi disponível aos visitantes no térreo, no deck de observação e no restaurante.

    Por questões de segurança não é permitido subir com casacos pesados e bolsas grandes. Deixe no guarda-volumes da entrada (sem cobrança adicional).

    Também no térreo há um guichê oficial de informações turísticas de Berlim. Aproveite para pegar folhetos e tirar dúvidas

    Site: tv-turm.de

  • Torre de TV de Berlim: como comprar ingresso

    Torre de TV de Berlim: como comprar ingresso

    Fotos: Nathalia Molina e Fernando Victorino @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina e Fernando Victorino @ComoViaja

    Já tínhamos passado por lá umas três vezes. O painel sempre informava uma espera gigantesca. No mínimo três horas para ver Berlim do alto. Resolvi que iria checar no hotel à noite se poderia comprar ingresso pela internet para irmos à Torre de TV, perto da Alexanderplatz, praça central da cidade.

    Essa é uma vantagem de quem não viaja com tempo apertado e escolhe um mês fora de temporada. Era finzinho de março, e íamos ficar oito dias em Berlim (1ª parada da nossa viagem em família pela Alemanha). Mas, depois de sentir o drama da espera que é para subir, recomendo fortemente que você siga lendo esse texto e viaje com sua entrada.

     

    Tipos de ingresso à venda

    2 tipos de tickets para a Torre de TV de Berlim: standard e premium (fast track). O 1º pega fila normal, o 2º tem acesso especial se grande espera.

    Torre de TV de Berlim Como Comprar Ingresso Online Home - Tela do Site

    O premium se subdivide ainda em várias categorias de ingressos. Conheça cada um tipo de ticket à venda:

    1 > STANDARD: É o ingresso padrão. Mais barato, pode ser comprado na bilheteria ou nas máquinas de venda de ticket disponíveis no térreo da Fernsehturm.

    Esse é o que pode ter aquela espera longa que citei acima. Um painel na base da torre avisa o tempo médio que os visitantes estão tendo de aguardar naquele momento.

    Caso você escolha o standard, pode usar o SMS Call Service. O ingresso vem com um código (SMS code). Se estiver com um celular habilitado para funcionar em Berlim, pode mandar uma mensagem de texto para o número +49 151 15 16 39 22 com o código que aparece no ingresso. Quando faltar meia hora para você subir, o sistema da Torre de TV envia a mensagem ‘30 min’, para você ter tempo de se dirigir à entrada da atração.

    Preço: a partir de 13 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 8,50 euros; até 3 anos, grátis

    2 > PREMIUM: É o ingresso especial. Mas esse tipo de ticket se subdivide em vários tipos, cada uma para um perfil de visitante. Veja qual deles se encaixa melhor no propósito da sua visita:

    • Torre de TV de Berlim Como Comprar Ingresso Tipos Internet - Tela do SiteEarly Bird Tickets Panorama: É bom para quem pensa em começar o dia indo à Fernsehturm porque a entrada tem de ser cedo (como o nome em inglês já diz, ‘early’). De março a outubro, o visitante sobe às 9 horas; de novembro a fevereiro, às 10 horas. A entrada é sem fila

    Preço: a partir de 13 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 8,50 euros; até 3 anos, grátis

    • Late Night Ticket Panorama: É o oposto do anterior. Neste aqui, a visita é realizada no fim do período de funcionamento, entre 21h30 e 23 horas — pode ser de 21 horas às 22h30, dependendo do período do ano. Também é sem fila. Dá para visitar outras atrações e terminar o dia com um drinque no Bar 203 curtindo as luzes de Berlim

    Preço: a partir de 13 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 8,50 euros; até 3 anos, grátis

    • Premium Ticket Panorama: É a entrada com data e hora escolhidas pelo visitante, evitando filas. É a mais cara opção de ingresso que dá acesso ao andar panorâmico, mas você pode ganhar em tempo decidindo o horário em que a visitação à torre se encaixa melhor no seu roteiro. Nós compramos um ingresso equivalente ao Premium Ticket Panorama, que se chamava Fast View. Valeu a grana que pagamos a mais (o mesmo adicional cobrado atualmente em relação ao Standard Ticket: mais 6,50 euros por adulto e 3,50 euros pelo nosso filho, Joaquim). A diferença é grande financeiramente, eu sei. Mas e o tempo que ganhamos na cidade vendo outras atrações sem a preocupação de perder a subida? Fora que uma criança de 5 anos não tem paciência para ficar horas esperando. Ganhamos em felicidade.

    Preço: a partir de 19,50 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 12 euros; até 3 anos, grátis

    • Torre de TV de Berlim Como Comprar Ingresso Internet Restaurante - Tela do SitePremium Ticket Restaurant: É a única opção de entrada premium que dá acesso ao restaurante Sphere, com reserva. Ele é giratório. Em 1 hora, completa a volta toda. Na hora da compra, você pode decidir se quer o ticket Plus (mais caro, claro), que dá direito a uma mesa na janela. Se sua ideia for apenas juntar o passeio à torre com uma refeição, pode escolher o ticket com mesa na área interna da circunferência do restaurante. Mas, para ter uma experiência completa de ver a cidade por vários ângulos enquanto você come, terá mesmo de desembolsar o preço máximo com acesso ao Sphere

    Preço: a partir de 17,50 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 10 euros; até 3 anos, grátis. Na opção ‘plus’, a partir de 24 euros — criança de 4 a 16 anos, a partir de 16 euros; até 3 anos, grátis



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    Como comprar a entrada na internet

    Os tickets premium podem ser comprados online ou nas máquinas de ingresso disponíveis lá na Torre de TV. Acho mais prático resolver logo pela internet e já ir à atração somente na hora determinada.

    Para garantir o ingresso online, você clica em Tickets & Prices no site da Fernsehturm. Depois escolhe Premium Ticket e finalmente decide qual dos 4 abaixo se ajusta aos seus planos.

    Na tela seguinte, você bota a data e a hora — nos casos do Early e Late Tickets, aparecem apenas opções de horário no começo e no encerramento das atividades, respectivamente. Eu fiz a simulação com o Premium Panorama Ticket.

    IMPORTANTE: Note que os preços dos tickets no site sempre aparecem com a palavra ‘from’ (a partir de). Isso porque eles mudam de acordo com a temporada. Fiz uma simulação com datas diferentes, em junho, agosto e novembro. O valor foi do intermediário (20.50 euros) no iniciozinho do verão europeu, subiu para 21.50 euros na alta temporada e caiu para o mínimo (19,50 euros) somente no outono, 1 mês antes de chegar o inverno.

     

    Onde você recebe o ingresso

    Depois da compra, o ingresso é enviado por email, para você imprimir o PDF e mostrar na entrada, ou diretamente para o smartphone. Eu fiquei com a 2ª alternativa. Não imprimi nada. Salvei os bilhetes no celular e passamos o código no scanner da entrada, antes do elevador. Muito prático e fácil.

    Aí é subir a escada até o mezzanino e esperar o elevador. No piso térreo da Torre de TV, a sinalização indica o caminho para você se posicionar em 1 das 2 filas que dão acesso à subida. Com nossos ingressos, pegamos a fila especial. Não tinha ninguém na nossa frente, mas era fim de março. Na alta temporada (leia-se verão na Europa), o cenário deve ser outro. Mas, pense bem, também aumenta em proporção geométrica o número na fila ao lado, sem passe livre.



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  • Berlim Oriental hoje: no leste ficam os principais pontos turísticos

    Berlim Oriental hoje: no leste ficam os principais pontos turísticos

    Uma pergunta me intrigava: onde ficava aquela parte do Muro de Berlim? Na minha primeira viagem à cidade, em 1992, tirei fotos diante de um segmento da antiga barreira que dividia a cidade em Ocidental e Oriental. Em 2014, quando voltei à Alemanha em família, com Fernando e Joaquim, não encontrei o trecho fotografado 22 anos antes. Mas descobri que os principais pontos turísticos de Berlim visitados atualmente na capital da Alemanha ficam do lado leste da cidade.

    Depois de muito pesquisar na internet, já de volta ao Brasil, finalmente descobri que estivemos bem próximos daquele trecho do Muro, pintado em preto e branco com uma contagem de mortos que tentaram atravessar a velha fronteira. Seguia lá, à beira do Rio Spree. Só que encoberto.

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    Estive em Berlim em dois momentos depois da queda do Muro: 1992 e 2014. Como era e como é a cidade? Minha sensação ao me deparar com o Muro três anos após a queda e agora? Você fica sabendo aqui: http://abre.ai/muro-de-berlim-queda #comoviaja #alemanha #berlim #muro #murodeberlim #viagem #BLN25YearsLater #germany25reunified

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    Na reconstrução de uma cidade unida, edifícios foram adicionados ao Reichstag, o prédio do parlamento alemão (Deutscher Bundestag), que ficava na parte ocidental, muito próximo da barreira que foi símbolo da Guerra Fria. Aquele segmento que vi em 1992 foi restaurado para virar o Mauermahnmal (Memorial do Muro).

    Na descrição do folheto oficial, ele foi instalado, mantendo seu percurso original, como um corpo estranho que corta a Marie-Elisabeth-Lüders Haus, inaugurada em 2003. Juntamente com 2 outros novos prédios, a construção faz parte do Band des Bundes, espécie de Alameda Federal, tida com um símbolo arquitetônico da Alemanha reunificada.

    Trecho do Muro de Berlim aparece no fundo da imagem – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
    Mesma região de Berlim após reunificação da Alemanha – Foto: Günter Steffen/Visit Berlin/Divulgação

    Ali ao lado, a Kronprinzenbrücke foi reerguida em 1996, com os indefectíveis traços do espanhol Santiago Calatrava. Destruída pelos bombardeios da Segunda Guerra e esquecida durante o período do Muro, a ponte foi uma das primeiras conexões retomadas entre as porções ocidental e oriental de Berlim.

    Para se locomover na cidade, existem cartões que incluem transporte e dão desconto em atrações na capital alemã. Um deles é o EasyCity Pass, com S-Bahn, metrô, ônibus, bonde e trem regional. Já o Berlin WelcomeCard dá direito a transporte público nas zonas A e B e tem versões de 48 horas a 6 dias. Importante: valide seu tíquete antes de embarcar ou a multa será puxada.

    Além disso, veja as opções para garantir ingressos e tours em Berlim. Esse link é da GetYoutGuide, parceria do Como Viaja que trabalha vendendo serviços turísticos em diferentes cidades pelo mundo; como é uma empresa alemã, estão disponíveis muitas atividades turísticas na Alemanha. Muitos desses passeios contam a história da cidade e propõem roteiros que visitam o passado alemão.

    Pontos turísticos em Berlim Oriental

    Um estrangeiro menos atento mal percebe o lado leste (Ost, em alemão) e o oeste (West). Caminhando pela capital alemã, obviamente veem-se marcas da divisão da Alemanha, como nos riscos no chão da então partida Potsdamer Platz. Ali, no espaço antes ocupado pelo Muro, foi realizado no verão de 1990 o simbólico show The Wall – Live in Berlin, com Roger Waters, ex-líder da banda Pink Floyd. Ao longo dos séculos uma das principais praças da cidade, a Potsdamer voltou a esse patamar para a população de Berlim após a queda do Muro.

    Potsdamer Platz, praça de Berlim – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Testemunhas daquele tempo estão em vários bairros berlinenses, como a DDR-Grenzwachturm, torre de vigilância da antiga Alemanha Oriental. Originalmente localizada entre o Portão de Brandemburgo e a Leipziger Platz, o modelo BT 6 foi instalado e é aberto à visitação na Erna-Berger-Strasse, rua perto da Leipziger, praça colada à Potsdamer.

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    Em setembro de 2015, foi inaugurado na Leipziger Platz o Spy Museum Berlin, para reviver experiências e métodos de infiltração usados em Berlim, chamada de capital dos espiões. Com muita tecnologia (ao menos 200 telas em alta resolução), o museu usa recursos multimídia para transportar os visitantes à atmosfera da espionagem.

    Torre de TV, Ilha de Museus e Catedral de Berlim

    Apenas para um roteiro histórico focado em Berlim Oriental já sobrariam opções para incluir na viagem. Mas, ainda que seu interesse não seja ver especificamente os traços remanescentes desse passado, é interessante saber que muitas das atrações clássicas que atualmente fazem a festa dos turistas na capital da Alemanha ficam na antiga porção oriental.

    São vários os pontos turísticos de Berlim incluídos na lista de indispensáveis, os ‘must-see’ — muitos, como a Catedral de Berlim (Berliner Dom), têm entrada gratuita com o Berlin Pass. No lado leste da cidade, ficam a Alexandreplatz (praça central da metrópole), a Torre de TV de Berlim (garanta ingresso com acesso prioritário), a Ilha de Museus (compre o Berlin WelcomeCard com entrada para Ilha de Museus e transporte público) e a Unter den Linden, alameda que conecta o Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) à Schlossplatz, praça na Ilha de Museus. A gente mal se dá conta disso.

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    Difícil mesmo ver essa linha divisória na metrópole alemã 30 anos depois. Desde que Berlim voltou a ser a capital da Alemanha em 1990, a cidade vem passando por uma extensa e constante reestruturação — as gruas são quase parte do cenário, um desafio para viajantes registrarem imagens sem elas. Completamente renovada, Berlim não é mais uma cidade dividida. Em teoria, já não era em 1992, mas na prática as diferenças visuais eram gritantes.

    Pela cidade ainda existiam várias placas de concreto, como aquelas diante das quais me postei, embora o Muro de Berlim já tivesse sido derrubado em diversos trechos, e esse era mesmo o desejo: retomar a vida que se tinha antes da divisão da Alemanha, reatar o que havia sido cortado. Erguido em 1961 pela Alemanha Oriental para isolar Berlim Ocidental, localizada dentro da área comunista, o Muro era a expressão máxima, o símbolo da Guerra Fria.

    Com o fim da Segunda Guerra, como aconteceu com o restante do território da Alemanha, Berlim foi dividida entre França, Grã-Bretanha e Estados Unidos (lado oeste) e União Soviética (parte leste). Na cidade em si, havia 4 zonas de ocupação; em relação aos outros 3 países, a União Soviética controlou a maior delas. Deu origem à República Democrática da Alemanha — em alemão, Deutsche Demokratische Republik (DDR). De regime comunista, existiu de 1949 a 1990 e tinha em Berlim Oriental sua capital.

    Há diversos lugares em Berlim dedicados a contar a história da época em que existia a República Democrática da Alemanha, sob vários aspectos: como era o cotidiano na antiga Alemanha Oriental; os sistemas e os órgãos de vigilância e de espionagem; como era viver numa cidade dividida.

    Mais longo pedaço do Muro ainda de pé, a East Side Gallery é eternizada em imagens e selfies de turistas. A galeria a céu aberto impressiona com 101 pinturas em 1.316 metros de comprimento. The Wall Museum, museu do Muro, foi inaugurado ali em 2016. A exposição percorre do fim da Segunda Guerra e da consequente construção da barreira física até os acontecimentos dos meses anteriores à queda, em 9 de novembro de 1989.

    A barreira entre as 2 Berlins se estendia por um total de 155 km. No Gedenkstätte Berliner Mauer ou Berlin Wall Memorial (Memorial do Muro de Berlim), dá para entender visualmente como a fronteira se estruturava, com 2 paredes e, entre elas, a ‘Faixa da Morte’, espaço onde desertores eram alvo dos soldados da Alemanha Oriental.

    Muro de Berlim em memorial – Foto: J. Hohmuth/Berlin Wall Foundation/Divulgação

    O memorial na Bernauer Strasse — rua onde as janelas dos prédios foram fechadas por tijolos durante a vigência do Muro — ocupa 1,4 km de comprimento, acompanhando a trajetória da antiga linha da divisa entre Berlim ao oeste e ao leste.

    Checkpoint Charlie, Die Mauer e Museu do Muro

    Para sentir o clima da cidade partida, uma experiência marcante é Die Mauer ou The Wall (O Muro), panorama criado por Yadegar Asisi. A ambientação na área principal da exposição é tão expressiva que, olhando do alto, pessoas de verdade diante da cena parecem fazer parte delas. Fernando e Joaquim se confundiram com as figuras do painel realista, com 60 m de largura por 15 m de altura.

    A exibição Die Mauer está instalada no emblemático Checkpoint Charlie, posto militar na fronteira. Além da foto clássica com o ‘soldado’ americano, da exposição ao ar livre de pedaços do Muro e do panorama realista do artista Asisi, a esquina das ruas Friedrichstrasse com Zimmerstrasse tem muito mais a oferecer.

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    Na diagonal da Die Mauer, fica o Mauermuseum, museu do Muro fundado em 1962. No lado oposto da rua, imagens e informações na BlackBox Kalter Krieg, exposição numa caixa preta, abordam a Guerra Fria. Na outra diagonal do cruzamento, um McDonald’s está do ‘lado correto’, a porção antigamente americana.

    Na estação Friedrichstrasse, a Stiftung Haus der Geschichte der Bundesrepublik Deutschland, fundação sobre a história da Alemanha, funciona no Tränenpalast (Palácio de Lágrimas), construção de arquitetura contemporânea, erguida em 1962 em Berlim Oriental. Era um dos pontos para se cruzar para o outro lado da cidade.

    Exposição em estação que era ponto de passagem para Alemanha Ocidental – Foto: Axel Thünker/Stiftung Haus der Geschichte/Divulgação

    A exposição GrenzErfahrungen. Alltag der deutschen Teilung (Experiências na Fronteira. Vida Cotidiana na Alemanha Dividida) mostra com objetos e depoimentos os efeitos dessa cisão na vida da Alemanha.

    A região não tem só atrativos ligados a Berlim dividida. Pertinho de Checkpoint Charlie, fica outro cartão-postal de Berlim que não tem a ver com a era comunista, mas que estava na porção controlada pela Alemanha Oriental: a bela Gendarmenmarkt. A praça de 1688 reúne 2 igrejas do século 18 e 1 sala de concerto do século seguinte, ao redor delas, vários cafés.

    Um lugar lindo, mais um motivo, entre tantos descritos até aqui, que me obriga a concordar com a observação de Gerd Wenzel, ex-colega de trabalho do Fernando e alemão de Prenzlauer Berg, distrito no leste de Berlim: “Os russos ficaram com a parte mais bonita da cidade.”

    Viagem pela história da Alemanha e do mundo

    Muro de Berlim em 1992, apenas 3 anos depois da queda – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Foi a história que me conduziu à Alemanha em minha primeira vez no país (e na Europa) em 1992. A cidade ainda se estruturava após a reunificação da Alemanha, então não havia essa profusão de atrações. Não importava, eu queria ir até lá ver, sentir esse momento de perto. Adolescente da época da Guerra Fria, cresci ouvindo, lendo e vendo (no cinema) passagens sobre a Segunda Guerra, o Muro de Berlim, a Alemanha dividida. Para alguém que se interessava pelo assunto, natural que o país europeu no mínimo despertasse minha curiosidade.

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    Mas eu não me programei para ir ao país europeu quando desembarquei em Berlim. Nova York até então era o único destino internacional que eu realmente havia decidido conhecer — antes disso, apenas havia dado um giro com meus pais, aos 5 anos, pela Argentina, pelo Chile e por seus Lagos Andinos. Em 1991, eu tinha 20 anos quando resolvi morar em Nova York. Num desses acasos da vida, no ano seguinte recebi o convite da minha madrinha para visitá-la na Alemanha. Funcionária do Itamaraty, minha tia poderia ter sido transferida para qualquer parte do mundo. E olha como as coisas acontecem na vida: ela foi para Berlim.

    Lá estava eu dentro do avião para ver aquela cidade que havia apenas 3 anos tinha deixado de ser partida pelo Muro. Desembarquei e fui encontrar Maria Sylvia. Me lembro de que achei o aeroporto pequeno (em nada comparável à estrutura que vi na viagem à Alemanha em família em 2014, com Fernando e Joaquim). Fomos para a casa dela, um predinho bonito no lado ocidental. As floreiras nas janelas anunciavam que já estávamos na primavera. Era fim de abril, fazia um frio danado, mas a cidade já aguardava a estação pegar de verdade.

    Na visita a Berlim em 1992, uma foto minha no Europa Center – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Almoçamos em família, com meu tio e meu primo. Me contaram sobre situações cotidianas, de divertidos tropeços no alemão a observações daquele momento, como a leva de poloneses que iam de carro a Berlim para fazer compras de supermercado (muito mais barato, segundo eles). Depois, caprichosa, minha tia me mostrou vários recortes que havia separado de lugares que queria me mostrar na cidade.

    Mais do que parênteses, colchetes: [A internet estava bem no iniciozinho. Portanto, não havia site ou blog para consultar. É preciso lembrar isso porque o mundo mudou tanto em 30 anos que a gente até se esquece que um dia o computador tinha aquela tela preta com escritos em verde. E só. A programação era feita em linguagens como Basic, Pascal e Lotus 1 2 3. Para mim, uma chatice tamanha, provavelmente uma das razões que me fez largar a Faculdade de Informática na Uerj em 1990 — sempre brinco dizendo que a culpa é do Bill Gates, que devia ter inventado o Windows antes; da criação em 1985 à popularidade lá pelo início dos anos 1990, levou um tempão para as janelinhas coloridas chegarem aos computadores dos brasileiros.]

    Ampelmann, Trabi e DDR Museum

    Assim como não havia informação de viagem online, tampouco eram conhecidos (e até cultuados) pelos turistas Trabi ou Ampelmännchen, 2 figuras que saíram do trânsito da Alemanha Oriental para o mundo do souvenir com força total.

    Em 1997, surgiu a Ampelmann, marca com 6 lojas próprias e 1 café, que vende produtos estampados com os bonequinhos verde (‘siga’) e vermelho (‘pare’). Os bonequinhos do farol de Berlim, ampelmännchen, são quase sinônimo de passaporte carimbado na Alemanha.

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    O mesmo acontece com o Trabi. Em 1991 foi produzido o último Trabi, o carro da Alemanha Oriental. Atualmente em Berlim, dá para ver e até dirigir um, em tour real pelas ruas, ou virtual no veículo na entrada do DDR Museum.

    Ou trazer um Trabi de lembrança, como nós fizemos. Uma simpática maneira de guardar os momentos e a aula de História que tivemos dentro do DDR Museum. Sobre o cotidiano e a história da Alemanha Oriental, o museu está entre nossos programas favoritos na viagem em família de 2014.

    Souvenir de Berlim: Trabi de todo jeito na loja do museu sobre a Alemanha Oriental – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Diversos museus na capital alemã contam vários pontos desse período de Berlim dividida. Não apenas os 2 sobre o Muro, o DDR e o Spy, como ainda o Stasi Museum, no velho quartel-general da polícia do regime comunista alemão. O conjunto de 50 edifícios fica no distrito de Lichtenberg, assim como a Frankfurter Allee, alameda com a típica arquitetura da era comunista. Também formavam Berlim Oriental, entre outros distritos, Pankow (com seu agora descolado bairro de Prenzaluer Berg) e Treptow, onde foi erguido o maior memorial soviético, com 100.000 m² e cemitério para 5.000 soldados.

    Palácio de Charlottenburg e zoológico de Berlim

    Alexanderplatz e a Torre de TV de Berlim, em 1992

    Naquela viagem em 1992, até estive do lado oriental. De dia, na Alexanderplatz, ainda hoje umas das principais praças da capital alemã; de noite, em festas underground. No restante do roteiro, o lado ocidental.

    Fomos a todas as atrações que minha madrinha destacou, todas mais do que indicadas para uma visita atualmente também. Entre elas, o Charlottenburg Schloss, palácio barroco dos tempos da Prússia, onde voltei com Fernando e Joaquim numa visita deliciosa (olha o clima na foto abaixo).

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    Também estavam na lista do lado oeste o zoológico de 1844, mais antigo da Alemanha, que mantém 16.000 animais de cerca de 1.500 espécies; e os bonitos canteiros e estufas do jardim botânico, com cerca de 20.000 tipos de plantas. Tudo absolutamente lindo, e do lado da velha Alemanha Ocidental.

    Zoológico de Berlim, na minha visita em 1992

    KaDeWe e igreja de Berlim bombardeada

    Ainda nessa parte de Berlim, gostei de conhecer a grande e tradicional KaDeWe. O nome completo é Kaufhaus des Westens (numa tradução livre, loja de departamento do oeste), mas ninguém chama assim o estabelecimento de 60.000 m², em funcionamento desde 1907. Mas adorei mesmo foi caminhar sozinha pela agitada Kurfürstendamm, principal avenida da cidade no lado oeste.

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    Andar sem rumo e dar de cara com a Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, igreja destruída na Segunda Guerra, cuja torre destroçada foi mantida para abrigar um memorial. Agorinha, ao escrever, me vem viva a imagem daquela tarde.

    A igreja ‘quebrada’ de pano de fundo com sua escadaria em primeiro plano. Pelos degraus, em pé e sentados, jovens conversavam num visual punk, com roupas pretas e cabelos coloridos (estamos falando de 27 anos atrás, quando não havia tinta em cores rolando solta nos cabeleireiros, nem muita gente disposta a experimentá-la).

    Kurfürstedamm e a igreja bombardeada, em outra foto minha de 1992

    Aquele instante suspenso em Berlim era repleto de contexto. Ali a História fazia a diferença. A igreja bombardeada, marca de um país arrasado na Segunda Guerra, que se reerguia e se reunificava depois da queda do Muro. Os jovens, a contestação, a mudança. Aquela cena era Berlim, cidade onde os livros e o futuro se encontram.

  • SeaLife Munique: aquário com tubarões e estrelas na Alemanha

    SeaLife Munique: aquário com tubarões e estrelas na Alemanha

    Ficamos rodeados por tubarões. Zebra, lixa, cinza… e outros mais bizarros. Se você tem interesse por essas temidas e instigantes criaturas, o SeaLife tem de estar no seu roteiro em Munique. Nos 33 ambientes, há 4.500 animais de diferentes espécies. Também achei muito forte a parte do aquário que trata de estrelas do mar e cavalos marinhos. Sensacional conhecer tantas variedades de cada um deles.

    Nas 3 espécies que citei, além de ver animais de diversos tipos, é possível aprender muito sobre eles. Tanto em explicações nos painéis quanto em atividades interativas. Numa das salas, por exemplo, a parede era dividida em nichos com telas de programas. Ao toque do nosso filho, então com 5 anos, apareceram opções de tubarões para escolher sobre qual ele queria saber de hábitos e características. No nicho ao lado, Joaquim e eu ficamos bobos com a quantidade de dentes que um tubarão troca em vida.

    Ficamos surpresos também com o formato de minhoca do tubarão epaulette. Tem uma curiosa mancha preta no corpo, que dá a impressão de um olho negro no meio daquela tripinha te olhando.

    Num canto de outro ambiente do SeaLife, pinturas representam vários tipos de tubarões, com seus comprimentos. Nosso pequenino menino estava da altura do mais baixinho da turma feroz. Hoje arrisco dizer que ficaria lá pelo 3º ou 4º entre os menores.

    Já cresceu bem na régua dos tubarões

    Os tubarões são definitivamente o destaque do aquário, que informa ter a maior variedade de tipos na Alemanha. Até o pré histórico de Port Jackson está lá. Aliás, assim como o SeaLife Berlim, a unidade de Munique inaugurou a exposição Saurier der Meere (Mares Jurássicos, numa tradução livre), com descendentes de animais extintos, como o listrado náutilo (que lembra um esquisito caracol enroscado) e o mudskipper (que pode respirar fora da água).

    Descobertas no aquário em Munique

    Registrei em vídeo o rápido nado do tubarão blacktip (galha preta). Muito legal, aliás, esse tanque com espécies oceânicas. A visão do alto dá a noção do tamanho da área que abriga 400.000 l de água. Adorei ver ali também as tartarugas marinhas, espécie de xodó meu dentro do universo subaquático. A visão de baixo do tanque, dentro de um túnel panorâmico, rende muitas bocas abertas e lindas fotos. Nos fins de semana, em certos horários, dá para ver mergulhadores limpando o tanque e alimentando as duas espécies.

    De cara com o polvo e a moreia

    Em Munique achamos o polvo! E também a medonha moreia, enfiada dentro de uma rocha. Diante da cena de sua boca abrindo e fechando levemente, é assustador imaginar o tamanho e as arcadas que aquela mordida por tomar. Protegidos pelo vidro, Quim e eu fizemos muitas caretas para a selfie. Durante nossa ida à unidade de Berlim, ficamos a ver navios porque o polvo não quis saber de receber visita. Em Munique, Quim pirou com o movimento quase gelatinoso do ser de sangue azul e 3 corações.

    Em Munique, vimos o polvo

    Já tínhamos visto o SeaLife Berlim quando chegamos ao Parque Olímpico (Olympiapark) para visitar a unidade de Munique — Fernando foi ao Estádio Olímpico (Olympiastadion), ali pertinho. O aquário de Munique é uma das atrações que funcionam no complexo onde foram realizadas as Olimpíadas de 1972. Há 9 unidades alemãs do SeaLife. Nós visitamos 3 durante nossa viagem à Alemanha com criança: Berlim, Munique e Legoland Atlantis by SeaLife (atração dentro do parque Legoland Alemanha, localizado em Günzburg, também na Baviera.

    Parque Olímpico de Munique tem várias atrações, entre elas, o SeaLife

    Confesso que tive medo de o passeio em Munique ser chato — seria a mesma coisa de Berlim? Me surpreendi. A experiência no SeaLife tem semelhanças entre as 2 unidades: as crianças recebem na entrada máscara de mergulhador de papel e um livreto para carimbarem conforme passam pelas salas do aquário; no tanque interativo o monitor do SeaLife permite aos visitantes tocarem em estrelas do mar e caranguejos; ambientes mostram peixes típicos dos rios da região (no caso de Munique, especialmente o Isar); uma parede com iluminação colorida também exibe o movimento das águas vivas; há placas e painéis explicativos espalhados pelos ambientes; e alguns dos animais se repetem mesmo. Por exemplo, o laranja peixe palhaço e o azul cirurgião patela, simpáticos peixinhos que fazem sucesso com as crianças menores por terem inspirado Nemo, Marlin e Dory, protagonistas do filme Procurando Nemo.

    Com máscara de mergulhador, Joaquim observa peixes de rios da região
    Carimbo a cada estação cumprida pela criança
    Parade com o balé das águas vivas

    De cardume ensaiado a cavalos marinhos

    Mas até mesmo nas áreas parecidas há diferenças. Em Munique, o Schwarmring — sala redonda onde o cardume (‘schwarm’) nada no alto em círculo (‘ring’) — tem plaquetas com os sinais mais usados pelos mergulhadores para se comunicar embaixo d’água. Divertido e informativo. Assim como os espaços dedicados às estrelas-do-mar e aos cavalos-marinhos. Nas placas, aprendemos o tanto de tipo que existe de cada um deles. Algumas explicações estavam apenas em alemão, mas havia informação suficiente em inglês para se entreter.

    Sinais de mergulhadores

    No caso das estrelas, deu até para tocar em materiais para sentir a textura de 3 variedades. De mentirinha. As de verdade, com várias delas grudadas nas paredes de pedras dos tanques, criavam um cenário pontilhado por cores vivas. Em alguns deles, dava para enfiar a cabeça por baixo para se sentir entre estrelas.

    Nosso peixinho entre as estrelas

    Especial também foi apreciar os cavalos marinhos, de várias cores. O SeaLife tem um programa de reprodução desses delicados seres. Com o rabo enroscado em plantinhas, balançam levemente ao sabor do movimento da água.

    A beleza do cavalo marinho

    Saímos do SeaLife Munique com muitas imagens memoráveis. Como esquecer do azul intenso deste peixe lindamente horrendo? E da variedade de tubarões a que fomos apresentados? Ou das bonitas formas que a natureza pode tomar em águas-vivas, cardumes, cavalos-marinhos e estrelas? Depois dessa dose de maravilha animal, seguimos explorando as belezas construídas pelo homem na capital da Baviera.

    Olhos azuis hipnotizantes

    VALE SABER

    Endereço: Willi-Daume-Platz 1, Olympiapark, Munique

    Transporte: O aquário fica bem no Parque Olímpico de Munique (Olympiapark), de fácil acesso de metrô (U-Bahn). Pegue a linha U3 e desça na estação Olympiazentrum. Mesmo com criança, a caminhada não dura 10 minutos, e há sinalização no caminho.

    Horário: Diariamente, abre às 10 horas. O horário de encerramento varia de acordo com a época do ano. Até 29 de abril de 2016 e de 13 de setembro a 28 de outubro, fecha às 18 horas. Durante o verão europeu e em feriados bancários ou bávaros, funciona até as 19 horas. Sempre o limite para entrar no SeaLife é 1 horas antes do encerramento

    Preço: € 18,50 euros (online sai por € 12,95).

    Alimentação: Não é permitido comer dentro do aquário, mas você pode levar seu lanche para comer no terraço ou numa área coberta para piquenique.

    Site: visitsealife.com/munchen

  • Playmobil FunPark na Alemanha: parque perto de Nuremberg

    Playmobil FunPark na Alemanha: parque perto de Nuremberg

    Veja atrações e novidades do Playmobil FunPark na Alemanha. Nosso filho adorou o parque dos bonecos em Zindorf, perto de Nuremberg. São 90.000 m² de área com setores temáticos e atividades em região coberta

    ATUALIZADO EM 8 E ABRIL DE 2017

    Passamos pelos guardas, e Joaquim foi logo saudar o rei e a rainha. Reverência feita, saiu em disparada. Havia mais gente para visitar, lembrava o Ritterburg no alto da colina à frente. O castelo do cavaleiro com suas bandeirinhas nas pontas das torres causa impacto imediato em quem atravessa o portão do Playmobil FunPark. Sem brinquedos eletrônicos, apenas com atividades lúdicas, o parque temático dos bonequinhos na Alemanha fica em Zindorf, perto de Nuremberg.

    Playmobil FunPark Bonecos Parque Alemanha Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (900x900)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Com rede de corda para escalada e ágeis escorregadores de metal, o Ritterburg é sucesso de público, como descubro depois nas informações do parque para a imprensa. Igualmente disputado pelas crianças é o navio pirata. Foram mesmo os lugares mais cheios que vimos. E reforçamos a preferência. Nosso filho não titubeia ao responder do que mais gostou no Playmobil FunPark.

    De fato são imperdíveis. Mas perde muito quem se limita a conhecer a dobradinha popular entre os cerca de 700 mil visitantes anuais (em 2016, o parque ultrapassou a marca recorde de 800 mil visitas na temporada). Distante em torno de 15 km de Nuremberg, o parque nos surpreendeu pela quantidade de atividades disponíveis. Em 90.000 m² de área, se espalham setores temáticos de Playmobil, com bonecos e cenários em tamanho aumentado. Além de cavaleiros e piratas, há cowboys, dinossauros, construtores e animais. Entre outras possibilidades para a criançada se soltar estão um lago com pedalinhos, o playground de chafarizes, a área de parcours com um pequeno pula-pula e um parque de atividades como minigolfe, boliche e bocha.

    Como é o parque em Zindorf

    Nosso filho, então com 5 anos, aproveitou o parque com gosto. Nós, os pais, também. Ficamos encantados com o conceito do Playmobil FunPark. Na era da tecnologia, não há recursos eletrônicos. Nada se mexe sozinho.

    Para a brincadeira existir, a criança tem de se movimentar, tem de brincar. Seja escorregando, remando, escalando, rodando alavancas. É preciso ser muito criativo para fazer um parque ser interessante nos dias de hoje sem fazer nada se mover eletronicamente. Por mais paradoxal que soe, o estilo à moda antiga acabou sendo uma ideia arrojada.

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Criancas Nuremberg Dinossauro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (598x800)

    O Playmobil FunPark privilegia o lúdico. Sem perceber, brincando, a meninada exercita a coordenação motora, testa limites e gasta muita energia. Tudo com uma ajudinha da Mecânica (aquela da Física que a gente estuda na escola, lembra?). Puxa a corda, e o barquinho se move. Gira a roda, e o pedaço de pedra se enrosca ladeira acima.

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Construção - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (640x499)Depois de quase um mês rodando na Alemanha, o parque pertinho de Nuremberg foi uma das experiências mais marcantes para Joaquim na nossa viagem. Isso porque ele sequer tinha brincando com os conhecidos bonequinhos. Seu primeiro Playmobil foi o pintor Albrecht Dürer, presente de boas-vindas deixado no quarto do hotel pelo Turismo de Nuremberg na nossa chegada à cidade.

    Já o pai… Ao falarmos no Brasil sobre a ideia de levar Quim ao parque, Fernando viajou direto para o tempo em que criava histórias do xerife recuperando o ouro das mãos do bandido. Nossa geração brincou de Playmobil. Pudera, o brinquedo regula idade com a gente. Fez 40 anos em 13 de julho de 2014 — leia curiosidades sobre a marca Playmobil. Me lembro de primos que tinham os bonecos, mas a versão feminina conheci só no parque da Alemanha.

    Playmobil FunPark Boneco Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (514x640)

    Quando incluímos Nuremberg na viagem, o Playmobil FunPark entrou para o programa logo após nossa pesquisa básica em busca de atrações do universo infantil. Fernando se empolgou com a ideia de levar Joaquim para conhecer bem na fonte — o brinquedo foi inventado em Zirndorf, pequena cidade da Baviera onde fica o parque — os bonecos que fizeram sua alegria na infância.

    Mudamos o roteiro da viagem em família à Alemanha por causa do Playmobil FunPark. Pela geografia, o mais lógico seria parar em Nuremberg, no caminho da ferrovia entre Berlim e Munique. Mas o parque não estaria em pleno funcionamento na data em que planejávamos passar pela região. Antes de fechar a ordem das 5 cidades que visitaríamos, me informei sobre o que estaria funcionando na época da nossa passagem por Nuremberg, inicialmente ainda durante a temporada de inverno do Playmobil FunPark. Veríamos apenas o HOB-Center, espaço coberto com brinquedos e lanchonetes. Mudamos os planos. Demos, então, uma volta no mapa da Alemanha, indo direto de Berlim para Munique, depois para Stuttgart e só aí retornando para Nuremberg, antes de seguir para Frankfurt.

    Valeu ter feito a inversão. O HOB-Center é muito mais legal do que poderíamos supor ao ver o site do parque. Afinal, são 5.000 m² para diversão indoor. Ver as atrações ao ar livre, no entanto, torna o passeio incomparavelmente melhor. Teria sido frustrante viajar de tão longe para ficar só no playground coberto.

    Claro que, se você já for passar por Nuremberg durante o frio, uma visita ao Playmobil FunPark vai fazer a alegria da garotada. Mas, caso você possa escolher a data da viagem, o ideal é se programar para ir com o lugar em pleno funcionamento.

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Construção - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (640x486)

    Estivemos lá no meio de abril, no 1º dia do parque inteiro aberto. Era fim de semana, e as famílias aproveitaram a chegada da primavera para ir conferir as atrações ao ar livre. Em início de temporada, o Playmobil estava bem tranquilo de ser explorado. Se você for visitá-lo durante o alto verão europeu, procure os espaços mais concorridos (castelo e navio pirata) na 1ª hora de funcionamento, para evitar aglomeração.

    Chegar cedo, de preferência logo que o parque abrir, é minha recomendação, se o objetivo for explorar atrações internas e externas. Dá para usufruir do período da manhã, mais vazio, e para fazer a visita no tempo das crianças, com mais calma. Ainda assim, você pode precisar acelerar em certas horas puxado pela urgência da meninada em querer ver tudo.

    O que fazer no Playmobil FunPark

    Playmobil FunPark Fazendinha Parque Alemanha Parque Crianca Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (478x640)

    Para a temporada 2017, o parque aquático ganha mais atrações para amenizar o calor do verão europeu, como labirintos e rodas de águas, novidades que começam a funcionar a partir de maio. Já no mês seguinte tem a estreia do torneio de cavaleiros, que promete agitar a região do castelo em batalhas que colocarão frente a frente os corajosos guerreiros mirins.

    Com tantas atrações para brincar, natural que as crianças fiquem eufóricas. Quim, por exemplo, não se continha a cada novidade que surgia durante a nossa visita. “Olha a girafa!”, apontou para o par de animais diante da Arca de Nóe (Arche Noah, no nome alemão). Aí correu para a casa fofa da fazendinha (Bauernhof), onde brincou de ordenhar a vaca.

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    Se demorou bem no castelo da entrada. Passamos um bom tempo, explorando os ambientes, que eram muitos. “Senta, senta!” Nosso garoto queria mostrar o som de realeza que soava toda vez em que os tronos eram ocupados. Quim escalou corrente, subiu escada, aprendeu a suspender o balde do poço. Até que descobriu os escorregadores.

    Playmobil FunPark Castelo Parque Alemanha Criancas Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (480x640)Playmobil FunPark Castelo Poço Parque Alemanha Crianca Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (480x640)

    Desceu muitas vezes. Não bastava. Ele queria compartilhar sua alegria (sem botão de rede social, obviamente). “Vem, mamãe! Vem, papai! Escorrega!” A felicidade dele era tão contagiante e os escorregadores estavam ali chamando… Não tinha nenhuma placa de ‘kids only’, vimos um alemão seguir os filhos e, então, entendemos que tudo bem. Criamos coragem e aceitamos o convite. Que delícia!

    Playmobil FunPark Castelo Parque Alemanha Criancas Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (1280x956)

    Playmobil FunPark Castelo Medieval Parque Alemanha Crianca Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (900x672)

    Playmobil FunPark Criancas Alemanha Nuremberg Pirata - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4) (640x479)Playmobil FunPark Criancas Alemanha Nuremberg Pirata - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (480x640)

    A bagunça em família também foi boa em outro ponto-sensação do Playmobil: o navio pirata. Todos a bordo, Quim tomou o leme e, na direção certa, desceu para checar o porão. A saída estratégica foi pela esquerda. Navegante, tinha mais a explorar.

    Com o pai, andou de barquinho, se movendo conforme a força feita por Fernando para puxar a corda à frente, na horizontal. Com a mãe, andou de jangada, se movendo conforme a (quase) força feita por mim para empurrar o bastão de madeira contra o fundo do lago. Morri de medo de passar vergonha e terminarmos num naufrágio. Mas marujo não dorme de touca, certo? Atracamos em risadas no cais.

    À nossa volta, eram muitas as famílias se divertindo também, com filhos de idades variadas. O Playmobil FunPark foi projetado para crianças de até 12 anos. As atrações contemplam mesmo interesses das diferentes etapas dentro dessa faixa etária. Mas eu diria que as brincadeiras temáticas com cenários e bonecos (para mim, a razão para se ir ao parque) devem agradam bem até uns 8 anos de idade. A garotada mais velha pode aproveitar espaços com jogos e atividades, como a teia de escalada Okta-Kletternetz e a Baumhaus, casa na árvore com estação de pesquisa.

    Com 2.400 m² de área, o circuito de cordas do Parcours tem 4 trajetos, com a indicação da idade apropriada. Quim até tentou se equilibrar entre madeiras e cordas, mas se lançou na corrida para o Velho Oeste (Western). Subiu no touro antes de tentar derrubar garrafas com o pai no bar do saloon.

    Playmobil FunPark Velho Oeste Parque Alemanha Criancas Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (800x598)
    À direita da área do Velho Oeste, há um lago e uma ducha. Dependendo do calor, pode ser uma boa levar uma muda de roupa para trocar as crianças se elas resolverem testar o chuveiro. O próprio site do parque faz essa recomendação, além de indicar que pode ser útil pôr na bolsa roupa de banho para a garotada se refrescar no playground molhado (Wasserspielplatz).

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Ducha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (560x640)

    Durante nossa visita o clima estava mais frio. O máximo de água que rolou foi uma cortina. Joaquim adorou a brincadeira de estar dentro do chafariz sem se molhar.

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Agua - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (598x800) Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Agua - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (800x598)

    Como um boneco Playmobil

    Estar fisicamente na brincadeira, fazer parte da história entre bonecos do tamanho dele: isso foi o grande barato desse parque para Joaquim. No HOB-Center, o espaço coberto, as crianças entram nos cenários de Playmobil. Estão lá um barco viking, um castelo medieval e uma casa de boneca sonho de consumo para as meninas fãs do mundo em cor-de-rosa. Na área ao lado, também interna, nosso menino testou sua habilidade no circuito suspenso de aventura.

    Almoçamos no HOB-Center enquanto rolava um espetáculo de mágica. Quim entendeu tudo. Afinal, o show era mudo. A única fala, pedindo a participação da plateia, rendeu uma lição básica de alemão ao nosso filhote. “Eins, zwei, drei!”, contava nos dedos até 3 o protagonista, antes de cada truque.

    E de cada mordida de Joaquim no nugget ou na batata frita (nas férias, está valendo!). Compramos o combo do menu infantil, com suco de bebida. Pagamos 2 euros de depósito para cada prato e cada copo. A quantia é devolvida no fim da refeição, se apresentado o recibo com a louça suja. Devolvemos tudo, mas optamos por ficar com os 2 copos com a carinha do boneco. Em casa, embalam sucos, vitaminas e lembranças nas refeições desse pequeno, hoje com 8 anos, a cada dia maior.

    Pegou gosto pelo Playmobil apresentado pelo pai. Depois de alguns euros deixados na loja do parque, bastou chegarmos ao hotel para nosso filho rechear com os bonecos seu mundo de histórias. A mesinha de centro do quarto parecia uma festa à fantasia: tinha de palhaço a árbitro de futebol. Tão lindamente doida e colorida quanto à imaginação de Joaquim.

    Playmobil Alemanha Bonecos Crianca Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1024x712)

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    VALE SABER

    Endereço: Brandstätterstrasse 2-10, Zirndorf

    Transporte: A linha de ônibus 113 leva ao parque a partir da estação Rothenburger Strasse do metrô (U-Bahn), que fica em Nuremberg; desça na 9ª parada (Bundesamt), em Zirndorf. A linha de ônibus 151 funciona de segunda a sábado e conecta as estações de trem (S-Bahn) de Zirndorf e de Anwanden com o Playmobil FunPark.

    Decidimos pegar um táxi e guardar as energias para aproveitar a brincadeira. Não saiu barato, mas encaramos como um investimento na nossa energia. Do hotel no centro de Nuremberg até a porta do parque, levamos cerca de 20 minutos e pagamos em torno de 30 euros por trecho.

    O parque tem área para estacionamento de motorhome. Quem for de carro dispõe de cerca de 3.000 vagas, ao preço fixo de 5 euros — na temporada de inverno, 3 euros. Quando apenas a área de escalada funciona, o estacionamento custa 1 euro (grátis para quem gastar 20 euros em compras na loja do parque)

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Como Chegar- Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (455x640)

    Funcionamento: Muda conforme a época do ano; no site, a informação é atualizada de acordo com a temporada. Em 2017, na temporada da primavera ao outono europeu, abre de 8 de abril a 5 de novembro, das 9 às 18 horas — entre 1º de maio e 11 de setembro, até as 19 horas; de 2 de dezembro de 2017 a 18 de fevereiro de 2018, abre a partir das 10 horas

    Apenas os brinquedos de escalada cobertos funcionam até 7 de abril, das 10 às 18 horas. Esse horário vale também para a temporada de inverno, entre 2 de novembro e 18 de fevereiro de 2018, quando somente a parte ao ar livre do parque permanece fechada; a área coberta funciona inteiramente

    Preço: Também varia de acordo com a época. Em 2017, entre 8 e 30 de abril e entre 12 de setembro e 5 de novembro, a entrada custa 9 euros. De 1º de maio a 11 de setembro, sai a 11 euros. Crianças de até 3 anos não pagam.

    Até 7 de abril, o acesso apenas aos brinquedos de escalada custa 1,50 euro — permanence fechado o restante da área coberta. Na temporada de inverno, o ingresso para toda a área coberta com escalada sai a 6 euros

    O parque oferece um preço reduzido para entrada à tarde. Não recomendo essa opção. Talvez seja vantagem para alemães, que estão lá perto e têm a oportunidade de voltar com mais frequência. Para quem vai de fora da Alemanha, o desconto de 2 ou 3 euros não compensa o que se deixa de ver por causa do tempo curto

    Playmobil FunPark Sorveteria Castelo Parque Alemanha Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1024x726)

    Alimentação: O horário de funcionamento de restaurantes e do biergarten varia de acordo com a demanda. Pelo parque encontram-se snack points, que vendem lanches como crepe, hambúrguer ou milho, e pontos de venda de sorvete.

    De março a novembro, das 8 às 11 horas, o buffet de café da manhã no HOB-Center sai a 10,90 euros por pessoa — crianças de 3 a 11 anos, 6,90 euros; mais novas, grátis. Os visitantes que chegam entre 8 e 9 horas ganham desconto de 1 euro no ingresso do Playmobil.

     

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg Loja - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (640x471)

    Compras: Aproveitando o embalo, não resistimos aos bonecos à venda na lojinha da saída. Prepare-se, o lugar é uma tentação só! E pode ser acessado mesmo por quem não está no parque.

    Trouxemos Playmobil de vários estilos, especialmente porque estavam à venda kits 2-em-1 comemorativos (pelos 40 anos da marca de brinquedos). Por um preço menor, as caixas vinham com mais cenários e peças. Durante a nossa cobertura da Copa do Mundo 2014 com brinquedos, usamos os jogadores e os árbitros de futebol que compramos na loja do parque

    Playmobil FunPark Castelo Criancas Parque Alemanha Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (600x800)

    Dicas: Tirando o HOB-Center, a maior parte das atividades do Playmobil FunPark é realizada ao ar livre. Não tivemos de nos preocupar tanto com o calor porque fomos no meio de abril e o tempo estava ótimo. Nada de sol excessivo.

    No Velho Oeste, há abrigo no pequeno ambiente que reproduz um saloon. Na área dos piratas, apenas na parte baixa do barco. O castelo tem alguns cantos cobertos, mas a maioria dos pontos está em espaço aberto.

    Por isso, água e protetor solar na família toda. De quebra, vale levar boné ou chapéu para rostos mais sensíveis. Roupa de banho e uma muda para troca são indicados para a garotada brincar nas áreas molhadas

    Site: playmobil-funpark.de


    Vista feita a convite do Playmobil FunPark e do Turismo de Nuremberg

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  • Alemanha com crianças: nossa viagem em família pelo país

    Alemanha com crianças: nossa viagem em família pelo país

    “Mamãe, mamãe, pergunta se é montanha russa!” Aflito, Joaquim puxava meu braço sentado ao meu lado no carrinho do brinquedo da Legoland, parque de diversão que estava no nosso roteiro de viagem à Alemanha com crianças. Ele insistia, eu tinha de descobrir como seria o passeio por vir. Estávamos prestes a partir quando tentei rapidamente confirmar: “Tem looping?” “Não, não tem looping. É tranquilo”, respondeu o funcionário. Na verdade, me deu branco. Eu queria perguntar se era ‘roller coaster’, montanha russa em inglês. Mas, na pressa e na pressão, acabei trocando as voltas. O funcionário respondeu o que perguntei e me informou que o brinquedo não incluía ficar de cabeça para baixo.

    “Viu, não é montanha russa. Só deve ter aquele dragão no fim, só um sustinho, mas a gente já conhece”, expliquei ao meu filho, lembrando a atração da Legoland que fica dentro do Sony Center, em Berlim, cidade por onde havíamos começado nossa viagem em família pela Alemanha. Um mês pelo país juntos, Fernando e eu, com nosso filhote, então com 5 anos.

    Na Legoland Alemanha, castelinho abriga entrada da montanha-russa
    Brinquedo na Legoland em Berlim: um passeio pelo escuro

    Não muito convencido, Joaquim permaneceu sentado no carrinho. O percurso inicial era bobinho. Quim relaxou um pouco quando percebeu que os personagens eram parecidos com os da Legoland indoor que funciona na capital alemã — nós também. Tudo ia bem até surgir aquela bendita luz no fim do túnel. O carrinho avançou alguns metros e começou a subir os trilhos. Os três perceberam que estávamos prestes a descer em alta velocidade.

    “Mamãe, eu falei!!! É a montanha-russa do dragãozinhoooo!! E agora?!”

    “Agora grita, meu filho!”

    LEIA MAIS TEXTOS SOBRE ALEMANHA COM CRIANÇA

    Assim que saímos do brinquedo, Joaquim caiu numa crise de choro devido ao susto (e ao medo) por que passamos todos. Não, a montanha-russa não era nenhum exemplar ultrarradical, daqueles que leva ao delírio os adeptos na americana Flórida. Mas a família aqui é mais chegada à fantasia e à imaginação do que à adrenalina. Hoje Joaquim ri da história. Sempre com o adendo de que nunca mais quer ir à montanha-russa, igualmente seguido por outro: ‘Vamos voltar à Legoland?’

    Essa é apenas uma das muitas passagens da viagem que permanece viva para ele, e para nós também.

    A farra que fizemos quando nos molhamos na guerra de água no navio pirata, também na Legoland.

    Legoland Alemanha Crianca Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6) (1024x768)

    A euforia de descobrir cada detalhe do recém-inaugurado Königsburg, hotel em forma de castelo de brinquedo, onde dormimos dentro do complexo do parque das pecinhas. O ritual de ver a encenação dos bonecos da Torre da Prefeitura de Munique, na Marienplatz, praça central da cidade, acompanhado de um sorvete de baunilha (ainda o sabor preferido dele). O entardecer ao ar livre no alto do Hotel Bayerischer Hof, diante da linda vista da capital bávara.

    MUNIQUE DO ALTO DO HOTEL BAYERISCHER HOF

    A bagunça dos macaquinhos do Wilhelma, o zoológico de Stuttgart. A fofura dos pinguins narigudos e dos filhotinhos de urso polar gêmeos, no zoo de Munique. A brincadeira com os ursos-símbolo de Berlim.

    Berlim Urso Alemanha Crianca -Foto Nathalia Molina @ComoViaja (800x587)

    A diversão de caçar carimbos nas salas do SeaLife, aquário com unidades nessas duas últimas cidades.

    Munique Crianca SeaLife Parque Olimpico Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (800x600)

    A descoberta na prática da utilidade de mapas e de roupas de frio (e a dificuldade do nosso menino para aprender a vestir os dedinhos das luvas).

    Berlim, Crianca, Alemanha, Mapa Viagem -Foto Nathalia Molina @ComoViaja (717x800)

    A experimentação, a sensação de poder tocar o museu, que Joaquim viveu no Kinderreich — cantinho da meninada no gigante Deutsches Museum, em Munique — e no Kibala, o universo ferroviário em versão mirim dentro do DB Museum, museu da ferrovia em Nuremberg.

    A felicidade de encontrar a Sally no Museu Porsche, de Stuttgart.

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (13)

    As viagens de trem (e sua empolgação de estreante), com a Alemanha passando pela janela.

    Trem Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (1280x950)

    A descoberta de Dürer (pintor-símbolo de Nuremberg) e sua representação em forma de boneco Playmobil. O vento a levantar os cabelos nas muitas escorregadas no castelo medieval no divertido parque dos bonecos cabeçudos, pertinho de Nuremberg.

    Playmobil FunPark Alemanha Parque Crianca Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6) (600x800)

    A alegria de ver sua mensagem enviada numa cápsula e de conseguir escrever o nome do Como Viaja na atividade voltada para crianças do Museum für Kommunikation, o museu da comunicação de Frankfurt.

    A invenção do sr. Pomme Frite, apelido que Joaquim ganhou por ter sido essa a primeira expressão em alemão que aprendeu, para garantir a batata frita de cada dia.

    SR. POMME FRITE ATACA EM FRANKFURT

    As muitas risadas pelas nossas brincadeiras com a língua, adaptações aportuguesadas que fazíamos com o alemão incompreensível para nós. A primeira viagem internacional do nosso menino.

    Viajar para a Alemanha com uma criança de 5 anos, que não lia em português tampouco falava inglês: foi o que decidimos fazer. Loucura? Para alguns, sim. Por tudo isso acima e por muitas outras lembranças que vamos contar aqui, eu digo que não — por motivos pessoais, não conseguimos publicar antes essa série sobre a viagem pela Alemanha com criança, mas agora vai! Nesta e na próxima semana, você acompanha textos sobre o que vivemos em família por Berlim, Munique, Günzburg, Stuttgart, Nuremberg e Frankfurt, nos deslocando sempre de trem entre os destinos.

    Trem ICE Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1280x960)

    Como é a Alemanha para criança?

    A Alemanha tem a imagem de ser sisuda, um lugar de adulto por fim. Quando se pensa no país europeu, pipocam referências que passam longe do universo infantil. Cerveja: para adulto. Segunda Guerra, nazismo e Muro de Berlim: assunto de adulto. Música eletrônica: ambiente de adulto. Sim, mas os alemães não nascem com 20 anos.

    Com 8,2 nascimentos para cada mil habitantes, o país tem a mais baixa taxa de natalidade do mundo — fica atrás até o Japão, de acordo com o estudo do Instituto de Economia Internacional de Hamburgo e da consultoria BDO divulgado em maio de 2015 — e as mulheres tem entre 1 e 2 filhos — a taxa de fecundidade, segundo o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha, foi de 1,42 em 2013. Mas existem crianças. Quando se passa um mês por lá, como passamos, se vê a garotada. Não apenas ao ar livre, brincando em parquinhos ou sendo puxadas em carrinhos por professoras, mas também em museus. Durante nossa visita à Staatsgalerie, de Stuttgart, uma turminha de escola, com idades de 4 ou 5 anos, desenhava sentada diante de esculturas do gênio espanhol Pablo Picasso.

    Há diversos programas convidativos para se fazer em família na Alemanha. São parques de diversão temáticos, museus de brinquedos, passeios de pedalinho, áreas interativas para crianças em grandes museus e instituições dedicadas especialmente a elas, aquários e zoológicos muito bem estruturados.

    Munique Crianca Museu de Brinquedos Marienplatz Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (800x615)

    Os 4 zoológicos da Alemanha que visitamos são bem mais do que uma reunião de bichos à mostra. São programas completos para se passar um dia em família. O de Nuremberg fica numa área de bosque, com subidas e descidas para se ver os setores com animais. Tem até show de golfinhos. Já o de Munique é todo plano, excelente para caminhadas, com boa sinalização e um parquinho tentador — é capaz de você precisar lembrar seu filho de que há um monte de bichos à volta para ver. Em Berlim, colado à movimentada Kurfürstendamm, principal avenida da capital, somos transportados para a tranquilidade de um parque. E que lindeza é o Wilhelma, zoológico com jardim botânico de Stuttgart.

    As principais cidades turísticas alemãs mantêm incentivos para a viagem em família, por meio de pacotes ou passes de desconto em atrações. Os destinos ganham um apelo a mais nas datas festivas do ano, Natal e Páscoa: os mercados montados nas praças. A criançada se diverte em carrosséis. Inesquecível a emoção que provocou em mim a mistura de sentidos quando conheci em 2011 a Römerberg, praça medieval de Frankfurt. As luzes de Natal diante daquelas casinhas que parecem de boneca, o olfato impregnado pela canela dos enormes biscoitos de coração, o doce som do coral infantil.

    Eu estava sozinha nessa viagem, mas um desejo de ver meu marido e meu filho comigo ali despontou. Fernando tinha o sonho antigo de conhecer a Alemanha — a curiosidade pelo país, despertada na adolescência pelos vizinhos de família alemã, só aumentou na Copa de 2006, quando ele cobria esportes pelo canal ESPN. Mas, na hora de planejar as férias, tivemos dúvida se seria legal para Joaquim visitar um país com tanto conteúdo histórico. Não me refiro a lugares que retratam as atrocidades cometidas pelos nazistas. Se adultos, ficamos chocados com o teor, que dirá uma criança de 5 anos. Nos revezamos para visitar espaços como o Dokumentationszentrum Reichsparteitagsgelände, impressionante centro de documentação em Nuremberg sobre o nazismo.

    Nuremberg Centro de Documentacao sobre Nazismo Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Me refiro a pontos remanescentes de uma história bem mais remota, entre eles, os palácios de Charlottenburg (Berlim) e Residenz (Munique). De fato, Joaquim foi bem até certo ponto. Depois, apesar dos enredos malucos que contávamos para ele se sentir inserido, se cansava.

    Como se cansou ao visitar o Museu Imperial, em Petrópolis, na serra fluminense, ou a seção sobre numismática, no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro (CCBB-RJ). Todos com explicações mais do que completas, extensas para uma criança tão pequena. No entanto, foi capaz de absorver e até de participar em atrações com recursos audiovisuais e interatividade (coisas dessas geração conectada desde cedo), mesmo onde o assunto não era nada leve, caso da exposição Die Mauer, panorama de Berlim dividida apresentado por artista Yadegar Asisi, no Checkpoint Charlie.

    Berlim, Asisi Panorama Alemanha -Foto Nathalia Molina @ComoViaja (600x800)

    O que fazer em família no país?

    Fascinante para adultos, a capital alemã pode não ter muito jeito de criança à primeira vista, mas, como sempre, surpreende. Como comprovam o Legoland Discovery Center, parque temático indoor dos bonecos amarelos, e o AquaDom & SeaLife, aquário com um elevador anexo que sobe entre peixes. No ‘ranking joaquino’ alemão, Berlim está bem cotada, com sua Torre de TV e seus famosos Ampelmännchen, bonequinhos verde e vermelho do sinal de trânsito da antiga Alemanha Oriental.

    Torre de TV, Berlim, Alexanderplatz, Alemanha -Foto Nathalia Molina @ComoViaja (951x1280)

    Combinar Berlim com Munique dá uma mistura interessante de estilos e programas. Na capital da Baviera, em qualquer direção que se tome há programas para a meninada: do Kinderreich, reino da garotada no Deustches Museum, ao território do Bayern, com o museu e a Allianz Arena, onde passamos um dia muito divertido — e contamos aqui. No Englischer Garten, extenso parque de Munique, Joaquim correu, pulou e escalou os brinquedos de madeira, bem ao lado do Biergarten da Chinesischer Turm (Torre Chinesa). Enquanto os pais se lambuzam com salsichas e a renomada cerveja da Baviera, a criançada se suja na areia.

    Munique Crianca Englischer Garten Biergarten Torre Chinesa Alemanha Familia Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (800x600)

    Munique Crianca Englischer Garten Biergarten Torre Chinesa Alemanha Familia Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (800x600)

    LEIA MAIS TEXTOS SOBRE ALEMANHA COM CRIANÇA

    O sul da Alemanha tem mesmo muitas possibilidades de roteiro para quem viaja com criança. Por exemplo, juntar Munique e Stuttgart e visitar os museus de automóveis BMW, na primeira, e Museu Mercedes e Museu Porsche, na outra.

    Quem vai a Munique ou a Stuttgart pode ainda dar um pulo à Legoland, parque temático em Günzburg, cidade no meio do caminho, a cerca de uma hora de trem das duas outras. Dá para fazer bate-volta, mas nós não recomendamos. O ideal é dormir por lá e, assim, evitar correria com os filhos e ainda aproveitar pelo menos um dia inteirinho nos brinquedos.

    Para conhecer o Playmobil FunPark, parque de diversão dos simpáticos bonecos, localizado em Zirndorf, cidadezinha onde foram inventados, dá para se hospedar na vizinha Nuremberg tranquilamente. Com o Playmobil FunPark e a Kibala (setor infantil do DB Museum, que leva o nome da empresa de trens do país, a Deutsche Bahn), a cidade da Baviera combina bem com Munique como uma outra opção de roteiro de viagem com criança.

    E a língua dificulta?

    Ninguém em casa fala alemão. A gente se comunicava em inglês, algo muito usual nas cidades turísticas da Alemanha. Nos parques de diversão, situados em municípios menores da Baviera, o idioma nacional prevalece na maior parte do tempo. Aconteceram situações em que a gente teve de apelar para o jogo de mímica, como no jantar no restaurante dentro do complexo da Legoland, em que garçons tiveram dificuldade para tirar dúvidas em inglês. Mas, de um modo geral, os funcionários da recepção e de brinquedos do parque conversavam na língua inglesa.

    Legoland Günzburg Hotel Alemanha Crianca Viagem Restaurante do Complexo - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (549x640)

    O idioma, para nós, não foi um problema. Pelo contrário, num mundo tão globalizado, foi especial experimentar férias legitimamente alemãs, se misturar a famílias do país e ver o modo como os locais se divertem com seus filhos durante a folga de verão. Até para viver mais essa sensação, não ficamos preocupados em ter o controle de tudo durante a viagem. Talvez isso explique por que fomos parar na tal montanha russa do início do texto. Durante um mês na Alemanha com nosso menino, nos jogamos naquele mundo novo que se revelava dia a dia.

    Joaquim voltou da viagem com mais vontade de aprender. Tudo. Sempre foi um garoto curioso, e isso ajudou muito na hora de ouvir explicações sobre pontos turísticos, reis e afins de uma terra distante da sua realidade. Resultado de um mês ausente na escola para conhecer a Alemanha? Ele terminou o ano sabendo ler e escrever em português e interessado pelo inglês, língua até então desimportante para ele.

    Ah, e ainda ganhou a Copa do Mundo! Consequência da nossa visita ao Museu do Bayern e à Allianz Arena, em Munique, nosso menino, que nem é louco por futebol, torceu pela Alemanha no Mundial do Brasil. Antes do fatídico 7 x 1 que levamos dos germânicos, Quim prenunciou: ‘A Alemanha vai ganhar, eu vou torcer para ela.’ Antes nós tivéssemos escutado…

    Escolhemos viajar para a Alemanha e montamos o roteiro com base nas cidades e nas atrações que desejávamos visitar para escrever sobre elas no Como Viaja. A viagem teve apoio do Turismo da Alemanha no Brasil e dos representantes de Berlim, Munique, Stuttgart, Nuremberg e Frankfurt, aos quais agradecemos pelo suporte oferecido de diferentes maneiras em cada destino.
    As passagens aéreas e várias despesas dessa viagem de 1 mês pela Alemanha (entre elas, alimentação, transporte, atrações e diárias em alguns hotéis) foram pagas por nós
  • Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    O nome, Mozartkugel, já traz o formato — em alemão, ‘kugel’ é bola. A pequena delícia da Áustria, muito encontrada na capital, Viena, é espécie de símbolo de Salzburgo, cidade onde nasceu o compositor Wolfgang Amadeus Mozart. De um fabricante para outro, a receita do bombom muda levemente, mas a tradição é preparar o chocolate com marzipã e nougat. Na embalagem, a marca registrada é o rosto de Mozart estampado no papel.

    Inventada pelo chocolatier Paul Fürst em 1890, em Salzburgo, a guloseima se chamava inicialmente Mozartbonbon. Hoje em dia várias empresas produzem o doce, com receitas um pouco diferentes entre si. As embalagens também mudam de uma versão para outra, e alguns fabricantes fazem os bombons com a base plana.

    Mozartkugel Komposit
    Variações do Mozartkugel – Foto: Peter Gugerell/Domínio público/Wikimedia Commons 

    A história de Mozart no chocolate que virou souvenir

    A Fürst segue preparando a bolinha espetada num palitinho. Com miolo de marzipã, é coberta por uma camada de nougat e depois banhada com chocolate. No fim do processo, o palitinho é retirado, e o buraquinho no doce, preenchido com chocolate. O papel da embalagem é prateado, com escritos em azul.

    Bolinhas no palitinho Fotos: Fürst/Divulgação

    Quando estive na Áustria, experimentei o bombom embalado em papel dourado com contorno vermelho, fabricado pela empresa Victor Schmidt. No miolo, tem nougat, coberto com marzipã, antes de levar o chocolate. Mesmo não sendo o original, achei bem gostoso.

    Não fui a Salzburgo, onde fazer as bolinhas é uma tradição. Estive em Viena e em algumas pequenas cidades austríacas ao longo do Rio Danúbio, durante um cruzeiro fluvial por essa região europeia. Encontrei muitos estilos de Mozartkugel. Os bombons com o rosto de Mozart são facilmente encontrados pela Áustria, em diferentes versões, e servem como um delicioso souvenir, em bonitas caixinhas.

    Mozartkugel até como enfeite de Natal na Áustria

    Vi até uma árvore de Natal na capital austríaca em que as bolinhas douradas levavam a figura do compositor clássico e estavam com o escrito Echte Salzburger Mozartkugel (algo como o verdadeiro Mozartkugel de Salzburgo), da marca Mirabell. A empresa — que leva o mesmo nome do palácio e do jardim onde foram gravadas cenas de A Noviça Rebelde, em Salzburgo — faz parte do grupo Mondelez International, proprietário de outras famosas marcas de chocolate, como Toblerone e Milka.

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    Com produção em larga escola, a fábrica adaptou o método tradicional ao processo industrial. São 14 passos em 2 horas e meia para chegar às renomadas bolinhas. O recheio de marzipã recebe duas camadas de pralinê (uma delas de chocolates escuro), antes da cobertura. Com tantas composições diversas, o bombom inventado em homenagem a Mozart toca o paladar de viajantes em busca de experimentar os doces sabores da Áustria.

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