Autor: Nathalia Molina

  • Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Há mais de 500 anos existe a lei da pureza da cerveja alemã: a Reinheitsgebot, entrou em vigor em 1516 na Baviera. Na Alemanha tomar cerveja é parte do costume. Mas na Baviera, no sul do país, o canecão de 1 l é praticamente garantido à mesa. As cervejarias bávaras produzem diferentes tipos da bebida.

    Quando estivemos em família em Munique, provamos e comprovamos a dedicação dos bávaros em manter a tradição, a belos goles da bebida mais famosa do país, vendida em canecos no biergarten, jardim de cerveja, do Englischer Garten, o maior parque da cidade. Aos fãs de cerveja alemã, outro lugar para ir é a Hofbräuhaus, cervejaria que virou ponto turístico de Munique.

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    E a tradição cervejeira se estende por toda a Baviera. No norte, a Francônia, onde fica a cidade de Nuremberg, tem 1/4 das 600 cervejarias dessa região alemã. Pudera, os bávaros têm tudo a ver com a lei da pureza e com o tipo de cerveja que se toma maciçamente na Alemanha. Quer saber por quê? Leia essas 8 curiosidades sobre a regra quincentenária:

    1 | Criação na Baviera

    A lei original foi promulgada pelo duque Wilhelm IV, na cidade bávara de Ingolstadt, em 23 de abril de 1516. Ainda não tinha o nome de Reinheitsgebot — ‘Reinheit’, pureza, e ‘Gebot’, exigência ou mandamento, numa tradução livre do alemão.

    Baviera, a região da cerveja e seus canecões

    2 | Ingredientes permitidos

    O nome difícil é guardião de simplicidade na receita da bebida-ícone da Alemanha: deve levar apenas água, lúpulo, malte e levedura. O último ingrediente foi acrescentado posteriormente, quando no século 19 foram descobertas suas propriedades na fermentação.

    Em torno de 5.500 tipos de cerveja são produzidos pelas cerca de 1.350 cervejarias da Alemanha. Como então eles conseguem tanta variedade? A mão do mestre cervejeiro, a receita, a qualidade da água e até o método de moagem dos cereais influenciam no resultado que chega ao copo.

    Biergarten de Munique, no Viktualienmarkt

    Um dado recente na fabricação foi apontado pelo Instituto Ambiental de Munique em 25 de fevereiro de 2016, após testes realizados em 14 cervejas populares na Alemanha. Reportagem da Deutsche Welle Brasil, redação brasileira da empresa alemã de comunicação, informa que o órgão detectou um quinto elemento em todas as marcas avaliadas: o herbicida glifosato, em quantidades variando de 0,46 a 29,74 microgramas por litro. De acordo com o texto da Deutsche Welle, o Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos explicou que nessa quantidade o glifosato não oferece risco à saúde e que esse fato já era esperado pois o herbicida é usado em lavouras.

    Ler essa notícia me remeteu a uma das telas que vi com Fernando em nossa visita ao Museu do Amanhã, no Rio, um dos desafios da humanidade é resolver o dilema do uso de produtos químicos na agricultura, ou seja, descobrir como garantir a produção em larga escala sem usá-los.

    3 | Origem da Reinheitsgebot

    Cervejeiros da Turíngia alegam que a Reinheitsgebot deriva de uma portaria estabelecida nessa região alemã em 1434 — para você localizar no mapa, a Turíngia fica acima da Baviera. Seja como for, os bávaros têm tradição no assunto e celebram anualmente a bebida na Oktoberfest Munique.

    Lei local no mastro do Viktualienmarkt

    A lei da Baviera surgiu em 1516, com a reunificação dessa região alemã. Em Munique já existia uma lei de pureza desde 30 de novembro de 1487, instituída pelo duque Albert IV. O mastro do Viktualienmarkt, mercado da cidade, cita a Reinheitsgebot local.

    4 | Teste de qualidade

    Para a cerveja ser boa tem de cair bem na boca? Durante os séculos 15 e 16, os provadores oficiais da Baviera usam um teste mais prosaico. Jogavam a bebida em cima de um banco e, vestindo calça de couro, se sentavam ali por 3 horas. Aí se levantavam. Se o couro grudasse no banco, a cerveja era de qualidade. Caso contrário, o produtor podia ser penalizado.

    5 | Validade na Alemanha toda

    Apenas em 1906, a lei passou a valer em todo o território alemão, como uma exigência da Baviera para participar da unificação da Alemanha. Um purista (eu poderia escrever um ‘pé-da-letra’, mas vou me ater à temática) diria que a lei de pureza da cerveja alemã — como algo nacional, ou seja, referente à bebida fabricada em todas as regiões do país — completa 110 anos em 2016.

    6 | Cerveja de trigo

    Curiosamente, a cerveja de trigo é uma das especialidades da Baviera (e uma delícia!), embora o ingrediente não esteja listado na lei da pureza. Alguns dizem que um dos motivos para a Reinheitsgebot ter sido criada seria justamente garantir trigo para o pão.

    De trigo (à direita) ou não? Fernando não chegou à conclusão

    7 | A lei atual

    A Reinheitsgebot é a mais antiga regra de alimentos no mundo que ainda segue valendo. Mas deixou de ser obrigatória. Em 1987, a União Europeia acusou a lei alemã de ser reserva de mercado. Em 1993, foi criada a Lei Provisória da Cerveja Alemã, mais flexível, para permitir a entrada de outros fabricantes no país.

    8 | Marketing ou tradição

    Mesmo com essas mudanças, muitas cervejarias alemães se mantêm fieis à tradição da Reinheitsgebot. Há quem afirme que a escolha é uma jogada de marketing, para se diferenciar da concorrência com um imperial atestado de pureza. De fato, cai bem. Não só no rótulo, mas no copo também (como dá para ver por essa minha foto). Basta um gole (ou muitos) naquele colarinho para entender por quê.

  • Acarajé, quente ou frio

    Acarajé, quente ou frio

    Prefere acarajé ‘quente’ ou ‘frio’? Leia sobre origem da receita e onde comer o quitute baiano em Salvador, no Rio e em São Paulo. Bola de fogo no idioma iorubá, o bolinho de raiz africana leva feijão fradinho e camarão

    ATUALIZADO EM 20 DE MARÇO DE 2017

    Aos 6 anos, Joaquim ainda não experimentou azeite de dendê, mas já sabe que o tempero da Bahia é forte. ‘Essa comida dos baianos é fogo!’, exclama nosso filho com voz caricata, lembrando da frase do personagem Stress, que passeia pelo país com o amigo Relax, na história do livro Brasil Animado, de Mariana Caltabiano. A receita típica, de origem africana, ganhou o Brasil e pode ser provada em cidades como Rio e São Paulo, além, é claro, de Salvador.

    É bom lembrar daquela história clássica de ‘quente’ e ‘frio’ quando a baiana perguntar como você deseja seu acarajé. É ‘quente’, na pimenta. Ou ‘frio’, se não gostar de tanta picância ou o corpo não aguentar.

    Foto: Rita Barreto/Setur Bahia/Divulgação
    Foto: Rita Barreto/Setur Bahia/Divulgação

     

    Origem do acarajé e receita

    O quitute tem um nome bem adequado. De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, a palavra tem origem no idioma africano iorubá. Vem da junção de ‘akará’ (‘bola de fogo’) com ‘jé’ (que significa ‘comer’). O bolinho de feijão fradinho é praticamente um ícone da gastronomia e da cultura da Bahia, mas se espalhou pelo país.

    Principal item do tabuleiro da baiana, o acarajé vem recheado com camarão seco, caruru (com quiabo cozido em pedacinhos) e vatapá (massa cremosa que leva fubá, amendoim e leite de coco, entre outros ingredientes). Se acrescenta ainda vinagrete ou molho a campanha. Todos os ingredientes vistos na foto acima deste texto, imagem de divulgação da Secretaria de Turismo da Bahia clicada por Solange Rossini.

    Acarajé - Foto Solange Rossini, Secretaria de Turismo da Bahia, Divulgação2
    Foto: Solange Rossini/Setur Bahia/Divulgação

    Onde comer acarajé

    Quando estiver em Salvador, rume para o Rio Vermelho, onde fica o mais famoso trio de baianas da cidade. No Largo da Mariquita, o acarajé da Cira (ou dE Cira, como dizem os locais) forma filas enormes. Ou experimente o bolinho no Largo de Santana, na barraca da Dinha ou na da Regina (o melhor, no gosto de Tereza Leal, minha amiga moradora do Rio Vermelho). Decida qual é o seu preferido, se conseguir.

    No Rio de Janeiro, a Barraca da Verinha tem fila na Feira Hippie de Ipanema, realizada aos domingos na Praça General Osório. Ao estilo Silvio Santos, eu não provei, mas minha mãe aprova. Ela costuma pedir com as amigas a iguaria, que vem no pratinho para quem conseguir lugar nas mesinhas se deliciar ali.

    ACARAJÉ NA FEIRA HIPPIE DE IPANEMA, NO RIO – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Cidade onde cabe o Brasil e o mundo, São Paulo também tem um lugar especial onde o acarajé é a grande estrela do cardápio. O Rota do Acarajé nasceu como um delivery do quitute baiano no bairro de Santa Cecília, região central da cidade. Fez fama, o que exigiu a abertura de um salão, e hoje serve porções regadas a cerveja gelada.

    Vistas em Salvador há pelo menos meio século, as baianas do acarajé são descendentes de escravos da cidade, de acordo com a Fundação Joaquim Nabuco. Eda Romio conta no livro 500 Anos de Sabor que, já no século 19, era comum ver negras alforriadas vendendo alimentos pelas ruas da capital baiana. Desde 2005, a profissão foi declarada patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    O tabuleiro das baianas de Salvador têm ainda as deliciosas cocadas, o abará (receita de massa de feijão fradinho cozida na folha de bananeira) e o bolinho de estudante. Uma curiosidade: feito com tapioca, o bolinho também é conhecido pelo nome sacana de ‘punhetinha’. Ah, essa Bahia é fogo…

  • Pastel de feira ou de restaurante? São Paulo tem

    Pastel de feira ou de restaurante? São Paulo tem

    Além de um bom pastel de feira, São Paulo tem restaurantes onde é indicado comer o quitute: do tradicional no Mercadão ao gourmet. Com tamanhos e recheios diferentes, faz parte da cultura paulistana

    ATUALIZADO EM 20 DE MARÇO DE 2017

    Depois que vim morar em São Paulo, vi como pastel é levado a sério por aqui. É muito fácil encontrar um bom em muitas feiras da cidade. Além disso, o quitute é carro-chefe até de restaurante, com tamanhos e recheios diferentes. E quem nunca ouviu falar com pastel de bacalhau do Mercadão, perto da Rua 25 de Março? Mas minha relação de amor com esse fritinho vem de longe.

    A disputa pelo melhor pastel de vento era uma especialidade dos Molinas. De família grande — meus avós tiveram 9 filhos –, passamos vários domingos em torno de uma mesa comprida recheando massa aberta pelo patriarca. Comer, só na hora do almoço, quando a bacia estivesse cheia de pastel frito. É uma das alegres lembranças que tenho de tios e da infância.

    No Rio, cresci comendo pastel, e muitas outras frituras. Eram outros tempos, em que qualquer coisa cujo preparo exigisse um mergulho no óleo quente não era um pecado mortal. Mas estranhei quando vim morar em São Paulo, há 17 anos, e as pessoas falavam em ir à feira comer pastel como se fosse um programa. E é. Por isso, escolhi falar desse hábito entre os paulistanos.

    Pastel de Feira, São Paulo, Sabor Queijo, Joaquim - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4) (800x800)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Pastel de feira em São Paulo rende competição. Até a Prefeitura já organizou concurso para escolher o melhor quitute de feira. Campeã no prêmio e também jurada na edição de 2012, Kuniko Yonaha ficou tão famosa que montou loja de seu Pastel da Maria, apelido pelo qual a japonesa é conhecida.

    Atualmente tem franquia, e a marca é encontrada em 9 endereços fixos (um deles no bairro de Pinheiros), além das feiras livres, com a do bairro do Pacaembu. Fica na Praça Charles Miller (às terças e quintas), diante do estádio — onde funciona o Museu do Futebol; dá para fazer uma tabelinha no passeio.

    Mas, como em várias cidades brasileiras, é possível encontrar bons pastéis em várias feiras. A gente costuma ir mesmo é à que tem perto de casa. Nosso filho, Joaquim, prefere o tradicional queijo, como eu. Fernando se arrisca um pouco nas misturas, mas também não foge a um bom recheado de carne. A conta: pagamos com cartão de crédito. Que maravilha a modernidade, né? Almoçamos e fazemos milhas para viajar.

    Pastel de Feira, São Paulo, Sabor Queijo, Joaquim - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (1024x768)

    Pastel gourmet ou gigante

    Quem quer experimentar um pastel mais gourmet pode ir a uma das 3 unidades do A Pastella na capital paulista — a do Morumbi (zona sul) abre todo dia — ou 1 na cidade paulista de São João da Boa Vista. Para montar o recheio, o cliente pode escolher 3 ingredientes mais 1 tempero (na versão doce, são 2 recheios). O quitute é frito na hora, no óleo de canola. Entre os temperos, há manjericão, alho frito e pimenta calabresa. Alguns recheios disponíveis são tomate cereja, farofa crocante (doce), gorgonzola e damasco.

    Um pastel famosíssimo e que também cai bem com um passeio é o de bacalhau do Mercado Municipal de São Paulo. Quando cheguei a São Paulo, em 1998, tive preguiça de provar porque o quitute formava filas na hora do almoço pelos corredores do mercadão. Depois com a abertura dos restaurantes na parte superior do Mercadão, experimentei o do Hocca Bar, restaurante conhecido também pelo exagerado sanduíche de mortadela. Não sou entusiasta de nenhum dos dois ingredientes, mas gostei bem do pastel e do sandubão. E da ideia de poder provar tudo, compartilhando com os companheiros de mesa e de chope. O bar tem unidades também no bairro da Mooca (zona leste) e em São Bernardo do Campo, cidade do ABC.

    Pastel do Trevo, São Paulo, 30 cm Gigante - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6) (768x1024)Os pastéis costumam ser muito grandes em São Paulo. O Pastel do Trevo, no entanto, se supera: 30 cm de comprimento. Difícil ter noção do tamanho? Só lembrar que uma régua escolar tem 30 cm. É enorme! Mas, se a ideia for fazer uma refeição, dá até para pedir um por pessoa. Para quem tem menos fome, existe a opção de pedir o pastel de 15 cm. Fernando e eu ficamos com o grandão no salgado e dividimos um pequeno doce. Estripulia total.

    Pastel do Trevo, São Paulo, 30 cm Gigante - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (768x1024)A marca surgiu na Rodovia Rio-Santos, mas já conta com 3 franquias na capital paulista. Tem até pastel de vatapá (no site está a receita). Quando estivemos na unidade da Vila Pompeia, ficamos nos sabores tradicionais (queijo, carne seca) e depois provamos um de doce de leite. O Pastel do Trevo oferece a opção de delivery, assim como o da Maria. Não indico essa comodidade em nenhuma pastelaria — pastel bom se come logo que frito; afinal, pelo menos o exercício de ir até ele tem de ser feito.

    De onde vem o pastel

    Não se sabe ao certo de onde veio o pastel. Na Península Ibérica, desde a Idade Média, já havia uma massa frita com recheio. Mas o pastel que comemos hoje teria sido inventado pelos chineses no fim do século 19 no Brasil, numa adaptação do rolinho primavera — em vez de legumes, carne.

    Na época da Segunda Guerra, o Japão fazia parte do Eixo, formado também pela Alemanha e pela Itália e combatido pelos Aliados. Por medo de discriminação, imigrantes japoneses teriam se passado por chineses e acabaram espalhando o pastel por São Paulo. O troço terminou ganhando o país. E cá estamos nós comendo e falando dele.

  • CCBB Rio: passeio pelo Centro

    Sempre que estou no Rio com um pouco mais de tempo, faço um passeio até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Há 17 anos morando em São Paulo ainda não criei esse hábito com a unidade paulistana — além das duas, existem as do Distrito Federal e de Belo Horizonte. Às excelentes exposições em cartaz (desde que abriu em 1989, o CCBB-RJ é ‘o’ programa cultural na cidade) soma-se o bom pretexto para um passeio pelo Centro, um dos meus programas favoritos no Rio.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Eu tinha 18 anos quando o CCBB-RJ foi inaugurado, e me lembro de ficar maravilhada ao entrar lá pela primeira vez. Pelo prédio em si, deslumbrante — cúpula, lustres e elevadores são um charme — e pelas possibilidades que ele oferecia a quem morava na cidade. Cultura de graça ou a preços reduzidos. Fiz curso de teatro ali, assisti a peças e leituras. Mas eu não poderia imaginar então que o CCBB viraria um marco naquela área do Centro e uma atração não só para os cariocas.

    O imponente prédio, com 15.046 m² de área construída, ocupa um quarteirão inteiro na Rua 1º de Março. Seus enormes portões de ferro trabalhado atraem o olhar de quem passa por ali, mesmo sem a pretensão de fazer qualquer programa histórico-cultural. E olha que não faltam ideias naquele trecho, não só na construção do Banco do Brasil. Ao lado, ficam a Casa França-Brasil e o Centro Cultural Correios, ambos com atraente agenda cultural.

    O que fazer no CCBB

    São 2 salas de cinema e 3 de teatro, biblioteca e 2 mostras permanentes (Galeria de Valores, sobre moedas; e O Banco do Brasil e Sua História, sobre a trajetória da instituição). CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11)CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10)Existem ainda 14 galerias (10 no 1º andar e 4 no 2º), que recebem algumas das pri ncipais exposições do Rio de Janeiro.

    É a instituição cultural mais visitada do Brasil e a 20ª no mundo, de acordo com ranking publicado em abril de 2015 pelo jornal inglês The Art Newspaper, especializado em artes. O balanço de 2012 do Banco do Brasil aponta que o CCBB-RJ teve em torno de 2,2 milhões de visitantes. Em cerca de 25 anos de atuação, as 4 unidades do CCBB receberam juntas aproximadamente 74 milhões de pessoas, segundo informa página do banco.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Castelo Ra-Tim-Bum, Exposição, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Filas, Exposição, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)Para ficar apenas nas exposições mais recentes do CCBB-RJ, vimos Picasso e a Modernidade, Salvador Dalí, Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto e Castelo Rá-Tim-Bum: A Exposição. Essa última tínhamos tentado em São Paulo, quando estava no Museu da Imagem e do Som (MIS). Mas a fila era tamanha que desistimos. Resolvi esperar entrar no CCBB-RJ, já que coincidia com a nossa temporada #rio40dias.

    Chegamos no horário em que abria e fiquei com a impressão de que a série não tinha tanto apelo no Rio quanto em São Paulo. Afinal, o programa passava na TV Cultura — nos anos 90 não era um canal de carioca. As cordas armadas para filas estavam vazias como aquelas fitas de aeroporto que te obrigam a fazer um zigue-zague mesmo sem movimento algum. Engano meu.

    Visitamos Rá-Tim-Bum sem sobressaltos. Na maior tranquilidade, Joaquim conheceu cenários do programa que não viu na TV, mas que conhece por meio das músicas e do filme.

    Quando saímos do prédio, a fila não cabia mais naquelas cordas do saguão de entrada. Era interrompida na área da rotunda e prosseguia em frente à Livraria da Travessa. Os funcionários seguiam organizando a espera até o lado de fora, onde uma linha já se formava rente à porta de entrada virada para a Igreja da Candelária.

    O mundo e o Brasil em moedas

    Antes de deixar o CCBB, checamos se havia outra exposição aberta ao público. A funcionária informou que não, mas que podíamos visitar as mostras permanentes e que, considerando que estávamos com uma criança, Joaquim poderia gostar de ver as moedas.

    Ãã, moedas? Depois de tantas vezes em que estive ali, como eu não sabia disso? A Galeria de Valores foi inaugurada em 2008, como parte das comemorações dos 200 anos de fundação do Banco do Brasil, e hoje faz parte do acervo permanente.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (9) (1280x783)

    É uma das principais coleções numismáticas do país, com 38.000 peças, sendo 2.000 delas expostas à visitação. Pela riqueza e pelo detalhamento que apresentam, muitas delas são obras de arte. Há cédulas raras, como as brasileiras de 200.000 réis e de 500.000 réis, ambas do meio do século 19.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (800x800)Caminhe sobre um rio de niqueis debaixo do piso e, ainda no chão, CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (1024x1024) leia frases em que dinheiro é o assunto. As vitrines dispõem os exemplares agrupados por temas, que vão da escolha de desenhos para ilustrar as notas (animais, construções, personalidades) a uma parede de cofrinhos de porquinhos e outra com artigos já usados como dinheiro. Na era do PayPal, do cartão de crédito (até o Banco Imobiliário do Quim tem dinheiro de plástico), é legal relembrar que tudo foi moeda nessa vida: sal, marfim, cacau, pau-brasil…

    Entre os hábitos que mudaram, mostrados na exposição, também está o de imprimir notas maiores quanto maior for a quantia que a cédula vale. Em tempos inflacionários, não seria muito prático tampouco econômico gastar tanto papel para fazer notas com valores cheios de zeros.

    A funcionária tinha razão em dizer que a exposição é interessante para crianças. Acho que as maiores, de 8 ou 10 anos, devem aproveitar melhor. A mostra é bem densa para crianças pequenas. Joaquim ficou cansado e sofreu com o gelo da salas. Estivemos lá durante o alto verão, e o frio era tremendo. Para ver com calma a Galeria de Valores, esta dica é fundamental: vá agasalhado ou leve um casaquinho.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10) (1280x907)

    A área que mostra a história do Brasil por meio da moeda é um dos destaques. As peças são exibidas em ordem cronológica e inseridas no contexto, no momento pelo qual passava o país. Dois florins holandeses expostos representam a primeira moeda do Brasil, onde o nome do país aparece gravado.

    Como avisa a frase no alto, na entrada da Galeria de Valores, “olhar uma moeda é como folhear um livro de história”. Esse é o propósito ali. O rico acervo (com perdão do trocadilho) permite contar a história da moeda no Brasil e no mundo. E o melhor: você não gasta nem um centavo.

    A história do prédio

    No mesmo andar, há a exposição permanente O Banco do Brasil e Sua História. Sinceramente achei que pudesse ser uma chatice só. Entrei apenas para verificar o que tinha lá e poder contar a vocês. Gostei das primeiras salas. As últimas mostram a diretoria e a biblioteca. Não me atraíram, passei rapidamente.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, História, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)As da entrada me fizeram voltar no tempo com móveis e objetos usados nas agências antigamente. A máquina de visar cheques me causou arrepios, trazendo a memória das imensas filas do Banerj que eu enfrentava com minha mãe.

    Na reconstrução de um guichê para abrir conta corrente, o livrão para tomar notas ocupa metade da escura mesa de madeira. Atenção para o cinzeiro de pé, instalado ao lado da cadeira do bancário. Algo impensável hoje em dia.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, História, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Inicialmente, a construção onde está instalado o CCBB-RJ foi a sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Na área da rotunda, funcionava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Projeto do arquiteto da Casa Imperial, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, o prédio teve sua pedra fundamental posta em 1880 e foi inaugurado em 1906.

    Passou para o Banco do Brasil na década de 1920. Foi sede da instituição até 1960, ano de fundação de Brasília, quando todo o poder federal se transferiu para lá. Depois, virou agência bancária, como se vê numa foto na mostra. Abriu como centro cultural em 12 de outubro de 1989.

    A biblioteca e sua área para crianças

    Resolvemos checar ainda como é a biblioteca. Pois é ótima. Quando foi criada, em 1931, focava em assuntos técnicos. CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Biblioteca, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11)Atualmente mantém um acervo com cerca de 125 mil exemplares, nos campos da literatura, da filosofia, das ciências sociais e das artes. São 2.200 m², com salão de leitura para até 100 pessoas. Quem quiser consultar o acervo pode dar uma olhada em www.bibliotecasbb.com.br/pesquisa.

    Fiquei encantada, especialmente com a área infantil. A parede da entrada simula capas de livros de clássicos para esse público, e a porta giratória imita as páginas. Coisa mais linda ver aquele colorido. O espaço é dividido em 2 ambientes preparados especialmente para crianças e adolescentes. Uma estante separa bem as áreas, e até o mobiliário é adequado a cada faixa etária.

    Há em torno de 2.000 títulos, tudo ao alcance das mãos. Joaquim logo pegou um exemplar, sentou-se numa das mesinhas e se aventurou na leitura. Pronto, agora o filhote também é habitué do CCBB do Rio.


    VALE SABER
    Endereço: Rua 1º de Março, 66, Centro

    Transporte: O CCBB-RJ é de fácil acesso. Fica bem na esquina com o fim da Avenida Presidente Vargas, diante da Igreja da Candelária. Ônibus que passam na 1º de Março deixam lá perto (salte antes, próximo ao Paço Imperial). CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Candelária - Foto Nathalia Molina @ComoViajaO Centro do Rio está todo em obras, e muitas linhas mudaram seus percursos — consulte sites como rioonibus.com (de 4 empresas) ou vadeonibus.com.br (da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro).

    De metrô se desce mais distante, na estação Uruguaiana. Caminhe pela Avenida Presidente Vargas em direção à Igreja da Candelária, que fica em frente ao CCBB-RJ

    Funcionamento: De quarta a segunda, das 9 às 21 horas

    Preço: Grátis para exposições e atividades educativas (senhas distribuídas 1 hora antes); R$ 4 para cinema (venda começa 1 hora antes da sessão); R$ 10 para teatro, dança e ópera (venda começa na segunda anterior ao espetáculo). Pagam meia estudantes, idosos com mais de 60 anos, clientes e funcionários do Banco do Brasil e quem tiver cartão pré-pago do Metrô Rio ou do Clube do Assinante do Jornal O Globo

    Alimentação: No térreo, funciona um café; no mezzanino, um restaurante, com pratos executivos.

    Para quem não quiser ficar restrito às opções dentro do museu, há um polo gastronômico bem atrás do CCBB. Siga pela Rua Visconde de Itaboraí em direção à Rua do Rosário. CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Livraria da Travessa, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)Nesses dois endereços fica uma série de restaurantes, de comida japonesa à menu mais sofisticadinho, passando por bares de petiscos. Na hora do almoço quase todos oferecem sugestões do dia

    Compras: Colada ao restaurante, a Livraria da Travessa mantém uma unidade dentro do CCBB desde 1985, oferecendo livros, CDs, DVDs e outros produtos relacionados aos temas expostos no centro cultural. É uma tentação.

    Quando fomos ver Kandinsky, Joaquim ganhou da avó um livreto de adesivos com obras do pintor russo, além de dois livros de arte para crianças

    Dicas: Há guarda-volumes no térreo, 1º e 2º andares.

    Site: culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro

  • Festa de Iemanjá (Salvador): dia 2 de fevereiro no Rio Vermelho

    Festa de Iemanjá (Salvador): dia 2 de fevereiro no Rio Vermelho

    2 de fevereiro no Rio Vermelho é dia de festa de Iemanjá. Salve a Rainha do Mar! O antigo bairro de Salvador fica com as ruas ficam repletas de gente, flores e oferendas. Era algo que eu queria ver e acabei tendo a oportunidade de estar na cidade 2 vezes nessa data. Digo que é mesmo emocionante, mas não é para qualquer um, pela lotação do lugar. Para vivenciar a celebração com mais tranquilidade, o indicado é reservar um hotel por lá mesmo e acordar cedo.

    Para se ter ideia da grandiosidade dessa festa de Iemanjá no Brasil, o comércio de rosas aumenta em 30% no fim de janeiro, de acordo com os produtores de Holambra, no interior de São Paulo. Tudo por causa da celebração. De fato, ela existe pelo litoral brasileiro todo, mas viver a festa de Iemanjá em Salvador tem um sentido a mais.

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    Não sou praticante de nenhuma religião. Como uma boa brasileira, fui batizada na Igreja Católica, mas aposto com fé no sincretismo deste país e, sei lá por que motivo, tenho uma grande empatia com Iemanjá. Talvez pelo mar, por ter nascido aquariana numa quente quinta de fevereiro depois do Carnaval. Pelo Conto de Areia da Portela, por tanta Clara Nunes que ouvi quando criança, por O Mar Serenou de Candeia embalando meu verão carioca de menina, no fim dos anos 70. Por Dorival Caymmi e seus Caminhos do Mar, pelo Arrastão de Vinicius de Moraes. Pela estreia de Marisa Monte resgatando a contagiante Lenda das Sereias, cantada na minha infância por Clara. Pelo meu pai e pela minha mãe (que ironicamente não vai à praia), que me apresentaram muito do navegar musical nessa malemolência a cara do Brasil.

    Tudo azul e branco na festa de Iemanjá
    Tudo azul e branco na festa de Iemanjá

    O fato é que o acaso me levou ao Rio Vermelho pela primeira vez para oferecer minhas rosas à Rainha do mar. Em 2002, fui convidada a viajar a trabalho pela editoria de Turismo do Jornal da Tarde, de São Paulo, e só me dei conta do Dia de Iemanjá no meio do roteiro, quando já estava na Bahia. Com os outros colegas fiz questão de estar no bairro de Salvador para viver a festa de Iemanjá. Joguei rosas ao mar e fiz meus pedidos. Depois de 10 anos, quis voltar para agradecer por tudo realizado.

    Acabei fazendo isso em 2013. Decidimos esticar nossa ida ao Iberostar Praia do Forte, no litoral norte da Bahia, com uns dias em Salvador, justamente para conseguir estar na cidade no dia 2 de fevereiro. Meu filho, Joaquim, e eu escolhemos rosas vermelhas. Meu marido, branca. Foi um momento belo e delicado de uma viagem em família.

    Nossa família no Rio Vermelho
    Nossa família no Rio Vermelho

    Joaquim tinha quase 4 anos na época. Carregou sua rosa feliz pelas ruas de mão dada ao pai, enquanto observava com curiosidade as baianas que cruzavam o caminho. Gostou de se sentar nas pedras do Rio Vermelho comigo, atirar flores ao mar, esperar Iemanjá buscá-las e pensar em coisas boas da vida a agradecer. Pedi somente saúde. Até o início dos anos 2000 era algo que eu nunca pedia. Depois de quebrar o pé em Salvador naquela mesma data, à noite no Pelourinho, mudei de atitude.

    Baianas e oferendas nas ruas de Salvador
    Baianas e oferendas nas ruas de Salvador

    Considerando o que vi nas 2 vezes em que estive lá durante a celebração, reuni informações e dicas para quem pretende saudar a querida orixá africana em Salvador.

    Como é o 2 de fevereiro em Salvador

    Se for ficar hospedado no Rio Vermelho, procure se instalar antes do dia 2 de fevreiro. A festa de Iemanjá lota a região. Até você chegar, fazer o check-in e deixar a mala no quarto, pode acabar pegando a celebração mais tarde. Nós fomos para Salvador na véspera, e já rolava um frenesi no ar.

    Nós ficamos no Ibis Salvador Rio Vermelho. Funcional, com bom preço e perto o suficiente para se ir andando até o trecho da praia onde são jogadas as flores e de onde saem os barcos dos pescadores com as oferendas. Do lado do Ibis, está o Mercure Salvador Rio Vermelho, de propriedade da mesma rede hoteleira Accor, mas numa categoria superior.

    Hotel bom e barato em Salvador: Ibis Rio Vermelho
    Hotel bom e barato em Salvador

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    Talvez a principal dica a ser dada aqui seja evite a qualquer custo estar num carro no Rio Vermelho no 2 de fevereiro. Não importa se alugado, táxi, Uber ou carona, o risco é alto de você ficar engarrafado. O esquema de trânsito costuma ser diferente nessa data (vias são fechadas, e rotas, alteradas), então, os veículos costumam se avolumar. Hospedado no Rio Vermelho, o indicado é mesmo caminhar.

    Protetor solar e alguma coisa para cabeça (um boné ou chapéu) caem bem. O sol pega fortíssimo nas rochas e nas ruas do Rio Vermelho. Nem precisa levar garrafinha de água (são facilmente encontradas à venda por ambulantes e nas barracas), mas lembre-se de beber muuuiiito líquido sem álcool. Como em todo destino de calor (ainda mais no alto verão), vale separar roupas leves: vestidos, saias, bermudas, camisetas (deixe a camisa polo em casa; ela não combina com Salvador). Como em toda festa de rua, vale levar apenas documentos essenciais e algum dinheiro, sem grandes carteiras ou bolsas.

    De tarde, ruas lotadas no Rio Vermelho
    De tarde, ruas lotadas no Rio Vermelho

    Para a Rainha do Mar, você pode levar o que você quiser. Mas o costume é oferecer algo que lembre feminilidade ou vaidade: flores, espelhos, perfume, sabonete… Nós preferimos flores, pela simbologia e por serem naturais (assim são absorvidas pelo meio ambiente com mais facilidade). Há muitos vendedores pelo caminho até a orla.

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    No Ibis, na véspera da festa, um cesto na recepção recebia as oferendas dos hóspedes. Os presentes podem ser entregues na Casa de Iemanjá, no Rio Vermelho, até o meio da tarde, quando barcos deixam a região em direção ao mar. Se fizer questão de enviar assim seu presente, prepare-se para enfrentar fila. Eu vi uma longa nas duas vezes em que estive lá. Para tentar evitá-la, vá bem cedo, por volta das 5 horas da manhã.

    Oferendas para a Rainha do Mar
    Oferendas para a Rainha do Mar

    Neste ano, após 2 anos de pausa por causa da pandemia, a celebração em Salvador retorna com força, assim como o Carnaval é muito aguardado no país todo.

    O que fazer na festa de Iemanjá

    Tudo depende do tipo de festa que você procura. Se a ideia for mandar sua oferenda com certa tranquilidade, quanto mais cedo, melhor. Nós tomamos café e partimos para a praia, por volta de umas 9 horas. As ruas estavam com movimento, mas ainda sem muvuca.

    Uma amiga baiana nos convidou para comer um cozido na casa dela no Rio Vermelho. No 2 de fevereiro, é comum os moradores fazerem almoço e enfeitarem a casa para celebrar a data. Subimos até a parte alta do bairro. De lá, vimos a saída da procissão de barcos dos pescadores para a entrega das oferendas – em 2023, está marcada para as 16 horas. É muito bonito presenciar o ritual.

    Procissão dos barcos em Salvador
    Joaquim olhando a procissão dos barcos

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    Na volta, mais para o fim da tarde, a lotação no Rio Vermelho já era tremenda. É uma festa popular, então, é óbvio que não falta gente na rua, né? Ainda mais que o Dia de Iemanjá acaba servindo como uma espécie de esquenta para o Carnaval, pois a animação só aumenta até a chegada da folia. Cruzamos as ruas abarrotadas, em ritmo de axé, com o Joaquim de cavalinho.

    Ou você tem um amigo baiano para aproveitar a tradição do almoço, ou procura um restaurante no Rio Vermelho. Na ocasião, nós vimos vários, cercados com tapume, organizando almoços especiais para a data. Recomenda-se pesquisar e reservar antes, para garantir um lugar. Também havia barracas montadas nas ruas próximas à praia.

    Bares do Rio Vermelho cercados na festa de Iemanjá
    Bares do Rio Vermelho cercados na festa de Iemanjá

    Se quiser uma programação mais tranquila, veja a festividade no Rio Vermelho logo cedo pela manhã. Depois, distante da muvuca, almoce e termine o dia perto do hotel. Não esquenta com a lotação? Fique pelas ruas do bairro e se jogue na festa até altas horas.

    Em Salvador, tem festas que botam todo mundo para dançar e comemorar desde a noite da véspera. Carlinhos Brown comanda a tradicional Enxaguada de Yemanjá. A programação no Rio Vermelho inclui, entre outros eventos, o Festival Oferendas, promovido pelo Lálá Multiespaço, na Rua da Paciência.

    Barracas no 2 de fevereiro em Salvador
    Barracas no 2 de fevereiro em Salvador

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  • Qual é o tempo ideal de viagem?

    Qual é o tempo ideal de viagem?

    Saudade de casa, lá se vão 20 dias longe. É sempre a hora em que bate esse sentimento. Acontece com você? Depois de quanto tempo de viagem?

    Quando estou hospedada em hotel ou num espaço alugado, começa a pegar a impessoalidade. Quando fico na casa de família ou amigos, as diferenças de estilos de vida se exacerbam. São o tempo de cada um e a forma como se funciona. E, por mais que a viagem esteja linda ou que me deixem à vontade, sinto falta do meu jeito, do meu canto. Foi assim em todas as longas viagens que fiz até o momento.

    Flanar, flanar…

    Sempre busco me dar um tempo para respirar no meio da jornada. Quando a programação é intensa e corrida — por exemplo, em roteiros montados para jornalistas visitarem destinos a convite –, cumpro tudo com gosto, mas tiro um tempo a mais para sentir o lugar vagando sem rumo certo. Vou fazendo o que me dá na telha, ainda que seja não fazer nada. Isso costuma render boas histórias, encontros e sensações.

    Se o tempo longe de casa é inventado pela gente, como nesta incursão #rio40dias, tiro vários momentos picados ao longo da viagem para andar pela cidade sem objetivo, olhar a rotina das pessoas e até procurar viver a vida que levo normalmente (em detalhes bobos, como ir ao cinema, comprar um produto ou uma comida de uma marca que uso em casa, tomar um expresso calmamente num café olhando o movimento).

    20 dias é, pra mim, o tempo máximo ideal. Depois dos 15, ainda sobram 5 dias de fôlego para queimar. Procuro respeitar essa média. Desta vez, será um desafio. Vamos ficar fora exatamente o dobro do tempo: 40 dias. Chegamos à metade. Mas, como eu gosto de novidade, achei ótima a ideia. Por que não experimentar e fazer diferente?

    E, para você, qual é o tempo máximo ideal de viagem?

  • Filé à francesa

    Filé à francesa

    É eu vir ao Rio e começa nossa deliciosa brincadeira de degustação em busca do melhor filé à francesa da cidade. Sempre fui fã dessa guarnição: batata palha, presunto, cebola e petit pois. Resquícios de um Rio afrancesado, é assim que a minha mãe até hoje chama nossa querida ervilha e, nesse prato, faz todo sentido.

    Lamas, Restaurante, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    RESTAURANTE LAMAS , NO RIO – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Abrimos a temporada do filé à francesa com o clássico repeteco no Lamas. Fundado em 1874, o restaurante no bairro do Flamengo é tradição entre cariocas. O nome oficial tem ares de século passado, Café Lamas, mas é o chope queimando de gelado que cai bem para acompanhar o filé. Fernando comprova isso nesta foto.

    Chope, Lamas, Restaurante, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Um carioca lendo isso aqui deve estar pensando ‘que banal, falar de filé à francesa?’. Eu também nunca tinha me dado conta da diferença que ele fazia para a minha vida até ir morar em São Paulo — e lá se vão 17 anos. Você não abre o cardápio e, na área das Carnes, ele está fazendo companhia para o Oswaldo Aranha e o Parmegiana.

    Até dá para encontrar muuuito raramente essa opção em algum restaurante paulistano. Fernando lembra de comer uma noite no Planeta’s, no Centro — conta que a batata era crocante, mas que a guarnição tinha muita ervilha — e nós provamos o do Degas, na Pompeia, na zona oeste — também estava carregado de ervilha e achamos muito seco o acompanhamento.

    File a Francesa, Lamas, Restaurante, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNós gostamos — sim, o Fernando virou outro fã do filé — quando a guarnição vem mais molhada. A batata é crocante, mas fica meio molinha com o tempero da cebola e do presunto. O petit pois? É só um detalhe para compor, não pode roubar o sabor. Muita descrição para um prato tão simples? Somos amantes da baixa gastronomia, como Fernando costumam dizer. Adoramos comida de boteco. E, por mais que tudo pareça muito simples (e deve ser para quem sabe fazer), se a combinação não é equilibrada deixa de ser simplicidade e vira uma coisa qualquer, que não é o meu amado filé à francesa.

  • Praia no Rio: Reserva

    Praia no Rio: Reserva

    Praia da Reserva, Rio de Janeiro - Foto Vladimir Molina, Viagem #rio40dias @ComoViaja (5)
    Fotos: Vladimir Molina

    No início deste nossa temporada no Rio, nosso filho, Joaquim, está passando uns dias com os tios e foi pegar uma prainha com eles e com os primos. Foram para a Praia da Reserva. Bonita e extensa, fica entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade.

    Condomínios da região costumam ter balsas para levar os moradores à praia, atravessando a Lagoa de Marapendi. Foi assim que Joaquim chegou lá, e adorou fazer o passeio de barco de quebra.

    Para quem está visitando o Rio, o lugar não é de fácil acesso. O ideal é estar de carro.

  • Travessia entre Brasil e Europa 2017/2018: cruzeiros da temporada

    Travessia entre Brasil e Europa 2017/2018: cruzeiros da temporada

    Que tal fazer um cruzeiro entre Brasil e Europa? Saiba que companhias e navios oferecem viagem de travessia na temporada 2017/2018. Empresas oferecem roteiros que duram de 12 a 21 noites

    ATUALIZADO EM 2 DE FEVEREIRO DE 2018

    Quem gosta de fazer viagem de navio em roteiros longos pode embarcar nos cruzeiros marítimos entre Europa e Brasil. Opostas aos minicruzeiros — muito buscados por viajantes que experimentam pela primeira vez um cruzeiro pelo Brasil —, essas viagens duram entre 12 e 21 noites, na temporada 2017/2018.

    Na hora de trazer os navios para a temporada de cruzeiros no Brasil, companhias oferecem esses cruzeiros. Para embarcar num cruzeiro para a Europa saindo do Brasil, o momento é o fim da temporada, entre março e abril de 2018, quando as companhias marítimas encerram suas atividades por aqui. Seja qual for a direção da viagem, vale pesquisar porque algumas empresas oferecem pacotes de cruzeiros que incluem a passagem aérea em um dos trechos.

    Vêm para o verão no Brasil os navios Sovereign (Pullmantur), Costa Favolosa, Costa Fascinosa, MSC Preziosa, MSC Magnifica e MSC Musica — a Royal Caribbean, após muitos anos seguidos de presença no Brasil (até 2015/2016), não participa novamente da temporada brasileira.

    COSTA FASCINOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    Saiba que roteiros de cruzeiros transatlânticos fazem as embarcações da temporada 2017/2018:

    Sovereign (Pullmantur)

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Cádiz (Espanha)

    Data da partida: 27 de novembro

    Total de noites: 12

    Escalas: Lanzarote e Tenerife (ambas na Espanha)

    Cidade de chegada: Recife

    BEBIDAS A BORDO DO NAVIO SOVEREIGN – Foto: Pullmantur/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Salvador

    Data da partida: 12 de março

    Total de noites: 14

    Escalas: Recife, Tenerife (Espanha)

    Cidade de chegada: Barcelona (Espanha)

     

    Costa Favolosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Savona (Itália)

    Data da partida: 24 de novembro

    Total de noites: 20

    Escalas: Barcelona, Cádiz, Arrecife e Las Palmas (todas na Espanha), Recife, Maceió, Salvador, Ilhéus (BA), Rio de Janeiro

    Cidade de chegada: Santos (SP)

    CABINE DO COSTA FAVOLOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de março

    Total de noites: 19

    Escalas: Rio de Janeiro, Ilhéus (BA), Salvador, Maceió, Recife, Casablanca, Tenerife, Valência e Barcelona (as três na Espanha), Marselha (França)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    Costa Fascinosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Savona (Itália)

    Data da partida: 19 de novembro

    Total de noites: 15

    Escalas: Barcelona e Tenerife (ambas na Espanha), Casablanca (Marrocos), Recife, Maceió, Salvador

    Cidade de chegada: Rio de Janeiro

    BAR DO COSTA FASCINOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 14 de março

    Total de noites: 15

    Escalas: Salvador, Maceió, Tenerife e Málaga (ambas na Espanha), Marselha (França)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    MSC Preziosa

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Gênova (Itália)

    Data da partida: 1º de dezembro

    Total de noites: 18

    Escalas: Barcelona, Cádiz e Tenerife (as três na Espanha), Lisboa e Funchal (ambas em Portugal), Salvador, Búzios (RJ), Rio de Janeiro

    Cidade de chegada: Santos (SP)

     

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 8 de abril

    Total de noites: 20

    Escalas: Salvador, Tenerife e Vigo (ambas na Espanha), Lisboa e Ponta Delgada (Portugal), Southampton (Inglaterra), Le Havre (França), Zeembrigue (Bélgica), Kiel (Alemanha)

    Cidade de chegada: Savona (Itália)

     

    MSC Magnifica

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Gênova (Itália)

    Data da partida: 24 de novembro

    Total de noites: 16

    Escalas: Villefranche sur Mer e Marselha (ambas na França), Tenerife e Valência (ambas na Espanha), Gibraltar, Casablanc (Marrocos), Salvador

    Cidade de chegada: Santos (SP)

    RESTAURANTE NO MSC MAGNIFICA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de março

    Total de noites: 20

    Escalas: Rio de Janeiro, Búzios (RJ), Salvador, Funchal e Cascais (Portugal), La Coruña (Espanha), Southampton (Inglaterra), Le Havre (França)

    Cidade de chegada: Hamburgo (Alemanha)

     

    MSC Musica

    CRUZEIRO DA EUROPA PARA O BRASIL

    Cidade de partida: Veneza (Itália)

    Data da partida: 12 de novembro

    Total de noites: 21

    Escalas: Bari (Itália), Valeta (Malta), Málaga (Espanha), Funchal (Portugal), Fortaleza, Recife, Maceió, Salvador, Búzios (RJ)

    Cidade de chegada: Rio de Janeiro

    CASSINO DO MSC MUSICA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CRUZEIRO DO BRASIL PARA A EUROPA

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 4 de março

    Total de noites: 21

    Escalas: Santos (SP), Cabo Frio (RJ), Salvador, Tenerife, Málaga e Palma de Mallorca (as três na Espanha), Funchal (Portugal), Valeta (Malta), Split (Croácia), Palermo (Itália)

    Cidade de chegada: Veneza (Itália)

  • Cruzeiros de Réveillon e Carnaval nos navios da temporada 2017/2018

    Cruzeiros de Réveillon e Carnaval nos navios da temporada 2017/2018

    Veja cruzeiros de Réveillon e Carnaval na temporada 2017/2018. Há fim de ano com fogos em Copacabana e folia no Rio ou em Salvador. Tem ainda roteiros com parada em Buenos Aires ou Montevidéu

    ATUALIZADO EM 3 DE OUTUBRO DE 2017

    Cruzeiros de Réveillon e Carnaval são disputados e caros, assim como são pacotes de viagem em geral para essas épocas do ano. Então, se você pensa em embarcar nos feriados num dos 6 navios que zarpam de portos do Brasil na temporada 2017/2018, é bom se apressar. Mas não sem antes saber, por exemplo, se verá os fogos de Copacabana no Réveillon ou se poderá curtir a folia em Salvador — ou até escapar das festas numa ida a Buenos Aires.

    Veja abaixo que roteiro cada embarcação faz nos cruzeiros de Réveillon e Carnaval:

    Navio da Pullmantur

    Sovereign

    RÉVEILLON

    Tem virada do ano de frente para os fogos de Copacabana, no Rio

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 29 de dezembro

    Total de noites: 7

    Escalas: Búzios (RJ) e Balneário Camboriú (SC)

    ESPETÁCULO EM CRUZEIRO DA PULLMANTUR – Foto: Pullmantur/Divulgação

    CARNAVAL

    Faz parada no Rio de Janeiro durante a folia

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 10 de fevereiro

    Total de noites: 6

    Escalas: Búzios (RJ) e Balneário Camboriú (SC)

     

    Navios da Costa Cruzeiros

    Costa Favolosa

    RÉVEILLON

    Faz parada em Copacabana para os fogos, antes de seguir para Salvador

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 26 de dezembro

    Total de noites: 7

    Escalas: Salvador e Ilhabela (SP)

    RESTAURANTE DO COSTA FAVOLOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CARNAVAL

    Inclui escala na folia da capital baiana

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de fevereiro

    Total de noites: 6

    Escalas: Búzios (RJ), Salvador e Ilhabela (SP)

     

    Costa Fascinosa

    RÉVEILLON

    Vai para a Bacia do Prata e faz parada para fogos de Copacabana

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 26 de dezembro

    Total de noites: 9

    Escalas: Ilhabela (SP), Montevidéu, Buenos Aires e Ilha Grande (RJ)

    NAVIO FASCINOSA – Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

    CARNAVAL

    Viagem para a Argentina e o Uruguai

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 10 de fevereiro

    Total de noites: 8

    Escalas: Ilhabela (SP), Montevidéu, Buenos Aires e Angra dos Reis (RJ)

     

    Navios da MSC Cruzeiros

    MSC Preziosa

    RÉVEILLON

    Com fogos de Copacabana, no Rio

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 29 de dezembro

    Total de noites: 8

    Escalas: Ilhabela (SP), Búzios e Cabo Frio (ambas no Rio) e Salvador

    LOUNGE NO MSC PREZIOSA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CARNAVAL

    Passa pela folia de Salvador de segunda para terça

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 10 de fevereiro

    Total de noites: 7

    Escalas: Ilheús (BA) e Ilha Grande (RJ)

     

    MSC Magnifica

    RÉVEILLON

    Viagem à Bacia do Prata

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 30 de dezembro

    Total de noites: 8

    Escalas: Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este (Uruguai)

    MSC MAGNIFICA – Fotos: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CARNAVAL

    Roteiro pelos vizinhos Argentina e Uruguai

    Cidade de partida: Santos (SP)

    Data da partida: 11 de fevereiro

    Total de noites: 7

    Escalas: Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este (Uruguai)

     

    MSC Musica

    RÉVEILLON

    Faz parada em Copacabana para os fogos, antes de seguir para o Nordeste

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 30 de dezembro

    Total de noites: 7

    Escalas: Cabo Frio (RJ), Salvador e Ilhéus (BA)

    PISCINA DO MSC MUSICA – Foto: MSC Cruzeiros/Divulgação

    CARNAVAL

    Inclui escala na folia de Salvador, de terça para quarta

    Cidade de partida: Rio de Janeiro

    Data da partida: 11 de fevereiro

    Total de noites: 6

    Escala: Salvador e Ilhéus (BA)

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