Autor: Fernando Victorino

  • Juma Ópera (Manaus): hotel no centro histórico da capital

    Juma Ópera (Manaus): hotel no centro histórico da capital

    Se você pensa em conhecer Manaus, saiba que a maior parte dos cartões-postais a serem visitados fica no centro histórico. Se você deseja hospedar-se o mais próximo possível desse circuito de atrações turísticas, fique sabendo que o Juma Ópera está diante da principal delas, o Teatro Amazonas. 

    Erguida no auge do Ciclo da Borracha, a grande casa de espetáculos da capital amazonense pode ser admirada de vários pontos do hotel-boutique, que ocupa um casarão tombado pelo patrimônio histórico. Apesar de a visão do teatro a partir da piscina no terraço ser totalmente desimpedida, a mais charmosa é de dentro do restaurante.

    Café da manhã do Juma Ópera, hotel em Manaus

    Se tiver chance, tome o café da manhã sentado na mesa com sofá bem no centro do salão, olhando de frente para a cúpula que carrega as cores da bandeira do Brasil. Sobre a nossa mesa, o conjunto de grandes luminárias de palha, feitas por artesãos indígenas, deixaram a Nath vivamente interessada.

    Luminárias dão charme ao restaurante do hotel

    Como é o Juma Ópera

    Bom, agora que você já sabe que tem piscina e restaurante, resta informar que o Juma Ópera tem 41 acomodações, com áreas entre 27 m² e 70 m². As camas de casal são de tamanho king, e alguns quartos possuem banheiro com banheira. Há quartos dentro do prédio histórico restaurado.

    Suíte em dois momentos: com varanda fechada…

    Nós ficamos em uma suíte da ala nova, de onde podíamos ver o teatro sem sequer precisar levantar da cama. Se deixar as portas anti-ruído abertas, você chama quem estiver no vizinho ilustre com um simples assobio, tamanha a proximidade.

    …e com o Teatro Amazonas como vizinho

    Inaugurado em 2020, o hotel combina decoração contemporânea com objetos e artesanato indígenas. Fotos da região amazônica, incluindo imagens do Juma Lodge, o hotel de selva dos mesmos donos do Ópera, estão espalhadas por corredores e também nas áreas comuns.

    Cestaria e elementos indígenas nos corredores do Juma Ópera

    O que fazer no hotel no centro de Manaus

    Se não for praticar exercícios físicos na academia no alto do casarão principal ou dar um mergulho na piscina, atravesse a rua e visite o Teatro Amazonas. Nath e eu fizemos isso antes mesmo do check in. Como havia muitas pessoas na recepção para dar entrada, deixamos nossa bagagem num canto, fomos à bilheteria e conseguimos entrar nas últimas vagas da visita guiada de uma tarde de sábado).

    https://www.instagram.com/p/CiughupssH2/

    O Palácio Rio Negro (antiga sede do governo, hoje centro cultural) e o Mercado Adolfo Lisboa também fazem parte dessa Manaus histórica, surgida com o apogeu econômico proveniente da extração do látex, entre o fim do século 19 e a primeira década do 20.

    A vizinhança do Juma Ópera inclui a Igreja de São Sebastião (1888) e o largo homônimo em frente, onde turistas e visitantes se concentram para tomar sorvete ou tacacá nos fins de semana, especialmente. É seguro sair do hotel e contornar o Teatro Amazonas mesmo à noite, passando por alguns bares, restaurantes, oficinas e lojas do entorno, como a Galeria Amazônica (que vende as luminárias que a Nath adorou). Aos domingos, dá pra descer a pé e curtir a feira da Eduardo Ribeiro, avenida que concentra um conjunto de barracas vendendo artigos pra casa, roupas, artesanato e comidas típicas.

    Galeria Amazônia fica a 50 metros do hotel

    A gente foi à feira antes de seguir para o Museu da Amazônia, um dos passeios mais legais da cidade. Se você não se hospedar em um hotel de selva durante sua viagem ao Amazonas, vá ao Musa para ver trechos de floresta primária dentro da cidade, aprender muito sobre fauna e flora com os guias especializados do museu e subir os 242 degraus da torre de observação. A gente fez isso, tirou fotos, mas não conseguiu localizar na paisagem o Teatro Amazonas. Pois é, o Juma Ópera nos deixou mal acostumados.

  • Hotel Toriba (Campos do Jordão): viagem em família na serra

    Hotel Toriba (Campos do Jordão): viagem em família na serra

    Foi uma sensação curiosa entrar no Hotel Toriba, em Campos do Jordão, na companhia de Nathalia e Joaquim. Aberto em 1943, esse clássico da hospedagem na cidade da Serra da Mantiqueira, em São Paulo, mantém uma antiga relação com famílias, algumas delas já na quarta geração de frequentadores. No nosso caso, o envolvimento começou há 12 anos, quando o Quim nasceu.

    Morávamos a duas quadras da Paulista, uma zona que só vendo. Ou melhor, ouvindo. Para que o recém-nascido não sofresse com tanto barulho da rua, um dos antídotos para abafar sirenes e buzinas de gente apressada estava num CD do chá da tarde do Toriba. Nath havia ganhado um quando ainda era editora do caderno de Turismo do antigo Jornal da Tarde. Como gostamos de música, o presente foi parar na estante de casa, entre Duke Ellington e Elis Regina.

    Cabia então a Tchaikovsky a tarefa inicial de zelar pela soneca de Joaquim. As músicas lembravam à Nath sobre as aulas de balé da época de menina. De certa forma, ela e eu também descansávamos naqueles 55 minutos diários, sempre após o almoço.

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    Chá da tarde do Hotel Toriba (Campos do Jordão)
    Chá da tarde do Toriba, dentro da estufa de plantas

    Pouco mais de uma década depois, o som que nos recebe na chegada ao Hotel Toriba, em Campos do Jordão, é o do sopro do vento leve por entre as flores da estufa, o local onde nos foi servido o tradicional chá da tarde. Às 5 em ponto o sol iniciou sua despedida enquanto comíamos doces e salgados feitos na padaria do próprio hotel. A ideia de servir essa refeição ali surgiu durante a pandemia. Nestes tempos de ressignificar espaços, a estufa de plantas virou salão de chá privativo, onde até pedidos de casamento já foram feitos, soubemos depois.

    Hotel no estado de São Paulo

    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação de viajantes nos sites de reserva.

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    Como é o Toriba e sua nova suíte de vidro

    A viagem em família a Campos do Jordão foi a nossa primeira saída de casa depois de um ano e meio resguardados por conta da covid-19. A escolha do destino chegou a causar admiração em alguns, mas queríamos mostrar como era possível visitar uma das cidades paulistas mais badaladas traçando um roteiro totalmente na contramão do movimento que a caracteriza. Para começar, o Hotel Toriba fica na região do Alto Lajeado, distante o bastante do Capivari, o bairro onde se concentra a movimentada vida turística do município, a cerca de 175 km de São Paulo.

    Como parte desse processo de desconfinamento familiar, a chance de estrear a novíssima suíte Ninho Sábia-Laranjeira veio a calhar. O projeto arquitetônico passa a sensação de o quarto estar suspenso em meio às árvores. Uma das 4 novas acomodações do mesmo estilo previstas na expansão do hotel, ela tem duas paredes de vidro, do chão ao teto, além de um janelão do mesmo tamanho, que se descortina diante da cama de casal. Ao abrir, notei um grosso galho de araucária ao alcance da mão, o que só reforça a ideia de estar vivendo num ninho, a 10 metros do chão.

    Quarto do Hotel Toriba, em Campos do Jordão
    Confortável quarto na casa de vidro

    Joaquim dormiu num espaçoso sofá-cama. Armado desde a nossa chegada, ele não prejudicou em nada a circulação no quarto. Espaçosa, a suíte é equipada com mesa, quatro cadeiras e cozinha americana (microondas, pia e frigobar), o que permite a qualquer hóspede dispensar refeições nos restaurantes do hotel.

    Pedido por whatsapp, o café da manhã só pode ser entregue no quarto a partir das 8 – no salão ele começa a ser servido uma hora antes. Um desjejum continental clássico vem diretamente da cozinha. Os ovos mexidos e o omelete que quisemos à parte chegaram menos quentes do que se estivéssemos nos servindo do buffet, mas é o preço a ser pago por manter-nos isolados nessas condições. Pois é, não dá para ganhar todas.

    Belo café da manhã montado na mesa do quarto

    A viagem ao Hotel Toriba, em Campos do Jordão, foi feita em agosto de 2021, mas apesar de estarmos no inverno não pegamos frio intenso. À noite, a temperatura ficava nos 10° C. Ainda assim, não foi necessário acender a lareira do quarto, já que o piso aquecido do banheiro, acredite, emanava calor suficiente para envolver todo espaço, dispensando inclusive ligarmos o outro aquecedor de chão, próximo à cama.

    Viagem no inverno com céu azul

    Admito ter sido frustrante deixar o hotel sem conseguir tomar banho de banheira por completo, porque faltava uma peça do motor da hidro. É preciso dividir com vocês também que o chuveiro tem pouca pressão. Como é uma suíte recém-inaugurada, carece de ajustes a meu ver. Por outro lado, os pesados blackouts vedam bem as primeiras luzes da manhã, algo essencial numa suíte com três paredes totalmente envidraçadas. 

    Banheiro da suíte de vidro

    O Ninho ganha mais um ponto pelo terraço acima da unidade, acessível por uma escada lateral dentro do quarto. Lá em cima, um par de bancos e uma mesa feita com toras de madeira podem ser usados enquanto se admira o entardecer, acompanhado de uma bebida ou não.

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    A estrutura é completa, com piscinas adulto e infantil, hidromassagem, saunas seca e úmida, fitness, quadra poliesportiva, parquinho e Spa Toriba by L’Occitane. A gastronomia tem farta variedade, com restaurantes e bares. Nas acomodações, há de quarto no prédio em estilo alpino da sede a diferentes formatos de chalés espalhados pela área verde.

    Parquinho do Hotel Toriba, em Campos do Jordão
    Parquinho com brinquedos no Hotel Toriba

    O complexo do Hotel Toriba, em Campos do Jordão, tem cerca de 2 milhões de m² de mata. O grupo ainda é proprietário da Fazendinha, atração indicação para crianças pequenas verem os animais, mas que o Quim acabou gostando de visitar também. Fica pertinho da entrada do hotel.

    Fazendinha, perto do hotel

    O que fazer no hotel em Campos do Jordão

    Se a ideia é permanecer quietinho no seu quarto, saiba que o wifi funciona bem. Foi o que permitiu ao nosso filho fazer uma prova online enquanto visitávamos o Jardim Amantikir numa das manhãs. Passeios ao ar livre como esse preencheram nossos dias em Campos, como a visita ao Horto e a trilha seguida de piquenique ao pôr do sol do Aventoriba, uma das atividades do cardápio de experiências do hotel localizado na Serra da Mantiqueira.

    Fondue do Toribinha, no quarto

    Já o restaurante Toribinha, localizado logo depois que se passa pela portaria, tem um famoso fondue, que pode ser pedido no quarto também. Embora venha quente, nunca é a mesma coisa do que comer no restaurante.

    Trilha com piquenique no pôr do sol, nosso passeio com o Aventoriba

    Entramos e saímos do quarto sem ter de passar pela recepção, como se estivéssemos em uma casa alugada, mas com o bônus de poder pedir algo pra comer ou solicitar algo à concierge, por telefone ou whats. A impressão é de que as suítes ninho (a segunda delas distante cerca de 50 passos, mas também resguardada pela vegetação) nem fazem parte do hotel. É possível passar dias dentro delas sem saber a cor da água da piscina ou apreciar os afrescos de Fulvio Pennacchi nas paredes da sede do Toriba e de seu principal restaurante, batizado com o sobrenome do artista italiano.

    Sítio Siriúba, com 18 km de trilhas e aberto aos hóspedes

    Essas pinturas estão entre os orgulhos do Hotel Toriba, um exemplo de hospitalidade clássica, evidente tanto no uniforme dos funcionários quanto na formalidade dispensada com os hóspedes. Muitos deles são netos de frequentadores mais antigos, o que confere a este hotel de luxo um ar de férias em família na serra.

    Sem nos ater a todas as opções de lazer, fizemos questão de conhecer também o Sítio Siriúba, localizado do outro lado da Avenida Ernesto Diederichsen, em frente ao portão de entrada do Toriba. Os 18 km de trilhas do lugar e sua ponte pênsil sobre a folhagem podem ser usados por hóspedes ou participantes de passeios do Aventoriba, serviço de atividades na natureza criado pelo hotel em 2018, aberto também a não hóspedes.

    Café da manhã do Hotel Toriba, em Campos do Jordão
    Buffet de café da manhã do hotel em Campos do Jordão

    Quebramos nossa quarentena particular apenas no último último dia, para tomarmos café da manhã no terraço panorâmico. Pesadas e grandes, as mesas cobertas por ombrelones estavam bem distantes umas das outras, e não havia mais do que três delas ocupadas.

    Antes de partir, Nath e eu fizemos vídeos e fotos, como as que ilustram esse post. Na sala da lareira encontramos o piano de cauda usado nas noites musicais do Hotel Toriba, programação mensal com ênfase no canto lírico. Inevitável lembrar que, para nós, toda essa história tenha começado 12 anos antes, embalada pelas composições de Tchaikovsky, justamente num momento em que descobrimos o sentido de família.

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  • Zorah Beach Hotel (Ceará): Trairi com luxo e pitadas de Índia

    Zorah Beach Hotel (Ceará): Trairi com luxo e pitadas de Índia

    Uma farta vegetação empareda o zigue-zague que separa a recepção dos bangalôs no Zorah Beach Hotel, no Ceará, dando a sensação de que você chegou a um cantinho do sul da Ásia na costa oeste do estado, em Trairi, a cerca de 130 km de Fortaleza. A impressão é reforçada pelas presenças das estátuas de Ganesha e de Buda entre outros elementos que remetem principalmente à Índia, como a seleção de pratos da culinária do país servidos no restaurante do hotel. Referências a Bali, Marrocos e Turquia também estão presentes na decoração.

    A onda do home office levou à instalação de roteadores de sinal nos quartos, garantindo wifi de qualidade a quem deseja ficar conectado. Em tempo: nossa operadora de telefonia nos deu tchau pouco depois de sairmos da capital do Ceará. Soubemos que ela não é a única que não funciona direito por aquelas bandas, claro. Seja vivo e preste atenção se quiser checar e-mails e postar nas redes fora do acesso sem fio do hotel. 

    A proximidade com Fortaleza é uma das virtudes deste hotel de luxo, localizado na praia do Guajiru, no caminho para quem vai a Jeri – se for para essa parte do litoral cearense, confira também onde ficar em Jericoacoara, o que fazer no destino e onde comer por lá. A vantagem é que esse pedaço do município de Trairi ainda não foi tomado de assalto pela multidão, o que ainda empresta à região alguma privacidade.

    É preciso dizer que a vizinha Flecheiras já engorda a olhos vistos com a construção de condomínios de casas e apartamentos de veraneio, numa expansão da qual nem o próprio Zorah deve escapar em breve. Aberto atualmente só aos hóspedes, o restaurante do hotel no Ceará já tem plano de ampliação desenhado para virar opção gastronômica para quem é de fora.

    Como é o Zorah Beach Hotel

    O Zorah Beach Hotel tem 23 acomodações, sendo a maior delas a suíte para famílias, com 220m², localizada do outro lado da rua em relação à recepção, mas com acesso a todos os serviços de quem fica no prédio principal. Possui também suítes de 50m², bangalôs com 90m² (o premium, como o que Nathalia e eu ficamos, tem piscina particular) e uma unidade chamada Vila, que além de mais espaço (140 m²) oferece TV maior (47”) e hidromassagem externa, com vista para o mar (nas demais acomodações ela fica dentro do quarto).

    Bangalô premium no Zorah, com piscina privativa
    Área de descanso, ducha e hidro

    A nossa hidro tinha uma janela com abertura que permitia ver a praia, mas a gente preferiu mantê-la fechada por pura privacidade. No bangalô premium, a área de banheiro, ducha e hidro fica separada, logo à direita após a entrada na acomodação. Você passa pelo closet (onde há uma parte de conveniência com caixa de chás, alguns importados) e, seguindo, vem a parte molhada dessa suíte especial do Zorah. Ao lado das duas pias, com amenities L’Occitane, fica uma deliciosa ducha e uma área de descanso. Em frente, está a hidro para casal. É uma acomodação perfeita para casais em lua de mel ou viagens românticas.

    Piscina privativa no bangalô premium, onde ficamos

    No quarto em si, com um pé direito altíssimo, havia uma cama com dossel, uma chaise longue, um charmoso sofá com almofadas e uma mesa pequena com duas cadeiras. A parede da frente e parte da lateral do bangalô são de vidro, permitindo ver o exterior, mas mantendo a privacidade com uma fina cortina branca em relação aos outros hóspedes do hotel em Trairi.

    Sofá e o exterior visto através da cortina

    Integrante das Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) e Roteiros de Charme, o Zorah Beach Hotel se encaixa nos planos de quem procura por uns dias de pé na areia com muito conforto, sem compromisso com hora ou trabalho. A primeira associação reúne empresas brasileiras de viagem do segmento de luxo, e a segunda, hotéis no país todo, com serviço e estrutura de qualidade. Ambas são referências de boa hospedagem.

    Delícia de rede de frente para o mar

    Naquele trecho do litoral do Ceará, vimos mais gente no mar praticando kitesurf do que deitada nas espreguiçadeiras. Venta forte ao longo do ano todo, especialmente entre agosto e novembro, o que complica um pouco quando aquela chuva de areia bate contra o corpo nesse pedaço onde o hotel se encontra. Por isso, muitos frequentadores se dividem entre as cadeiras e redes do jardim, mais recuado em relação à Praia de Guajiru, em Trairi. Algumas pessoas tentam lotear um gazebo na piscina, como fez um casal que ficou a uma assinatura de adquirir a melhor unidade com vista para o mar (contém muita ironia).

    Horas entre o mar e a piscina no Zorah Beach Hotel
    Será que venta no Ceará?

    Se você estranhou eu ainda não ter falado do café da manhã, não se preocupe. A primeira refeição do dia (a nossa favoritaça) é servida individualmente no Zorah Beach Hotel, com prato de frutas, suco natural, água de coco, variedade de frios, manteiga, requeijão, geleias e seleção de pães e doces que muda a cada dia (ajuda a não enjoar). Acho interessante também a ideia de servir pedaços de bolo e finger food em pequenas doses, pois evita o desperdício e amplia a possibilidade de experimentar mais opções em tão pouco tempo de hospedagem. Há ainda itens que podem ser pedidos à parte. Nath provou a tapioca crocante com queijo coalho. Aliás, os cafés da manhã nos 3 hotéis onde ficamos nessa viagem ao Ceará estão entre os nossos prediletos em pousadas no Brasil – os outros foram Jaguaribe Lodge & Kite e Hotel Vila Selvagem, ambos em Fortim.

    Ótimo café da manhã do Zorah Beach Hotel

    O jantar da segunda noite teve mar e terra em nossos pratos. Nath foi de espaguete com camarão ao limone. Ficou na dúvida porque não é fã de limão em exagero. Achou feliz sua escolha pois o sabor estava suave, na medida. Eu pedi carré de cordeiro. A redução do molho estava um pouco salgada, mas a combinação com o couscous marroquino equilibrou tudo na boca.

    Boa massa com camarões

    Hóspedes ao redor pediam o famoso sorvete de capim-santo de sobremesa do restaurante do Zorah Beach Hotel. Claro, a gente quis experimentar para saber o motivo de tanto interesse. É refrescante como se espera de um sorvete e por causa do ingrediente, mas capim-limão é algo que tanto Nath quanto eu, coincidentemente, temos dificuldade de gostar. No entanto, gostamos mais do que o capim-limão em forma de brigadeiro (que não vimos lá, mas é bem famoso entre paulistanos). Não deixe de provar.

    O que fazer no hotel de luxo e charme no Ceará

    Nada, de preferência. Embora Nath e eu até tenhamos trabalhado um pouquinho no segundo dia de hospedagem. Mas isso foi bem depois de aproveitarmos um mergulho na água morninha e clara da praia e de jogarmos muita conversa fora regada a coquetéis e petiscos servidos diretamente em nossa piscina privativa. Essa, digamos, é a parte publicável da viagem antes da hidro a dois e da abertura da cama king com dossel. Para aplacar a subida de temperatura, um split refresca o quarto.

    No pacote de experiências do Zorah Beach Hotel, há passeios para ver o pôr do sol nas dunas de Flecheiras (no período de chuva são formadas pequenas lagoas nas dunas) ou na Lagoa do Mundaú, no encontro do mar com o rio (chegando pela praia a bordo de veículo existe a opção de passear também de catamarã). A visita a Lagoinha, praia de falésia a 22 km do hotel, começa no meio da manhã e dura 3 horas, com parada para almoço e banho em água doce.

    Bicicletas do hotel para passeios na praia

    Quem prefere mais ação do que contemplação pode praticar SUP no Rio Trairi, montar em um quadriciclo ou andar de bicicleta na praia. Guajiru é frequentada por kitesurfistas, alguns deles praticantes de downwind, modalidade que consiste em percorrer voando e surfando longos trechos do litoral do Ceará.

    Alguns que se aventuram nessa atividade literalmente puxada às vezes recorrem aos cuidados de Frederico Signorini, as mãos mágicas a serviço do spa do Zorah Beach Hotel. Com 50 anos de atividade e criador de uma técnica de massagem, a Fred Chi, seu tratamento corrige problemas cervicais, de ATM e bruxismo, todos quase sempre ocasionados por tensão.

    Momento zen com massagem do spa do Zorah

    O spa do Zorah Beach Hotel fica numa casinha de madeira, cercada por vegetação. Você percorre aquele caminho verde, que contei no início do texto sobre a chegada, e segue as placas. O clima é bem zen, nada parecido com spas com foco mais na estética.

    A sessão comandada por Fred ou a mulher, Rafaela, dura cerca de 50 minutos. Começa com perguntas sobre o estilo de vida antes de o tratamento começar. Nath contou que tem fibromialgia, então a Rafaela fez uma massagem relaxante com azeite de coco (gente, tem textura de azeite mesmo, não é uma pasta ou algo cremoso). Fred apenas trabalhou pontos na região da cabeça e um pouco do pescoço dela, técnica semelhante aplicada em mim pouco depois.

    Bom, foi necessário Nathalia me acordar porque eu entrei em alfa. Não é mentira nem exagero. Levei um susto ao ver três pessoas me encarando enquanto tentava levantar da maca. Fred é meio bruxo ou eu que estava relaxado demais depois de dois dias inteiros de pura calmaria e clima zen? Na dúvida como eu, considere as duas possibilidades.

  • Vacina contra covid em viagem internacional: veja como comprovar

    Vacina contra covid em viagem internacional: veja como comprovar

    Você sabe como comprovar que tomou vacina contra covid em viagem internacional que exija a imunização? Com o app Conecte SUS é bem simples. Já salva e compartilha este post para o caso de alguém precisar disso no futuro.⁠⁠ Desde o fim de junho, por exemplo, a Suíça já permite a entrada de brasileiros totalmente vacinados, sem exigência de quarentena ou PCR negativo.

    Abaixo explico passo a passo como você faz para emitir seu comprovante de vacinação contra a covid-19 usando o aplicativo do SUS:⁠⁠

    1 | Você faz download no celular do aplicativo Conecte SUS. O app é de graça e está disponível para os sistemas Android (como o do meu aparelho) e iOS (caso do iPhone da Nath).⁠⁠

    2 | Escolha como criar uma conta (tem reconhecimento facial e outras possibilidades).⁠⁠ Nós achamos bem simples usar o CPF.⁠⁠

    Informações sobre vacinas e exames acessíveis no celular

    3 | Aí siga o que for pedido para validação da conta. Não é muita coisa não, é relativamente rápido.⁠⁠ Por exemplo, o app pede a confirmação de dados pessoais e a digitação de um código que o sistema envia para um número de celular ou email informado.⁠⁠ Em seguida, crie uma senha.⁠⁠

    4 | Entre na nova conta e veja o painel com os ícones para Vacinas e Exames.⁠⁠ Inicialmente, apenas a vacinação contra a covid-19 deve estar lá, mas outras informações devem ser acrescentadas no futuro (por exemplo, vacinação contra a febre amarela).⁠⁠ O exame PCR, que eu fiz em dezembro de 2020, antes da operação na vesícula, aparece no meu com a informação de negativo.⁠⁠ Ou seja, quando o exame PCR for pré-requisito para voo ou entrada num país, o resultado poderá ser acessado pelo app.

    Vacina tomada aparece no aplicativo do SUS

    5 | Para encaminhar ou imprimir o comprovante de vacinação, clique no ícone de Vacinas. O app informa a vacina que você tomou. e, depois, em Carteira de Vacinação Digital.⁠⁠ O sistema mostra um PDF com as informações. Você pode imprimir esse comprovante.⁠⁠ Se alguém pedir que o documento seja validado, esse PDF tem um QR code que pode ser lido pelo próprio aplicativo, usando o recurso Valida QRCode (fica no painel inicial).⁠⁠

  • Museu de Ilusões (Rio de Janeiro): ideal para Instagram

    Museu de Ilusões (Rio de Janeiro): ideal para Instagram

    Cartões-postais como o Cristo e as praias fazem do Rio de Janeiro um dos destinos de viagem mais instagramáveis do planeta. Desde o fim de 2019, a cidade ganhou um novo ponto turístico para quem ama compartilhar selfies em cenários nada convencionais. Só que em ambiente fechado. O Museu de Ilusões do Rio de Janeiro (Museum of Illusions) abriu suas portas ao lado do concorrido bondinho do Pão do Açúcar, no bairro da Urca. Los Angeles, São Francisco e Miami são outras cidades onde já existe o museu. 

    A atração é composta por pinturas em 3D que geram ilusão de ótica em quem está diante dela. Não é de hoje que desenhos em perspectiva fazem sucesso na internet. Você já deve ter visto a clássica cena do abismo aberto no meio da rua, dando a sensação de queda livre em quem se aproxima dele.

    Como é o Museu de Ilusões, no Rio

    Decorados, os degraus que separam a recepção da entrada do museu remetem o visitante à Escadaria Selarón, conhecida atração carioca que une os bairros de Santa Teresa e da Lapa. É o primeiro sinal de que nem tudo é o que parece ser.

    A partir daí não se iluda porque o museu é pequeno. Ao todo, são 5 salas com cerca de 40 cantos e paredes grafitadas. No chão, há indicações para se obter o melhor ângulo. Use o formato quadrado da câmera do celular, próprio para o Instagram. Porta-retratos instalados na entrada de cada ambiente sugerem a melhor pose para criar o efeito proposto. No fundo, vale mesmo é a criatividade.

    O que fazer no Museu de Ilusões

    É museu para fotografar à vontade, com ou sem flash. Não há limite de tempo, mas o Museu de Ilusões estima entre 45 e 60 minutos de visita. No dia em que estivemos lá não havia praticamente ninguém, então tivemos toda a tranquilidade do mundo para fazer e refazer fotos.

    Nós achamos a sala com os painéis dos tubarões, do Fusca vintage e da motocicleta a mais divertida de todas. Ela é a maior do museu, então conseguimos explorar outros ângulos além daqueles indicados no chão. Eu gravei um vídeo para o DiQuim, canal do nosso filho, Joaquim, no YouTube, que dá uma ideia geral do Museu de Ilusões. As impressões dele sobre essa a nova atração do Rio não são ilusão.

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Pasteur, 520, ao lado da entrada do bondinho do Pão de Açúcar, no bairro da Urca

    Transporte: Esse trecho da Urca é meio fora de mão, então não hesite em usar táxi ou aplicativo para chegar e sair do museu. A rotatividade é tão grande que, na volta, nós pegamos um Uber que tinha acabado de desembarcar uma turista que ia para o bondinho

    Horário de funcionamento: Diariamente, das 9 às 21 horas (incluindo feriados)

    Preço: R$ 66; crianças entre 6 e 12 anos, jovens entre 13 e 21 anos, pessoas acima dos 60 anos, portadores de necessidades especiais, estudantes, profissionais e professores da rede pública, jovens de 15 a 29 anos que pertençam a famílias de baixa renda, R$ 33

    Compras: Durante o passeio, um funcionário do próprio museu tira fotos dos visitantes, que podem comprar as imagens na forma de imã, na saída da atração. O grande custa R$ 27 (R$ 22, se levar mais de 1) e o imã pequeno sai por R$ 20 (R$ 16, se levar mais de 1)

    Site: rioillusions.com

    Visita a convite do Museu de Ilusões. Texto escrito pela equipe do Como Viaja, com base na experiência, sem revisão ou interferência do museu

  • Radisson Blu São Paulo: hotel no Itaim, perto da Avenida Faria Lima

    Radisson Blu São Paulo: hotel no Itaim, perto da Avenida Faria Lima

    E aqui estou eu, olhando a cidade do alto de um terraço do Radisson Blu São Paulo, com a capital e todas as suas luzes tão presentes e vívidas diante de mim. Não estou no 97º andar feito Rick Deckard em Blade Runner, mas a capital paulista pode parecer tão tranquila aqui de cima como se revela do alto a futurística e caótica Los Angeles de 2019 em Blade Runner, onde a chuva não cessa durante todo o filme.

    Foi debaixo de uma tempestade que Nathalia e eu chegamos ao Radisson Blu São Paulo. Por uma noite, trocamos nossa casa pelo hotel localizado na região da Faria Lima. O trânsito carregado nos consumiu cerca de 1h15 dentro do carro. Viagem sem deixar a capital. Turistas na própria cidade. Fazia tempo que não vivíamos essa sensação.

    Recepção do Radisson Blu São Paulo

    Morávamos a 2 quadras da Paulista quando experimentamos isso pela primeira vez, nem filho tínhamos. Agora, do alto do 18º andar do Radisson Blu São Paulo, na varanda da suíte, a velha antena amarelada da Paulista, que tantas vezes zelou noites insones vividas na varanda do nosso apartamento, se mostra ainda amarelada e zelosa no topo de um espigão da avenida símbolo da metrópole.

    Não estou sem sono, apenas gosto de admirar a cidade de lá de cima. Vejo o que parece ser uma fração da Marginal Pinheiros bem à esquerda, a zona oeste e os Jardins a uma distância razoável do meu olhar. Avisto o Museu da Casa Brasileira, de paredes imaculadamente brancas, em lindo contraste com a moderna originalidade dos prédios ao redor. O velho edifício Dacon é um deles. 

    Esquina perto de negócios e lazer

    Chegar até ele ou ao museu é o tempo de um cruzamento, desde que eu me esquive dos patinetes, febre que toma conta do corredor da Faria Lima. Bem ou mal, ele é uma das formas mais práticas, rápidas e inusitadas de se deslocar por ali. Não à toa, virou meio de transporte dos executivos da região.

    Como é o Radisson Blu São Paulo, no Itaim

    Os apartamentos do Radisson Blu São Paulo são majoritariamente ocupados por homens e mulheres de negócios, instalados em suítes de 32 m² em média. Ficamos em um quarto business class, com cama king size.

    No banheiro, encontramos um ótimo chuveiro, com água em bom volume e impressionantemente quente em tão pouco tempo de abertura. E ainda miminhos de que gostamos, entre eles, roupões, amenities L’Occitane e pantufas, que deixaram mais agradável o caminhar pelo piso de madeira do quarto.

    Amenities L’Occitane

    Ar condicionado split, TV de plasma e rádio relógio com dock station formam a tríade eletrônica. Máquina de Nespresso e frigobar também são facilidades à disposição. Uma raia de piscina climatizada, sauna e academia estão acima do andar em que ficamos, na cobertura. Aos que precisam estar sempre alinhados, há tábua de passar e ferro a vapor dentro do armário.

    Máquina de café no quarto

    O que fazer próximo ao hotel na Faria Lima

    Aos sábados e domingos, o terno, o tailleur e a gravata saem de cena para a entrada do estilo casual. É quando o Radisson Blu São Paulo tem 40% de seu público no fim de semana formado por pessoas da própria cidade. Gente em busca de uma experiência diferente, aproveitando a estrutura do hotel e o que existe próximo. Pertinho, pertinho, o Teatro Santander recebe espetáculos como o recente musical Escola de Rock

    Noite especial na própria cidade

    Estar na esquina das avenidas Cidade Jardim e Faria Lima deixa qualquer hóspede do Radisson Blu São Paulo próximo às principais áreas de negócios da cidade, como também do circuito das compras de luxo da Oscar Freire, dos melhores bares, cafés e restaurantes da capital paulista. O hotel está a 500 m do Parque do Povo, um oásis verde em meio aos prédios do Itaim Bibi.

    De carro, cerca de 10 minutos separam o Radisson do Shopping Iguatemi — o mais antigo do Brasil — e do JK Iguatemi, com lojas, restaurantes e serviços tão exclusivos quanto os encontrados no decano da mesma administradora. O tempo de deslocamento é praticamente o mesmo até o Shopping Cidade Jardim, perfeito para quem deseja vivenciar uma tarde de über shopping.

    O que provar no café da manhã do Radisson

    Convidados a participar naquela noite da 1ª edição da Blu Party, festa organizada pelo próprio hotel, tivemos nosso contato inicial com o Badebec. O restaurante do Radisson Blu São Paulo foi responsável pelo serviço de buffet do evento. Entre uma taça de espumante e outra, destaque para o canapé de banana da terra com pupunha. O resultado é um encontro simples e muito bom.

    Blu Party e depois 1 noite fora de casa, sem sair de São Paulo

    Na manhã seguinte, os ruídos do salão localizado atrás dos elevadores nos guiam até o café da manhã. No espelho da parede a inscrição Badebec confirma que estamos no caminho certo. O restaurante completava 18 anos naquela sexta, 6 de dezembro.

    Entrada do restaurante Babedec, do Radisson Blu SP

    O público do café da manhã é formado basicamente por executivos. Carregam o peso da pressa, como se portassem uma medalha, um milhão de dólares ou coisa que os valha. Inevitável não embaralhar meus pensamentos aos versos de Itamar Assumpção. 

    São sotaques que se misturam ao tilintar de pratos e talheres que sobem e descem pelas mãos ágeis, pousam por um instante antes de subirem e descerem às bocas aflitas. Fique mais um pouco, pegue um pão de queijo que acabou de sair do forno e o garçom está oferecendo de mesa em mesa. Ou peça uma omelete na hora para completar seu café da manhã no Radisson Blu São Paulo. Penso em sugerir isso à dupla que conversa em pé, em espanhol.

    A dois chineses na mesa atrás da Nath desejei que largassem o celular e dessem uma chance ao folhado de chocolate amargo. Eu mesmo dei três oportunidades a ele. E fiz assim também com a carolina. É tão bom quando a massa choux vem sem aquela capa de cobertura, valorizando o recheio.

    Omelete é pedido na hora

    Há um trio em uma mesa redonda do salão do café do Radisson Blu São Paulo. Apenas um dos membros explana. Em inglês. Alimentam-se da conversa, creio. Depois de muito tempo, o palestrante faz uma pausa. Em vez da água (com e sem gás), dos sucos ou do chá de hortelã para hidratar a garganta, o homem se afoga em um copo de arroz doce. Nathalia comeu também. Ela sempre diz que em São Paulo essa receita costuma ser mais líquida do que no Rio.

    Nath e eu achamos que diferenças como essa fazem a graça do mundo. Por isso fico espantado quando a moça da mesa ao lado reclama com o garçom da demora da tapioca que ela havia pedido dois minutos antes. Logo tu, moça, cujo sotaque indica ser do Nordeste, a região brasileira que mais cultiva o prazer de desfrutar da vida sem o olho no relógio? Foste contaminada com o bichinho do business, do ‘São Paulo não pode parar’, aquele vírus que faz o povo da ponte aérea desafivelar o cinto no segundo seguinte ao avião tocar o solo?

    Café da manhã de hotel, completo para começar bem o dia

    Reparaste no grande painel colorido que ao seu lado embeleza o salão no Radisson Blu São Paulo, com o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Farol Santander grafitados como tantos muros da cidade? Lamento se não. Como lamento que a pressa também tenha virado inimiga da refeição.

    Hospedagem a convite do Radission Blu São Paulo. Texto escrito pela redação do Como Viaja, com base na experiência, sem qualquer revisão ou interferência do hotel

  • Hotel Maui Maresias: piscina, pé na areia e gastronomia no litoral

    Hotel Maui Maresias: piscina, pé na areia e gastronomia no litoral

    Apenas 30 metros separam a praia do Hotel Maui Maresias, que proporciona dias de pé na areia, piscina, mimos e boa gastronomia.

    Especialistas alertam que mimar é um equívoco com raízes na infância, mas deixemos essa questão para a psicologia. Contudo, em matéria de hospedagem romântica em hotéis-boutique, atender às exigências é parte da filosofia, preocupação essencial para garantir uma experiência plena.

    Voltado exclusivamente ao público adulto, estivemos no hotel no litoral norte de São Paulo, curiosamente, em família.

    A fim de atender a um pedido feito por antigos hóspedes, o Maui reserva 4 fins de semana por ano para quem quer se hospedar lá com filhos.

    As datas selecionadas são Páscoa (excepcionalmente em 2024), Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal.

    Desde que abriu as portas, o Hotel Maui Maresias virou referência em viagem a dois, não importa em que fase o relacionamento esteja — vimos de namorados adolescentes a casais mais velhos. Para todos, haverá a mesma disposição da equipe em saber previamente o que agrada aos viajantes.

    Veja também outras sugestões de hotéis românticos em SP, hotel fazenda no interior de em SP, resort em São Paulo, hotéis no litoral de SP e hotéis no interior de SP; todos com boa avaliação em sites de reserva.

    Hotel Maui Maresias
    Viagem em família no litoral norte de SP: nossa já tradicional selfie juntos

    Como é o Maui Maresias

    Com nossa reserva confirmada, Nathalia e eu recebemos da concierge um questionário sobre as nossas preferências.

    Então, quando chegamos ao Maui, lá estavam em nosso quarto uma carta de boas vindas, delicados bombons e a suíte do jeito que havíamos solicitado, ou seja, sem qualquer sinal de fragrância no ar (somos alérgicos).

    Além de o frigobar estar abastecido com nossas solicitações, entre elas, pratos com as frutas favoritas devidamente prontas para o consumo. 

    Evidentemente, é possível pedir à equipe do Maui Maresias uma decoração específica para o quarto, com flores e tudo mais que você julgar indispensável para uma ocasião romântica. Deseja deixar sobre a cama uma joia encomendada ao concierge? O mimo estará lá para surpreender o amor de sua vida.

    Uma vez que a a viagem era na companhia de nosso filho, a suíte Molokaii ganhou uma cama extra para o Joaquim.

    Hotel Maui Maresias
    Lua cheia em Maresias: lindeza com céu limpo

    Arquitetura moderna é um charme

    O charme do Maui Maresias começa com sua arquitetura, que nos remeteu um pouco ao estilo Mid-Century californiano, de grandes janelas e portas envidraçadas deslizantes, forte presença de luz natural e espaços abertos, como os da recepção e da sala de TV.

    No paisagismo, cactos e palmeiras conferem igualmente ao cenário um pouco mais desse clima de costa oeste americana.

    Hotel Maui Maresias
    Super clima para viagem a dois: piscina se destaca de dia e à noite

    No centro da propriedade está a piscina, com o restaurante, a sauna e as varandas ao redor. Como não há janelas voltadas para a área comum, a privacidade e o silêncio no interior das acomodações estão preservados.

    Ao todo, o Maui Maresias tem 18 suítes, todas batizadas com nomes de ilhas do Havaí. A suíte Big Island é a maior (50m²).

    Hotel Maui Maresias
    Quarto do Hotel Maui Maresias com cama extra para nosso filho

    De decoração clara e sem excessos, os quartos têm TV, dock station, ar split e amenities L’Occitane.

    Hotel Maui Maresias
    Amenities L’Occitane: amamos os mimos

    A cama queen de nossa suíte foi ligeiramente deslocada para o lado e uma menor foi armada para o Joaquim dormir. O acesso ao wifi é liberado, e o sinal pega bem em todas as áreas, até na faixa de areia próxima ao hotel.

    Durante nossa hospedagem, não só conseguimos postar momentos da viagem quase tempo real, como também nosso filhote não deixou de curtir os sucessos de sua playlist favorita a cada noite.

    O que fazer no hotel boutique no litoral norte

    O Hotel Maui Maresias não fica de frente para o mar, mas ele está a menos de 30 m de distância. Bastam alguns passos para chegar à areia e perceber que a praia do litoral norte de São Paulo é quase um quintal do hotel.

    Do mesmo modo que foi o playground de Gabriel Medina, tricampeão mundial de surfe, que mantém um instituto com seu nome a menos de 1 km do Maui.

    A saber: você vai ver muitos meninos e meninas passarem com prancha debaixo do braço rumo às ondas, inspirados pelo sucesso do brasileiro no circuito internacional.

    Hotel Mauí Maresias
    Surfe e Maresias, praticamente sinônimos na praia que revelou Gabriel Medina

    Para alugar uma prancha ou ter aulas de surfe, solicite ao hotel, que também pode providenciar uma sessão de ioga à beira mar, se for mais do seu agrado.

    Ou então entregue-se às sugestões do menu de terapias do Spa Maluhia. Individuais bem como a dois, sessões de reike, de bambuterapia e de massagem relaxante podem ser agendadas pela equipe de concierge, além de banhos de ofurô.

    Aos que só precisam de um lugar ao sol para relaxar, a equipe de praia do Maui arma ombrelones e espreguiçadeiras sobre a areia fina e clara.

    Atentos aos sinais e discretos na abordagem, o time de funcionários também se encarrega do serviço de apoio.

    As refeições no Maui Maresias

    Coquetéis e comidinhas são tarefas do Guató Gastronomia, restaurante que funciona dentro do Maui Maresias. Sua cozinha une produtos da região a ingredientes contemporâneos, com um refinamento estético alinhado à proposta do hotel.

    Aberto ao público, o restaurante é opção de alta gastronomia nessa faixa do litoral de São Sebastião. 

    Hotel Maui Maresias
    Penne com migas tostadas e limão siciliano, prato do Guató

    O cardápio foi ligeiramente reformulado em relação à época em que estivemos. Contudo, a combinação de vieiras seladas sobre creme de ervilhas e crispy de presunto serrano segue no menu.

    Na ocasião, pedi penne ao pesto branco com migas tostadas. O toque de limão siciliano trouxe frescor cítrico ao prato, perfeito para um jantar em uma noite de calor. Pena não figurar mais no cardápio.

    Em matéria de finger food, recomendamos os dadinhos de tapioca, com melado de laranja e pimenta sichuan. Do mesmo modo, sugerimos as croquetas de vaca atolada, recheadas com carne de costela desfiada.

    Durante todo o fim de semana, Nath e eu abrimos mão do vinho em nome de uma coquetelaria básica, em doses plurais.

    Hotel Maui Maresias
    Petiscos no serviço de praia, na área da piscina ou no rooftop

    O café da manhã no Maui Maresias nos brindou com croque monsieur, uma das opções para acompanhar a primeira refeição do dia. Nath pediu ovos benedict.

    Pois o Joaquim não dispensou a porção de pão de queijo assada na hora. E todos provamos e repetimos os quentíssimos e saborosos mini croissants e os bolos de maçã sem glúten e de limão com creme (doce na medida). Ponto alto também são os sucos frescos (e não de polpa) em todas as refeições. 

    Buffet de café da manhã; se tiver bolo de maçã sem glúten (o 1º à direita), prove

    Rooftop para curtir o entardecer

    Não havia rooftop no Maui quando estivemos no hotel. O terraço fica acima do Guató e, a exemplo do restaurante, recebe público externo. É um espaço patrocinado pela casa Veuve Clicquot, aberto entre 17 e 22 horas, portanto para curtir o pôr do sol no mar e a noite de Maresias. Cenário perfeito para uma fim de tarde a dois, não?

    Ainda que seja um hotel focado no público adulto, os funcionários do Maui foram muito atenciosos com nosso filho. Tiraram dúvidas (e Joaquim pergunta mesmo, tem a quem puxar) e mostraram-se compreensivos quando ele abriu de mão de participar das atividades organizadas no fim de semana especialmente para os pequenos, preferindo ficar conosco.

    Quim aderiu à oficina de argila no fim da viagem. De sexta a domingo, as ondas bastaram para nosso menino.

    Atividade para criança com argila, à beira-mar

    Ser notado com atenção, encontrar em um mesmo lugar a trilha sonora que agrade, a bebida que desperte sentidos e a comida que aflore memórias.

    Saímos com a impressão de que quem escolhe o Hotel Maui Maresias para uma daquelas viagens românticas cheias de surpresas, chocolates e champagne.

    E, principalmente, para quem quer ter suas demandas especialmente atendidas.

    Afinal, mimar não é algo tão errado assim.

  • Holambra (SP): pontos turísticos, hotéis, restaurantes e mais dicas

    Holambra (SP): pontos turísticos, hotéis, restaurantes e mais dicas

    A festa das flores deu projeção nacional à pequena cidade do interior. Vão aqui, então, dicas de Holambra para quem pensa em montar um roteiro para lá. Maior exposição desse tipo na América Latina, a Expoflora atrai em torno de 300.000 visitantes todo ano e só poderia ser realizada ali mesmo.

    No Brasil, 45% da produção nacional de flores sai desse município a 140 km da capital paulista e com menos de 15.000 habitantes — só a cooperativa Veiling Holambra, maior delas, reúne 400 fornecedores na região. E acaba de ser inaugurado na cidade o Ceaflor, mercado também aberto ao público com flores, plantas e acessórios para decoração e festas.

    No entanto, antes de Holambra ser a cidade das flores, os holandeses que chegaram à antiga Fazenda Ribeirão em 1948 queriam produzir leite, mas o gado morreu afetado por uma doença tropical. Investiram, então, em outra tradição que trouxeram do país europeu: o cultivo de plantas ornamentais. Deu tão certo que a antiga fazenda virou município — bem recente, é verdade; sua emancipação ocorreu apenas em 1991.

    Para quem mora mais longe, fora do estado de São Paulo, a visita à cidade de Holambra compensa se a pessoa for muito fã de flores e estiver na época da Expoflora. Mas, para quem mora em uma cidade paulista, o simpático município rende um fim de semana muito gostoso ao longo do ano todo. É um passeio indicado para estar em família, com crianças ou idosos. Estivemos lá com nosso filho, Joaquim, de 10 anos. Nós 3 adoramos Holambra.

    A cidade não é verticalizada. Só vimos construções de 2 andares, exceção feita ao Moinho Povos Unidos. Um dos pontos turísticos de Holambra, a construção tem 38 m de altura. Fique de olho na previsão do tempo porque, com o campo aberto, o sol do interior pega forte e à noite o ar frio pode pedir um casaquinho. Em compensação, o horizonte é incrivelmente mais limpo do que aquele que se vislumbra na capital paulista. E o ar, igualmente mais puro.

    Confira abaixo o que fazer em Holambra (SP), além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | HOLAMBRA

    pontos turísticos

    O Portal é o primeiro dos pontos turísticos de Holambra com que o visitante se depara na chegada à cidade das flores no interior paulista. Erguida ao estilo das fachadas típicas da Holanda, essa construção dá boas vindas a quem deixa a estrada.

    Quem não passa embaixo do portal, e sim segue à direita na rotatória, se depara com outro orgulho de Holambra: o Moinho Povos Unidos. Construído em 2008 por um especialista holandês, ele é uma réplica fiel aos exemplares erguidos no meio do século 18 na Europa. Tem 38 m e 10 andares. Informação importante a quem pretende visitá-lo por dentro: no total, são em torno de 150 degraus e, na volta ao térreo, é preciso descer de costas os lances de escada.

    Memorial do Imigrante, monumento Piet Schoenmaker — coordenador dos grupos de dança da Expoflora — e Praça dos Pioneiros — com casinhas que relembram onde viviam os primeiros membros da cooperativa de Holambra — são referências aos colonizadores presentes por toda a cidade. Para conhecer sobre a história dessa imigração e as tradições holandesas, vá ao Museu Histórico Cultural.

    Uma visita a um campo de flores de Holambra é um programa quase obrigatório na cidade — atenção: quase a totalidade do cultivo na cidade é feito em estufas, mas isso não diminuiu a beleza do passeio. Aliás, os tours são feitos por empresas credenciadas, nunca diretamente com os produtores.

    Caminhe sem pressa ao redor do Lago Vitória Régia e pare um pouquinho em um dos cantinhos mais procurados de Holambra: o Deck do Amor. Tire fotos ou sele uma união deixando na ponte um cadeado, como manda a tradição. Para deixar claro o quanto você está encantando com a cidade, faça selfies diante do letreiro Eu Amo Holambra.

    Ele fica na Praça dos Coqueiros em frente ao Parque Van Gogh. Com reproduções de pinturas do gênio holandês, este espaço às margens de um lago reúne ainda trabalhos artísticos realizados por um núcleo de inclusão social da cidade.

    Perto dali, a Prainha é um ponto de encontro para curtir o fim de tarde. A qualquer hora do dia ou da noite, a Doria Vanconcelos exerce sua vocação de rua turística de Holambra, com bares, restaurantes e lojas cheias de atrativos para comprovar todo o charme desse pedacinho da Holanda dentro do Brasil.

    Moinho Povos Unidos é uma réplica dos construídos na Europa no século 18 – Foto: @ComoViaja
    Selfie no Parque Van Gogh, diante de reproduções de obras do pintor holandês – Foto: @ComoViaja

    HOTÉIS

    Uma das dúvidas que mais recebemos no Como Viaja relacionadas a hotéis em Holambra diz respeito à localização. Especialmente quando é época da Expoflora, o que todo mundo procura é um hotel próximo à feira para ir caminhando até lá. Uma informação importante é que nenhum hotel fica coladinho ao evento. Isso porque entre o Centro da cidade e a entrada de pedestres do parque de exposições existe o Lago Vitória Régia. Então é preciso contorná-lo para se chegar a pé à festa das flores de Holambra.

    Há algumas opções (bem avaliadas em sites de reserva) de hotel em Holambra no Centro. A novidade em termos de acomodação na cidade é o 1948 Hotel, inaugurado em junho de 2019. Estivemos lá por 2 noites e achamos bem prático. Moderno, ele tem minicozinha no quarto, espaço para pendurar roupas, mesa para trabalho e smart TV com Netflix. Fica no Centro, mas numa área residencial, a uns 2 quarteirões do burburinho.

    Bem próximo ao lago se encontra o Villa de Holanda. Ainda no Centro, é possível se hospedar no Top Centrum e no Holambra Garden Hotel. Um pouco mais afastados se encontram o Parque Hotel Holambra e o Rancho da Cachaça Pousada.

    Andamos muito até para entender como funciona a cidade durante a festa das flores. A partir do Centro, o mais conveniente para ir à Expoflora é o trajeto ao redor do lago — isso vale para todas as opções de hotel em Holambra. Para chegar ao evento, tiramos de letra. Mas, à noite, depois de andarmos o dia inteiro pela feira, o percurso pesou um pouco, especialmente porque carregávamos souvenir e flores.

    Se você pretende fazer o mesmo, recomendamos que pare o carro o mais perto possível do Deck do Amor, na Rua Primavera (a do lago) ou na sua paralela, a Rua Campo de Pouso. Aí só tem de carregar o que comprou no trecho em forma de L a ser percorrido entre a saída da feira e o pedaço da Alameda Maurício de Nassau interditado para o trânsito de veículos durante a Expoflora.

    Outra ideia para acomodação nessa região do interior paulista é ficar num hotel em Jaguariúna (distante 15 km) e até em hotéis em Campinas (localizada a 40 km).

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    RESTAURANTES

    O Boulevard Holandês (Rua Dória Vanconcelos), além de bonitinho, concentra instituições: a Casa Bela e a Confeitaria Martin Holandesa, entre os principais restaurantes em Holambra. O menu de ambos alterna entre comida holandesa e cozinha internacional, e seus salões incluem mesas na varanda. No mesmo quarteirão (também com deck voltado para o movimento da rua), o Sushi Bloem mistura influências chinesa e japonesa.

    Com opções de menu executivo em alguns dias da semana, o Hoek Burger traz uma pitada da Holanda em seus sandubas e ainda comidinhas veganas. Colada ao Portal de Holambra, a Straat Bier é a cervejaria orgulho da cidade. Entre uma IPA e uma Red Ale, mastigue um espetinho. Carnes, aves e peixes em versões que remetem aos Países Baixos são o forte da Tratterie Holandesa, do chef Marcel Bijkerk, formado na Holanda.

    Já a proposta de Robert Jager é culinária afetiva. Nascido em Leeuwarden, norte da Holanda, seu restaurante The Old Dutch oferece receitas bem tradicionais, como o joelho de porco frito, com repolho cozido, arroz holandês, purê de maça e hutspot (purê de batatas, cebola e cenoura, carregado de especiarias).

    Para tomar um café num fim de tarde, a Zoet et Zout é o lugar. Pronuncia-se Zút em Záut, mas pode chamar de confeitaria do lago. Em frente ao Vitória Régia, serve delícias como o Oranje Bloem (doce com mousse de flor de laranjeira) e a Appeltaart (torta de maçã e passas). Tem também o melhor sorvete de Holambra, com destaque para os sabores de flor e o spekulaas, versão gelada do biscoito holandês, que eles fazem muito bem.

    Outro biscoito típico da Holanda é o stroopwafel. A união de duas placas de massa com recheio de caramelo pode ser provada em vários lugares da cidade. Confeitaria Martin Holandesa e Oma Beppie são marcas tradicionais. Prove uma de cada e escolha qual lhe agrada mais.

    The Old Dutch: joelho de porco e purê de especiarias – Foto: @ComoViaja

    moeda

    Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica mantêm agências na cidade, todas elas localizadas na Rua Rota dos Imigrantes, a principal via de comércio de Holambra. Utilize dinheiro em espécie para pagar despesas muito miúdas. Cartões de débito e crédito são aceitos em restaurantes, lojas e também nos mercados de flores.

    Durante nosso passeio pelos campos, compramos plantas, lembrancinhas e cervejas em um dos produtores locais. O sinal de internet colaborou (estávamos no meio de um trecho bem rural) e pudemos pagar na maquininha de boa.

    compras

    Não tem nem conversa. Essa viagem inclui comprar mudas de flores em Holambra. Sobram endereços para você renovar o jardim de sua casa com produtos diretamente da fonte ao longo do ano inteiro. Desde setembro de 2019, tem mais um: o Ceaflor, mercado também aberto ao consumidor final, localizado na SP 107, na chegada à cidade. Vende flores, plantas e acessórios para decoração e festa, de produtores de São Paulo e de outros Estados, como Rio de Janeiro, Santa Catarina e até Rondônia.

    Perto do Portal de Holambra, na mesma SP 107, há mais possibilidades — leia mais sobre o Ceaflor nesse link, além de outras lojas para comprar flores em Holambra.

    Dentro da cidade, no Centro, a Pronta Flora opera em sistema de autosserviço e é muito procurada por quem busca plantas e acessórios. Na mesma Rua Campo de Pouso, a loja A Orquídea não vende só essa planta. Há produtos para jardinagem e objetos de decoração, entre eles, vasos de cerâmica e peças em pedra sabão.

    Mas há mais para comprar em Holambra além de flores. Além de restaurante, o Grupo Casa Bela mantém uma loja de presentes e de roupas, tudo isso na Dória Vasconcelos, a rua turística de Holambra. Louça holandesa na forma de enfeites, canecas, utensílios domésticos e tamancos de madeira estão à venda na primeira loja. Na segunda, moda feminina.

    Quem gosta de ter em casa peças únicas, e descoladas, feitas à mão, vai gostar da Holambra by Designers, loja que ocupa uma das casinhas coloridas do animado boulevard da cidade. Do outro lado da rua, as especialidades do Gourmet Gate são as geleias de flor de hibisco e de rosas com notas de ouro, além de pimentas e outras conservas. E uma passadinha pela lojinha que fica no Moinho Povos Unidos sempre rende algum souvenir típico, como bicicletinha ou moinho de madeira em miniatura.

    Casinhas holandesas são ótimas lembrancinhas – Foto: @ComoViaja

    CLIMA

    Holambra tem clima ameno, com temperaturas médias que oscilam entre 15°C e 24°C. Os termômetros podem passar dos 35°C no verão. O sol do interior queima legal, então mantenha o protetor solar em dia.
    O inverno está longe de ser congelante, mas de junho a agosto a temperatura fica na casa dos 10°C. Tenha um casaco para encarar o ventinho em dias assim. Se visitar a Expoflora ou campos de flores, além do protetor, use roupas leves. Fizemos os passeios em dias bem quentes, de sol e céu sem nuvens, em que toda a sombra foi amigável.

    EVENTOS

    A Expoflora, festa das flores de Holambra, é o grande momento da cidade. O evento é realizado do último fim de semana de agosto até o último domingo de setembro. Em dezembro, o Recinto da Expoflora se transforma em uma vila de Natal toda iluminada, o Noeland. Além de 2 milhões de lâmpadas, a decoração inclui símbolos e personagens natalinos. Há apresentações musicais, folclóricas e um presépio vivo, espetáculo acompanhado pelo público que percorre a pé um caminho temático.

    No Carnaflores, a terça-feira gorda é dia de os tratores virarem carros alegóricos e o povo tomar a Alameda Maurício de Nassau em desfiles de blocos, tudo bem familiar. Cidade fundada por holandeses praticantes do catolicismo, Holambra mantém a tradição da Paixão de Cristo, encenada na Prainha.

    Fiéis às raízes, os holambrenses celebram o Dia do Rei em homenagem ao rei da Holanda, nascido em 27 de abril. As festividades incluem danças típicas, apresentações artísticas e uma corrida que percorre os principais cartões postais de Holambra, entre eles, o Moinho Povos Unidos, onde começa e termina a prova.

    Ligada ao agronegócio, a cidade tem o mês de julho movimentado por duas feiras (Enflor e Garden Fair) voltadas a decoradores, arquitetos e outros profissionais para quem flores e plantas são matéria prima. Em agosto, tratores ‘fuçados’ são a grande atração da Trekker Trek, Criada nos Estados Unidos, a competição testa que máquinas conseguem arrastar cargas de até 15 toneladas!

    TRANSPORTE

    A partir da capital paulista, são 140 km de distância até Holambra. Basta pegar o sistema Anhanguera/Bandeirantes e, cerca de 1h30 depois, cruzar o portal que dá boas vindas aos visitantes. O trânsito na cidade é tranquilo. Algumas ruas são desertas de pedestres e só há um semáforo em toda a cidade, no cruzamento da Rua Rota dos Imigrantes com a Rua Dr. Jorge Latour, no Centro.

    mais destinos

    Holambra faz parte do Circuito das Águas (SP), conjunto de cidades do interior paulista famoso por ter águas medicinais, artesanato, boa gastronomia e turismo de aventura. Estão muito próximas, então é possível fazer um bate e volta a partir de Holambra, num roteiro com esses destinos. Em Jaguariúna, um dos atrativos é o passeio de maria fumaça até Campinas.

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  • Tiradentes, Minas Gerais

    Tiradentes, Minas Gerais

    Uma das mais bonitas Cidades Históricas do Brasil. Tiradentes, em Minas Gerais, se manteve pequena – são em torno de 7.500 habitantes – e preservada, com casario colonial e igrejas barrocas. Prático e completo, o Guia de Viagem Gratuito | Como Viaja reúne tudo o que precisa saber sobre o destino para resolver sua viagem: clima, preparativos, hospedagem, passeios, restaurantes, transporte, compras, eventos e esticadas.

    Para saber o que fazer em Tiradentes e se planejar com antecedência, veja também as nossas sugestões de onde ficar em Tiradentes e de passeios como maria-fumaça de Tiradentes.

    Antigo Arraial de Santo Antônio da Ponta do Morro, fundado em 1702, Tiradentes teve seu conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1938. A cidade ganhou fama nacional nos anos 1980 e estabeleceu um importante calendário de eventos, como a Mostra de Cinema, em janeiro, e o renomado Festival de Gastronomia de Tiradentes, em agosto.

    Nos últimos 10 anos, Tiradentes cresceu muito, mas não perdeu sua identidade. Hoje oferece a possibilidade de uma viagem rica em história, com artesanato e comida mineira – bem como restaurantes de culinárias diversas (tem até a tailandesa do Uai Thai) – e lojas de design (caso do ateliê da artista Daniela Karam). Nessa década, aumentou bem a oferta de lojas e pousadas em Tiradentes. Também cresceu a lista dos melhores restaurantes de Tiradentes, entre eles, o Angatu, o Tragaluz e o Pacco & Bacco.

    Artesanato mineiro em ferro e madeira
    Madeira e ferro no artesanato mineiro

    Como ocorre em toda boa cidade de interior que se preze, a vida em Tiradentes começa em torno da praça central, lá chamada de Largo das Forras. Em qualquer rua que se tome a partir dali, surgem possibilidades de passeios e atividades. A Serra de São José serve de cenário ao redor e é apreciada tanto de perto, em trilhas e cachoeiras, quanto à distância, na maria-fumaça de Tiradentes, o passeio de trem até São João del Rei.

    Super-indicado para uma escapada romântica, com pousadas e ruas charmosas, o destino mineiro cai bem também para uma viagem em família. Um roteiro em Tiradentes de 2 dias inteiros é suficiente para curtir a cidade, mas não é nada mal ficar mais tempo.

    Largo das Forras, principal praça de Tiradentes
    Largo das Forras, a principal praça de Tiradentes

    Confira abaixo o guia gratuito de Tiradentes (MG), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série com opções de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    Clima

    Na hora de arrumar a mala, não esqueça de incluir um casaco. A temperatura na cidade de Tiradentes é agradável, mas as noites são frescas mesmo no verão (média de 17°C). De dia, o sol de serra engana, mas queima; use protetor solar. Os termômetros oscilam em torno dos 24°C ao longo do ano inteiro.

    Os meses de dezembro e janeiro são historicamente os mais chuvosos, com precipitação acima dos 270 mm. Junho, julho e agosto têm dias secos e praticamente sem nuvens. O céu azul em contraste com o casario colorido deixa as fotos ainda mais lindas.

    Durante o inverno, as noites costumam registrar 11°C em média, com possibilidade de queda durante a madrugada. Cuidado com botas e calçados de solado escorregadio porque pode deslizar no calçamento pé de moleque.

    Preparativos

    Transporte

    Depois, opte pelo aluguel de carro na capital mineira (a 190 km), distante umas três horas de estrada. Dá o dobro disso e pouquinho mais se você sair de São Paulo (a 490 km) e tomar a Fernão Dias, rodovia que une mineiros e paulistas. Do Rio de Janeiro (a 370 km), o caminho é a BR-040.

    Chegando lá, estacione e só reassuma o volante novamente para visitar o comércio na rua de entrada da cidade, ir à cidade de São João del Rei ou dar um pulo no vizinho distrito de Bichinho. No mais, gaste calorias e sola de tênis subindo e descendo as ladeiras de pé de moleque do centro histórico de Tiradentes. De avião, vá até Belo Horizonte.

    Dinheiro

    Cartões de crédito e débito são bem aceitos pelos principais bares, restaurantes e lojas de Tiradentes. Mas alguns pequenos produtores de queijo ou de artesanato podem aceitar apenas dinheiro em espécie.

    A cidade tem duas agências bancárias, separadas por uma parede e localizadas a 100 metros do Largo das Forras. A entrada do Bradesco fica na Rua Ministro Gabriel Passos, enquanto o acesso ao Itaú é feito por uma viela lateral à esquerda. Não precisa nem trocar de calçada.

    Café em Tiradentes: cartão é bem aceito
    Cartão bem aceito em cafés, restaurantes e lojas

    Não há caixas eletrônicos da Rede 24 Horas em Tiradentes. Para encontrar um deles, será necessário ir até São João del Rei, cidade vizinha onde também há agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Santander – abrem às 11 horas da manhã.

    Hospedagem

    Não se preocupe, você vai encontrar pousadas em Tiradentes, e de sobra. Para se ter ideia de como a cidade mineira cresceu nos últimos 10 anos, há centenas de hotéis em Tiradentes na Booking. De hotel no centro histórico a propriedades logo na entrada da cidade mineira; há ainda hospedagem com a Serra de São José como cenário, caso da Solar da Serra Tiradentes, no caminho para Bichinho. A cidade acomoda todo tipo de viajante. De pousadas baratas, ao estilo cama e café, até opções com serviço de recreação infantil, como a Pousada Pequena Tiradentes e o Santíssimo Resort, buscados por famílias.

    Pousada Pequena Tiradentes, com piscina
    Hotéis e pousadas no Centro e fora, como a Pequena Tiradentes

    Em 2019, Nathalia se hospedou na Pousada do Largo, com cama confortável, ar-condicionado split, amenities no banheiro e localização imbatível. Fica diante da principal praça da cidade, o Largo das Forras, onde também se localiza a Pousada Mãe D’Água.

    Para quem não faz questão de estar dentro do Centro, mas quer chegar lá com uma curta caminhada, a Pousada Don Quixote é uma boa alternativa (ficamos nela em 2007, quando foi inaugurada; gostamos muito). Tem piscina, como a Pousada Villa Allegra e a Pousada Ouro de Minas, outras sugestões de hospedagem perto da área histórica – ambas oferecem alguns apartamentos com banheira de hidromassagem. Bonita e bem avaliada nos sites de reserva, a Lis Blue Pousada, perto da estação da maria-fumaça, tem chalés que lembram uma casinha no campo e quitutes preparados no fogão à lenha.

    Passeios

    A voltinha de charrete pela cidade é quase sempre irresistível para casais de namorados ou famílias com crianças. É possível fazer passeios de bicicleta, a cavalo, de bicicleta ou de carro até a Serra de São José, para ver a natureza local e explorar cachoeiras em Tiradentes. Agências locais organizam tanto tours históricos a pé pelo centro e roteiros gastronômicos com degustação de cachaça e queijo quanto cavalgadas e trekkings na mata em torno da serra.

    Matriz de Santo Antônio, o cartão-postal
    Matriz de Santo Antônio, o cartão-postal – Foto: Divulgação

    Como faz parte das Cidades Históricas de Minas Gerais, ligadas à exploração de ouro no Brasil Colônia, Tiradentes mantém igrejas cheias de detalhes, como pedia o estilo barroco, vigente até meados do século 18. As linhas amarelas da Matriz de Santo Antônio se sobressaem na paisagem, no alto do vale. Quase 500 kg de ouro foram usados na pintura e no folheado da igreja, frequentada por donos de terra e de escravos. Na rua de baixo, a Nossa Senhora do Rosário era a igreja dos negros (o único branco a entrar lá era o padre).

    Ao caminhar pelas ruas do centro histórico de Tiradentes, repare nas bonitas capelas, que são abertas na procissão da Semana Santa, cada uma representa um dos Passos de Cristo. Outra linda construção é o Chafariz de São José, de 1749. Com uma pintura em tom de azul, lembra a fachada de uma igreja em tamanho reduzido.

    Tiradentes tem museus interessantes, a maior parte relacionada à religiosidade, importante aspecto da cultura local. A recuperação de um casarão do século 18 e de centenas de peças ligadas ao catolicismo deu origem ao Museu da Liturgia, que abriga 420 itens datados do século 18 ao 20. Já o Museu Sant’Ana reúne quase 300 imagens da mãe de Maria, em sua maioria com a filha, em obras dos séculos 17 e 18, produzidas por artesãos de várias partes do Brasil.

    O que conhecer em tiradentes: Chafariz de São José
    Chafariz de São José, como a fachada de uma igreja

    Quem aprecia pintura e escultura deve conferir o Instituto Mário Mendonça. O pintor brasileiro, mestre em arte sacra, fez da sua casa em Tiradentes um museu para suas obras e sua coleção, que inclui bailarinas de Degas e quadros de Di Cavalcanti e Guignard. O Museu Padre Toledo funciona no casarão onde o vigário morava, lugar da primeira reunião dos inconfidentes. Repare nas pinturas do texto, no mobiliário de época e na Sala dos Espelhos.

    Bichinho e Tiradentes são ótimos destinos para garimpar móveis rústicos e artesanato. Quem viaja em família também costuma esticar até esse distrito, no vizinho município de Prados, para brincar na Casa Torta. Um roteiro em Tiradentes para crianças sempre inclui o centro cultural com camarim, parede para pintar e cama elástica.

    Restaurantes

    Vá a Tiradentes, mas não conte ao seu cardiologista. Quem gosta de comer (e bem) se esbalda na cidade mineira, onde há mais de duas décadas é realizado o Festival de Gastronomia Tiradentes, com participação ativa dos chefs locais. São eles que contribuem para a fama de boa mesa que a cidade tem. Com mais ou menos tempo de estrada, há restaurantes para todos os gostos (licença pelo trocadilho e pelo chavão).

    O colorido das culinárias tailandesa e mexicana, por exemplo, está presente no Uaithai (vá de rolinho primavera de pato e de sorvete de tamarindo na sobremesa) e no Casazul Bistrô (frozen margarita, nachos com guacamole e quesadillas com recheio de carne moída ou porco desfiado são as pedidas). Café com bolo e maçãs verdes cobertas com chocolate belga são o atrativo do Jane’s Apple, que também vende objetos para casa.

    UaiThai, comida mineira com tailandesa
    Comida tailandesa com mineira no UaiThai

    Raízes mineiras são a essência do Pau de Angu – de onde se tem uma linda vista da Serra de São José, na chegada a Bichinho – e do Padre Toledo, alojado em um sobrado de 1722 em Tiradentes. É também em um casarão com três séculos de história que funciona o Tragaluz, cuja goiabada cascão prensada na castanha de caju, servida sobre queijo cremoso e com sorvete de goiaba dá o que falar. E o que dizer do Mané sem Jaleco, a senha para comer um clássico do tradicional restaurante Estalagem do Sabor?

    Porém, uma cidade que abriga um dos mais respeitados festivais culinários do país não se limita ao arroz com tutu. Angatu e Pacco & Bacco são representantes da cozinha contemporânea. Apreciadores de pasta italiana têm no Gourmeco uma alternativa. A lonjura do mar não é impedimento para que se encontre um especialista em bacalhau em Tiradentes, o Atrás da Matriz.

    Petisco no boteco Biroska
    Botecar, uma arte mineira, nos petiscos do Biroska

    Se a intenção for botecar, drinks e 100 tipos de tintos e brancos estão à espera no Entrepôt du Vin, animado ponto da cidade. Simplicidade é a receita do Biroska Santo Reis, com cerveja gelada, ótimos petiscos e uma mercearia para comprar queijo e cachaça. Peça os bolinhos de aipim recheados com queijo ou carne moída. Os quitutes também são gostosos no Templário (soa inacreditável, mas é maravilhosa a coxinha com recheio de rabada). Uma pedida tradicional nos botequins de Tiradentes são os pastéis de angu, de queijo ou carne.

    Vegetarianos também participam da arte de beber e beliscar, já que o Cultivo é o primeiro bar e restaurante do gênero em Tiradentes. As bolinhas de queijo Catauá e os croquetes de milho com ora pro nóbis caem muito bem com o caipeta, caipirinha de limão capeta (como cravo ou rosa em outras partes do Brasil), misturado ao xarope de rapadura.

    Compras

    Ótimas opções de compras se apresentam ao longo das ruas paralelas Direita e Ministro Gabriel Passos. Produtos típicos de Minas Gerais, certamente, estão na lista de compras em Tiradentes: queijos de todas as curas, doces, cachaças, artesanato e tapeçaria, como  caminhos de mesa e jogos americanos de qualidade.

    Ouro Canastra Q’jaria e o Empório Quejos e Doces (loja no Mini Mix Shopping) são os endereços certos para fãs de queijo, além de venderem ótimos produtos mineiros, entre mel, goiabada cascão (é deliciosa a da marca Zélia, molinha ou de cortar) e doce de leite (aprovamos o Rocca com mistura de café). Caso encontre pela cidade, não deixe de experimentar (e comprar) o queijo da Lúcia – o nome da marca é Sabores do Sítio, mas a proprietária, cujo produto extra curado foi premiado na França, ficou tão famosa que basta dizer que procura o queijo da Lúcia.

    Ouro Canastra Q'jaria: loja de queijo em Tiradentes
    Em Minas, queijo também é souvenir

    Se for a Bichinho, não deixe de passar na Mazuma Mineira, para conhecer o processo de produção da cachaça e levar para casa garrafas de rótulos envelhecidos em barris de diferentes madeiras. No distrito vizinho, uma voltinha pela rua principal apresenta muito artesanato e móveis de demolição à venda – a pioneira Oficina de Agosto ficou tão conhecida que já conta com lojas em São Paulo, Rio, Natal e ainda tem representantes na Bélgica e nos EUA.

    Na chegada a Tiradentes, também se passa por vários pontos comerciais com lindas cômodas, cadeiras e mesinhas. Uma delas é a Joelma Marques Móveis e Decorações (confira que lindeza são os relicários), que tem peças prontas e aceita encomenda de personalizadas. Em várias lojas da cidade, como a Empório Heliodora, há a pomba do Resplendor Divino Espírito Santo de vários tamanhos e cores.

    Tiradentes, no entanto, surpreende também pela variedade de artigos descolados, produzidos por gente que se mudou para lá e montou ateliê ali nos últimos anos. Na loja Daniela Karam – Alfaitaria para Casa, por exemplo, encontram-se lindas almofadas, cadeiras, necessaires e cadernos de capa dura. A artista cria as estampas inspiradas em viagens no Brasil ou ao exterior e depois lança coleções com elas.

    Peças de cerâmica de Tiradentes
    Peças de cerâmica estão entre os produtos locais interessantes

    Para quem busca objetos com design diferente, vale checar a Casagrande Cerâmica Artesanal (com belos pratos e travessas em cores sólidas) e a Marcas Mineiras (lugar aconchegante, tem de vasos de cristal a roupa de cama e banho bordada, passando por utensílios para cozinha). Tome um café nos fundos da propriedade (o espresso mineiro vem com doce de leite lambuzado na xícara), acompanhado de bolo de laranja com ganache de chocolate (uma bela forma de terminar um dia de passeio com compra).

    Eventos

    O calendário de eventos em Tiradentes é agitado o ano todo. A cada mudança de temporada um estilo musical é tema do Quatro Estações Festival: MPB, Blues, Jazz ou Bossa Nova. Em janeiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes tem exibições e oficinas gratuitas. O maior evento local, no entanto, se chama Bike Fest, um encontro de devotos de Harley-Davidson com cerca de 30.000 pessoas, realizado no fim de junho, quando a calmaria da cidade dá lugar ao ronco dos motores.

    Na Semana Santa e no Corpus Christi, feriados religiosos, a cidade mantém a tradição dos tapetes de serragem de Minas, traçando o caminho da procissão. O Encontro de Congados no fim de julho reúne grupos de várias cidades da região. 

    Festival gastronômico de Tiradentes – Foto: Divulgação

    Também em junho, é realizado o Tiradentes Vinho & Jazz Festival, mesmo tipo de música do Duo Jazz, realizado em novembro em 2021. No mesmo ano, Tiradentes voltou a realizar seu Festival de Gastronomia Tiradentes, um dos mais renomados do país. O evento organizado em setembro promoveu jantares, aulas e apresentações culturais.

    A cidade também celebra eventos voltados a outros públicos. O Festival Artes Vertentes mexe com fotografia, literatura, artes plásticas, cerâmica, entre outras manifestações. Quem quer saber das tendências deve ir à Semana Criativa de Tiradentes, em outubro. Para as festas de dezembro, a cidade se enfeita de luzes de Natal e tem programação de Réveillon no Largo das Forras.

    Esticada

    Tiradentes pode ser combinada com um roteiro pelas Cidades Históricas de Minas Gerais. A dupla Ouro Preto e Mariana fica em torno de 160 km. Outra opção é dividir a hospedagem entre São João del Rei e Tiradentes. O trajeto entre as duas cidades pode ser feito de carro ou de maria-fumaça – verifique se há saídas do passeio de trem de Tiradentes no período em que estiver na região e fique atento a horário e direção.

    Maria-fumaça de Tiradentes
    Maria-fumaça de Tiradentes a São João del Rei

    Também pode ser interessante fazer uma dobradinha com Belo Horizonte, incluindo ainda outros destinos próximos à capital mineira; entre eles, Inhotim (a cerca de 40 km) e o Parque Nacional Serra do Cipó (quase 100 km).

  • Campos do Jordão (SP): pontos turísticos, hotéis e mais

    Campos do Jordão (SP): pontos turísticos, hotéis e mais

    A temperatura cai, o paulistano sobe a serra. Vão aqui, então, dicas de Campos do Jordão (SP) para os fãs da Serra da Mantiqueira conseguirem montar seu roteiro. Seja qual for o perfil do viajante, é quase certo que ele vai botar os pés no Vila Capivari em algum momento – leia sobre esse e outros pontos turísticos da cidade em o que fazer em Campos do Jordão. O bairro é sinônimo de boa qualidade em matéria de gastronomia, compras, diversão e hotelaria. Seja lá ou fora do centro, sobram hotéis e pousadas em Campos do Jordão.

    Situada a cerca de 1.700 metros de altitude, a cidade paulista é uma das mais altas do Brasil. No passado, o ar puro da montanha já foi recomendado àqueles que sofriam de males do pulmão. E a cidade já foi cenário também dos que padecem metaforicamente dos dramas do coração, como no livro Floradas na Serra. Ambientado na Campos do Jordão dos anos 1950, o romance escrito por Dinah Silveira ganhou versão homônima no cinema, com Cacilda Becker no papel da heroína apaixonada.

    O amor ainda tem forte apelo entre os que escolhem Campos do Jordão como destino de viagem. Escalada, trekking e outros esportes praticados ao ar livre também são razões que levam muitos a cair na estrada — a cerca de 180 km da capital paulista, a escapada de fim de semana é facilitada pela boa qualidade das rodovias de acesso à cidade. E acrescente à lista de motivos os hotéis com estrutura e programação focados nas famílias. Em atividade desde 1943, o clássico Hotel Toriba recebe atualmente uma quarta geração de hóspedes. Moderno, o Botanique Hotel  é marcado pela proposta de pós-luxo sustentável.

    Na alta temporada, a agitação do Capivari remete a certo clima de après ski sem neve. Mês em que a música erudita dá o tom no Festival de Inverno, julho é tempo de ver e ser visto em Campos do Jordão. Em janeiro, quando fenômeno semelhante é sentido nas praias do litoral norte de São Paulo, acredite, é tempo também de seguir para Campos do Jordão, que no verão estará mais vazia e bem mais barata. Nem por isso menos interessante, como este guia pode comprovar.

    Confira abaixo pontos turísticos, hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | CAMPOS DO JORDÃO (SP)

    pontos turísticos

    Boa parte do que tem para fazer em Campos do Jordão passa por atrações ao ar livre, principalmente as atividades que exploram a natureza montanhosa da região.

    Com trilhas para caminhadas e passeios de bike, o Horto Florestal é indicado para quem está viajando com crianças. A Zoom Aventura aluga bicicleta e também vende outras atividades na natureza, como arvorismo e tirolesa. É programa para um dia inteiro já que o parque fica bem distante em relação ao centro da cidade. Aliás, vá de carro para agilizar sua vida.

    No Centro, o Parque Capivari é bem turístico. Tem roda-gigante, lago com pedalinho e brincadeiras para crianças pequenas – o ingresso das atrações pode ser comprado individualmente ou em combos. O histórico teleférico ficou mais moderno. Agora há cadeiras para 6 pessoas e cabines para até 8 ocupantes, que levam os visitantes até o Morro do Elefante. Privatizado, o parque tem banheiros e estrutura de alimentação. Outra novidade recente é o trenó de montanha, com percurso de quase 500 metros, podendo atingir até 40 km/h.

    Ligada ao Hotel Toriba, a agência Aventoriba organiza saídas a cavalo entre outros passeios na natureza, como a trilha leve de 1h30 pela mata seguida de um delicioso piquenique ao pôr do sol em um campo de altitude, acima do nível das araucárias. Sucesso entre meninos e meninas, a Fazendinha Toriba tem de alimentação dos bichos à visitação da horta de onde saem as verduras utilizadas na cozinha do hotel. 

    Para quem gosta de paisagismo, o Parque Amantikir reúne 700 espécies de plantas que ajudam a compor 26 jardins temáticos, percorridos em tours guiados. Uma casa na árvore toda mobiliada atrai a curiosidade de adultos e crianças.

    Outro parque, o Tarundu, é um centro de lazer com cerca de 30 atividades ao ar livre, entre tirolesas, passeios a cavalo, orbit ball e escorregador gigante. Nem o mau tempo atrapalha a diversão já que o parque mantém uma pista patinação no gelo. Estrutura inclui restaurante e estacionamento. Aventura no Rancho também reúne atividades radicais, com destaques para o circuito de arvorismo e para o conjunto de 17 trilhas de mountain bike do Zoom Bike Park.

    No cardápio de atividades pagas do Parque da Cerveja há tour guiado à cervejaria Campos do Jordão, piquenique harmonizado, museu a céu aberto com painéis que contam a história da bebida e um mirante com chão de vidro e visão 180 graus da Mantiqueira.

    Pioneira na produção de cerveja artesanal, e um dos orgulhos de Campos, a Baden Baden também oferece tour de visitação à fábrica com direito a degustação.
    Se a disposição permitir, levante cedo para assistir às missas acompanhadas de canto gregoriano no Mosteiro São João, cercado de paz e tranquilidade. E passe na saída na lojinha que vende artesanato religioso além de pães, bolos e geleias artesanais.

    Campos do Jordão também oferece programas culturais igualmente tradicionais.
    É o caso do Palácio Boa Vista. Antiga residência de inverno do governador de São Paulo, a construção guarda pinturas de Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. 

    No Museu Felícia Leirner o protagonismo é das esculturas: um conjunto de 85 trabalhos da artista de origem polonesa e que morreu em Campos do Jordão. As obras encontram-se  espalhadas pelo belo e conservado jardim, onde também fica o Auditório Claudio Santoro, palco do Festival de Inverno e de outras apresentações musicais durante o ano todo. 

    Maior museu do gênero no país, a Casa da Xilogravura ocupa um simpático imóvel de 1928, com amplo acervo de gravuras produzidas por artistas brasileiros e de outros países.

     

    Capivari, onde tudo acontece em Campos – Foto: Sérgio Biagioni/Divulgação
    Horto Florestal em Campos do Jordão – Foto: Sérgio Biagioni/Divulgação

    HOTÉIS

    Quem fica nos hotéis de Campos do Jordão localizados no Capivari leva vantagem na hora curtir o principal bairro da cidade. Pousada Luis XV e Hotel Serra da Estrela são exemplos da praticidade que é ter boas opções na hora de comprar, de comer e de se divertir sem rodar demais.

    Hóspedes do Villa Casato Residenza Boutique desfrutam disso e ainda aproveitam a exclusividade dos serviços dessa pousada inspirada na Toscana e que mantém apenas oito aconchegantes suítes, duas delas inauguradas recentemente. Entre os melhores hotéis de Campos do Jordão, segundo avaliação de viajantes no site Trip Advisor, o Le Renard é para quem não dispensa pequenos luxos, como o serviço de transfer oferecido pelo hotel, localizado a apenas 900 metros do burburinho.

    Bom gosto, sofisticação e muita história cercam o Hotel Vila Inglesa, a apenas 5 minutos de carro do Centro. O Grande Hotel Campos do Jordão é outro exemplo de hospedagem próxima ao Capivari. Hotel-escola administrado pelo Senac, ele funciona em regime de pensão completa. Localizada a apenas 150 metros da tradicional choperia Baden Baden, a Pousada Casa Gialla serve um café da manhã especial durante a temporada de inverno. Na Casa Regaleira Hotel-Boutique, a primeira refeição do dia pode ser saboreada ao longo de toda a manhã, no ritmo de cada hóspede — o hotel aceita apenas adultos.

    De estilo alpino, o Hotel Toriba é um clássico que agrada às famílias com crianças. Inaugurado em 2021, o Aventoriba Lodge é opção de hospedagem com todo o confronto dentro do Horto Florestal, perfeito para quem sonha viver uma experiência imersiva em meio à natureza da Serra da Mantiqueira. Distante do área central, o Botanique Hotel & Spa é indicado a quem procura por isolamento. Além dos apartamentos sobre o prédio principal, o único representante da rede Six Senses nas Américas tem vilas privativas, repletas de luxo e serviços exclusivos.

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    RESTAURANTES

    Deixe seu regime para depois. Tofu e nabo não cabem na culinária praticada pelos principais restaurantes de Campos de Jordão. Neste destino de montanha os sabores são encorpados e vigorosos, com utilização de ingredientes locais, como o pinhão.

    Pescado típico da região, a trauta ganha crosta de pistache, recheio de boursin e agrião antes de ser assada e servida com purê de mandioquinha no Confraria do Sabor.

    De queijo ou de chocolate, a fondue está entre as opções dos tradicionais Davos Maison Suisse e Ludwig Restaurant, onde uma taça de vinho e o calor da lareira tornam a experiência ainda mais aconchegante. 

    No Toribinha Bar & Fondue, destaque para o raclette servido à moda original ou vegetariana. Ao lado da entrada do hotel, o Estação Toriba serve sanduíches num antigo vagão de trem convertido em lanchonete.

    A choperia Baden Baden cativa o público desde 1985 com pratos alemães combinados com rótulos exclusivos da cervejaria-símbolo de Campos. Com unidade produção ao lado do seu gastro-bar, a Caras de Malte aposta na dobradinha cerveja artesanal com grelhados à moda uruguaia e petiscos. O fogo também molda o menu do Alto da Brasa, restaurante comandado por uma brew chef dentro do Parque da Cerveja.

    Distante cerca de 15 km da agitação, o Empório dos Mellos é voltado aos que se entregam ao conceito de slow food. A sustentabilidade guia todas as etapas de produção de uma cozinha de roça, elaborada com ingredientes vindos diretamente de sítios locais. Para consumir sem pressa nem culpa.

    Não muito distante do empório-restaurante, a Eisland serve sorvetes elaborados com leite de vacas da raça Jersey, que podem ser admiradas no pasto da fazenda onde toda a produção se concentra.

    compras

    Os principais centros comerciais de Campos de Jordão se esparramam pelo bairro Capivari. São lojinhas que preenchem casinhas construídas em estilo enxaimel, como as do Boulevard Genève e dos shoppings Capivari e Aspen Mall.

    Em todas elas há boa oferta de chocolates artesanais, malhas, vinho e lembrancinhas. Entre uma loja e outra você encontra cafeterias e bistrôs como o Sans Souci, cujo agradável pátio tem mesas ao ar livre.

    Quem mora na cidade de São Paulo encontra com relativa facilidade algumas versões da cerveja Baden Baden. No burburinho do Capivari, a loja que funciona ao lado da icônica choperia satisfaz quem procura rótulos sazonais. Kits com diferentes estilos da bebida, copos e outros produtos estão à venda.

    Caras de Malte e Cervejaria Campos do Jordão também estão de portas abertas a quem deseja adquirir seus rótulos direto da fonte.

    Quem visita Campos dificilmente escapa de provar alguma marca de chocolate local. A Spinassi tem barrinhas, bombons e trufas, além de geleias e cachaça para quem não curtir cacau. Outra fabricante tradicional, a Araucária oferece visita gratuita à unidade de produção. 

    As prateleiras da Liége são um paraíso de chocólatras. Na loja situada no Capivari é possível ainda experimentar sua linha de sorvetes e uma febre entre os turistas: o palito de morango coberto por chocolate, branco ou ao leite, que escorre de uma cascata.

    Alinhado à cultura do não desperdício, o Projeto Mãostiqueiras reaproveita lã descartada da tosa por criadores de ovelhas e transforma a fibra em mantas, almofadas, sabonetes esfoliantes, entre outros produtos. Todo o dinheiro arrecadado com as vendas é revertido à comunidade envolvida neste projeto social, que fica a 7 km do Centro.

    TRANSPORTE

    Campos do Jordão fica a 180 km da cidade de São Paulo. As rodovias Dutra e Ayrton Senna são as principais rotas de saída a partir da capital paulista ou para quem desembarca no aeroporto de Cumbica e deseja viajar à cidade que integra a região do Vale do Paraíba.

    Se esse for o seu caso, considere o aluguel de carro para conseguir visitar com calma e total liberdade as vizinhas São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal.

    O uso de veículo próprio dá grande independência até mesmo para quem só for ficar em Campos do Jordão, porque algumas de suas atrações e atividades estão afastadas do Capivari. E porque os serviços de táxi e de carros por aplicativos nem sempre te buscam em locais distantes, como o Horto Florestal ou o Parque Amantikir.

    Há estacionamentos pagos e vagas rotativas (Zona Azul) em alguns bairros da cidade (no Capivari, vagas extras são oferecidas na alta temporada). Ou seja, você encontrará poucos espaços livres de cobrança oficial na rua. Sem contar que, provavelmente, um flanelinha vai inflacionar o valor da ‘caixinha só para dar aquela olhadinha no carro’ de acordo com a lei da oferta e da procura.

    Olho aberto também com os radares. Respeite os limites de velocidade da cidade, especialmente na avenida que conduz ao Capivari.

    Campos do Jordão oferece 3 roteiros turísticos de bonde, todos com saídas a partir da estação Emílio Ribas, ao lado do Parque Capivari, e duração que varia entre meia-hora e 70 minutos.

    Atualmente, para alcançar os 1.800 metros de altitude do Morro do Elefante, use o carro e visite o principal mirante de Campos do Jordão. O histórico teleférico de 1970 passa por reforma. As tradicionais cadeirinhas estão sendo substituídas por modernas cabines.

    MOEDA

    Prefere pagar com débito ou crédito? As principais bandeiras de cartão são aceitas por quase todos os prestadores de serviço, em atrações e nas lojas de Campos do Jordão. Se não viajar com dinheiro vivo no bolso, não se preocupe. A cidade tem caixas eletrônicos no Capivari e agências dos maiores bancos localizadas no Centro e na Vila Abernéssia. Durante a alta temporada, existe a chance de você enfrentar alguma fila na hora de sacar.

    Bonde – Foto: Tadeu Sales/Divulgação

    CLIMA

    O charme de Campos do Jordão é o inverno, quando as temperaturas oscilam entre 22°C de dia até -5°C à noite, com alguns registros de geada. Os termômetros também podem indicar marcas negativas no outono, quando as máximas dificilmente ultrapassam os 25°C. Na primavera e no verão, as manhãs são quentes (de 28 a 30°C) e as noites, fresquinhas (de 10 a 13°C). Tenha sempre um casaco leve à mão, pois a sensação térmica costuma indicar geralmente indica temperaturas mais baixas.

    EVENTOS

    Auditório Claudio Santoro – Foto: Sérgio Biagioni/Divulgação

    Maior evento de música clássica da América Latina, o Festival de Inverno de Campos do Jordão chega à 52ª edição em julho de 2022. Algumas apresentações têm entrada gratuita e são realizadas em espaços como o Palácio Boa Vista e o Auditório Claudio Santoro — a principal sala de concertos do festival foi erguida em meio a uma área remanescente de Mata Atlântica. Ao longo do ano, ela também recebe apresentações de nomes da MPB, como Alceu Valença, Zeca Baleiro e Maria Rita.

    Mês de aniversário de fundação da cidade, abril também também marca as comemorações da tradicional Festa do Pinhão. Durante duas semanas, a Praça do Capivari serve de palco para bandas enquanto barracas vendem comidas preparadas com a semente do pinheiro.

    Em Campos do Jordão, algumas atrações só funcionam a pleno vapor a partir do outono e encorpam para valer na alta temporada. Espaços temporários são abertos e atraem de endinheirados a aspirantes de celebridades, que se esbaldam em festas com música ao vivo e DJ’s.

    Durante o ano todo, Campos do Jordão também é sede de reuniões de colecionadores de carros antigos e de encontros de motociclistas, tudo embalado por apresentações musicais ao vivo e gastronomia garantida pelos food trucks.

    MAIS DESTINOS

    Reserve um dia ao menos para visitar São Bento do Sapucaí, a 30 km de Campos do Jordão. Na contramão da vizinha agitada, a cidade é destinada a quem quer sossego em meio à natureza bruta.

    Este refúgio de montanha tem vocação para os esportes de aventura, com destaque para as trilhas que levam ao conjunto de rochas Bauzinho, Ana Chata e Pedra do Baú, um dos melhores pontos de escalada do estado.

    Neste trecho da Mantiqueira também está se consolidando uma importante rota vinícola. Raízes do Baú e Villa Santa Maria são duas das propriedades abertas à visitação e prova.

    Por conta da proximidade (30 minutos de estrada, se tanto), Santo Antônio do Pinhal já foi alternativa de hospedagem ao chamado custo-Campos do Jordão.

    De uns tempos para cá, pousadas de charme viraram o jogo, devido em parte à melhoria dos serviços de infraestrutura e de lazer da cidade. Cervejaria Araukarien e Azeite Sabiá apostam na fórmula visita + degustação = compras.

    Pinhal fez do seu Festival da Truta e do Pinhão um imã de casais e famílias à procura de boa mesa, ar puro e descanso. Para quem não dispensa uma dose de adrenalina, o Pico Agudo é o cenário para a prática de voo livre.

    Santo Antônio do Pinhal, plano B de Campos – Foto: Wagner Ribeiro/Divulgação


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