Categoria: Munique

  • Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Lei da pureza da cerveja alemã: tradição a canecões em Munique

    Há mais de 500 anos existe a lei da pureza da cerveja alemã: a Reinheitsgebot, entrou em vigor em 1516 na Baviera. Na Alemanha tomar cerveja é parte do costume. Mas na Baviera, no sul do país, o canecão de 1 l é praticamente garantido à mesa. As cervejarias bávaras produzem diferentes tipos da bebida.

    Quando estivemos em família em Munique, provamos e comprovamos a dedicação dos bávaros em manter a tradição, a belos goles da bebida mais famosa do país, vendida em canecos no biergarten, jardim de cerveja, do Englischer Garten, o maior parque da cidade. Aos fãs de cerveja alemã, outro lugar para ir é a Hofbräuhaus, cervejaria que virou ponto turístico de Munique.

    | Confira 2.500 audiolivros e 40.000 ebooks na Tocalivros para curtir no caminho |

    E a tradição cervejeira se estende por toda a Baviera. No norte, a Francônia, onde fica a cidade de Nuremberg, tem 1/4 das 600 cervejarias dessa região alemã. Pudera, os bávaros têm tudo a ver com a lei da pureza e com o tipo de cerveja que se toma maciçamente na Alemanha. Quer saber por quê? Leia essas 8 curiosidades sobre a regra quincentenária:

    1 | Criação na Baviera

    A lei original foi promulgada pelo duque Wilhelm IV, na cidade bávara de Ingolstadt, em 23 de abril de 1516. Ainda não tinha o nome de Reinheitsgebot — ‘Reinheit’, pureza, e ‘Gebot’, exigência ou mandamento, numa tradução livre do alemão.

    Baviera, a região da cerveja e seus canecões

    2 | Ingredientes permitidos

    O nome difícil é guardião de simplicidade na receita da bebida-ícone da Alemanha: deve levar apenas água, lúpulo, malte e levedura. O último ingrediente foi acrescentado posteriormente, quando no século 19 foram descobertas suas propriedades na fermentação.

    Em torno de 5.500 tipos de cerveja são produzidos pelas cerca de 1.350 cervejarias da Alemanha. Como então eles conseguem tanta variedade? A mão do mestre cervejeiro, a receita, a qualidade da água e até o método de moagem dos cereais influenciam no resultado que chega ao copo.

    Biergarten de Munique, no Viktualienmarkt

    Um dado recente na fabricação foi apontado pelo Instituto Ambiental de Munique em 25 de fevereiro de 2016, após testes realizados em 14 cervejas populares na Alemanha. Reportagem da Deutsche Welle Brasil, redação brasileira da empresa alemã de comunicação, informa que o órgão detectou um quinto elemento em todas as marcas avaliadas: o herbicida glifosato, em quantidades variando de 0,46 a 29,74 microgramas por litro. De acordo com o texto da Deutsche Welle, o Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos explicou que nessa quantidade o glifosato não oferece risco à saúde e que esse fato já era esperado pois o herbicida é usado em lavouras.

    Ler essa notícia me remeteu a uma das telas que vi com Fernando em nossa visita ao Museu do Amanhã, no Rio, um dos desafios da humanidade é resolver o dilema do uso de produtos químicos na agricultura, ou seja, descobrir como garantir a produção em larga escala sem usá-los.

    3 | Origem da Reinheitsgebot

    Cervejeiros da Turíngia alegam que a Reinheitsgebot deriva de uma portaria estabelecida nessa região alemã em 1434 — para você localizar no mapa, a Turíngia fica acima da Baviera. Seja como for, os bávaros têm tradição no assunto e celebram anualmente a bebida na Oktoberfest Munique.

    Lei local no mastro do Viktualienmarkt

    A lei da Baviera surgiu em 1516, com a reunificação dessa região alemã. Em Munique já existia uma lei de pureza desde 30 de novembro de 1487, instituída pelo duque Albert IV. O mastro do Viktualienmarkt, mercado da cidade, cita a Reinheitsgebot local.

    4 | Teste de qualidade

    Para a cerveja ser boa tem de cair bem na boca? Durante os séculos 15 e 16, os provadores oficiais da Baviera usam um teste mais prosaico. Jogavam a bebida em cima de um banco e, vestindo calça de couro, se sentavam ali por 3 horas. Aí se levantavam. Se o couro grudasse no banco, a cerveja era de qualidade. Caso contrário, o produtor podia ser penalizado.

    5 | Validade na Alemanha toda

    Apenas em 1906, a lei passou a valer em todo o território alemão, como uma exigência da Baviera para participar da unificação da Alemanha. Um purista (eu poderia escrever um ‘pé-da-letra’, mas vou me ater à temática) diria que a lei de pureza da cerveja alemã — como algo nacional, ou seja, referente à bebida fabricada em todas as regiões do país — completa 110 anos em 2016.

    6 | Cerveja de trigo

    Curiosamente, a cerveja de trigo é uma das especialidades da Baviera (e uma delícia!), embora o ingrediente não esteja listado na lei da pureza. Alguns dizem que um dos motivos para a Reinheitsgebot ter sido criada seria justamente garantir trigo para o pão.

    De trigo (à direita) ou não? Fernando não chegou à conclusão

    7 | A lei atual

    A Reinheitsgebot é a mais antiga regra de alimentos no mundo que ainda segue valendo. Mas deixou de ser obrigatória. Em 1987, a União Europeia acusou a lei alemã de ser reserva de mercado. Em 1993, foi criada a Lei Provisória da Cerveja Alemã, mais flexível, para permitir a entrada de outros fabricantes no país.

    8 | Marketing ou tradição

    Mesmo com essas mudanças, muitas cervejarias alemães se mantêm fieis à tradição da Reinheitsgebot. Há quem afirme que a escolha é uma jogada de marketing, para se diferenciar da concorrência com um imperial atestado de pureza. De fato, cai bem. Não só no rótulo, mas no copo também (como dá para ver por essa minha foto). Basta um gole (ou muitos) naquele colarinho para entender por quê.

  • Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Zoológico de Munique: Hellabrunn, com parquinhos para crianças

    Era um dia de sol daqueles que a gente pede quando pensa em passear com crianças. Céu azul, muito verde ao redor e bichos: trio animador para um gostoso passeio em família, especialmente quando se tem um filho de 5 anos. Mas o zoológico de Munique, o Tierpark Hellabrunn, guardava bem mais à nossa espera.

    Não apenas pela variedade de animais, mas pela estrutura do parque. O Hellabrunn foi 1 dos 4 zoológicos que visitamos na Alemanha. Todos excelentes programas para crianças.

    Nosso Joaquim estava animadíssimo com a ideia de ver os ursinhos polares gêmeos que nasceram no zoológico de Munique naquela época, no fim de 2013. Pinguim, leão, girafa e elefante também estavam na lista de desejos do nosso filhote.

    Chegamos lá facilmente de metrô a partir da Marienplatz, a principal praça de Munique. Passamos pelo portão da entrada Isar, paramos na lojinha para garantir um boné para o filhote (lembra do sol?) e caminhamos livremente.

    Volta ao mundo com a bicharada

    Plano, o Hellabrunn é uma delícia para andar e se perder. Se quiser. Porque a sinalização é muito eficiente e mostra de forma clara como se chegar até cada bicho que se quer ver. Nós tínhamos aquela missão a cumprir: ver os pequenos gêmeos polares.

    Pegamos o caminho à direita e seguimos toda vida, já espiando as atrações pelo trajeto. Urso de montanha, alce e rinoceronte. Tomamos um atalho e fizemos uma visitinha à dona zebra, sempre um sucesso aqui em casa.

    Depois vimos outro astro predileto, o pinguim. Joaquim se parou diante do tanque e, encantado, acompanhou a movimentação. Com os olhos grudados no fofucho nadador, nosso menino foi seguindo com o rosto até a quina. Um encontro mágico aconteceu. Nariz com nariz os dois pareciam se comunicar. Muito doido. E claro que a mamãe aqui achou lindo.

    Joaquim pinguim
    Comunicação narigal

    Visitamos depois  os leões marinhos — em 26 de junho, depois da nossa visita, nasceu lá o bebê Otti; não deixe de conferir se for ao Hellabrunn. Aí, finalmente, o momento esperado.

    Nela e Nobby estavam dormindo quando chegamos à área onde a dupla de ursinhos polares vive com a mãe, Giovanna. Ao ar livre, o lugar estava rodeado de gente. Mas é grande o bastante para todo mundo ver os gêmeos. Cercado por vidro, o espaço permite uma boa visualização por todos os lados. Esperamos uns minutos atrás de duas fileiras de pessoas e logo conseguimos ficar de frente para os filhotes. Fofurice em grau máximo!

    Ursos polares no zoológico de Munique

    Depois de muito cuti-cuti, continuamos caminhando. Agora sem rumo certo. Curtimos o sol que vazava por entre as folhas das árvores à beira do rio. Balançamos em família ao atravessar a molenga ponte suspensa — leia outros textos sobre viagem à Alemanha com criança.

    Joaquim na ponte suspensa, só no balanço

    Com um ambiente de fato de parque, as alamedas do zoológico são muito bonitas. Com a vantagem de ‘se esbarrar’ nas áreas dos animais naturalmente.

    O Hellabrunn se orgulha de ter sido o primeiro geo-zoo do mundo, ou seja, um zoológico que exibe os animais de acordo com sua distribuição geográfica no globo. Aberto em 1911, expõe a bicharada de modo a promover uma volta ao mundo passando por diversos habitats.

    As espécies ficam em espaços amplos. Em vários pontos, existem binóculos ou lunetas pagos para aproximar os visitantes dos animais, como numa experiência de safári. Joaquim viu as girafas de pertinho assim. Um mirante de madeira fica ao lado do espaço das elegantes pescoçudas. Subimos e, lá em cima, depositamos a moeda para nosso menino apreciar as simpáticas, que fizeram o favor de comer folhas num ponto próximo.

    Girafas vistas do alto

    Brinquedos, parquinhos e vários shows

    Para quem curte mais do que simples contemplação, o Hellabrunn oferece vários shows com animais, muitos deles durante a temporada da primavera ao outono, do desfile de leões marinhos à apresentação de elefantes. Tem ainda o show com o falcão. Nós passamos por lá no horário, e achamos muito bonito o animal. Mesmo curiosos, era hora do almoço e a fome batia forte. Partimos, então, para o restaurante principal do Hellabrunn.

    Soneca no meio do dia, com plateia

    Almoçamos ali, com nosso filhote de olho na hora de correr para brincar. O maior parquinho do zoológico fica bem ao lado do restaurante principal. Depois da última colherada, quem segurou Joaquim? O lugar tem um brinquedão de madeira com escorregas e parede de escalada.

    Ao lado, redes embalam a garotada. Todo esse espaço montado no chá de terra diverte de bebês a crianças maiores. Um super escorrega atrai os mais velhos.

    Extensa área verde tem também parquinhos para criança

    Os parquinhos para a meninada fazem do zoológico de Munique um passeio completo para a família. Eles vão surgindo ao longo da caminhada pelo zoológico e possuem brinquedos de madeira e corda, integrados ao clima do entorno.

    A alegria não para por aí. A garotada não sossega enquanto não experimenta também os brinquedos do enxuto parque de diversões, bem pertinho do restaurante principal (a região é o epicentro da felicidade infantil).

    Entre as atrações pagas, é possível ir no carrossel ou na motoca motorizada. Joaquim arrastou o pai para esse circuito. Depois que Fernando deu umas voltinhas com ele, foi a minha vez de ajudar nosso filho a catar pedra. Me saí uma boa operadora de escavadeira.

    Na escavadeira, treinando a habilidade com a mecânica

    Terminamos nossa visita ao Hellabrunn de um jeito bem mais rural. O recinto é fedido, mas popular. A área das cabras fica lotada de crianças correndo atrás dos bichos, que correm atrás da ração que os visitantes compram em maquininhas.

    A cada tanto de euro cai uma porção de grãos. Basta você se aproximar do recipiente que elas já enfiam a cara na saída. Para seres urbanos como nós, chegou a ser meio aflitivo o contato tão próximo. Saímos de fininho, atentos ao chão (sabe como é, se elas comem tanto…). Rimos da situação e fomos em direção à saída. Havia sido um grande dia, a diversão em família estava completa.

    Visual no caminho do metrô ao zoológico de Munique

    VALE SABER

    Endereço: Tierparkstrasse 30

    Transporte: Há 2 entradas. O metrô leva até a 1ª, e o ônibus, à outra. Nós fomos de metrô. Na estação Marienplatz pegamos a linha U3 na direção Fürstenried West e descemos em Thalkirchen (Tierpark). Após uns 10 minutos de caminhada, chegamos à Isar Entrance.

    Sinalizado, o caminho até o zoológico passa por uma ponte com aqueles cadeados de namorados (de Paris, parece que a moda se espalhou pelo mundo todo, né?). É bonito o visual do Rio Isar, das árvores e da ciclovia lá embaixo.

    A outra entrada do zoológico é a Flamingo. O ônibus 52, que também parte de Marienplatz (o ponto fica em frente à sorveteria), leva até Tierpark, na Alemannenstrasse.

    Funcionamento: O Hellabrunn abre o ano inteiro, todos os dias, mas o horário muda segundo a temporada. Em geral, abre às 9 horas, mas fecha entre 16 e 18 horas, conforme a época do ano. O site oficial sempre informa logo na home o horário que está valendo naquele dia.

    Preço: € 15 — crianças de 4 a 14 anos, € 6; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece 2 possibilidades de family ticket: 1 dos pais mais as crianças por € 19 ou os 2 pais mais as crianças a € 33.

    Alimentação: Há quiosques em várias áreas do zoológico. As crianças (e muitos adultos) vão à loucura com os quiosques de doces. Pipocas, nozes carameladas, sucos coloridos congelados para sugar em copos compridos…

    O site official do Hellabrunn informa o horário de funcionamento de restaurantes e lanchonetes. Durante o verão, abrem das 9 às 18 horas

    Dicas: Durante o ano todo, dá para observar certos animais sendo alimentados; veja os horário no site antes de ir.

    Site: www.hellabrunn.de

  • Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    ‘A sessão vai começar em 5 minutos’, avisa uma moça à porta de uma sala de onde saem acordes que me soam familiares. Aceito o convite e entro. Na tela, uma orquestra sinfônica executa o hino oficial da Uefa Champions League, o principal torneio de clubes da Europa. Justo, já que estou no estádio do Bayern de Munique, último campeão da competição. O time da moda, do técnico mais incensado dos últimos tempos: Pep Guardiola. Quando visitamos o museu dedicado ao time alemão, a equipe era treinada pelo espanhol.

    Natural da Catalunha, o treinador pode repetir na Alemanha a trajetória de sucesso que obteve comandando o Barcelona. Por ora, desfruta de um display com sua imagem em tamanho natural na área onde também estão posados os jogadores do atual elenco. Para que Guardiola deixe de ser aquela figura estática em alumínio e ocupe outros espaços mais nobres do museu será necessário tempo. E ganhar títulos.

    Ninguém na Alemanha venceu mais que o Bayern — vale visitar também a Allianz Arena Munique, estádio que vimos nesse mesmo dia. São 24 salvas de prata, como é chamado o troféu dado ao campeão nacional. Na área denominada Via Triunphalis elas estão dispostas lado a lado em estantes envidraçadas. Lembram uma equipe de futebol perfilada durante a execução de um hino. Admito que essa foi sensação que tive ao vê-las, talvez por vício profissional. Inspecionar cada taça, copa e salva demanda tempo pois, definitivamente, informação a respeito de cada conquista não falta.

    Conquistas do Bayern expostas nas vitrines

    E se você for chegado a números, escalações e toda sorte de conhecimento de almanaque, eles estão disponíveis em telas ao alcance do dedo. Toque e tenha acesso a dados do passado e presente, de Ludwig Hymon (jogador dos anos 30) a Manuel Neuer, atual goleiro titular do Bayern.

    A propósito, se quiser testar seus reflexos como se fosse o próprio arqueiro titular da seleção alemã, há 2 tótens com luzes que se acendem de forma alternada. Ganha quem tocar as lâmpadas o maior número de vezes no menor tempo. Se, como eu, você for melhor com os pés experimente o desafio do painel luminoso com três níveis de dificuldade. Capriche e acerte a cruz em vermelho que pisca de modo aleatório. Ok, meu resultado foi satisfatório.

    Chute a gol, treinando a pontaria no museu

    Para um leigo, não há mistério para explorar o Museu do Bayern de Munique. Arrisco dizer que dá até para dispensar o áudio-guia.

    Principais jogadores do Bayern de Munique

    A rica história do clube é dividida em sete marcos a partir de 1900, data de sua fundação. Com explicações escritas em alemão e inglês, o visitante consegue entender o contexto histórico do período em questão, vê lances de jogos e conhece atletas que simbolizaram cada era.

    Camisa de jogadores do Bayern que fizeram história

    Franz Beckenbauer é o maior deles. Foi contemporâneo de Pelé e seu companheiro de time no fim da carreira do brasileiro, no Cosmos, dos Estados Unidos. Como o Rei, ganhou apelido equivalente: Kaiser (Imperador, em alemão). Seu nome, sua figura esguia e seu mito estão presentes em três ambientes do Museu: na Calçada de Fama, ao lado do goleiro Sepp Meier e do artilheiro Gerd Muller, parceiros de clube nos chamados Anos Dourados (1966 a 1979, quando o time enfileirou três títulos europeus em sequência a partir de 74); no espaço dedicado aos treinadores, Beckenbauer figura entre os que se destacaram à beira do gramado; e na antiga sala de reuniões da presidência recriada no museu, onde um vídeo gravado reúne Willi Hoffmann, Fritz Scherer e Franz Beckenbauer, que dirigiu o clube entre 1994 e 2009.

    Na parede, ídolos do clube do sul da Alemanha

    Outra semelhança com Pelé é que Beckenbauer também se aventurou a cantar. Nada de composição própria como o Rei do Futebol, mas duas canções gravadas em compactos em meados de 1960, cujas capas têm a foto de Beckenbauer ao melhor estilo Chega de Saudade, o disco-símbolo de João Gilberto lançado em 1959, marco da bossa nova.

    Frank Beckenbauer: do sucesso como craque no gramado à tentativa de cantar

    Em uma parede, estão expostos demais LPs, inspirados ou que contaram com o talento musical de outros ídolos do Bayern, como Gerd Muller e Rummenigge, que teve seus ‘joelhos sexies’ homenageados pela dupla pop inglesa Alan e Denise, em 1983.

    Você pode ouvir todo esse material. Eu dei meu voto de confiança a Beckenbauer na faixa Nada vai separar grandes amigos (Gute Freund kann Niemand Trennen). Empata em carisma com Pelé e seu antológico refrão ABC, ABC, toda criança tem que ler e escrever.

    No filme mencionado por mim no início do texto, Beckenbauer nem aparece tanto. Também é um dos poucos personagens, do passado e do presente, que não usa a palavra família para descrever o ambiente que caracteriza o clube. Sentimento que não exigiu muito esforço de tradução na hora de explicar para o filho de 5 anos. Sentado ao meu lado durante os 15 minutos de projeção, ele quase não piscou os olhos. Mesmo para uma criança que não fala alemão, ouvir uma narração em que o locutor se esgoela gritando ‘Tor, Tor, Tor’ deixa claro o que aquelas três letrinhas significam.

    Vibração da torcida do Bayern de Munique, em filme no museu

    Antes de o filme começar, ainda com a tela escura, meu filho ficou entusiasmado com o som da torcida gritando o nome do time a plenos pulmões. Saiu da sala imitando aquele canto, dizendo que queria torcer para o Bayern.

    Joaquim, o novo pequeno torcedor do Bayern

    Desejo que pôde ser estimulado um pouco mais quando atravessamos a loja de produtos oficiais, a caminho da saída.

    Antes, demos uma passadinha pela área dedicada aos torcedores. Aderimos à onda selfie em uma máquina digital posicionada de frente para um banner com o escudo do clube.

    Nossa selfie em família com o Bayern: ‘Tor, tor’

    Em questão de segundos nossa imagem foi parar no painel eletrônico com fotos de outros visitantes. De alguma forma também estamos imortalizados naquele museu.

  • Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Dentro do estádio, no nível intermediário das cadeiras, a visão que se tem do gramado da Allianz Arena Munique lembra muito a do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, onde, às vezes, é possível escutar os jogadores falando, principalmente nos jogos com pouca torcida, tamanha proximidade da plateia com o campo.

    No estádio construído para a Copa do Mundo de 2006 é quase impossível ouvir o falatório dos atletas, já que seus 57 mil lugares são tomados durante o ano todo por fãs do Bayern e do rival Munique 1860. Vazio durante a visita que fiz durante uma manhã de primavera, o silêncio reinante foi quebrado pelo som da máquina de cortar grama.

    ‘Nosso atual técnico, Pep Guardiola, é muito exigente. Quer que o gramado seja sempre aparado de modo que fique bem rente. Exige também que a grama seja molhada para que a bola role mais depressa’, explica a guia, que arremata com certa ironia: ‘Bem, nosso treinador gosta de ter o controle de tudo por aqui’. Pep Guardiola era, então, treinador do Bayern de Munique, hoje comandado pelo croata Niko Kovač.

    Não foi à toa que Pep mandou instalar uma sofisticada e moderna aparelhagem para fazer suas prelações ao time antes dos jogos, no vestiário. É no ambiente mais sacrossanto do futebol que ouvi o nome de Guardiola vir acompanhado de uma pequena maldade associada com feng shui, expressão chinesa que relaciona fluxo de energia com a harmonia de um espaço. Difícil é acreditar que com um gramado daqueles e um vestiário amplo e organizado a harmonia não prevaleça.

    Ida ao vestiário durante o tour pela Allianz Arena

    No vestiário do Bayern de Munique

    No tour os visitantes têm direito de escolher qual dependência querem visitar. Formado por outros brasileiros, dois argentinos e um chinês, nosso grupo escolheu o lado do Bayern. De acordo com a guia, o Munique 1860 usa espaço com características semelhantes, mas sem a cor vermelha — vale visitar o Museu do Bayern, que vimos nesse mesmo dia.

    Passeio em família até o estádio do Bayern

    A divisão do estádio entre os rivais inclui mudança de cor do revestimento externo, em plástico fino, leve e resistente. Por fora, a Allianz Arena lembra um pneu de carro. Nos jogos do Bayern, luzes vermelhas se acendem. O azul dá o tom em partidas do 1860.

    Vermelho do Bayern ilumina o estádio nos jogos do time – Foto: Markus Dlouhy/Turismo de Munique/Divulgação

    Quando é a seleção da Alemanha que joga por lá, prevalece a neutralidade do branco. Só não há divisão na ampla sala de imprensa, onde adotou-se o neutro cinza para as cadeiras dos técnicos e dos jornalistas.

    Sala de imprensa na Allianz Arena

    A visita passa por vestiários e corredores internos e termina no corredor que leva à subida ao gramado. Excepcionalmente, a porta que dá acesso ao campo estava aberta, fato raro. Pudemos então percorrer o caminho que Dante, Lahm, Ribéry, Robben e outros passam antes de cada jogo.

    Famosa escadaria até o campo, vista pela TV nos jogos do time alemão

    Ponto alto do tour, essa entrada simbólica fica mais emocionante quando a guia põe para tocar o hino oficial da Uefa Champions League. Ao contrário do que fazem os atletas, nossa subida termina no último degrau, onde uma fita não nos permite pisar o gramado que segue sendo cuidadosamente cortado, como manda Pep Guardiola.

    Ver de perto o gramado da Allianz Arena é o ponto alto da visita
  • Como Viaja na Alemanha: direto de Munique

    20140408-224325.jpg

    Por Fernando Victorino

    E Munique ficou para trás.

    Ficaram também seus museus, igrejas, seus jardins onde sua gente se estica no gramado sob o sol, ou senta num daqueles bancões de madeira, bebe cerveja e alimenta a alma — leia nossos textos sobre Munique.

    Munique é propicia para passeios em família, especialmente ao ar livre. O Englisher Garten é dica para dias ensolarados, com direito a piquenique. Já o Deutsches Museum é programa para esquecer o relógio. Não é preciso ser um nerd para gostar de uma de suas 50 seções dedicadas à ciência e tecnologia. Só é difícil convencer uma criança a deixar o Kinderreich, área do mesmo museu onde adulto só entra acompanhando os pequenos.

    Fazer esses programas em Munique consome tempo muito mais pelo tamanho das atrações do que pela distância entre elas. Vista do alto da torre da Neues Rathaus (nova prefeitura), na Marienplatz, você consegue ter uma boa noção da cidade e percebe o quanto tudo é mais perto do que se imagina quando só se observa o mapa.

    Allianz Arena e Olympiapark (Parque Olímpico) podem ser alcançados de metrô a cerca de meia da região central. Nos dois casos há muito mais o que fazer do que simplesmente tirar fotos do local. No primeiro, o tour guiado, a passagem pelo Museu do Bayern (com direito a compras na lojinha do clube) e um almoço dentro do estádio são boas opções para visitar em família.

    Em Munique, muitos pais e filhos circulam juntos a pé, de bicicleta, na rua, nos parques. E o Hellabrunn, zoológico da cidade, talvez seja o programa que melhor traduza esse clima-família. Quem sabe inspirado pela natureza que o cerca, o bando, ali, se reconhece.

    Reserve seu hotel em Munique pelo Booking

    20140408-224425.jpg

    20140408-224600.jpg

    20140408-224625.jpg

    20140408-224851.jpg

    20140408-224912.jpg

    20140408-224926.jpg

    20140408-224944.jpg

    20140408-225006.jpg

  • Oktoberfest Alemanha 2022, em Munique: data, cervejarias e mais

    Oktoberfest Alemanha 2022, em Munique: data, cervejarias e mais

    Não é preciso pretexto para celebrar a cerveja em Munique. Mas, para os mais empolgados, uma ocasião pode ser especial: a Oktoberfest Alemanha. Anualmente a cidade no sul do país recebe quase 7 milhões de pessoas para o evento, que chega à sua 187ª edição em 2019. Países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Áustria, França e Suíça estão entre os que mais levam visitantes à festa.

    O evento teve origem em 1810 na celebração do casamento do príncipe bávaro Ludwig (mais tarde, rei Ludwig I) com a princesa Therese de Saxônia-Hildburghausen. A festa é realizada em Theresienwiese, lugar que acabou dando origem a um apelido para a Oktoberfest entre os moradores de Munique: ‘die Wiesn’.

    Cervejarias da Oktoberfest de Munique

    A festa é organizada em tendas (ou pavilhões), sendo 17 grandes e 21 menores. Elas são restaurantes que servem cerveja e comida, embaladas pela típica música alemã. Algumas das mais tradicionais cervejarias de Munique têm seus pavilhões no evento.

    A gigante HB, da cervejaria de Hofbräuhaus (Munique), oferece pouco mais de 6.000 lugares (em torno de 3.000 na área externa) e disposição para servir meio milhão de litros de cerveja e cerca de 8.000 porções de salsicha. Na Augustiner, mais antiga cervejaria de Munique (produz desde 1328), há 6.000 lugares dentro e 2.500 do lado de fora. A tenda Marstall está com espaço para receber até 3.200 pessoas (230 em pé) na área interna e quase 900 na parte externa. Na Löwenbräu, um leão (löwen, em alemão) é quem dá boas-vindas aos visitantes, rugindo o nome da cervejaria do alto de uma torre a cada 2 minutos. O espaço comporta 5.700 pessoas, sendo 2.800 externamente.

    Maiores tendas, como a da HB, abrigam quase 10.000 pessoas – Foto: Pierre Office Gaff Adenis/German National Tourist Board/Divulgação

    Oferecendo boa bebida e entretenimento, as tendas menores ajudam a compor o cenário festivo da Oktober. Restaurantes como Münchner Knödelei e Vinzenzmurr Metzger Stubn são lugares onde é possível encontrar comidas típicas da Alemanha.

    Canecas de cerveja no equilíbrio da garçonete- Foto: Divulgação

    Preço da cerveja e vagas nos restaurantes

    Em todas as tendas, grandes ou pequenas, o canecão com 1 litro de cerveja fica entre 12 e 13 euros. Para se sentar numa tenda (ou restaurante), não é necessário reservar. Se você for à Oktoberfest de segunda a quinta, até o meio da tarde, é provável que consiga vaga. Quando o movimento é maior e a lotação chega ao máximo dentro da tenta, ela é fechada para o público, mas costuma ser reaberta conforme o total de clientes diminui. Para garantir seu lugar em algum restaurante específico, é bom entrar em contato diretamente com ele. O site oficial da Oktoberfest tem links para as páginas das tendas.

    Festa com crianças e parque de diversões

    Além de comida e bebida, na Oktoberfest há um grande parque de diversão. Os brinquedos incluem roda gigante, montanha russa com 5 loopings, carrinho de bate bate, elevador que despenca e muito. Para todos, vale aquela recomendação de trânsito: se beber, não suba no brinquedo.

    Para os nostálgicos, o espaço Oide Wiesn resgata atrações que faziam a alegria do público da Oktoberfest muitos e muitos anos atrás. Foi criado em 2010 para celebrar os 200 anos da festa, mas o povo de Munique gostou tanto que ele continuou sendo organizado. Nele há brinquedos menos radicais (um singelo carrossel, por exemplo), canções tradicionais, receitas clássicas, tudo em um ambiente vintage e bem mais intimista quando comparado à multidão que invade os pavilhões das grandes cervejarias. A entrada nessa parte da festa custa 4 euros (grátis para crianças até 14 anos), e uma voltinha nos brinquedos sai por 1 euro.

    Parque de diversões com as tradicionais cadeiras voadoras – Foto: Divulgação

    Não se paga nada para ver os desfiles nas ruas tampouco para entrar na área da Oktoberfest. Em família, para descontos em refeições e ingressos de brinquedos, vá numa terça durante a festa, chamadas de Dias da Família, das 10 às 19 horas. Aliás, de um modo geral, crianças menores de 6 anos só podem permanecer nas tendas de cerveja acompanhadas dos pais e até as 20 horas.

    Souvenir, trajes bávaros e caneca da Oktoberfest

    São vendidos souvenirs como bichos de pelúcia, ímãs, chapéus e canecões de cerveja. Todo ano é lançada uma caneca oficial da festa com capacidade de 1 l — em 2022, custa a partir de 19 euros.

    Os típicos trajes bávaros também são muito vistos e podem ser comprados por lá. A roupa das mulheres se chama ‘dirndl’, e a dos homens, ‘lederhosen’. Todo ano na Oktoberfest há um desfile com trajes típicos em Munique, no primeiro domingo de festa.

    VALE SABER

    Quando: Em 2022, de 17 de setembro a 3 de outubro — o desfile de trajes por Munique será em 22 de setembro, às 10 horas

    Horário: As cervejarias maiores abrem das 10 horas às 23h30 (última caneca sai às 22h30), nos dias de semana — a partir das 9 horas aos sábados, domingos e feriado (3 de outubro). Nas tendas menores, comida, música e a última cerveja são servidos até 23 horas.

    Para brinquedos e apresentações, o horário vai das 10 horas às 23h30, de segunda a quinta e domingo — sexta, sábado e 2 de outubro, até meia-noite

    Transporte: O Theresienwiese fica a apenas 15 minutos da Marienplatz, praça central de Munique e hub das principais linhas de trem e metrô da cidade. Por essa razão, a melhor alternativa para ir à festa é usando o transporte público

    Site: oktoberfest.de

  • Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Conectadas por trem, as 11 principais cidades da Alemanha para turismo rendem bons roteiros no país europeu.

    Algumas combinações interessantes são Berlim com Dresden – a capital alemã é vibrante e moderna, e a outra, barroca – ou o trio Munique, Stuttgart e Nuremberg, uma viagem marcada por história, automóveis e cervejas pelo sul do território alemão.

    Os destinos mais visitados por brasileiros são Berlim, Munique e Frankfurt. Mas as maiores cidades para turismo na Alemanha, pela número de atrativos e pela excelente infraestrutura, vão além desse trio.

    Hamburgo, Stuttgart, Colônia, Nuremberg, Dresden, Leipzig, Hannover e Düsseldorf também recebem muitos turistas. Conheça um pouco dessas 11 cidades alemãs, suas curiosidades e principais pontos turísticos.

    Berlim, a virbrante capital da Alemanha

    O Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) e o Parlamento Alemão (Reichstag) são marcos da capital da Alemanha.

    A cidade que mais atrai visitantes brasileiros possui 400 galerias de arte e três casas de ópera em funcionamento.

    A agitada vida noturna, os 1.500 eventos diários e as exposições da Ilha de Museus, Patrimônio Mundial da Unesco desde 1999, fazem a festa dos turistas que buscam cultura e entretenimento.

    Berlim é dos bares, pubs e clubes noturnos que funcionam até de madrugada. E da gastronomia que não se limita ao currywurst (a típica salsicha com curry que, a propósito, merece ser saboreada).

    É das compras na KaDeWe e na tradicional Kurfürsterdamm, avenida que mantém vivo muito de seu charme.

    Não deixe de circular também pela antiga Berlim Oriental, onde ficam ícones da cidade, como a Torre de TV da Alexanderplatz e a catedral (Berliner Dom).

    Símbolos da era comunista viraram atrações na capital alemã: os Ampelmännchen, bonequinhos da sinalização de trânsito, e o Trabant, carro-padrão da República Democrática da Alemanha.

    Vá o DDR Museum, máquina do tempo que leva o visitante ao cotidiano na era comunista. É possível ainda ver um trecho do Muro em pé, hoje uma galeria de arte (a East Side Gallery) e um ponto de checagem da época em que a cidade estava dividida (o Checkpoint Charlie).

    E, não importa a direção a ser tomada, há uma Berlim a ser explorada também com crianças, em atrações como o Berlin Zoo, o mais antigo zoológico da Alemanha, e o Legoland Discovery Center, nas proximidades da Potsdamer Platz.

    | Reserve hotéis em Berlim |

    Munique: a terra da Oktoberfest

    A capital da Baviera é lembrada pela Oktoberfest, maior festa de cerveja do mundo, imitada em outros tantos países.

    No sul da Alemanha, Munique oferece área verde ao ar livre, museus, compras e bons lugares para comer e beber as delícias da Baviera, acompanhadas do Bretzel, pãozinho típico em formato de coração.

    Seus jardins de cerveja, os biergartens, são mundialmente famosos. De junho a setembro, tomam-se ali ótimos copões, com o líquido devidamente resguardado pela Lei da Pureza da Cerveja, escrita em 1516.

    A Marienplatz é praça principal desde a fundação da cidade. É considerada a sala de visitas de Munique e muito conectada por linhas de metrô e ônibus.

    Nas ruas de seu entorno estão lojas, restaurantes e cartões postais, como a Frauenkirche (igreja de inconfundíveis cúpulas verdes) e o Viktualienmarkt, o mercado de alimentos frescos.

    Antiga morada dos reis bávaros, o Residenz exibe ao público seus ambientes decorados e um bonito jardim, o Hofgarten.

    No Englischer Garten, um dos maiores parques urbanos do planeta, pode-se relaxar tomando cerveja no biergarten da Torre Chinesa (Chinesischer Turm), andar de pedalinho, caminhar ou observar o surfe nas margens do Isar, principal rio da cidade.

    Com 50.000 m² de área, o Deutsches Museum é um dos primeiros museus de ciência e tecnologia do mundo.

    Nele, as crianças têm um espaço só delas, o Kinderreich. Vale também ir até a Allianz Arena, fazer o tour pelo estádio e visitar o Museu do Bayern de Munique.

    Dê ainda um giro pelo moderno Museu da BMW, vizinho ao parque olímpico. Palco dos Jogos de 1972, o é estádio aberto à visitação. Ao lado, estão a torre de TV com vista panorâmica e um aquário SeaLife.

    | Reserve hotéis em Munique |

    Frankfurt: o centro financeiro da Alemanha

    Uma cidade, duas vertentes: riqueza cultural e financeira. Na margem sul do Rio Meno, Frankfurt é conhecida pela impressionante sequência de 13 museus (Museumsufer).

    Em prédios do século 19 restaurados funcionam preciosidades como o Städel, com obras de arte de sete séculos, e o Museum für Moderne Kunst, dedicado à arte moderna. No Centro, há até um museu para formar novos frequentadores de museu, o Kinder Museum Frankfurt.

    Os arranha-céus de Frankfurt contrastam com a arquitetura do Centro Histórico. A cidade é sede da Bolsa de Valores da Alemanha, do Euro e tem escritórios de 300 instituições financeiras internacionais.

    Suba à plataforma panorâmica da Main Tower para admirar a vista de Frankfurt.

    Um giro pela parte antiga da cidade inclui a visita à linda praça central, a Römerberg. A casa de Goethe, grande nome da literatura alemã, é outro ponto turístico no Centro.

    Ao fazer uma pausa para saborear pratos da culinária da Alemanha, prove o vinho de maçã, bebida típica da cidade.

    Dona do maior aeroporto da Alemanha, a cidade de Frankfurt é a porta de entrada para o turismo de negócios no país.

    No calendário de eventos da cidade, destaque para a anual Feira do Livro e o Salão Internacional do Automóvel, com as novidades do setor a cada dois anos.

    | Reserve hotéis em Frankfurt |

    Stuttgart: a cidade das fábricas de automóveis

    Arte e velocidade andam juntas em Stuttgart. Mercedes-Benz e Porsche possuem museus na cidade. Eles mantêm suas coleções e contam a história do automóvel, inventado na Alemanha em 1883.

    Essa paixão pelos carros fica ainda evidente durante a Retro Classics, a maior feira de automóveis antigos da Europa, realizada anualmente em março.

    Para ver arte, no sentido tradicional da palavra, visite a Staatsgalerie Stuttgart, com trabalhos de mestres modernos e contemporâneos, e o Stuttgart Kunstmuseum, onde estão guardadas cerca de 15 mil obras de arte moderna.

    Em Stuttgart, não deixe de visitar as coleções de arqueologia e de etnologia do Landesmuseum, que possui uma área específica para crianças, o Junges Schloss.

    Nos dias ensolarados, os passeios pela cidade pedem atrações ao ar livre. Estender-se pelo gramado da praça em frente à antiga residência real (Neues Schloss) é programa para turistas e locais.

    E inclua eu seu roteiro uma ida ao Wilhelma, o primoroso jardim botânico e zoológico criado pelo rei Guilherme I.

    Stuttgart faz parte de uma das 13 regiões produtoras de vinho da Alemanha, com rótulos premiados. As propriedades estão localizadas nas encostas da cidade e prontas para receber visitantes.

    Uma vassoura pendurada na porta é o sinal para você entrar e desfrutar de uma taça de Trollinger ou Lemberger, por exemplo. Se possível, saboreando o maultaschen, o ravióli da região da Suábia.

    | Reserve hotéis em Stuttgart |

    Nuremberg: a melhor salsicha e o Playmobil

    O centro antigo de Nuremberg fica dentro de uma muralha. Nele, destaca-se o Kaiserburg, castelo no alto da colina, de onde se tem plena vista da cidade.

    Nuremberg passou por uma enorme e meticulosa reconstrução depois de ser praticamente destruída pelos bombardeios dos Aliados, em 1945.

    Interessados na Segunda Guerra encontram pontos ligados ao assunto, casos do Centro de Documentação do Nazismo, que conta como foi a ascensão do regime liderado por Adolf Hitler, e do Memorial do Tribunal de Nuremberg, onde ocorreram os julgamentos dos crimes cometidos no conflito mundial.

    Não deixe de provar a bratwürst, deliciosa salsicha local que pode ser encontrada tanto em tabernas medievais como o Zum Gulden Stern ou em barraquinhas de rua, na forma do sanduíche drei im weggla. No inverno, experimente também o lebkuchen, pão de mel típico de Nuremberg.

    A cidade no norte da Baviera tem um dos mais famosos mercados de Natal da Alemanha. Ocupa todo o centro antigo, com uma área dedicada às crianças.

    Nuremberg é bem receptiva aos pequenos, que podem conhecer os trens da Alemanha na Kibala (área infantil do Deutsche Bahn Museum), visitar o zoológico Tiergarten e se divertir no Playmobil Fun Park, parque dos bonequinhos na vizinha Zirndorf.

    | Reserve hotéis em Nuremberg |

    Hamburgo: o porto do norte da Alemanha

    Maior cidade portuária da Alemanha, Hamburgo é banhada por dois rios, o Elba e o Alster. Não é à toa que o mercado de peixe é uma atração aos domingos.

    Na região de Speicherstadt, o conjunto de armazéns do século 19 abriga museus atualmente, caso do Miniatur Wunderland, a maior maquete de ferrovia do mundo.

    Bairro em transformação, Hafen City une opções de lazer e de serviços, em um cenário que alterna modernos prédios comerciais e residenciais com velhos galpões de tijolinho às margens do rio.

    O futurista prédio da Filarmônica do Elba é um dos marcos dessa revitalização do cais. Todo mês de maio, Hamburgo comemora o aniversário de seu porto, com festa em terra e desfile de navios.

    Por leitos e canais é possível descobrir um outro lado da segunda maior cidade da Alemanha tomando uma embarcação a partir de Landungsbrücken, píer que no verão europeu ganha ares de praia.

    Em solo firme, recomenda-se uma visita à Igreja de São Miguel, à prefeitura de Hamburgo e um giro pelo circuito de compras da região de Mönckebergstrasse.

    Zona boêmia da cidade, St. Pauli concentra bares e pubs, além de bordéis.

    Acredite, foi nesse pedaço de mal caminho de Hamburgo que os bem comportados Beatles fizeram seus primeiros shows.

    | Reserve hotéis em Hamburgo |

    Colônia: a catedral gótica e o perfume

    A cidade alemã de Colônia e sua catedral são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É na igreja em estilo gótico, famosa pela torres de 157 metros de altura, que está a urna com os restos mortais dos três reis magos.

    Em Colônia, existem 12 igrejas de arquitetura românica e 42 museus. Lá também fica a maior universidade da Alemanha (Universität zu Köln), o que confere à cidade espírito jovem e vida noturna agitada, especialmente nos bairros de Friensenvertel, Belgisches Viertel (o alternativo bairro belga), Südstadt e no antigo distrito industrial de Ehrenfeld.

    Outros destaques locais são o Carnaval, com desfiles pelas ruas, e o Luzes de Colônia, festival de fogos de artifício que iluminam a noite da cidade, todos os anos, no 2º fim de semana de julho. Colônia é ainda a cidade do perfume: lá são encontradas as sedes de fábricas bem antigas da Alemanha, como a Farina, fundada em 1792.

    Não deixe de provar a Kölsch. Mais do que uma cerveja artesanal, seu nome é sinônimo de um jeito de ser da maior cidade às margens do rio Reno. Essa vocação para celebrar a vida e liberdade faz de Colônia referência em matéria de eventos e atrações para a comunidade GLS.

    | Reserve hotéis em Colônia |

    Düsseldorf: o destino alemão da moda

    O assunto aqui é moda. Düsseldorf tem um luxuoso boulevard para compras, o Königsallee. Kö, para os íntimos, concentra vitrines de marcas como Armani, Jil Sander e Prada, entre outras grifes, internacionais. Hotéis de luxo e cafés completam o cena sofisticada da cidade.

    Se estiver em busca algo mais em conta, vá a uma das 120 lojas do Düsseldorf Arcaden, em Bilk. Em bairros como Flingern encontram-se moda alternativa e produtos de novos estilistas.

    Experimente também percorrer as ruelas do Centro Histórico. De dia, visite atrações como a Basílica de Lambertus e a Torre do Castelo. À noite, nessa mesma região da cidade, sente-se em um dos 260 restaurantes, bistrôs e pubs, que, alinhados, formam quase um único bar.

    Lugar de encontro, a orla do Rio Reno se estende do centro antigo à moderna área de MedienHafen. Ali, restaurantes e lounges agitam a região renovada por arquitetos como Frank Gehry e David Chipperfield.

    | Reserve hotéis em Düsseldorf |

    Dresden: a barroca reconstruída após a Segunda Guerra

    Dresden foi arrasada pelos bombardeios da Segunda Guerra. É impressionante ver o trabalho de reconstrução da Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), que reaproveitou parte dos tijolos originais.

    Situada no vale do Rio Elba — e chamada de Florença da Alemanha — a cidade possui maravilhas da arquitetura barroca, como o Palácio Zwinger, erguido no século 18.

    Possui ainda 12 museus imperdíveis no Palácio Real (Dresden Residenzschloss) e música de qualidade, ouvida no Semperoper (teatro para ópera, concerto e balé) ou em apresentações nos clubes de jazz que estão na Prager Straße, no centro histórico.

    No mercado de Natal mais antigo da Alemanha, a tradição fica por conta do stollen, o bolo típico de Dresden. Se tiver um tempinho a mais na viagem, faça um bate-volta até a vizinha Meissen, cidade famosa pela porcelana que fabrica.

    | Reserve hotéis em Dresden |

    Leipzig: a música clássica e seus mestres

    A trilha sonora aqui é clássica. A visita a Leipzig é embalada por Wagner, Schumann e Mendelssohn. Bons programas incluem apresentações na Leipzig Gewandhaus (a sala de concertos) e do Coral dos Meninos de São Tomás, fundado há 800 anos na igreja de mesmo nome (Thomaskirche) e que teve Bach como regente.

    Um tour de 5 km percorre outros locais onde esses mestres da composição viveram, trabalharam e frequentaram, como o Zum Arabischen Coffe Baum, um dos mais antigos cafés da Europa, aberto em 1711. Essa estreita ligação da cidade com a música também pode ser confirmada em uma visita ao Museu dos Instrumentos, com um dos maiores acervos do gênero.

    Do ponto de vista histórico, Leipzig teve um importante papel para a queda do Muro de Berlim e o consequente fim da divisão da Alemanha em duas, em 1989, a partir dos protestos pacíficos promovidos pela população, em especial na Igreja de São Nicolau (Nikolaikirche).

    | Reserve hotéis em Leipzig |

    Hannover: os parques e jardins

    A imagem de centro mundial das feiras de negócios é a face mais falada e divulgada de Hannover. A cidade, no entanto, começa a ficar igualmente conhecida pelos grandes espaços verdes e pelas políticas de sustentabilidade nas últimas duas décadas. Por isso, talvez uma boa maneira de explorar a cidade seja de bicicleta.

    Entre as atrações mais visitadas está o prédio da nova Prefeitura (Neues Rathaus), cuja cúpula de 55 metros de altura proporciona uma visão panorâmica. Uma opção para conhecer a cidade é seguir a Roter Faden, rota demarcada por uma linha vermelha, com 4 km de extensão e que passa por cerca de 36 atrações.

    Não deixe de ir ao Herrenhäuser Gärten — parque com jardins barrocos, onde são realizados festivais de fogos de artifício, espetáculos de teatro e concertos ao ar livre no verão — ou dê uma passada no zoológico número 1 da Europa, que reproduz desertos e savanas africanas.

    Para compras, circule pelo Centro Histórico e lojas da Georgstrasse e da Bahnhofstrasse. Já um dos principais mercados de pulgas da Alemanha fica à beira do Leine.

    | Reserve hotéis em Hannover |

Pular para o conteúdo