Categoria: Áustria

  • Roda gigante de Viena, no Prater: a Wiener Risenrad

    Roda gigante de Viena, no Prater: a Wiener Risenrad

    Depois de operar por 75 anos sem interrupção, a roda gigante de Viena foi desligada em março por conta das medidas de isolamento em decorrência da pandemia de coronavírus na cidade. A Wiener Risenrad, nome da atração, voltou a funcionar em 29 de maio no Prater, parque público da capital da Áustria.

    Em média, uma volta completa dura entre 12 e 15 minutos. ⁠Inaugurada em 21 de junho de 1897, em comemoração pelos 50 anos do reinado do imperador Franz Joseph, a roda-gigante tem 64,75 metros de altura e 430 toneladas de peso. Tinha inicialmente 30 gôndolas, capacidade reduzida à metade por questões de segurança após a Segunda Guerra Mundial. ⁠

    Símbolo da capital da Áustria, a roda-gigante serviu de locação para filmes, entre eles, Antes do Amanhecer e 007 Marcado para a Morte. A propósito, a produção de James Bond ergueu um restaurante aos pés da roda-gigante para uma das cenas do longa. A ideia inspirou criação de um restaurante ser inaugurado exatamente no mesmo local. ⁠

  • Viena (Áustria): pontos turísticos, hotéis e mais

    Viena (Áustria): pontos turísticos, hotéis e mais

    Há 10 anos seguidos Viena é eleita a melhor cidade do mundo para se viver pela consultoria Mercer. Capital da Áustria, às margens do Rio Danúbio, Viena é uma linda cidade, com palácios barrocos, concertos e bailes. Antes palácio imperial dos Habsburgo e atual sede da presidência do país, o Hofburg ainda guarda a valsa de muitos casais em seus salões.

    Faz sentido Viena se intitular cidade da música e da cultura — entre outros, Mozart e Beethoven viveram lá. Uma noite ao ano, em junho, dá para sentir essa atmosfera sem pagar nada: no concerto de verão (Sommernachtskonzert) da Filarmônica de Viena, nos jardins do Schloss Schönbrunn. Desde 1996, esse imponente palácio é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco; já os cafés de Viena foram declarados Patrimônio Imaterial em 2011. Há em torno de 2.400 estabelecimentos do gênero por toda a cidade, de modernosos a elegantes e clássicas confeitarias.

    Outra bela tradição são os mercados de Natal de Viena, quando a cidade se ilumina. O prédio da prefeitura dá um toque especial à feira na Rathausplatz. Vilas natalinas embelezam ainda mais locais como o Belvedere e o Schönbrunn.

    Confira abaixo o que fazer em Viena e onde ficar na capital da Áustria, além de restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guias de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    GUIA DE VIAGEM | VIENA

    PONTOS TURÍSTICOS

    Se você caminhasse apenas pela Ringstrasse, passaria por importantes atrações de Viena: a Staatsoper e a Musikverein (símbolos da música clássica), o Hofburg e os museus de história natural (Naturhistorisches Museum) e de história da arte (Kunsthistorisches Museum), com quadros de Rafael, Rembrandt e Bruegel.

    Há cerca de 100 museus em Viena. Matisse, Renoir e Miró estão no Albertina. Para ver obras de Gustav Klimt (entre elas, O Beijo) vá ao Belvedere, antiga residência de verão dos nobres. Egon Schiele também ocupa paredes ali, mas o artista tem presença maciça no Leopold, atração mais visitada do MuseumsQuartier. Com 90.000 m² e cerca de 60 instituições, o quarteirão junta construção histórica, arte contemporânea e design. Complete a visita com o Sigmund Freud Museum, dedicado ao pai da psicanálise.

    Caminhe pelo centro histórico, pare nos cafés e experimente o schnitzel (milanesa que é prato típico de Viena). Praça nessa área fechada para carros, a Stephansplatz é referência para desbravar a cidade, começando pela Stephansdom. Do século 12, a catedral gótica é coberta por 230.000 telhas que formam um mosaico. Na região, o show fica com os movimentos da Escola Espanhola de Cavalaria (Spanische Hofreitschule). Você pode se programar para essa e outras atrações antes da viagem, comprando ingressos de atrações e passeios em Viena.

    O barroco Schloss Schonbrünn, com a imperatriz Sissi como sua habitante mais famosa, está a meia hora de metrô do centro. No verão, chegue antes e explore o parque e os jardins. Considerado o melhor da Europa, o zoológico de Viena fica ali perto. Nos meses mais quentes, curta os muitos parques de Viena (quase metade da cidade é coberta de áreas verdes). No Prater, vá além: ande na lendária roda-gigante. Depois, aproveite o calor na pequena praia de verão à beira do Danúbio, numa mesa dos bares instalados em sua margem ou num passeio de barco.

    Palácio de Schönbrunn, entre os pontos turísticos da Áustria – Foto: Wien Tourismus/Divulgação
    Comida típica de Viena, o schnitzel – Foto: Robert Osmark/Turismo de Viena/Divulgação

    HOTÉIS

    Onde ficar em Viena próximo de pontos turísticos? Hospede-se no 1º distrito. Tome a Ringstrasse como limite. Nela e na área dentro do seu desenho estão os mais luxuosos hotéis de Viena. A tradição do Hotel Sacher Wien não se restringe à torta de receita original. Fica em frente à Staatsoper e é tão requintado quanto bem localizado. A pé se chega ao Hofburg ou às compras na Kärtnerstrasse. O Grand Hotel Wien e o Palais Hansen Kempinski Vienna oferecem serviços e acomodações impecáveis.

    Elegantemente criativos, The Guesthouse Vienna (vizinho do Museu Albertina) e Das Triest Hotel (perto do mercado Naschmarkt) levam a assinatura do designer Terence Conran, enquanto o Hotel Sans Souci Wien tem interior by Philippe Starck. Próximo do MuseumsQuartier, o 25hours Hotel reflete a atmosfera cool de Spittelberg, um dos mais antigos bairros de Viena, com bares e cafés em vielas do 7º distrito.

    Dono de uma suíte com visão para o Belvedere, o Hotel Daniel Vienna se orgulha de ter padaria própria e apiário no telhado do prédio que já foi um conjunto de escritórios dos anos 1960. No Grand Ferdinand, o rooftop é da piscina. O elegante hotel abriu em 2015 na região do Ritz-Carlton Vienna e do Intercontinental Wien. O trio está a curta distância do primeiro parque público da cidade, o Stadtpark, com monumentos em homenagem a compositores como Strauss e Schubert.

    O Hotel Wandl está a menos de 10 minutos a pé da Stephansplatz e do metrô, na própria praça da igreja. Nessa região, a rede Accor possui o Mercure Wien Zentrum e o Mercure Vienna First, perto do restaurante Motto am Fluss, no terminal dos barcos turísticos, às margens do Danúbio. Também da Accor, o Novotel Wien Hauptbahnhof atende bem a famílias e a quem chega a Viena de trem. Fica perto da estação central (Hauptbahnhof), assim como o econômico B&B Wien-Hbf, com janelas à prova de som, ar-condicionado, bancada de trabalho e alguns quartos para famílias (com 4 camas). Nos arredores de Schönbrunn, há o três-estrelas Hotel Viktoria e o Radisson Blu Park Royal Palace, uma categoria acima.

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    RESTAURANTES

    A culinária de Viena se orgulha de pratos que carregam o nome da cidade, caso do popular wiener schnitzel. O escalope à milanesa e o appfelstrüdel, erradamente associados à Alemanha, nasceram em Viena assim como a sachertorte. As confeitarias Sacher, Gerstner e Demel são instituições que servem esse bolo e outros clássicos da doçaria vienense.

    Comida típica, preços menores e ambientes acolhedores são encontrados num biesl. Steman e Beim Czaak são representantes do estilo clássico de bistrô da capital austríaca. O Skopik & Lohn faz uma releitura afrancesada da culinária local, em Karmelitermarkt, o bairro da moda.

    Cosmopolita, a cidade reserva à cozinha mais ambiciosa lugares como Steirereck e Walter Bauer, estrelados pelo Guia Michelin. Já os quiosques de salsicha são reduto da simplicidade. A barraca da Bitzinger em frente ao museu Albertina é paradinha básica.

    Em matéria de tradição nada supera os cafés vienenses. Há praticamente um a cada esquina, dos antigos Café Central (com música ao vivo) e Prückel aos modernosos Balthasar e Caffè Couture, que apostam na inventividade de seus baristas.

    compras

    Exclusiva dos pedestres, a Kohlmarkt é a rua do centro histórico voltada ao luxo. Sua extensão, a Tuchlauben, forma com a Bognergasse e a praça Am Hof o Goldenes Quartier, quarteirão onde peças de Alexander McQueen, Miu Miu e Louis Vuitton valem ouro.

    Também ficam nos calçadões Mango, Forever 21 e H&M, com preços mais amigáveis. Para pagar um pouco menos, siga para a Mariahilferstrasse. Na maior rua de comércio, há lojas e os shoppings Gerngross e Generali Center, o mais antigo da capital da Áustria.

    Os mercados de pulgas são muitos e vendem do kitsch a antiguidades. Um dos maiores fica perto do Naschmarkt, principal mercado de alimentos da cidade e também uma atração turística. Nele é possível comprar iguarias ou se sentar num box para uma refeição. Aliás, para trazer comida e bebida de souvenir, o bombom Mozartkügel e os vinhos austríacos são boas ideias.

    Nos mercados de Natal, dá para achar lindos enfeites para árvore. Chocolaterias e supermercados oferecem artigos como o calendário do advento, com surpresas em janelinhas para as crianças abrirem até o Natal.

    TRANSPORTE

    City Airport Train é a ligação mais rápida entre o aeroporto e o centro de Viena. A viagem até o terminal Wien Mitte (com conexão para a estação central, a Hauptbahnhof) leva 16 minutos. A cada ano, Viena busca reduzir a circulação de automóveis.

    Se você é fã de bike, saiba que a capital austríaca é praticamente plana e conta com cerca de 1.400 km de ciclovias. O sistema Citybike Wien oferece em torno de 120 pontos de aluguel, a maioria localizada perto de estações de metrô. Também é possível fazer um tour guiado de bicicleta.

    Apenas 27,5% dos deslocamentos na cidade são feitos de carro, então o transporte público é a melhor opção para circular. Integrados, os serviços de ônibus, bonde e metrô aceitam o mesmo bilhete. Tíquetes podem ser comprados em estações, máquinas de autoatendimento, tabacarias, centros de visitantes ou pelo aplicativo da companhia Wiener Linien.

    Vienna City Card de 24, 48 ou 72 horas dá direito a viagens ilimitadas a partir da primeira validação e descontos em atrações e alimentação. Menor de 15 anos viaja de graça como acompanhante de um adulto portador desse cartão.

    MOEDA

    A moeda da Áustria é o euro — vá comprando moeda estrangeira antes de viajar.  Há máquinas de saque do lado de fora de agências bancárias em Viena, e cartões de crédito e débito são bem aceitos na cidade. Para trocar moeda, há casas de câmbio (o grupo Interchange tem filiais no aeroporto e na Stephansplatz) e bancos (como o Austrian National Bank). Eles abrem das 8h30 às 12h30 e retornam das 13h30 às 15 horas — na quinta, seguem até as 17h30.

    Museus em Viena incluem o Albertina – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    CLIMA

    Com estações bem definidas, Viena tem clima continental e sofre influências oceânicas. Durante o verão (de junho a setembro), a média é de 20°C, mas o calor pode chegar aos 30°C. A mínima raramente cai além de -5°C no inverno (entre dezembro e março), podendo nevar desde novembro. Primavera e outono têm vento frio (carregue sempre um casaquinho) e apresentam temperatura na média anual, 11°C.

    EVENTOS

    Baile em Viena, no Opera Ball – Foto: Wien Tourismus/Divulgação

    Concertos (em salas de música, cafés e igrejas), bailes e apresentações do Coral dos Meninos de Viena (Wiener Sängerknaben) reforçam a imagem de destino de música clássica. Em 2019, a cidade celebra 150 anos da Wiener Staatsoper, casa onde óperas e balés são apresentados, na Ringstrasse. Toda quinta anterior à Quarta-Feira de Cinzas, o lugar vira o mais imponente salão de baile de Viena para a valsa de 150 casais, numa festa de gala. Igualmente tradicionais, mas realizados nas praças, os mercados de Natal e de Páscoa enfeitam a cidade e são ótimos passeios em família. A festa de Réveillon toma a frente da prefeitura e se estende pelas vielas, enquanto o Hofburg recebe um requintado baile de Ano Novo. Em 1º de janeiro, o concerto da filarmônica é tradição no Musikverein.

    Mas Viena também tem vanguarda: o festival de dança (ImPulsTanz), de julho a agosto; a viennacontemporary (semana de arte contemporânea) e a Vienna Design Week (evento com foco em criatividade e experimentação no design), no outono; e a Vienna Art Week, em novembro. No mesmo mês, a cidade promove sua Vienna Bier Week — a Oktoberfest local (Wiener Wiesn-Fest) começa no fim de setembro. O inverno oferece pista de patinação, DJs e pubs durante o Winter im MQ, até dezembro no MuseumsQuartier. E, numa cidade repleta de cafés, o Vienna Coffee Festival ocorre em janeiro.

    mais destinos

    Pense em fazer uma refeição em meio aos vinhedos sem que seja necessário pegar vários quilômetros de estrada. Isso é possível em Viena, cidade que se orgulha de manter uma produção de vinho dentro da área urbana — em torno de 700 hectares de vinhedos cercam a capital austríaca, o que rende cerca de 2,4 milhões de litros anuais da bebida. As principais vinícolas (entre elas, a Mayer am Nussberg e a Weingut Wien Cobenzl) ficam a menos de 1 hora do centro histórico e recebem visitantes — veja aluguel de carro.

    Viena é um ótimo destino para ser combinado com outras cidades da Áustria, como numa excursão de 1 dia a Salzburgo. Ou com as capitais de países próximos. A eslovaca Bratislava (distante apenas 80 km) e a húngara Budapeste (a cerca de 240 km), por exemplo, estão na rota de embarcações que navegam pelo Danúbio e passam por Viena. Nathalia fez um cruzeiro fluvial assim e considera essa uma das suas viagens mais bonitas e inesquecíveis.

    Vinhedos de Viena, dentro da cidade – Foto: Lois Lammerhuber/Turismo de Viena/Divulgação

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  • 9 museus de chocolate na Europa

    9 museus de chocolate na Europa

    A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas

    ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018

    Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.

    Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!

    A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.

     

    1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)

    Chocolate, Museu, Europa, Choco-Story, Bruges - Foto Divulgacao
    CHOCO-STORY, EM BRUGES – Fotos: Divulgação

    A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)

    Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas

    Sites: museeduchocolat.fr; choco-story.be; choco-story-praha.cz

    Chocolate, Bélgica, Bruges, Museu Choco-Story - Foto Divulgacao

    4 > SCHOKOMUSEUM (ÁUSTRIA)

    Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)

    Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis

    Site: schokomuseum.at

     

    5 > CADBURY WORLD (INGLATERRA)

    Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.

    VALE SABER

    Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30

    Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)

    Site: cadburyworld.co.uk

    Foto Visit Britain/Divulgação
    Foto: Visit Britain/Divulgação

    6 > BELGIAN CHOCOLATE VILLAGE (BÉLGICA)

    Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde

    Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros

    Site: belgianchocolatevillage.be/en/

     

    7 > MUSEU DE LA XOCOLATA (ESPANHA)

    Chocolate, Barcelona, Museu de la Xocolata - Foto Museu de la Xocolata. Divulgacao
    Foto: Museu de la Xocolata/Divulgação

    Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas

    Preço: 6 euros — crianças até 7 anos, grátis

    Site: museuxocolata.cat/

    Barcelona, Museu do Chocolate, Espanha - Foto Javier Miguélez Bessons, Divulgacao
    Foto: Javier Miguélez Bessons/Divulgação

     

    8 > MAISON CAILLER (SUÍÇA)

    Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)

    Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis

    Site: cailler.ch

     

    9 > RITTER-SPORT (ALEMANHA)

    O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.

    VALE SABER

    Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas

    Preço: 9 euros

    Site: ritter-sport.de

  • Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    Mozart em chocolate de Viena: Mozartkugel, souvenir da Áustria

    O nome, Mozartkugel, já traz o formato — em alemão, ‘kugel’ é bola. A pequena delícia da Áustria, muito encontrada na capital, Viena, é espécie de símbolo de Salzburgo, cidade onde nasceu o compositor Wolfgang Amadeus Mozart. De um fabricante para outro, a receita do bombom muda levemente, mas a tradição é preparar o chocolate com marzipã e nougat. Na embalagem, a marca registrada é o rosto de Mozart estampado no papel.

    Inventada pelo chocolatier Paul Fürst em 1890, em Salzburgo, a guloseima se chamava inicialmente Mozartbonbon. Hoje em dia várias empresas produzem o doce, com receitas um pouco diferentes entre si. As embalagens também mudam de uma versão para outra, e alguns fabricantes fazem os bombons com a base plana.

    Mozartkugel Komposit
    Variações do Mozartkugel – Foto: Peter Gugerell/Domínio público/Wikimedia Commons 

    A história de Mozart no chocolate que virou souvenir

    A Fürst segue preparando a bolinha espetada num palitinho. Com miolo de marzipã, é coberta por uma camada de nougat e depois banhada com chocolate. No fim do processo, o palitinho é retirado, e o buraquinho no doce, preenchido com chocolate. O papel da embalagem é prateado, com escritos em azul.

    Bolinhas no palitinho Fotos: Fürst/Divulgação

    Quando estive na Áustria, experimentei o bombom embalado em papel dourado com contorno vermelho, fabricado pela empresa Victor Schmidt. No miolo, tem nougat, coberto com marzipã, antes de levar o chocolate. Mesmo não sendo o original, achei bem gostoso.

    Não fui a Salzburgo, onde fazer as bolinhas é uma tradição. Estive em Viena e em algumas pequenas cidades austríacas ao longo do Rio Danúbio, durante um cruzeiro fluvial por essa região europeia. Encontrei muitos estilos de Mozartkugel. Os bombons com o rosto de Mozart são facilmente encontrados pela Áustria, em diferentes versões, e servem como um delicioso souvenir, em bonitas caixinhas.

    Mozartkugel até como enfeite de Natal na Áustria

    Vi até uma árvore de Natal na capital austríaca em que as bolinhas douradas levavam a figura do compositor clássico e estavam com o escrito Echte Salzburger Mozartkugel (algo como o verdadeiro Mozartkugel de Salzburgo), da marca Mirabell. A empresa — que leva o mesmo nome do palácio e do jardim onde foram gravadas cenas de A Noviça Rebelde, em Salzburgo — faz parte do grupo Mondelez International, proprietário de outras famosas marcas de chocolate, como Toblerone e Milka.

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    Uma publicação compartilhada por Dicas de viagem e destinos (@comoviaja) em

    Com produção em larga escola, a fábrica adaptou o método tradicional ao processo industrial. São 14 passos em 2 horas e meia para chegar às renomadas bolinhas. O recheio de marzipã recebe duas camadas de pralinê (uma delas de chocolates escuro), antes da cobertura. Com tantas composições diversas, o bombom inventado em homenagem a Mozart toca o paladar de viajantes em busca de experimentar os doces sabores da Áustria.

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  • Ganhei o prêmio da Comissão Europeia de Turismo de novo!

    Ganhei o prêmio da Comissão Europeia de Turismo de novo!

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Sonhos - Nathalia Molina @ComoViajaMeu filho, Joaquim, acordou hoje me dizendo que tinha sonhado algo mágico, mas que não podia me contar porque era segredo. Ele está nessa fase de fantasia, adorando ideias de mundos mágicos.

    Tocamos nossa rotina normalmente, deixei o Joaquim na escola e segui para a minha caminhada. Nem sempre levo o celular, mas resolvi carregar para registrar qualquer nesga de raio de sol que surgisse.

    Peguei o celular no bolso do casaco de moleton para aproveitar para checar emails. Enquanto o aparelho carregava um tanto de mensagens, uma pulou da tela: Resultado do 24º Concurso Europa de Jornalismo. Pensei: ‘Deve ter um arquivo em anexo com os nomes dos vencedores, vou ver quem ganhou desta vez’. Abri a mensagem e no corpo do email dei de cara com este texto:

    Cara Nathalia

    É com grande satisfação que informamos que você é uma das vencedoras do 24º Concurso Europa de Jornalismo, criado pela Comissão Europeia de Turismo na América Latina, formada pelos escritórios de turismo da Alemanha, Austria, Espanha, Irlanda, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça.

    Nome do veículo: Como Viaja!

    Categoria do Concurso: Melhor Reportagem na Internet

    Data da publicação ou veiculação: 4 de dezembro de 2012

    Título da matéria inscrita: Natal na Europa: Uma Viagem Encantada

    Parabéns!!

    Salvatore Costanzo Presidente CET América Latina

    Diretor ENIT Agencia Nacional Italiana de Turismo

    Quase tive um troço! Comecei a chorar no meio da rua (na verdade, no meio da esquina). Descontrolada pela emoção, só conseguia pensar numa coisa: ‘Ligar para o Fernando. Tenho de contar isso para ele’. Esse prêmio é dele também. É ele que cuida do nosso filho, da casa, de tudo, para que possa investir neste sonho que é fazer o Como Viaja!. Claro que nada disso me veio à cabeça na hora, só queria ligar para o Fernando. E chorava como uma louca no meio da rua.

    Aí você pode se perguntar: ‘Tudo isso por causa de um prêmio?’ Sim. Muita gente é blasé com essa história de prêmios. Eu não sou não. Aliás, não sou blasé com nada mesmo. Eu fiquei zonza, e ainda estou sob o efeito dessa notícia. Nem nos meus melhores sonhos isso teria acontecido. Obrigada, Comissão Europeia de Turismo por reconhecer meu trabalho mais uma vez! Leia mais sobre mim e sobre a minha experiência como jornalista e blogueira.

    Eu já tinha ganhado esse prêmio com o Como Viaja! em 2011, naquela ocasião era a segunda vez que eu vencia o Concurso Europa de Jornalismo (a primeira eu ainda trabalhava para o jornal Estado de S.Paulo), mas vencer com o blog teve um gostinho muito especial.

    Positano, Costa Amalfitana, Italia, Foto Nathalia Molina www.comoviaja.com.brEm 2011, ganhei na mesma categoria de Melhor Reportagem na Internet, com o texto Costa Amalfitana de Ônibus, resultado de uma viagem sonhada que fiz com meu marido pela Itália — veja como foi a noite de entrega da placa comemorativa a bordo de um cruzeiro no Rio Danúbio. Isso foi logo no ano de estreia do blog. Nem consigo descrever a minha felicidade e o tamanho do incentivo. O prêmio me deu muito ânimo para seguir adiante com o Como Viaja!.

    Mas nunca poderia imaginar vencer de novo o Concurso Europa de Jornalismo com outra reportagem do blog. Decidi me inscrever no prêmio porque gostei muito da série que fiz, Natal na Europa: Uma Viagem Encantada. Tem um enorme valor afetivo para mim. Eu amei ver aqueles mercados ao vivo, depois de editar textos anos seguidos sobre o assunto. Nem achei que fosse achar tão legal assim. Até estar lá, diante daquele brilho, daquela festa, sentindo o astral das pessoas nessa época.

    Mercado de Natal, Alemanha, Regensburg, Europa - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Eu só lembrava do Joaquim. Ele é louco por Natal — desde que fiz essa viagem, em 2011, ele pede outro calendário do Advento, com as janelinhas para abrir dia a dia à espera do 24 de dezembro. Por isso, quando voltei, resolvi fazer essa série para ele. Escrevi O Natal na Terra de Reis e Rainhas, em forma de historinha infantil como os enredos malucos que eu inventava à noite para meu filho quando ele era menorzinho.

    Agora, ele tem quatro anos. Também inventa muitas histórias e me ajuda a seguir criando as minhas. Obrigada pela inspiração, filho. Ah, Quim, me conta aquele segredo do sonho mágico?

    Mercado de Natal, Alemanha, Biscoito, Europa - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    3º capítulo

    O Natal com neve

    A mamãe do Joaquim se apaixonou por Viena. Nessa cidade, ela viu seu segundo mercado de Natal. Viena fica na Áustria, um país que já foi o miolinho de um reino enorme. Na verdade, era um império, que é como um reino bem grandão. No lugar do rei, tem o imperador para mandar num monte de gente.

    Esse império era muito rico, e as pessoas gostavam de construir casas e estátuas bonitas. Assim, os prédios de Viena têm tantos detalhes que parecem bolos confeitados. Por falar em doces, lá as tortas de verdade são deliciosas! Por isso, a mamãe do Joaquim chegou de barriguinha cheia ao mercado de Natal de Viena e nem reparou muito nas guloseimas.

    Viena tem tantos mercados de Natal que a mamãe teve de escolher um para ver. Ela foi visitar um bem na frente do prédio da prefeitura. Esse mercado tem as ruas arrumadinhas, como se fossem linhas desenhadas em cima de uma larga praça.

    Alto e brilhante

    Na pontinha das linhas está o prédio da prefeitura. A mamãe do Joaquim teve de entortar o pescoço todo para trás para alcançar com os olhos o topo da torre. Como era alto e brilhante o prédio da prefeitura!

    No mercado de Viena, tudo brilhava. Não eram só as luzes da decoração. Nas barraquinhas, senhoras vendiam bolinhas douradas, de todos os tamanhos. Lado a lado, elas formavam um borrão da cor do ouro.

    Embaixo do prédio da prefeitura, ficava outra rua de barraquinhas e também uma árvore cheia de corações vermelhos. A mamãe parou um pouquinho ali para ver o mercado todo. O prédio brilhante, as barraquinhas, a árvore de corações… Era lindo!

    De repente, começou a tocar uma delicada música e floquinhos de gelo caíram do céu. A mamãe imaginou como o Joaquim ficaria encantado de ver tudo aquilo, e chorou de mansinho. Não, ela não estava triste. Nem sempre quando a gente chora está triste. Ela estava feliz. Feliz por viajar com aqueles corações, levinha como um floco de neve, para junto do Joaquim.

    É só girar a manivela

    A mamãe do Joaquim passou o restinho da tarde vendo enfeites de Natal. Eram tantos, e tão fofos! Numa barraquinha, rodas-gigantes e trenzinhos se mexiam enquanto canções natalinas tocavam. Em outra, estavam montanhas de caixinhas de música porque Viena é conhecida como a cidade da música.

    Upa, cavalinho!

    Sonhando em arrumar a casa para o Natal com o Joaquim, a mamãe comprou um carrossel verde e também levou um Papai Noel sentado num trenó. Tudo para trazer na mala um pouquinho daquele momento especial.

    E ela conseguiu. Hoje, longe de Viena, no Natal do Joaquim, Papai Noel faz a mágica de nevar pertinho do Pão de Açúcar. Parece até coisa de cinema.

    Floquinhos pelo ar

    §§§

    Endereço: Rathausplatz (praça da prefeitura)

    Site: christkindlmarkt.at

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Uma viagem encantada pelo Natal na Europa

    Uma viagem encantada pelo Natal na Europa

    Conheci mercados e tradições de Natal na Europa e me encantei com o que vi na viagem a cidades da Alemanha, em Budapeste e em Viena. Que época especial para uma visita em família!

    ATUALIZADO EM 30 DE NOVEMBRO DE 2017

    Quando vi neve pela primeira vez, eu tinha 5 anos. Estava em Bariloche com meus pais e nevou tanto que, no trecho entre a Argentina e o Chile, o ônibus da excursão atolou. Na estação de esqui, não consegui convencer meus pais a esquiar. Eles pediram o esqui emprestado a alguém para que eu tirasse uma foto.

    Com 21 anos, eu morava em Nova York e peguei uma nevasca daquelas em que as calçadas ganham muretas com o gelo empurrado pelos tratores durante a limpeza das ruas. A neve era tanta que a escadaria perto do apartamento virou uma rampa. Eu me diverti enterrando a perna até o joelho.

    Mas, de todas as vezes, a que mais me emocionei foi aos 40 anos, em 2011. Fiquei tão encantada que os colegas de viagem não puderam entender tamanho entusiasmo e tiraram a maior onda com a minha cara ao me ouvir dizer “Neve!”. Eu não vi neve, eram apenas flocos no céu de Viena. Não importava. Nunca o gelinho flutuando pelo ar fez tanto sentido e foi tão adequado ao momento. Tive vontade de chorar de emoção. Me lembrei do meu filho, na época com 2 anos. Acho que me senti assim, pequenininha, criança.

    O NATAL QUE DURA MAIS DE 1 MÊS – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    QUE SONHO…

    Pensei em como o Joaquim ama Natal, em como ele ficaria feliz de estar ali. Em como eu ficaria feliz de estar ali com ele e com meu marido. Além do encantamento com o Natal, aquela era uma viagem-prêmio — leia mais em Como Viaja ganha prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Para mim, diferente de todas as outras que eu havia feito. E eles tinham tudo a ver com aquela realização.

    Era um fim de tarde escuro de novembro, o que só aumentava o brilho do mercado de Viena. Eu vinha de Budapeste, onde no dia anterior tinha visto meu primeiro mercado de Natal. Até então, como jornalista da área de turismo, só conhecia textos e fotos de divulgação sobre esses eventos na Europa. Em Budapeste, as barraquinhas apresentavam brinquedos e presentes originais, no entanto, nada que se comparasse com a ambientação do que eu via naquele momento em Viena. A música, os corações vermelhos pendurados nas árvores naturais, enfeites multicoloridos à venda e, como pano de fundo, o suntuoso prédio da prefeitura iluminado.

    É LINDO VER ESSE PRÉDIO ILUMINADO!

    Eu estava mesmo na Terra de Reis e Rainhas, maneira como expliquei ao meu filhote sobre os lugares que iria visitar naquela viagem (Hungria, Eslováquia, Áustria, República Tcheca e Alemanha). Sei lá como saiu isso, foi intuitivo, uma mistura de Império Austro-Húngaro com a Alemanha dos irmãos Grimm. Juntei tudo num reinado de fantasia, que meu filho entendeu muito bem e que casou perfeitamente com o espírito natalino. Por isso, é para o Joaquim que escrevi O Natal na Terra de Reis e Rainhas, apresentando mercados e tradições na Europa do jeitinho das histórias que eu invento para ele à noite, antes de dormir. Porque, no fim, ainda me sinto assim, pequenininha, criança.

    BRILHA, BRILHA, ESTRELINHA

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    1º capítulo: Os mercados, o candelabro e o calendário
    2º capítulo: O mundo encantado do Natal (mercado de Budapeste, na Hungria)
    3º capítulo: O Natal com neve (mercado de Viena, na Áustria)
    4º capítulo: As salsichas e o carrossel maluco (mercado de Regensburg, na Alemanha)
    5º capítulo: O mercado muito, muito, antigo (mercado de Nuremberg, na Alemanha)
    6º capítulo: O Natal numa casinha de boneca (mercado de Frankfurt, na Alemanha)
    7º capítulo: A cidade das caixinhas de música (mercado de Rüdesheim, na Alemanha)

     

  • Natal na Europa: os mercados, o candelabro e o calendário

    Natal na Europa: os mercados, o candelabro e o calendário

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    1º capítulo
    Os mercados, o candelabro e o calendário
    Essa história começa assim, ela é sobre o Joaquim.
    O Joaquim é um menino bonito que ama Natal. Ele adora os enfeites, as luzes, o Papai Noel e tudo de mágico que traz o Natal. A mamãe do Joaquim foi viajar para a Terra de Reis e Rainhas, bem pertinho do Natal, e lá viu muitas cidades enfeitadas e vários mercados. É que na Terra de Reis e Rainhas as pessoas amam Natal, como o Joaquim.

    As crianças adoram os mercados!

    Antes mesmo de chegar o dia 24 de dezembro, os moradores desse reino já vivem num Natal encantado. Em novembro, eles enfeitam as cidades e montam mercados cheios de barraquinhas. Nelas, as pessoas vendem comidas e bebidas bem quentinhas porque na Terra de Reis e Rainhas faz um frio de rachar!

    Luz, muita luz, nos prédios e nas ruas

    Caneca de vinho quente

    Os adultos bebem um vinho quente que vem numa caneca e comem um cachorro-quente com uma salsicha comprida e magrela. As crianças adoram os biscoitos de coração. Eles têm desenhos de Papai Noel e de flores, e uma palavra escrita bem no meio. A mamãe do Joaquim pediu para a moça escrever o nome dele no coração. O biscoito é durinho, e a mamãe carregou com muito carinho, então ele chegou para o Joaquim inteirinho. Ele adorou o coração e o gosto de canela!

    De fraldinha, feliz pelo biscoito com seu nome

    O quebra-noz parece brinquedo

    Com muito brilho e luzinhas, os mercados têm músicos e corais que cantam bonitas canções. Em alguns, também se apresentam dançarinos. É uma época de festa na Terra de Reis e Rainhas. Um tempo em que os enfeites se espalham nas ruas e nas casas, um tempo em que as pessoas festejam com a família e os amigos, enquanto esperam o Natal, que é o dia do nascimento do Menino Jesus.
    A cada domingo antes de 24 de dezembro, as famílias se reúnem, almoçam juntas e acendem uma das quatro velas do candelabro em cima da mesa. Candelabro é o nome de uma coisa que a gente usa para acender várias velas. E esse candelabro de quatro velas é conhecido em toda a Terra de Reis e Rainhas.

    Um candelabro de 4 velas gigante!

    Todas as casas têm também um calendário de 24 dias, com um bolsinho para cada dia até o Natal. As crianças da Terra de Reis e Rainhas ganham presentinhos em todos os dias de dezembro até o Natal.

    Com as janelinhas fechadas, aparecia o desenho do mercado de Natal de Frankfurt

    A mamãe trouxe um calendário desses para o Joaquim. Ele era de papel. Em vez de bolsinhos, tinha janelinhas para destacar. O Joaquim procurava o número do dia e abria a janelinha. Lá dentro, ele encontrava um chocolatinho. Cada um com um formato diferente. Tinha de sino, de anjo, de estrela, de tudo o que coisa que a gente vê na época do Natal.

    Com as janelinhas abertas, deliciosos e divertidos chocolates

    No dia 24 de dezembro, a janelinha era dupla, com um chocolate maior, para comemorar o nascimento do Menino Jesus.
    O Joaquim gostou muito do que a mamãe trouxe e contou sobre a viagem. Ele aprendeu sobre os costumes na Terra de Reis e Rainhas e ama ainda mais o Natal. Agora, enquanto toca Noite Feliz na caixinha de música que ganhou da mamãe na volta para a casa, ele vê a árvore de Natal girar na frente do Papai Noel e sonha com o reino encantado da Terra de Reis e Rainhas.

    Uma caixinha de música do tamanho das mãozinhas do Joaquim


    §§§

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaMercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Alemão para viagem: palavras básicas e do menu dos restaurantes

    Veja palavras e frases básicas em alemão para usar numa viagem à Alemanha. Experimentar na prática ajuda a aprender algo da língua. Já estive algumas vezes no país e reuni algumas observações e dicas

    Dizem que, para quem sabe inglês e consegue ler o alemão com a sonoridade correta, fica menos complicado entender alguma coisa. É verdade que ajuda, mas na hora H, com a situação real na sua frente, pode não ser lá de grande valia no alemão. E tem vezes em que o inglês não resolve nada mesmo, a não ser para falar na língua inglesa, que é falada por muita gente na Alemanha — aliás, se você pretende ir para destinos alemães, leia Alemanha: 11 melhores cidades turísticas para visitar no país.

    Mas não custa tentar associações para entrar totalmente no clima da viagem. Eu sempre apelo para todas as raízes de palavras parecidas que conheço. Quem sabe não dá certo? No fim é divertido, experimente!

    Atenção: isso não é uma aula de alemão, até porque eu não sei alemão! Apenas juntei alguns conceitos e palavras que aprendi com outras observações de viagens. São apenas formas que eu uso para brincar de me aventurar na língua.

    Eu te amo em alemão: Ich liebe Dich

    Dicas práticas do idioma

    Vão aí algumas noções que podem ajudar na leitura das palavras em alemão e até numa possível associação com o inglês, em viagens à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    ei> Tem som de ‘ai’. Lembre do joelho de porco, uma palavra já conhecida por brasileiros que frequentam restaurantes alemães: se escreve Eisbein e se lê ‘aisbain’, certo?

    ie> Tem som de ‘i’. Um exemplo é o verbo Liebe (amar). Para momentos fofos na viagem ou na volta para casa, talvez a frase mais famosa do mundo em todas as línguas: Ich liebe Dich (eu amo você).

    eu> Tem som de ‘ói’. A palavra Neu (novo), por exemplo, se lê ‘nói’

    v> Tem som de ‘f’. Olha aí o Volk (da Volkswagen, carro do povo, numa tradução livre). Quando você lê com som de ‘f’, chega ao Folk (povo, em inglês)

    w> Tem som de ‘v’.

    j> Tem som de ‘i’.

    s> Tem som de ‘z’ se estiver no começo da palavra ou entre vogais.

    ß> Se chama eszett e parece a letra beta, mas não é. Em muitos lugares vai estar escrito apenas ‘ss’. Mas, se topar com uma dessas pela frente, é só ler como ‘ss’. Um bom exemplo, que será muito útil na viagem, é Weiß ou Weiss. Significa branco. Então, Wiessbrot é pão branco; Weisswein, vinho branco; Weissbier, cerveja clara…

    Esta duplinha abaixo é de lascar, mas vale o esforço.

    Umlaut> É o trema do alemão. Pode aparecer como ä, ö e ü. Em muitos lugares, você vai encontrar as vogais a, o e u seguidas por e. como em Dankeschön ou Dankeschoen (muito obrigado). A pronúncia de palavras com Umlaut exige um certo bico.

    ch> Tem som de h misturado com r. Doido, né? É o mais difícil para mim. Fale do jeito que der, o que importa é tentar se comunicar. Ich (eu) sai algo como um ih, vindo lá da garganta.

    Palavras e frases úteis

    Não dá para engrenar conversa, mas é simpático ser educado. Então, vamos a umas expressões do dia a dia:

    Danke> Obrigado. Se lê ‘danque’. Lembra um pouquinho Thank, do inglês. Para a fina flor da educação (e do esforço da língua!), diga Dankeschön

    Bitte> Por favor. Tente pronunciar como em português, mas com consoantes e vogais ditas claramente – dica especial para cariocas, já que nós temos a tendência de ler com ‘i’ e chiado: bitchi. Se você só conseguir aprender uma palavra que seja essa. Salpique Bitte que dá tudo certo. Entschuldigung é uma forma bem complicada de dizer ‘com licença’, um Bitte será entendido e serve da mesma forma

    Gut> Bom. Olha a semelhança com o Good

    Tag> Dia

    Guten Tag> Bom dia. Dá para usar em qualquer hora, exceto à noite, que é Guten Abend para saudações

    Hallo> Oi. Se lê ‘ralô’

    Auf Wiedersehen> Até logo. Se pronuncia ‘auviderzên’

    Adeus em alemão: Auf Wiedersehen

    Eingang> Entrada

    Ausgang> Saída

    Kirche> Igreja

    Strasse> Rua

    Rathaus> Prefeitura

    Prost> Saúde, num brinde. Se lê com ‘o’ fechado como ‘ô’

    Nein> Não. Se lê ‘nain’

    Deutsch> Alemão. Se pronuncia ‘doitch’

    Ich bin aus Brasilien> Eu sou do Brasil. Além do ‘ih’ para Ich, o ‘en’ de Brasilien é lido como ‘an’

    Was kostet das?> Quanto custa isso? Se lê ‘vas costet das’. Quando a pessoa responder, você provavelmente não vai entender. Faça o sinal de escrever com a mão ou mande um Bitte seguido de Schreiben (‘escrever’, se pronuncia algo perto de ‘xiraiban’). Não importa a gramática errada. Nesse estilo ‘mim quer saber’, você vai conseguir se entender e comprar se o preço estiver bom

    Não importa quanto tempo eu passe na Alemanha vou pedir carne de porco ou salsichas com batatas e chucrute. Está bem, é o básico, mas é delicioso! Na Alemanha, a refeição é o momento de exercitar a língua, tanto no sentido literal quanto no figurado. Comer é experimentar a cultura do país, por meio de sua culinária, e também se perder num mundo de letras desse idioma fascinante — veja dicas de como se virar com o alemão em viagem à Alemanha, à Áustria e à Suíça.

    No alemão, a palavras vão se juntando como acompanhamentos do prato principal. Nesse caso, a palavra principal é o substantivo que vai sempre no fim daquela junção maluca de palavras. Por exemplo, Wurst é salsicha ou linguiça. As palavras adicionadas antes dela dizem como é aquele embutido. Se é Blutwurst, é a morcela, já que Blut é sangue.

    Pensa que eu entendo o cardápio na boa? Que nada. Faço aquela brincadeira de caça-palavras, que eu adorava na infância e que meu filho acaba de descobrir. Entendendo uma palavra ou outra, tenho uma ideia do que vem pela frente. O resto é surpresa. Afinal, parte da graça de descobrir um mundo novo está em se entregar ao desconhecido!

    Algumas palavras que podem aparecer na hora de comer:

    Afpel> Maçã

    Bier> Cerveja

    Blau> Fervido

    Braten> Assado

    Brot> Pão

    Eis> Gelo

    Eisbein> Joelho de porco

    Ente> Pato

    Fisch> Peixe

    Fleischkäse> Bolo de carne

    Gans> Ganso

    Kartoffeln> Batata

    Käse> Queijo

    Kuchen> Bolo

    Leber> Fígado

    Milch> Leite

    Reis> Arroz

    Salz> Sal

    Sauerkraut> Chucrute

    Senf> Mostarda

    Süß> Doce

    Tagskarte> Menu do dia

    Tee> Chá

    Wasser> Água

    Wein> Vinho

    Wurst> Salsicha ou lingüiça, o embutido

    Zucker> Açúcar

  • Cruzeiro pelo Danúbio: minha viagem de barco pela Hungria, pela Áustria e pela Alemanha

    Cruzeiro pelo Danúbio: minha viagem de barco pela Hungria, pela Áustria e pela Alemanha

    Sabe o cruzeiro pelo Danúbio que eu ganhei no prêmio da Comissão Europeia de Turismo? O roteiro virou capa do caderno Viagem do Estadão.

    Na reportagem, eu conto como foi fazer um cruzeiro fluvial e descrevo o que vi nas paradas. O barco partiu de Budapeste e chegou à alemã Nuremberg, passando por Bratislava, Viena, Vale do Wachau e Regensburg.

    Para quem não conseguiu comprar o jornal, abaixo estão os links para ler as matérias:

    Apresentação do cruzeiro pelo Danúbio

    1º dia: Budapeste

    2º dia: Bratislava

    3º dia: Viena

    4º dia: Vale do Wachau (Dürnstein e Melk)

    5º dia: Linz/Salzburg

    6º dia: Regensburg

    7º dia: Nuremberg

    Leia mais sobre a premiação em: Melhor Reportagem na Internet (sobre o prêmio da Comissão Europeia de Turismo) e Costa Amalfitana, de ônibus (texto vencedor, que publiquei aqui no Como Viaja!).

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