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  • Montréal, Canadá

    Montréal, Canadá

    Montréal preserva tradições – a língua francesa é a oficial e a gastronomia ocupa um espaço importante na vida de seus habitantes –, mas é uma cidade aberta ao moderno e ao contemporâneo, com atenção à sustentabilidade e à mobilidade. Com cerca de 750 km de ciclovia disponíveis em todos os bairros, os moradores usam a bicicleta mesmo com neve. É o Canadá francês cosmopolita.

    Talvez seja a cidade canadense mais bilíngue (os negócios nas empresas, na maioria localizadas no Centre-Ville, o Downtown local, criam a necessidade de falar também o inglês). Quem busca intercâmbio no Canadá pode combinar programas nos 2 idiomas em Montréal. Ela também se mantém atualizada com as tendências mundiais de moda e tecnologia. Há um relevante polo de games na cidade — a província de Québec responde por 30% da produção nacional, sendo que 70% dos estúdios ficam em Montréal e na sua área metropolitana.

    A arte tem uma importância tal em Québec que a lei da província determina que 1% do valor de cada construção seja destinado a obras expostas ao público. Por isso, ao caminhar, você verá muitas esculturas, por exemplo, ao longo da Rue Sherbrooke. Essa rua, aliás, é o endereço de 2 excelentes museus de Montréal: o Musée des Beaux-Arts (belas artes) e o Musée McCord (história e sociologia da cidade). Outras 2 instituições de acervo interessante completam a lista de indispensáveis para os fãs de museu: o Musée d’Art Contemporain (arte contemporânea no Quartier des Spectacles) e o Pointe-à-Callière (arquelogia e história da fundação da cidade, na Vieux-Montréal, a parte histórica).

    Entre os pontos turísticos de Montréal o mais conhecido é o Mont-Royal, logicamente, já que o monte deu nome à cidade e até hoje uma lei municipal determina que nenhuma construção pode exceder a altura dessa montanha, de 233 m. De lá, é possível apreciar uma bonita vista panorâmica e, a seus pés, o Parc du Mont-Royal, com muitas atividades tanto no verão (apresentações de música e dança) quanto no inverno (patinação e escorregador no tobogã natural formado pelo gelo).

    Além do Mont-Royal, entra para o roteiro essencial pela cidade outro parque, o Jean-Drapeau. Formado por 2 ilhas, ele abriga o Casino de Montréal e o Autódromo Gilles Villeneuve. Também valem uma visita a Basilique de Notre-Dame, catedral no centro histórico, e o Parque Olímpico com sua torre inclinada.

    O cenário e o próprio clima mudam completamente de acordo com as estações. No verão quente e úmido, a temperatura em Montréal atinge picos de 30°C, e a cidade é repleta de eventos ao ar livre, como o renomado Festival Internacional de Jazz de Montréal. Já na época de frio rigoroso, a sensação térmica pode ser de até -30°C e fica fácil entender a praticidade do Réso de Montréal, a cidade subterrânea com 33 km de túneis e em torno de 2.000 restaurantes e lojas, por onde passam cerca de 500.000 pessoas por dia.

    Uma das atividades quase obrigatórias para se fazer em Montréal é experimentar o melhor da sua comida típica. Poutine, bagel e brisket (smoked meat, a carne defumada em sanduíches) são algumas das pedidas. Explorar os mercados de Montréal, outras. Entre eles se destacam o Marché Jean-Talon e o Marché Atwater.

    Confira abaixo o que fazer em Montréal, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia gratuitos de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos internacionais e no Brasil.

    Clima

    Entre junho e setembro, a temperatura em Montréal tem média de 20°C, com dias mais quentes especialmente em julho e em agosto, meses que podem registrar picos de 32°C. O fato de estar em uma ilha deixa todo esse calor mais úmido, responsável por botar todo mundo na rua, especialmente nos parques e piscinas públicas. Atrações e restaurantes também costumam ficar mais cheios nessa época do ano, alta temporada no Canadá.

    Leve agasalho se viajar a partir da segunda quinzena de setembro, momento em que as folhas de outono deixam a paisagem avermelhada e os primeiros ventos frios começam a soprar, derrubando os termômetros para baixo dos dois dígitos pelos meses seguintes. Novembro e dezembro registram com frequência marcas negativas e janeiro é o auge do inverno, quando a média fica em torno dos -10°C.

    Moradores de Montréal ficam atentos à força do vento, que nesse período do ano faz a sensação térmica chegar a -30°C em alguns dias. A época exige roupas e calçados apropriados para suportar o frio congelante, que, nesse caso, não é força de expressão. O desconforto pelo clima gélido começa a ser desfeito e as marcas voltam a ficar positivas com a chegada da primavera, em março.

    Preparativos

    Passagem aérea

    A Air Canada tem voos direitos para Montréal a partir de São Paulo. Também é possível voar pela empresa até Toronto e pegar uma conexão. Com as companhias americanas, o voo vai até alguma cidade dos Estados Unidos e de lá o viajante pega uma conexão para Montréal.

    Visto

    Veja o passo a passo para tirar seu visto canadense, pois o país exige esse documento de viajantes brasileiros. Se você esteve no Canadá ou nos Estados Unidos nos últimos 10 anos, pode pedir uma eTA Canada, autorização eletrônica de viagem, caso sua chegada ao país desta vez seja de avião. A autorização eletrônica de viagem é bem mais barata e o processo para solicitá-la é menos burocrática do que o de visto.

    Carro

    Dirigir é dispensável em Montréal. Você pode optar pelo aluguel de carro se quiser explorar a província de Québec ou ainda a vizinha Ontario, onde ficam Toronto e a capital do Canadá, Ottawa.

    Trem

    A VIA Rail conecta Montréal a cidades como Quebéc, Toronto, Ottawa e Halifax.

    Transporte

    Além do táxi ou de um carro alugado, outra opção para deixar o aeroporto é subir no Expresso 747, ônibus que conecta o terminal de passageiros com Downtown. A linha funciona 24 horas por dia, durante o ano inteiro. A tarifa custa CAD$ 10 e pode ser paga diretamente no ônibus (só aceita quantia exata e apenas em moedas, nunca cédulas) ou com qualquer um dos cartões de transporte que dão direito a viagens ilimitadas durante determinado período (de 24 horas a 7 dias de uso).

    Os cartões podem ser comprados no terminal de desembarque internacional do aeroporto, em terminais de ônibus da cidade e nas estações de metrô. O Expresso 747 tem duas linhas, uma que segue direto à estação de metrô Lionel-Groulx, outra com destino ao terminal Berri-UQAM, passando pelo Boulevard René Lévesque, com paradas próximas a muitos hotéis.

    A cidade é convidativa a andar a pé, tem uma das melhores redes de ciclovias do Canadá (750 km de extensão) e um sistema de transporte público bom e super acessível, que inclui ônibus e 4 linhas de metrô, operadas pela Société de Transport de Montréal (STM). Há tíquetes que dão direito desde uma simples viagem (CAD$ 3,50) até deslocamentos ilimitados durante 3 dias consecutivos (CAD$ 20,50) – mantenha seu bilhete até o fim do deslocamento, como prova de pagamento

    Moeda

    Compre dólar canadense para levar moeda estrangeira — a cotação é mais baixa que a do americano. Cartões de débito e crédito são aceitos em praticamente todos os lugares, inclui hotéis e restaurantes.
    Gorjetas: nos restaurantes e táxis, acrescente 15% ao total da conta; nas cafeterias, você pode deixar as moedas do troco na caixinha dos funcionários; nos hotéis, o costume é dar CAN$ 2 por mala carregada ou serviço prestado.

    Hotéis

    Na hora de escolher onde ficar em Montréal, saiba que a maior parte dos hotéis está em Downtown e no centro histórico. Nathalia já se hospedou InterContinental Montréal e recomenda. Corretíssimo nos serviços oferecidos, esse 5 estrelas fica próximo da Catedral de Notre-Dame (Basilique Notre-Dame) e tem acesso direto ao Réso, rede de caminhos subterrâneos. Em outro momento na cidade, ela passou alguns dias no Hôtel Alt Montréal. Moderno, elegante e com boa relação custo-benefício, o hotel tem facilidades como geladeira com sucos e sanduíches frios à venda na recepção. Localizado em Griffintown, bairro de restaurantes e lojas fora da curva e bem interessantes.

    Para celebrar um momento especial ou simplesmente porque você deseja se dar um luxo, uma noite no Le Mount Stephen talvez seja interessante. Este hotel boutique ocupa um casarão histórico de 1880 que é a cara de Golden Square Mile, região de construções vitorianas e muito arborizada. Colado na Boulevard Saint-Laurent, o Hôtel Zero 1 é uma alternativa próxima ao Quartier des Spectacles. Moderno e ajeitadinho, tem quartos e suítes voltados para o portal de Chinatown. Fica na René-Lévesque, avenida por onde passa o Expresso 747.

    Quem se utiliza do ônibus que liga o aeroporto ao Centro também pode descer muito próximo ao Novotel Montreal Centre. Com quartos confortáveis, esta unidade da rede está situada a cerca de 300 metros do Bell Centre, casa do Montréal Canadian, time de hóquei da cidade.

    Imagine despertar diante do Rio Saint-Laurent? Nada mal para quem se hospeda no Auberge du Vieux Port, onde as paredes originais de pedra e tijolos emprestam mais charme aos quartos e suítes do hotel, instalado em um armazém do século 19. Serviços à francesa, pé direito alto e janelões são atributos do Hotel Bonaparte, onde 30 quartos e uma suíte oferecem ampla visão das ruas de paralelepípedos. A uma curta caminhada de restaurantes, boutiques e marcos históricos da cidade.

    Passeios

    Para quem prefere viajar por conta própria e com calma, há o passe de 72 horas com entrada em atrações e bilhete de metrô (Montreal Attractions Pass with Metro Ticket). Também dá direito a transporte de ônibus, incluindo a linha 747 de Montréal para o aeroporto.

    O passe inclui 28 atividades, como o cruzeiro no Vieux-Port, a MTL Zipline (tirolesa), o Musée des Beaux-Arts (Museu de Belas Artes, com pinturas e esculturas), o Musée d’Art Contemporain (com exposições e instalações), o Musée Grévin (de cera), o Musée McCord (com mostras sobre história e sociologia da cidade), o Pointe-à-Callière (de arqueologia e história, sobre a fundação de Montréal), o Biosphère (museu do meio ambiente no Parc Jean-Drapeau), o bonito Jardin Botanique (jardim botânico), o planetário (o interessante Planétarium Rio Tinto Alcan) e a Torre do Parque Olímpico (La Tour de Montréal, com 165 m a 45 graus, símbolo da Olimpíada de 1976).

    Considerando as principais atrações de Montréal com entrada paga, estão fora do passe apenas a Basilique de Notre-Dame (catedral com um maravilhoso altar azul) e o Biodôme (espaço do antigo velódromo nos Jogos Olímpicos adaptado para receber ecossistemas das Américas, com plantas e animais).

    Antes da viagem, você pode garantir ingressos de atrações e passeios em Montréal, como o cruzeiro pelo Rio São Lourenço (Fleuve Saint-Laurent) ou o cruzeiro com jantar e dança, para ver Montréal de dentro da água; ou a entrada da roda-gigante sem fila (La Grande Roue), para apreciá-la do alto. Ou ainda fazer um passeio panorâmico num tour guiado de ônibus de 3,5 horas. Entre as atrações da cidade estão a Notre-Dame e o mirante do Mont-Royal.

    Também existe a possibilidade de ter uma experiência diferente, por exemplo, um passeio em Montréal com alguém local, um tour de 3 horas de scooter, uma caminhada pela cidade subterrânea (Réso) ou um passeio a pé de 2 horas pelo centro histórico de Montréal (incluindo ingresso da Notre-Dame). Adeptos de bicicleta encontram várias opções na cidade do Canadá francês.

    O City Bike Tour de 3 horas com aluguel da bicicleta incluído após o passeio apresenta pontos conhecidos e escondidos da cidade e sua prática rede de ciclovias, com parada para degustação. Realizado pela Ça Roule (Nathalia fez o passeio de bicicleta em Montréal com essa empresa e gostou do serviço), o tour começa e termina na Vieux-Montréal, passando por vários bairros.

    Restaurantes

    As raízes francesas justificam a fama de Montréal como destino gastronômico no Canadá. Enquanto se visita a maior cidade da província de Québec, é praticamente impossível ficar de boca fechada, exceto enquanto se mastiga. Com cerca de 75 restaurantes por km², a dica é provar de pouco em pouco em cada lugar, a fim de tornar a jornada pela gastronomia de Montréal mais completa.

    As manhãs podem começar com baguete ou pão multigrãos quentinhos da Première Moisson, rede de padarias com filiais por toda a cidade, incluindo os dois principais mercados de Montréal — a do Marché Atwater abre primeiro, logo às 6 da matina. Oportunidade de ver logo cedo a chegada de produtos frescos, boa parte deles cultivados na província de Québec. Ponto turístico, o Marché Jean-Talon é ideal tanto para saborear crepes de frutas vermelhas quanto para comprar uns saquinhos com frutas secas, perfeitas para serem comidas durante deslocamentos pela cidade. E não deixe de visitar o Le Marché des Saveurs du Québec, loja na rua no entorno do Jean-Talon, boa para quem procura por xarope de maple (syrup d’erable, em francês) e outras maravilhas québécois, como os mirtilos locais (bleuts).

    Brasileiros que conhecem Nova York não estranham ouvir falar em bagels e pastrami, dois artigos famosos também em Montréal — e motivo de disputa entre as cidades para saber quem tem o melhor. Desde 1928, o Schwartz’s serve generosas lascas de carne defumada com molho de mostarda entre fatias de pão de centeio. O cantor e poeta Leonard Cohen preferia a versão preparada na Main Deli Steak House, localizada do outro lado do Boulevard Saint-Laurent. Na Rue Sainte-Catherine, a pedida é o Reuben’s, onde além do pastrami tradicional saboreia-se o legítimo sanduíche que leva o nome da casa, com carne defumada, queijo suíço e repolho.

    Ainda na linha refinamento zero, sabor dez, Montréal é o lugar para provar poutine. A combinação de batata frita, pedaços de queijo e molho de carne, uma das comidas típicas do Canadá, aquece corações e almas em tempos frios. Mas dá para ser devorada o ano inteiro. Os cardápios do La Banquise e do Frite Alors! oferecem variações sobre o tema, e vão além, com hambúrgueres e fritas. Você encontra as 2 casas no Plateau Mont-Royal, bairro que não tem apenas porn food. A zona boêmia da cidade e seu bairro vizinho, Mile End, concentram boas opções gastronômicas, como o Bistrô La Fabrique, e um dos 10 melhores restaurantes para um brunch, o Fabergé, cujos ovos benedicts alavancam sua reputação. No mesmo bairro, para tirar a prova dos 9 sobre os já mencionados bagels, faça sua escolha: St-Viateur Bagel e Fairmount Bagel.

    Bagel de Montreal
    Famoso bagel de Montréal – Foto: Alice Gao/Comissão Canadense de Turismo/Divulgação

    Outros bairros vêm ganhando destaque quando o assunto é restaurantes em Montréal, como Griffintown e Petite-Bourgogne. No 1º, alguns saborosos nomes são Foxy, especializado em grelhados na brasa, e Le Serpent, para cozinha italiana, vinho e sobremesas do chef pâtissière Masami Waki. No bairro seguinte, o Candide oferece um menu a preço fixo, diferente a cada mês, e o Joe Beef serve carnes e frutos do mar, em pratos como sua famosa massa com lagosta.

    Pelas ruas históricas de Vieux-Montréal também se encontram delícias. Entre galerias de arte e bons restaurantes da Rue Saint Paul, o Olive & Gourmando é um clássico, onde os paninis atraem muita gente para lá na hora do almoço. Nos arredores da Basilique Notre-Dame de Montréal, os macarons do Europea Espace Boutique seguem o padrão de qualidade que deram a Jérome Ferrer o título de Grand Chef Relais & Châteaux, por seu trabalho à frente do estrelado Europea. Nos meses mais quentes, aproximadamente 350 opções de food trucks se espalham por 20 pontos da cidade, do Parque Olímpico ao Vieux-Port.

    Eventos

    Conforme o tempo esquenta, aumenta o número de eventos em Montréal. L’International des Feux Loto-Québec promove um espetáculo de fogos de artifício, entre junho e julho, na Pont Jacques-Cartier, diante do La Ronde (parque de diversões da Six Flags). No meio do ano, o GP de Fórmula 1 agita também a Rue Crescent numa festa depois da prova. O Boulevard Saint-Laurent ganha cores e desenhos pintadas por artistas do mundo todo durante os 11 dias do Mural Festival, em junho.

    No mês seguinte, a 1ª quinzena é de circo em Montréal, com o Complètement Cirque, e a 2ª é de humor, com o Just for Laughs Festival. Entre setembro e outubro, tem Momenta – Biennale de l’Image, para fãs de fotografia, e Gardens of Light, festival de lanternas no Jardim Botânico de Montréal.

    A música é outro tema de destaque no calendário local. O Festival de Jazz de Montréal, instalado no Quartier des Spectacles, é o evento mais conhecido internacionalmente. Os 10 dias de apresentações pagas e gratuitas vão do fim de junho ao início de julho. Os parques de Montréal também viram palco de espetáculos musicais no verão. Tambores e dançarinos animam o Parc du Mont-Royal todo domingo com a realização de Tam Tams. Esse festival se estende do começo de maio até setembro (dependendo do ano, alcança outubro) e se concentra perto do monumento dedicado a Sir George-Étienne Cartier no parque. No Parc Jean-Drapeau, o Piknic Électronic reúne DJs locais e convidados internacionais em shows de música eletrônica, com ingressos cobrados, da 2ª metade de maio ao fim de setembro.

    Festival de Jazz de Montréal
    Festival de jazz em Montreal – Foto: Frédérique Ménard-Aubin/Montreal Jazz Festival/Divulgação

    Com 3 dias de shows de indie e hip hop, o Osheaga, organizado em agosto, é comumente comparado ao Lollapalooza, ao Glastonbury e ao Coachella. No outono (5 dias no fim de setembro), é a vez do hipster Pop Montreal, com cobrança de ingresso, apresentar em torno de 400 artistas — no fim de semana do festival, há atividades gratuitas para crianças. Com a neve caindo, o Igloofest bota a galera para dançar música eletrônica no Vieux-Port, da 2ª quinzena de janeiro ao começo de fevereiro.

    Como destino gastronômico em essência, Montréal organiza eventos ligados a comida e bebida ao longo do ano todo. Na 1ª metade de junho, é realizado o Mondial de la Bière, festival de cerveja artesanal que já tem edições no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando esfria, na 1ª quinzena de novembro, ocorre a MTL à Table, a restaurant week de Montréal. Cerca de 150 restaurantes preparam menus a preço fixo para brunch, almoço ou jantar.

    O cenário branquinho de neve em dezembro ganha luzes, comidas e atividades em mercados de Natal do Canadá, presentes também em Montréal. Atmosfera perfeita para diversão no inverno em família. Entre janeiro e fevereiro, a criançada se diverte na Fête de la Neiges, aos sábados e domingos no Parc Jean-Drapeau. com trenó, esculturas de gelo, shows e atividades pagas e gratuitas. Dá para fazer pirulito de xarope de maple no gelo.

    Gastronomia com arte e diversão se encontram no Montréal en Lumière, do fim de fevereiro ao início de março, no Quartier des Spectacles. Tem shows gratuitos, atividades culinárias com chefs e produtores de vinho e atrações como tirolesa, tobogã e roda gigante. A Nuit Blanche, noite inteira de arte com cerca de 200 atividades culturais (várias, gratuitas), é realizada no último fim de semana do Montréal en Lumière. Muitas luzes também estão nas instalações de artistas espalhadas ao redor da Place des Festivals durante o Illuminart, evento gratuito e interativo, também entre o fim de fevereiro e começo de março.

    Compras

    Em matéria de qualidade e quantidade, a Rue Sainte-Catherine é praticamente imbatível. Com 15 km de extensão, ela é a principal rua de comércio de Montréal. Concentra cerca de 1.500 lojas, que incluem as básicas H&M (roupas e acessórios), Dollarama (artigos para casa e lembrancinhas), eletrônicos (especialidade da Best Buy e da The Source), passando ainda por grandes redes de departamento, entre elas, Hudson Bay e Simons (esta originária de Québec).

    É na Sainte-Catherine que você também encontra a Ogilvy, maison local que reúne marcas renomadas como Balenciaga, Moncler e Louis Vuitton. E não dá para esquecer dos vários shopping centers ao longo da rua — Complexe Desjardins, Promenades Cathédrale e Eaton Centre, o maior e mais famoso deles. Os subsolos desses grandes centros de compras são conectados pelo Réso, o sistema de caminhos subterrâneos, que oferece 2.200 lojas e restaurantes, abertos faça sol ou chuva (neve, para ser mais exato).

    Ainda em Centre-Ville, a dupla Rue Crescent e Rue Sherbrooke concentra elegantes boutiques, livrarias, galerias e bares para uma happy hour ao fim das compras. Criações exclusivas dos melhores estilistas de Québec estão nas vitrines da MO 851 e de outras lojinhas do Plateau e de Mile End, com destaque para as que se espalham pelas Avenue Mont-Royal e Rue Saint-Denis. A faceta mais trendy de Montréal é também um lugar para comprar roupas de segunda-mão, achados vintage, objetos e acessórios que fogem aos padrões da moda e da decoração. Vá, compre e fique um pouco mais para descobrir os prazeres que o Plateau tem a oferecer quando a noite se aproxima, especialmente no Boulevard Saint-Laurent.

    Artigos únicos, peças contemporâneas e sabores originais de Québec e região formam o leque de opções do Marché Bonsecours, mercado na área do porto. Explore as ruas de paralelepípedo do centro histórico, com suas lojinhas de souvenir e de produtos locais. Na Délices, Érable & Cie, o maple é vendido de todas as formas possíveis, do clássico xarope a tempero, passando por sorvete e o que mais for possível inventar.

    Durante o verão, nos bairros de Montréal, você pode encontrar alguma vente trottoir (venda de calçada). As lojas expõem mercadorias com desconto do lado de fora. As ruas são fechadas para o tráfego de veículos e recebem barraquinhas de comida e, em alguns casos, atividades para crianças. No centro da cidade, por exemplo, na Sainte-Catherine, as lojas também podem exibir itens em promoção do lado de fora, mas é nos bairros que se tem a experiência mais autêntica desse tipo de comércio.

    Esticada

    A cidade de Québec é um charme só e fica a 230 km de Montréal. Caso passe uns dias lá, considere se hospedar no icônico Fairmont Le Château Frontenac, o hotel em forma de castelo no alto da parte murada.  Uma opção de bate-volta é uma excursão de 1 dia para Québec e Cataratas de Montmorency.

    Para explorar mais, há uma excursão de 1 dia às Laurentides, que mostra a beleza da cadeia de montanhas ao norte de Montréal, passando por cidades e lagos (com cruzeiro no Lac-des-Sables). Ou curta a paisagem mais conhecida da região num passeio de 1 dia a Mont-Tremblant.

    Para esticar até outras cidades do Canadá, há opções como Ottawa (a 165 km), capital do Canadá, e Toronto (a 550 km), ambas na rota de trem Corridor da Via Rail. Uma boa dobradinha é o roteiro por Toronto e Montréal, as maiores cidades do Canadá inglês e francês.

  • Transfer no intercâmbio é indicado na chegada para sair do aeroporto

    No intercâmbio, como funciona o transfer do aeroporto na chegada? Saiba mais sobre o serviço de transporte oferecido a estudantes. Motorista é indicado, especialmente para quem não fala nada além do português

    Meu Deus, como eu saio desse aeroporto?  Essa é a dúvida mais comum entre os viajantes que estão fora do Brasil pela primeira vez. Para quem faz intercâmbio não é diferente. Ainda mais quando não se fala nada além do português. Vou de táxi? Onde eles param? Pego um ônibus? Como tudo isso funciona?

    É nessa hora que o transfer vira, literalmente, uma saída. O serviço de transporte particular ameniza esse primeiro contato com a terra estrangeira. O serviço é opcional, mas muito recomendado, segundo Filipe Bonavigo, gerente da loja Jardins/Faria Lima da Experimento Intercâmbio Cultural. Na volta para casa, o estudante já conhece bem o destino e consegue se virar mais facilmente. Mas, na chegada, quando a ansiedade do começo do intercâmbio pode se juntar à insegurança de estar num novo lugar, o traslado até o lugar de acomodação pode ser um fator tranquilizador.

    Quando o transfer de chegada é contratado, um motorista fica à espera do estudante na área de desembarque, segurando aquelas famosas plaquinhas com o sobrenome da pessoa escrito, a fim de facilitar a localização. Quando comprado na Experimento, o serviço é contratado pela escola onde o intercambista vai estudar, explica Filipe. “O transfer é um porto seguro naquele momento do desembarque, para começar bem a sua experiência”, ressalta.

    Filipe conversou com a Nathalia sobre este e outros assuntos antes da viagem para Montreal, onde ela vai estudar francês com gastronomia. Acompanhe isso e muito mais no perfil do @ComoViaja nas redes sociais.


    Viagem feita a convite da Experimento Intercâmbio Cultural, da EC Montreal e da Air Canada

  • Circo em Montréal: de Cirque du Soleil a festival de verão nas ruas

    Circo em Montréal: de Cirque du Soleil a festival de verão nas ruas

    Considerando que estamos na província onde nasceu o Cirque du Soleil — a companhia surgiu em Baie-Saint-Paul, vilarejo perto da cidade de Québec —, só poderia ser natural encontrar circo em Montréal. Sensação no mundo inteiro, o grupo tem sua sede estabelecida na cidade, na área ao lado da École Nationale de Cirque (Escola Nacional de Circo), instituição que oferece nível superior em arte circense e cursos preparatórios para quem tem entre 9 e 14 anos. É possível ver espetáculos apresentados pelos alunos entre maio e junho.

    A ligação de Montréal com o circo, no entanto, vai além do Cirque du Soleil e da escola nacional. Eu tive a oportunidade de ver um espetáculo do Tohu, outra importante companhia. Além da programação anual de espetáculos de artísticos, o espaço mantém uma exposição permanente com temas ligados ao circo.

    Junto com a En Piste — rede nacional das artes circenses, com o compromisso de promover essa forma de expressão no Canadá —, as instituições se uniram para construir a Cité des Arts du Cirque (Cidade das Artes do Circo), onde se localizam as sedes das 4: Cirque du Soleil, Tohu, Écono Nationale de Cirque e En Piste. 

    Cirque du Soleil em Montréal: novos espetáculos

    A companhia de circo mais famosa do mundo cria seus espetáculos, sensacionais em criatividade e inovação, na sua sede em Montréal. Formado por cerca de 1.300 artistas de aproximadamente 55 países, o grupo usa de 50 a 100 participantes por show em cartaz.

    Vale checar o calendário da trupe porque Montréal está sempre entre as cidades com apresentações do Cirque du Soleil no Canadá, com vários espetáculos novos. Patinação no gelo e muita acrobacia estão em Axel, espetáculo sobre um grupo de amigos apaixonados por música e artes gráficas. Fica em cartaz de 19 a 29 de dezembro no Centre Bell, a casa do Canadiens de Montréal, o time de hóquei da cidade.

    Festival de circo no verão, com shows pagos e gratuitos

    Durante o verão, o Tohu organiza um festival que leva saltos acrobáticos e números circenses às ruas da maior cidade do Canadá francês. Grupos locais e de outras partes do mundo invadem as ruas de Montréal no verão. Todo julho a cidade da província francesa de Québec recebe o Montréal Complètement Cirque, festival organizado pelo Tohu. O grupo está à frente da 

    O festival inclui apresentações pagas em espaços como o próprio Tohu, e diversas gratuitas em diferentes pontos de Montréal. Lugares da cidade onde é possível ver acrobacias gratuitas de trupes incluem Grande-Place Complexe Desjardins, Jardins Gamelin (na estação de metrô Berri-UQAM), Pointe-à-Callière e Esplanade Financière Sun Life (no Parque Olímpico de Montréal), entre outros.

    Espetáculo circense nas ruas – Foto: Andrew Miller/Divulgação

    Entre os espetáculos pagos há grupos como Les 7 Doigts (de Montréal), que se apresentou na Salle Pierre-Mercure em 2019; e El Nucleo (da Colômbia e da França) e Gandini Juggling & Alexander Whitley (do Reino Unido), que esteve em cartaz na sede do Tohu na edição deste ano do festival.

    A sede da Les 7 Doigts fica no Boulevard Saint-Laurent, mas a companhia só ensaia lá. As apresentações são em espaços culturais no Canadá e pelo mundo. Estados Unidos, Alemanha, França e Rússia, entre outros países, estão na agenda do grupo para 2019.

    VALE SABER

    Quando: Em 2019, o Montréal Complètement Cirque foi de 4 a 14 de julho; o Cirque du Soleil em Montréal apresenta Axel no Centre Bell, de 19 a 29 de dezembro

    Sites: ecolenationaledecirque.ca; cirquedusoleil.com; tohu.ca; montrealcompletementcirque.com; enpiste.qc.ca; 7fingers.com

  • Mercados de Natal no Canadá 2017: Toronto, Vancouver, Montréal e Québec

    Mercados de Natal no Canadá 2017: Toronto, Vancouver, Montréal e Québec

    No Canadá, as principais cidades têm mercados de Natal. Conheça feiras para ir em dezembro em Toronto, Vancouver, Montréal e Québec. Com barraquinhas de comida, bebida e produtos, são bons programas para famílias

    ATUALIZADO EM 1 DE DEZEMBRO DE 2017

    Em dezembro, mercados de Natal se instalam em pontos centrais das cidades do Canadá. Estive em Toronto e Vancouver em dezembro de 2016 e agora acabo de voltar de Montréal. Dessa vez, não peguei os mercados de Natal já abertos, como tive a chance no ano passado. Mas já pude sentir o clima natalino na província francesa do Canadá, em decorações e enfeites que já estavam por toda parte.

    Virei fã de mercados de Natal depois de conhecer vários durante uma viagem à Europa em 2011. Aqui destaco alguns dos principais mercados de Natal do Canadá para quem estiver por lá em dezembro. Com barraquinhas de enfeites e presentes, decoração cheia de luzes e comida típica, esse eventos convidam os visitantes a entrar no clima de fim de ano.

    TORONTO CHRISTMAS MARKET – Foto: The Distillery Historic District/Tourism Toronto/Divulgação

    A programação muda de um mercado para outro, mas costuma incluir uma mistura de música com gastronomia. Canções natalinas embalam a degustação de bebidas e comidas comuns nesta época ou no país (caso dos produtos preparados com xarope de maple no Canadá). A meninada se entretêm com atividades, como desenho em papel e decoração dos tradicionais biscoitos de Natal.

    Veja abaixo uma seleção com mercados de Natal no Canadá:

    1 > TORONTO

    O mais tradicional e extenso mercado de Natal da cidade existe desde 2003. Estive lá em dezembro de 2016 e gostei muito — conto como é Toronto Christmas Market e também listo o que fazer em dezembro em Toronto, entre luzes e compras. O Toronto Christmas Market é instalado no Distillery Historic District. Os prédios de tijolinhos dessa região histórica da cidade permanecem com luzes e decoração natalina até 23 de dezembro em 2017. Reúne música, dança, compras e gastronomia.

    Distillery Historic District - Foto www.torontowide.com/Tourism Toronto/Divulgação
    Mercado no Distillery Historic District – Foto: www.torontowide.com/Tourism Toronto/Divulgação

    Mais mercados de Natal vêm surgindo na maior cidade do Canadá ao longo dos últimos anos. Em sua 2ª edição, a Holiday Fair in Nathan Phillips Square enche a praça central da cidade de barraquinhas até 23 de dezembro.

    Se a ideia for dar uma espiada em produtos de várias regiões do Canadá, o One of a Kind Show de Toronto apresenta o que é feito pelos artesãos do país. A feira costuma ser realizada entre o fim de novembro e início de dezembro, no Enercare Centre.

    2 > VANCOUVER

    Em sua 8ª edição, o Vancouver Christmas Market segue neste ano no mesmo lugar para onde foi transferido em 2016: a Jack Poole Plaza, praça da chama da Olimpíada de Inverno de 2010. No estilo das feiras alemãs, o mercado da cidade tem barraquinhas com produtos comuns no país europeu, como quebra-nozes e cerveja da Baviera.

    JACK POOLE PLAZA, PRAÇA COM A PIRA DA OLIMPÍADA DE INVERNO DE 2010 – Foto: Tourism Vancouver/Divulgação

    Tem carrossel para fazer a alegria dos pequenos. Outra diversão de adultos e crianças, que promete bons cliques com luzinhas ao fundo, é a grande árvore de Natal, na qual se pode entrar.

    ENTRADA DO MERCADO DE NATAL EM VANCOUVER – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

     

    3 > MONTRÉAL

    A Vieux-Montréal, a parte antiga da cidade, e seu porto, o Vieux-Port, são tomados pelo espírito das festas de fim de ano. Com atividades gratuitas para todas as idades, o Montréal en Fêtes (ou Merry Montréal, nome do evento em inglês) chega à 5ª edição, realizada de 21 de dezembro até 1 de janeiro.

    Foto: Pierre Boudreault/Tourisme Montréal/Divulgação
    Foto: Pierre Boudreault/Tourisme Montréal/Divulgação

    Na Place Nordique, montada no espaço da Place Jacques Cartier, praça central na parte antiga de Montreal, as famílias terão muitas atividades gratuitas. Encontro com Papai Noel, painéis para desenhar e pintar e acessórios para fotos natalinas são algumas das possibilidades de diversão entre família ou com amigos. Também é possível assistir a sessões de cinema (em francês com legendas em inglês).

    Mas o maior mercado de Natal de Montréal é Le Grand Marché de Noël, em sua 3ª edição. Realizado até 24 de dezembro, movimenta a Place des Arts — a praça dos festivais, onde ocorrem eventos significativos do calendário da cidade, como o Festival de Jazz de Montréal. O mercado está localizado ao lado da mais alta árvore de Natal da cidade, com cerca de 23 metros, na vizinha Place des Festivals. Le Grand Marché de Noël oferece a chance de experimentar (e levar para casa) um pouco da gastronomia da província de Québec, caso dos vinhos e dos produtos típicos feitos com xarope de maple. Para a meninada, há muitas atividades previstas, de contação de histórias a oficina de decoração de biscoitos de Natal.

    Quem gosta de percorrer mercados em busca de ideias de presentes ou comidinhas pode checar o Marché Casse Noisette no Palais des Congrès ou o Salon des Métiers d’Artbiggest na Place Bonaventure, de 8 a 18 de dezembro. Nas duas feiras, estão à venda objetos produzidos à mão, brinquedos e produtos manufaturados e alimentícios feitos na província de Québec.

     

    4 > QUÉBEC

    Salsichas, vinho quente e gingerbread estão pelas barraquinhas do Marché de Noël Allemand de Québec. O mercado de Québec segue tanto o estilo das tradicionais feiras da Alemanha que conta com um Kindermarkt, um setor dedicado às crianças — o que eu vi, por exemplo, em Nuremberg, um dos mais conhecidos mercados de Natal na Alemanha.

    Em 2017, quando completa 10 anos, o marché vai até 23 de dezembro, de quinta a domingo. As barracas estão espalhadas pela Place de l’Hôtel-de-Ville, a praça da prefeitura de Québec.

    MARCHÉ DE NOËL ALLEMAND DE QUÉBEC - Foto: Ville de Québec/Divulgação
    MARCHÉ DE NOËL ALLEMAND DE QUÉBEC – Foto: Ville de Québec/Divulgação

  • Leonard Cohen, em Montreal: roteiro por lugares relacionados ao cantor

    Em Montreal, visite lugares relacionados a Leonard Cohen. Entre atrações, faça um passeio seguindo os passos do artista canadense. Do bairro onde passou a infância ao lugar onde morava

    ATUALIZADO EM 10 DE NOVEMBRO DE 2017

    Quando a notícia da morte de Leonard Cohen se tornou pública, em 10 de novembro de 2016, os primeiros fãs do cantor e escritor se dirigiram para o número 28 da Rue Vallières, no Plateau Mont-Royal, bairro mais pulsante e descolado de Montreal. Aos pés da porta da casa de dois andares, adquirida por Cohen nos anos 1970, os poucos degraus da entrada se converteram num pequeno altar com imagens, flores e fotos, sob a vigília silenciosa de seus admiradores.

    Àquela altura, o cantor de 82 anos — que havia morrido 3 dias antes, em Los Angeles, nos Estados Unidos — já tinha sido enterrado em sua cidade natal, no cemitério judaico Shaar Hashomayim, em cerimônia reservada à família. Se a tentativa de um último adeus ao ídolo foi frustrada para alguns de seus fãs, resta a chance de percorrer a segunda maior cidade do Canadá seguindo os passos de Cohen. Em meio a atrações turísticas da cidade, é possível encontrar vestígios da presença do poeta, do cantor e do cidadão de hábitos simples, para quem Montreal sempre foi um refúgio.

    GRAFITE DE COHEN EM PRÉDIO PRÓXIMO À RUE CRESCENT, REGIÃO DE VIDA NOTURNA EM MONTREAL – Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    AVENUE BELMONT

    Leonard Cohen nasceu em 21 de setembro de 1934 e passou a infância na casa de número 599 da avenida Belmont, em Westmount, uma cidade que é praticamente um bairro dentro da parte oeste de Montreal. É neste endereço que vivia também Lawrence Breavman, personagem principal de seu livro O Jogo Favorito (The Favourite Game, 1963).

    A casa fica perto do Murray Hill Park, onde Cohen patinava e esquiava quando criança. No documentário Senhoras e Senhores… Sr. Leonard Cohen (Ladies and Gentlemen… Mr. Leonard Cohen, 1965), o artista caminha por Murray Hill em pleno inverno enquanto lê, em off, trecho do primeiro de seus dois romances. Foi na casa da Avenue Belmont que Cohen se estabeleceu juntamente com Marianne Ihlen, quando voltaram da ilha grega de Hydra, onde se conheceram.

    SHAAR HASHOMAYIM

    Ainda em Westmount, não muito longe da Avenue Belmont, fica a sinagoga frequentada pela família de Leonard Cohen, onde foi realizado seu bar mitzvah. Na canção You Want it Darker, faixa-título do último álbum de Cohen, é o coral da Sinagoga Shaar Hashomayin que se escuta ao fundo cantando ‘hineni, hineni’ (‘aqui estou eu’, em hebraico), seguido pela voz grave e profunda de Cohen clamando ‘I’m ready my Lord’ (‘eu estou pronto, meu Senhor’).

    MCGILL UNIVERSITY

    Fundada no ano de 1821, numa área cedida pelo comerciante de peles James McGill, trata-se da universidade mais antiga do Canadá. Nela, Leonard Cohen graduou-se em Literatura, em 1955. Um ano antes, dois poemas do escritor foram publicados na Forge, revista editada pela própria McGill University. Foi também na universidade que ele formou sua primeira banda, The Buckskin Boys.

    REGIÃO DA MCGILL UNIVERSITY – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Nathalia recomenda uma caminhada com calma por essa região universitária. Ela fica próxima da Rue Sherbrooke, via com hotéis de luxo, como o Ritz-Carlton, e de importantes museus da cidade, como o McCord e o Musée des Beaux-Arts (Museu de Belas Artes). Vale conferir a programação das duas ótimas instituições.

    MUSÉE DES BEAUX-ARTS
    MUSÉE DES BEAUX-ARTS

    BIRDLAND & MUSÉE MCCORD

    Estima-se que a primeira vez que Leonard Cohen se apresentou em público foi em 1958. Ele teria lido um de seus poemas e cantado no Birdland, pequeno clube de jazz que funcionava em cima de uma das mais tradicionais delicatessens da cidade. Ao fechar as portas em 2006, parte do acervo de lembranças do restaurante (cardápios e fotos de ilustres fregueses como Cohen) foram parar no Musée McCord.

    No antigo refúgio dos notívagos, na esquina da Boulevard de Maisonneuve com Rue Metcalfe, funciona atualmente o luxuoso Le St-Martin Hôtel Particulier.

    MUSÉE MCCORD
    MUSÉE MCCORD

    CHAPELLE NOTRE-DAME-BONSECOURS

    No álbum de estreia, Songs of Leonard Cohen (1967), um dos versos da canção Suzanne (‘E o sol derrama como mel sobre Nossa Senhora do Porto’) é interpretado como uma referência à imagem da Virgem Maria no alto da Chapelle Notre-Dame-de-Bon-Secour, santuário dos marinheiros, localizada na Vieux-Montreal — não confundir com a Basilique Notre-Dame, também localizada na parte antiga da cidade.

    A Notre-Dame-de-Bon-Secour fica ao lado do Marché Bonsecours. Na primeira visita a Montreal, Nathalia esteve com sua mãe, Sonia, no prédio histórico conferindo as boutiques de artesãos e moda feita por gente de Québec. A construção fica numa das pontas do Vieux-Port e sua torre pode ser vista até do outro extremo do velho porto, como Nathalia comprovou da varanda do museu histórico da cidade, o Pointe-à-Callière.

    PARC DU PORTUGAL

    Inaugurada em junho de 2003, a pequena praça celebra a primeira leva de imigrantes portugueses que chegaram ao Canadá. Com bancos para descansar e um coreto no centro, o Parc du Portugal fica em frente ao endereço que Leonard Cohen mantinha em Montreal, na Rue Vallières.

    Nessa rua formada por um pequeno trecho de casas, entre o Boulevard Saint-Laurent e Rue Saint-Dominique, o músico e escritor viveu ao lado de Suzanne Elrod, com quem teve um casal de filhos: Adam e Lorca.

    parc-du-portugal-em-frente-a-casa-de-leonard-cohen-no-plateau-mont-royal-em-montreal-canada-foto-nathalia-molina-comoviaja
    PARC DU PORTUGAL

    BAGEL ETC

    De estilo kitsch, o lugar funciona em frente ao Parc du Portugal, a menos de 5 minutos da casa de Cohen, que costumava tomar café da manhã lá. Há fotos dele entre as peças da decoração. Cohen costumava bater papo com os donos e atendia com delicadeza fãs que ficavam impressionados com a presença dele na cafeteria. Como o nome sugere, a especialidade é o bagel, tipo de pão em forma de rosca, muito popular no Canadá e nos Estados Unidos.

    O Plateau Mont-Royal, bairro cheio de bares e restaurantes, também tem outros dois lugares bem conhecidos onde se pode provar o gostoso pãozinho: St-Viateur Bagel e Fairmount Bagel.

    MAIN DELI STEAK HOUSE

    Os sanduíches de carne defumada são famosos em Montreal. Aberto em 1928, o Schwartz’s é uma instituição (Nathalia já provou e aprovou o famoso sanduíche), mas foi seu vizinho de frente, o Main Deli Steak House, que ganhou a preferência de Cohen. Quando não se sentava em suas mesas, o cantor pedia alguém para buscar o carro-chefe da casa: generosas camadas de pastrami com molho de mostarda entre duas fatias de pão de centeio. Nos dias ensolarados, algumas mesas ocupam um trecho do Boulevard Saint-Laurent.

    SANDUÍCHE DE PASTRAMI
    SANDUÍCHE DE PASTRAMI

     

    MUSÉE D’ART CONTEMPORAIN DE MONTRÉAL

    Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Montreal, desde o último dia 9 de novembro, a exposição Leonard Cohen: une brèche en toute choque / A Crack in Everything não se trata de um mostra oportunista por ocasião do aniversário de um ano da morte do cantor. O evento já fazia parte das comemorações pelos 375 anos de fundação de Montreal e serviria como homenagem ao filho ilustre da cidade. E contou, inclusive, com a aprovação do próprio Leonard Cohen. A exposição reúne trabalhos de artistas do mundo todo, que mergulharam na obra do cantor e poeta, dando interpretações para seus textos e canções. “O que foi especial no trabalho de Leonard Cohen foi sua serenidade inexplicável. O mundo precisa dessa beleza sutil neste momento”, declarou a cantora Julia Holter, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. A cantora assina um dos trabalhos que ficará em exposição até 9 de abril de 2018.

     

  • Museu em Montréal: dia grátis com transporte

    Museu e transporte grátis no mesmo dia em Montréal. Rotas de ônibus públicos levam os visitantes até as instituições participantes. Belas Artes, Mc Cord, Biosphère e Biodôme são alguns dos destaques da programação

    ATUALIZADO EM 17 DE MAIO DE 2017

    La Journée des Musées de Montréalais, o Dia dos Museus de Montréal, celebra sua 31ª edição em 28 de maio, com a participação de mais de 30 museus. É um dia em que as instituições participantes abrem suas portas sem cobrar entrada e o transporte público até elas também é grátis.

    MUSÉE MCCORD E AS BICICLETAS DE MONTRÉAL – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    O evento é organizado pela MTL Museums, ou Société des Musées de Montréal, que reúne 41 instituições, como o Musée des Beaux-Arts de Montréal (o de Belas Artes) e o Pointe-à-Callière (sobre arqueologia e história). Além da entrada franca nos museus participantes, o visitante conta com transporte. Para esse dia especial, a companhia de transporte da cidade — a STM (do nome em francês, Société de Transport de Montréal) — mantém 5 rotas de ônibus gratuitas.

    A festa se espalha pela cidade, mas as atividades fora de museus se concentram no Promenade des Artistes, no Quartier des Spectacles, das 9 às 16 horas. Os visitantes podem participar da criação de um mural coletivo com artistas. Para quem vai ao evento em família, há pintura facial para as crianças. Como Montréal comemora seus 375 anos em 2017, esta edição terá a representação de Jeanne Mance e Paul de Chomedy (conhecido como Sieur de Maisonneuve), contando histórias sobre como os dois fundaram a cidade em 1642. A organização promete ainda a chance de “tirar uma foto com a dupla”.

    Destaques para você conferir

    Se sua ideia for visitar 2 das principais atrações culturais da cidade, embarque na linha amarela e desça nas paradas do Musée McCord (com objetos, fotografias e documentos conta a história do Canadá e de Montréal, seu povo e costumes) e do Musée des Beaux-Arts de Montréal. Tive a sorte de ver uma temporária sobre Fabergé no Beaux-Arts e também uma interessante exibição sobre a história da música no McCord.

    A azul segue rumo ao leste e leva ao Biodôme de Montréal e ao Planétarium Rio Tinto Alcan, na região do Parque Olímpico. São programas divertidos para se fazer também com crianças: o 1º apresenta ecossistemas do mundo; e o 2º, o universo em 2 experiências de imersão. Ambos fazem parte do Espace pour la Vie, que reúne ainda O Jardin Botanique e o Insectarium, que não participam do Dia dos Museus de Montréal — portanto, será cobrado ingresso para o Jardim Botânico e para o Insetário.

    Meio ambiente é o assunto do Biosphère, um dos últimos pontos da rota vermelha.Instalado na grade esfera que se vê no Parc Jean-Drapeau, o museu aborda temas como recursos hídricos, clima e qualidade do ar. Logo no início do trajeto, o Pointe-à-Callière e o Château Ramezay são paradas para quem deseja conhecer a história da cidade.

     

    Pointe a Calliere Montreal Museu Historia Canada - Fotos Nathalia Molina @ComoViaja

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, será realizado em 28 de maio

    Transporte: Desça na estação de metrô Places-des-Arts e pegue a saída para a Rue Jeanne-Mances.
    As 5 rotas especiais de ônibus também saem daí. Conheça os trajetos, que funcionam das 9h30 às 16 horas:

    • Rota azul: Musée Régimentaire des Fusiliers du Mont-Royal > Château Dufresne (Dufresne-Nincheri Museum) > Biodôme de Montréal e Planétarium Rio Tinto Alcan > Studio Nincheri (Dufresne-Nincheri Museum) > Centre d’Exposition La Prison-des-Patriotes > Ecomusée du Fier Monde > Cinémathèque Québécoise > Musée d’Art Contemporain de Montréal
    • Rota verde: Galerie d’art Stewart Hall > Musée d’Histoire et du Patrimoine de Dorval > Musée de Lachine (Pavillon de l’Entrepôt) > Lieu Historique National du Commerce-de-la-Fourrure-à-Lachine > Musée de Lachine (Pavillon principal)
    • Rota amarela: Musée du Rock’n’Roll > Musée des pompiers de Montréal > McCord Museum > Musée Redpath > Musée des Beaux-Arts de Montréal e Guilde Canadienne des Métiers d’Art >  Maison Saint-Gabriel > Maison Nivard-De Saint-Dizier > Musée des ondes Emile Berliner > Musée des hôpitaux Schriners pour enfants-Canada
    • Rota vermelha: Centre d’Histoire de Montréal e DHC/ART Fondation pour l’Art Contemporain > Pointe-à-Callière e Centre des Sciences de Montréal > Musée de l’imprimerie du Québec > Château Ramezay, Musée Marguerite-Bourgeoys e Musée de la Mode > Musée Stewart > Biosphère > Galerie de l’UQAM
    • Rota roxa: Musée des Hospitalières de l’Hôtel-Dieu de Montréal > Centre d’Exposition de l’Université de Montréal > Musée Eudore-Dubeau > Musée de l’Oratoire Saint-Joseph du Mont-Royal > Musée de l’Holocauste à Montréal > Musée des Maîtres et Artisans du Québec > Centre d’exposition Lethbridge

    Site: museesmontreal.org/en/museums-day

  • Québec: minha reportagem no Viagem Estadão

    Québec: minha reportagem no Viagem Estadão

    Québec - Cover Estado de S. Paulo travel sectionMinha reportagem sobre Québec, no Canadá, foi a capa de hoje do caderno Viagem do Estadão. Vê só lindinha que ficou.

    Nela, eu falo sobre a transformação que ocorre na província com a chegada do calor, com muitos festivais e atrações ao ar livre. Conto também sobre um roteiro de agroturismo que fiz em île d’Orléans e Charlevoix, com direito a um passeio de trem ao longo do Rio Saint-Laurent.

    Se você não conseguiu ver o caderno impresso, pode ler a reportagem neste link do site do jornal.

  • Poutine (Canadá): receita com batata é prato típico em Montréal

    Poutine (Canadá): receita com batata é prato típico em Montréal

    Se sua ideia de comida boa necessariamente exclui fritura e inclui leveza, passe longe de poutine. O prato típico do Canadá feito com batatas fritas não tem nada de light, e essa é justamente a melhor parte, seu mérito, para mim. É comfort food das boas. A receita de poutine canadense leva generosos pedaços de queijo e é regada a molho de carne. Originária do lado francês do país, ganhou projeção nacional e se tornou uma das comidas típicas do Canadá.

    Origem da receita de poutine

    O que se sabe é que é um prato criado na província francesa de Québec, no entanto, ninguém crava nem onde nem como foi inventada a receita de poutine. No país em que o inverno não alivia quando chega, comida é também afeto e conforto. 

    Sempre que vou ao Canadá faço questão de comer poutine, especialmente se estou na província de Québec. Em Montréal é possível provar o prato típico em todo canto, seja no modo clássico ou em muitas variedades inventadas, usando diferentes tipos de queijo e ingredientes adicionais. As releituras locais, encontradas em todo o país, incluem uma versão das Províncias Marítimas, na qual a lagosta substitui a carne bovina.

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    Huumm… poutine du Québec 😋 Quem já provou e gosta? _________ Have you ever tasted it? Did you like it? #comoviaja #montreal #canada #viagem #instafood #quebec #poutine #comfortfood #viagemestadao #travel #viagem

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    É possível comer poutine também em Vancouver ou Toronto; por exemplo, no Granville Island e no St. Lawrence Market, os mercados públicos de produtores nas 2 cidades. Até no mercado de Natal de Toronto, realizado no Distillery Historic District, encontrei uma barraca especializada no prato típico do Canadá feito com batatas fritas.

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    Onde comer poutine em Montréal

    Na maior cidade do Canadá francês, é muito fácil achar poutine. Quem gosta de festivais de comida pode ficar de olho nos eventos em Montréal. Em janeiro, o calendário pode incluir La Poutine Week; em junho, é a vez da PoutineFest, no Vieux-Port, o porto velho.

    Mas, ao longo do ano todo, dá para experimentar o prato típico com origem no Canadá francês. Tem até versão fast-food. O Montreal Pool Room, espécie de pé-sujo de sandubas no Boulevard Saint-Laurent, prepara lanches rápidos. Em 2013, experimentei a poutine deles para viagem (embalada naquela caixinha de isopor). Foi ok, mas prefiro as versões que provei em outros endereços, onde me sentei para saborear o pedido com calma.

    Comi minha primeira poutine em 2010, quando conheci o Canadá. Fui ao La Banquise, na época uma recomendação da minha amiga Marie-Julie Gagnon, jornalista de Québec que morava no mesmo bairro do restaurante, o descolado Plateau Mont-Royal. Aberto desde 1968, o La Banquise só passou a servir poutine nos anos 1980, mas virou um especialista no assunto, embora ainda ofereça sanduíches em geral como hambúrguer e cachorro-quente.

    Se já conhece a clássica receita de poutine, se aventure por novas combinações. De inspiração mexicana, a versão La Taquise do menu leva guacamole, sour cream e tomates. Carnívoros podem se acabar na La T-Rex, com carne moída, pepperoni, salsicha e bacon. Veganos também têm vez no cardápio, com o prato La Véganomane, feito a partir de queijo e molho veganos.

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    Na viagem do fim de 2017, estive no Frite Alors!, quase em frente ao La Banquise, na Rue Rachel Est. Estava com meu sobrinho Caio, que mora em Montréal, e adora essa lanchonete com unidades em vários bairros da cidade. Além de suculentos hambúrgueres, prepara muitos tipos de poutine. Pedi uma com carne defumada (smoked meat), especialidade de Montréal muito encontrada em sanduíches, como os da lendária lanchonete Schwartz’s, no Boulevard Saint-Laurent. Muito boa. Se eu puder, volto lá para repetir.

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    Mais Montréal impossível! Poutine com carne defumada 😋 __________ Couldn’t be more Montreal! Poutine with smoked meat tag 📷 #comoviaja #canada #montreal #viagemestadao #mtlmoments #instafood #gastronomia #foodtour #dicadeviagem #quebecoriginal #travel #viagem #poutine #smokedmeat

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    Localizado no Quartier Latin, o Mâche prepara comfort food de Québec. Entre as opções oferecidas pelo restaurante na Rue Saint-Dennis estão a poutine canadense, da receita clássica à criações com carne de porco com cebola caramelizada ou com salsichas ao molho picante. Para acompanhar a pedida, o lugar com estilo de pub serve cervejas e vinhos.

    Os drinks coloridos preparados no La Belle et La Boeuf são motivo suficiente para parar no burger bar da Rue Saint-Catherine, bem movimentado à noite. Eu estive lá de dia para comer poutine porque me disseram que a de lá era boa. Concordo. O La Belle et La Boeuf, que tem filiais em outras cidades (em Québec, fica na Boulevard Laurier), também tem um menu variado do prato típico do Canadá feito com batatas fritas. A Poutine Gabriel, por exemplo, reúne bacon defumado, pimentão vermelho, cogumelos e cebola salteada.

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  • Festival de Jazz Montreál 2019, com 10 dias de shows e atividades

    Festival de Jazz Montreál 2019, com 10 dias de shows e atividades

    Todo ano o verão em Montréal é cheio de música. As ruas do centro da cidade na província de Québec, no Canadá, são tomadas por shows, a maior parte deles gratuitos. É o Montréal Jazz Festival, o Festival Internacional de Jazz de Montréal, que chega à sua 40ª edição em 2019.

    É o mais longo festival de jazz do mundo, segundo o Guinness World Book, o livro dos recordes. Durante dez dias, em torno de 500 shows são realizados em 20 palcos, sendo dois terços das apresentações de graça. Participam do evento cerca de 3.000 artistas de 30 países. Na edição de 2018, estiveram lá nomes como Ben Harper, Al Di Mrola, Seal, Bobby McFerrin e Ry Coder, além do brasileiro Vinícius Cantuária.

    Em torno de 2 milhões de pessoas costumam ir às apresentações, sendo aproximadamente 25% de visitantes à cidade. Entre as apresentações em espaços fechados em 2018 destacaram-se: a cantora e guitarrista americana Ani DiFranco, que voltou ao festival depois de 12 anos, com apresentação no Théâtre Maisonneuve; e SLĀV, performance no Théâtre du Nouveau Monde com canções afro-americanas imortalizadas pelo americano Alan Lomax, especialista em história da música, abordando da segregação à emancipação dos negros dos Estados Unidos.

    Do meio-dia à meia-noite, há apresentações ao ar livre gratuitas no Montréal Jazz Festival. O evento se concentra no Quartier des Spectacles (o Quarteirão dos Espetáculos, em português), no centro da cidade. Fica no quadrilátero formado pelo Boulevard Saint-Laurent, pela Avenue du Président-Kennedy, pela Rue Sainte- Catherine e pela Rue De Bleury, perto do Desjardins Complex e da Place des Arts (praça onde fica a estação de metrô mais próxima).

    Crianças no festival de Montréal

    A meninada também tem seu espaço no festival de Montréal, com atividades na Grande-Place do Complexe Desjardins, durante todos os dias do evento, das 11 horas às 13h30. Com instrumentos musicais gigantes para brincar, as crianças podem ainda fazer uma divertida iniciação musical, na interativa La Petite École du Jazz (A Pequena Escola de Jazz). As atividades dessa área infantil são gratuitas.

    Em 2018, na Salle Wilfrid-Pelletier, o Dreamworks Animation in Concert foi uma apresentação paga que juntou orquestra tocando ao vivo enquanto trechos de animações da Dreamworks foram projetados; entre eles, Shrek e Madagascar.

    Programação durante o ano todo

    Quem visita Montréal (mesmo fora do período do evento) pode visitar a Maison du Festival Rio Tinto Alcan para conhecer mais sobre esse grande encontro da música e sobre lendas que já participaram do festival. O espaço fica no número 305 da Rue Sainte-Catherine, no centro. No site do evento, o link Program mostra as apresentações na cidade durante o ano todo (procure por All-Year Round).

    Montréal Jazz Festival, Orchestre National, Canadá, Québec - Foto Retirada do Site Oficial

    VALE SABER

    Quando: Em 2019, de 27 de junho a 6 de julho

    Informações: Há aplicativos disponíveis para download para iOS e para Android, com informações que incluem da programação do festival a Google Maps com itinerários e link para programas dos shows

    Site: montrealjazzfest.com

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  • Restaurant week de Montréal: MTL à Table, gastronomia a preço fixo

    MTL à Table, a restaurant week de Montréal, tem gastronomia a preço fixo, desde 21 dólares canadenses. Participam 175 restaurantes. Há ainda tours temáticos, eventos especiais e até brunch

    ATUALIZADO EM 19 DE SETEMBRO DE 2017

    Gastronomia em Montréal a preços reduzidos. A restaurant week de Montréal, chamada de MTL à Table, chega à sua 6ª edição e oferece 15 dias de jantar com menu de valor fixo em 175 restaurantes da cidade do Canadá. São menus com entrada, prato principal e sobremesa. E, como em 2017 Montréal comemora seus 375 anos, os ingredientes originários da província francesa de Québec estarão em todos os menus dos participantes do evento.

    Não que seja incomum encontrar as riquezas da terra nos restaurantes de Montréal. Pelo contrário, em torno de um terço dos produtos consumidos em Québec saem das fazendas da própria província canadense, segundo informação de L’Union des Producteurs Agricoles, a associação dos produtores rurais. Mas os menus prometem dar ainda mais ênfase a esses ingredientes nesta 15ª edição.

    As reservas para a MTL à Table podem ser feitas no site — os restaurantes oferecem jantar com menus a preços fixos em 21, 31 ou 41 dólares canadenses. Alguns preparam brunch, a 15 dólares canadenses. No site oficial, está a lista de participantes e dos eventos especiais. Para quem busca uma experiência mais requintada, o Europea e o Toqué!, restaurantes que fazem parte da luxuosa associação Relais & Chateaux, fizeram menus a 71 dólares canadenses durante a MTL à Table.

    Foto: Susan Moss Photography/Tourisme Montréal/Divulgacao
    Foto: Susan Moss Photography/Tourisme Montréal/Divulgação

    Entre os tours guiados há um roteiro pela Vieux-Montréal (a parte antiga da cidade; passeio por 45 dólares canadenses), um tour por cervejarias artesanais (59 dólares canadenses mais taxas) e outro por chocolaterias locais (50 dólares canadenses mais taxas). Há ainda eventos de vinho.

    Gastronomia como parte da cultura

    Localizada na província de Québec, o Canadá francês, Montréal tem forte tradição à mesa. Eu já provei alguns pratos por lá, como os crocantes anéis de lula do Vallier e a massa caseira do Venti, ambos na Vieux-Montréal, a parte antiga da cidade. Também aprovei o menu de almoço do Salmigondis, restaurante na Petite Italie (Little Italy em francês), que me fez gostar até de sopa de couve-flor. É, dá para dizer que a cidade leva a sério a cultura da gastronomia.

    Montréal, Restaurante Venti, Canada, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    RESTAURANTE VENTI – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Em Downtown, o centro financeiro de Montréal, comi o menu de almoço do Deville Dinebar, lugar mais em estilo de lanchonete americana. Se for até lá, peça o milkshake de xarope de maple — várias receitas do MTL à Table, aliás, costumam levar o tradicional ingrediente canadense.

    Para quem apreciar algo na linha mais natural, a dica é outra. Fiquei impressionada com as combinações criativas de ingredientes do Bistrot La Fabrique, no bairro de Le Plateau-Mont-Royal, perto de Mile End. As refeições provam que natureba pode ser bem gostoso. O lugar também é uma graça, com a cozinha aberta instalada no meio do restaurante. A primeira mesa, na entrada, fica ao lado de um janelão, de cara para o movimento da vizinhança descolada.

    Montréal, Restaurante La Fabrique, Canada, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja (2)
    LA FABRIQUE, NO PLATEAU

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 2 a 16 de novembro

    Site: tourisme-montreal.org/mtlatable

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